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sábado, 25 de agosto de 2018

Roraima em chamas

A caldeira de pressão social explodiu no minúsculo município de Pacaraima “onde o vento faz a curva”, no dito costumeiro de moradores da região ao se referir a localidades extremas. Era previsível, inevitável. Uma crise, por assim dizer, anunciada. Na manhã do sábado, 18, após um assalto ao comércio da cidade, cometido – pelo que tudo indica – por um imigrante venezuelano, cerca de duas mil pessoas iniciaram o protesto que descambou para a violência, quebra-quebra e ataques generalizados com requintes de xenofobia. Os refugiados da terra do ditador Nicolás Maduro sofreram agressões, tiveram seus abrigos nas praças e ruas destruídos, pertences queimados e foram literalmente escorraçados da cidade. Cerca de 1.200 deles cruzaram a fronteira de volta ao país de origem. Humilhados, despojados de bens, documentos ou opção, ficaram novamente largados à própria sorte, sem eira nem beira. O desastre humanitário do povo venezuelano assume proporções gigantescas. Não há o que comer ou o que vestir, nenhum recurso para a subsistência. Muitos estão doentes, desesperados e fogem em busca de alternativas. A pequena Pacaraima, no coração de Roraima, com pouco mais de dez mil habitantes, recebeu quase o dobro da população nesse êxodo. 

Foram 50 mil imigrantes para o Estado. No total dos que atravessaram rumo ao Brasil nos últimos três anos, fugindo do regime autoritário, o número alcança impressionantes 120 mil pessoas – sem qualquer planejamento de alocação, estratégia de assistência ou controle sanitário por parte das autoridades. O pacato vilarejo de Pacaraima não tinha mesmo como comportar tamanho desembarque de desassistidos e, com sua estrutura física e econômica exaurida, irrompeu em tumultos e selvageria contra os estrangeiros. Em determinado momento, esse microcosmo habitacional representou o nítido e verdadeiro retrato da falência do Estado brasileiro, que vem se mostrando incapaz de promover o equilíbrio social da Federação e de prover demandas elementares – como essa de uma adequada integração de asilados (legais ou não) por aqui. O poder público, em todas as suas esferas – Executivo, Legislativo e Judiciário – falhou mais uma vez e de forma gritante. Não faltaram avisos, apelos. A governadora do Estado de Roraima, Suely Campos, em campanha pela reeleição, chegou a pedir ao Supremo Tribunal a medida extrema e populista do fechamento da fronteira. [pergunta: ajudar aos necessitados estrangeiro ou não)  é DEVER, inclusive estabelecido pelo próprio JESUS CRISTO;
Mas, se no afã de ajudar  aos necessitados estrangeiros, as condições de ajudar aos necessitados brasileiros desaparecem. O que fazer?
Infelizmente, qualquer tentativa de ajudar a um necessitado estrangeiro vai resultar, no mínimo, na piora de condições de um necessitado brasileiro.
As condições econômicas do Brasil  não permite generosidade, exceto, sacrificando um necessitado brasileiro.
Não é xenofobia, é fato.]
 
Não conseguiu, nem poderia. Mas diante da negativa, nada mais foi feito. Nem pelo Planalto. O problema do êxodo precisa ser encarado na sua real dimensão e complexidade. Não é possível simplesmente receber, de maneira indiscriminada e sem qualquer suporte ou planejamento, tamanha procura por abrigo. Em uma região com a infraestrutura precária, alto desemprego e longe de ostentar condições operacionais mínimas para fazer frente à chegada dos venezuelanos, qualquer desentendimento vira calamidade. E foi o que aconteceu. Há nesse desastre anunciado – e vergonhoso para a diplomacia nacional perante a América Latina e o mundo – lições elementares. A mais evidente delas, que vale em diversas ocasiões: é melhor prevenir do que remediar. Não adianta fechar os olhos ao problema e achar que ele vai se resolver sozinho, por osmose. 

Autoridades locais tentaram atenuar a situação com medidas improvisadas. Não adiantou. Só agora Brasília faz uma ação mais efetiva. Congressistas, militares e assessores do presidente Temer resolveram finalmente se debruçar sobre o assunto. Enviaram uma tropa de choque temporária de 120 homens do Exército com o objetivo de conter os ânimos. Avaliam redistribuir o contingente de imigrantes para outros estados e criar opções de atividade que garantam à maioria deles algum meio de sobrevivência.[distribuir os imigrantes para outros estados vai apenas espalhar o problema e até mesmo revoltar os milhões de brasileiros que estão à mingua e que terão dificuldades de aceitar que estrangeiros tomem seus empregos e sejam abrigados em melhores condições do que eles que são brasileiros.
Vão constatar que é melhor ser estrangeiro no Brasil do que ser brasileiro em nosso próprio solo.]  Não é, decerto, o suficiente. Um impacto ainda maior devido ao processo se verificou no campo da saúde. Epidemias de sarampo e malária, trazidas por essa população que veio de fora, já invadiu o País e se alastrou. Um programa de orientação de vacinação e avaliação médica dos imigrantes precisa estar em permanente prontidão. A baixa formação dos que cruzam a fronteira também é um impeditivo ao ingresso adequado no mercado de trabalho – que anda em queda por conta da crise. Brasileiros temem e resistem à ideia de gastos extraordinários do Tesouro para esse fim devido ao déficit público. São questões que vão muito além do problema humanitário e para as quais ainda faltam respostas. Nem mesmo os candidatos a presidente parecem ter qualquer alternativa para lidar com o tema. O conflito é crescente, perigoso e está a exigir saídas efetivas o quanto antes. Com responsabilidade, critério e diálogo.

