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domingo, 5 de março de 2023

Teoria sobre origem da Covid em laboratório chinês é considerada “mais provável” por agência dos EUA - Gazeta do Povo

Wall Street Journal

Ideias

Covid-19 foi declarada pandemia pela OMS em março de 2020
Covid-19 foi declarada pandemia pela OMS em março de 2020| Foto: Pixabay

O Departamento de Energia do governo dos Estados Unidos considera que a pandemia de Covid-19 "muito provavelmente" surgiu de um incidente em um laboratório na China.  
A informação foi divulgada neste domingo pelo jornal americano Wall Street Journal (WSJ) e é baseada em um documento confidencial de inteligência que foi entregue recentemente à Casa Branca e a membros do Congresso.

De acordo com o WSJ, embora o Departamento de Energia tenha feito suas conclusões com "pouca confiança", o documento marca uma mudança de posicionamento da agência, que anteriormente estava indecisa sobre a origem do novo coronavírus. As novas informações que levaram o departamento a mudar sua conclusão não foram expostas.

O Departamento de Energia não é o primeiro órgão do governo americano a dar credibilidade à teoria de que o vírus da Covid-19 vazou de um laboratório em Wuhan, na China. Em 2021, um relatório do FBI já indicava "convicção moderada" sobre esta visão.

Outras agências do governo americano, porém, ainda julgam que a pandemia foi provavelmente o resultado de uma transmissão natural entre um animal silvestre e um humano.

Comentando a reportagem do WSJ, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse, porém, que não há "respostas definitivas" sobre a origem do vírus causador da pandemia de Covid-19. “Se obtivermos mais informações, iremos compartilhá-las com o Congresso e com o povo americano. Mas, agora, não há uma resposta definitiva que surgiu da inteligência sobre esta questão”, disse Sullivan em entrevista à CNN.

O conselheiro da Casa Branca afirmou ainda que há "diferentes pontos de vista" sobre a questão das origens da Covid-19 e destacou que alguns deles “simplesmente não têm informações suficientes para se ter certeza”.

Mundo - Gazeta do Povo 


domingo, 28 de fevereiro de 2021

Decálogo da folia científica - Guilherme Fiuza

[Válido em qualquer época, em aglomeração, lockdown meia-boca em Brasília]

É normal que você esteja inseguro com tanta informação nova circulando por aí nessa epidemia de fake news. Por isso fizemos um esforço de reportagem para te oferecer uma lista de certezas científicas limpinhas e de boa aparência que todo mundo confia e dá até pra levar pra casa. Use sem moderação:

