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domingo, 18 de dezembro de 2022

Missão cumprida - Guilherme Fiuza

Revista Oeste

"Como é que eu vou parar tudo pra ficar te dando tapinha na cara? Tá todo mundo olhando pra cá" 

Ilustração: Durantelallera/Shutterstock

Ilustração: Durantelallera/Shutterstock 

— Missão dada é missão cumprida, chefe.

— Ok.

— “Ok”? Só isso?

— Senta lá que o nosso eleito tá chegando.

— Espera aí, chefia. Sabe o trabalho que deu essa missão?

— Sei.

— Pois então. Uma trabalheira dessa pra no final ouvir só um “ok”?

— O que você queria mais?

— Uns tapinhas no rosto.

— Você gosta de tapinha no rosto?

— Gosto.

— Tá bom. Na próxima eu te encho de tapa.

— Na próxima?! Quero agora.

— Agora não dá, querido. Não tá vendo essa plateia imensa de puxa-sacos esperando pra aplaudir o nosso eleito? Como é que eu vou parar tudo pra ficar te dando tapinha na cara? Tá todo mundo olhando pra cá.

— Estou te achando muito frio.

— É impressão sua.

— Não esperava passar em branco num momento como esse.

— Você não passou em branco. Te dei uma olhada de rabo de olho e um tapinha na mão.

— Quero na cara.

— Não faz birra, garoto. Prometo te dar um presente caro.

— Que presente?

— É surpresa.

— Não gosto de surpresa. Fala logo. Não quero ficar de mãos abanando.

— Tá bom. Vou reservar uma multa milionária pra você aplicar. Só você. O seu nome vai ser o único exaltado pelo William Bonner. Nem vou aparecer, a glória vai ser toda sua.

— Ok.

— “Ok”? É assim que você agradece um presentão desses?

— É um bom presente. Mas prefiro os tapas.

— Já te falei que vou dar os tapas também.

— Mas você vai dar depois. O nosso eleito deu antes. Antes até de eu cumprir a missão.

— Cada um estapeia quando pode.

— Eu já te dei a minha cara várias vezes e você nem levantou a mão. Te vejo aí ameaçando todo mundo com essa cara de mau e me dá uma vontade louca de tomar uma bofetada sua, e você nada.

— Desculpe. Ando muito ocupado.

— O nosso eleito também é muito ocupado e não negou fogo.

— Muito ocupado? Ele não faz nada o dia inteiro. Se não fosse eu, ele tava desempregado.

— Ok. Mas ele tem muita festa pra ir. Isso cansa a pessoa.

— Eu também vivo de festa em festa, fora a trabalheira de mandar em tudo e ameaçar todo mundo. Perto de mim, o nosso eleito é praticamente um playboy.

— Perdeu, playboy.

— Eu?

— É.

— Por quê?

— Porque chefão que se recusa a dar tapinha na cara dos paus-mandados não é chefão.

— Não fala isso. Eu quero ser chefão. É tudo que eu quero.

— Vou ver o que posso fazer por você.

— Vê com carinho.

— Quem quer carinho tem que dar carinho.

— Prometo te dar o dobro dos tapas que o nosso eleito te deu.

— Na cara?

— Na cara! E pode ser no meu carro oficial, pra ninguém interromper.

— De jeito nenhum.

— O que foi agora?

— Quero na frente de todo mundo.

— Ah, claro. Que besteira minha. Pode deixar, te encho de tapa na frente de todo mundo.

— Promessa é dívida.

— Missão dada é missão cumprida.

Leia também “A escuridão do TSE”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste


quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

STM se manifesta sobre pedido de prisão de Moraes

Solicitação foi feita por ex-juiz 

O ministro Cláudio Portugal Viveiro, do Superior Tribunal Militar (STM), negou o pedido de habeas corpus criminal contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, por ser “inconstitucional”. Segundo Viveiro, o STM não tem competência para julgar autoridades do STF/TSE. O documento foi obtido pelo site Metrópoles.

A ação que pedia a prisão de Moraes foi protocolada no início deste mês, pelo ex-juiz Wilson Koressawa, aposentado atualmente.

Koressawa foi juiz do Tribunal de Justiça do Amapá (TJ-AP). Atualmente, é promotor de Justiça aposentado do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT). 
O advogado passou em 7º lugar no concurso para juiz de direito substituto no TJ-AP. Em 5 de abril de 1994, teve sua nomeação para o cargo. 
Seis anos depois, acabou exonerado da função. Segundo a portaria publicada em 25 de junho de 2021, a exoneração ocorreu a pedido do servidor.

Koressawa mudou-se para Brasília e foi nomeado como promotor de Justiça do MPDFT em agosto de 1996. Ele se aposentou do cargo em fevereiro de 2021, por invalidez permanente. Hoje, é advogado ativo com inscrição na Subseção de Taguatinga, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do DF.

O ex-magistrado chegou a entrar com mandado de segurança cível contra o jornalista William Bonner, da TV Globo, sob o argumento de que o apresentador do Jornal Nacional incentivou a vacinação contra a covid-19.

[nos parece que o ex-juiz  Wilson Koressawa,não é dado a quando vai ingressar com uma ação consultar a legislação que rege a matéria.]

Leia também: “A liberdade ainda pulsa em frente aos quartéis”, reportagem de Edilson Salgueiro publicada na Edição 142 da Revista Oeste

 

 

 

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

A estrela do xerife - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza 


 

Era uma vez uma democracia graciosa e frágil como uma donzela inocente, bonitinha e ordinária como uma santa de Nelson Rodrigues. Ela vivia vagando por aí cheia de dúvidas e vulnerabilidades, muito instável e inconstante. Até que surgiu o xerife.

O xerife era um personagem decidido, resoluto, que não precisava de nada nem de ninguém para fazer acontecer e mover a roda da história com energia e impetuosidade. Ele então dirigiu-se à democracia, aquela donzela frágil e hesitante, e determinou: fica sentadinha ali no canto, sem dar alteração, que agora é comigo.