Carlos José Marques, diretor editorial Editora Três/IstoÉ
 

quinta-feira, 14 de junho de 2018

O estilo bateu, levou de Salvini e o estupro e morte de Susanna

As complexidades de duas histórias que se entrelaçam, a bronca do novo líder italiano e o sacrifício uma menina judia de 14 anos na Alemanha 

A palavra xenofobia é invocada atualmente com uma facilidade espantosa.  Até os coitados dos brasileiros de Roraima, confrontados com a chegada em massa de venezuelanos em fuga do paraíso bolivariano, descobriram de repente que são perversos xenófobos, provavelmente piores do que Donald Trump. Tal como telefone e outras criações, sobretudo no campo científico, xenofobia é um termo inventado no século XIX com a junção de duas palavras gregas, embora não tenha nada a ver com a Grécia antiga (onde estrangeiros eram considerados bárbaros, com uma boa dose de razão, e sujeitos à escravização).
É xenofobia reagir negativamente à transformação de cidadezinhas medievais europeias em campos de refugiados?

Ver serviços públicos, como hospitais e escolas, sobrecarregados por novos e não pagantes usuários?
Acordar de manhã e ver ruas tomadas por um mar de homens curvados em preces para Alá?

Ter medo do aumento de crimes que pareciam confinados a incidentes isolados nos países desenvolvidos?
E, ao mesmo tempo, ter todos esses sentimentos e desejar uma solução humana para os migrantes em massa?

Duas histórias paralelas e sem nenhuma relação aparente que se desenvolveram esta semana mostram como é complicado lidar, pelos padrões da civilização ocidental, com grandes números de pessoas que querem sair de países miseráveis, quando não vivendo surtos de guerra e violência, e desfrutar das benesses das sociedades avançadas.Uma foi o bate boca de Matteo Salvini, o líder de um dos dois partidos que foram o novo e, como sempre, precário governo italiano, com o presidente Emmanuel Macron. Encarnação do mauricinho/melhor aluno da classe/garoto prodígio, Macron tem colocado as garrinhas de fora num campo em que só pode sair perdendo.

Adversários como Trump (espetado por tuítes, esmagado por um aperto de mão no Canadá) e Salvini (criticado pela atitude “cínica” e irresponsável” de fechar os portos a carregamentos de humanos vindos da África) não brigam na categoria peso punho de renda de Macron.  Projetado de uma liderança regional e um partido necessariamente excludente, a Liga do Norte, agora só Liga, para o duplo comando nacional (caminhando rapidamente para o comando único), Salvini sapateou com gosto. Exigiu desculpas e, com razão, uma abertura das fronteiras da França, se quiser dar lição de moral em outros países, especialmente numa Itália com 170 mil migrantes africanos para administrar. À Espanha, agora sob administração de esquerda, desejou boa sorte por receber o navio com migrantes rejeitado pela Itália.

Também com razão, por menos que se aprecie o seu estilo estridente, disse que os deslocamentos em massa para a Sicília e outros portos italianos mais próximos são um comércio. Vindos de um cinturão de países da África negra, os migrantes convergem para a Líbia, pagando caro a viagem. São transportados em botes até os navios de ONGs variadas que os levam para a travessia do Mediterrâneo.  Pedem asilo político na Itália e, se rejeitados, têm toda a rede de advogados públicos para infinitos apelos. Os que se perdem no trajeto garantido pelas ONGs podem acabar vítimas de naufrágios, aumentando a solidariedade e o desejo de ajudar dos europeus e americanos que se condoem com tanto sofrimento.

E o papa Francisco está sempre por perto para dizer que todos os países têm a obrigação de abrir fronteiras aos estrangeiros da África e do Oriente, mesmo quando existe o risco de aumentar a quantidade de atentados terroristas e outras ameaças à segurança.  Como filho de imigrantes italianos, o argentino mantém as mesmas concepções criadas pelas correntes humanas que rumaram para o Novo Mundo, inclusive o Brasil, nos séculos XIX e XX (todos com vistos, documentos de entrada, carimbos, exames médicos e outras exigências, lembre-se). Em condições histórias completamente diferentes, os migrantes atuais não têm nada dos lavradores italianos ou das governantas alemãs que acabavam na selva brasileira, trabalhando em condições duras, geralmente com sucesso notável.

O progresso econômico e social da Europa e dos Estados Unidos acabou criando uma contradição: migrantes clandestinos que chegam já esperando desfrutar das vantagens do estado de bem-estar social.  Existem também fenômenos culturais novos, inclusive o ressurgimento da identidade muçulmana, levando os novos migrantes a rejeitar qualquer tipo de integração aos novos países, confinando-se a espaços onde vigoram regras religiosas. E existem, claro, as pragas humanas, homens brutos, violentos e inconformados com um estilo de vida em que mulheres dividem todos os espaços e desfrutam de liberdade de movimentos.