1 - O lockdown funciona que é uma maravilha, tanto que o Ministério do Interior da Alemanha contratou uns pesquisadores baratinhos para escrever a teoria do ferrolho salva-vidas – documento científico que estava fazendo tanta falta em um ano de pandemia. Como se viu em emails vazados, os pesquisadores tiveram total liberdade para encontrar a ciência que o contratante  * 2 - Tanto o lockdown com isolamento total é eficaz contra a Covid que o prefeito Bruno Covas deixou São Paulo trancada no fim de semana e foi ver o jogo do Santos no Maracanã no meio de 2,5 mil pessoas. Só podia entrar no estádio com credencial e o coronavírus não foi credenciado. Isto é ciência;                                                    3 - A OMS declarou que o coronavírus não escapou de um laboratório chinês. Alívio geral. O mundo chegou a temer que a ditadura chinesa pudesse ser um lugar perigoso. Mas uma missão da Organização Mundial da Saúde foi lá e perguntou a todos os porteiros de laboratório se eles tinham visto algum vírus novo fugindo de madrugada quando estava todo mundo dormindo. 99,8% dos porteiros responderam à OMS que “não viram nada, não senhora”. 0,2% dos porteiros responderam que até viram um vírus passando, mas não era esse aí que se espalhou pelo mundo, não. Fim de papo; 
4 - Artigo na revista científica Lancet sustenta que Donald Trump matou os americanos de Covid com seu governo insensível e malvado. As evidências científicas desse estudo não estão visíveis porque na hora da conclusão acabou o papel higiênico. É um problema comum na vida de todo pesquisador sério;                  5 - O Dr. Fauci, aquele médico americano fofo que diz que os seres humanos talvez possam voltar um dia a se cumprimentar com aperto de mão, ou talvez não, declarou que uma máscara é pouco. Melhor usar duas. É como se diz na ciência: se um equipamento é ruim, use dois. O mesmo vale para os médicos. Se um charlatão te deixa em dúvida, consulte dois charlatões para ter certeza. Não se deixe enganar;                                                                                    6 - O laudo da Anvisa constatou que as duas vacinas em aplicação emergencial no Brasil não têm estudos suficientes para atestar a eficácia e a segurança na imunização de idosos. No entanto médicos estão mandando seus pacientes idosos se vacinarem. É elementar. Se está todo mundo tomando, você também tem que tomar. Não vai discutir sozinho com a ciência;       7 - O Ministério Público do Trabalho recomendou às empresas demissão por justa causa de funcionário que não quiser se vacinar. Perfeito. Nem a taxa de letalidade, nem os grupos vulneráveis sustentam a necessidade da vacinação de todos, mas já que está todo mundo se vacinando, por que não tornar a vacina obrigatória? A verdadeira ciência é aquela que serve de chicote para tiranete;                                                                                               8 - Pensando nisso, o PSOL, devoto do chavismo venezuelano, criou o projeto de cassação de direitos sociais do cidadão que não se vacinar – plano genial já aprovado em Niterói, RJ. Aécio Neves também saiu das sombras propondo coisa parecida. Só negacionistas haverão de duvidar dos benefícios claros da vacina para almas penadas;                                                                          9 -  Fique sozinho e isolado no carnaval. A não ser que precise pegar um ônibus lotado. A ciência já deixou claro que a Covid não anda com ralé;                                                                                   10 - Pesquisadores propõem lockdown mais severo no Amazonas. Como o governo alemão está demonstrando, ciência à la carte funciona que é uma beleza. Qualquer dúvida é só pedir ao Butantã um daqueles panfletos de número de vidas salvas pelo Plano Miami.
 
Leia também:  " ..... Nessa pandemia, igrejas e escolas foram fechadas, mas as aglomerações continuaram em festas clandestinas, em "pancadões" e bailes funks, além do metrô e dos ônibus, claro. Isso sem falar das manifestações esquerdistas!

Quando os membros do Black Lives Matter tocaram o terror nas cidades americanas, chegamos a ver manchetes alegando que "estudos" comprovavam que não ocorrera aumento nos casos de Covid depois. É o vírus ideológico, que não ataca aglomerações socialistas.
.....

O problema é agravado, porém, quando o povo percebe o duplo padrão. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi ao jogo do Maracanã com seu filho, mas igrejas e escolas seguem fechadas?
.........

Quando o estado, em nome da "ciência" e do coletivismo, decide fechar igrejas e proibir cultos, isso é ultrapassar e muito suas prerrogativas.
A esquerda quer substituir Deus pelo "deus" estado, e por isso aplaude. Mas há muita gente que se recusa a colocar o estado nesse lugar. E com boas razões!

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

domingo, 10 de janeiro de 2021

Doria pede 'senso de urgência' para liberação da CoronaVac

O Globo

Um dia após a Anvisa solicitar mais dados sobre os testes da vacina, governador de São Paulo diz que 'ritos da ciência devem ser respeitados', mas que é preciso lembrar de vidas perdidas [sim governador vidas perdidas devido a covid-19 podem até ser debitadas na conta da pandemia;
mas vidas perdidas por falta de informações que, se apresentadas tempestivamente, poderiam impedir mortes por efeitos adversos ou algo do gênero (apenas uma opinião, já que as autoridades no tema vacinas são o senhor, o ministro MD Lewandowski e outras sumidades) mortes que serão apuradas e os responsáveis terão que se explicar,  e de forma convincente, para justificar, ou não, seus atos.
E se houver a mais leve suspeita que de as falhas não foram detectadas por omissão da Anvisa, todos ficarão contra a Agência - inclusive o senhor, de forma antiética pede urgência.
Além do mais, caso a genérica chinesa empaque, teremos a da Fiocruz.]
João Doria, governador de São Paulo, pediu neste domingo (10) "senso de urgência da Anvisa para liberação da vacina do Butantan". A mensagem, publicada pela manhã em suas redes sociais, vem um dia após a agência solicitar mais dados sobre os testes realizados com a CoronaVac, imunizante contra o coronavírus desenvolvido por laboratório chinês em parceria com o instituto paulista.