Foi maravilhoso. Toda aquela instabilidade decorrente da existência errática da mocinha débil foi corrigida e substituída pelos poderes resolutos do xerife.  
A confusão de opiniões díspares que poluíam o senso comum foi erradicada num instante. 
Instaurando o regime da lisura informacional, com tolerância zero para comentários impuros, insolentes e antidemocráticos, o homem da estrelinha prateada botou ordem na bagunça. 
Quem dissesse coisa errada perdia a língua - e ponto final. [cuidado Fiuza... não começa a dar ideia..]  Como ninguém tinha pensado nisso antes?

Talvez até tivessem pensado, mas ainda não tinha aparecido ninguém com a desenvoltura e a objetividade suficientes para acabar com as gracinhas no recinto. O xerife era o homem certo no lugar certo, porque não tinha problema de inibição. Nem de timidez. Nem de vergonha. Nem de juízo. Nem de semancol. Como diriam William Shakespeare e William Bonner, todo herói é meio sem noção.

Enquanto redigimos este texto, chega um pedido de direito de resposta de Shakespeare, que somos obrigados a acatar e passamos a transcrever: “Me tira dessa, companheiro. Não tenho nada com isso. Me erra. Ass: Will”.

Pronto, está feita a reparação em favor do dramaturgo inglês. Se chegar um pedido do Bonner e a Justiça do Xerife considerar procedente, acataremos da mesma forma, sem discussão. Tudo pela lisura informacional.

A salvação da democracia acabou levando também à salvação da imprensa. 
Os jornalistas andavam meio perdidos, sem saber direito o que panfletar e a quem bajular. 
O xerife preencheu essa lacuna. Era tudo falta de um comando firme. Daí em diante foi um show de liberdade de expressão. 
Confiante de que o xerife era a lei, a imprensa formou um consórcio para ratificar, legitimar e exaltar tudo o que ele fazia. 
Assim surgiu uma prodigiosa onda de manchetes triunfais sobre quebras de sigilo, arrombamentos, pés na porta, mordaças, intimidações, coações, atropelos e perseguições por um mundo melhor.
Políticos, empresários, banqueiros, médicos, advogados, juízes e demais categorias aderiram ao gigantesco bloco de legitimação dos poderes magníficos do xerife
É bem verdade que a sociedade ficou dividida, mas não havia polarização: metade era de cúmplices e a outra metade era de covardes. Como acontece em toda democracia absolutista, a cumplicidade e a covardia se complementam - e confluem para a harmonia do todo. 
Na hora da eleição, por exemplo, não houve espaço para desavenças e ondas de ódio. O xerife esclareceu de saída: vai ser o que eu quiser, como eu quiser.

Alívio geral. Covardes e cúmplices se abraçaram e foram felizes para sempre lambendo as botas do xerife.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

Bolsonaro nadou de braçada no debate da Band - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo    

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Sem seus linhas auxiliares e sem William Bonner, o ex-presidente Lula fica um tanto perdido. Foi o que vimos no debate da Band este domingo, com enorme audiência. Bolsonaro massacrou seu adversário, mostrou-se bem mais calmo, soube explorar as fraquezas do oponente e transmitir bem sua mensagem.

Regras mais flexíveis aprovadas entre a produção do programa e representantes das campanhas permitiram aos candidatos condições e espaço para apresentarem seus posicionamentos e suas propostas ao eleitor.  
Talvez Lula tenha pensado que poderia mentir em paz, mas aconteceu o contrário: o petista, incapaz de administrar bem o seu tempo (mas quer administrar o país!), acabou deixando Bolsonaro com mais de cinco minutos para uma palestra em horário nobre.[o debate da Band, mostrou o que o descondenado petista é: NADA, UM NADA ABSOLUTO.]

O desespero dos petistas espalhados pelos veículos de comunicação era visível. Todos eles estavam incomodados com o amadorismo de Lula, seu candidato, por permitir esse comício bolsonarista de cinco longos minutos - os mais longos da vida de Lula, provavelmente. Ali Bolsonaro comeu e mastigou com calma, apenas para cuspir os ossos do adversário depois.

Eis a verdade inapelável: Lula nada tem contra Bolsonaro além de rótulos vazios e acusações falsas
É preciso chamá-lo de "genocida", pois não há nada concreto para utilizar. Já Bolsonaro precisa apenas lembrar quem é Lula, o que seu governo fez.  
Basta refrescar a memória dos telespectadores com os casos de corrupção inesgotáveis da era petista.
 
A vantagem de Bolsonaro foi tanta que nem os esquerdistas do UOL conseguiram escondê-la
Quanto tempo até o TSE mandar anular o debate e obrigar todos a esquecer do massacre sofrido por seu corrupto favorito? [recomendamos, enfaticamente, que o presidente Bolsonaro só aceite participar do debate da Globo - cuja importância se deve unicamente a ser, por tradição, o último  - com as regras do da Band ou que permitam maior imparcialidade. Não ficaremos surpresos se o TSE, como bem diz o articulista  "... TSE mandar anular o debate e obrigar todos a esquecer do massacre sofrido por seu corrupto favorito...".  
Afinal agora além do crime de opinião, há o risco de processo por crime de conclusão, como diz Ana do Volei.  Agora temos o “crime de conclusão”! Você vai ver fatos reais, ler notícias verdadeiras — mas não pode tirar suas próprias conclusões. Veja o que diz Ana do Volei na Revista Oeste: "... Não bastou o novo “crime de opinião”. Agora temos o “crime de conclusão”! Você vai ver fatos reais, ler notícias verdadeiras — mas não pode tirar suas próprias conclusões... "]

Bolsonaro colou em Lula a pecha de amigo de ditador, e Lula foi incapaz de criticar o companheiro Daniel Ortega, que persegue cristãos na Nicarágua. Bolsonaro cobrou o nome do futuro ministro da Economia caso Lula vença, e o petista fugiu pela tangente novamente. 
Bolsonaro afirmou na cara de Lula ("fica aqui") que seu governo desmatou menos que o do PT. Bolsonaro alfinetou Lula com os casos de corrupção envolvendo seus filhos ("meus filhos me acompanham, os seus não"). E por aí vai.

