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segunda-feira, 19 de junho de 2023

O maior inimigo da Pátria - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

Nenhuma ditadura consegue se impor sem a cumplicidade de parte relevante da elite. E tem sido exatamente assim no Brasil

 Ilustração: Shutterstock

“Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa”, alertou o filósofo Schopenhauer. Quando um marginal aparece como tal, temos ao menos a chance de reagir. Mas, quando vem disfarçado de amigo, de bom-moço, e consegue ser convidado para a sua casa antes de roubá-la, aí ele representa um perigo muito maior.

O PT, para a imensa maioria dos brasileiros decentes, é o marginal trombadinha, o bandido tosco que já chega gritando “perdeu, mané”. Já os “moderados” que “até criticam” o governo Lula, mas repetem que tudo está dentro da normalidade em nosso país, são os maiores inimigos da Pátria neste momento. Afinal, não há nada de normalidade no funcionamento de nossas instituições.

Nenhuma ditadura consegue se impor sem a cumplicidade de parte relevante da elite. E tem sido exatamente assim no Brasil. Por ojeriza, nojo ou revolta por motivos obscuros e nada nobres contra Bolsonaro, houve uma aliança nefasta para retirá-lo do poder e permitir que “o ladrão voltasse à cena do crime”. Para atingir esse objetivo, a imprensa se corrompeu, o TSE agiu como partido político e a censura voltou com força sem precedentes ao Brasil.

Há jornalistas censurados e intimidados, parlamentares presos, todo um aparato de perseguição para calar os “inconvenientes” que denunciam todo o esquema podre
A cada dia temos um novo capítulo de descalabros nesse abuso de poder. É puro arbítrio inconstitucional, mas o medo já se espalhou, e praticamente nenhum jurista tem coragem de peitar o STF em público. E assim a tirania vai avançando.
 
O mais recente alvo do ministro Alexandre foi Monark. Moraes ordenou novo bloqueio das contas de Monark nas redes sociais, sob multa de R$ 100 mil por dia se não acatar. 
O comentarista libertário desabafou constatando que já é ditadura quando não se pode sequer emitir uma opinião, a menos que seja aprovada pelo ditador, que só permite robozinhos.

Monark

Monark, ex-apresentador do Flow Podcast - Foto: Divulgação

Glenn Greenwald, jornalista norte-americano de esquerda, tem sido um crítico veemente do abuso de poder de Alexandre, mas somente após a vitória de Lula. Ele escreveu: “Que fundamento jurídico tem Moraes para continuar a mandar silenciar comentadores nas redes sociais? Essa lei deveria expirar no dia em que a eleição terminasse. Alguém se importa se ele tem uma base legal para isso, ou apenas reverenciamos nosso monarca benevolente?”.

Ora, não havia nenhum fundamento jurídico para tal censura durante as eleições também, mas ali o arbítrio não incomodou tanto o jornalista, pois ajudou seu candidato de esquerda. Glenn voltou a atacar a decisão de Moraes em seguida: “Segundo Cármen Lúcia, a Lei das Fake News que Moraes está usando para mandar censurar quem quer que seja expirou no dia seguinte às eleições de 2022. Mas, quando se venera líderes autoritários, ninguém se importa se eles têm base legal para suas ordens”.

Até mesmo Cármen Lúcia reconheceu que era censura, mas acabou aprovando uma censura temporária, mostrando que o cala-boca, na prática, não morreu coisa alguma. 
Eis o que claramente está em jogo aqui: o sistema se uniu ao petismo para eliminar Bolsonaro, e agora os rachas internos começam a ficar aparentes. A esquerda petista tem medo de que o poder concentrado em Moraes seja usado eventualmente para derrubar Lula também, para dar uma espécie de golpe dentro do golpe.
 
Eis a única explicação plausível para jornais tucanos que “fizeram o ‘L’” ou passaram a eleição inteira demonizando Bolsonaro mudarem de postura, finalmente apontando os abusos supremos que antes ignoravam ou até elogiavam
Eles sempre quiseram se livrar da direita bolsonarista, mas Lula não era sua escolha nem de perto. 
O petista foi o remédio amargo que tiveram de engolir após várias tentativas de parir uma “terceira via”. Essa “frente democrática” nunca passou de uma união instável e oportunista por esquerdistas e corruptos sem nenhum apreço pela democracia.
 