Faça o teste:Qual é o seu lugar na fila da vacina?

"Ritos da ciência devem ser respeitados, mas devemos lembrar que o Brasil perde cerca de mil vidas/dia para a Covid-19. Com a liberação da Anvisa, milhões de vacinas que já estão prontas poderão salvar vidas", escreveu em seguida. Segundo o plano de Doria, a vacinação com a CoronaVac em São Paulo deve começar em 25 de janeiro. A data é simbólica por ser a do aniversário da capital paulista.

É preciso senso de urgência da Anvisa p/ liberação da Vacina do Butantan. Ritos da ciência devem ser respeitados, mas devemos lembrar que o Brasil perde cerca de mil vidas/dia para a Covid-19. Com a liberação da Anvisa, milhões de vacinas que já estão prontas poderão salvar vidas

O pedido de uso emergencial da CoronaVac foi entregue na sexta-feira (8). Na mesma data, a Fiocruz formalizou solicitação semelhante para a vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford, principal aposta do governo federal.

A submissão da documentação ocorreu no dia seguinte à apresentação do percentual de eficácia da CoronaVac nos estudos com voluntários no Brasil. Segundo o Butantan, a vacina alcançou 78% de eficácia por aqui. Os cientistas, no entanto, não divulgaram informações sobre a eficácia global do imunizante.

No sábado, seguindo o prazo de 24 horas estipulado para uma avaliação prévia dos documentos, a Anvisa apontou que a documentação do Butantan precisa de mais seis tipos de dados (entenda quais são eles). Os papéis da Fiocruz, em contraste, foram considerados suficientes para o processo continuar.

Após esse aval inicial da documentação, a Anvisa estima que a resposta, liberando ou não o uso emergencial das vacinas, deva sair dentro de dez dias.

'À disposição'
O Instituto Butantan, por meio de nota à imprensa, informou na noite de sábado que "permanece fornecendo todos os documentos necessários" para a Anvisa. De acordo com o comunicado, as orientações serão "prontamente atendidas".

"Os pedidos de novos documentos ou mais informações são absolutamente comuns em processos como esses. Neste sábado, o Instituto Butantan fez duas reuniões com o órgão e está à disposição para o fornecimento de todos os dados complementares solicitados",
concluem.
 
O Globo

sábado, 12 de dezembro de 2020

Governador ou presidente: quem é responsável pela vacinação dos brasileiros contra a covid-19?

Nas últimas semanas, a compra de vacinas contra o coronavírus se tornou o principal ponto de tensão entre governadores de Estados e o Palácio do Planalto. 

No começo da semana, o governo de São Paulo anunciou que iniciaria a vacinação da população contra o novo coronavírus em 25 de janeiro — o anúncio foi feito antes mesmo de o governo federal lançar a versão final do seu plano de imunizações.

Em resposta, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) publicou nota afirmando ser "populismo barato e irresponsável" anunciar a vacinação antes do imunizante ser liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) — a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, ainda não obteve o registro da agência. https://twitter.com/secomvc/status/1336392313216577536

Na manhã desta terça-feira (08), o governador tucano de São Paulo, João Doria, e o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, trocaram altercações durante uma reunião entre governadores e o ministro para tratar do processo de compra de vacinas contra a Covid-19. "O que difere privilegiar duas vacinas em detrimento de outra?", perguntou Doria. "É uma questão ideológica, política ou falta de interesse em disponibilizar mais vacinas?", criticou ele, acusando o governo federal de não ter investido na vacina do Instituto Butantan por causa de um preconceito do presidente Jair Bolsonaro.

Em outubro, Bolsonaro disse que não compraria a vacina do Butantan por ser ela desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. "A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população", disse o presidente — semanas mais tarde, Bolsonaro recuou e disse que o governo federal poderia sim comprar a vacina CoronaVac, caso ela se mostre segura.

