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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Ninguém problematiza o machismo estrutural entre os garis - Gazeta do Povo

Bruna Frascolla 

Identitarismo

O martírio de Joana Angélica. - Foto: Anônimo/ Wikimedia Commons

Quando desembarca no metrô em Ipanema, no Rio de Janeiro, tem-se a opção de sair pela Joana Angélica ou pela Maria Quitéria. Para o carioca, são apenas nomes de rua. Para os baianos, porém, Joana Angélica e Maria Quitéria são mulheres símbolo das guerras pela Independência da Bahia. Não foi um movimento separatista; foi um movimento para se libertar do jugo armado de Lisboa e acompanhar o Rio de Janeiro na Independência do Brasil.

Pelas minhas contas, o identitarismo começou a se impor no Brasil em 2015. Os conflitos armados pela Independência da Bahia começaram em fevereiro de 1822 (antes do grito às margens do Ipiranga) e terminaram em 2 de julho de 1823. Desde então, a Independência é muito comemorada em Salvador e no Recôncavo, e as heroínas são conhecidas desde a escola. Os baianos convivem com a memória de Joana Angélica e Maria Quitéria duzentos anos antes de aparecer a empoderada de cabelo rosa e argola de boi no nariz querendo nos catequizar em vitimismo. Os cariocas, em algum momento de sua urbanização, dedicaram os logradouros de Ipanema aos heróis da Independência da Bahia. Não deixaram de fora essas duas mulheres.

Que fizeram elas pela Independência? Em 19 de fevereiro de 1822, quando a soldadesca baiana ensaiava reações anárquicas à ocupação militar portuguesa, a abadessa Joana Angélica escondera mais uma vez os revoltosos baianos no Convento da Lapa. Eles atacavam e se escondiam lá, para grande irritação dos portugueses. Estes foram ao convento, tiveram uma altercação com a abadessa e a trespassaram com uma baioneta. Ela morreu no dia 20 de fevereiro de 1822, causando uma imensa comoção e incendiando o povo. Segundo a versão ensinada às crianças em casa pelas famílias e nas escolas pelos professores, Joana Angélica teria dito aos portugueses que eles só entrariam ali passando por cima de seu cadáver. Seu ato de bravura custara-lhe a vida.

Quanto a Maria Quitéria, sua excepcional bravura fez dela um símbolo da independência baiana. Ela era casada e o marido não queria ir para a guerra. Então ela pegou a farda dele, vestiu-se de soldado e foi. Sua destacada participação foi reconhecida pelas autoridades militares, que lhe deram um kilt escocês para improvisar um fardamento feminino. É com o kilt que ela é representada em pinturas e monumentos. Primeira mulher a sentar praça no Brasil, ela ganhou uma medalha da Ordem do Cruzeiro.

A revolta das Luluzinhas
Duzentos anos depois de Maria Quitéria optar por uma atividade essencialmente masculina e obter êxito nisso, as manas empoderadas se esvaem em lágrimas digitais por causa de uma piada. Mais: a piada era sobre uma obra cujos dirigentes se gabavam de escolher as pessoas em função do “gênero”, tinha um monte de mulheres (o que de fato é bem incomum em engenharia), e... caiu.

Como ninguém ainda conseguiu controlar a internet, começou a circular um vídeo em que uma porção de manas empoderadas do mundo corporativo ficava falando de como é importante contratar mulheres. Uma certa Vilma Dias Armenini, analista de RH, disse: “Procuro sempre contratar as mulheres”. Noutros tempos, causaria vergonha admitir preconceito assim. Ao cabo, as misândricas querem o roubar emprego dos homens e ainda levar a pensão “alimentícia” dos homens. Como é que o homem vai bancar o iPhone das crianças se o RH deve se esforçar ao máximo para não empregá-lo?

O vídeo usou este material da cambaleante construtora Acciona, pôs cortes com cenas do desmoronamento da obra e incluiu legendas irônicas. Uma engenheira aparece dizendo “Tem uma barreira na engenharia com relação às mulheres”, e sobe o letreiro “Por que será?”. Corta para o desabamento. Foto das manas triunfais ganha as letras: “As grandes guerreiras!”.

Eduardo Bolsonaro compartilhou nas redes uma versão reduzida do vídeo satírico e disse o óbvio: “‘Procuro sempre contratar mulheres’, mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro? Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor. Escolha sempre o melhor profissional, independente da sua cor, sexo, etnia e etc”. Eis uma mensagem em perfeita conformidade com a igualdade de oportunidades, contrária à discriminação por sexo e cor.

