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quinta-feira, 4 de junho de 2020

O “antifascismo” no Brasil é 100% fascista: violento, intolerante, antidemocrático - J.R. Guzzo

Gazeta do Povo

A esquerda, ou gente que se apresenta como de esquerda sob a marca genérica de movimentos “antifascistas”, voltou às ruas neste fim de semana, após ficar um longo tempo desaparecida do mapa. Nestes últimos cinco anos o Brasil se acostumou a ver nas ruas um outro tipo de manifestação, envolvendo, em certos momentos, multidões com centenas de milhares de pessoas, principalmente em São Paulo – algo não disponível para as possibilidades dos grupos esquerdistas.

Pedia-se, num resumo, o fim da corrupção, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e um país sem Lula, PT e tudo o que vem com esse bonde. Em nenhuma delas, durante todos esses anos, houve o menor incidente: nem um vidro quebrado, nem uma prisão, nem uma briga. A polícia jamais teve o mínimo trabalho, a não ser organizar o trânsito. Foi só a “esquerda” voltar, desta vez junto à “torcidas organizadas” de futebol, e pronto: repetiu-se o espetáculo deprimente de sempre.

Leia  Também: Prefeitos têm poderes de presidente, e Brasil caminha para a anarquia 

O “antifascismo” no Brasil é 100% fascista: violento, intolerante, antidemocrático. Não consegue ir para uma manifestação pública sem depredar bancas de jornal, quebrar vitrines, destruir propriedade pública e jogar pedras na polícia. Não é que não conseguem; é que não querem. Na verdade, só vão à rua para isso mesmo: provocar baderna e obrigar a polícia a agir para manter a ordem e evitar danos maiores. Depois ficam chorando na mídia e nos movimentos de “direitos humanos” contra a “violência policial”. Sempre apostaram na desordem, porque a ordem os prejudica. Sempre vão apostar contra a democracia, porque não aceitam a ideia de liberdade e da coexistência de opiniões contrárias entre si.

A volta à rua desses “black blocs” vem num momento ruim. O Brasil, cada vez mais, tem presenciado a ação de grupos extremistas, que pregam a exterminação mútua; naturalmente, uns acusam os outros de agir “contra a democracia”. Ambas as pontas são o positivo e o negativo da mesma fotografia. Na extrema direita se fala numa não definida “revolução do povo brasileiro”; na extrema esquerda se prega a salvação “da democracia” através do rompimento com a Constituição.

Não existe vitória nesse tipo de guerra. Só há perdedores – e você está entre eles, se quer apenas trabalhar, exercer os seus direitos e esperar que as leis sejam obedecidas.

J.R. Guzzo, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo



segunda-feira, 11 de maio de 2020

Bolsonaro perde bonde do corona - Fernando Gabeira

O Globo 

Ele apenas falou contra o isolamento. Foi incapaz de apresentar um plano, mesmo um pobre esboço, como Trump

Bolsonaro se limita a atacar o isolamento, em vez de agir [o presidente deixa claro, até com exagero, o que não tem seu apoio - o que inclui o isolamento social; mas, é forçoso reconhecer que não adota nenhuma medida contrária ao isolamento, ou que atrapalhe a execução de tal medida nos estados e municípios que as executa.

Ter opinião contrária, mas não atrapalhar a execução do que não aprova,  não é crime. Crime é usar a pandemia para atrapalhar o governo do presidente Bolsonaro.] 

Perdeu o primeiro, quando se isolou, negando a importância da pandemia, criticando o trabalho de governadores e prefeitos. Uma nova oportunidade de liderança e alinhamento se abriria para ele, no processo de volta às atividades. Compete ao presidente unir governadores e prefeitos em torno de um detalhado plano de retomada. Dois dias antes de Bolsonaro ir ao Congresso, Angela Merkel reuniu as lideranças regionais para definir e modular um plano de volta. Esses planos são complexos. Não adianta pedir ao Tofolli, porque ele não tem. Implicam a definição dos dados necessários, como número de casos, disponibilidade de hospitais, capacidade de testar.