Ponto alto para Bolsonaro foi a presença de Sergio Moro. Ambos deixaram as diferenças de lado para uma união pelo país, contra a corrupção. No final, Bolsonaro concedeu entrevista ao lado do ex-juiz e ex-ministro, para reforçar que a Lava Jato está com ele e contra Lula. Paulo Eduardo Martins comentou: "Sobre a presença de Moro ao lado de Bolsonaro no debate, é algo positivo e interessante. O que aconteceu não muda, mas todos os esforços são necessários para evitar que o comunupetismo tome conta do Brasil. Somente o Brasil importa".

A verdade: o governo Lula é indefensável. Todos esses tucanos, esses banqueiros e esses jornalistas são uns cínicos oportunistas que, no fundo, sabem que defendem o absurdo. 
Lula chegou a se gabar de que sobe favela sem colete, esquecendo que ninguém sobe o Complexo do Alemão sem autorização do Comando Vermelho. 
Filipe G. Martins comentou: "Lula só entra em favela sem colete de segurança porque sabe que tem o apoio do Comando Vermelho, do PCC e de mais de 90% dos criminosos. Não poderia ser diferente: Lula e o PT sempre protegeram os criminosos, votando contra leis mais duras e promovendo a impunidade".

Lula tentou explorar a gestão do governo na pandemia, considerada o ponto fraco de Bolsonaro, mas acabou dando um tiro no pé e teve de ouvir do adversário uma resposta fulminante sobre sua hipocrisia: “Fez discurso no caixão da esposa e está comovido com a sogra?”

Em suma, Bolsonaro foi bem, estava calmo, alfinetando o ladrão nos pontos certos. O ladrão estava mais nervoso, mente que nem sente, e foi incapaz de se defender das acusações.  
Bolsonaro foi bem melhor, nadou de braçadas, apesar dos "jornalistas" alinhados ao PT. 
Lula só não vai cancelar o debate da Globo pois sabe que, lá, conta com William Bonner para impedir qualquer constrangimento maior... [Bonner, depois de ontem, é um cão sem dentes; viram o quanto aquela jornalista, a Magalhães, estava desmilinguida.
Aliás, tudo indica, que a Globo só vai saber se teve a concessão renovada no  inicio de novembro próximo e dependendo da resposta, Bonner estará perdido.]

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

O ladrão e o jabuti - Gazeta do Povo

VOZES - Guilherme Fiuza 


Novo modelo de urna eletrônica.| Foto: Abdias Pinheiro/divulgação TSE

Dez motivos para você confiar cegamente na lisura das eleições:

1 - O juiz do jogo disse que as regras atuais eram suficientes contra ilegalidades. Chegou a ameaçar os que pusessem em dúvida a segurança do sistema (negacionismo, desinformação, ódio à democracia etc). Aí termina o primeiro tempo e surge uma montanha de infrações documentadas em vídeo. Que bom que você estava de olhos fechados e não teve que ver essas cenas desagradáveis.

2 - Outra coisa boa da sua confiança cega é que você não precisa ficar tentando enxergar o que não pode ser visto. Por exemplo: como aferir o impacto no resultado eleitoral desses múltiplos casos em que o eleitor chegou à seção e já tinham votado no lugar dele? 
Não dá para aferir, porque a votação não pode ser auditada.

3 - Por que a eleição não pode ser auditada? Porque o Barroso não quis. O Fachin também não. O Alexandre idem. O William Bonner não podia nem ouvir falar nisso. O pessoal da MPB também não. Precisa de mais algum motivo? Eu, hein?

4 - A vantagem de a eleição não poder ser auditada é que não dá polêmica. Polêmica gera desavença, que gera conflito, que gera ódio, que pode gerar violência política. Por isso o melhor mesmo é o resultado ser o que o xerife disser que é e ponto final.

5 - Alexandre de Moraes passou décadas inconformado com um jogo do Corinthians – e só agora desabafou sobre isso. Foi um momento importante da Justiça brasileira: ele disse que assim como não pôde contestar a derrota do seu time do coração, ninguém vai poder contestar o resultado da eleição. Tá certo, tem que se vingar mesmo.

6 - O presidente do TSE disse que é corintiano “como todos sabem”. E você aí reclamando de falta de transparência.

7 - Como todos sabem, não existe ladrão biônico.

8 - Como todos também sabem, se o jabuti apareceu no alto da árvore alguém o colocou lá.

9 - Como todos sabem, só um jabuti biônico poderia chegar ao alto de uma árvore por seus próprios meios.

10 - Como todos sabem, um jabuti seria incapaz de roubar alguém. C
omo todos também sabem, um ladrão seria capaz de roubar tudo, menos uma eleição. A não ser que roubassem para ele, mas aí ele não teria nada com isso. Nem você. [por tal razão é que o candidato petista sempre tem dito, desde os tempos do mensalão, nada saber, nada ter a ver.] Fecha os olhos e confia.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 30 de setembro de 2022

William Bonner 'perde a paciência' ao vivo em debate da Globo e web repercute: "O homem já perdeu a vontade de viver"

O apresentador não escondeu a 'frustração' em alguns momentos do debate da Globo; internautas reagiram

Na noite da última quinta-feira (29), William Bonner conduziu o debate da Globo entre os candidatos à presidência nas eleições 2022. As reações do apresentador, no entanto, roubaram a cena. Em algumas ocasiões, o jornalista se irritou ao vivo e não escondeu a 'frustração'.

Em determinado momento, o âncora do Jornal Nacional 'perdeu a paciência' com uma quebra de regra. "O senhor realmente decidiu instituir uma nova regra neste debate. O senhor poderia olhar para mim, respeitosamente (...) Eu pedi para o senhor diversas vezes, pedi apenas para que o senhor aguarde a fala do seu oponente e retorne ao seu assento, como fizeram todos os demais", declarou ele. 