Mas agora é feio ser contra a discriminação por sexo e cor. Ser a favor à igualdade de oportunidades faz de você extrema-direita. O sucessor de Prestes tuitou: “Atenção, mulheres! Eduardo Bolsonaro acha vocês incompetentes. No que depender dele, vocês não terão emprego e serão sempre culpadas antes mesmo de qualquer apuração. Ele não respeita mulheres, mas gosta do seu voto. Dêem a resposta a esse misógino e misógino pai dele em outubro!”. Isto não é verdade. O deputado não defendeu que apenas homens fossem contratados. Se Roberto Freire acha que uma mulher precisa de discriminação misândrica para ser contratada, o machista é ele. 

A coluna de Monica Bergamo, conhecido canal de divulgação do PT,  toma as dores da empresa: “O material original exaltava a participação de mulheres no empreendimento, destacando a contratação de engenheiras para o canteiro de obras e de outras profissionais envolvidas diretamente nos trabalhos. Na versão feita agora, para relacionar o rompimento na pista à participação feminina e questionar a competência das profissionais unicamente por causa do gênero delas, imagens e falas de entrevistadas foram tiradas de contexto e ridicularizadas”.

Ciência social de RH
O raciocínio de fundo merece ser chamado de ciência social de RH. Entende-se que homens e mulheres são tabula rasa, e toda diferença entre os sexos se explica por coerção estatal. Elas olham para qualquer emprego do mundo corporativo e perguntam: “Por que não são 50% de homens e 50% de mulheres?” Resposta: machismo estrutural. Como corrigir? Na mão grande, discriminando os homens. E se for 100% de mulheres, está ótimo, porque há injustiças históricas a serem reparadas.

Curiosamente, só fazem essas perguntas a respeito de profissões de status em que homens costumam maioria, tal como engenharia. Ninguém problematiza o machismo estrutural dos garis nem quer botar cota para mulher entre eles. Enfermagem, embora goze de certo status, também não conta: ninguém quer desconstruir a masculinidade botando cota para homem.  Tratas-se, no frigir dos ovos, de um movimento dogmático que visa a reserva de vagas de trabalho para mulheres de classe média.

Se acreditarmos nas Luluzinhas do mundo corporativo (mundo este que corrompeu universidades, dando-lhes dinheiro via Fundação Ford), não é preciso investigar nada sobre os impactos da evolução nas diferenças entre o cérebro humano de ambos os sexos. Isso, sim, é negacionismo científico. Implica ignorar todo o campo da psicologia evolutiva.

O mundo do RH

Outra implicação problemática é a passividade da mulher. Em princípio estou aqui, feito um objeto, até que uma graciosa mana do RH resolva me empoderar, tirando o emprego de um “macho escroto” e dando-o para mim. Fico sentadinha esperando a gerência cuidar de mim e da justiça terrena.
Se for verdade que o mundo funciona assim, como explicar a decisão de Quitéria de pegar a farda do marido, se passar por homem e ir à luta? Onde ficam a liberdade individual e a iniciativa própria? O mundo ideal teria um RH gigante gerindo a humanidade?
 
Eu acredito que uma grande obra projetada por engenheiras pode ser bem feita, desde que as engenheiras tenham passado por um processo seletivo meritocrático. 
Se a empresa fizer um processo seletivo lacrador e contratar uma engenheira negra gorda trans lésbica cadeirante para fazer uma pontezinha, eu vou de barco.

O caso de Maria Quitéria mostra que mulheres podem, por mérito próprio, se sobressair em atividades essencialmente masculinas. No caso de Maria Quitéria em particular, a bravura é essencial para o seu destaque, e a passividade é completamente incompatível com isto.

Há outras mulheres de sucesso cuja atividade prescinde de bravura. Marie Curie, por exemplo, precisou superar preconceitos para se firmar como cientista. As virtudes de um cientista são bem diferentes das de militares. Assim, ela não precisa ser brava para ser boa; bastava fazer grandes descobertas científicas. O Ocidente fez com que as mulheres não precisassem de uma bravura especial para se dedicar a uma profissão pacífica. Mulheres não precisam mais enfrentar preconceito ao entrar na universidade, e está muito bem assim. Isso é igualdade de oportunidades.

Agora, já imaginaram se a Independência da Bahia dependesse do RH da Acciona? Cataria Maria Quitéria pela mãozinha junto com uma porção de donas de casa. O mérito iria pelas cucuias, e o batalhão das mulheres seria uma piada pronta. Se o RH da Acciona cuidasse da ciência, tampouco daria muito certo para Marie Curie. Alocada num “time” feminino cheio de donas de casas recrutadas a contragosto para cumprir tabela, ela se perderia na multidão de nulidades e seria impedida de trabalhar com um colaborador, que por acaso era o seu marido.

Deus me livre de RHs. Se vir uma Luluzinha querendo me recrutar, declaro voto em Eduardo Bolsonaro na hora.
 