Após a reunião com Pazuello, outros governadores também emitiram opiniões sobre o assunto.O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disse que "não terá nenhuma campanha de imunização praticada por qualquer governador", e que a imunização será feita nacionalmente, pelo Ministério da Saúde.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), foi pelo mesmo caminho e disse que os chefes dos Estados pediram ao Ministério da Saúde que lidere o processo de compra das vacinas. "No momento em que tiver uma vacina liberada pela Anvisa, que ela possa chegar de maneira igual para todos os brasileiros, de acordo com a estratégia de grupos prioritários, mas que nenhum brasileiro fique sem a igualdade na oportunidade de estar se vacinando", disse ele a jornalistas após a reunião.

Afinal, quem é responsável pela vacinação dos brasileiros?  
Os Estados podem distribuir uma vacina que ainda não foi liberada pela Anvisa?

A reportagem da BBC News Brasil conversou com especialistas para responder às principais perguntas sobre o assunto.

Quem é responsável pela vacinação dos brasileiros?  
Estados ou o governo federal?
Na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), as responsabilidades são compartilhadas entre a União, os Estados e os municípios. O hospital de uma universidade federal, por exemplo, é mantido com dinheiro federal, enquanto o posto de saúde do bairro é bancado com recursos municipais.

No caso das vacinas, porém, a responsabilidade é da União.
O Brasil conta com um Programa Nacional de Imunizações, criado ainda antes do SUS, em 1975, e cuja responsabilidade é do governo federal. A compra e a distribuição de vacinas são de responsabilidade do governo federal, diz Florentino Leônidas, sanitarista pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em políticas públicas pelo Insper (SP).

Na prática, porém, órgãos estaduais acabam participando do processo: o Instituto Butantan, [o Instituto Butantan está instalado no estado de São Paulo, mas não é propriedade daquele Estado.] que pertence ao governo do Estado de São Paulo, por exemplo, é responsável pela produção de uma parte significativa das vacinas que são distribuídas pelo Programa Nacional de Imunizações. "Metade das vacinas que o governo federal compra são produzidas pelo Butantan. Isso já existe. As vacinas que o governo federal distribui para outros Estados são produzidas por alguns poucos centros: Manguinhos (ligado à Fiocruz), Butantan, e poucos outros", diz Daniel Dourado, que é médico pela UnB e advogado pela Universidade de São Paulo (USP). "Se acontecer (a inclusão da CoronaVac no Programa Nacional de Imunizações), o Estado de São Paulo, que é o controlador do Butantan, vai dizer 'olha, eu preciso de recursos federais para produzir mais doses'", diz Dourado — ele se especializou em direito sanitário e políticas públicas de saúde.

Sozinho, o governo de São Paulo não terá condições de vacinar toda a população, diz Florentino Leônidas. Historicamente, o Brasil tem tido sucesso nas campanhas de vacinação ao coordenar esforços entre União, Estados e municípios, diz ele. "O Brasil tem um dos mais importantes programas de imunização do planeta. Temos mostrado, ano após ano, que o caminho é uma atuação com coordenação nacional e pautada em um compromisso dos gestores de todos os entes federados", diz ele. "Campanhas estaduais de vacinação serão insuficientes, acentuarão desigualdades e potencializarão a descoordenação existente em relação à Pandemia da Covid-19. Precisamos de financiamento federal para ter vacina para todos, logística adequada e os insumos necessários", diz Florentino Leônidas.

Um Estado pode restringir a vacinação aos seus próprios moradores?
A resposta curta é: não. "Se o cidadão quiser se deslocar até São Paulo para tomar vacina, nada o impede", diz Daniel Dourado. O que já existiu em outras campanhas de vacinação no passado, diz Daniel Dourado, é a exigência de que a pessoa procure o posto de saúde mais próximo de sua casa, para fins de organização logística.
"O programa de vacinação pode incluir uma referência residencial. Que é assim: você só pode se vacinar no posto de saúde que for referência para a sua área. Mesmo sem ser cadastrado no programa de Saúde da Família, você tem que ir na UBS que fica na área da sua residência. Numa das campanhas de gripe, teve algo parecido. Então o que pode acontecer, eventualmente, é isso", diz Dourado

"Mas legalmente você não pode impedir alguém de ir lá tomar a vacina", diz Dourado.
Independentemente da compra pelo governo federal, o governo de São Paulo já disse que disponibilizará 4 milhões das 46 milhões de doses da CoronaVac para outros Estados — a ideia é que as doses sejam distribuídas para profissionais de saúde. De acordo com o governador paulista João Doria, 11 Estados já mostraram interesse em adquirir as doses: Acre, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima.