Implicam também um redesenho das escolas, das fábricas, dos escritórios. Na Alemanha, técnicos foram às escolas para redefinir o espaço, inclusive determinar o novo lugar dos professores na sala.
Em alguns países, houve escalonamento de turmas escolares; em algumas regiões, normas para restaurantes ao ar livre. Normas para o funcionamento de teatros e casas de espetáculo também estão sendo trabalhadas nos detalhes. Os intervalos, por exemplo, serão suprimidos para evitar aglomeração. O próprio futebol na Alemanha volta no dia 16, mas com portões fechados, sem plateia. Bolsonaro até o momento apenas falou contra o isolamento. Foi incapaz de apresentar um plano, mesmo um pobre esboço, como Trump.

Essa pressa acaba se estendendo a outros setores. O governador de Brasília queria que a final do campeonato carioca fosse jogada no Estádio Mané Garrincha mesmo com um hospital de campanha instalado ali. Não sei a que atribuir esta loucura. Nós temos uma singularidade cultural, que é a improvisação. É inegável que ela tem qualidades, no compositor que escreve seus versos num botequim, nos profissionais que driblam a falta de recursos para alcançar um certo resultado. Na formulação de uma política nacional e solidária contra o coronavírus, é preciso liderança e capacidade de planejamento. Bolsonaro trabalha por espasmos, acorda pensando na briga nossa de cada dia, a quem vai combater e orientar sua galera a chamar de lixo.
O ministro da Saúde tem dito que o Brasil é um país diverso. Todos concordam. Mas é precisamente por ser diverso que necessita de um plano com modulações.

Basta olhar no mapa para ver quantas cidades brasileiras não tiveram casos de contaminação. Até elas precisam ser orientadas a rastrear com rigor caso apareça alguém contaminado por lá. Na verdade, é um projeto que se enquadra nessa expressão muito usada de nova normalidade. Os Estados Unidos viveram algo parecido de longe com isso, depois do atentado de 11 de setembro. As circunstâncias agora são diferentes. O redesenho da sociedade não se faz diante de inimigos humanos, mas ameaças biológicas que podem nos dizimar. A etapa final do planejamento seria concluída com a existência de uma vacina, acessível a toda a população.

Mas, no entanto, a existência de uma pandemia como essa abriu os olhos de muita gente para a possibilidade de outras. Algumas delas podem ser favorecidas pelo desmatamento. Tive a oportunidade de sentir isso quando cobri a volta da febre amarela. Aparentemente, a destruição de algumas áreas de mata acabou expondo os trabalhadores agrícolas e algumas populações rurais.Estamos trabalhando com algo muito sério para o futuro das crianças. Se não houver uma transformação cultural que nos faça pensar coletivamente e nos convença da necessidade de planos cientificamente adequados, vamos ser uma presa fácil. Nos anos de política, lamentava que o Brasil era um país onde o principio de prevenção não pegou. Não esperava um governo que, além de imprevidente, desprezasse a ciência. Tudo do que o coronavírus gosta.

Transcrito de O Globo - Fernando Gabeira, jornalista

domingo, 25 de agosto de 2019

Outros enganos sobre a Amazônia - Veja

Blog do Augusto Nunes

A historinha ensina a passar qualquer notícia recebida por três peneiras: a da verdade, a da bondade e a da utilidade




O Amazonas, o rio, e a Amazônia, a região, têm sido assim chamados pela presença de mulheres guerreiras vistas a cavalo, que queimavam ou cortavam o seio direito com o fim de melhor manejar o arco e a flecha. Esta versão lendária, vinda do Grego, passou pelo Latim e chegou a várias línguas, incluindo o Português, mas sua penúltima escala foi o Espanhol. O militar e explorador Francisco de Orellana, o descobridor do maior rio do mundo, disse ter enfrentado na expedição tribos guerreiras femininas semelhantes às lendárias mulheres da Capadócia, na atual Turquia.
Foi uma das primeiras fake news da América, pois que baseada em outra, ainda mais antiga, o que lhe aumenta a aura de suposta verdade, vindo a tornar-se, pois, histórica. As inexistentes mulheres guerreiras sem o seio direito tiveram origem na semelhança entre  a palavra iraniana ha-mazan, cavaleiros, e a palavra grega amázon, sem o seio, modificação de mázos, seio, antecedido do “a”, indicando negação.