Volto ao começo: o grande perigo não é aquele que se apresenta mostrando suas garras, segurando a foice e o martelo, elogiando os modelos venezuelano, cubano e chinês. 
A ameaça petista assusta muita gente, com toda a razão. 
Ameaça até mais sombria é aquela que vem sob o manto de legitimidade, um Poder Judiciário que finge ser o guardião da Constituição, enquanto persegue conservadores pelo crime de opinião e protege traficantes.
 
Quando alguém como Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, vem falar para as câmeras com aquela pose de estadista, todo engomadinho, com tom de seriedade como se o Brasil fosse uma república de verdade, e os jornalistas e muitos empresários fingem acreditar que estão diante de algo muito respeitável, é aí que mora o maior perigo.  

Coluna Rodrigo Constantino - Revista Oeste

 


quinta-feira, 25 de junho de 2020

O investigado - Merval Pereira

O Globo

Problemas para Bolsonaro

A falta de noção do que seja público ou privado marca a gestão do presidente Bolsonaro e de muitos de seus assessores diretos, como aquele coronel que deu uma coletiva usando um broche na lapela com uma caveira cravada por um espada, símbolo do Comando das Forças Especiais do Exército. [só tem uma pergunta: e daí? o coronel usa o broche por várias razões, desde ter servido nas Forças Especiais, por admirá-las e outras razões.
Qual foi o crime do militar?
No Brasil, proíbem a suástica e liberam a foice e o martelo.] Ou de seu chefe, o ministro de facto da Saúde General Eduardo Pazuello que, ao identificar-se como militar da ativa, pontificou: “Cumpro ordens. Missão dada é missão cumprida”.

Foi assim que o uso da cloroquina foi estimulado no serviço público de saúde mesmo depois de não indicado por organizações médicas internacionais, ou o número de mortos pela pandemia foi manipulado.
A mais recente demonstração de que o presidente da República tem uma visão distorcida de sua autoridade está no anúncio de que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão da Justiça Federal de exigir que Bolsonaro use máscara em espaços públicos no Distrito Federal, obedecendo a uma lei local. A alegação é “preservar a independência e a harmonia entre os Poderes".

Coloca-se assim o presidente acima dos demais cidadãos que residem no Distrito Federal, como se tivesse prerrogativas além das que lhe concede a situação temporária de ser presidente da República. Às vezes, não tem nem mesmo os mesmos direitos, como no caso em que a Justiça o obrigou a revelar seus exames médicos, a bem da informação completa ao público. Como presidente da República, Bolsonaro não tem o direito de desrespeitar as leis, nem deveria ter sido poupado pelo governador Ibaneis Rocha da multa a que todos os que circulam sem máscara na cidade estão sujeitos. A decisão tem ainda uma exemplar demonstração do que deve ser uma República. Quem impetrou o pedido foi um advogado, [que, merecidamente, tudo indica, não recebeu os holofotes esperados - não mereceu nem que alguém, para passar o tempo, procurasse saber.] em uma ação civil pública, e o juiz Renato Borelli definiu como “desrespeitoso” o ato de andar em público na pandemia sem proteção "colocando em risco a saúde de outras pessoas", expondo-as "à propagação de enfermidade que tem causado comoção nacional".

Por falar em comoção nacional, no dia em que o país alcançou o triste recorde de mais de 50 mil mortes, deixando para trás o Reino Unido e tornando-se potencial candidato a superar os Estados Unidos no número de mortes, o presidente Bolsonaro foi ao Rio para participar do funeral de um paraquedista que morrera durante um treinamento. [homenagem aos mortos podem ser prestadas através de homenagem a apenas um deles - sabemos que os mortos pela covid-19 não podem ser velados, homenageados, devido o elevado risco de contágio.] Morte que provocou justa comoção na comunidade militar da qual Bolsonaro faz parte, como ex-paraquedista do 8 Grupo de Artilharia de Campanha. Nenhum gesto institucional, porém, foi feito pelo presidente diante do morticínio provocado pela Covid-19.