A vacina pode ser distribuída sem autorização da Anvisa?
Normalmente, não. Mas, com a pandemia da covid-19, foram criadas exceções: uma vacina poderá ser liberada para uso no Brasil em até 72 horas, desde que seja aprovada por agências de vigilância sanitária no exterior. [Até o momento, a vacina da Pfizer é a única que foi aprovada pelo FDA o que a credencia para uso emergencial no Brasil = valendo aquele pequeno detalhe, que o 'bolsodoria' e asseclas,insistem em ignorar: - a vacina tem que estar disponível no Brasil.]

"A vacina, ou um medicamento qualquer, para ser liberado, em regra, precisa do registro da Anvisa. Só que 'registro', neste contexto, não é um nome genérico. É um procedimento administrativo específico, e que demora meses, geralmente", diz Daniel Dourado.

Agora, o que se discute é a liberação das vacinas para uso antes da obtenção do registro. "O Congresso aprovou a lei da Covid, que incluiu uma autorização excepcional (para a vacinação antes do registro da Anvisa). (...) Essa autorização, quando sair, vai ser para o país inteiro. Então, quando vier a vacina autorizada pela Anvisa, ela vai ser para o país todo", diz Daniel.

Apesar da aprovação da lei, ainda há controvérsia sobre o tema — tanto que dois deputados de oposição, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Nilto Tatto (PT-SP), [são deputados do 'perda total = pt' e o único objetivo é tumultuar o processo. São adeptos do 'quanto pior, melhor'.]apresentaram um projeto de lei para garantir o uso de vacinas antes da aprovação da Anvisa, desde que o imunizante tenha sido liberado por agências internacionais.

"A 'lei da Covid' obriga a Anvisa a realizar a autorização emergencial de qualquer vacina aprovada pelas agências de regulação japonesa, europeia, americana ou chinesa. E, em caso de não manifestação da Anvisa, em 72 horas estas vacinas seriam automaticamente aprovadas",
diz Florentino.

Além disso, a própria Anvisa já publicou duas resoluções com as regras para permitir o uso emergencial de vacinas. A última destas resoluções foi publicada nesta quinta-feira (10).

A vacinação corre o risco de ser judicializada?
Sim. Na verdade, já existem processos tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto — o que não impede que haja uma nova onda de casos judiciais, no futuro.

.............

"Acredito que no STF pode parar algumas questões: a omissão do governo federal na oferta de vacinas; a ausência de vacinas em quantidade suficiente; o financiamento do SUS em 2021; potenciais critérios de priorização; conflitos entre entes da federação e a obrigatoriedade da vacina",
diz.

BBC - News Brasil MATÉRIA COMPLETA

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

STF quer plano para vacinação - Pressão pela vacina - Merval Pereira

 O Globo

O governo, que pensava ter escapado de apresentar um plano de vacinação contra a COVID-19 exigido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), alegando questões burocráticas, agora não tem mais desculpas. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski deu um mês, a partir da decisão final do plenário virtual, para que apresente um plano de vacinação que “deve seguir critérios técnicos e científicos pertinentes, assegurada a maior cobertura vacinal possível, no limite de suas capacidades operacionais e orçamentárias".

[perguntas do piso - o povo - ao supremo ministro Lewandowski:  atendendo mais uma vez petições de partidecos sem votos, sem programa, sem noção e sem futuro - o ministro Lewandowski que não precisou de votos para se tornar ministro do STF -  determinou que em um mês o governo federal apresente um plano de vacinação contra a covid-19.

Qualquer plano, ainda que meia boca, precisa no mínimo das seguintes informações:

- qual vacina será usada? - a marca é essencial, já que ela permite conhecer preços, prazos de entrega, condições de armazenamento, etc;

- quando a vacina estará disponível e a quantidade mínima inicial que poderá ser adquirida? elaborar um plano de vacinação exige que se saiba prazos e quantidades;

- Quais serão as condições referentes a transporte, armazenagem?  a vacina genérica chinesa - que produziu a segunda batalha de Itararé - pode ser armazenada até em geladeiras domésticas e a da Pfizer exige em torno de 70º negativos.

As questões acima não encerram a necessidade, e pertinência, de respostas para outras que surgirão - de igual ou maior importância durante a elaboração do plano.