Entra aí a história de Susanna Feldman, a menina de apenas 14 anos, estuprada por dois homens e estrangulada.  Filha de emigrantes judeus da Moldovia, Susanna desapareceu depois de sair com um grupo de amigas em Wiesbaden. Uma das meninas acabou contando para os pais que Susanna havia sido estuprada e assassinada, mas a polícia, alertada, disse que não havia o que fazer: sem corpo, sem crime.
É inacreditável , mas a investigação só começou quando outro menino, um refugiado afegão de 13 anos, contou ter ouvido a seguinte história: Ali Bashar, iraquiano de 21 anos, havia se exibido, contando ter estuprado e matado uma garota judia.

Detalhe: mesmo acusado de outro estupro, de uma menina refugiada de 11 anos, e de assalto, ele não só estava livre como pegou toda a família, passou no consulado iraquiano, conseguiu passaportes novos (facílimo, como se sabe) e voltou para o Curdistão, a região praticamente independente do Iraque.  A pedido das autoridades alemãs, Ali Bashar foi preso e deportado pelos curdos, sem cerimônias. Por qualquer padrão que se use, saiu ganhando.  A questão dos refugiados e migrantes clandestinos vem desestabilizando a Europa e provocando rachas na União Europeia – com suas palavras precipitadas e agressivas, Macron só piorou uma situação já ruim.

Até na Alemanha, onde Angela Merkel parece uma rocha inabalável até aos 1,2 milhão de estrangeiros aos quais abriu as portas, as tensões estão bombando.
O partido Alternativa para a Alemanha, da direita dura, atingiu a posição de terceiro mais votado única e exclusivamente devido à questão. Agora, Merkel enfrenta uma dissidência interna, do ministro do Interior, Horst Seehofer. Ele está traçando uma estratégia conjunta com o jovem primeiro-ministro da Áustria, Sebastian Kurz, e com o próprio Salvini. A peça principal seria rejeitar os refugiados que são registrados em outros países europeus – ou seja, todos, uma vez que não existe acesso direto à Alemanha.

Parece que Angela Merkel não gostou. Até agora, ela também não falou nada sobre o terrível martírio de Susanna Feldman, estuprada várias vezes por um falso refugiado, cujo pedido de asilo já havia sido rejeitado, e por um outro elemento do mal, um turco de 35 anos.  Colocar a pecha de criminosos em todos os migrantes é uma injustiça terrível. Mas também é repugnante tentar ignorar o medo e a revolta dos cidadãos confrontados com atos de barbárie e ainda por cima chamados de xenófobos.

Veja 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Saindo do vermelho



Para o eleitor comum, a maior bandeira é seu emprego, sua chance de mobilidade social
As eleições municipais no Brasil deram uma surra no PT e na esquerda. Foram mais de dez anos de voto de confiança no petismo e, enquanto a população estava no azul ou sonhando com o azul, era fácil votar na “esquerda”. Agora, a conta dos escândalos e da ineficiência chegou e o eleitor não perdoou. Lula tentou minimizar o impacto: “Essa é a beleza da democracia. É a alternância de poder. A troca de pessoas que governam”. Estas eleições foram uma punição, numa “beleza de democracia”.

[a esquerda tem que acabar - chega de comunismo, de desrespeito à família; a esquerda representa tudo que não presta.]

O voto ideológico e partidário já era. É quase impossível analisar o voto da maioria apenas à luz da lógica ou das redes sociais. Pior ainda é tentar desacreditar a maré conservadora à luz das paixões e militâncias. Analista que faz isso é ingênuo ou de má-fé.  A desilusão mundial com os políticos, pela corrupção e pelas mentiras, leva o eleitor a mandar um recado claro, com voto oculto não detectado pelas pesquisas eleitorais. Ele prefere apostar no desconhecido, por mais arriscado que possa ser. O desconhecido ainda não o decepcionou, ainda não roubou bilhões de verba pública, ainda não faliu estatais. O desconhecido com uma história pessoal de sucesso é um chamariz de voto.
 
Não é por acaso que 23 milionários tenham sido eleitos no primeiro turno prefeitos no Brasil.  Para o eleitor comum, a maior bandeira é seu emprego, seu trabalho, sua chance de mobilidade social. Sua família é a maior preocupação. Saúde, segurança e o futuro de seus filhos são o que lhe tira o sono. O futuro do planeta, a ecologia, a paz, nada disso guia a maioria silenciosa na urna. É sua felicidade e a dos muito próximos o que comanda seu voto. Não vivemos tempos de compaixão ou de solidariedade com imigrantes e refugiados, ou com vizinhos de prédio ou de fronteira, ou com menores carentes ou delinquentes. No Brasil, na Colômbia, na Hungria, na Grã-Bretanha, na Espanha, nos Estados Unidos, o panorama é parecido e individualista. Não é elogio nem crítica, mas uma constatação.