Talvez tenha contribuído para o engano de Orellana – ele não fez a confusão de propósito – ter enfrentado guerreiros índios nus e de cabelos longos, e confundido seus mamilos escuros com seios queimados das mulheres lendárias das quais ouvira falar nas cortes ou nas viagens. Ele teve cargos importantes, foi vice-governador de Guayaquil, no Equador, devia pegar de ouvido muitas histórias e lendas e não teve tempo de ruminá-las direito, pois morreu aos 35 anos. 

Em resumo, se não existia pecado do lado de baixo do Equador, por que mentir seria um deles? Orellana não mentiu, assim como não mente quem repete esta e outras lendas sobre a Amazônia, dando-lhes foros de verdade, agora não mais histórica, mas estatística. Para mentir e enganar bobos, a ferramenta mais usada até então eram números e porcentagens. Agora são fotos falsas.  O contexto das novas lendas sobre a Amazônia tem, porém,  um outro viés. A maioria dos brasileiros lia e escrevia pouco, mas ouvia e falava muito. Esta situação mudou com a chegada das redes sociais. De repente, o brasileiro passou a escrever o que antes falava, usando para expressar-se um misto de fala e de escrita, que na verdade é uma terceira língua: não é a língua comum falada nestas terras, mas também não é a norma culta da modalidade escrita até então lida em jornais e revistas, utilizada por quem escrevia nestes veículos e a aprendera nos bancos escolares lendo sobretudo os clássicos do idioma.  

Esses poucos ainda escrevem, mas já são minoria nas redações, inesperadamente tomada por profissionais quase ágrafos, entretanto portadores de diploma de curso superior. O que predomina, então, nas postagens parece ter vindo dos meios de comunicação social, sobretudo da televisão. e a modalidade da língua interessasse apenas pela forma, os problemas seriam diminutos. Um erro de ortografia ali, outro acolá, uma regência indevida mais adiante, nada disso impediria o entendimento, mas o que ocorre é outra coisa. Não se diz mais coisa com coisa, deu a louca no português do Brasil. O caos é rapidamente instalado pelo desconhecimento dos assuntos e dos modos corretos de sobre eles dissertar por escrito.

Mas o que mudou na fala e na escrita do brasileiro com acesso às redes sociais? Até recentemente o assunto predominante era o futebol. De repente a política tornou-se um grande tema nas redes sociais, talvez o principal, e definiu as últimas eleições presidenciais em favor de quem soube usá-las melhor.  Diante da verborragia, mais impressionante ainda nos incautos, sobretudo quando ilustrada por conceitos e números malucos, não é de bom tom mandar calar a boca, como o rei da Espanha fez com Hugo Chávez há cerca de doze anos, tornando instantaneamente famosa mundo afora a frase  Por que no te callas?”.
Por ter sido proferida originalmente em espanhol, língua mais franca do que o português,  virou bordão no mundo lusófono e alistou ao lado de Chávez uma legião brasileira para apoiá-lo. Afinal, quem o rei pensava que era para ofender assim outro estadista?

Mas, se não se deve mandar ninguém calar a boca, não se deve também acreditar em tudo o que os outros dizem. É preciso usar as três peneiras, um conselho atribuído ora ao chinês Confúcio, que viveu entre os Séculos VI e V a.C., ora ao grego Sócrates, no Século IV a.C. A historinha ensina a passar qualquer notícia recebida por três peneiras: a da verdade, a da bondade e a da utilidade. E só divulgá-la depois disso. É verdade o que informaram? A divulgação foi feita por com boas intenções? É útil divulgar o que se soube?

Também os antigos romanos se preocuparam com o que era tornado público e resumiram suas inquietações em dois provérbios invocados com frequência no mundo jurídico: cui prodest? (a quem interessa?) e cui bono? (para quem é bom?).

Não apenas as redes sociais estão sem editor. Também o Brasil e o mundo. Ora, se ler é escolher, publicar é a primeira escolha sobre o que os outros vão ler. Como disseram nossos avós, ouvido não é penico. Os olhos também não devem ser.