Em meio à tensão entre os concorrentes, as expressões de Bonner viraram assunto na web. "Tenho pena da psicóloga do Bonner na próxima terapia. O homem já perdeu a vontade de viver", escreveu uma usuária do Twitter. "Bonner vai sair desse debate com burnout", avaliou outro. 

 Foto: Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo © Fornecido por Bolavip Brasil

 

"O Bonner está frustrado com o debate! Também, pudera… acima de qualquer coisa, falta EDUCAÇÃO", acrescentou um terceiro. "Quem ganhou [o debate] eu não sei, mas quem mais perdeu em saúde foi o coitado do Bonner", comentou mais uma tuiteira. 

Bola Vip

 

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

L de Lava Lula - Revista Oeste

Guilherme Fiuza

Várias pessoas em sequência fazendo um gesto de arma, seguido de um sinal referente a Lula. Conclusão imediata: assalto 

Cena alarmante: surge um vídeo na tela com várias pessoas em sequência fazendo um gesto de arma, seguido de um sinal referente a Lula. Conclusão imediata: assalto. 
A leitura óbvia da mensagem era que, depois da rapinagem disfarçada de governo, agora o pessoal tinha optado diretamente pelo assalto à mão armada.

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock 

O susto inicial logo se abranda. Pensando bem, um assalto à mão armada assumido, ostensivo, bruto, poderia ser melhor do que mais de uma década vendo seus impostos e o fruto do seu trabalho serem comidos pelas beiradas — sob um véu de bondade, igualitarismo e ética que passarinho não bebe. Como diria o boticão, melhor sentir a dor de uma vez só.

Uma observação mais atenta ao tal vídeo, porém, traz uma nova e surpreendente percepção: não é o anúncio de um assalto. Você até se decepciona, pois já estava se apegando a essa experiência moderna de saber de forma leve e descontraída que será roubado — num comunicado musical cheio de sorrisos. Aí você cai das nuvens ao descobrir que aquilo é só um clip pacifista em defesa de um candidato do bem.

A ideia de transformar o gesto da arma em L de Lula é ousada
Se parte do público interpretasse que o L era de ladrão, poderia parecer que o clip estava propondo a entrega de um revólver ao bandido para que ele ficasse mais à vontade na limpeza do cofre. Talvez até coubesse um verso de esclarecimento: “Somos contra bandidos armados / não transigimos na defesa da paz / assalto com função social / sabemos o bem que isso faz”.

De qualquer forma, o clip é bom. Mostra de forma clara e empolgante que você pode transformar qualquer realidade tenebrosa num sonho todo azul, azul da cor do mar

Mas, pelo elenco do clip, o bom entendedor saberia que o L era de Lula. E claro que, no caso dessa gente boa, estamos falando daquele Lula honesto do William Bonner, não do Lula ladrão da Lava Jato. O título da canção inclusive poderia ter sido “Lava Lula”, o que retrataria com mais fidelidade a filosofia humanitária dos menestréis da picaretagem regenerada. Caberia até uma paródia do clássico de Luiz Melodia: “Lava Lula todo dia / que agonia / no apagar da roubalheira / que sumia…

De qualquer forma, o clip é bom. Mostra de forma clara e empolgante que você pode transformar qualquer realidade tenebrosa num sonho todo azul, azul da cor do mar — dependendo, naturalmente, do seu talento para enganar os inocentes úteis e os trouxas. Também é muito importante que seu roteiro de vida te proteja de encontrar, mesmo que furtivamente, alguém que saiba ou possa deduzir quem você realmente é. Isso quebraria todo o encanto e a força cívica da mensagem democrática.

O ideal seria uma reedição da pandemia, como vive anunciando o companheiro Bill Gates, para que pudesse ser resgatado o slogan de proteção às vidas humanas “fique no ônibus que eu fico no sítio”. Aí daria para gravar um monte de clip democrático sem o risco de esbarrar com ninguém na rua — especialmente com aqueles milhões de farofeiros de verde e amarelo que se aglomeram em paz para disfarçar o seu ódio. Covid por um mundo melhor.

O TSE não precisaria ficar removendo vídeos de povo, pois o próprio povo estaria removido. Aí só faltaria o Ipec assumir o lugar do TSE para oficializar os percentuais da felicidade. 

Não precisaríamos mais sequer de eleição. Nem de clip.

Leia também “A Falha e o Tubo”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste

domingo, 25 de setembro de 2022

Lula quer indenização por danos morais e prejuízos decorrentes de sua prisão

Lula diz que Estado terá que indenizá-lo, 'devolvendo' e lhe  'pagando prejuízos',  por sua prisão pela Lava Jato  - Folha de S. Paulo [declaração do jornalista William Bonner sustenta sua pretensão.]

Declaração do ex-presidente foi criticada e serviu como munição para ataques de bolsonaristas nas redes

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em ato no Rio de Janeiro, neste domingo (25), que o Estado terá que "devolver" e lhe "pagar os prejuízos que eles causaram" em sua vida enquanto ele esteve preso.

As declarações foram dadas no momento em que Lula dizia que foi absolvido nos processos da Lava Jato em que respondia na Justiça.

O petista recordou declaração do jornalista William Bonner durante sabatina no Jornal Nacional, em agosto, em que ele relembrou os julgamentos do ex-presidente na Lava Jato e o fato de ele ter tido suas condenações anuladas.

"Achei honroso o William Bonner no dia que fui na entrevista da Globo, ele teve a grandeza de dizer: ‘Presidente, o senhor não deve mais nada à Justiça desse país’. E quem deve são eles a mim. Porque em algum momento o Estado vai ter que devolver e me pagar os prejuízos que eles causaram na minha vida", disse Lula em ato na quadra da Portela, no Rio de Janeiro.

RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 25-09-2022: O ex-presidente Lula, durante evento de sua campanha com o prefeito Eduardo Paes, na quadra da Portela, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)

O ex-presidente Lula (PT) durante ato no Rio de Janeiro neste domingo (25)
O ex-presidente Lula (PT) durante ato no Rio de Janeiro neste domingo (25) - Eduardo Anizelli/Folhapress

"Eles sabiam [que] eu não tinha nenhum problema de ficar lá, não tinha nenhum problema. Até porque eu já tinha sido preso em [na década de] 80 e fiquei 31 dias preso. Depois eu lembrei: por que estou preocupado de estar preso se o nosso querido Mandela ficou 27 anos e saiu para governar a África do Sul?", seguiu o petista.

No discurso, Lula também disse que é "culpado de ser inocente" e criticou o ex-juiz Sergio Moro e o presidenciável Ciro Gomes (PDT) por declarações em que eles afirmaram que o ex-presidente não havia sido absolvido nos processos. "O [Sergio] Moro fala que não [fui absolvido]. Ouvi o Ciro falando ‘não, você não foi absolvido’. Fui absolvido em 26 processos, duas vezes na ONU e pela Suprema Corte", disse Lula. [o ladrão não foi inocentado, continua culpado, sua 'descondenação' não o inocentou e é passível de anulação.]

A declaração do ex-presidente foi criticada e serviu como munição para ataques de bolsonaristas nas redes sociais.


O ladrão é sem vergonha mesmo! - Norton Mackinson

@NMackinson

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), compartilhou trecho do discurso de Lula e escreveu que essa fala é "para cuspir na cara de todos os brasileiros de bem". "O Brasil ainda está devendo ao ladrão? O raivoso Lula quer terminar o serviço", escreveu.

O assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, também criticou a fala de Lula e disse no Twitter que o ex-presidente "deu com as línguas nos dentes".

"Entregou seu plano de tomar dos cofres públicos o dinheiro do povo brasileiro para ‘compensá-lo’ por ter sido preso e condenado como líder do maior esquema de corrupção do mundo", escreveu.

O ex-presidente ficou 580 dias preso na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.

Em abril deste ano, o Comitê de Direitos Humanos da ONU concluiu que os procuradores da Lava Jato e Moro foram parciais em relação aos casos investigados contra o ex-presidente.

Naquele momento, o advogado Cristiano Zanin, que representa o petista, afirmou à imprensa que o governo brasileiro teria que comunicar a ONU, em um prazo de até 180 dias, quais medidas ele iria tomar para "reparar danos causados ao ex-presidente Lula" e para evitar que procedimentos identificados na Lava Jato possam ocorrer com outros brasileiros. [A ONU não tem nada a ver com a condenação e a soltura temporária do ladrão ;  esse advogado precisa entender que o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA e que a ONU deve se preocupar é com as sanções que   aplicou contra a Rússia e que agora se voltam contra os sancionadores, começando pela Suíça.]

Eleições 2022 - Folha de S. Paulo

 

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Recordações de certo dia de abril - Percival Puggina

Era o dia 7 de abril e o sol se aninhava no horizonte quando Lula entrou no veículo da Polícia Federal estacionado junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Momentos antes, aquela alma serena e genuflexa, espírito de peregrino, com a pureza da “purinha, falara à militância ali reunida.

Naquela mesma noite, registrei em breve texto meus sentimentos a respeito daquele instante. Imaginei que havíamos assistido ao ápice de um evento apocalíptico. No entanto, o sol não se fizera mais escuro, a terra não tremera e o véu do templo permanecera incólume. “O sol, a terra e o véu devem ser três incuráveis fascistas”, escrevi, ironizando minhas divagações. E acrescentei: “Enfim presenciamos o fracasso dos falsos profetas e a perda de força dos tutores da História”.

Relendo aquele texto percebo quanto, influenciado pelo clima da hora, fui otimista. Subestimei a força das potências que movem e promovem a impunidade quando digitei, literalmente: “Não há como reescrever – não para esta geração – o que todos testemunhamos. Não há como desgravar, desfilmar, desdizer; e não é possível desmaterializar os fatos”...

Eu estava enganado. A impunidade é uma imposição dos donos do poder para não ficarem amuados, para que se cumpra o anseio de Romero Jucá e a sangria seja estancada. Mais do que isso, aliás: é preciso desmaterializar os fatos, é preciso que alguém como William Bonner afirme: “O senhor nada deve à justiça”.

Sim, tudo isso eles fizeram. No entanto, o maligno plano tem uma falha essencial: os brasileiros sabem que há quatro anos as realizações do governo só têm espaço nas redes sociais, sabem que agem contra Bolsonaro os inconformados donos do poder, as ratazanas habituadas à beira do erário, os signatários de manifestos da USP, os ideólogos da destruição, os ativistas judiciais e os fascinados com os efeitos que a truculência do poder proporciona quando abusado
Os brasileiros sabem que cada conservador e cada liberal deste país é o inimigo que a esquerda mundial quer ver derrotado e destruído nas eleições de outubro.

Esse povo, nos dias que correm, está a dizer a si mesmo: agora isso é comigo; farei minha parte para construir essa vitória. Nós já sabemos do que são capazes. [também já os vencemos em 35 e 64 e o venceremos sempre que necessário = as armas eles escolhem.]

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Pedro III e a professorinha - Revista Oeste

Augusto Nunes 
 

William Bonner e Renata Vasconcellos transformaram o estúdio da Globo em palanque do PT

William Bonner e Renata Vasconcellos, na sabatina eleitoral do <i>Jornal Nacional</i> | Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação
William Bonner e Renata Vasconcellos, na sabatina eleitoral do Jornal Nacional | Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação
 
Voz de carola que acabou de comungar na missa das oito, jeito de professorinha imunizada por uma vacina que expulsa a tentação de cometer o menor dos pecados veniais, Renata Vasconcellos quer saber se Jair Bolsonaro é atormentado por surtos de remorso
O inquirido, lembra a inquisidora, não se limitou a exterminar mais de 600 mil brasileiros mortos pelo vírus chinês: também imitou pessoas afetadas pela falta de ar
O acusado não vai ao menos ajoelhar-se no milho e pedir desculpas a todas e todos, ao som de dolorosas pancadas no peito? 
Na resposta, Bolsonaro rejeita o palavrório farisaico. Com a expressão de quem carrega nos ombros todas as dores da nação, Renata reapresenta a cobrança.

