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sábado, 31 de julho de 2021

Um país no passado - Ascânio Seleme [Bolsonaro não sofrerá impedimento]

O Globo

O Brasil, que está parado desde janeiro de 2019, corre o risco de ver sua democracia destruída ao recuar pelo menos 30 anos em direção ao passado se o presidente não for impedido 

A imagem que a Secom escolheu para homenagear o agricultor brasileiro, a silhueta de um homem carregando uma espingarda em meio a uma plantação, remete o espectador a um passado sombrio da História do campo brasileiro. Da mesma forma, a live abusiva de Jair Bolsonaro desta quinta-feira mostra o caminho que nos joga de novo nos anos 1980. Trata-se de passos calculados para levar o Brasil de volta às trevas. A ideia absurda mas visível que está por trás de cada um desses movimentos é terminar o ciclo fechando o país, o Congresso e o Supremo, suspendendo direitos políticos, calando a imprensa, baixando o porrete.
O agricultor armado lembra os piores momentos da guerra no campo, com a criação da União Democrática Ruralista, a UDR. Formada em 1985 como grupo de lobby para defender os interesses do setor na Constituinte, a UDR acabou se transformando no principal polo de disseminação da violência. [atualizando: a violência no campo é produto nefasto de uma quadrilha de bandidos denominada mst = movimento dos "trabalhadores"sem terra (as aspas se justificam já que os marginais do mst são tudo que não presta, só não são  trabalhadores); a UDR precisa voltar com mais força, mais forte e em condições de coibir invasões de terras -  o direito à propriedade é garantido na Constituição Federal e precisa ser exercido em sua plenitude, o que impõe a necessidade dos proprietários e dos verdadeiros trabalhadores agricultores ter disponível  armamento moderno e eficiente.  
O invasor de uma propriedade deve ser preso e, se necessário, em caso de confronto e para preservação da vida dos legítimos proprietários e dos seus empregados,  a neutralização total do invasor encontra amparo nas leis vigentes. ] Jagunços armados nas fazendas do interior do país se transformaram na imagem agora revivida pela Secom. Ataques contra líderes do movimento dos sem-terra, padres e sindicalistas rurais deixaram um rastro de mortes no país cujo maior símbolo foi o seringalista Chico Mendes.

A defesa tão intransigente quanto obtusa do voto impresso feita por Bolsonaro também joga luz sobre o Brasil dos coronéis do interior, que carregavam os eleitores em caminhões para votar e depois contavam seus votos, um a um. [para mostrar aos leitores que o voto auditável, também chamado voto impresso, não acaba com a urna eletrônica e não traz de volta a cédula de papel, sugerimos o vídeo: xeque mate no TSE - voto auditável em três minutos.] E ai de quem não votasse em quem o coronel mandou. Os mais velhos vão se lembrar das apurações das eleições que antecederam o voto eletrônico. As urnas eram abertas e as cédulas espalhadas em mesas. Cada uma delas composta por mesários, os contadores oficiais de votos, e representantes de todos os partidos. Uma algazarra, um ambiente para lá de propício para a fraude. Imagine este quadro hoje, com mais de 30 partidos ao redor das mesas de apuração.

O desembarque do Centrão no governo Bolsonaro é outro elemento que manda o país de volta para o passado. Claro que agrupamentos fisiológicos ocorrem no Parlamento brasileiro desde o Império. Evidentemente eles circulam o Poder Executivo e dele muitas vezes fazem parte sempre com o objetivo de garantir brasa sob as suas sardinhas. Mas o modelo “É dando que se recebe” explícito foi concebido no governo de Fernando Collor. Já existia sob Sarney, mas cristalizou-se no processo que acabou com o primeiro impeachment de presidente no Brasil.

