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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

TV Globo [em extinção?]: o último apaga a luz

 Cleo Guimarães

Camila Pitanga é o nome mais recente de uma lista de estrelas que optaram por assinar com plataformas de streaming em busca de mais liberdade criativa  

A imagem mostra a atriz Camila Pitanga, de cabelos soltos

          A imagem mostra a atriz Camila Pitanga, de cabelos soltos   
          Camila Pitanga: da Globo para a plataforma de streaming  - VEJA - Reprodução

Um clássico do discurso de quem muda de emprego, o clichê dos “novos desafios”, nunca coube tanto quanto agora entre os recém-saídos da TV Globo. Eles são muitos, e não estão pensando duas vezes antes de trocar o até então porto seguro – que a emissora sempre foi – pelas plataformas de streaming. Camila Pitanga é o nome mais recente de uma lista de ex-estrelas da emissora que assinaram com empresas como a Netflix (quase 210 milhões de assinantes), a HBO Max (67 milhões) e Amazon Prime (cerca de 200 milhões).

Pitanga tinha 25 anos de Globo e agora faz parte do elenco da plataforma de streaming da HBO. Assinou por três anos e também vai atuar como produtora executiva – a liberdade criativa e a participação na idealização e produção de projetos é, talvez uma das facetas mais sedutoras dos tais “novos desafios” de quem sai da Globo.

Grande aposta das plataformas, o nicho das telessériesproduções de dramaturgia com cerca de 50 capítulos – vem atraindo grandes nomes para estas empresas. Nos últimos meses, vários medalhões do primeiro escalão da emissora carioca atenderam ao chamado da concorrência, e outros já estão em avançadas negociações. Selecionamos uma lista com alguns nomes que já assinaram com o streaming:

 Reynaldo Gianecchini vive Régis em 'A Dona do Pedaço'

Reynaldo Gianecchini Victor Pollak/TV Globo

Aos acima se somam: Bruna Marquezine, Lázaro Ramos, Ingrid Guimarães,  Bruno Cagliasso, Angélica... 

 Gente - Blog em VEJA

 

sábado, 9 de outubro de 2021

Em crise, Globo demite repórteres consagrados no Rio e em São Paulo - Revista Oeste

 Cristyan Costa

Motivo seria reduzir despesas cortando altos salários

 Os jornalistas veteranos Alberto Gaspar (São Paulo) e Ari Peixoto (Rio de Janeiro) não integram mais o quadro de funcionários da TV Globo. O motivo: a emissora quer reduzir despesas cortando altos salários. Gaspar trabalhou por quase quatro décadas na empresa, atuando como repórter e correspondente internacional. Em 34 anos de casa, Peixoto ocupou as mesmas posições que o colega. Obtidas pelo portal Metrópoles na quinta-feira 7, as cartas de despedida dos dois profissionais revelam clima de “velório” nas redações da Globo.

Recentemente, a Globo demitiu outros profissionais cujos contracheques são gordos. Fernando Saraiva, que estava na emissora desde 1999, foi um deles. O repórter especial Roberto Paiva também, além do produtor Robinson Cerântula. Reportagem publicada na Edição 54 da Oeste mostrou que a crise interna da emissora só cresce. Em 2020, a Globo teve lucro de R$ 167 milhões, número menor se comparado ao registrado um ano antes: R$ 752,5 milhões.

[e as demissões, os 'ajustes' vão continuar;  
algumas demissões e remanejamentos permitirão apreciável redução de custos - demitir uma dupla de jornalistas que ganha milhões apresentando um jornal que foi famoso, é bastante para custear salários de dezenas de apresentadores e a troca pode até melhorar os índices de audiência.
Reapresentar novelas exibidas há alguns anos reduz em muito os custos. A novela Império é um sucesso de audiência e o custo ínfimo quando comparado a gravação de uma nova.
A TV Globo, e outras, estabeleceram o hábito de pagar a jornalistas brasileiros valores que só são pagos a ícones da TV europeia e norte-americana.] 
 
 Cristyan Costa - Revista Oeste

 

sexta-feira, 25 de junho de 2021

A roubalheira nas urnas eletrônicas do TSE nas eleições de 2010 - Sérgio Alves de Oliveira

É muito provável que se porventura o  Congresso Nacional aprovar a PEC em andamento do voto impresso, conjugado  com a  votação eletrônica tradicional, qualquer “merda” que tiver legitimidade postulatória ativa poderá ingressar  no Supremo Tribunal Federal reivindicando  a anulação dessa medida do Poder Constituinte Derivado, mediante a competente ação direta de inconstitucionalidade.