Essa permanente exigência de singularidade diante da lei fez com que ele se recusasse, em tese, a entregar seu celular se requisitado pelo Supremo nas investigações sobre interferência na Polícia Federal, para proteger sua família e amigos ( leia-se Flavio, o filho, Queiroz, o amigo) em que aparece como investigado, não testemunha. É também nesse inquérito que surge agora um novo empecilho. O ministro Celso de Mello, relator do inquérito do STF, está estudando se Bolsonaro pode responder às perguntas da Polícia Federal por escrito. Essa não deveria ser nem mesmo uma questão, pois o próprio ministro Celso de Mello já deixou claro que, no seu entendimento, essa prerrogativa se aplica somente quando essas autoridades (presidente, vice-presidente, deputados e senadores) estiverem na condição de vítimas ou testemunhas, o que não é o caso de Bolsonaro. [impõe-se esclarecer que ninguém pode se recusar a entregar o que não solicitado pela autoridade competente;
quanto a optar por prestar depoimento em local, dia e hora marcado e responder por escrito, é matéria pacificada pela clara disposição do artigo 221, caput e parágrafo primeiro, do Código de Processo Penal e sendo uma LEI, todos devem obedecer, no caso, tanto o Presidente da República Federativa do Brasil quanto o decano do STF.
O entendimento de um juiz, ainda que ministro do Supremo Tribunal Federal  - SUPREMO não é ABSOLUTO - quando o dispositivo alvo do entendimento deixa dúvidas. 
Confiram a redação e comprovem.] 

O presidente da República é formalmente investigado no inquérito. “Com efeito, aqueles que figuram como investigados (inquérito) ou como réus (processo penal), em procedimentos instaurados ou em curso perante o Supremo Tribunal Federal, como perante qualquer outro Juízo, não dispõem da prerrogativa instituída pelo art. 221 do CPP, eis que essa norma legal – insista-se – somente se aplica às autoridades que ostentem a condição formal de testemunha ou de vítima”.
[a diferenciação entre investigado e outras partes não existe no texto legal, e, sim, no entendimento do decano.
Moro é um ex-ministro, ex-juiz e, tudo indica, futuro candidato derrotado, etc,etc.]
Nessa condição, deveria depor na sede da Policia Federal, como fez o ex-ministro Sergio Moro, outro investigado no inquérito. Provavelmente, para não criar atritos entre o Judiciário e o Executivo, a decisão deve ser um depoimento pessoal no local e hora em que o presidente escolher. Um detalhe insignificante aparentemente, mas é assim que as determinações legais e as instituições vão se apequenando diante do autoritarismo do líder temporário do Executivo. Bolsonaro já disse:  Eu sou a Constituição”

Merval Pereira, jornalista - O Globo




domingo, 23 de fevereiro de 2020

Lembrai-vos de 1968, de 1937, e de 1984 - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

A turma em Brasília a fim de arrumar briga pode estar perdendo tempo

Um governo pode viver das intrigas que inventa, mas elas não o livram de encarar os problemas reais; Em 13 meses, Jair Bolsonaro conseguiu um prodígio de desarticulação política, implodiu seu partido, não criou outro e demitiu colaboradores imediatos 

A incontinência da retórica política dos Bolsonaro, do general da reserva Augusto Heleno e até mesmo do ministro Paulo Guedes indica que eles cultivam um conflito institucional. Pelos seus sonhos, com o Congresso, mas na falta dele qualquer coisa serve. Com 12 milhões de desempregados, “pibinho”, filas nas agências do INSS, motins de PMs e encrencas com milicianos, busca-se uma briga.