Bruna Frascolla,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Quem buscou dinheiro 'esquecido' nos bancos encontrou valores irrisórios ou nada. Veja histórias - O Globo

Algumas pessoas conseguiram acessar o site do Banco Central antes de ele ficar fora do ar. Falha vira piada nas redes sociais

Assim que a ferramenta do Banco Central (BC) foi anunciada, com estimativa de R$ 8 bilhões "esquecidos'' em bancos, a cabeleireira Jéssica Soares, de 29 anos, não perdeu tempo: ela conseguiu acessar o site antes que o sistema começasse a apresentar falhas. O saldo encontrado, no entanto, não foi lá essas coisas: somente R$ 1,92 a receber.— Não consigo fazer muita coisa com isso, mas, para quem não esperava nada e só entrou por curiosidade, está ótimo — brinca a mineira de Belo Horizonte.

A contadora Fátima Rebelo, 57 anos, do Rio, também conseguiu acessar o Sistema de Informação de Valores a Receber (SVR) antes que este saísse do ar, mas terminou frustrada: — Digitei meu CPF e apareceu uma mensagem que eu não tinha nada a receber, nem de poupanças encerradas, nem de consórcio. Eu já desconfiava mesmo que não teria, mas resolvi checar. Qualquer quantia inesperada, até mesmo R$ 100, já ajudaria a pagar as despesas extras de início de ano que eu tenho: IPTU, IPVA e seguro do carro.

Já o estudante de veterinária Pedro Henrique Gomes, de 25 anos, do Rio, passou a manhã inteira tentando acessar o sistema, mas em vão.

Portugal:  Brasileiros investem R$ 4 bi em 'Vale do Silício' de Portugal, que vai criar 15 mil empregos

Gomes acredita ter dinheiro parado de uma conta antiga, de 2016, que foi encerrada há pouco menos de dois anos para evitar as altas taxas. O dinheiro, se houver algum, seria utilizado para inteirar a próxima fatura do cartão de crédito, conta o jovem.

Brincadeiras nas redes sociais

— Não lembro se eu cheguei a sacar alguma coisa quando fechei a conta. Fiz por aplicativo do banco, então pode ser que ainda haja alguns trocados por lá. Não muito, mas acho que posso ter em torno de R$ 50 — diz . — Mas é difícil saber se tenho direito a algo se o site não colabora.

A queda do sistema, devido ao elevado número de acessos, gerou inúmeras críticas nas redes sociais. Mas também houve brincadeiras.

Aposentadoria do INSS:  Contribuição de quem está na ativa vai mudar. Veja qual será o desconto no seu salário

“Medo de entrar no site do BC e descobrir que, além de pobre, estou devendo na praça”, escreveu uma internauta. Outro fez piada com a nova funcionalidade e as falhas do sistema: “Se fosse pra tirar dinheiro da gente, estaria rodando perfeitamente”.

Surgiram ainda relatos de tentativas de golpe. Uma internauta contou ter recebido um telefonema informando que ela teria valores a receber e pedindo a confirmação de dados sensíveis. Na segunda-feira, o BC ressaltou que o processo só pode ser feito pela plataforma Registrato, em seu site.

Economia - O Globo 

 

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A piada do ministro da Saúde sobre a “calça apertada” de Doria - Bela Megale

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem feito piada sobre o governador de São Paulo, João Doria, em conversas com alguns interlocutores. O médico costuma contar um episódio que teria acontecido durante uma visita que fez à fábrica do Instituto Butantan, que produz a Coronavac.


O ministro diz que, quando foi vestir a roupa de proteção para entrar no instituto, perguntou a Dimas Covas, diretor do Butantan, como são as visitas de Doria, já que ele “gosta de calça apertada”. Aqueles que ouvem a história dizem que Queiroga conta o episódio com humor que os presentes entraram na brincadeira.

“Calça apertada” ou “calcinha apertada” são os apelidos usados pelo presidente Bolsonaro e seus apoiadores para ofender o governador Doria.

 
Bela Megale, colunista - Blog em O Globo


quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Verdades incômodas - A verdade do ministro Moraes, da série 'cada um com a sua verdade', ou ...

Paulo Polzonoff Jr

.....mentira da verdade (ou a verdade da mentira?) 