E nesse “monstrengo” chamado Constituição Federal, que permite qualquer interpretação, sem dúvida não haveria nenhuma dificuldade dos “Supremos Ministros” em encontrar uma “brecha” para que se declarasse a dita proposta  de emenda à constituição (in)constitucional, invalidando-a, portanto.

Ruy Barbosa não deixou por menos:”A pior ditadura é a do Poder Judiciário.Contra ela não há a quem recorrer”.

“Matando a cobra e mostrando o pau”: somente um idiota poderia não ter percebido  na época a escancarada fraude protagonizada pelos “computadores” do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições presidenciais de 2010, que “brindaram” a candidata Dilma Rousseff com a vitória numa eleição flagrantemente viciada, apesar do seu oponente, no 2ª Turno das eleições, Aécio Neves, não ser detentor dos  mínimos requisitos  políticos e  morais  para reivindicar o mais ato cargo político do país. Mas nem por isso essa fraude eleitoral pode ser tolerada. Mas infelizmente esse é o retrato dominante da (pseudo)democracia brasileira.

Qualquer dúvida sobre a lisura, ou desilisura, da eleição presidencial de 2º Turno em 2010, pode facilmente ser dissipada pelo simples fato da observação que Aécio Neves  estava vencendo com larga margem  de votos sobre Dilma Rousseff, quando bem no finalzinho da apuração e  divulgação dos resultados, pelo comunicador Willian Bonner, da TV Globo, que mantinha o direito exclusivo da divulgação dos resultados em primeira mão, teria dado uma “pane” no “sistema” e os resultados deixaram de ser divulgados por bom tempo.

Pois bem,bastou que os computadores do TSE retornassem à normalidade, bem como retomada  a divulgação dos resultados pela Globo, qual não foi a surpresa de todos quando  a diferença de votos entre os dois candidatos  começou a diminuir rapidamente, até Aécio ser ultrapassado por Dilma, vencendo a eleição, numa “virada” surpreendente que não conseguiu convencer. E não houve nenhuma maneira de “conferir” esse resultado.  Talvez aí esteja o principal motivo da justificável  queixa” do Presidente Bolsonaro de que ele teria vencido a eleição de outubro de 2018 já no primeiro turno.

A essa altura dos acontecimentos, por conseguinte, não há nenhuma dúvida que a fraude eleitoral irá se repetir em outubro de 2022, novamente “roubada” a eleição para favorecer a esquerda - ou seja,o ex-presidiário Lula da Silva - que “aparelhou” não só o Estado, as leis e as instituições públicas federais, durante o tempo em que mandou, como também as altas esferas da Justiça, inclusive a Eleitoral,caso se mantiver a apuração “secreta” das urnas eletrônicas pelos “manipulados” computadores do TSE.

Portanto  a “salvação” e a lisura eleitoral dependerão não só da aprovação da PEC do voto impresso, pelo Congresso Nacional, como também da “boa vontade” do STF em não “fulminar” a tentativa de moralização das eleições.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


quinta-feira, 18 de março de 2021

Deputados pedem investigação e acusam delegado que intimou Felipe Neto de proteger os Bolsonaros - Folha de S. Paulo

Policial é o mesmo que intimou William Bonner; ação é movida por Ivan Valente e Talíria Petrone

Os deputados do PSOL Ivan Valente e Talíria Petrone pediram ao Ministério Público do Rio de Janeiro e à Corregedoria da Polícia Civil fluminense a abertura de investigação contra o delegado Pablo da Costa Sartori, que intimou o youtuber Felipe Neto a depor por ter chamado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "genocida" em razão da gestão da epidemia de Covid-19 feita pelo governo federal. 
 
Sartori foi o mesmo delegado que abriu procedimento contra os apresentadores do Jornal Nacional, da TV Globo, William Bonner e Renata Vasconcellos, a partir de notícia-crime apresentada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), em dezembro do ano passado."Os dois casos trazem fortes indícios de que o delegado de polícia Pablo da Costa Sartori encontra-se utilizando-se de suas prerrogativas inerentes ao cargo para proteger os interesses da família do presidente da República Jair Bolsonaro, situação absolutamente incompatível com o Estado Democrático de Direito", diz o documento assinado pelos parlamentares.[a importância de um documento se avalia em função dos assinantes = ZERO] 

"O delegado utilizou o cargo para perseguir os apresentadores do Jornal Nacional e também o youtuber e influenciador Felipe Neto, de maneira a intimidá-los para favorecer os interesses da família do presidente Bolsonaro", segue o texto. Felipe Neto é investigado sob suspeita do crime de calúnia, com base na Lei de Segurança Nacional, editada durante a ditadura militar.

 [O delegado ao intimar o acusado agiu conforme é do seu dever. Cabe à autoridade policial abrir investigação. 
Ou investigar quem ofende o presidente da República, integrantes do seu Governo ou familiares, é crime? 
e ofender não é?;
quanto aos deputados que assinam o pedido de investigação são de um partideco sem noção, sem votos, sem programa de governo e que busca fazer uma oposição destrutiva ao presidente da República. Acusar o presidente de genocida - não tendo ocorrido o genocídio - é crime grave e deve ser punido com todo o rigor da lei. 
O presidente da República, finalmente, decidiu fazer o certo - não aliviar com caluniadores, jornalistas militantes e coisas do tipo.
Todo e qualquer individuo que ofender a honra, dignidade do presidente da República, dos integrantes do governo deve ser imediatamente alvo de processo e exigido que prove a acusação. (quando um ministro do Supremo é ofendido, o acusado é enquadrado na LSN, que só contempla o presidente da República, o do Senado, o da Câmara e o do Supremo - qual o motivo dos ofensores do presidente da República, a maior autoridade do Brasil, ficarem impunes?).
Não provando o que disse, que sofra todos os rigores da lei - nas áreas administrativa, cível e especialmente na penal - seja jornalista, apresentador de noticiário, professor, ex-reitor frustrado, influenciador disso ou daquilo.
Além dos citados, devem ser investigados, denunciados, julgados e condenados: aquela professora de Pernambuco que publicou um outdoor contra o presidente; um comunista de Palmas responsável por outro outdoor contra Bolsonaro, e outros que cometem o mesmo crime.]

O procedimento foi aberto a partir de pedido do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente. Na última semana, ele afirmou nas redes sociais que encaminhou queixa-crime contra Felipe Neto e contra a atriz Bruna Marquezine por supostos crimes contra Jair Bolsonaro.

A ação movida pelos parlamentares psolistas pede ainda que sejam adotadas medidas para que o policial não possa mais atuar em queixas e reclamações encaminhadas por membros da família Bolsonaro, "tendo em vista a clara ausência de imparcialidade com que tem conduzido essas demandas". Para os deputados, é preciso "interromper a continuidade da prática de condutas" de Sartori "de modo a resguardar a liberdade de expressão daqueles que, munidos da Constituição, ousam contrariar os interesses da família do presidente da República".

"A investigação contra o influenciador foi instaurada em razão de ele ter utilizado o termo genocida para se referir ao presidente da República Jair Bolsonaro, responsável pela política —ou ausência de política— de enfrentamento à pandemia da Covid-19 que já resultou em quase 300 mil mortos, a maior tragédia da história do país", afirma o texto. "Temos mais de 10 % das mortes por Covid-19 registradas em todo o planeta, mesmo contando com menos de 3% da população mundial."

Saiba mais: Ministro da Justiça aciona a PF para investigar sociólogo que usou outdoors para criticar Bolsonaro 

Mônica Bergamo, colunista - Folha de S. Paulo


segunda-feira, 1 de março de 2021

O estranho caso de Alexandre de Moraes - Revista Oeste

Augusto Nunes

Muita gente desconfia que o professor e o ministro não são uma pessoa só 


 