Ao lado da parceira de palco, William Bonner exercita com caretas, micagens e sorrisos sarcásticos os músculos da face, emoldurada pela barba alvinegra. Caprichando na pose de Dom Pedro III de novela, ele abrira o que deveria ser uma sabatina com uma pergunta que consumiu 110 palavras. (Com 272, comparou o site Poder360, Abraham Lincoln produziu o Discurso de Gettysburg, uma das maravilhas da retórica universal.) O belicoso palavrório inaugural informou aos espectadores que não assistiriam a uma entrevista. Testemunhariam o parto de outra invenção brasileiríssima: um Pronunciamento à Nação de William Bonner, com a participação da esforçada coadjuvante.

A dupla ocupou mais de 15 minutos dos 40 reservados ao show de arrogância. Nos menos de 25 restantes, Bolsonaro suportou com serenidade a sequência de provocações, apartes, deboches e outras formas de grosseria planejada para que o alvo sucumbisse a algum ataque de nervos. [fracassaram; o que conseguiram demonstrar foi a mais completa falta de educação, interrompendo o presidente - não fosse a tolerância dos vencedores que prevaleceu com Bolsonaro, ele teria feito o que os dois mereciam: mandar aos berros que calassem a boca, pois ele estava falando,.] Tal hipótese, se consumada, ampliaria o acervo [narrativas]  de provas de que Bolsonaro é golpista de nascença. O truque não funcionou
Encerrado mais um ato da ópera do jornalista malandro, consolidou-se a certeza de que, para impedir seu Grande Satã de conseguir um segundo mandato, os soldados de Lula aquartelados na Globo acham pouco assassinar a verdade. Vale rigorosamente tudo na guerra que transformou em rotina a tortura dos fatos.
 
Vale, por exemplo, negar ao atual presidente da República deferências que contemplaram Lula e Dilma Rousseff.  
Na campanha eleitoral de 2006, o governante enredado no escândalo do Mensalão foi entrevistado por William Bonner e Fátima Bernardes no Palácio do Planalto. 
Em 2014, com Patrícia Poeta no lugar de Fátima, Dilma Rousseff recebeu no Palácio da Alvorada a dupla do Jornal Nacional
É assim que se faz com um chefe do Poder Executivo que tenta reeleger-se, recitou Bonner em ambas as ocasiões
Por que a norma deixou de vigorar só neste ano? Porque no reino dos Marinho o presidente Bolsonaro é tratado como usurpador desde o momento em que se elegeu presidente da República por vontade da maioria do eleitorado brasileiro.
 
Renata Vasconcellos, na sabatina com Jair Bolsonaro (à esq.); 
e na entrevista com Lula | Foto: Reprodução/Redes sociais
Bonner jura que, logo depois da reeleição de Dilma, ficou estabelecido que nenhum candidato seria entrevistado fora do estúdio no Rio, fosse qual fosse o cargo que ocupa. Como a campeã de audiência achou desnecessário noticiar a decisão, e como Michel Temer não tentou continuar no cargo em 2018, só em julho deste ano Bolsonaro soube que seria a primeira vítima da abolição da regra. Logo no começo da sabatina, também saberia que a mudança não se restringira à troca de cenário. 
Do primeiro ao último momento da permanência do convidado no território hostil, os anfitriões mandaram às favas todas as normas que regem entrevistas jornalísticas.
O bê-á-bá da imprensa ensina que entrevista não é interrogatório; que o entrevistador pergunta e o entrevistado responde; que espectadores, ouvintes e leitores estão interessados não no que acha o entrevistador, mas no que pensa o entrevistado; que o direito de réplica não autoriza o bate-boca; que o caminho entre a primeira palavra e o ponto de interrogação deve ser percorrido em no máximo 30 segundos; que qualquer pergunta, da mais banal à especialmente delicada, precisa ser feita num tom de voz civilizado. 
 Demitidas já no início da sabatina com Bolsonaro, essas e outras obviedades foram ressuscitadas na noite de terça-feira, quando chegou a vez de Ciro Gomes. A versão 2022 do coronel de grotão foi dispensada de recorrer ao canhão de baixarias, obscenidades e abjeções retóricas que aciona com frequência patológica desde a infância política.

Ciro foi desarmado pelo tratamento pontuado por amabilidades, sorrisos, silêncios e outras demonstrações de simpatia reservadas a visitantes bem-vindos. Teve seis minutos a mais que Bolsonaro para promover o tedioso desfile de cifras e promessas tão verossímeis quanto uma cédula de três reais. Na tentativa de apresentar-se como desmatador do caminho do meio, desenhou o atalho que encurta a chegada ao penhasco. 

 Bonner e Renata ouviram com o coração em descompasso os ataques a Bolsonaro, e contemplaram com cara de paisagem as críticas a Lula. O espetáculo da cumplicidade explícita seria apresentado na quinta-feira, durante a sabatina com Lula. A dupla do Jornal Nacional fez o que pôde para confirmar que o estúdio da Globo virou comitê eleitoral, promovida a palanque de Lula ao longo da sabatina de araque. O que se viu foi um comício da alma viva mais pura do planeta, como garante o ex-presidiário tão orgulhoso do alentado prontuário policial que se refere a si próprio na terceira pessoa do singular.