Transcrito do Blog do Augusto Nunes - Veja  
 
Deonísio da Silva
Diretor do Instituto da Palavra & Professor
Titular Visitante da Universidade Estácio de Sá

sábado, 8 de junho de 2019

Craque Neto questiona lesão de Neymar e dispara: ''Repense o que quer da vida''

Em desabafo, comentarista desconfiou da lesão e pediu que Neymar exiba exames

O comentarista utilizou seu espaço no programa Os Donos da Bola, na Band, para expor o que pensa da lesão sofrida pelo jogador durante o amistoso contra o Qatar, que o retirou da seleção para a Copa América. Para Neto, a lesão não foi grave o suficiente para justificar a exclusão.


"Eu já torci o tornozelo. Parei de jogar bola por causa de tornozelo. Aquela torção, para ficar fora da Copa América? Me desculpa, mas eu não sei", comentou o craque. "Queria ver a ressonância", finalizou sobre o assunto.

Além da questão da lesão, Neto questionou o acesso que Neymar, o pai, tem no futebol. "Por que o pai do Neymar pode ficar dentro do vestiário e o do David Neres não? Por que os outros pais não podem?". Para finalizar, ele deu um conselho sobre o que o jogador deveria fazer: "Pegar um mês de retiro seu, fique sozinho, sem Instagram, sem ninguém, e repensa o que quer da vida. Você já conquistou tudo que um atleta precisava, mas você está acabando com a sua carreira. Você é um gênio da bola."

Craque Neto - UOL 

 

quinta-feira, 6 de junho de 2019

FLAMENGO - Entrevistão! Wallim abre os cofres do Flamengo e aponta caminho sem volta:"Dinheiro não vai faltar"

[FORA DO TEMA - a matéria é excelente apesar de no segundo parágrafo conter algo que não interessa ao Flamengo: um interesse de trazer o cai cai para o Mengão;

ao Flamengo não interessa um jogador que faz tudo - de cair a toa, passando por acusações de estupro, agressão a torcedores, etc...,]

Entrevistão! Wallim abre os cofres do Flamengo e aponta caminho sem volta:"Dinheiro não vai faltar"

Vice de finanças garante que clube não gastou acima do orçamento com reforços, detalha planos financeiros e sonha alto para o futuro: "Um dia vamos chegar ao patamar de trazer o Neymar"

Por Marcelo Baltar e Thiago Lima — Rio de Janeiro
 
Transcrito do Blog do Murilo 


Primeiro nome lançado pela "Chapa Azul" em 2012
(quando teve a candidatura impugnada); vice de futebol entre 2013 e 2014, vice de patrimônio e candidato da oposição em 2015, Wallim Vasconcellos esteve em evidência na política do Flamengo nos últimos anos. De volta ao poder nesta temporada, como um dos pares do presidente Rodolfo Landim, o ex-economista do BNDES hoje está afastado dos holofotes. Tem voz ativa, participa de decisões importantes, mas não está na linha de frente no futebol.

Atualmente, no dia a dia, cuida do dinheiro do clube. Ao contrário do mar agitado e turbulento que enfrentou na pasta do futebol em sua primeira passagem, na vice-presidência de finanças encontrou céu de brigadeiro, com cofres cheios para investir. E assim fez. O Flamengo saiu às compras em janeiro, agitou o mercado nacional e mostrou força. Foram mais de R$ 100 milhões gastos em aquisições de jogadores nos primeiros meses.

As contratações de nomes caros e badalados inflamaram os rubro-negros, mas levantaram questionamentos sobre as finanças do clube. Wallim, no entanto, garante que não houve gasto acima do previsto e que a saúde financeira vai de vento em popa. Além disso, disse que o Flamengo não vai parar por aí. Cada vez haverá mais recursos, o que faz o dirigente até mesmo sonhar com Neymar em um futuro próximo.

Durante quase uma hora e meia de bate-papo com o GloboEsporte.com na última quarta-feira, em seu gabinete na Gávea, o dirigente falou sobre a saúde financeira do Flamengo, mostrou a redução da dívida total rubro-negra, garantiu recursos à disposição do futebol para o segundo semestre, comentou os planos para o Maracanã, justificou o aumento nos preços do sócio-torcedor e assegurou que hoje o clube não precisa vender atletas para fechar o balanço no azul..