As pautas de costumes, que muitos enxergam como um mal menor do extremista Jair Bolsonaro, comportam outras barbaridades que podem ajudar a tornar o Brasil um país ultrapassado. Entre elas estão a ampliação do porte de armas; o homeschooling, que permite que crianças sejam educadas em casa pelos pais; a criação do estatuto da família, proibindo a união estável de casais homoafetivos; a proibição total do aborto, mesmo para gestação de fetos anencéfalos; e o endurecimento da lei de drogas. Além, claro, da redução do rigor em casos de atentados aos direitos humanos e a aprovação do infame excludente de ilicitude. [se são contra o combate ao aborto, se são contra o endurecimento do combate ao tráfico de drogas, que Brasil querem?                                  - um Brasil com as FAMÍLIAS desestruturadas?
- um Brasil com o comércio de drogas livre?
- um Brasil com bandidos armados com fuzis e pistolas x a polícia armada com revólveres e o cidadão sem armas?
- um Brasil no qual seres humanos inocentes e indefesos são mortos na barriga das próprias mães?
- um Brasil em que os bandidos - os 'manos' possuem todos os direitos e os HUMANOS DIREITOS não possuem nenhum?
- um Brasil em que o policial ao chegar ao local de uma ocorrência já chega na condição de criminoso e o bandido na condição de trabalhador, de pessoa de bem?
- um Brasil em que o artigo parágrafo 3º do artigo 226 da Constituição Federal e o artigo 1° da Lei nº 9278 - ambos os dispositivos em plena vigência - são desrespeitados, ignorados, violados?
                          Redação atual  dispositivos legais citados:
"Constituição Federal:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
...§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

Lei nº 9.278, de 10 de maio de 1996.                                                        Art. 1º É reconhecida como entidade familiar a convivência  duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família." ]

Nem os brasileiros que ainda insistem em apoiar Bolsonaro merecem um retrocesso desse tamanho. O país, que está parado desde janeiro de 2019, corre o risco de ver sua democracia destruída ao recuar pelo menos 30 anos em direção ao passado se o presidente não for impedido. Se não agora, pelas mãos dos congressistas confortavelmente aboletados no governo, que seja em outubro do ano que vem, pelo voto livre, soberano, secreto e eletrônico.

...

Cuba em crise
Desde o início do ano, a guarda costeira dos Estados Unidos recolheu 512 cubanos no mar da Flórida. Durante todo o ano passado, apenas 49 foram abordados.

A CPI vem aí
Na semana que vem, na medida em que Rebeca, Rayssa e Ítalo forem saindo de cena, Aziz, Randolfe e Renan voltam a ganhar os holofotes.[algum deles vai ser preso? ou todos? algemados no estilo Jader Barbalho?  A Covidão voltará mais desacreditada do que quando entrou em recesso - o que torna a volta inútil para atrair holofotes.]  A CPI está de volta para a alegria de muita gente e para o pânico do capitão. Na TV, é só subir um canal, do 539 para o 540.

Um ano de solidão
Uma pesquisa sobre o uso do tempo revelou que, em média, o norte-americano passou 57 minutos a mais sozinho a cada dia do ano passado em razão da pandemia de coronavírus. No caso dos adolescentes entre 15 e 19 anos, a solidão subiu de 4,5 horas para 6 horas diárias.
 

quinta-feira, 11 de março de 2021

Bolsonaro exonera Wajngarten e nomeia militar para o cargo

Almirante Flávio Rocha, que hoje comanda a Secretaria de Assuntos Estratégicos, assume interinamente a Secom e acumula as duas funções

O presidente Jair Bolsonaro exonerou Fábio Wajngarten do cargo de Secretário Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações. A demissão foi oficializada em edição do Diário Oficial da União (DOU) na madrugada desta quinta-feira, 11. Na mesma publicação, Bolsonaro nomeou Flávio Augusto Viana Rocha para ocupar o cargo interinamente. O almirante, que atualmente comanda a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), acumula as duas funções.
Rocha será o terceiro nome a comandar a área de comunicação do governo. O primeiro chefe da Secom foi o publicitário Floriano Amorim, substituído por Wajngarten em abril de 2019. 
 
Desentendimentos 
A mudança, conforme apuração do Estadão de 25 de fevereiro, deve colocar um fim aos desentendimentos dentro da área de comunicação do governo, especialmente entre Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Havia também muita queixa interna no governo em relação à comunicação na questão da pandemia do coronavírus. O Palácio do Planalto considera que tem acumulado seguidos desgastes nessa área por não conseguir mostrar o que está fazendo no setor.

Mesmo fora da secretaria, Wajngarten não deve deixar o entorno de Bolsonaro, que gosta pessoalmente do empresário. Ele é visto pelo presidente como um aliado fiel e uma pessoa inteligente, que pode seguir ajudando numa assessoria especial. Com um perfil oposto, o almirante Flávio Rocha é chamado dentro do governo de “bom de jogo” e “habilidoso”. Considerado um militar conciliador e de diálogo, Rocha ampliou sua proximidade com Fábio Faria nos últimos tempos. 

Notícias - Portal Terra 

 

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Um governo do contra

Na semana passada, a reforma da Previdência foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ainda que sem brilho (a proposta demorou oito semanas para passar, enquanto ade Temer passou em apenas uma), foi uma vitória importante, mas ofuscada pela série de brigas em que o governo se meteu. Ao publicar um vídeo em que Olavo de Carvalho diz, entre outros impropérios, que “os milicos só fizeram cagada”, Bolsonaro comprou briga com os militares. O vídeo foi apagado, e o presidente soltou nota afirmando que as declarações do guru “não contribuem para a unicidade de esforços e consequente atingimento dos objetivos” do governo, mas o assunto não está superado.

No mesmo dia em que o governo mostrou com unicidades e atingimentos como é culto, o ministro Osmar Terra anunciou um corte de 98% note topara projetos culturais. Não explicou qual seu objetivo nem como a medida contribuirá para seu “atingimento”. Comprou briga com artistas e com agente de cultura. [apenas deu um passo importante para acabar a mamata em que vivem os 'artistas' e a turma conhecida como agente de cultura.]

Na quarta-feira, soube-se que quem publicou o tal vídeo do guru foi Carlos Bolsonaro, e que isso redundou em uma briga com o pai. Magoado, Carluxo parou de atender os telefonemas do presidente e sequestrou sua senha, impedindo-o de soltar tuítes. Jair Bolsonaro chegou a cancelar um café da manhã com a imprensa, mas voltou atrás. [Bolsonaro é humano e também teimoso e isso impede que ele protele duas medidas que tem que tomar - mas, uma hora elas serão adotadas e se espera que ainda esta semana:
- dispensar o 'auxílio' oficioso dos 'pimpolhos', que mais atrasa, atrapalha do que ajuda;
- e dispensar o Olavo, se possível, proibindo até sua vinda ao Brasil.] 
 
No encontro, Bolsonaro afirmou que o Brasil não pode ser um país de turismo gay: temos famílias” (é preciso avisar ao presidente que gays também têm famílias [sinceramente temos penas dos integrantes de tais famílias.]). Concluiu dizendo que estamos de braços abertos para o turismo sexual (desde que heterossexual). [Bolsonaro é uma pessoa normal, gosta das coisas normais, ele e quase 60.000.000 de eleitores; Bolsonaro e este contingente de eleitores dispensam  as aberrações, as bizarrices, as coisas anormais;
 
quanto a briga com a comunidade identificada por letras não tem importância, não influi em nada. 
 
A propósito lembramos aos integrantes de tais comunidades, tanto os que residem no Brasil quanto os que pretendem (usar pretendiam,  é melhor) vir ao Brasil, insistimos em lembrar que no exterior tem ótimos países, maravilhosos e que terão grande prazer em recebê-los, por isso poupem o Brasil de mais um constrangimento, não venham aqui.] Comprou briga com a comunidade LGBT, suas famílias e todos os brasileiros razoáveis.

No mesmo encontro, o presidente afirmou que se a reforma da Previdência ficar abaixo de R$800 bilhões ,“o Brasil ficará em situação parecida com a da Argentina ”. Ao dar a senha para que os deputados sangrem a reforma—o delegado Waldir, líder do partido do presidente, já disse que vai apoiar três (!) emendas que desidratam a proposta—comprou briga coma equipe econômica.

Em seguida, descobriu-se que Bolsonaro vetou um comercial do Banco do Brasil e mandou demitir seu diretor de marketing: a presença de negros, pessoas tatuadas e uma transexual ofendeu o presidente, que decidiu que a publicidade das estatais agora deve ser controlada pela Secom. Comprou briga com Deus e o mundo. [não houve racismo, nem rejeição a pessoas tatuadas (cada um faz do seu corpo o que quiser, desde que não constranja a terceiros) nem ao trans que tinha na publicidade - o constatado era ser um comercial muito caro dirigido a um público restrito e com pouca capacidade bancária.
A publicidade de um serviço deve ser dirigida  aos que não usam o tal serviço, mas, a prioridade em termos de investimento tem que ser diretamente proporcional a capacidade e interesse do público alvo em utilizar o serviço divulgado.
O que não era o caso.]

O ministro Santos Cruz avisou que a medida é ilegal (Carluxo, claro, já começou a atacá-lo), mas Bolsonaro insiste, porque acha que “a massa quero respeito à família ”: não explicou por que acha que é seu papel ser fiscal de costumes nem o que há de desrespeitoso no comercial que censurou. (Bolsonaro tampouco se dá conta de que comete abuso de poder, o que, pela Lei do Impeachment, pode até ser considerado crime de responsabilidade: se algum dia o Brasil tiver uma oposição, talvez venha a lhe agradecer pelo passo em falso.) [antes que mais um,  estúpido e infundado pedido de 'impeachment' seja apresentado - até o general Hamilton Mourão foi alvo de dois (sem nenhum fundamento,  apenas o gestado na imaginação sem noção do autor) - cabe esclarecer que o fato de ser estatal não impede a interferência do acionista majoritário da estatal e no caso do BB, tal acionista é a União.
E Bolsonaro, é o presidente da República, portanto, capacitado a falar sobre assuntos que digam respeito à União.]

Enviado por e-mail - Texto de autoria de Ricardo Rangel,  empresário

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Secom manda suspender patrocínio da CEF para encontro de “blogs sujos”


Adivinhem quem vai fazer o discurso de abertura... Sim! Ela, a “Afastada”. Secom tem de fazer uma auditoria na área
Aplausos para a decisão! O governo Michel Temer ordenou que a Caixa Econômica Federal suspenda o patrocínio de R$ 100 mil reais para um evento promovido pelos sedizentes blogueiros progressistas, que já contavam com farto financiamento de estatais e do próprio governo federal.

O 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais acontece entre os dias 20 e 22 de maio em Belo Horizonte, Minas. Adivinhem quem vai abrir o encontro… Sim, Dilma Rousseff, a Afastada. O tema não poderia ser mais eloquente: “A defesa da democracia e a luta contra o golpismo midiático”. Entenda-se: para um blogueiro dito “progressista”, de esquerda, “golpistas” são aqueles que não concordam com eles e que defendem a Constituição.

Aliás, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) mandou reavaliar todas os contratos de publicidade com os veículos de comunicação. Até porque a companheirada decidiu torrar toda a verba, né?, o que inclui a farta distribuição de dinheiro para os blogs sujos.

A questão é tão importante para o PT que Rui Falcão, presidente do partido, resolveu escrever sobre o assunto na página oficial da legenda. Ele acha um absurdo que o governo federal e as empresas públicas parem de financiar blogs que se dedicam a defender o PT e os petistas e a atacar os adversários do partido — ou aqueles que eles julgam adversários. Falcão acha que a função do estado brasileiro é defender a sua agremiação.

A questão chega a ser surrealista. Venham cá: se um governo pode financiar os ditos “blogs progressistas”, não poderia, então, financiar também “blogs reacionários”??? A propósito: o que há de “progressista” em ter o nariz marrom, em viver de joelhos para o poder, em exercer a voz do oficialismo?

Aliás, espero que o governo Temer mude a relação com os veículos de comunicação. Há que se criar um critério objetivo para distribuir a verba publicitária que pertence ao povo brasileiro, não aos partidos. O único critério aceitável é o técnico. Não! Eu não acho que, agora, chegou a hora de “pagar para o outro lado”; eu não acho que Temer deva financiar os blogs que falem bem dele e mal do PT. Eu sou contra esse tipo de pistolagem. É preciso respeitar o dinheiro dos brasileiros.

Até porque, meus caros, não duvidem que alguns dos blogs sujos mudariam bem fácil de lado… Bastaria pagar o preço. É preciso parar com essa sem-vergonhice. Isso é chantagem.

Auditoria
Mas é preciso mais do que isso. A Secom tem de proceder a uma auditoria rigorosa para saber como o dinheiro da publicidade oficial foi empregado, ao longo dos anos, para fazer o trabalho sujo dos sujos. O lugar de alguns personagens que fizeram parte desse enredo macabro é a cadeia.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Dilma receosa que Mercadante contamine a agenda positiva nos EUA, decide barrar viagem do bigodudo



Dilma barrou Mercadante para não "transportar" crise à visita aos EUA
Planalto manteve ministro no Brasil a fim de evitar contaminação de 'agenda positiva' no compromisso internacional; titular da Casa Civil foi citado em delação de dono da UTC; presidente se encontra hoje com investidores americanos e Barack Obama

A presidente Dilma Rousseff iniciou neste domingo, 29, sua viagem oficial aos Estados Unidos com a preocupação de não deixar que a principal aposta de sua agenda internacional este ano seja contaminada pela citação dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social) na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC. Dilma se encontra hoje com investidores americanos e o presidente Barack Obama.

A decisão de manter Mercadante em Brasília foi tomada na reunião emergencial convocada na sexta-feira à noite, no Palácio da Alvorada, justamente para evitar que a crise embarcasse junto com a comitiva presidencial. A medida, acreditam auxiliares da presidente, serviu para proteger o governo do escândalo e deixá-lo circunscrito ao território nacional e minimizar o desconforto com o episódio.

Em um momento considerado crucial para a agenda positiva do governo, o Planalto quis evitar que um dos ministros mais próximos de Dilma fosse obrigado a dar novas explicações à imprensa nos Estados Unidos, enquanto as atenções estão voltadas à atração de novos investidores e no resgate da credibilidade da economia perante a comunidade internacional.  “A viagem vai servir para dizer que o governo não está afogado em uma série de notícias negativas circunstanciais”, comentou um integrante da comitiva presidencial à reportagem.

Com a revelação do teor da delação
, uma ala do governo passou a defender internamente o afastamento de Mercadante e de Edinho, mas por ora Dilma mantém o voto de confiança nos ministros e não cogita mudanças. Para essa ala, a nomeação de Edinho Silva para a Secretaria de Comunicação Social (Secom) arrastou a crise para as proximidades do gabinete da presidente.

Ricardo Pessoa entregou à Procuradoria-Geral da República planilha intitulada “Pagamentos de caixa dois ao PT” na qual lista repasse de R$ 250 mil à campanha de Mercadante ao governo de São Paulo, em 2010. O empresário acusa Edinho de tê-lo pressionado para doar R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma em 2014, sob o risco de perder contratos na Petrobrás, segundo a revista Veja. Os dois ministros negam as acusações e dizem que as doações foram legais.  “O Edinho, ao invés de estar defendendo o governo, está tendo de se defender das denúncias”, comentou outro auxiliar da presidente Dilma. “Cada vez que ele tem de sair do papel de ministro da Secom para defender o governo e encarnar o papel de tesoureiro e responder denúncia, fica muito ruim pra Dilma, porque respinga nela pela proximidade.”

Defesa
Pessoas próximas a Mercadante admitem que o petista permaneceu no País não apenas pela gestão da Casa Civil e a articulação de votações no Congresso, mas também para articular a defesa do governo junto com Edinho e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Mercadante nega irregularidades na arrecadação de recursos da sua campanha para o governo de São Paulo, em 2010.

Questionado se a delação ofuscaria a viagem de Dilma aos EUA, o titular da Casa Civil disse que é preciso separar uma coisa da outra. “A pauta positiva do Brasil tem de ter espaço também, não é possível que só tenha notícia quando é notícia ruim”, afirmou. “Isso (a delação) não pode ser colocado como fumaça pra impedir o tamanho que esse País tem,  a importância que temos, a relação com a principal economia do mundo”, disse Mercadante.

Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai aproveitar a viagem da presidente aos Estados Unidos para negociar com líderes do Congresso saídas para a crise política. Nessa segunda, em Brasília, Lula terá conversas reservadas com parlamentares do PT. Aliados do ex-presidente esperam uma nova rodada de críticas a Dilma no encontro. Lula considera o governo “letárgico” e “apático” diante das recentes denúncias de irregularidades. Segundo ele, o partido não pode ter a mesma postura. A estratégia do ex-presidente, no entanto, enfrenta resistências, uma vez que aliados não querem se desgastar perante a opinião pública,  já refratária ao partido.

Outro ponto que tem incomodado o ex-presidente é o fato de Dilma ter limitado a influência dos ministros Jaques Wagner (Defesa) e Ricardo Berzoini (Comunicações) no núcleo duro de tomada de decisões do Planalto.

Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 23 de março de 2015

Planalto quer a guerra e Secom da Presidência da República sugere uma revolução apoiada por robôs



O espírito revolucionário no Palácio do Planalto
Exército de robôs faria operação clandestina de defesa
O governo deveria fazer uma revolução apoiada por robôs. É o que sugere um documento obtido no Palácio do Planalto pelos repórteres Valmar Hupsel Filho e Ricardo Galhardo, aparentemente produzido pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Ontem, ao reconhecê-lo, a presidente preferiu qualificar como “não oficial”. 

Desde os manuscritos em papiro, sabe-se que papel aceita tudo inclusive estas linhas. Nesse documento “não discutido pelo governo”, segundo a presidente, escreveram-se mais de 1.500 palavras, para a reflexão de Dilma Rousseff nas 48 horas seguintes ao desfile de multidões nas ruas de 160 cidades, na noite de domingo, e ao panelaço que se estendeu na noite de segunda-feira. Ele contém um receituário de pílulas para a presidente atônita com o ruído das ruas, num país em que não existe crise institucional — apenas um governo sem rumo e com menos de três meses de mandato realizado. 

Sugere aspirinas de obviedades: “Não adianta falar que a inflação está sob controle, quando o eleitor vê o preço da gasolina subir 20% de novembro para cá ou a sua conta de luz saltar em 33%.” Ou ainda: “É preciso aceitar a mágoa desses eleitores (insatisfeitos), reconquistá-los.”  Seu grande momento é a proposta de meios para reversão da crítica coletiva a Dilma, a Lula e ao Partido dos Trabalhadores. No texto — por sinal, mal escrito —, propõe-se a criação de um autêntico exército de robôs para uma operação clandestina de defesa, em regime de prontidão permanente, 24 horas por dia, sete dias por semana. 

Atuaria de forma oculta, ardilosa, em missões típicas de sapadores: “A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele.”  Argumenta-se que o crescimento da insatisfação se deu no período pós-eleitoral. Em confissão, lembra-se nesse documento “não oficial”, que “a partir de novembro, as redes sociais pró-Dilma foram murchando até serem quase extintas”.

“Principal vetor de propagação do projeto dilmista nas redes, o site Muda Mais acabou” — acrescenta. “Os robôs que atuaram na campanha foram desligados e a movimentação dos candidatos do PT foi encerrada.”  Em contrapartida, “a tática do PSDB foi exatamente a oposta”. Alega-se: “Cerca de 50 robôs usados na campanha de Aécio continuaram a operar mesmo depois da derrota de outubro. Isso significou um fluxo contínuo de material anti-Dilma, alimentando os aecistas e insistindo na tese do maior escândalo de corrupção da História, do envolvimento pessoal de Dilma e Lula com a corrupção na Petrobras e na tese do estelionato eleitoral. Tudo com suporte avassalador da mídia tradicional.” [quem mais fornece material anti-Dilma e anti-PT é a própria ‘neurônio solitário’ e a petralhada; Dilma e o PT são insuperáveis na capacidade de produzir o que não presta.]

“Em estimativas iniciais” — continua —, “a manutenção dos robôs do PSDB, a geração de conteúdo nos sites pró-impeachment e o pagamento pelo envio de WhatsApp significaram um gasto de quase R$ 10 milhões entre novembro e março. Deu resultado. Em fevereiro as mensagens/textos/vídeos oposicionistas conseguiram a capacidade de atingir 80 milhões de brasileiros. As páginas do Planalto mais as do PT, 22 milhões. Ou seja, se fosse uma partida de futebol, estamos entrando em campo perdendo de 8 a 2.” [a necessidade do impeachment da ainda presidente é alimentada pela sua notória incomPTencia e a desonestidade que tão bem caracteriza a petralhada.
Dilma renunciasse, com Temer assumindo, os pedidos de impeachment seriam retirados, mesmo Michel Temer tendo sido beneficiado pela campanha mentirosa e nojenta feita pela cabeça da sua chapa.]

Conclui: “De um lado, Dilma e Lula são acusados pela corrupção na Petrobras e por todos os males que afetam o país. Do outro, a militância se sente acuada pelas acusações e desmotivada por não compreender o ajuste na economia. Não é uma goleada. É uma derrota por W.O..”

Em meio à crise, alguém no Palácio do Planalto produziu e levou à presidente um documento “não oficial” propondo-lhe enfrentar os protestos nas ruas liderando uma revolução com um exército clandestino de robôs.  Dilma não deveria perder a chance de mandar imprimir uma placa e deixá-la à vista na sua sala de trabalho: “Errar é humano, mas, para se produzir um monstruoso erro, é preciso um computador.” Depois, pode cair na gargalhada. 

Fonte: José Casado – O Globo

“a gasolina subiu porque Dilma, Lula e o PT roubaram na Petrobras?” “a gasolina subiu porque Dilma, Lula e o PT roubaram na Petrobras?” “votamos nela e a política econômica é do Aécio”, “não tinha como ela não saber dessa corrupção toda na Petrobras”



Documento da Secom em que governo assume o uso dos blogs sujos para a “guerrilha” e em quem se propõem ilegalidades na área de comunicação
Leia íntegra do documento da Secom:
Onde estamos
A comunicação é o mordomo das crises. Em qualquer caos político, há sempre um que aponte “a culpa é da comunicação”. Desta vez, não há dúvidas de que a comunicação foi errada e errática. Mas a crise é maior do que isso. As forças políticas que elegeram Lula e Dilma são minoritárias nas redes socais desde os movimentos de 2013. Isso por uma singularidade clara do mundo digital: o Facebook, o twitter, o G+, etc., são espaços privilegiados para o ataque, a zombaria e a propagação de palavras de ordem. É um espaço onde o convencimento, o diálogo, a troca de ideias até existe, mas é lenta e geralmente se prega para convertidos.

Parece contraditório, mas o panelaço do dia 8 e as marchas deste dia 15 mostram que as redes sociais não estão perdidas para Dilma e Lula. No dia 8, até uma hora depois do pronunciamento, houve mais tuítes a favor a Presidenta do que contra. No domingo, houve uma disputa equilibrada até a PM falar em um milhão na Paulista, desmobilizando todo o regimento pró­governo. Óbvio que esse movimento virtual não altera as derrotas políticas do panelaço e das pessoas nas ruas, mas mostram que nem tudo está perdido.

Ironicamente, hoje são os eleitores de Dilma e Lula que estão acomodados brigando com o celular na mão, enquanto a oposição bate panela, distribui mensagens pelo Whatsapp e veste camisa verde­-amarela. Dá para recuperar as redes, mas é preciso, antes, recuperar as ruas.

Como chegamos até aqui
A campanha presidencial de 2010 foi a primeira na qual a comunicação digital teve um papel relevante no resultado das urnas. O uso de vídeos montados sobre aborto e fechamento de igrejas evangélicas marcou um novo patamar da baixaria na disputa política brasileira. A campanha digital Dilma/2010 foi mais de resistência e de combate a boatos do que de convencimento. Os blogues não geraram conteúdo, mas foram fundamentais na propagação de reportagens da grande imprensa como caso Paulo Preto e da bolinha de papel.

O início do primeiro governo Dilma, no entanto, foi de rompimento com a militância digital. A defesa ferrenha dos direitos autorais pelo Ministério da Cultura e o fim do diálogo com os blogues pela Secom geraram um isolamento do governo federal com as redes que só foi plenamente restabelecido durante a campanha eleitoral de 2014. Em 2015, o erro de 2011 foi repetido. Pesquisa feita pela FGV no dia do segundo turno de 2014, com base em amostra de mais de 600 mil tuítes, mostrava as redes sociais brasileiras divididas, com leve vantagem para o campo pró­Dilma.