- Fake news é crime, Alexandre de Moraes é gênio e meu editor é bonito 

Se eu tiver que explicar a piada  é porque a coisa tá preta, mermão. Friedrich Nietzsche

 Meu editor: bonito, bom de bola e um coxa-branco inveterado

Meu editor: bonito, bom de bola e um coxa-branco inveterado -  Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom 

O ministro Alexandre de Moraes é um grande constitucionalista. E, apesar da pouca idade (45 anos), ele já se destaca como o melhor dentre todos os juízes do Supremo – e olhe que estamos falando de uma instituição que, de acordo com uma pesquisa recente, é a mais admirada pelos cidadãos, com 92% de aprovação. Além disso, desde que foi nomeado ministro, ele preza pela atuação discreta e cumpre como nenhum outro seu papel de guardião da Constituição.

 Foi assim, cumprindo apenas seu dever, que o ministro Alexandre Moraes abriu o chamado Inquérito das Fake News. Do qual é o juiz natural e também a vítima – como permite o ordenamento jurídico brasileiro. Desde que resolveu expor a mentira da verdade (ou a verdade da mentira?), porém, muita gente tem se dedicado a macular a honra ilibada do ministro, dizendo, entre outras coisas, que o inquérito pretende investigar e punir pessoas por um crime que não existe.  

Será preguiça de pegar o Código Penal na estante ou má-fé? Hein? Hein?

Todo mundo sabe que disseminar boatos e histórias falsas é crime intercontinental desde que Goethe causou uma onda de suicídios na Europa com seu romance “As Cartas do Jovem Werther” – uma fake news romântica em forma de literatura. No Brasil, as fake news, com o nome ultrapassado de conhecença proditória, viraram crime inafiançável com a Lei Nelson Rubens  – de cuja aprovação a direita não lembra porque estava ocupada demais dando o golpe que derrubou a presidenta Dilma.

Poderia ficar aqui horas e horas falando da inteligência, sagacidade, espírito democrático, desprendimento político e altivez de caráter do ministro Alexandre de Moraes. Mas, antes de voltar a defender a honra in-ques-tio-ná-vel dele e de seus pares, bem como sua conduta até aqui juridicamente perfeita, deixe-me expor mais alguns fatos relevantes para a compreensão deste texto.

É importante dizer, por exemplo, que o ministro Luís Roberto Barroso é um sábio. Nada menos do que um sábio. E que, em sua sapiência quase infinita, ele nos guia rumo a um futuro de democracia eterna. Barroso age movido por nenhum outro interesse que não testemunhar a prevalência da lei. Seu único defeito, aliás, é ser reconhecidamente um conservador que nunca, em nenhum momento, jamais defendeu causas progressistas.

Não menos importante para essa discussão toda, me vejo obrigado a incluir neste texto a informação que, no voto auditável, como nos ensinou a sempre muito didática e sobretudo pessoa do bem Tábata Amaral, as pessoas levam o papel impresso para casa – o que pode fazer com que o Brasil regrida 200 anos, para o tempo em que os nazistas, liderados por Borba Gato, controlaram o país por meio de uma ditadura militar. Viva o SUS e não ao retrocesso!

Preciso dizer mais, embora talvez seja um pouco tarde para isso. A fim de que o texto fique beeeeeem claro, sobretudo aos que chegaram até este parágrafo e estão olhando para um lado e para o outro, sem entender se é mesmo o Polzonoff escrevendo ou se a coluna foi tomada por um hacker (desses que nunca conseguiram violar nossas urnas eletrônicas), preciso agora dar duas ou três piscadelas e dizer que uma pesquisa recente aponta que 87% dos brasileiros votariam em Lula e pelo menos 112% confiam cegamente na urna eletrônica e na matemática do cronista.

Agora volto ao caso das fakes news em si, na esperança de me fazer compreendido. Pois bem. A ideia de que o Legislativo é quem cria as leis do país se baseia num conceito ultrapassado de homens brancos escravagistas que acreditavam em bruxas e na separação entre poderes

O novo entendimento, em vigor nos países mais modernos do mundo, incluindo o Butão, é o de que cabe ao Judiciário fazer leis quando o Congresso se omite ou está ocupado com CPIzinha. Isto é, sempre.

Na batalha de Alexandre de Moraes pela Verdade, talvez tenha sobrado ao ministro humildade. Só isso explica a não citação dessa passagem do livro Constituição à Luz do Consequencialismo, escrito pelo próprio Alexandre de Moraes, com prefácio de Luis Roberto Barroso (o que é mera coincidência) e com prefácio do ex-presidente Michel Temer. [o criador do Moraes] O trecho justifica claramente a existência de um Judiciário ativo, mas equivocadamente chamado pelos detratores de ativista. Vê se pode uma coisa dessa, Dirceu!

Para encerrar, ainda que pareça um parágrafo assim pinguelo e à solta num texto muito muito muito sério, gostaria de acrescentar que meu editor é bonito, bom de bola e um coxa-branco inveterado. E tenho dito.