Confira a entrevista na íntegra:
GloboEsporte.com: O Flamengo vem há alguns anos arrumando a casa na parte financeira, mas à cada contratação de impacto surge a pergunta dos torcedores rivais: de onde o clube tira tanto dinheiro?

Wallim: – Isso é um processo que vem desde 2013, quando tivemos que resgatar a credibilidade perante a fornecedores, jogadores... Com credibilidade, você começa ter o interesse de patrocinadores, a torcida passou a acreditar. Tudo o que foi prometido foi cumprido. Nosso objetivo sempre foi o Flamengo liderar todos os processos, financeiro e no futebol. Eu vou ganhando, melhorando, todos querem se associar à marca do Flamengo. É um círculo virtuoso.

– Claro que foi um grande trabalho de quem renegociou toda dívida, trouxe patrocinadores, aumentou a receita, e trouxe nosso torcedor, que é o nosso maior ativo. Isso propiciou que o Flamengo crescesse, revelasse novos talentos, outros estão sendo revelados. Infelizmente hoje ainda temos essa dificuldade no Brasil de competir com a Europa, o mundo árabe, o mercado asiático. Mas a venda desses talentos contribuiu para a saúde financeira do Flamengo, que hoje é muito boa. Na área financeira, tivemos o Rodrigo Tostes, depois o Cláudio Pracownik, e agora eu estou aqui. Mas óbvio que todos no clube contribuíram.

Quando o clube começou a se reestruturar?

– Em 2013 tomamos a decisão. Não vamos gastar mais do que ganhamos e vamos pagar tudo. Seja o que Deus quiser. Corremos o risco de ter problemas no campeonato, rondamos a zona de rebaixamento, que tentamos evitar ao máximo e conseguimos. Esse foi o ponto positivo. Montamos um time que deu conta do recado naquela época, foi campeão da Copa do Brasil, do Carioca, trouxemos um pouquinho de alegria para a torcida. Foram altos e baixos e não tinha como ser diferente. Trouxemos jogadores que podíamos pagar naquela época, mas obviamente não era o que gostaríamos de ter.

– A torcida teve a maior paciência do mundo. Entendeu que era aquilo ou o caos total. Nos apoiou, melhoramos a situação, mas ainda não estamos onde queremos. Sempre podemos melhorar e temos que ganhar um título importante.

(...)

-  Podemos até levar para o Conselho de Administração, alegar que precisamos de mais recursos e readequar o orçamento. Gastamos no início do ano porque achamos que tínhamos que começar a temporada com um time base, pelo menos. Se montarmos em julho, como foi nos últimos anos, até o jogador começar a jogar já era. Pode até ganhar uma Copa do Brasil, mas não o Brasileiro. Gastamos no início do ano e agora vamos fazer ajustes para essa reta final. Não basta ter um time, tem que ter um elenco.


Há recursos para novas aquisições de direitos federativos neste ano?

– Recursos há. Mas terei que mudar o orçamento, se for o caso. Teríamos que levar ao conselho e mostrar de onde vem o dinheiro. Se for só luvas e salários, tem que saber se cabe dentro das despesas. Se não couber, será necessário fazer uma readequação orçamentária, levar e aprovar no Conselho de Administração e, aí sim, fazer essa despesa.  Então é possível uma readequação orçamentária para novas aquisições ainda em 2019?

– Com certeza. Aqui, nesse assunto de futebol e outras coisas importantes, não tem situação e oposição no Conselho de Administração. Eu, várias vezes, votei a favor nos últimos três anos para conseguir dinheiro para contratar e reforçar o time. O que importante é gastar bem, acertar nos jogadores. Você nunca consegue ter essa certeza. Só se você trouxer Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo. Aí terá 99% de chance de acertar.
(...)

Quanto é a dívida do Flamengo hoje?

(...)
– A dívida grande é o Profut, que está em R$ 310 milhões. O Flamengo paga religiosamente em dia um milhão e pouco por mês, dá uns R$ 15 milhões por ano. De banco a gente não tem quase nada, são R$ 16 milhões. O total está em R$ 326 milhões.