Ninguém esperava que um empresário e apresentador de TV ganhasse no primeiro turno a prefeitura de São Paulo. No Rio de Janeiro, o voto maciço em um pastor evangélico da Universal, sobrinho do bispo Edir Macedo, acompanhado por expressivos 14% de votos no filho de Jair Bolsonaro, revelou que o carioca mudou e mandou o PMDB às favas.

Marcelo Freixo, do PSOL do Rio, é a exceção vermelha que comprova a regra. Quem o garantiu no segundo turno foi o eleitor jovem e de curso superior, a Zona Sul afluente. O povão, em nome de quem Freixo promete governar, o rejeita. A primeira pesquisa Datafolha para o segundo turno mostrou que a maior diferença entre os dois candidatos está nos eleitores apenas com ensino fundamental: 52% para Crivella, 21% para Freixo.

A esquerda desmerecerá o voto da massa? Dirá que não é esclarecida? Ou assumirá que os mais pobres foram os mais afetados pelos desmandos do governo Dilma? Admitirá que o povo brasileiro é religioso, tradicional e tem valores próximos aos da direita militarista que vota em Bolsonaro? A maioria rejeita direito ao aborto, descriminalização de drogas, casamento gay, desarmamento civil e acha que bandido bom é bandido morto. Pode fazer referendo. Vai ver. Pelo mundo afora, é a mesma toada conservadora e de desencanto, que impulsiona um voto oculto ou envergonhado, invisível nas pesquisas. Há nuances segundo o país, mas é possível reconhecer um padrão. Abstenções, votos nulos e em branco estão em alta.

Um dos votos mais surpreendentes foi o do referendo na Colômbia. Era dado como certo que o povo colombiano aprovaria o acordo de paz com os guerrilheiros das Farc, depois de mais de 50 anos de guerra civil e 260 mil mortos. Mas o povo disse “não” no referendo. Rejeitou a anistia aos guerrilheiros.  Na Hungria, 95% rejeitaram em referendo abrigar cotas de refugiados de guerra e imigrantes. Na Grã-Bretanha, o povo decidiu pela Brexit, a saída da Europa. Na Espanha, nenhum partido consegue formar maioria em eleições, e o povo está há quase 300 dias sem um governo nacional – e feliz com isso. “Sem governo, sem ladrões”, dizem os espanhóis. Já nos Estados Unidos, Donald Trump é o ídolo dos nacionalistas, um fenômeno absurdo de ódio, racismo, xenofobia, machismo. Inexplicável?

Ao chegar a Nova York na semana passada, peguei no aeroporto um táxi dirigido por um jovem de Bangladesh, que foi com a família há 20 anos para os Estados Unidos. Perguntei em quem votará para presidente. “Ainda não sei”, disse com sotaque forte. “Não gosto de nenhum dos dois. Será um voto difícil [‘tough’]. Mas, no último dia, vou escolher Trump ou Hillary.” Fiquei boquiaberta. Tive a sensação de que o rapaz de Bangladesh já se decidira por Trump. Um voto oculto e envergonhado, como tantos que acabam por decidir uma eleição. [nem os Estados Unidos conseguirá resistir a um governo Hillary, logo após dois mandatos desastrosos de um Obama. Por isso Trump tem que ser eleito.] 

Fonte: Ruth de Aquino – Revista Época

sábado, 23 de janeiro de 2016

No submundo das gangues virtuais



ÉPOCA se infiltrou no universo desconhecido em que jovens promovem ataques racistas e homofóbicos

>> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana

Não eram nem 9 horas e Cesar já voltara para casa depois de envernizar o balcão de um bar, bico que lhe rendeu R$ 200 naquela manhã de dezembro. Entrou no imóvel de reboco aparente, na periferia de Sorocaba, interior de São Paulo, deu uma última olhada no Facebook e seguiu para o banho a fim de se desfazer do cheiro forte de óleo e resina. O quarto de Cesar é um refúgio privilegiado – “muito ajeitado”, nas palavras dele. Há uma cama box, videogame de última geração e até televisão full HD de 51 polegadas. Nada mau para os padrões da vizinhança. Ao ir para o banho e passar perto da janela da sala, estacou. 

 “Mãos pra cima”, gritou o policial na rua, com a arma engatilhada na direção dele. Paralisado com o susto, Cesar não conseguiu raciocinar. Seus irmãos mais novos dormiam no sofá e acordaram num sobressalto. Com a ajuda de seis policiais e quatro promotores, o visitante inesperado revistou o quarto de Cesar, apreendeu seu notebook e seu celular. Só mais tarde, a bordo de uma viatura policial a caminho de um depoimento, o jovem de 27 anos descobriu o que o colocara naquela situação.

 Cesar é um dos investigados pelos ataques racistas, em julho do ano passado, ao Facebook da jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, do Jornal Nacional, da TV Globo. Ele administrava o hoje extinto Boring, um grupo do Facebook suspeito de ter orquestrado o crime. Trata-se de uma das dezenas de gangues virtuais que rivalizam entre si no submundo da internet – um universo belicoso em que o poder é medido pelo acúmulo de curtidas e comentários nas publicações do Facebook. A trolagem jargão da internet para a publicação de conteúdos de humor, em geral depreciativos é a munição usada por eles. 

Os grupos (um dos maiores deles chega a 65 mil usuários) se estruturam seguindo uma hierarquia militar. Um administrador equivale a um general; o restante dos membros, a soldados que devem obedecer a ordens. São comunidades fechadas. Para entrar, é necessária a autorização de um administrador ou um convite de quem já participa delas. “O Facebook virou um campo de batalha”, disse Cesar a ÉPOCA. “Os grupos fazem de tudo para ganhar fama, até mesmo cometer crimes.” Por trás dos ataques, estão jovens de classe média baixa, em geral menores de idade – a maioria com pouquíssimo traquejo social.

Ao longo do último mês, ÉPOCA conversou longamente com dezenas de participantes e organizadores desses grupos, além de se infiltrar nessas comunidades fechadas com um perfil falso. Encontrou ali uma terra sem lei, desconhecida para grande parte dos 99 milhões de usuários do Facebook no Brasil. Num rápido passeio virtual, não é difícil encontrar conteúdos ilegais dos mais variados tipos de racismo e xenofobia até pornografia infantil. As imagens de adolescentes nuas são como troféus que garantem status a seus detentores. Funciona assim: um jovem que consegue um vídeo de uma menina sem roupa tira uma foto de um trecho que não exiba as partes íntimas. Ao publicá-lo, sugere um desafio como: “Se chegar a 700 curtidas, eu ‘explano’”, diz. “Explanar”, na gíria deles, é divulgar o vídeo na íntegra. Esse tipo de publicação gera engajamento e alça seus autores ao posto de líderes.

Fonte: Revista Época  - acesse: http://epoca.globo.com/vida/experiencias-digitais/noticia/2016/01/no-submundo-das-gangues-virtuais.html 

 Nota dos editores do Blog Prontidão Total: apesar do título da matéria fazer referencia a gangues virtuais - o termo GANG sempre leva a dedução de organização criminosa - cabe esclarecer que a LEGISLAÇÃO PENAL do Brasil não contempla o ato de repudiar portadores de homossexualismo, sua cultura e  práticas, especialmente quando querem impor seus hábitos imorais (seja pela prática em locais públicos ou pela ampla divulgação).

Assim, o repúdio aos portadores de homossexualismo (rejeição esta também conhecida como homofobia) NÃO É CRIME.

O artigo 1º do Código Penal Brasileiro é eloquente quando decreta: 'não há crime sem lei anterior que o defina.'] 

 

 

domingo, 22 de novembro de 2015

"O MUNDO SOB O SÍGNO DO MEDO"


A barbárie ocorrida na França deixa o mundo diante de um impasse. O extermínio de células terroristas pode passar perigosamente pelo sacrifício de vítimas inocentes aumentando ainda mais, de lado a lado, a intolerância social. Mirar as regiões conflagradas pelo terrorismo como alvo de ataques indiscriminados, tal qual vem acontecendo, coloca todos ali como culpados das atrocidades em série, não importando o papel de cada um nesses crimes. 

No momento, hordas de imigrantes sírios cruzam fronteiras e avançam sobre a Europa fugindo do caos. Em nada compactuam com os atentados covardes e cruéis dos “jihadistas”. Ao contrário. Sofreram com os atos cometidos por esses grupos, perderam tudo e almejam refúgio. Milhares de famílias, na luta incessante pela vida e contra o crescente avanço do Estado Islâmico, aventuram-se em travessias desumanas. Atiram-se ao mar. Em romaria desesperada sonham com a ajuda do Primeiro Mundo. Na maioria das vezes batem com a cara nas armas de polícias fronteiriças. São discriminados. Já eram vistos com crescente desconfiança.

Temem agora o pior. Acreditam que do mero sentimento de resistência muitos daqui por diante alimentem uma xenofobia exacerbada, com perseguições e retaliações de toda ordem. O medo e a revolta movem as pessoas em qualquer canto por esses dias e o fantasma da radicalização ronda a humanidade. Inúmeros são os muçulmanos que relatam episódios comprovando a proliferação da “Islamofobia”. Para atenuar seus efeitos, já debatem o abandono de hábitos tradicionais como o uso de véu e barba, renunciando a seus costumes em nome da tranquilidade.

Naturalmente, à luz dos inconcebíveis atos de extermínio praticados pelos extremistas do EI, não é de se esperar menos que um combate implacável, uma luta sem trégua das forças aliadas, para restabelecer a normalidade e a sensação de segurança que regem a boa convivência entre os povos. Mas é preciso também saber separar o joio do trigo. O fundamentalismo doentio de alguns visa barrar na marra a marcha civilizatória e o direito universal à liberdade, impondo o temor generalizado como arma de intimidação. 

Não lograrão êxito. Do mesmo modo que não pode ser concebido o abandono à própria sorte de exilados famintos e sem rumo. O trauma causado pelo banho de sangue derramado em Paris ficará na memória por anos a fio. Porém com serenidade e justiça os líderes globais devem pensar acima de tudo na proteção dos oprimidos e na preservação do respeito às diferenças de credo, raça e orientação política - sem que isso signifique concessões a abusos e crimes de qualquer natureza, por quem quer que seja.  

Fonte:  Carlos José Marques, diretor editorial - Revista IstoÉ

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Terrorismo motiva a Xenofobia e a conta ficará mais alta para os imigrantes

Eles vão pagar a conta

ISTOÉ esteve no prédio, em Saint-Denis, onde o suspeito de comandar os ataques na França foi morto. Saiba como a rotina dos moradores de bairros da periferia de Paris já mudou e vai ficar ainda pior, devido ao aumento da xenofobia 

Os habitantes de Saint-Denis, subúrbio ao norte de Paris, acordaram em choque na fria madrugada de quarta-feira 18. Os ventos – uivantes de tão fortes – não foram capazes de abafar os sons de rajadas de tiros e explosões. Refeitos do susto inicial, em questão de segundos os moradores puderam identificar a natureza dos estrépitos. Do lado de fora, ocorria uma pesada operação antiterrorista. Enquanto algumas pessoas espiavam a ação da polícia parisiense por entre as frestas das janelas, outras, investidas de medo e temendo pelo pior, preferiam se aninhar no colo dos familiares no interior de suas residências. A tensão tardou para se dissipar. Durou sete horas. Ao fim de toda a operação, a polícia havia utilizado cinco mil balas. O cerco foi bem sucedido: o belga Abdelhamid Abaaoud, suspeito de ser mentor dos ataques terroristas em Paris, acabou morto. ISTOÉ esteve no local onde Abaaoud exalou seu último suspiro: um prédio insalubre, com ratos, ocupado de maneira ilegal por vários habitantes, muitos sem documentos oficiais, o que facilitou sua utilização como esconderijo.

Menos de uma hora depois do último disparo, uma moradora desceu para conceder entrevista. Vários canais de TV franceses, ávidos por qualquer declaração, a aguardavam. Ela usava um traje que é proibido na França desde 2010: um niqab, véu islâmico que cobre todo o rosto e só deixa os olhos à mostra. Talvez ela quisesse simplesmente evitar ser identificada. Mas a vestimenta toda preta sugeria que a mulher cultivava o hábito de sair à rua com esse tipo de roupa. Se for o caso, seu estilo não chama a atenção em Saint-Denis. O bairro do subúrbio parisiense possui uma população majoritariamente imigrante, de origem árabe.


Saint-Denis fica situado a apenas cinco quilômetros da capital francesa. É possível chegar lá de metrô. Apesar da pouca distância, logo na saída da estação vê-se rapidamente a diferença em relação a bairros centrais de Paris: prédios comuns, sem charme arquitetônico, e algumas lanchonetes, cafés e lojas populares. A exceção é a famosa basílica de estilo gótico, do século XII, onde estão enterrados os reis da França, que atrai turistas do mundo inteiro. Em Saint-Denis também há o célebre Stade de France, onde o Brasil perdeu a final da Copa em 1994. Na França, no entanto, o bairro ao norte da capital é encarado sobretudo como uma área pobre onde reinam violência e problemas sociais.

A grande maioria da população desse subúrbio de 110 mil habitantes é de imigrantes ou franceses de origem estrangeira, principalmente de países como Argélia, Marrocos e Tunísia e da África negra. A taxa de desemprego, de 20% a 22%, segundo autoridades locais, é o dobro da média nacional. Moradores ouvidos por ISTOÉ descrevem um bairro dominado pelo pavor com o que pode vir na sequência dos atentados. “A cidade já tinha má-reputação. A descoberta de terroristas aqui vai piorar ainda mais sua imagem e os moradores correm o risco de sofrer mais preconceito”, afirmou Marie-Christine Daillet, francesa de 63 anos, que passou a sair de casa sem bolsa após um assalto em que teve várias fraturas no braço, engessado por quatro meses. Hoje, tem planos de se mudar do local conhecido também pela venda de drogas a céu aberto. A atmosfera de pânico e medo é relatada por outra moradora, que não quis se identificar. “Se quisermos continuar vivos, não vimos nem ouvimos nada e também não sabemos de nada”, afirmou. Nascida na Costa do Marfim, ela reside em Saint-Denis há seis anos.



Segundo o francês de origem argelina Munir Dadi, muçulmano que mora em Saint-Denis há 18 anos, imigrantes clandestinos buscam abrigo no bairro porque há menos controle policial. “A vida na cidade se deteriorou muito nos últimos anos”, lamentou. Como muitas outras pessoas em Saint-Denis, ele também teme ser vitima de racismo após os atentados. “Espero que o presidente François Hollande ouça os gritos dos habitantes que pedem mais policiais na cidade”, afirma o vice-prefeito de Saint-Denis, Bally Bagayoko, francês de origem maliana. “Com dois mil policiais já daria para se equiparar a outras cidades”, acrescenta o político.

O que ocorre em Saint-Denis não é diferente de várias outras cidades do mesmo distrito administrativo, chamado Seine-Saint-Denis, no norte de Paris, mais conhecido na França como “nove três”. A referência ao código postal passou a ser vista, na prática, como algo pejorativo. “Você colocar o endereço 93 em um currículo diminui consideravelmente as chances de encontrar um emprego”, diz o argelino Mouder Sid Ali, motorista de caminhão que mora em Saint-Denis e chegou à França há três anos.


Foi na Seine-Saint-Denis, com mais de 1,5 milhão de habitantes, que começou a onda de violência nas periferias do país, em 2005. Samy Amimour, um dos kamikazes da casa de shows Bataclan, onde morreram 89 pessoas, morava em Drancy, uma cidade do distrito da Seine-Saint-Denis. “Os imigrantes foram amontoados em periferias, sem serviços, e isso acabou criando guetos e gerando exclusão social. Houve erros na política de integração”, afirma o cientista polítco Stéphane Montclaire, da Universidade Sorbonne. Segundo ele, a intolerância em relação aos muçulmanos deve aumentar na França após os recentes atentados. “Uma cabeça de porco colocada em frente a uma mesquita é um ato isolado e que não representa a opinião da população francesa. O problema é que vemos uma adesão progressiva da sociedade a certas ideias da extrema direita, do partido Front National, em relação a essa comunidade”, ressalta. De acordo com Abdelkader Ounissi, imã da mesquita de Bagnolet, na Seine-Saint-Denis, um de seus fieis teve de abrir a bolsa de ginástica na rua a um desconhecido que exigiu ver o conteúdo da sacola. “O clima é pesado. As pessoas estão com medo em relação ao futuro”, diz

No primeiro semestre deste ano, a França, onde vive a maior comunidade muçulmana da Europa, estimada em 6 milhões de pessoas, registrou 274 atos racistas e ameaças contra muçulmanos, segundo o Observatório Nacional contra a Islamofobia (ONCI), ligado ao Conselho Francês do Culto Muçulmano. Isso representa um aumento de 281% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a organização, a forte progressão está ligada aos atentados de janeiro contra a revista satírica Charlie Hebdo e o supermercado judaico, que mataram 17 pessoas. Em 2014, o número já havia crescido cerca de 10% na comparação com 2013.
Fotos: LIONEL BONAVENTURE/ AFP PHOTO; Philippe Wojazer/ REUTERS
Fontes: Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE) e Eurostat 
 

terça-feira, 7 de julho de 2015

A ESQUERDA ESTÁ ACABANDO E COM ATRASO - A farsa do movimento LGBT



Autor: Eduardo Guimarães   Divulgado via e-mail pelo site JusBrasil

Qual a diferença entre ataques a Maju e a Dilma? 

O que estimula esse tipo de comportamento que atingiu, igualmente, duas pessoas públicas do sexo feminino, portanto, é a seletividade.  
Racismo, homofobia, misoginia e até uma outrora impensável xenofobia (o caso do frentista haitiano, agredido no Rio Grande do Sul, ainda está fresco em nossa memória) [o Brasil vive um cruel e crescente processo de estagflação = recessão + inflação o que torna sem sentido, absurdo e prejudicial aos brasileiros que estrangeiros venham para o Brasil tomar emprego de brasileiro, com a agravante de que o Brasil já gasta milhões mantendo tropas no Haiti;
a situação no Haiti é muito triste, cruel mesmo, mas não podemos  trazer haitianos para o Brasil para ocupar empregos de brasileiros – no Brasiul está faltando emprego para brasileiro. As políticas esquerdistas se caracterizam pela socialização da miséria, nivelar por baixo, tornando todos miseráveis.] – e algo mais que possa ter sido esquecido – são fenômenos que não param de crescer no Brasil no âmbito da onda ultraconservadora que se instalou por aqui de junho de 2013 para cá.

Além dos prejuízos econômicos que a instabilidade política tem promovido – afastou investimentos (investidor gosta de previsibilidade) e sabotou um evento (a Copa do Mundo) que poderia ter nos rendido lucros estratosféricos via turismo, e não rendeu porque protestos intimidaram turistas –, uma cultura do ódio começa a promover duro retrocesso em conquistas sociais – a partir da Câmara dos Deputados. [quem produziu as condições para a instabilidade política, para a alegada intimidação de turistas não foram os CONSERVADORES, não foi a DIREITA e sim a incompetência do governo Dilma que está provocando desemprego, revolta, ódio.
Quem sempre procurou estimular os conflitos raciais foi o estrupício do Lula, a Dilma e outros esquerdistas.]

Nesse aspecto, episódios recentíssimos dão a medida de a quantas anda o retrocesso político-cultural-institucional a que a parcela pensante do país assiste boquiaberta. A pedido de muitas pessoas – em grande maioria, mulheres –, não se deve reproduzir os adesivos asquerosos para automóveis vendidos por picaretas da internet nos quais a presidente da República, Dilma Rousseff, aparece em situação vexatória.

O abuso foi tão grande que a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu "nota de repúdio" à agressão praticada contra a presidente do Brasil, agressão que qualificou como "violência política sem precedentes”. [a ONU tem assuntos bem mais importantes a tratar do que emitir notas repudiando atos praticados em solo brasileiro, tendo como alvo autoridades brasileiras,  portanto,  sujeitos à jurisdição das autoridades do Brasil. Antes de perder tempo com questiúnculas aquela Organização deveria cuidar de soluções para a guerra da Síria, a violência do Estado Islâmico, a matança dos palestinos na Faixa de Gaza.
É reprovável a prática ofensiva a ainda presidente do Brasil, mas não pode ser olvidado que milhões e milhões de brasileiros foram enganados, ludibriados, pela Dilma e muitos só sabem expressar sua indignação, revolta, da forma ora comentada.]

Sem termos tido tempo sequer para respirar, chegam-nos imagens e áudio de outra agressão fascista, grotesca, selvagem praticada contra a primeira mandatária da nação por um infeliz que, em sua página no Facebook, espalha, além de tudo, homofobia, entre outros comportamentos intolerantes e odiosos. [a homofobia não é crime no Brasil – aliás, o governo da doutora em nada é tão contra a criminalização de práticas indiscutivelmente criminosas, que tentou por todos os meios impedir que a PEC que reduz a MAIORIDADE PENAL fosse apreciada e aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados.] Quase simultaneamente, o país é novamente afrontado com agressão igualmente descabida contra outra mulher, agora de origem diametralmente distinta da de Dilma Rousseff, mas afrontada de forma igualmente grotesca em sua dignidade humana, com expressões racistas intoleráveis e criminosas.

A jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, "moça do tempo" do Jornal Nacional, porém, à diferença do que ocorreu com a presidente da República, foi brindada com um justo desagravo não só pela Globo – cujo "núcleo de jornalismo" é comandado por alguém que afirma, em livro, que não existe racismo no Brasil – mas, inclusive, pelas autoridades competentes, que já prometem providências legais contra os agressores.
Se faltasse alguma coisa para revoltar ainda mais nas agressões a essas duas mulheres, não falta mais. Simplesmente porque, enquanto a Maju foi justamente desagravada, sua colega de infortúnio ante a bestialidade de um setor da sociedade que ousa cada vez mais, a presidente Dilma, não recebeu nada além da solidariedade de alguns milhares de pessoas e de alguns sites na internet, além de nota de repúdio da ONU. [o absurdo da colocação neste parágrafo chega ao cúmulo de considerar a presidente Dilma uma injustiçada, uma coitadinha, uma  desafortunada – omitindo que se trata da presidente da República que tem todos os meios legais e até mesmo a máquina da Presidência da República para desagravá-la.
Talvez não interesse a presidente mexer no assunto... afinal, acusados possuem o direito de se defender e na defesa podem falar e a situação da primeira mandatária se complicar.]

Mas o que difere nesses dois casos? Em que as agressões a Maju diferem das agressões a Dilma?  Resposta: uma é apoiada pela Globo, apesar de tudo que a emissora faz para manter vivo o racismo, com sua grade de programação no qual negros são ínfima minoria apesar de serem maioria esmagadora dos brasileiros – isso sem falar que o diretor de jornalismo da emissora renega a existência de racismo no país e, assim, ajuda a reforçá-lo. A outra, é inimiga da poderosa Globo e, portanto, não mereceu nenhuma atitude tanto da grande mídia quanto das autoridades.

Alguns podem achar que, por haver especulações contra a idoneidade da presidente da República, isso justificaria esse tipo de "justiça" com as próprias mãos por parte de criminosos – ou quem produz aqueles adesivos para automóveis não é criminoso?  

 Mas não há justificativa.  Só para pontuar, lembremo-nos de que os adesivos pornográficos não ferem apenas a presidente, mas, também, todas as mulheres, ao estimularem o uso de ataques sexistas e misóginos quando há divergência em relação a uma mulher; já os insultos do fascistinha nos EUA, demonstram bestialidade, falta de inteligência para fazer um protesto, pois qualquer imbecil pode disparar insultos e ameaças.

Nota: a matéria sofreu pequenas edições e pode ser lida na íntegra acessando:





VÍDEO: A FARSA DO MOVIMENTO LGBT – IGOR TELES 


INSERIR FOTO “ A REGRA É CLARA”

Alguns comentários que mostram o desastre que o desgoverno Dilma está causando ao Brasil
Alex Araujo Olha Igor, eu moro sozinho, minha conta de luz em menos de 3 meses foi mudando progressivamente, 170 , 280 e a gora 360, gasolina 5 reais , minha tia teve que decretar falencia em sua pizzaria depois de 15 anos, meu pai demitido de uma montadora junto com mais 300 funcionários e ainda tem marginais defendendo essa quadrilha que esta nos obrigando a pagar uma conta que não foi nossa??? Parabens Igor vc me representa muito e tb os brasileiros honestos, não ligue para as criticas pois são apenas de gente podre, infelizes e incapazes de arrumar um emprego que vivem as custas do governo!

Carmen Nys Serio que tem gente que acredita nessa mulher?

INSERIR FOTO: AINDA ACREDITAM NELA

Angela Camolese Nespoli Judith Cristina olha isto! Priscila Perim,  veja o que estava dizendo naquele dia! Viu, a coisa é mais embaixo! Vc leu o que esta ocorrendo no Canadá? As crianças além da neutralidade sexual na identidade, também não terão pais. Os pais serão apenas cuidadores, pertencerão ao Estado! Leia...