Paulo Polzonoff Jr, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 20 de maio de 2020

Enquanto o coronavírus mata, ... VEJA - Blog do Noblat

Cloroquina é a droga receitada pelo presidente para tratar doentes com coronavírus. [A cloroquina é usada, com êxito, no tratamento da malária.
Estudos realizados por várias instituições de pesquisa recomendam que a medicação só deve ser utilizada sob prescrição médica - portanto, a palavra final será dos médicos, da ciência.]Não há comprovação científica de que ela funcione, mas ele mandou que o Exército a produzisse em larga escala. Tubaína é um refrigerante de baixo custo à base de guaraná. Jair Bolsonaro é o presidente mais estúpido e ignorante da história do Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro durante protesto realizado por seus apoiadores, em Brasília Adriano Machado/Reuters

O mundo em que ele vive não gira em torno do Sol. Não tem vida inteligente nem seres sensíveis. As espécies são as mais rudimentares. Chafurdam em pântanos que exalam odores apodrecidos e venenosos. Não sobrevivem por muito tempo. Mas enquanto duram, tentam capturar e destruir os seus semelhantes. O planeta da morte. 

Em menos de dois meses, o número de brasileiros vítimas fatais do coronavírus ultrapassará, hoje, a casa dos 18 mil. E o de infectados poderá chegar a 300 mil. A soma dos mortos já é maior do que a população de mais da metade dos municípios do país. O Brasil é o terceiro país com mais casos confirmados da doença e avança célere para a vice-liderança. [Situação complicada e que mostra que a decisão de deixar por conta de governadores e prefeitos o combate à pandemia não foi das mais felizes;
O primeiro decreto estabelecendo medidas para combater o coronavírus foi em São Paulo, estado onde foi constatada a primeira vítima do vírus, em fevereiro/2020 e que se mantém na liderança (certamente indesejável) do número de contaminados e de mortos.]  

O fato é que o Brasil perdeu a luta contra o Covid-19. Como poderia ganhar com um presidente da República que se recusou a lutar? Bolsonaro foi o maior aliado do vírus quando ele apareceu por aqui em meados de março último. E continua sendo aliado. Não parece possível que ao cabo da pandemia seja absolvido por crime tão monstruoso e premeditado.

Quantas vezes você já o ouviu dizer: “Fiquem em casa, se protejam, é uma doença perigosa”? Nunca disse. Parece absurdo, mas ele nunca disse. Quantas vezes você ouviu Bolsonaro lamentar as mortes? Duas ou três vezes, se tanto. E sempre de maneira apressada. Quantas vezes você o ouviu dizer: “Precisamos salvar a Economia”. Ah, dezenas! São poucos no mundo os chefes de Estado que se comportam dessa maneira. Conta-se nos dedos de uma mão o número deles. Bolsonaro é um dos dedos. E é também o mais importante dado ao tamanho do país que preside, e ao tamanho de sua população. É por isso que o mundo olha para o Brasil com assombro e não quer acreditar no que vê. 
Como foi possível a eleição de um tipo tão primitivo como é Bolsonaro?
[o presidente Bolsonaro foi eleito com quase 60.000.000 de votos para  moralizar o Brasil, restabelecer a LEI e a ORDEM, jamais, se esperava uma pandemia que está derrubando toda a economia mundial e já causou mais de 300.000 mortes e milhões de infectados.
Agora é rogar a DEUS para que a epidemia seja contida, a economia se recupere logo e o presidente Bolsonaro volte ao seu programa original de governo - mesmo que para executá-lo necessite de mais de uma reeleição.] Como é possível que os militares batam continência para ele e o apoiem com entusiasmo depois de tê-lo afastado do Exército no passado por indisciplina e conduta antiética? Até quando esse sujeito se manterá no poder apesar de todo o mal que causa ao país?

VEJA - Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - MATÉRIA COMPLETA



segunda-feira, 15 de julho de 2019

Ex-marido de Maria do Rosário (PT) é preso com drogas. Não vou fazer piada - Felipe Moura Brasil

 Veja

[desde inicio dos anos 80 que  o ex-marido da deputada, César Augusto, gosta de drogas.]

Deu na Rádio Guaíba: “O ex-marido da deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT) está entre quatro presos pela Polícia Civil nessa manhã, em Viamão, em uma ação contra o tráfico de drogas. Segundo a 3ª Delegacia de Polícia do município, César Augusto Batista dos Santos armazenava pedras de crack e cocaína prontas para venda. As […]


Rosário:
“O ex-marido da deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT) está entre quatro presos pela Polícia Civil nessa manhã, em Viamão, em uma ação contra o tráfico de drogas."
Segundo a 3ª Delegacia de Polícia do município, César Augusto Batista dos Santos armazenava pedras de crack e cocaína prontas para venda.  As drogas foram encontradas em uma casa de dois pavimentos, no bairro Santo Onofre, em nome dele. O suspeito informou a polícia que foi casado com a parlamentar no início dos anos 80.