A ideia é zerar?
– Então, essa é uma questão. Uma das perguntas que fiz em nossos grupos: vale a pena zerar a dívida, pegar dinheiro e deixar aqui? Pegar dinheiro e deixar aqui para comprar jogador eu não acho. Mas por exemplo: quero fazer uma ampliação do CT. Vale a pena eu pegar R$ 50, R$ 100 milhões para fazer um CT 2, ou um CT na Baixada? Como essa conta fecha? Vai depender do prazo, da taxa... Então essa é uma conta que a gente tem que fazer. Se eu não tiver nenhum investimento estrutural, zera a dívida e fica no capital de giro. Tem uma linha de crédito, pego R$ 50 milhões, em três meses eu pago e zero de novo. É só administração de fluxo de caixa.


Um dos criadores da "Chapa Azul", Wallim está envolvido na política do Flamengo desde 2013 — Foto: ANDRÉ DURÃO
 
MATÉRIA COMPLETA Blog do Murilo
 
 
 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

"Pode ter certeza que alguém do PT vai vazar a prova", diz Bolsonaro, em Davos, sobre o Enem



Exclusivo: Um (quase) café com o presidente

"Pode ter certeza que alguém do PT vai vazar a prova (do Enem)." 

 Foi assim que o presidente Jair Bolsonaro pontuou sua primeira conversa na manhã desta quarta-feira, 23, em Davos, permeada ainda por críticas à imprensa, comentários sobre o poder das redes, futebol, dólar, a situação da Venezuela e até mesmo perguntas sobre a ortografia de palavras.  

Enquanto os termômetros na cidade suíça marcavam 9 graus negativos na manhã desta quarta, Bolsonaro iniciava o dia em um café  em seu hotel, cercado por assessores, pelo chanceler Ernesto Araújo e o filho Eduardo Bolsonaro.  A reportagem do Estado, sentada à mesa ao lado, pode acompanhar cerca de 20 minutos da conversa da comitiva com o presidente em sua viagem de estreia no cenário internacional, para participar do Fórum Econômico Mundial. Parte da troca de impressões foi gravada, enquanto o debate percorria diversos temas. Assuntos estratégicos eram pontuados por questões corriqueiras e mesmo brincadeiras. 

Quando um dos assessores de Bolsonaro chegou para o café, o presidente comentou: "Viu os pobretões que estavam na minha mesa ontem?", provocando risada geral. Ele se referia ao fato de que, na noite de terça-feira, 22, o jantar de abertura do Fórum incluiu em sua mesa o presidente da Suíça, Ueli Maurer, a rainha Rania, da Jordânia, o fundador do Fórum, Klaus Schwab, o presidente da Apple, Tim Cook, a rainha da Bélgica e o presidente da Microsoft, Satya Nadella.   Parte do debate se concentrou na reação dos mercados e da imprensa sobre seu discurso em Davos, feito na terça-feira e que foi o mais curto já pronunciado por um presidente brasileiro no evento.  

Mas, entre os assessores e mesmo o presidente, não foram poucas as críticas à imprensa e à interpretação publicada de que houve uma relação entre a queda do real e o conteúdo de seu discurso. "Tem cinco dias de alta e da uma baixadinha e dizem que é o discurso", se queixou Bolsonaro, em referência à moeda.  Araújo destacou, de forma elogiosa, como dois jornais estrangeiros tinham dado destaque a certos trechos da fala do presidente, enquanto o resto da comitiva reclamava de que, no Brasil, foram as críticas que dominaram no que se refere aos trechos do discurso sobre meio ambiente. "E no Brasil dizem que eu me equivoquei ao falar das florestas", protestou o presidente. [no Brasil grande parte da Imprensa não aceitou a eleição de Bolsonaro;
e, agora, já que vão ter que aceitar, querem pautar o Governo Bolsonaro.]

Eduardo Bolsonaro dava uma atenção especial à cobertura do discurso realizado pelo jornal espanhol El País, que tem uma versão em português. Uma das pessoas na mesa chegou a qualificar o jornal de "vagabundo". "Um jornal vagabundo", insistiu. O deputado se surpreendia como, segundo ele, havia uma manchete no jornal espanhol diferente do título que o mesmo jornal havia dado para o discurso de Bolsonaro no Brasil. Eduardo, repetindo o que um grupo de jornalistas brasileiros tinha explicado um dia antes, tentou contar para o restante da mesa como ele ficou sabendo que, de fato, quem faz os títulos das matérias nem sempre são os repórteres, mas sim os editores.  

Conspiração no Enem
A conversa então migrou para a situação do Enem. "Pode ter certeza que alguém do PT vai vazar a prova", disse Bolsonaro, num dos trechos da conversa que está gravado. "Vai vazar", repetiu, insistindo para a facilidade que seria "tirar uma foto".    Nesta semana, o governo Jair Bolsonaro tornou sem efeito a nomeação de Murilo Resende, que assumiria a coordenação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e o nomeou para o cargo de assessor da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC).  
 
Ele havia exonerado a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, no dia 14. Dez dias antes, Bolsonaro havia criticado a "doutrinação em salas de aula".   Outro assunto discutido durante o café da manhã foi a Venezuela, que hoje pode ter um dia decisivo com a convocação que foi feita ao povo para sair às ruas. Eduardo Bolsonaro não disfarçava o temor de que isso gerasse mortos diante da reação que o governo de Nicolás Maduro poderia ter.  Jair Bolsonaro, que nesta quarta-feira, 23, terá de debater o tema com os demais chefes-de-estado da América do Sul, pediu que seu assessor internacional, Filipe Garcia Martins, fosse chamado para uma conversa sobre o assunto. Martins, de 30 anos, é considerado como um "discípulo" de Olavo de Carvalho e tem causado certo ciúme dentro do Itamaraty por conta de seu papel na política externa.  
 
Durante o café, não faltaram comparações ao futebol e mesmo comentários sobre os times do São Paulo e Vasco, que disputam a final da Copinha nesta sexta-feira. "O sr. vai ter de entrar para dar parabéns", sugeriu uma das pessoas à mesa.   Ao longo da conversa, um dos pontos centrais foi o poder das redes sociais e comentários sobre como o governo deve se comportar nesses meios. "É outro idioma", insistiu um dos assessores. A mesa também confirmou como Olavo de Carvalho é mesmo uma referência para o grupo. Num dos momentos da conversa, o brasileiro que vive no exterior foi citado como exemplo do que se deve fazer ao gravar vídeos para as redes sociais. "Você viu como ele faz?", perguntou uma das pessoas.  
 
Eduardo, porém, alertava para o fato de que "muita gente nem lê o que postamos".  "Olham a foto e já comentam, sem nem ler. Acho que apenas 5% das pessoas de fato leem o que se escreve", disse. Instantes depois, ele perguntou ao grupo: "Trilionário e bilionário têm (a letra) H?". "Não, né?".    Ao terminar o café da manhã, a reportagem se aproximou do presidente, ainda que a segurança tentasse evitar. Ao ouvir que o repórter era do Estado, Bolsonaro disse que já trabalhou no jornal. "Eu entregava jornal." 
Questionado se comentaria a situação de seu filho, Flávio Bolsonaro, o presidente virou as costas e, entrando em um elevador, apenas repetia: "Não, não".  
O dia estava apenas começando em Davos. 

Economia & Negócios - O Estado de S. Paulo

 

terça-feira, 24 de julho de 2018

Neymar fica fora da lista dos dez melhores jogadores do ano e Tite fora da lista dos indicados para melhor técnico [e ainda querem manter o cara empregado.]



Neymar fica fora da lista dos 10 melhores jogadores do ano

Sem Neymar, Fifa divulga lista de 10 concorrentes a melhor do mundo

Três campeões do mundo com a França entraram na lista: Mbappé, Grizemann e Varane

A Fifa divulgou nesta terça-feira a lista de dez jogadores que concorrerão ao prêmio The Best, de melhor jogador do mundo no dia 24 de setembro deste ano. Neymar, estrela brasileira, ficou de fora da lista, formada em sua maioria por jogadores que se destacaram na disputa da Copa do Mundo.

Os franceses Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e o zagueiro Raphael Varane, que também venceu a Liga dos Campeões com o Real Madrid, entraram na lista após o título mundial da França. A vice-campeã Croácia emplacou o meia Luka Modric, enquanto a terceira colocada Bélgica tem Kevin de Bruyne e Eden Hazard. Por fim, a quarta colocada Inglaterra aparece com o artilheiro da última Copa com seis gols, Harry Kane, que também fez excelente temporada pelo Tottenham.