Há um ano tudo parecia fácil, de um lado estaria um presidente cacifado por 58 milhões de votos e do outro, um Congresso de crista baixa. Em 13 meses, Jair Bolsonaro conseguiu um prodígio de desarticulação política, implodiu seu partido, não criou outro e demitiu colaboradores imediatos, entre os quais seis generais da reserva. Trocou um ministro da Educação delirante por outro, desastroso. Defenestrou o presidente do BNDES, o secretário da Receita e dois presidentes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

No endinheirado FNDE ainda falta saber quem preparou um edital para a  compra de 1,3 milhão de computadores, notebooks e laptops ao custo de R$ 3 bilhões. A CGU apontou o vício do certame e ele foi revogado, mas jabuti não sobe em árvore. [jabuti não sobe em árvore, mas, o vício da licitação foi descoberto, gerando medidas corretivas, antes de causar qualquer danos ao Erário.
Tal situação pode ser corrigida e seus autores punidos com a defenestração dos culpados por ação ou omissão, o que ocorreu.] Como disse o presidente há poucos dias, “nossa luta contra a corrupção continuará sendo forte, fazendo o possível pelo Brasil melhor”. Faça-se. Um governo pode viver das brigas que inventa (basta olhar para Donald Trump), mas elas não o livram de encarar os problemas cotidianos da administração. Nesse departamento, Bolsonaro vai devagar, quase parando.

A turma que está em Brasília a fim de arrumar uma briga pode estar perdendo seu tempo. Dois governos armaram cenários que desembocavam em golpes e foram bem-sucedidos. O de Costa e Silva, em 1968, e o de Getulio Vargas, em 1937. Ambos tinham conjunturas internacionais radicalizadas. Vargas enfrentara uma insurreição militar em 1935. Costa e Silva estava diante de um surto terrorista e deixou-se boiar numa provocação palaciana que criou o conflito com o Congresso. A Bolsonaro e aos seus cavaleiros do Apocalipse ainda faltam todos esses ingredientes. As ruas estão em paz e, hoje, em festa. Quarta-feira abre-se a quitanda e continuarão lá os PMs dispostos a se amotinar, bem como os milicianos.

Os golpes bem-sucedidos são sempre lembrados, mas aprende-se também com aqueles que fracassam. Em 1984, quando Tancredo Neves estava virtualmente eleito (indiretamente) para a Presidência, armou-se no invencível Centro de Informações do Exército (CIE) uma provocação venenosa. Pediram-se soldados ao Comando Militar do Planalto para colar em paredes de Brasília cartazes vermelhos, com a foice e o martelo, a sigla PCB, uma figura de Tancredo e o slogan: “Chegaremos Lá”. Ia tudo muito bem até que a polícia prendeu os soldados, e o carro do CIE que lhes daria cobertura escafedeu-se. Exposta a provocação, fez-se silêncio, até que na reunião do Alto Comando do Exército o general que comandava a tropa do Rio perguntou o que tinha sido aquilo. “Gente do meu gabinete, não foi”, respondeu o ministro. O general Newton Cruz, comandante do Planalto, estava na reunião e viria a contar: “Senti um frio na espinha. O CIE era um anexo do gabinete dele. Se não tinham sido eles, tinha sido eu.”

Não tinha, mas acabou sendo. A tropa era dele, porém a operação era do CIE. Nas semanas seguintes fritaram Newton Cruz, negando-lhe a promoção, e ele passou para a reserva, transformado em bode expiatório de todas as bruxarias.  

Em 1961, Costa e Silva reprimiu motim de bombeiros e policiais em SP

O que havia sido uma passeata virou coluna em marcha, cantando o hino em direção à cadeia 
Em janeiro de 1961 a Assembleia Legislativa de São Paulo negou um aumento ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar (Força Pública, na época). Amotinados, eles hastearam uma bandeira preta no alto de uma escada Magirus do quartel da Praça Clóvis Beviláqua. Uma tropa mandada para controlá-los insubordinou-se.

No dia seguinte, amotinados seguiram em passeata e cercaram portões do Palácio dos Campos Elíseos, onde vivia o governador.  O comandante da 2ª Divisão de Infantaria chegou acompanhado de um major e, empunhando seu bastão de general, informou: “Isso é uma baderna. Será dissolvida a bala. Pensem nos seus filhos.” Logo depois veio sua tropa, com blindados.  O que havia sido uma passeata virou coluna em marcha, cantando o Hino Nacional em direção à cadeia. Foram indiciados 513 policiais.