Uma moto que teria sido usada para entregas de drogas também foi apreendida no local. O flagrante foi resultado da investigação sobre a apreensão de um fuzil e outras operações conduzidas na região, há cerca de um mês. Outras prisões ocorreram nos últimos dias. A polícia verifica se os presos têm antecedentes criminais.

Não vou fazer piada a respeito.
Não vou mencionar a coincidência entre Rosário ter sido casada com um suspeito de tráfico e fazer até hoje a defesa do “direito dos manos”.
Vai que ela ameaça me processar de novo?
Ui, ui, ui.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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 Felipe Moura Brasil - Veja

 

terça-feira, 25 de junho de 2019

Presidente de banco público faz questão de manter fama de “garanhão”

[FORA DO TEMA]

Quem acompanha de perto o escândalo sexual que abalou as estruturas de um banco público diz que o atual presidente da instituição faz questão de manter a fama de “garanhão”.



Mesmo depois de ter sido flagrado aos amassos com uma funcionária dentro de um carro, no estacionamento da sede do banco, em Brasília, ele continua atacando possíveis vítimas.  Essa carreira de “pegador”, como ele mesmo diz, vem de anos. Na iniciativa privada, também foi flagrado, diversas vezes, dando em cima de subordinadas. O chefe, acredita ele, pode tudo.

Dentro do governo, todos sabem das estripulias sexuais do presidente do banco público, mas a opção é por fechar os olhos, fingir-se de morto. Afinal, “o cara é só um garanhão”.   O problema é que, ao tratar o caso como folclore, o governo estimula que o presidente do banco público use o poder que ele acha que tem para satisfazer o ego.

No banco público, tantos foram os casos registrados desde o início do ano, que muita coisa já é tratada como piada. Mas a revolta começa a crescer, em especial diante da omissão do governo. [talvez a revolta seja de quem inveja  o fato do presidente do banco público ser priápico e das que não foram, digamos, contempladas.]

Blog do Vicente - CB 

 

 

segunda-feira, 18 de março de 2019

O ex-capitão na América

A questão crucial será mesmo a Venezuela



O presidente Jair Bolsonaro parte neste domingo para os Estados Unidos, primeira investida internacional depois da discreta passagem por Davos, para muitos uma presença decepcionante. [se Bolsonaro se empolgasse e usasse os 45' que tinha em Davos, seus eternos e desesperados críticos (aceitam o fato que Bolsonaro, com as Bênçãos de DEUS, presidirá o Brasil até 32 dez 2022, com chances de reeleição) diriam que ele falou bobagem, deveria ter falado menos, por ser inexperiente, etc, etc;
falou pouco o martirizam por ter desperdiçado tempo, quando sabemos que o dito em Davos tem valor mínimo, mero cosmético, o que vale é o negociado por trás do palco.] Embarca após um gol de placa de seu governo: o leilão para concessão de 12 aeroportos que rendeu ao Tesouro R$ 2,37 bilhões, 10 vezes mais do que o previsto. O temor é que esses bons ventos sejam desperdiçados com estultices, tão usuais nos costumes do visitante e do anfitrião.  A agenda do presidente brasileiro envolve acordos para a utilização da base de Alcântara e troca de tecnologias, pauta construída pelo atual embaixador Sérgio Amaral, que está com os dias contatos em Washington. Oficialmente não há nada previsto quanto à saia justa da taxação dos Estados Unidos ao aço brasileiro, tema relevante para a economia nacional.

A questão crucial será mesmo a Venezuela. O governo Trump conhece a posição brasileira contrária a Nicolás Maduro e tende a pressionar o Brasil para que faça mais do que apoiar Juan Guaidó e ajudar venezuelanos na fronteira. Trump não vai sossegar até ter algum êxito em meter o Brasil mais firmemente nesse imbróglio. Ainda que consiga sair ileso, o Brasil deverá amargar derrapadas diplomáticas.  Correndo por fora e previsto para ocorrer antes mesmo da reunião com Donald Trump, fala-se de um jantar de Bolsonaro com Steve Bannon ex-assessor de Trump, hoje persona odiada pelo presidente americano —, articulado pelo guru Olavo de Carvalho, que, nos últimos tempos, anda para lá de injuriado. Embora proteja o seu pupilo, o autointitulado filósofo tem desancado com gente do governo nas redes, espalhando ira para todos os cantos. Brigou feio com o vice-presidente Hamilton Mourão, alimentou um pandemônio no Ministério da Educação e até pediu que seus alunos deixassem a pasta.