Três atletas que se destacaram na temporada, mas não necessariamente na Copa, também entraram na lista. Cinco vezes vencedor do prêmio, Cristiano Ronaldo, campeão da Liga dos Campeões com o Real Madrid, que também marcou quatro gols na Copa, mas foi eliminado com Portugal nas oitavas de final, é um deles. O outro concorrente é justamente Lionel Messi, que também já venceu o prêmio cinco vezes, e neste ano foi campeão espanhol com o Barcelona. Por fim, vice-campeão da Liga dos Campeões com o Liverpool e destaque do Campeonato Inglês, o egípcio Mohamed Salah fecha a lista.
A lista dos 11 nomes foi definida por especialistas escolhidos pela Fifa. A votação para a escolha do melhor jogador começa nesta terça-feira e vai até 10 de agosto. Os torcedores podem votar pelo site da entidade. Ainda haverá outros três grupos de votantes: jornalistas escolhidos pela Fifa, além dos técnicos das seleções e seus respectivos capitães. O período analisado dos jogadores vai de 3 de julho de 2017 até 15 de julho de 2018. A indicação dos três finalistas será feita no início de setembro.

Sem Tite, Fifa divulga lista de indicados para prêmio de melhor técnico 

 

Vadão, treinador da seleção, concorre na categoria feminina 

 

O técnico da seleção brasileira Tite não está na lista dos 11 melhores do mundo, divulgado pela Fifa na manhã desta terça-feira (24).  Os nomes foram indicados por especialistas e um será premiado como o melhor treinador da temporada 2017/2018 em votação com torcedores, jogadores, técnicos e profissionais da imprensa.

A lista com os finalistas ao prêmio The Best contém cinco nomes de treinadores que atuaram durante o Mundial da Rússia e seis de técnicos que estão em times da Europa.
Entre os selecionados estão os treinadores finalistas do Mundial,  Didier Deschamps (FRA) e Zlatko Dalic (CRO), além dos semifinalistas Roberto Martinez (ESP) e Gareth Southgate (ING), e o técnico russo  Stanislav Cherchesov.

Na modalidade feminina, o Brasil está representado pelo técnico da seleção, Vadão.
Ele concorre ao título de melhor treinador de futebol feminino junto com outros cinco homens e quatro mulheres comandantes de equipes nacionais e de clubes.
s finalistas de cada categoria foram apontados por um painel composto por especialistas, entre ex-jogadores e treinadores.

A divulgação dos nomes é apenas o primeiro passo na definição do melhor do planeta. A partir daí, as escolhas do painel de especialistas não terão mais peso.
Torcedores de futebol, capitães de equipes nacionais, treinadores e mais de 200 representantes da mídia irão votar para decidir quem serão os melhores jogadores e treinadores masculinos e femininos da temporada passada.
As premiações serão entregues no dia 24 de setembro em cerimônia em Londres.

Os 11 melhores técnicos de futebol masculino:
Massimiliano Allegri (ITA - Juventus)
Stanislav Cherchesov (RUS - Seleção da Rússia)
Zlatko Dalic (CRO - Seleção da Croácia)
Didier Deschamps (FRA - Seleção da França)
Pep Guardiola (ESP - Manchester City)
Jurgen Klopp (ALE - Liverpool)
Roberto Martinez (ESP - Seleção da Bélgica)
Diego Simeone (ARG - Atlético de Madrid)
Gareth Southgate (ING - Seleção da Inglaterra)
Ernesto Valverde (ESP - Barcelona)
Zinedine Zidane (FRA - Real Madrid)

Os 10 melhores técnicos de futebol feminino:
Emma Hayes (ING - Chelsea)
Stephan  Lerch (ALE - VFL Wolfsburg)
Mark Parsons (ING - Portland Throns)
Alen AStajcic (AUS - Seleção da Austrália)
Reynald Pedros (FRA - Olimpique Lyonnais)
Asako Takakura (JAP - Seleção Japonesa)
Vadão (BRA - Seleção do Brasil)
Jorge Vilda (ESP - Seleção da Espanha)
Martina Voss-Tecklenburg (ALE - Seleção da Suíça)
Sarina Wiegman (HOL - Seleção da Holanda)