Quem lê um livro de Alexandre de Moraes e ouve um improviso de Alexandre de Moraes desconfia que o professor de Direito Constitucional e o ministro do Supremo Tribunal Federal não são uma pessoa só. Muita gente continua acreditando na versão espalhada pelos estudantes da Faculdade do Largo de São Francisco: os Alexandres formam uma dupla de gêmeos separados ao nascer, que usam o mesmo nome só para confundir. As dúvidas fazem sentido. Os textos que Alexandre publica são gentis com o idioma tratado com ferocidade pelo Alexandre que fala (sem um papelório nas mãos). Os livros que assinou têm sido fonte de consulta para incontáveis advogados em gestaçãoOs improvisos são tão imprestáveis quanto as discurseiras de Lula.[a novela o "bem-amado" (famosa novela da TV Globo, exibida nos tempos em que as produções não eram levadas ao público sem um controle prévio do conteúdo, visando a preservação dos BONS COSTUMES, da FAMÍLIA, da MORAL e da ORDEM)  está sendo reapresentada, talvez nela o ministro aprenda alguma coisa sobre a importância dada pelo prefeito Odorico  a ter sempre as mãos, escrito, o improviso.]

A espécie a que pertence Alexandre de Moraes, convém ressalvar, não deve ser confundida com a tribo que tem no ex-presidente presidiário um pajé exemplar. Quando Lula agarra um microfone, a gramática se refugia na embaixada portuguesa, a concordância se asila em velhos dicionários, a regência verbal se esconde no sótão da escola abandonada, o raciocínio lógico providencia um copo de estricnina sem gelo, a razão pede a proteção da ONU para livrar-se de outra sessão de tortura, os plurais saem em desabalada carreira e a verdade se dirige à delegacia mais próxima para jurar que é mentira. O ministro Alexandre também guilhotina SS e RR, declama maluquices com a pose de quem está fazendo um pronunciamento à nação, muda de ideia conforme as circunstâncias e mente mais do que respira. Mas Lula é da turma que fugiu da escola e se orgulha da ignorância vitoriosa. Alexandre diplomou-se nas Arcadas e virou professor no Largo de São Francisco. Para seviciar o português, vale-se de um repertório maior que o vocabulário de 300 palavras decoradas pelo palanque ambulante.

O ministro do Supremo tampouco se enquadra na linhagem de Dilma Rousseff — até porque ninguém mais no mundo sabe falar o subdialeto que a ex-presidente inventou, muito menos suas ramificações. Há o dilmês rústico, o vulgar, o castiço e o erudito. Ela domina todas essas formas complicadíssimas de não dizer coisa com coisa. Numa recente live no Instagram, por exemplo, discorreu sobre o vírus chinês. 
Cientistas, governantes, negacionistas incuráveis, crédulos de nascença, vacinados e infectados continuam sem saber direito o que está acontecendo. 
 
Dilma, que nada sabe sobre tudo, entrou no assunto com a segurança de Ph.D. em pandemia. “Nós estamos enfrentando um vírus com a capacidade de transmissão muito… muito… solerte”, decolou a ex-presidente, que em seguida tentou traduzir o que acabara de dizer: “Ele é… é… é esperto. O vírus chega devagarzinho… fica… tem um tempo de incubação significativo e pode, portanto, surpreender”. Em seguida, prescreve a receita para combater o inimigo invisível: “Esse método é o isolamento social. E o isolamento social é horizontal”. E se antecipa à pergunta que perturba as cabeças na plateia: “Por que que é horizontal? Porque as famílias são horizontais. Você tem as famílias… tem várias gradações”.
Não há outra maneira de ganhar a guerra, insiste Dilma, que em seguida capricha no fecho glorioso: “Até que toda essa busca por uma vacina resulte em algo concreto, ou que se tenha um vácuo capaz de tratar essa doença, nós teríamos só essa forma de lidar com ela. Primeiro porque, caso contrário, todos os modelos matemáticos mostram que, se você não fizer nada, o nível de mortandade é algo estarrecedor, na faixa de 1 milhão de pessoas”Alguém aí entendeu? Ninguém? Não se preocupem. A moça no alto da tela que tenta traduzir a discurseira em linguagem de Libras também não está entendendo nada. 
E a própria Dilma certamente não entende o que diz. Alexandre de Moraes, é verdade, também estaciona em reticências sem rumo, tropeça em vírgulas bêbadas, escava fossos entre sujeito e predicadojunta  palavras que não conversam entre si e produz sopas de letras intragáveis. Mas seria injusto equipará-lo à singularíssima criadora do dilmês.
 
O clube que Alexandre frequenta abrange, por exemplo, os que nunca chegam a alguma cidade. Sempre chegam em. Também são sócios eméritos os que jamais entenderão a diferença entre onde e aonde, ou que os dois advérbios se referem a algum lugar, nunca a um espaço de tempo. “Estou falando da semana aonde me encontrei com o governador”, disse o candidato a ministro, mais de uma vez, na sabatina no Senado que chancelou sua indicação para a vaga aberta pela morte de Teori Zavascki
O escolhido por Michel Temer seria reprovado em qualquer prova oral para ingresso na magistratura. Os senadores validaram sorrindo a indicação, fingindo que haviam compreendido o falatório truncado por travessões que transformaram as falas do sabatinado numa enxurrada de frases que nunca chegavam ao fim.
 
Neste fevereiro, o carrasco de vogais e consoantes conseguiu que os dez ministros que completam o Timão da Toga aprovassem por unanimidade duas invencionices que produziu para consumar a prisão ilegal do deputado Daniel Silveira. Ao expedir um mandado de prisão em flagrante, e justificá-lo com o fantasiosa teoria de que a flagrância só se encerraria quando fosse banido da internet o vídeo promovido a prova do crime, o ministro criou o flagrante eterno. 
Ao decidir que há limites para o artigo da Constituição segundo o qual nada do que diz um congressista pode ser enquadrado como crime, concebeu a imunidade relativa. Deve ser prima da democracia relativa proclamada pelo general-presidente Ernesto Geisel nos anos 1970.
 
Pensando bem, o enigma dos Alexandres nada tem de misterioso para quem sabe como nascem certos livros. 
Para textos, basta contratar um ghost writer discreto e um revisor atento. Improvisos verbais não podem ser terceirizados. Existe um único Alexandre, o torturador do idioma. Só uns poucos jornalistas bem-humorados insistem na tese dos gêmeos univitelinos. Esses juram que, no momento da separação, o Alexandre que escreve levou também o cérebro do Alexandre que fala.

Augusto Nunes, jornalista - Revista Oeste

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Maioria isenta Bolsonaro por mortes na pandemia, aponta Datafolha

Folha de S. Paulo  - Thiago Amâncio

As mais de 181 mil mortes registradas no Brasil pela Covid-19 não podem ser colocadas na conta do presidente da República, Jair Bolsonaro, na avaliação da maioria dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha.  Para 52% dos entrevistados, Bolsonaro não tem nenhuma culpa pelo total de mortos pelo novo coronavírus no Brasil. Outros 38% disseram crer que o presidente é um dos culpados, mas não o principal, e 8% afirmaram que ele é o principal culpado pelas mortes.

Em diversas ocasiões o presidente da República menosprezou a gravidade da pandemia da Covid-19, que já matou mais de 1,6 milhão de pessoas em todo o mundo. A declaração mais famosa foi de que a doença seria apenas uma “gripezinha”, mas Bolsonaro acumulou outras pérolas, ao dizer, por exemplo, “e daí?” ou “eu não sou coveiro”, ao ser questionado sobre número de mortes. [confiabilidade e credibilidade totais:  pesquisa Datafolha favorável ao nosso presidente, tem credibilidade total. 

Destacamos o favorável ao nosso presidente pela notória isenção do Grupo Folha no tocante ao presidente Bolsonaro. 

Adiante uma pergunta que não quer calar: quantas mortes foram causada pelos comentários proferidos pelo presidente Bolsonaro?   - parágrafo abaixo. 
É pacífico que  Jair Bolsonaro não policia o seu 'linguajar' - fora alguma incontinência verbal, sempre maximizada pelos inimigos do Brasil, as frases abaixo e outras não produziram contaminações, mortes ou sequelas = exceto deixar um ou outro dos  inimigos do presidente em estado de pré infarto. ]

Mais recentemente, chegou a dizer que o Brasil deveria “deixar de ser um país de maricas” e, apesar da nova alta de número de casos, disse que “estamos vivendo um finalzinho de pandemia”. Mesmo assim, cresceu a parcela da população que isenta o presidente: eram 47% os que diziam que ele não tinha culpa nenhuma em pesquisa feita pelo Datafolha em agosto.

Embora a maioria da população isente Bolsonaro da responsabilidade pelas mortes, isso não quer dizer que o desempenho do chefe do Executivo é bem avaliado pela população brasileira. [convenhamos que manter o desempenho de agosto passado - que já registrou um crescimentos dos números favoráveis ao presidente - em plena pandemia, sob fogo cerrado dos inimigos do Brasil é um ponto extremamente favorável ao 'capitão'. Com um detalhe: em janeiro próximo ocorrerá o inicio da vacinação, o que consolidará o fim da pandemia. 

Começará então um período maravilhoso para o Brasil = pandemia controlada, população imunizada, economia se recuperando = PIB e emprego crescendo. Será este cenário que atingirá o ápice em meados de 2022.]

(............)

Pazuello tem protagonizado uma disputa com o governo de São Paulo, que anunciou importação, produção e administração de vacinas contra a Covid-19 de forma independente do governo federal. O ministro tem se contraposto ao governador João Doria (PSDB), que antagoniza com Bolsonaro e usa o plano de vacinação como principal arma política para uma candidatura à Presidência em 2022. [o que tem atrapalhado os planos do 'bolsodoria' é que a Coronavac não desencalha e não foi aprovada ainda em nenhum país do mundo. Dimas Covas, diretor do Butantan, informou em entrevista à TV Globo que  a produção das vacinas serão entregues ao Governo Federal = Plano Nacional de Imunização.]

Pazuello ainda não apresentou à população um plano de vacinação, embora a imunização já tenha começado no Reino Unido e esteja prestes a iniciar nos Estados Unidos.

....................

A pesquisa Datafolha foi feita entre 8 e 10 de dezembro com 2.016 brasileiros adultos em todas as regiões e estados do país, por telefone, com ligações para aparelhos celulares (usados por 90% da população). A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Folha de S. Paulo - MATÉRIA COMPLETA

 

 

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Biden antecipa 2022 - Nas Entrelinhas

“O encontro do apresentador Luciano Huck com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro mexeu com o tabuleiro político. O apresentador  de tevê se fingia de morto

“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem: não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e, sim, sob aquela com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. Quem já não leu ou ouviu essa frase na crônica política? É citada com frequência, literalmente ou não, mas com o mesmo sentido. Está no segundo parágrafo do O 18 Brumário de Luís Bonaparte, de Karl Marx (Martin Claret), escrito em Londres, sob encomenda, para um semanário que seria lançado em Nova York, em 1º de janeiro de 1852, cujo editor, Joseph Weydemeyer, morreu. O texto acabou publicado numa revista mensal intitulada Die Revolution e introduzido na Alemanha semiclandestinamente, antes de virar um livro-reportagem sobre o golpe de Estado de Napoleão III, em 1851. O título faz alusão ao golpe de 9 de novembro de 1799, esse, sim, dado por Napoleão Bonaparte. É um clássico da análise política, que cunhou os conceitos de “bonapartismo”, “transformismo político” e “cretinismo parlamentar”.

[o animador de auditório não se fingia de morto já que politicamente ele nunca pertenceu ao mundo dos vivos;
quanto ao ex-juiz, ex-ministro, a cada dia sua projeção política mais se apequena, o que se nota com facilidade pelos parceiros que o procuram.] 

O presidente Jair Bolsonaro não foge à regra dos grandes personagens da História que se repetem, citados por Marx naquele texto: depara-se com circunstâncias que não escolheu e são completamente diferentes daquelas nas quais se elegeu. É como se a roda da Fortuna tivesse girado a favor dos seus adversários, zerando a vantagem estratégica que a conjuntura de 2018 havia lhe proporcionado. Para piorar a situação, antecipou sua campanha à reeleição em todos os movimentos que fez desde quando assumiu a Presidência e, agora, com o gênio fora da garrafa, não tem como pô-lo de volta. Nem bem o primeiro turno das eleições municipais acabou, [acabou? sem começar?] o quadro eleitoral de 2022 começa a ser desenhado à sua revelia, agora impulsionado por um fator externo cujo impacto no Brasil não pode ser subestimado: a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, inequívoca, embora o presidente Donald Trump se recuse a admiti-la e se movimente como quem deseja criar uma crise institucional para permanecer no poder. [sugerimos ler:
Procurador-geral autoriza investigações sobre eleição americana
  -  Correio Braziliense.]