Carvalho tem influência inegável. Além de ter indicado os ministros da Educação e das Relações Exteriores, exibe vitórias significativas no embate entre os fundamentalistas, que ele representa, e que querem banir a “esquerda” do planeta, e os pragmáticos, defensores de um governo de resultados, em especial na economia. Com um viés sempre conspiratório, é ainda um dos mais ferrenhos críticos da imprensa. Mas, pelo que se sabe, Carvalho, mesmo próximo aos trumpistas, não meteu o bedelho na agenda do ex-capitão na América.  De Eduardo, um dos filhos do presidente, vem a ideia de acabar com a exigência de visto para americanos no Brasil. Com endosso do chanceler Ernesto Araújo e o argumento de desburocratizar a entrada de turistas e de dólares, a concessão do benefício de forma unilateral joga por terra o conceito de reciprocidade, regra cara ao Itamaraty, que o país aplica, indiscriminadamente, desde sempre. O visto é obrigatório para visitantes das nações que o exigem dos brasileiros. E não há nada que justifique a excepcionalidade. 
[americanos sem visto só com reciprocidade;
sem reciprocidade, americanos só entram no Brasil com visto.]

O encontro tête-à-tête com Trump só acontece na terça-feira. Uma cúpula de 20 minutos com mais 30 minutos de atendimento aos jornalistas nos jardins da Casa Branca. Até lá, o ídolo absoluto de Bolsonaro não terá um único minuto para pensar no Brasil. Continuará enrolado com questões internas, a começar pela inédita derrota sofrida no Senado, que, com apoio de alguns de seus partidários republicanos, barrou a emergência nacional para remanejar recursos do orçamento em favor do muro na fronteira do México. Sem pensar duas vezes, Trump protagonizou outro ineditismo: usou seu poder de veto para reverter a derrota, o que pode refletir na perda de controle do Legislativo, inclusive dentro de seu partido.
É esse Trump tipo durão, de arma em punho, do faço e aconteço, que Bolsonaro cultua.

Talvez o presidente brasileiro não tenha se atinado que esse lado do magnata é folclore, piada. Mas o pior é transformar a chacota em loas, tendo-a como mérito a ser louvado, como fez o deputado Eduardo Bolsonaro ao resumir sua expectativa do encontro do pai: “Os dois são pessoas muito carismáticas, não vão pela linha do politicamente correto, [cabe acrescentar: repudiam a ditadura da diversidade.] detêm muitas afinidades”.
Uma coisa é certa: as redes sociais vão bater recordes durante a jornada norteamericana. Que o santo padroeiro do Twitter nos proteja de todos os males. Talvez assim o Brasil se safe.

Mary Zaidan é jornalista. E-mail: zaidanmary@gmail.com Twitter: @maryzaidan

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Gleisi fala da ruína como se Dilma não existisse



Às vésperas do Ano Novo, Gleisi Hoffmann, a presidente do PT, ensaia um estilo de oposição inovador, com viés humorístico. A novidade está presente em duas notas que Gleisi veiculou no Twitter. Nelas, a dirigente petista faz considerações sobre a ruína econômica e sua consequência mais nefasta: o desemprego. O assunto é trágico. Fica engraçado porque Gleisi rodopia ao redor da tragédia econômica como se nela não estivessem gravadas as digitais do petismo e de Dilma Rousseff.

"Chega a ser comovente neste final de ano o esforço da mídia e parte de seus articulistas pra dizer que as coisas estão melhorando no Brasil. Só não dizem para quem", anotou Gleisi. "Divulgam índices econômicos (arrecadação, investimentos, empregos) insignificantes e de lenta, muito lenta evolução."  

A presidente do PT acrescentou: "No emprego, por exemplo, se nada for feito diferente, levaremos 10 anos pra recuperar os índices de 2014. A economia pode esperar este tempo, a vida das pessoas não. Ah, e nada vai ser feito diferente. Já foi dito por quem assumirá o Poder." Ex-ministra-chefe da Casa Civil no governo Dilma, Gleisi despachou no quarto andar do Planalto entre junho de 2011 e fevereiro de 2014. Testemunhou a construção dos alicerces do desastre. Ela bem sabe que, entre 2013 e 2016, a economia brasileira encolheu 6,8%. Graças ao governo empregocida de Dilma, a taxa de desemprego saltou de 6,4% para 11,2%. Foram ao olho da rua algo como 12 milhões de trabalhadores.

(...)

Eleito graças ao antipetismo, maior força eleitoral da campanha de 2018, Bolsonaro já declarou que não pretende pleitear a reeleição. Mas Gleisi, ao raciocinar com o prazo de uma década, parece antever uma vida longa para a era do capitão. É como se a presidente do PT começasse a tomar gosto pelo novo papel que decidiu desempenhar. Gleisi se autoconverteu em piada.

[Só que piada, piada mesmo, a mãe de todas as piadas, é o Lula, o esperto, o líder inconteste, o capaz de ganhar uma eleição mesmo puxando cadeia.
Só que nas palavras de ilustre jornalista, fica claro que Lula não é tão esperto:
"Lula, o grande espertalhão, é o primeiro presidente do Brasil a ser condenado e preso, e passou o primeiro de muitos natais na cadeia". 


domingo, 26 de abril de 2015

Um bandido merece até ser castigado de forma cruel - mas um animal não deve ser maltratado, no mínimo, por não ter consciência do que faz

Maus Tratos aos animais e a impunidade legal 

Confesso, difícil manter o tom de homem calmo assistindo a televisão onde um ser humano adulto, empresário, classe média alta, que sem qualquer motivo, como por exemplo um ato reflexo por conta de uma mordida ou coisa que, minimamente, justificado fosse, agride cruelmente duas cadelinhas. E o pior dos sentimentos é a frustração de saber que não há a menor dúvida que nenhuma sanção razoável lhe será aplicada.

A verdade é que temos uma piada travestida de Lei. Vou tentar explicar sem muito juridiquês: Os Maus Tratos contra Animais são disciplinados pela Lei de Crimes Ambientais em seu artigo 32, , que assim diz: 
"Art. 32 - . Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos; Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa. Parágrafo 1º: incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos; Parágrafo 2º: A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal." 

Acontece que a explosão de felicidade recente dos defensores dos animais não se justifica, porque não foi a Lei Especial de Crimes Ambientais que foi alterada e sim o Código Penal. 

No novo Código Penal - as penas de maus tratos contra animais foram inseridas com uma previsão de 1 a 4 anos de prisão
Vamos soltar fogos? O agressor irá para a cadeia? Claro que não!

Quem conhece a Lei sabe que isso foi um engodo para enganar os inocentes e de boa-fé, pois é sabido que esta pena irá se transformar em pena restritiva de direitos (prestação de serviços à comunidade, proibição de sair fim de semana, pagamento de alguns salários mínimos ou qualquer outra coisa que afronte nossa inteligência e alimente a certeza da impunidade) por conta de outro artigo do próprio código que diz: “as penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo”.

Por incrível que possa parecer, não obstante o amor que se tenha ao animal, para o atual Direito, animal é “rés”, ou seja, “coisa” como um carro, relógio ou sapato (...)- podendo sua perda ser compensada em “outro do mesmo tipo ou valor”. Também é verdade que, embora não seja na velocidade que precisamos, há medidas em andamento para a efetiva proteção, atualmente discute-se um “Estatuto dos Animais de Estimação”. 

O fato é que estamos longe de alcançar um lugar-comum à condição dos animais para o Direito, pois as divergências doutrinárias os colocam de bens ou objetos à condição igualitária ao ser humano. A mais pura verdade é que quem tem a oportunidade de escolher e ser escolhido por um animal de estimação o enxerga como um ente querido; e quando o perde, chora as mágoas da perda de um familiar. 

Sabemos que existe muita gente que não é louca por animal, e, acredito, não mereçam sofrer nenhum tipo de sanção por conta disto- nem mesmo moral- afinal, ninguém pode escolher pelo outro a quem amar. As pessoas são diferentes e sentem de forma diferente, natural que haja respeito a elas e às suas opções. Da mesma forma que há aquele que não quer casar há o que não consegue se imaginar solteiro; existe aquele que adora um churrasco e aquele que sente a boca aguada só de ouvir a palavra abobrinha; quem não tem a menor vocação para ser pai ou mãe e quem só fica feliz quando a casa está lotada de crianças…tudo normalíssimo. Estranho seria impormos nossas vontades às pessoas. 

Mas todos, sem exceção, são obrigados a cumprir a Lei. Há um abismo entre não amar, mas não querer mal, e praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir, mutilar ou matar. Há, inclusive, estudos sérios que demonstram que agressores de animais e de mulheres tem os mesmos traços psico-patológicos. Demonstram profunda indiferença a dor de ambos, e, eventualmente, prazer em assistir ou impor crueldade às vítimas. 

Outra verdade é que os animais irracionais são o resquício do paraíso na terra, eles não invejam, mentem ou traem. Os homens, animais racionais, ao contrário, mentem, fingem, traem e perdem a cabeça. Penso que quanto menor for a capacidade do ser em se defender, maior será nossa obrigação em promover sua defesa.

Por: Antonio Marcos de Oliveira Lima -  •   Rio de Janeiro (RJ)  
Doutorando em Direitos Humanos pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora, Argentina.