Ministro Lewandowski: elaborar um plano sobre o que não existe é tarefa impossível, ainda que haja o máximo empenho na tentativa de sua execução. Esses partidecos é que precisam ser punidos com o rigor máximo para encerrarem as tentativas de sobrecarregar o Poder Judiciários com questões bobas, inúteis, que chegam a ser cômicas e com um único objetivo: atrapalhar o Poder Executivo.] 

Ao que tudo indica, o governo não tem nem mesmo um projeto de plano, pois, ao ser exigido pelo TCU, a Advocacia-Geral da União (AGU) valeu-se de uma alegação tecnocrática para se esquivar de apresentá-lo. Alegou que a decisão do TCU está equivocada, pois o tribunal não deveria ter listado a Casa Civil ao lado do Ministério da Saúde como um dos órgãos responsáveis pelo planejamento da vacinação.

Essa atribuição, de acordo com a AGU, é exclusiva do ministério, e por isso o governo pediu que o Tribunal alterasse a decisão. A AGU alega que seria “uma ingerência da Casa Civil nas competências institucionais próprias do ministério da Saúde”. Essa alegação esdrúxula não foi levada em conta pelo TCU, que deverá se reunir brevemente para rejeitá-la. [até o TCU busca protagonismo e aproveitamos tal busca para lembrar uma forma eficiente para atrair holofotes: - investigar  as contas de todos os órgãos dos 3 Poderes da República, para identificar e punir  mau uso do dinheiro público, mordomias e corrupção = identificar e expor os responsáveis pelos desmandos nos gastos públicos é a forma mais eficiente de atrair holofotes sobre qualquer instituição da República.]

Mesmo com o uso do “data venia”, não é aceitável que o governo se escude em uma suposta falha burocrática para deixar de cumprir seu dever, que era o de apresentar um plano detalhado do planejamento para compra, produção e distribuição das doses da vacina. O TCU pedia também informações sobre a logística da vacinação, supostamente uma especialidade do ministro Eduardo Pazzuelo. [sendo recorrente: a logística está atrelada as características da vacina adquirida = a marca.]

As mesmas exigências foram feitas ontem pelo ministro Ricardo Lewandowski, analisando ações de partidos políticos sobre a atuação do governo em relação à vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac que estará sendo produzida no Brasil pelo Instituto Butantã em São Paulo. [sendo óbvio: estará = futuro que se vincula a existência da vacina, cuja produção depende da aprovação da Anvisa, que depende da conclusão da fase 3 de testes.] Os partidos pedem ainda que o governo seja obrigado a anunciar o plano de vacinação nacional, para obrigá-lo a não vetar a vacina chinesa, que está sendo testada também no Brasil.

Lewandowski deu 30 dias, a partir da decisão do plenário virtual que julgará o caso entre 4 a 11 de dezembro. Se o voto do relator for aprovado pelo plenário, o governo terá, a partir daí, o prazo fixado ontem para apresentar ao STF "um plano compreensivo e detalhado acerca das estratégias que está colocando em prática ou que pretende desenvolver para o enfrentamento da pandemia, discriminando ações, programas, projetos e parcerias".

O ministro do STF Ricardo Lewandowski ponderou que, diante da possibilidade concreta de que as diversas vacinas, em breve, completarão com sucesso os respectivos ciclos de testes, mostrando-se eficientes e seguras (...) “constitui dever incontornável da União considerar o emprego de todas elas no enfrentamento do surto da Covid-19, não podendo ela descartá-las, no todo ou em parte, salvo se o fizer - e sempre de forma motivada - com base em evidências científicas sobre a sua eficácia, acurácia, efetividade e segurança, bem assim com fundamento em avaliação econômica comparativa dos custos e benefícios".