O general chamava-se Arthur da Costa e Silva. Antes de chegar à Presidência da República, fizera fama como chefe militar, daqueles que comandam sua tropa.
(Em tempo: os amotinados ganharam uma anistia do Congresso, pedida pelo então deputado Ulysses Guimarães.)  Não existe parlamentarismo branco, nem verde e rosa. 

(....)

Na Folha de S. Paulo e O Globo, MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari, jornalista


quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Deputado quer criminalizar o comunismo e relativiza tortura em projeto de lei - O Globo

 Athos Moura


Julian Lemos
, bolsonarista de primeira hora e desafeto de Carlos Bolsonaro, apresentou um projeto à Câmara para alterar as leis antiterrorismo e de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

O objetivo: criminalizar o comunismo.

O deputado do PSL da Paraíba afirma na justificativa do projeto que “muitos que defendem as premissas comunistas são, de fato, pessoas bem-intencionadas, mas os que estão à frente desse levante, não”. E que “não cabe defesa à tortura, mas esta se ocorreu, não precedeu ao terrorismo. O contrário é verdadeiro”.
E conclui:
O Estado brasileiro teve de usar seus recursos para fazer frente a grupos que não admitiam a ordem vigente e, sob esse argumento, implantaram o terror no país.

[um dos maiores absurdos e mesmo injustiça é que apesar do nazismo ser acusado da morte de 6.000.000 de pessoas, tal número é várias vezes inferior ao número de mortes provocadas pelo comunismo - mais de 100.000.000 de pessoas, morticínio do qual as caveiras do regime de Pol Pot(mais de um milhão de mortos, são uma pequena mostra) - a foice e o martelo,  símbolos comunistas podem ser objetos de apologia e da mesma forma que a doutrina, divulgados livremente, enquanto símbolos nazistas são proibidos no Brasil.]

Lauro Jardim - O Globo


sábado, 27 de janeiro de 2018

As bravatas dos revolucionários de galinheiro - Gleisi, Dirceu e Lindbergh, três revolucionários de galinheiro

O exército do Stédile, celebrado por Lula em fevereiro de 2015, continua aquartelado nas barracas de lona preta do MST

Em fevereiro de 2015, quando os inimigos a abater eram os golpistas que tramavam o impeachment de Dilma Rousseff, Lula animou a companheirada com a revelação de que as barracas de lona preta do MST abrigavam guerreiros adestrados pelo comandante João Pedro Stedile, todos prontos para o início do combate. “Quero paz e democracia, mas eles não querem”, berrou o palanque ambulante. “E nós sabemos brigar também, sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele na rua”. Passados três anos, as ruas do Brasil não viram em ação um único e escasso soldado desse colosso beligerante.

De lá para cá, Lula entrou na mira da Lava Jato, foi levado coercitivamente para depor no Aeroporto de Congonhas, tornou-se réu em meia dúzia de processos, engoliu dois interrogatórios conduzidos pelo juiz Sérgio Moro e tomou no lombo em primeira instância 9,5 anos de cadeia. Nesta quarta-feira, incumbido de examinar o caso em segunda instância, o Tribunal Regional Federal baseado em Porto Alegre aumentou a pena para 12 anos e 1 mês. Nem assim o exército do Stédile deu as caras em alguma frente de batalha. Continua aquartelado na cabeça baldia de Lula e no cérebro em pane do camponês que só viu foice e martelo na bandeira da União Soviética.

“Não nos renderemos!”, fantasiou Stédile logo depois de encerrado o julgamento. Só há rendição se houver troca de chumbo, e o comandante do MST nunca foi além de disparos retóricos. Se tivesse bala na agulha, o gaúcho falastrão mobilizaria algum destacamento para impedir, na quinta-feira, que a Justiça Federal confiscasse o passaporte de Lula, de malas prontas para voar rumo à Etiópia disfarçado de perseguido político. Nada aconteceu. E nada vai acontecer quando for decretada a prisão do ex-presidente condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Gleisi Hoffmann avisou que para punir o chefão seria preciso prender e matar muita gente. Ninguém morreu, ninguém foi preso. José Dirceu gravou um vídeo para informar que estaria em Porto Alegre decidido a liderar os pelotões do PT. Retido em Brasília pela tornozeleira eletrônica, acompanhou pela televisão o nocaute do chefe.  Lindbergh Faria comunicou à nação que a confirmação da sentença de Moro seria a senha para o início da luta nas ruas do país. Quem procurou soldados de uniforme vermelho viu apenas os veículos de sempre.

Como as divisões de Gleisi, Dirceu e Lindbergh, três revolucionários de galinheiro, também o exército do Stédile só consegue matar de rir.

Augusto Nunes - Veja

 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Comandante do EXÉRCITO se posiciona contra MEMORIAL a JANGO e obra não sai do papel

Políticos e articulistas esquerdistas esperneiam muito e dizem que é a “segunda cassação de Jango”
Rodrigo Rollemberg, na quarta-feira, 19, declarou nula a cessão de um terreno no Eixo Monumental para a construção do Memorial da “Liberdade e Democracia”, que seria dedicado ao presidente João Goulart.

O projeto foi desenhado pelo socialista Oscar Niemeyer e parecia caminhar a todo vapor, até trombar numa muralha, formada pelos ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda e pelo empreiteiro Paulo Octávio Pereira. Mesmo com um abaixo-assinado de 45 senadores que corre pelo Senado Federal contra a ‘segunda cassação’ de João Goulart a obra parou por conta de posicionamento de militares do Exército Brasileiro.

O governador de Brasília não ousa enfrentar as pressões de militares, cujos nomes ele não tem coragem de revelar. Dias atrás, a senadora Vanessa Graziottin, do Partido Comunista, teve a prova disso pela boca do próprio general Eduardo Dias da Costa Villas Boas, comandante do Exército.
O comandante disse, sobre a obra: 
“Este memorial não pode ser construído ao lado do Quartel-General. Isso é uma afronta ao Exército!”

A senadora Vanessa Graziottin havia ido ao local e lá encontrou o general, no Eixo Monumental, num espaço entre a Praça do Cruzeiro e o Memorial JK. A senadora acha um exagero a “proibição” e reclama, pois o terreno fica a um quilômetro de distância, em linha reta, do QG do Exército [Forte Apache] onde trabalha o comandante Villas Boas e sua tropa.

Ha alguns anos, pouco antes de deixar o Ministério da Defesa, o então ministro Amorim explicou ao decepcionado filho do falecido Jango, João Vicente Goulart, a razão da intriga militar contra a construção do memorial:
— Esta seta já provocou alguns problemas. Ela está apontada para o QG e seria melhor colocar do outro lado da avenida — apontou o ministro Amorim.

O monumento contém em seu projeto uma cunha vermelha, com a ostensiva inscrição do ano de 1964, exactamente na cúpula branca da construção ondulada, que possuirá cerca de 1.200 metros quadrados. Para o Exército, a seta com a inscrição 1964, ideia de Oscar Niemeyer, seria uma clara alusão à foice e ao martelo. E, pior do que isso, o terreno foi cedido em 1988 aos pracinhas, para a construção do “Memorial dos Heróis da Pátria”. Mas, o projeto não foi concretizado, obviamente pelo facto do país não valorizar como deveria seus heróis. [o Brasil, especialmente sob o governo atual só valoriza traidores, tais como: o porco do Lamarca, a hiena do Marighella e outros lixo do mesmo esgoto.]

Em março desse ano o grupo Pioneiros de Brasília ameaçou se manifestar no local e até derrubar os tapumes. O presidente da entidade, Rossevelt Dias Beltrão garantiu que seu grupo ia se opor. Se o Lula quer chamar o exército do MST para ir contra aqueles que não gostam do seu partido, chamaremos o próprio exército para ir contra essa afronta aos pracinhas“, disse. “Não vamos deixar construir”, sentenciou. 
 
Essa semana sites ligados a esquerda, já começaram sua campanha para que a discussão cresça. Contudo, cremos que a cúpula esquerdista por esses dias está mais preocupada em não desabar de vez, por isso esse assunto deve colocado em segundo plano. 

Sociedade Militar

Transcrito do site: Sociedade Militar 

 

domingo, 12 de julho de 2015

Evo Morales, em falta de inteligência (não uso burrice para não ofender aos nobres muares) , só encontra adversários a altura quando comparado com Lula e Dilma

O golpe baixo de Evo e a sabedoria de Francisco

Bons estadistas sabem que, ao recepcionar papas, a discrição é antes de tudo sabedoria política e protocolo diplomático. O presidente da Bolívia, Evo Morales, desconhece isso. Na visita do papa Francisco ao país, na semana passada, Morales presenteou Francisco com crucifixo formado de foice e martelo, símbolo do comunismo – regime totalitário que perseguiu os católicos em todo o mundo enquanto se manteve em pé.  

O Evo Morales da quinta-feira 9, na verdade, é o mesmo que na passado abriu uma crise com o Vaticano quando proibiu o catolicismo. 

Francisco acolheu o crucifixo com a tranquilidade e de quem sabe o que quer – e de fato o que ele queria fazer, e fez, era falar à população indígena e aos movimentos sociais sobre a importância de um sistema capitalista que seja capaz de promover justiça social. “Que se chegue ao dia no qual não existam famílias sem casas nem nações sem liberdade”, declarou ele. 

O recado a Morales foi dado.   

Fonte: IstoÉ 

 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

A foice, o martelo, Cristo e o Papa



O Presidente da Bolívia Evo Morales presenteou o Papa Francisco com um Cristo pregado na parte superior de um martelo cruzado em uma foice.
 
Todo mundo sabe que a foice e o martelo cruzados são o símbolo do comunismo. Igualmente, todo mundo sabe que o comunismo prega o ateísmo. Aliás, Karl Marx escreveu em obra publicada em 1844 que a religião é o ópio do povo. Tal frase não é de autoria do escritor de “O Capital”; ele apenas a transcreveu. Interessante coincidência tendo em vista que na Bolívia mascar folhas de coca faz parte da tradição local. E todo mundo sabe que o Papa Francisco é o Chefe da Igreja Católica.
A Cruz é formada pelo martelo e pela a foice! Vejam  a
expressão do Papa Francisco!...

Então, por que um presente tão, digamos, bizarro? Devemos ir além do óbvio, que é produzir choque e aparecer na mídia internacional. E como houve choque. Na internet nas últimas horas o assunto dominou as discussões nas redes sociais. Muitos estavam indignados com o evidente desrespeito de se colocar Cristo crucificado em um símbolo reconhecidamente ateu. Outros manifestavam indignação porque o Papa Francisco aceitou tal presente. Acusam o Papa de ser comunista. Será? Qual seria a alternativa dele, que prega a tolerância e a união entre os homens? [a tolerância exercida de forma desregrada, excessiva – acreditamos ser o caso presente – costuma fomentar as mal afamadas ‘casas de tolerância’. A tolerância com o desrespeito a um dos mais sagrados símbolos do catolicismo não pode ser exercida, sequer tolerada.]

Devolver o presente e ser tachado de sectarista? Francisco estava na casa de Evo Morales. Era este que deveria ter o bom senso de não colocar o ilustre visitante em uma saia justa. E mais: é bom não esquecer que o Papa não fora avisado sobre o bizarro presente. Seu rosto franzido no primeiro momento demonstra tudo que lhe passou pela cabeça: espanto, indignação, surpresa, e talvez até mesmo um pensamento: “Jesus, o que é isso?”. [o fato de ser o anfitrião não concede o direito de ofender a ninguém; aliás, o anfitrião tem que ser o que mais respeite o convidado.
E sendo a ofensa grave – a sofrida pelo papa Francisco foi gravíssima – o convidado tem o direito de retrucar.
Com o devido respeito a Sua Santidade, o Papa Francisco, achamos que ele deveria ter, no mínimo, recusado o espantalho que lhe foi ofertado a título de presente.]

Ante a surpresa do Papa, Morales disse que tal peça teria sido supostamente confeccionada pelo sacerdote espanhol Luis Espinal, assassinado por paramilitares bolivianos em 1980. Observaram a palavra usada por Morales: “supostamente”. Ou seja, nem ele tinha certeza da origem da peça (*). Pouco tempo antes, o Papa havia afirmado que Espinal havia sido morto porque pregava o evangelho e o evangelho incomodava.

Voltemos agora à pergunta do início do segundo parágrafo. Qual seria a mensagem que Morales quis transmitir? Ao atribuir a produção do bizarro presente a um padre católico quis afirmar que existem padres comunistas? É provável. Aliás, isso não é novidade. Por absurdo que possa parecer, clérigos ignoram a máxima de Marx e em evidente contradição apoiam a doutrina comunista fechando os olhos para os crimes cometidos sob sua égide.
E para aqueles que vão argumentar que a doutrina de Marx nada tem a ver com o sistema político implantado após a Revolução Russa de 1917 e que se espalhou pelo mundo, aqui vai uma informação, se é que a desconhecem: o ateísmo era política de estado dentro da URSS. E em outros países comunistas. Religiões e religiosos eram perseguidos e sendo estes muitas vezes torturados e assassinados. Aos milhares.

Há também um evidente simbolismo em ver Cristo pregado no ícone máximo do comunismo. Como se Morales quisesse afirmar a supremacia desta ideologia sobre o cristianismo. Ou, pior ainda, quisesse dar a entender que o ateísmo comunista derrotou a fé dos cristãos, pois, Cristo está novamente padecendo os horrores da cruz romana dessa vez no martelo ateu.

Mas, talvez a mensagem mais importante que o presidente boliviano tenha passado – e talvez inconscientemente – é que, ao contrário do que muitos pensam ou afirmam maliciosamente, o comunismo não morreu. Ao presentear o Papa Francisco, chefe espiritual de milhões de católicos, com um símbolo comunista a mensagem mais forte é justamente essa: a ideologia comunista está viva e prosperando em algumas partes do mundo. Na Bolívia, prospera à custa do Brasil, que financia seu governo com o BNDES. Também prospera pela exportação da coca, que serve para a produção de cocaína e outras substâncias entorpecentes; uma das maiores pragas das últimas décadas. Prospera pela enganação do povo, que acredita na conversa fiada populista de seus líderes. Prospera pelo controle da mídia e da informação, pois, sem informação não há padrão de comparação e o povo aceita o que lhe é imposto.

No Brasil dos dias atuais muitos duvidam que o comunismo ainda exista. Vários noticiários da televisão brasileira sequer comentaram o bizarro presente; outros se limitaram a noticiar brevemente o fato. Convenhamos, a mídia televisiva brasileira se compraz, com raríssimas e honrosas exceções, em aceitar as mentiras que são repetidas à exaustão pelos políticos que hoje ocupam o Planalto e adjacências. Os comunistas gostam de chamar a si mesmos de socialistas. No Brasil, não pega bem entre grande parte da população se reconhecer como comunista. Não é a toa que a presidente não perde a oportunidade de mentir e afirmar que “lutou pela liberdade”. Que nada! Lutou mesmo para implantar uma ditadura comunista no Brasil. Mas é saudável que Evo Morales tenha colocado as cartas na mesa e tenha escancarado a posição política de seu governo que é apoiado indiscriminadamente pelo governo petista que ainda reina no Brasil. Serve de lição e alerta para todos nós: os comunistas estão aí, e estão a espreita. 

Continuam zombando de todos nós. Zombam de nossa fé. Duvidam de nossa vontade e de nosso caráter. Debocham de nossos ideais, menosprezando nossas posições políticas. Não acreditam que nós, brasileiros patriotas, sejamos capazes de nos organizar, enfrentá-los e derrotá-los, com as armas da democracia. Ou, caso eles venham a endurecer e desrespeitar as regras democráticas, sejamos capazes de derrotá-los pela força.
Nos dias que estão por vir, combateremos o bom combate! E ao final, serão eles, os inimigos do Brasil, que farão cara de espanto!

Fonte: Robson Merola de Campos