Não é à toa que líderes mundiais como Vladimir Putin, da Rússia; Xi Jinping, na China; e López Obrador, no México, ainda não enviaram congratulações ao democrata e aguardem o resultado oficial da disputa, cuja divulgação Trump procura retardar ao máximo, com seus recursos judiciais. São líderes políticos que têm grandes contenciosos com os Estados Unidos e não desejam tornar a vitória de Biden ainda mais consagradora, fortalecendo-o nas negociações. Nenhum deles, porém, tem tanta identidade ideológica com Trump como Bolsonaro. Também não se manifestaram durante o pleito a favor do candidato republicano. O retardo em reconhecer a vitória de Biden, por lealdade a Trump, está aprofundando o mal-estar que já existia com o novo presidente dos Estados Unidos. Além das implicações da vitória dos democratas em relação à política externa e à questão ambiental no Brasil, já estão aparecendo suas consequências para a política nacional propriamente dita, inclusive do ponto de vista eleitoral.

O centro renasce
Por exemplo, o encontro do apresentador Luciano Huck com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro mexeu com o tabuleiro das eleições presidenciais. O jovem comunicador se fingia de morto e sua candidatura somente existia no Twitter do ex-deputado Roberto Freire, presidente do Cidadania. A partir do momento em que se tornou público seu encontro com Moro e que ambos discutiram o cenário eleitoral de 2022, todos os possíveis candidatos e seus aliados se mobilizaram. É ingenuidade acreditar que o encontro em si alterou o cenário político — o prestígio de ambos estava em declínio nas pesquisas —, [com as devidas vênias ao articulista cabe uma correção temporal: está em declínio, em queda, com forte viés de aceleração.] o que mudou a correlação de forças foram as novas circunstâncias criadas pela vitória de Biden, com uma narrativa que não tem sintonia com Bolsonaro, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) nem mesmo com Ciro Gomes (PDT).

O encontro de Huck e Moro sinalizou que o campo liberal-democrático pode buscar uma convergência e ocupar, novamente, o centro político, mas isso passa, ainda, por João Doria (PSDB), governador de São Paulo; Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul; Rodrigo Maia, presidente da Câmara; Luiz Henrique Mandetta (DEM), ex-ministro da Saúde; e Marina Silva(Rede), ex-ministra. Unificar o centro democrático não é uma tarefa fácil, nunca foi. Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, no MDB, disputaram a liderança da oposição até a derrota das Diretas Já. Fernando Henrique Cardoso teve de dobrar Mário Covas, no PSDB, para consolidar sua aliança com o PFL, de Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel.

De volta aos programas de tevê com forte cunho social, Huck se movimenta de forma dissimulada, mas sua permanência na TV Globo tem data marcada, precisa decidir até meados do próximo ano se é candidato ou não. Moro enfrenta o sereno na planície, é um candidato encabulado, mas tem um partido pronto para abrigá-lo, com forte bancada no Senado, o Podemos. Doria tem as dificuldades de todo político paulista para sair do Palácio dos Bandeirantes, podendo se reeleger, e arriscar a Presidência. Mandetta é candidato declarado, enquanto houver pandemia, terá pista para correr, mas precisa seduzir a cúpula partidária, que sonha com a candidatura de Huck pela legenda. Eduardo Leite pode ser a nova cara do PSDB, se Doria não concorrer. Marina Silva sonha em renascer como Fênix, para viabilizar a Rede. [merece pena o fracasso da tática da ex-ambientalista  de governar sem votos - via judicialização.

Marina em abundância de títulos de EX ganha com folga do ex-juiz, ex-ministro; Ela detém: ex-senadora, ex-ambientalista, ex-candidata, ex-evangélica (de uma corrente que defende o aborto)] Reunir todos numa candidatura é um projeto ambicioso. Além disso, não se deve subestimar a força da oposição de esquerda, que pode se reagrupar, a partir das conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula (PT) da Silva e Ciro Gomes (PDT), para chegar ao segundo turno.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense 

 

 

sábado, 7 de novembro de 2020

Defesa de Flávio Bolsonaro entra com notícia-crime contra Renata e Bonner

Os advogados do senador alegam que apresentadores do Jornal Nacional descumpriram ordem judicial ao exibir informações sobre o caso da "rachadinha"

O embate entre a TV Globo e a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) teve mais um round na tarde desta sexta-feira, 6. Os advogados do senador protocolaram uma notícia-crime junto à Delegacia de Repressão Aos Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro, para apurar o crime de desobediência por parte dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, que apresentam o Jornal Nacional.