Liberado para mentir sem apartes pelo comportamento submisso dos entrevistadores e pela suavidade das perguntas, Lula discursou como se lidasse com um bando de idiotas

O setentão engaiolado por ladroagem e lavagem de dinheiro já se comparou a Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas, Tiradentes e Jesus Cristo. Para fazer de conta que foi preso injustamente por juízes perversos e cruéis procuradores federais, apareceu na Globo pronto para desempenhar o papel de Nelson Mandela reencarnado. A fantasia animou o monarca de novela e a doce professorinha a enxergarem num vigarista setentão a versão nativa do estadista sul-africano

No curto espaço ocupado por perguntas sobre a roubalheira institucionalizada pelos governos do PT, Bonner fez a ressalva bajulatória: “O senhor não deve nada à Justiça”. Renata atribuiu a Bolsonaro o nascimento do Centrão que sempre garantiu ao sabatinado o controle do Congresso. E os dois endossaram com o silêncio que consente o desfile de fake news patrocinado pelo entrevistado.


Bonner fingiu ignorar que Lula está em liberdade não por ter sido inocentado, mas pela chicana parida pelo ministro Edson Fachin e avalizada pela maioria do Supremo Tribunal Federal. Ao inventar a Lei do CEP, que transferiu para Brasília os processos que envolveram o ex-metalúrgico que enriqueceu sem emprego fixo, o rábula de toga sentenciou à morte por prescrição de prazo decisões de nove juízes de três instâncias que condenaram Lula a uma longa temporada na cadeia pelas negociatas expostas nos casos do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia. Na sabatina, o termo Mensalão foi mencionado uma única vez. Petrolão, nenhuma.

Premiado pelo Jornal Nacional com um espaço de tempo de resposta superior ao concedido a Bolsonaro e Ciro, liberado para mentir sem apartes pelo comportamento submisso dos entrevistadores e pela suavidade das perguntas, Lula discursou como se lidasse com um bando de idiotas. Jogou a crise econômica no colo de Dilma, derramou-se em declarações de amor ao ex-antagonista que agora o acompanha na tentativa de voltar ao local do crime e prometeu acabar com o pântano da corrupção em que sempre nadou de braçada. O barulho das panelas foi de bom tamanho. O som seria ensurdecedor se houvesse no estúdio um detector de mentiras.

Sabe-se que Lula, ao virar dirigente sindical em 1977, abandonou ao lado do torno mecânico a honradez e qualquer espécie de escrúpulo. Soube-se agora que a dupla do Jornal Nacional, por motivos ainda insondáveis, resolveu poupar-se do sentimento da vergonha e romper relações com o jornalismo ético. As sabatinas escancararam os modos e métodos usados por gente que atira a uma lata de lixo quaisquer compromissos com a verdade.

Leia também “A urna canonizada”

Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste


Teatro global de péssima qualidade - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

“O senhor não deve nada à Justiça”, abriu o apresentador William Bonner sua "entrevista" com o ex-presidiário Lula. Não, Bonner! 
A Justiça é que deve muito ao Brasil por tal malabarismo supremo para soltar e tornar elegível um corrupto desse tipo.

Dali em diante, o que vimos foi um convescote em que Lula se sentiu muito à vontade para mentir como se ninguém fosse capaz de apontar suas evidentes falácias.

Lula se sentiu tão confortável naquele ambiente que se vendeu como o responsável pelo combate à corrupção no país
Parabéns aos envolvidos por essa grande palhaçada, em especial o ministro Fachin.

Bonner perguntou quais medidas Lula tomaria para impedir a corrupção que ocorreu no governo do PT. Piada pronta! Pergunta idiota! Ele foi o comandante dos esquemas! A única “medida” é ele não voltar ao poder!

Lula teve a cara de pau de criar a “tese” de que houve muito escândalo de corrupção em seu governo porque ele foi muito republicano e transparente. 
Estamos há quase quatro anos sem escândalo de corrupção pois Bolsonaro deve ser o verdadeiro bandido que não deixa nada ser investigado. Rimos ou choramos?
 
“Essa coisa de a gente ficar prometendo o que vai fazer antes de a gente ganhar é um erro”, disse Lula, prometendo surpresas se vencer. O mundo político e midiático não está acostumado a um presidente que promete e cumpre, como Bolsonaro.  “Todos os economistas dizem que o próximo governo vai ter que lidar com uma enorme bomba fiscal”, disse Bonner. Eu, economista, digo que Bonner é um jornalista militante! 
Todas as perguntas da dupla imbutiam uma crítica velada ao atual governo.“A Dilma é uma das pessoas por quem tenho o maior respeito pela competência”, disse Lula. Guardemos essa mensagem. Aliás, não vamos esquecer que na campanha Lula disse que Lula era Dilma e Dilma era Lula. Ambos são indissociáveis. 
 

O Papa que colocou o ditador da Nicarágua no seu devido lugar!

“Você acha que o mensalão, que tanto falam por aí, se compara a esse orçamento secreto?”, questionou Lula, ao defender a corrupção de seu governo. Lula se mostrou incomodado pois Bolsonaro governa com o Congresso eleito. Ele quer mais poder ao Presidente. Inspirado em Fidel Castro, talvez?

Aliás, somente na última pergunta a dupla questionou sobre os regimes totalitários comunistas que Lula sempre defendeu. O petista disse que defende a "autodeterminação dos povos", ignorando que isso nunca o impediu de criticar duramente governos de direita em países como os Estados Unidos. É muito fingimento e muita passividade dos "entrevistadores".

“Feliz era o Brasil quando a disputa era entre o PT e o PSDB”, disse Lula confessando o teatro das tesouras e a saudade da hegemonia da esquerda. Para Lula, os tucanos eram apenas adversários, não inimigos. Ele ignora que mesmo assim o PT sempre demonizou os primos tucanos, tratados como inimigos mortais e "fascistas", e que foi ele quem instituiu no país o tribalismo do "nós contra eles".

Com o empurrãozinho de Renata, Lula tentou se colocar como aquele que mais fez pelo agronegócio no Brasil, apesar de chamar os ruralistas de "fascistas" e afirmar que são contra a preservação do meio ambiente. Lula também disse que pretende governar com o MST, e questionou: “Qual foi a terra produtiva que o MST invadiu?” 