Os dois movimentos, do TCU e do STF, destinam-se a obrigar o governo a não se submeter à vontade pessoal do presidente Bolsonaro, que se declarou contrário à compra da vacina desenvolvida na China, mesmo que ela fosse aprovada pela Anvisa, a agência brasileira que controla os medicamentos. As reações foram tão contundentes que Bolsonaro deixou de insistir no assunto, mas a Anvisa teve uma atuação discutível na suspensão dos testes da vacina devido à morte de um dos vários voluntários brasileiros. O caso, porém, foi de suicídio, e nada tinha a ver com a eficiência da vacina, tanto que em 24 horas os testes foram retomados. [foi cumprido um protocolo válido em todos os testes de vacinas realizados no planeta Terra]. Mesmo assim, Bolsonaro chegou a insinuar que a vacina poderia ter produzido efeitos colaterais que levara o voluntario à morte. Diante de um ministério da Saúde e de uma Anvisa totalmente dominados pelo presidente, os órgãos de controle, como TCU e Supremo, estão exigindo o planejamento para a vacinação em massa, sempre o apoio científico para as decisões. 

Merval Pereira, jornalista - O Globo

 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Vacina chinesa, não! Percival Puggina

Discute-se se o Brasil deve, efetivamente, comprar milhões de doses da vacina chinesa. Sem a menor intenção de magoar a sensibilidade do governador João Doria, que tem revelado particular afeição pelos interesses chineses no Brasil, quero proclamar minha completa aversão a esse negócio. Aplica-se a ele a regra segundo a qual jamais compre mercadoria que venha empacotado por algum partido comunista.

Ao que se sabe, há duas hipóteses para a origem do coronavírus. Ou ele em suposta teoria da conspiração - é produto de algum laboratório chinês, ou ele surgiu daqueles hábitos alimentares em que seres humanos acabam metabolizando insetos e animais silvestres com constante risco de trazer à humanidade doenças para as quais não temos imunidade.

A origem desses péssimos costumes é conhecida. Eles foram adquiridos nos tétricos episódios de fome impostos pelo Partido Comunista da China ao povo chinês. Ainda que seja motivo de pesar, é imperdoável que, sabido o alto risco que eles representam, nada tenha sido feito para extingui-los. Num mundo globalizado, não há limites para a expansão de novas pandemias. Portanto, a responsabilidade do PCC é indiscutível, como indiscutível é sua condição de soberano senhor do povo de seu país. Pode-se discutir a maior ou menor responsabilidade moral do Partido numa e noutra hipótese. Mas não se pode pôr em dúvida a responsabilidade.

As suspeitas se foram tornando mais incisivas quando a revista Exame, em matéria do dia 1 de setembro (1), constatou que dezenas de economias nacionais estavam acusando quedas drásticas do PIB. Entre elas, Índia, Brasil, Estados Unidos, Japão e praticamente toda a Zona do Euro. Enquanto isso acontecia no mundo das vítimas, a China, “por haver controlado rapidamente a epidemia”, logo voltou a crescer. Em abril, o jornal El País (2), sobre cuja posição política não pairam incertezas, publicou matéria listando reações de governos europeus, notadamente França e Reino Unido, cobrando responsabilidades do governo chinês:

“Esperamos que a China nos respeite, como ela deseja ser respeitada”, declarou na segunda-feira o ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian. “Nada pode voltar a ser como antes” enquanto a China não esclarecer de forma cabal tudo o que está relacionado com o vírus, observou na semana passada seu homólogo britânico, Dominic Raab.

A interessante matéria destaca, ainda, uma guerra de narrativas, com a qual, propagandisticamente, a China exibe suas remessas de material médico e de enfermagem ao Ocidente, enquanto silencia o fato de haver o Ocidente feito o mesmo quando o problema se manifestou em Wuhan. A BBC, em 28 de julho, divulgou matéria em que médico chinês afirma haver, em 12 de janeiro, informado as autoridades chinesas sobre a transmissão humana do vírus. O alerta, contudo, só foi levado ao público em 19 de janeiro (3).

Por isso, penso que o PCC, soberano senhor do povo chinês, repito, deveria oferecer sua vacina de graça à humanidade. E a humanidade deveria devolver a mercadoria. Alias, gostaria que o presidente da República enviasse uma dose dela para os jornalistas que o recriminam por sua atitude de resistência. Quantos realmente iriam usá-la?
Enfim, a China deveria indenizar a humanidade pelo estrago que fez, deveria usar seu aparelho tecnológico para extinguir os riscos que provenientes dos maus hábitos alimentares de alguns de seus cidadãos, ou dos ensaios empreendidos por eventuais “doutores Nirvana” de seus laboratórios. Jamais, jamais, ganhar dinheiro vendendo vacina às vítimas do vírus que veio de lá.


Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.