Nos últimos dias, alega a defesa do filho Zero Um do presidente Jair Bolsonaro, o telejornal descumpriu ordem judicial ao veicular informações e detalhes da denúncia do Ministério Público no caso da “rachadinha” no gabinete do parlamentar, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A notícia-crime cita ainda o fato de a emissora carioca ter divulgado dados sobre o depoimento no MP-RJ de Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio, que confirmou a existência do esquema de transferência de parte dos salários dos servidores e o repasse a Fabrício Queiroz, apontado como o operador da “rachadinha”.
 
Os advogados do senador, Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, já haviam ingressado ontem com um pedido junto à 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio solicitando que a TV Globo seja multada em 500 mil reais toda vez que exibir reportagens sobre a denúncia feita pelo Ministério Público à Justiça sobre o caso. O senador, seu ex-assessor Fabrício Queiroz e mais quinze pessoas foram denunciadas pelo MP-RJ por crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no escândalo na Alerj.
 
William Bonner e Renata Vasconcellos devem ser chamados à depor na Delegacia de Repressão Aos Crimes de Informática nos próximos dias. De acordo com a tutela deferida pela juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, proferida em 4 de setembro, a TV Globo está impedida de “divulgar informações, exibir documentos, expor andamentos do processo investigativo criminal” sobre o caso da “rachadinha” envolvendo Flávio Bolsonaro.

 Veja - Brasil

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Ministério Público do Rio dá parecer favorável a Flávio Bolsonaro - [TV Globo continuará proibida de divulgar material de processo que corre em supersigilo?]

VEJA 

Documento pode embasar decisão da 1ª Câmara Cível do TJ-RJ, que julgará o mérito da ação que proíbe a TV Globo de expor peças do processo das rachadinhas  

Por decisão da 33ª Vara Cível do Rio, desde o dia 4 de setembro a TV Globo está proibida de exibir qualquer documento ou peça do processo, que corre em supersigilo, do esquema de rachadinhas no  gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), enquanto era deputado estadual. O último lance dessa novela jurídica é um parecer do Ministério Público do Rio – mesmo órgão que investigou o parlamentar, que pode ser indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa –, datado em 13 de outubro, favorável à manutenção da decisão que beneficia o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. 

Assinado pela procuradora de Justiça Heloisa Maria Alcofra Miguel, o parecer diz: “A determinação de tramitação em supersigilo traz a reboque o dever geral negativo de não divulgação dos movimentos  processuais e não exibição de documentos. A medica excepcional colima não só a proteção de interesses individuais personalíssimos dos investigados (…). No caso, busca-se resguardar o interesse  público de que a investigação seja feita de forma escorreita, célere e imparcial para que ao final se possa conhecer a realidade dos fatos e aplicar as sanções cabíveis aos autores das práticas ilícitas”.

O MP fluminense se manifestou sobre o caso por solicitação do desembargador Fábio Dutra, da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, e deve guiar o desenrolar da ação. Em 16 de setembro, Dutra negou o recurso apresentado pela emissora, que pedia a suspensão da liminar expedida pela juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do TJ-RJ. A magistrada apontou risco de dano à  “imagem” do senador caso as peças em sigilo fossem divulgadas na TV. A Globo, que havia veiculado duas reportagens sobre o caso no Jornal  Nacional nos dias 20 e 24 de agosto, por sua vez, alegava no agravo que só cumpriu o papel de informar um fato de inegável público.

A emissora acionou ainda ao Supremo Tribunal Federal, no final de setembro, conta a decisão do TJ-RJ, que mantinha a proibição de divulgação documentos relativos ao caso das rachadinhas no gabinete do filho Zero Um de Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio. Na reclamação ao STF, a Globo argumentava que as decisões da Justiça fluminense afrontavam o entendimento do STF a respeito de proteção às liberdades de expressão e imprensa e do direito à  informação. O ministro Ricardo Lewandowski negou nesta segunda, 19 de outubro, o recurso.

A decisão definitiva de proibir ou não à veiculação de documentos  referentes ao caso das rachadinhas caberá a três desembargadores da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que julgarão o mérito da ação impetrada pelos advogados de Flávio, Rodrigo Roca e Luciana Pires. A data do julgamento ainda não foi divulgada. 

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