Basta uma rápida pesquisa para ver a enorme quantidade, com laboratórios destruídos e gado assassinado.

Tudo foi um teatro muito mequetrefe, de péssima qualidade. A mudança de postura em relação ao clima de debate na sabatina com Bolsonaro salta aos olhos e trai a parcialidade da emissora.  A reação dos eternos esquerdistas foi bizarra. Ricardo Noblat elogiou como Lula "enfrentou" a questão da corrupção. Leilane Neubarth ficou emocionada com o "respeito" com que Lula trata as mulheres, ignorando o caso do "grelo duro". Caetano Veloso "chorou" com o "arrebatador" Lula. E Reinaldo Azevedo disse que Lula fez uma "exibição de gala", deixando de lado o país dos petralhas.

Ele batia na mulher, levava a mulher no culto religioso, deixava ela sem comer, dava chibatada nela, sabe? Cadê as mulher de grelo duro lá do nosso partido?

Tudo muito surreal, asqueroso, ridículo. A ala lulista do Brasil não consegue esconder sua alma podre. Os brasileiros decentes, em maioria, ficaram enojados, com o estômago embrulhado. A primeira resposta virá no dia 7 de setembro. A segunda, no começo de outubro...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

domingo, 1 de agosto de 2021

TSE e ladrão não passam recibo - Sérgio Alves de Oliveira

A frustração dos apoiadores do Presidente Bolsonaro com as “provas” que Sua Excelência disse que iria apresentar na sua polêmica “Live” de 5º feira,29.07.21, de forma alguma afasta a absoluta certeza de que efetivamente as eleições presidenciais de segundo turno em 2014 foram fraudadas, beneficiando a candidata do PT, Dilma Rousseff, em detrimento de Aécio Neves,do PSDB. [a 'live' do presidente não conseguiu ser mais desastrosa que o vídeo kamikaze do STF .
Veja também aqui] Mas para que se evite desde logo insinuações ou interpretações maldosas ou errôneas, esclareço desde logo  que não votei em nenhum deles.

Bolsonaro somente conseguiu demonstrar que, efetivamente, através da opinião de peritos, o sistema de votação e apuração dos votos nas urnas e  computadores  do TSE estão “sujeitos” a manipulações
fraudulentas. Embora o Presidente não tenha provado material ou documentalmente a alegada fraude eleitoral, há que se convir que esse tipo de prova seria absolutamente impossível de produzir, e qualquer juiz deve saber disso, simplesmente porque a fraude “virtual” foi muito bem feita, não deixando qualquer “rastro”, como se tivesse sido uma pequena porção de vento dentro de uma ventania,”irresgatável”,ou ação de um criminoso que apaga as suas pegadas  deixadas no chão. Mas há outras maneiras de se provar-se ter havido fraude na apuração do resultado da eleição presidencial de segundo turno em outubro de 2014.

Dentro dos “esquemas” dos quais sempre participou com os governos de esquerda, e que se beneficiou,de 1985 a 2018, o Grupo Globo detinha uma espécie de “monopólio” da Justiça Eleitoral para divulgar em primeira mão pela sua televisão os resultados das eleições periódicas comandadas pelo TSE. E é justamente aí que que iremos encontrar a prova decisiva da fraude eleitoral no segundo turno das eleições presidenciais de 2014.  O “famoso”apresentador William Bonner, da Globo, era o encarregado de anunciar pela televisão os resultados dessa eleição presidencial.

Pois bem,até quase o finalzinho da apuração e divulgação dos votos,o candidato Aécio Neves,do PSDB, estava “dando-de-relho”,bem à frente da candidata do PT, Dilma Rousseff. Mas de repente tudo parou. A eleição “congelou”. Bonner ficou “mudo”. Com “cara-de-bunda”, sem saber que outra cara fazer.

Passados os minutos “necessários”  pelos computadores do TSE,qual não foi a surpresa quando  os resultados da eleição recomeçaram a ser apurados e divulgados,com os computadores em pleno funcionamento ,indicando que Dilma Rousseff estava “emparelhando” com Aécio Neves,para em seguida ultrapassá-lo,sendo reeleita e diplomada pelo TSE, reconduzida à Presidência da República em 1º de janeiro de 2015.

Segundo René Descartes (1596-1650)),filósofo,físico e matemático francês,no seu “Discurso Sobre o Método”,a mais soberba  de todas as provas seria a  EVIDÊNCIA: “Não devemos aceitar nada como realmente  verdadeiro se não se apresentar EVIDENTEMENTE como tal”.  

[o Blog Prontidão Total, em respeito aos seus dois leitores, faz questão  de registrar que até o presente momento não existem provas da ocorrências de fraudes nas eleições realizadas via urnas eletrônicas.
Existem denúncias, suspeitas, mas por uma questão de honestidade eleitoral e coerência destacamos que nada foi provado. Porém, destacamos que o atual sistema de votação por urna eletrônica, não oferece condições de detecção de eventuais fraudes. Por isso, pugnamos pela adoção do VOTO AUDITÁVEL, que apesar de CHAMADO VOTO IMPRESSO nada tem a ver com as antigas CÉDULAS DE PAPEL.
E no projeto que defendemos a votação continuará sendo realizada via  URNAS ELETRÔNICAS, porém com condições de que o resultado digital possa ser confrontado com o voto em papel.
No inicio deste post, disponibilizamos link para acesso a vídeo explicando tudo sobre o voto impresso. Recomendamos assistir para obter informações exatas e de fácil compreensão.]

Tenho para mim, portanto, porque também tenho o direito de julgar, como qualquer juiz, que a eleição presidencial  de 2º Turno em outubro de 2014 foi inequivocamente fraudada, com base nas “evidências” dos  fatos acima narrados. O estúpido argumento,inclusive da Justiça,segundo o qual  até hoje não surgiram quaisquer “provas” da alegada fraude  eleitoral em outubro de 2014,dá no mesmo que exigir do  ladrão tenha assinado algum recibo relativo ao que roubou.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo