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segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Apoio de multidão ganha eleição?- Raul Jafet

Por volta de 2017, voltando de uma viagem, me surpreendeu pessoas no aeroporto, ovacionando o até então, apenas deputado, Jair Bolsonaro. Ouvi os primeiros gritos de " mito, mito".  
No ano seguinte, pré-candidato, o conheci pessoalmente! Aplaudido, pessoas descendo dos carros, motos, bicicletas, para abraça-lo, tirar fotos, assinar camisetas verde –amarelas.

Pensei comigo mesmo: "alguma vez vi acontecer isso com um político?"

Começa a campanha, loucura geral em cada cidade que passava, multidões tomando as ruas, acompanhando em frenesi, sua passagem......até a facada......

Mesmo fora de combate ganhou as eleições!


 [Alguns apoiadores do presidente Bolsonaro - não ocorreram furtos, nem brigas, discussões; o objetivo de todos era deixar claro que vão votar em Bolsonaro e ele, com às Bênçãos de DEUS,     ganha no  PRIMEIRO TURNO.]

Iniciou-se então, a mais pesada e jamais vista oposição, por parte de diversos setores: Velha, mas poderosa mídia tradicional, boa parte dos artistas, atores, cantores, esportistas, membros do judiciário, mega empresários, professores, advogados, ambientalistas, organismos internacionais, até presidentes de países europeus.....enfrentou a crise na Amazônia, a tragédia de Brumadinho.... veio a terrível pandemia, foi acusado de prevaricação, insensibilidade, chamado de genocida, governadores se uniram para derrubá-lo, acumularam-se pedidos de impeachment, ufa! Não conseguiram!

Como no mitológico filme "Fúria de Titãs", soltaram o Kraken (um monstro marinho – definido como uma espécie de lula?sic ---segundo a Wikipedia), que ameaçava os navios na mitologia nórdica.

Liberaram em jogada ardilosa, o ex presidente e ex presidiário - sem inocentá-lo - das acusações pelas quais foi condenado, para que pudesse disputar as eleições, como única forma de conter a reeleição do atual Presidente.

Porém, fato curioso, o ex-Presidente líder nas pesquisas, não consegue sair às ruas.....seus comícios reúnem dezenas de correligionários, suas carreatas, uns poucos veículos..... . [e os que vão as suas reuniões, chamadas de comícios, apesar de reunir apenas  algumas dezenas de pessoas, em ambiente fechado, entrada restrita aos 'devotos' , adivinhem... ocorrem furtos de celulares... seja  por grande parte dos presentes ser formada por ladrões, seja pelo fato do descondenado lamentar que ladrões de celulares, a quem chama de 'mininos' serem presos por furtar tais objetos.~]

Quanto ao Presidente, arrasta multidões por onde passa, mesmo quando por estradas de terra, locais longínquos, pequenos povoados, onde de improviso, se detém para cumprimentar moradores, logo se formando nova multidão demonstrando afeto e admiração. As comemorações de 7 de Setembro foram marcadas pelo verde-amarelo-azul anil, famílias exibiam nossas cores, tremulavam bandeiras, um patriotismo só antes visto em jogos da Copa do Mundo.

Bolsonaro não arrebatou símbolos como apregoado por seus inimigos, restaurou o amor e respeito a eles, despertou o civismo e o patriotismo (que importantes autoridades chegaram a chamar de fascismo), mostrou que não queremos ser Republiqueta das Bananas.

Apesar dessas multidões, as pesquisas dão vantagem ao ex-Presidente. Voto envergonhado? Alienação? Ideologia?

Dia 2 de outubro, veremos se apoio de multidão ganha eleição!!! [ganha e no primeiro turno.]

Raul Jafet - O autor é jornalista e empresário

 

 

terça-feira, 16 de agosto de 2022

No local da facada, Michelle cita milagre e Bolsonaro fala em ‘dar a vida’

Presidente escolheu Juiz de Fora (MG) para o primeiro ato da campanha; primeira-dama pede a eleitores que não entreguem a nação aos 'nossos inimigos'

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez o primeiro discurso da campanha nesta terça-feira, 16, no centro de Juiz de Fora (MG), cidade que foi palco de um episódio decisivo na campanha eleitoral de 2018: foi lá que ele foi vítima de uma facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira quando caminhava com apoiadores nas ruas do centro. “Aqui eu renasci”, disse hoje aos apoiadores.

Bolsonaro discursou em cima de um carro de som, ao lado de seu candidato a vice e ex-ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também estava presente. Em sua fala, o presidente falou sobre Deus e liberdade e fez críticas à esquerda.  “O Brasil é um grande país, mas que até pouco tempo era roubado pela esquerdalha que estava no poder”, afirmou. “Jurei dar a vida pela minha pátria quando militar. Enquanto cidadão, juro de novo dar a vida pela nossa liberdade”, acrescentou ao fim do discurso.

Michelle também pegou o microfone, fez menção à facada e disse que a campanha do marido é um milagre. Peça importante na busca de Bolsonaro pelo voto das mulheres e dos evangélicos, a primeira-dama fez apelos a Deus e falou em “inimigos”. “Deus fez um milagre na vida do meu marido porque aqueles que pregam o amor e a pacificação atentaram contra a vida dele. Mas Deus é maior, e a justiça do senhor será feita. Que Deus dê sabedoria e discernimento ao nosso povo brasileiro para que não entregue a nossa nação aos nossos inimigos”, declarou.

Em Juiz de Fora, Bolsonaro se reuniu com líderes evangélicos e fez uma motociata até o centro. Ele volta para Brasília nesta tarde, onde acompanhará a cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT) também estarão presentes.

Coluna Maquiavel - Revista VEJA

 

domingo, 14 de agosto de 2022

‘Quero entregar País (a sucessor) bem lá na frente’, diz Bolsonaro - O Estado de S. Paulo

Denise Luna 

Presidente sinaliza em discurso a evangélicos confiança na reeleição; pastor Silas Malafaia, sem provas, ataca urnas eletrônicas e diz que, se elas forem hackeadas, será preciso fazer nova eleição

 [SE: Indica indeterminação; algo ou alguém indefinido: ainda não se sabe o resultado?]

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, afirmou neste sábado, 13, na Marcha para Jesus no Rio, que pretende entregar o País “lá na frente” em situação melhor à que recebeu, sinalizando confiar na vitória em 2022.

“Quero, bem lá na frente entregar para aquele que pegar a Presidência uma situação melhor do que peguei em 2019″, disse Bolsonaro, a uma plateia de milhares de pessoas reunidas na Praça da Apoteose, no Sambódromo, no Centro do Rio, onde assistiam a apresentações de música gospel.

Bolsonaro discursou ao lado do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e do pastor Silas Malafaia, e acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mais ovacionada do que o próprio presidente.
Bolsonaro discursou ao lado do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e do pastor Silas Malafaia, e acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mais ovacionada do que o próprio presidente. Foto: Mauro Pimentel/AFP

Bolsonaro discursou ao lado do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e do pastor Silas Malafaia, e acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mais ovacionada do que o próprio presidente. Reconheceu que o Brasil passou por momentos difíceis nos últimos três anos e afirmou que nas últimas semanas começou a resolver o que chamou de questões materiais.

Em discurso voltado para o público evangélico e repleto de citações religiosas, Bolsonaro lembrou passagens da Bíblia e afirmou que “se o poder vem do povo é por que o povo escolheu bem seu representante”. Frisou ainda, que o Brasil está “condenado a ser cristão, a ser livre” e disse que é preciso “liberdade para decidir o futuro”. Citou ainda a facada que levou na campanha anterior para a Presidência, em 2018.

“Estive com a equipe médica que me operou em Juiz de Fora e disseram que de cem que levam uma facada como aquela, apenas um escapa”, concluiu. Observou ainda que nunca viu a Marcha para Jesus tão “grandiosa” como a deste sábado. “E olha que já vim aqui mais de dez vezes”, afirmou.

Denise Luna - O Estado de S. Paulo 

 

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Por que Adélio Bispo dificilmente deixará a prisão agora - VEJA

Autor de facada em Bolsonaro foi submetido a perícia na segunda-feira, mas a probabilidade maior é que ele continue em presídio federal ao menos até 2025

As redes sociais bolsonaristas andam agitadas nos últimos dias com a suposta possibilidade de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada no então candidato a presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG) em setembro de 2018, deixe a prisão exatamente em meio a uma nova campanha eleitoral. As teorias da conspiração vão da tese de que ele será solto para “terminar o serviçoou seja promover novo atentado contra o presidente — ou para ser alvo de “queima de arquivo” pela oposição de esquerda, que, na visão dos radicais bolsonaristas, está por trás do crime.

A paranoia bolsonarista tem sido estimulada inclusive por gente próxima ao presidente, como deputados aliados e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Para tentar matar Bolsonaro era louco, agora 4 anos depois ficou bem da cabeça? Pelo amor de Deus né?”, postou Eduardo no Instagram nesta terça-feira, 26, ao comentar uma declaração do irmão Flávio à imprensa sobre o mesmo assunto.

Mas não é essa a situação. O que está valendo por enquanto é uma decisão do juiz Bruno Savino, da Justiça Federal de Juiz de Fora, do último dia 15, como mostrou VEJA, que prorroga a permanência de Adélio no presídio federal de Campo Grande (MS) ao menos até setembro de 2025.

A decisão seguiu solicitação do Ministério Público Federal (MPF) e do Departamento Penitenciário Federal (Depen). Em maio de 2019, a Justiça decidiu que Adélio é acometido por doença mental e que não seria julgado pelo atentado, mas deveria cumprir medida de segurança por no mínimo três anos. O prazo venceria em setembro e agora foi renovado.

Desde a decisão de 2019, a defesa de Adélio solicita que ele possa ser tratado na cidade mineira onde houve o atentado, mas o pedido nunca foi aceito, sob justificativa de uma possível instabilidade que o autor da facada no atual presidente poderia causar. “O referido interno ainda possui relevante potencial de desestabilizar o Sistema Penitenciário Estadual, por isto, é desfavorável ao retorno do nominado ao Estado de origem, uma vez que subsistem os motivos ensejadores da inclusão”, relatou a diretoria do Depen, em 23 de junho passado.

O MPF tem uma visão semelhante sobre a situação, mas não se absteve de aprovar a realização de perícias e exames que possam atestar a periculosidade do preso. É por essa perícia que ele passou na última segunda-feira. O trabalho, feito por dois médicos, será submetido depois à Justiça em um prazo de 30 dias. A possibilidade de a Justiça mudar a situação atual de Adélio, no entanto, é pequena.

Em junho passado, VEJA mostrou que o estado mental de Adélio Bispo é muito frágil. Em 23 cartas às quais a reportagem teve acesso, ele faz uma série de pensamentos desconexos com a realidade. A pedido de VEJA, as cartas foram analisadas pelo psiquiatra forense Guido Palomba, que já elaborou mais de 15.000 pareceres e laudos para processos que tramitam nos tribunais de São Paulo. A conclusão, segundo o médico, é inequívoca: “Diante da clareza clínica, não se põe a menor dúvida de que o autor dos escritos está em franca ruptura com a realidade. Romper com a realidade significa, obrigatoriamente, do ponto de vista psiquiátrico-forense, doença mental, no caso, estado psicótico grave, cujas características indicam, com segurança, tratar-se de esquizofrenia paranoide”.

Maquiavel - Coluna em VEJA

 


segunda-feira, 25 de julho de 2022

Jingle de Bolsonaro acerta assustadoramente e pode pegar - VEJA

 Blog Matheus Leitão

Peça publicitária chama atenção pela tom popular e é elogiada por cientistas políticos 

A convenção que confirmou o nome de Jair Bolsonaro como o candidato do PL à reeleição serviu também para impulsionar o jingle de campanha do presidente da República. Pelo menos é o que dizem os dirigentes da legenda, segundo apurou a coluna.

Ainda assim, falando do marketing político em si, a coluna ouviu três importantes cientistas políticos que, na condição do anonimato, elogiaram o jingle inventado pela dupla sertaneja Mateus e Cristiano. Veja:


                                              Capitão do Povo

Na avaliação de um deles, o “capitão do povo” pode se transformar no “Lula lá” eternizado na esquerda como “sem medo de ser feliz”da extrema-direita brasileira. A peça publicitária petista, de tanto sucesso, acompanha – mesmo que em diferentes versões – o ex-presidente de 1989 até hoje, quando Lula vai para a sua sexta disputa presidencial.

Para o segundo cientista político, é um exagero dizer que vai ser um sucesso dessa magnitude, mas ele admite que o “hit” pode pegar. Lembrou ainda que Bolsonaro tinha apenas 17 segundos de propaganda eleitoral em 2018 e ninguém se lembra das peças publicitárias (criaram mais de uma) do então deputado naquele ano, usadas apenas nas redes sociais.

O último especialista concordou que o jingle é bom, mas – nas suas palavras – disse que ele “não tem efeito eleitoral e serve apenas para levantar a militância”. O vídeo da peça publicitária tem falhas técnicas, mas traz imagens do presidente jovem, fardado, antes de ele ser “enxotado” das Forças Armadas há 34 anos, após importante reportagem de VEJA. Também relembra a facada sofrida por Bolsonaro há quase quatro anos, trazendo imagens do momento do atentado realizado por Adélio Bispo.

Diz assim a música no seu trecho principal: “É o capitão do povo, que vai vencer de novo. Ele é de Deus, você pode confiar, defende a família e não vai te enganar”.

[COMENTÁRIO: JAIR MESSIAS BOLSONARO é Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, com a patente de capitão.]

Em Blog do Matheus, Revista VEJA, leia MATÉRIA COMPLETA 

 


segunda-feira, 20 de junho de 2022

'Se há um mandante é um comerciante da área', diz Mourão sobre mortes de Bruno e Dom - O Globo

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira que caso haja um mandante no assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips deve ser um "comerciante da área que estava se sentindo prejudicado" pelas ações do Bruno. Disse, também, que a morte do jornalista foi "efeito colateral" e que Dom "entrou de gaiato nessa história".

Não sei se há um mandante. Se há um mandante é comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação principalmente do Bruno e não do Dom, o Dom entrou de gaiato nessa história. Foi efeito colateral

Na sexta-feira, a Polícia Federal afirmou por nota que os suspeitos agiram sozinhos, sem 'mandante nem organização criminosa por trás do delito', segundo indicam as investigações. A PF diz também, no entanto, que mais prisões devem acontecer, dado existirem indícios da participação de outras pessoas no crime.

O vice-presidente também afirmou que os dois suspeitos, provavelmente, são ribeirinhos e vivem no limite "de ter acesso à melhores condições de vida". Disse também que a comunidade local, incluindo os suspeitos, tem "uma vida dura".

— Essas pessoas aí que assassinaram, provavelmente, os dois são ribeirinhos, gente que vive também ali no limite de, vamos dizer, ter acesso à melhores condições de vida. Vivem da pesca. [...] Essa é a vida do cara. Mora numa comunidade que não tem luz elétrica 24h por dia, é gerador. Quando tem combustível, o gerador funciona, quando não tem, não funciona. Então é uma vida dura.[enquanto os ribeirinhos, tão brasileiros quanto os índios, passam por grandes necessidades, privações, são concedidas  para 900.000 indígenas - menos de 0,5% da população do Brasil - uma área total um pouco acima de 14% do território nacional. 
E, ainda pretendem aumentar essa área, via interpretação do marco temporal,  deturpando o texto constitucional vigente.]

Mourão ainda avaliou que os assassinatos de Bruno e Dom "devem ter acontecido no domingo" que, para o vice, é um dia em que "a turma bebe, se embriaga". Ele comparou o assassinato do jornalista e do indigenista com crimes que acontecem na periferia das grandes cidades aos finais de semana, apontados por Mourão como "fruto" da bebida.[ocasião em que morrem mais pessoas e a repercussão é ZERO.]

— Isso é um crime, foi o que aconteceu num momento, vamos dizer assim, quase que uma emboscada. Um assunto que vinha se arrastando, vamos dizer. Na minha avaliação deve ter acontecido no domingo, domingo a turma bebe, se embriaga, mesma coisa que acontece aqui na periferia das grandes cidades. Aqui em Brasília a gente sabe, todo final de semana tem gente que é morta aí a facada, tiro, das maneiras mais covardes, normalmente fruto de que? Da bebida. Então mesma coisa deve ter acontecido lá.

Brasil - O  Globo 

 

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Constituição esfaqueada - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Decisões arbitrárias

A primeira facada na Constituição foi desferida em 31 de agosto de 2016, quando foi cortado um pedaço do parágrafo único do art. 52, na condenação da presidente Dilma Rousseff. 
Presidia o julgamento, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski e o senador Renan Calheiros. 
Num arrazoado semelhante ao que mais tarde iria liberar Lula da Laja Jato, Lewandowski e Calheiros obtiveram 42 votos contra 36 para não inabilitar a condenada, como manda a Lei Maior. Já era o Senado se acumpliciando. O país respondeu com omisso silêncio ao descumprimento claro da Constituição e isso encorajou novos cortes.

Constituição do Brasil segurança jurídica Constituição do Brasil segurança jurídica

Decisões contrárias à lei máxima do país, a Constituição, causam insegurança jurídica e política. -  Foto: Beto Barata/Arquivo PR

Em 14.3.19, nos albores de novo governo, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, por portaria interna, manda abrir inquérito sobre agressões verbais à Corte, com base no Regimento Interno, como se fossem ameaças dentro das instalações da Casa, embora tivessem ocorrido nas redes sociais. E ele próprio nomeou relator Alexandre de Moraes. [a regra é que o relator seja sorteado, jamais nomeado na base do dedaço.] Não houve iniciativa do Ministério Público, como manda o art. 127 da Constituição.

Foram facadas nos artigos 5º e 220 da Constituição.
Censura e punições por crimes de opinião. Prisões arbitrárias, jornalistas foram jogados em presídio, assim como presidente de partido e até deputado federal, numa facada mortal na inviolabilidade por quaisquer palavras, estabelecida no art. 53 e o antológico flagrante continuado, inventado para retirar o deputado de seu asilo inviolável às 11 da noite.

Em fins de abril de 2020, Sérgio Moro se demite do Ministério da Justiça e o segundo artigo da Constituição é esfaqueado. Sem ligar para a harmonia e independência dos poderes, o Supremo veta nomeação pelo presidente de um subordinado seu, o diretor da Polícia Federal e ainda manda revelar o conteúdo de reunião ministerial feita a portas fechadas em que o presidente chamava a atenção de ministros, inclusive Moro.

Chegaram ao ponto de requisitar o celular do presidente, no que recuaram. No mesmo ano, a pretexto da pandemia, aboliram-se cláusulas pétreas, só passíveis de alteração por uma Constituinte. Os direitos de reunião, de ir e vir e de culto foram transferidos, pelo Supremo, para o arbítrio de prefeitos e governadores. Deixava de existir garantia da ordem jurídica.

Agora a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, interpela o Supremo sobre o inquérito que o ministro Marco Aurélio batizou de Inquérito do Fim do Mundo - na verdade, fim do Direito no Brasil. Não há como responder que o suposto ofendido é que investiga, denuncia, julga e executa, sem acesso dos autos aos advogados dos investigados
Na empolgação do ativismo, o Supremo substituiu a Constituição à qual deveria servir e guardar, enquanto parte da nação assiste em silenciosa aprovação suicida. Essa omissão é mais preocupante que o ativismo dos que esfaqueiam a Lei Maior.

Mas há esperança. Como em Copa do Mundo, quando todos viramos técnicos, cada vez mais brasileiros se tornam constitucionalistas, torcedores da Constituição
Estamos acompanhando a Constituição como a seleção das leis garantidoras dos direitos e conhecendo os 11 do Supremo em cada uma de suas posições em campo
E assim assumimos o que ela estabelece: que todo poder emana de nós, o povo.
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

domingo, 27 de março de 2022

Bolsonaro fala como candidato e diz que disputa será do ‘bem contra o mal’

Presidente discursou em evento do PL neste domingo e deu o tom do que deve ser sua campanha 

O presidente Jair Bolsonaro discursou neste domingo, 27, em evento do Partido Liberal (PL). O encontro, que inicialmente seria para o lançamento da pré-candidatura do político à reeleição, foi rebatizado de “ato de filiação” para evitar problemas com o TSE. Apesar disso, Bolsonaro falou como candidato em um discurso em que atacou o PT e afirmou que a disputa em 2022 será do “bem contra o mal”.

O evento teve locução de rodeio, dezenas de aliados no palco e apresentação oficial do slogan “O capitão do povo”. No início, o apresentador conclamou os presentes para rezar o Pai Nosso.

O presidente subiu ao palco depois de apertar a mão de apoiadores. Se posicionou ao lado do ex-presidente Fernando Collor de Mello e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, rodeado por dezenas de ministros, deputados e senadores da base aliada. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou a filiação do ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), João Roma (Cidadania) e do senador Eduardo Braga (TO). A expectativa era de que o ministro da defesa, Walter Braga Netto, cotado para vice na chapa presidencial, se filiasse hoje ao PL, mas ele não compareceu ao evento.

Bolsonaro discursou durante vinte minutos e deu o tom do que deve ser a linha de discurso da sua campanha: o bem versus o mal, sendo ele o bem e a esquerda o mal.

“O inimigo não é externo, é interno. Não é uma luta da esquerda contra a direita. É uma luta do bem contra o mal”, afirmou ele. Em outro momento, Bolsonaro declarou que só espera deixar a Presidência “bem lá na frente”, “por um critério democrático e transparente”, completou ele, que mesmo sem provas critica a segurança do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas.

Atrás de Lula nos levantamentos eleitorais, o governante, também sem provas, questionou a lisura das sondagens que colocam o petista à frente. “Uma pesquisa mentirosa publicada mil vezes não fará o presidente da República."

Durante seu discurso em tom messiânico, o presidente afirmou que em novembro de 2014 algo lhe tocou e ele passou a percorrer o país, decidido a disputar a Presidência da República, sozinho. “Nessas andanças pessoas algumas pessoas foram aparecendo ao nosso lado”, afirmou, acrescentando que chegava a locais “com pequena comitiva” e se apresentava como candidato.

Disse que a reeleição de Dilma Rousseff, “uma pessoa que não tinha qualquer carisma” lhe “moveu a buscar” o Palácio do Planalto. E mencionou o seu voto no impeachment da ex-presidente, quando citou o torturador [sic]  Carlos Alberto Brilhante Ustra como “o pavor de Dilma Rousseff”. “Eu não podia deixar que um velho amigo que lutou por democracia, teve reputação quase destruída, sem deixar (sic) de ser citado naquele momento.”

No discurso, Bolsonaro voltou a falar do atentado que sofreu à faca em 2018, a responsabilizar governadores pela crise econômica e a se apresentar como defensor da democracia. O presidente também voltou a incentivar o garimpo em terras indígenas e a fazer ameaças veladas ao Judiciário. Ao final, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) subiu ao palco “para discursar como filho”, disse que o pai é “homem de família temente a Deus” e se referiu ao ex-presidente Lula como “mentiroso de nove dedos”.

Pré-campanha
Inicialmente o evento foi formulado para marcar o lançamento oficial da pré-candidatura de Bolsonaro à reeleição. No entanto, a equipe jurídica do partido alertou que poderia haver contestação na Justiça eleitoral porque a campanha começa oficialmente em agosto. Ontem, no entanto, Bolsonaro disse a apoiadores e jornalistas que o ato seria sim para marcar o início de sua pré-campanha.

Política - VEJA - MATÉRIA COMPLETA


quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

A facada que elegeu, reelegerá? - Sérgio Alves de Oliveira

É claro quer pelo título desse artigo já dá para ver que estarei me reportando à “lucrativa” (politicamente) facada recebida pelo então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, às vésperas da eleição de 2018, em Juiz de Fora/MG, que ao que tudo indica  teria sido “decisiva” para a  sua vitória nas urnas. Mas  tudo numa abordagem  talvez um pouco diferente.
 
Na índole mental brasileira, não sei até que ponto  ligada ao tão repudiado “complexo de vira-latas”, se eventualmente procedente,o chamado “coitadismo” teria papel de destaque. Isso porque no Brasil o “coitadinho” tem tudo que é direito, faz o que bem entende, e não está sujeito   a cumprir as leis,nem às punições como todos as outras pessoas. Ser “coitadinho” sempre é um bom “álibi” levado na “manga-do-colete” para obter plena liberdade de cumprir,ou não,a lei. É precisamente que nesse sentido que o “ coitadinho” se equipara aos políticos com foro privilegiado, só havendo diferenças em relação às “instâncias”  da apreciação dos seus eventuais delitos  ou contravenções penais.
 Dilma maluca - Dilma maluca added a new photo.
 [Pergunta feita a Dilma e respondida com o cérebro - imagine as que ele decidir responder com a bunda.]
Tanto o “coitado” propriamente dito, o autêntico, o verdadeiro, aquele que não teve forças, capacidade, ou oportunidade válida de vencer na vida,quanto o falso coitado,ou seja,aquele que se faz de “coitadinho” para “passar bem”,para “lucrar”,entrando, “com-bola-e- tudo” no coração dos brasileiros, trata-se mais ou menos de um adepto  da chamada “lei do gerson”,o “tal”que sempre procede na expectativa última de levar alguma  vantagem em tudo que faz, podendo até ser um mal,porém  que tem  a aparência  superficial de ser  um bem,situação essa  muito bem esmiuçada por Emmanuel Kant,na “Crítica da Razão Prática”,onde o filósofo  pondera sobre a riqueza do idioma alemão,comparado com a “pobreza”das línguas derivadas do latim,a partir de “bonum e malum”,o que acarretaria muita confusão conceitual.    
 
توییتر \ ERICKTAZ در توییتر: "@LulaOficial Preso na “Ditadura” e preso na  Democracia. https://t.co/MagtDvVm00"
[Imagine se Bolsonaro precisa de facada ou qualquer outro truque  para vencer a coisa acima.]
 
 Kant observa com extrema eloquência que o idioma alemão possui uma bifurcação de sentidos ,tanto para “bonum”,quanto para “malum”,o que evitaria muita confusão. ”Bonum”e “malum”, bifurcam-se no alemão em dois conceitos inteiramente diversos:”bonum”, em ”gute” e “wohl”,e “malum” ,em “bose” e” ubel”(ou “weh”). Por conseguinte,”gute” e “bose” seriam proposições equivalentes ao “bem” e ao “mal” verdadeiros,julgados pela “razão”,ao passo que “wohl” e “ubel”,ao contrário,seriam meras relações,respectivamente, com o estado de “satisfação”,ou “desagrado” da pessoa ,sempre ligados à sensibilidade e aos sentimentos de prazer e de dor que produzem,podendo ser falsos. 
                     
Segundo Kant,o bem e o mal verdadeiros  seriam os únicos objetos da “razão prática”. O mal “ubel” poderia  significar o bem “gute”. Kant exemplifica;”quem suporta um procedimento cirúrgico,experimenta isso como mal “ubel”,mas ele próprio e todos serão unânimes em proclamar que  se trata de um bem “gute”,,,e se alguém se diverte molestando os outros e ao fim de certo tempo lhe é ministrada uma sova de pau,esse fato se constitui...para ele um mal “ubel”,mas todo mundo o aplaude considerando-o um bem “gute”...”.
 
Na sabedoria popular de todas as gerações,toda essa filosofia de Kant resume-se em “há males que vêm para o bem”,e o contrário,de que “há bens que trazem o mal”. Não há,portanto,como escapar da conclusão que dentro do raciocínio da “crítica da razão prática”,a facada dada pelo lunático Adélio Bispo em Bolsonaro se enquadraria com perfeição dentro da hipótese do “mal” que pagou altos “dividendos”,portanto, um “bem político” que,em troca do derramamento de algum sangue, valeu a eleição presidencial no país que detém  a sétima colocação no PIB mundial,talvez até alimentando um “ego” pelo poder.
 
Mas esse polêmico episódio da “facada”em Bolsonaro  saiu completamente do normal de uma “facada” em alguém. Uma facada “mata”, ou não mata, podendo normalmente gerar ferimentos ou lesões corporais que não passam de dias ou meses para curar. Mas a facada em Bolsonaro não matou nem curou nos prazos normais. Já dura mais de três anos. E inexplicavelmente aparecem “recaídas” da facada sempre que haja  algum dano na “imagem política”do Presidente, ou um mero “reforço” à campanha (“antecipada”?) pela reeleição.
 
Seria tudo isso investimento político numa  possível  índole “coitadista”do povo brasileiro,com vistas a uma pretendida “reeleição” em outubro de 2022? Em política deve-se pensar e decidir através do cérebro? Ou da “bunda”? Todavia,mesmo passando por cima de tudo o que aqui foi ponderado,evidentemente o povo brasileiro não terá outra alternativa em relação ao “beco-sem-saída” político em que está, para que evite  a reinstalação da  sua desgraça política,que não seja a de optar pela candidatura de Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno em que o  “outro” competidor venha a ser o ex-Presidente, ex-condenado,e ex-presidiário Lula da Silva.o maior de todos os corruptos que já passaram pela política brasileira,também conhecido como “encantador de burros”.
 
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo