Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Aqueles poucos milhares de pessoas que
chegaram à desguarnecida Praça dos Três Poderes não levavam armas nem
megafones e não obedeciam a liderança alguma.
Pessoas incautas,
ingênuas, desorientadas, somavam-se a manés inconformados e a alguns
arruaceiros, infiltrados ou não.
Sobre estes últimos, não cabe a mim,
mas às investigações, esclarecer quem eram e por que faziam o que
fizeram.
Transcorrido um ano inteiro, porém, a quem interessa deixar a
sociedade sem essa informação?
Por que o PT tanto quis pôr osarreios e
freios que pôs na CPMI?
Repetidamente
exibidas, as cenas mostram brutamontes dedicados à tarefa de rebentar,
com frieza de robôs, o que encontravam pela frente, a torto e a direito,
sem sequer olhar o que quebravam.
Se me coubesse interpretar aquelas
ações, eu diria que elas refletiam a seguinte mensagem: missão dada,
missão cumprida.
Os vândalos preparavam o cenário para as imagens que
ilustrariam as narrativas daqueles dias.
Digo narrativas e não história
porque até agora, que se saiba, num palco bem abastecido de câmeras de
vídeo, não houve a individualização dos agentes que se dedicaram à
ignóbil tarefa.
A partir daí, o assunto é tratado pelo STF como conta de
restaurante: 100% pagam em anos de cadeia o vinho que 10% beberam.
Muito conveniente!
No entanto, os atores daquele estrupício têm nome e
sobrenome.
Enquanto os
fatos ainda estavam em curso, escrevi no artigo “Um erro descomunal!”,
que, instigados pelo vandalismo ignóbil, os donos do poder iriam
intensificar e ampliar suas ações! Outras garantias individuais iriam
para o saco e muita gente de bem pagaria a conta. Subestimei, claro, as
consequências que estavam por vir.
Um ano
inteiro passou e ontem, 8 de janeiro de 2024, foi outro dia patético.
Como um comandante que discursasse a seus homens antes do desembarque na
Normandia, Alexandre de Moraes usou da palavra no evento que marcou o
dia da “Democracia inabalada”.
Parecia um implacável lança-chamas ou um
canhão de bordo cuspindo fogo sobre o “populismo extremista” ao qual
prometeu todos os suplícios que o destino pode reservar a quem ouse ver
as coisas sob outro ponto de vista. Existem discursos que abalam
democracias inabaladas.
O público do evento incluía a nata da oligarquia
governante.
Todos eram adoradores de uma deusa Têmis que pairava sobre o
ambiente.
Na minha imaginação, ela era exótica.
Não inspirava confiança
com seus braços musculosos fartamente tatuados com corpulentos dragões e
vampiros...
O público,
que se via como representativo dos democratas brasileiros numa sociedade
de indivíduos livres, não demonstrava grande abertura às diversidades
inerentes à política.
Aplaudia o indiscriminado furor punitivo,
prestava culto à moldagem da Lei à forma das "excepcionalidades" do
momento histórico, posava fazendo o L e deixava suas digitais
ideológicas nos punhos que se erguiam ao ar nos momentos de maior
vibração.
Que coisa
mais patética pretender que aquele evento sem povo e aquelas falas
pudessem ser representativos dos democratas brasileiros!
Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org),
colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas
contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A
Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia
Rio-Grandense de Letras.
O governo insiste
em “aumentar o consumo” dando reduções artificiais de preço, quando a
única maneira eficaz de levar um cidadão a comprar mais é aumentar a sua
renda — algo que só é possível com crescimento econômico
Luiz Inácio Lula da Silva, Janja e Geraldo Alckmin | Foto: Montagem Revista Oeste/Ricardo Stuckert/PR/Shutterstock
O“carro
popular” que anda em discussão por aí é o retrato mais nítido do que é
realmente o governo Lula na vida real da economia brasileira — uma trapaça
permanente, mal-arrumada e sem benefício nenhum para o interesse público, que
só é levada adiante, o tempo inteiro, pela propaganda oficial. É sempre a mesma
tapeação:uma medida que “enfim” se propõe a ajudar os “pobres deste país” com
a doação de algum benefício material. É sempre o mesmo resultado: o Tesouro
Nacional transfere dinheiro público para uma facção qualquer da confederação de
parasitas que manda no Brasil, e o pobre de verdade não ganha coisa nenhuma.
O
“carrinho” do pobre, como diz Lula e a mídia repete no piloto automático, é
como o voo de avião com passagem“baratinha”, o apartamento popular com
“terracinho” e outros prêmios de programa de auditório que ele passa a vida
prometendo ao “povo”. Na prática não acontece nada, a não ser a entrega de
impostos a um punhado de amigos capazes de falar mais alto que os outros dentro
do palácio presidencial. “Carro popular” é como a “picanha”: não existe, a não
ser no churrasco para os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, ou em
outros folguedos dessa corte de Luís XV subdesenvolvida, brega e gulosa que
continua a engordar em Brasília com o trabalho do povo brasileiro.
“Carro popular” é como a “picanha”: não existe, a
não ser no churrasco para os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes |
Foto: Shuterstock
O “carro
popular” do governo Lula é tudo o que pode existir de mais atrasado em qualquer
proposta de “política industrial”, como eles gostam de dizer: entrega dinheiro
de todos os brasileiros para a produção de um bem de qualidade ruim, que não
serve para nada a não ser ajudar as montadoras a continuarem operando com
métodos industriais da idade da pedra — e, quem sabe, permitir que a classe
média economize uns trocados para ter um segundo carro na garagem.
A proposta,
pelo que deu para entender até agora, reduz impostos federais e quer oferecer
ao público uma carroça por R$ 60 mil em vez de R$ 70 mil, digamos — como se algum
pobre brasileiro, no mundo das realidades, tivesse dinheiro para pagar um carro
de R$ 60 mil ou qualquer preço parecido. No caso, o único efeito prático será
aumentar duas coisas: a frota que está batendo lata na rua com carros de
terceira categoria e o estoque nacional de ferro-velho. É isso, na prática, que
produz a “política econômica com preocupação social” do governo Lula — atraso
direto na veia, com os “pobres” servindo de biombo para a promoção de
interesses privados dos amigos, e dos amigos dos amigos.
Eis aí,
exposto à luz do sol, mais um exemplo do que talvez seja um dos piores traços
do caráter de Lula como homem público — a ignorância mal-intencionada.
Ele não
tem, comprovadamente, capacidade para tomar nenhuma decisão que seja de fato
competente — e, ao mesmo tempo, tem sempre um propósito viciado nas decisões
que toma. Ou seja: decide errado, e pelo motivo errado. Acaba contaminando todo
o seu governo, pois o presidente vive num bioma povoado unicamente de
puxa-sacos sem nenhum vestígio de espinha dorsal, incapazes de lhe dar uma
única opinião honesta — seja qual for a estupidez que ele quer impor ao país,
todos concordam.
No caso do carro “para o pobre” a estupidez é múltipla. O
governo insiste, aí, na miragem de “aumentar o consumo” popular dando reduções
artificiais de preço nisso ou naquilo, quando a única maneira eficaz de levar
um cidadão a comprar mais é aumentar a sua renda — algo que só é possível com
crescimento econômico, o que, por sua vez, só é possível com a combinação de
investimento privado em massa e plena liberdade para os sistemas de produção. O
governo Lula, na sua ação concreta, é francamente hostil a isso tudo.
Acha que
a única maneira de investir é aumentar o “gasto público” — algo que no Brasil
só serve para transferir o resultado do trabalho de todos para o bolso das
mesmas minorias que formam essa elite inepta, preguiçosa e dependente do Erário
que manda no país desde Pedro Álvares Cabral. Fizeram isso durante quase 14
anos seguidos, quando tiveram a chance de aplicar o seu “modelo” no governo.
Produziram a maior recessão da história econômica do Brasil. Estão fazendo
exatamente a mesma coisa de novo.
O carro
“baratinho” é uma idiotice, também, porque se coloca diretamente contra toda a
lógica que existe hoje na indústria mundial.Um produto só vale alguma coisa,
de verdade, se puder ser vendido no exterior; se não serve para ser exportado,
não serve para nada que faça sentido efetivo do ponto de vista econômico.
Para
isso, qualidade e tecnologia de ponta são essenciais — e o governo Lula está
propondo utilizar dinheiro público para fabricar produtos de baixa qualidade e
com tecnologia em estado de coma. Pense um pouco. Passa pela cabeça de algum
sujeito normal, na Alemanha, na Inglaterra ou nos Estados Unidos, comprar um
carro produzido no Brasil?
Por que raios faria isso, se o automóvel brasileiro
é pior e mais caro?
Já é assim, hoje, com qualquer modelo. Imagine-se, então,
com o “carrinho” que Lula quer fazer no seu programa “social”.
É uma negação de
tudo o que está valendo no mundo como ele é hoje. Para completar o desastre, o
governo quer incentivar o uso do “componente nacional” na fabricação desse seu
novo portento.
É o oposto, exatamente, do que a realidade atual exige — cadeias
produtivas capazes de importar pelo menor preço possível, de qualquer lugar do
mundo, componentes de qualidade máxima para montar o melhor produto final e
colocar esse produto com chances reais de venda no mercado internacional. Se não
tem acesso ao mercado externo, é produto ruim; se é produto ruim, o governo não
pode ajudar com subsídio.
Numa
época em que a indústria mundial fala em nanociência, robôs e inteligência
artificial, Lula fala, acredite se quiser, em “trocar tecnologia” com a
Venezuela
Vale para
qualquer coisa — a chave de tudo é a capacidade de competir. É por isso, e por
nenhuma outra razão, que o Brasil não exporta equipamentos de tomografia,
máquinas de precisão e reatores atômicos. Quem iria comprar? Em compensação, faz
sucesso vendendo no exterior aviões a jato da Embraer — que importa tudo o que
encontra de melhor no mundo para montar os seus produtos aqui no Brasil. O
economista Samuel Pessôa deu há pouco, no jornal O Estado de S. Paulo,
uma entrevista que resume com notável clareza toda essa situação. “O governo
petista, na sua outra fase no Planalto, colocou R$ 400 bilhões no BNDES para
gerar fundos de crédito subsidiado”, diz Pessôa. “Os estudos que conheço
mostram que isso não gerou muitos resultados.” Só vale a pena investir dinheiro
público em subsídios, afirma ele, se for para a produção de coisas que possam
ser exportadas. “Muitos falam dos subsídios agrícolas, mas a agricultura
exporta, e muito”, diz o economista — mais exatamente, exportou US$ 160 bilhões
em 2022, ou cerca de metade de todas as exportações do país. E a indústria
automobilística?
Exportou quanto no ano passado? Mal passou dos US$ 10 bilhões,
e tudo vendido na periferia do mercado. “No dia em que a nossa indústria
conseguir fazer um carro que compita no mercado internacional, aí eu vou achar
que algum tipo de subsídio vai fazer sentido. Mas essa é uma indústria que está
conosco há 60 anos e, tirando um ou outro período relativamente curto, nunca
gerou capacidade exportadora.” É simples. Uma fábrica de carros só faz nexo
como negócio, hoje em dia, se for capaz de produzir 300 mil unidades do mesmo
modelo por ano. Para isso, precisa exportar, porque só as vendas internas não
produzem escala suficiente — e para exportar precisa da qualidade, que é o
exato contrário da proposta do “carrinho barato”.
Truques
como o “carro barato”não levam nada de útil para a sociedade, pois os
problemas do desenvolvimento brasileiro vão muito além disso. Pessôa lembra os
exemplos da Coreia, Taiwan, Japão e China.“Olhem a qualidade educacional
desses países”, diz ele. “Eles não têm indústria porque dão subsídio, mas
porque trabalham muito, estudam muito, poupam muito.”
Não tem nada a ver com o
que faz o governo Lula; querem aqui, justamente, sabotar o trabalho, o estudo e
a poupança pública.
Ainda há pouco, Lula e o vice, Geraldo Alckmin, falavam de
uma “política de neo-industrialização” para o Brasil.
Poderiam ser duas múmias
discutindo o seu programa de construção de pirâmides no Egito dos faraós.
Numa
época em que a indústria mundial fala em nanociência, robôs e inteligência
artificial, Lula fala, acredite se quiser, em “trocar tecnologia” com a
Venezuela — isso mesmo, a Venezuela, que não consegue produzir um parafuso de
rosca. Pior: não passa pela cabeça de nenhum dos dois, e de ninguém no governo,
que simplesmente não existe sociedade desenvolvida, com maior igualdade e mais
justiça, sem níveis de educação muitíssimo superiores aos do Brasil — que ocupa
os piores lugares do mundo no conhecimento da matemática, das ciências e da
simples capacidade de leitura, por culpa exclusiva e direta da qualidade
desastrosa do ensino público.
Como lembrou a economista Cláudia Costin no mesmo
O Estado de S. Paulo, nenhum país conseguiu se industrializar dando
apenas quatro horas de aula por dia,como o Brasil. E aí — o que Lula e Alckmin
vão fazer com o seu programa de neo-industrialização?
Se o governo pudesse,
haveria só três horas, pois o Sistema Lula-PT vai estar sempre do lado dos
interesses da sua clientela, e não da maioria. Seu projeto educacional é o
projeto do sindicato dos professores, e o sindicato dos professores tem
interesses opostos aos interesses dos alunos; na epidemia de covid, para ficar
só no último exemplo, foram esses sindicatos que impediram por mais tempo a
reabertura das escolas. É a frente unida pela preservação da ignorância, que
torna impossível o avanço social do Brasil.
É o triunfo do eterno conto do
vigário do governo Lula.
Renan Calheiros parabenizou
Renan Calheiros por um post no Twitter: “Boa, senador!” Se não foi um
caso extremo de delírio narcísico, foi um flagrante de que há algo
inautêntico na forma como o senador usa sua rede social.
A equipe de
Calheiros forjou um elogio a ele, com o descuido de usar a própria conta
do senador – o que evidenciou a falsificação.
Onde estão os obstinados
caçadores de fake news do TSE e do STF? Ninguém contou a eles o que aconteceu?
Se o elogio foi forjado, quem
tentou se fazer passar por um admirador de Renan Calheiros? Um assessor?
Alguém que usaria uma identidade postiça e se descuidou? Um robô?
Quem
pode fazer um elogio fake, pode fazer um ataque fake?
Pode espalhar
boato? Pode “desinformar” (a palavrinha da moda dos supremos
checadores)?
Sim, pode fazer tudo isso. Como
essa questão se resolveria num ambiente mais ou menos saudável?
Com a
lei: quem se sentisse atacado, ofendido, difamado ou constatasse uma
informação falsa que prejudicasse alguém, acionaria a Justiça e puniria o
infrator – fosse ele autêntico ou impostor.
Isso já aconteceu inúmeras
vezes e a justiça foi feita. Quanto a robôs ou claques programadas, é
questão de controle da plataforma ou denúncia de usuários que suspeitem,
e ponto final.
'
Mas o que se passa hoje no
Brasil é algo bem diferente.
Supostos depuradores do debate público criaram expedientes de perseguição à livre expressão – baseados
exatamente nessa literatura fajuta que não tem nada a ver com Direito:
gabinete do ódio, fake news, desinformação, milícias digitais,
etc.
Qualquer assunto que esteja em terreno de controvérsia pode ser
marcado por esses senhores da verdade como delinquência, baseados nos
conceitos alegóricos acima. É um expediente reacionário.
Pois bem. Se é assim, onde está a
investigação de Renan Calheiros?Um senador usando flagrantemente uma
falsificação das funções da rede socialpara forjar a manifestação de
alguém que não existe.
Quem fez isso? Quantos fazem
isso rotineiramente para o senador, com que tipo de mensagens?
Isso não
pode ser uma milícia digital?
Uma brigada de robôs?
Um gabinete do ódio?
Ou em homenagem à harmonia entre Renan Calheiros e o STF isso pode ser
no máximo um gabinete do amor?
Aliados de Lula têm habeas corpus
permanente,em homenagem ao passado glorioso do ex-presidente?
Hackers tentaram invadir o site
do PL e forças ocultas da“oposição” tentaram reservar as vagas para o
público na convenção do partido do presidente da República, para
esvaziá-la.
Os xerifes da eleição já
começaram a instituir até censura prévia, decretando que determinados
assuntos não podem sequer ser abordados. É um abuso autoritário
escandaloso.
Infelizmente, aquela multidão de amantes da liberdade de
expressão que passaram décadas fazendo discursos, músicas e poesias
contra o autoritarismo saiu de férias. Logo agora…
O
ministro Alexandre de Moraes tem certeza de que as redes sociais estão
infiltradas de máquinas de direita a que chamam robôs. Estes atuariam
como se fossem seres humanos, influenciariam a comunicação nas redes
sociais multiplicando mensagens. Observando tão alardeada perseguição,
sugiro a Sua Excelência ligar o televisor. Verá ali robôs em abundância,
dizendo o mesmo sobre as mesmas coisas. Uma chatice dos infernos. São
raros os sinais de inteligência não artificial.
Isso
deveria ser motivo de preocupação para quem tem zelo efetivo pela
democracia.
Em todo o país, inteligências não artificiais refletem sobre
causas e consequências de tão lamentável situação.
Nas edições de hoje,
os robôs da mídia impressa criticam as manifestações de desagrado
perante a atuação dos ministros do STF ocorridas nos atos populares
deste 1º de Maio.
Por isso, pergunto aos robôs atuando na imprensa brasileira:o que vocês, jornalistas, não viram?
Não viram
o Inquérito do Fim do Mundo atraindo para si tudo que desagrade a
Corte? Não o viram dar causa à censura, à prisão de jornalistas,
fechamento de blogs, desmonetizações, intervenção nas plataformas?
Não viram ali a morte do Estado de Direito e da Democracia, nem anteviram os subsequentes abusos de poder?
Não viram
o Regimento Interno do STF incluir todo o território nacional nas suas
“dependências”, tratando como crime ocorrido dentro do Supremo qualquer
fato ou ato, insulto ou ameaça contra os senhores ministros? Não viram
tais ocorrências sendo, por isso, objeto de investigação e julgamento
intramuros?
Não viram um vídeo na nuvem do YouTube dar causa a “flagrante perpétuo”, com prisão do autor em seu domicílio, dentro de casa?
Não viram
os ministros vítimas acusarem o réu e o julgarem, numa sessão de fazer
inveja a Danton e Robespierre? Não viram o despropósito de uma ação que,
em “juízo normal”, se resolveria com um pito e cesta básica, redundar
em mais de oito anos de prisão? Não viram a demissão sem justa causa do
senso de proporção?
Não viram
a Constituição virando massa de moldar, voto de ministro em tom de
discurso, a Casa se tornando confraria:“Mexeu com um, mexeu com
todos!”? Isso nada lhes revelou?
Todos os
cidadãos livres podem e devem ter opiniões e convicções, mas não
brinquem com a profissão que escolheram. Não a façam instrumento de suas
paixões. Se vão ser desumanos, sejam; mas não reservem a condição
humana aos companheiros, negando aos adversários os direitos naturais e
positivos que reclamam para si e para os seus.
A omissão
do Senado em relação ao julgamento de ministros do STF e a do STF em
relação aos senadores anulam importante instrumento institucional. Por
outro lado, a omissão do jornalismo a esse respeito convalida danos
irreparáveis. Perante verdades “estatizadas” e vontades
“constitucionalizadas”, a nação passa a viver sob ameaça, insegura e com
medo.
São os mesmos sintomas inerentes às tiranias. Por isso, tenho pensado muito em Torquemada, Robespierre e Latsis.
Percival
Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de
dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o
totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do
Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Levando-se em conta o histórico da Corte, a possível absolvição da chapa Bolsonaro-Mourão não será surpresa
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga, hoje, duas ações que pedem a
cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton
Mourão, vencedora da corrida presidencial de 2018. De acordo com fontes
da Corte, são grandes as possibilidades de as medidas judiciais — que
tratam do uso de disparos em massa de mensagens em redes sociais na
última eleição majoritária — serem rejeitadas. “Não vai acontecer nada. Ou alguém vai pedir vista para
continuar segurando essa espada de Dâmocles na nossa cabeça ou vamos
ser inocentados, porque acho que as acusações que estão sendo colocadas
ali não procedem”, disse Mourão, ontem, na chegada ao Palácio do
Planalto.
Ao Correio, interlocutores de ministros do Tribunal afirmam
que a tendência é de que haja um pedido de vista para análise, que
deverá segurar a tramitação da ação até o ano que vem. As chances reais
de a chapa ser cassada, pelos motivos alegados nas ações, também são
remotas — a prática de disparos em massa de propaganda eleitoral nas
redes sociais era proibida. O processo indica que houve abuso de poder
econômico por parte da campanha de Bolsonaro e Mourão no financiamento
das mensagens. [desde quando indicação é prova? a mídia militante, que não consegue esconder seu inconformismo por JAIR MESSIAS BOLSONARO ser o Presidente da República Federativa do Brasil - com chances concretas de reeleição, incluindo, sem limitar, a falta de concorrentes que mereçam tal classificação - e ciente da inexistência de provas contra a chapa Bolsonaro/Mourão chega ao ponto de atribuir ao histórico da Justiça Eleitoral a praticamente absolvição certa da chapa.
A insinuação sobre o 'histórico da Corte', partisse de algum apoiador do Bolsonaro seria motivo suficiente para o mesmo ser preso ou, no mínimo, se tornar investigado por 'ato antidemocrático'.]
O julgamento começará com o voto do relator, ministro
Luís Felipe Salomão. Corregedor-geral da Justiça Eleitoral, esse é
último ato do embate travado pelo magistrado na Corte contra as fake
news, que deixa o cargo sexta-feira, por conta do término do rodízio de
dois anos como juiz titular. Ele entregará os autos do inquérito contra
Bolsonaro e Mourão ao ministro Mauro Campbell, que assumirá a cadeira e
passará a relatar o caso.
Histórico Levando-se em conta o histórico da Corte, a possível
absolvição da chapa Bolsonaro-Mourão não será surpresa. O Tribunal
jamais puniu um presidente da República com a cassação da chapa e as
condenações costumam alcançar, sobretudo, governadores e prefeitos — no
que se refere aos representantes do Poder Executivo.
Segundo o advogado eleitoral Rodrigo Queiroga, o
parecer pela condenação deve conter a comprovação de que não houve
lisura no pleito. “É uma ação grave, que tem como consequência cassação
de mandato. Tem que ter uma prova robusta de que houve interferência no
processo eleitoral”, ressalta.
O advogado André Maimoni, especialista em direito
eleitoral, acredita que o processo tem embasamento jurídico. “Creio que
há bastante prova do disparo em massa e da disseminação de notícias
falsas. Não precisa nem ser ministro do TSE para saber que as eleições
de 2018 foram contaminadas por fake news”, observa.
Já outro advogado eleitoral, Ruan Palhano, considera
que a possibilidade de cassação é remota pelas deficiências da
legislação.“Hoje temos apenas alguns projetos de lei como o que visa
tornar crime a utilização dos robôs, por exemplo. Porém, até o momento,
não temos nada vigendo, ficando uma enorme lacuna em casos desse tipo”,
observou.
No momento em que as pesquisas de opinião
mostram Bolsonaro perdendo apoio e a CPI, dominada pela oposição,
parece impor dia após dia desgaste ao governo, é para lá de
surpreendente o desempenho dos bolsonaristas nas mídias sociais quando o
assunto é CPI.
Se tomamos a semana que terminou (de segunda a sexta-feira, do dia 24
ao 28 de maio) e filtrarmos pela palavra-chave CPI, os bolsonaristas
tiveram um desempenho muito superior ao da oposição.
No Facebook, entre os posts de páginas com a palavra-chave CPI, os
bolsonaristas fizeram 80% dos compartilhamentos no dia 24, 78% no dia
25, 66% no dia 26, 73% no dia 27 e 61% no dia 28. No Twitter, se
medirmos os volumes de retuítes com a palavra-chave CPI, os
bolsonaristas fizeram 94% dos retuítes no dia 24, 88% no dia 25, 75% no
dia 26, 63 % no dia 27 e 74% no dia 28. Em resumo, foi um 7 a 1 para o
governo.
[não foi por mérito dos bolsonaristas e sim por demérito da Covidão;
VEJAMOS;
- a tal CPI já começou desmoralizada = fingindo ter um objetivo - investigar atos e omissões no combate à covid-19 e aproveitar a rede de arrasto para identificar e punir autoridades locais que roubaram recursos para o mesmo combate - quando o objetivo era unicamente prejudicar o governo Bolsonaro e, por consequência, o Brasil = fracassou, tirando ilações feitas pela mídia, negativando atos do governo Bolsonaro e que poderão causar danos as autoridades locais;
- o currículo dos membros que presidem a CPI não os favorece em termos de credibilidade - basta ler os jornais - com reflexos negativos para o conceito da Covidão;
- o relator Calheiros, o presidente da CPI e o vice-presidente não conseguem disfarçar a parcialidade;
- o apurado até o presente momento é um tudo junto e misturado de interpretações parciais, pressão indevida sobre depoentes e coisas do tipo = desmontar uma CPI desse nível é tarefa fácil = eles mesmo implodem se .]
Quem acompanha a CPI pela imprensa ou por veículos de esquerdapode
ter ficado com a impressão de que o negacionismo do governo vem sendo
desmascarado e que, finalmente, se está evidenciando a falta de empenho
do Ministério da Saúde na compra de vacinas e a política irresponsável
de promoção do tratamento precoce. Mas, na mídia governista, o que se vê é outra coisa. Empresas
produtoras de vacinas teriam tentado empurrar contratos com cláusulas
draconianas antes da aprovação da Anvisa,e senadores da oposição
estariam tentando proteger a corrupção dos governadores e fechando os
olhos para as evidências científicas favoráveis à cloroquina.
O ótimo desempenho governista nas redes não significa que o governo
tenha a opinião pública ao seu lado, já que os usuários engajados nas
mídias sociais são uma amostra muito particular e distorcida da
cidadania. Mas os grandes volumes de compartilhamentos no Facebook e de
retuítes no Twitter são sinais relevantes do andamento do debate
público.
Eles indicam, antes de tudo, que os apoiadores do governo são uma
parcela significativa da população. Podem estar diminuindo, como mostrou
a última pesquisa Datafolha (em que a aprovação do governo caiu de 30%
em março para 24% em maio) —ou os insatisfeitos podem estar crescendo,
como mostrou pesquisa do PoderData (em que , do começo para o final de
maio, a desaprovação ao governo subiu de 55% para 59%) —, mas ainda são
um grupo expressivo.
Críticos do bolsonarismo costumam atribuir esses bons desempenhos dos
governistas nas redes ao uso de contas falsas e robôs, mas as
ferramentas de mensuração de robôs no Twitter não apontam uma diferença
significativa no uso de robôs nas hashtags levantadas pelo governo em
relação às levantadas pela oposição.
O alto volume de compartilhamentos e interações parece sugerir que os
governistas estão mais empenhados em defender o governo do que os
oposicionistas em atacá-lo. [é característica de grande parte dos seres humanos ser mais eficiente quando executam atividades mais fáceis.
Convenhamos que destruir um depoimento ridículo, mentiroso, sem noção, como o que foi o prestado pelo diretor Doria é tarefa mais fácil e prazerosa do que convencer que eventuais falhas do governo tiveram objetivos genocidas.
Aquele depoente acusou o governo de em meados de 2020 não ter comprado 60.000.000 de doses da coronavac produzidas pelo Instituto Butantan - o diretor apesar da conduta ridícula teve a honestidade de destacar que eram vacinas em desenvolvimento e ainda não aprovadas pela Anvisa.
Até petista sabe, até o 'joãozinho', o ex-governador das vacinas, é capaz de entender que se o governo tivesse fechado negócio com aquele instituto , teria recebido exatamente o mesmo número de doses que recebeu até o momento - sem ter fechado contrato. O Butantan por depender do IFA chinês não conseguiu produzir sequer 50.000.000 de doses - seria uma encomenda inútil.
É menos danoso à população comprar a produção do Butantan logo que disponibilizada e ter folga para comprar de outras farmacêuticas.]
A
hipótese de a Justiça Eleitoral cassar a chapa Jair Bolsonaro - Hamilton Mourão
é inexistente. Está em jogo no processo liberado para julgamento no Tribunal
Superior Eleitoral pelo ministro Luís Felipe Salomão o uso de mensagens de
WhatsApp como anabolizante eleitoral. Isso constitui crime. A lei não ampara
robôs que disparam material a favor de um candidato ou contra o seu rival. O
pagamento do truque eletrônico, feito por baixo da mesa, sem registro dos
patronos na prestação de contas, é tipificado como abuso do poder econômico. No
limite, isso pode levar à cassação de mandatos.
Há
indícios de que a campanha de Bolsonaro encostou sua estratégia na mágica do
WhatsApp. A questão é comprovar que esse expediente teve influência tão grande
a ponto de ser decisivo no sucesso eleitoral de Bolsonaro em 2018. É improvável
que isso seja demonstrado cabalmente. Ainda que fosse comprovado, a chance de
cassação dos mandatos do presidente e do vice seria nula. O poder do TSE para
punir transgressões do gênero morreu em 2017, quando o tribunal arquivou o
pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. Naquele processo,
reuniram-se provas testemunhais e documentais que tornaram irrefutável a
conclusão de que dinheiro sujo da Odebrecht irrigara a caixa registradora do
comitê petista.
Mas a maioria dos ministros do TSE decidiu, por incompreensíveis razões
processuais, que as provas deveriam ser enterradas. Relator do processo, o
ministro Hermann Benjamin pronunciou na sessão do TSE a frase-símbolo do
julgamento. Ele disse: "Eu, como juiz, recuso o papel de coveiro de prova
viva. Posso até participar do velório. Mas não carrego o caixão." Foi como
se o TSE cometesse suicídio.
Para impor eventual punição à chapa encabeçada por
Bolsonaro, o TSE teria de ressuscitar seus poderes punitivos. E não parece
haver essa disposição. Bolsonaro já nem se dá ao trabalho de negar a eventual
transgressão de que é acusado. Quando ainda tratava do tema, limitava-se a
alegar que o adversário petista Fernando Haddad também foi beneficiado por
disparos massivos no WhatsApp. Nessa matéria, não é que o crime não compensa. É
que quando compensa ele muda de nome. Chama-se esperteza eleitoral.