O discurso do PT de desobediência à Justiça estimula a violência e repete estilo antidemocrático da extrema direita
Seria apenas patético, se não fosse muito perigoso. A desobediência à Justiça pregada por Lula e por líderes do PT e de outros agrupamentos aliados, além de estimular a violência, é uma corrida de volta às cavernas. Lula, que está condenado a 12 anos de cadeia por corrupção e responde a outros cinco processos, disse na quinta-feira que “não tem razão nenhuma para respeitar a decisão” da Justiça. O senador Lindbergh Farias, que já foi condenado duas vezes por improbidade administrativa em Nova Iguaçu e responde a outros 15 inquéritos, disse em manifestação que não vê saída institucional para salvar Lula. “Só temos um caminho, as ruas, as mobilizações, a rebelião cidadã e a desobediência civil”.
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, condenada em um processo no Paraná por usar bens públicos e servidores federais em campanha e alvo de um inquérito da Lava-Jato que investiga corrupção e lavagem de dinheiro, já falava em mortes antes mesmo da condenação do chefe. “Para prender Lula, vai ter que prender muita gente, mais do que isso, vai ter que matar gente”. João Pedro Stédile, líder do MST, entidade que responde a mais de 600 processos em todo o país, do alto de um palanque mandou “um recado” para a Polícia Federal e para o Poder Judiciário. “Não pensem que vocês mandam no Brasil. Nós, os movimentos populares, não aceitaremos de forma alguma e impediremos com tudo o que for possível que o companheiro Lula seja preso”. [as duas instituições destinatárias do recado do Stédile, estão analisando se perdem tempo dando alguma atenção a babaquice que receberam ou se encaminham para a Polícia MIlitar do Estado do Pará.]
Washington Quaquá, o presidente do PT no Rio que responde a quatro processos e teve os direitos políticos cassados pelo TRE-RJ, disse que se Lula for preso “a democracia no Brasil terá acabado”. Outros menos exuberantes, como o senador Humberto Costa, responsabilizado e multado pelo TCU e pelo TCE de Pernambuco por irregularidades administrativas e alvo de inquérito da Lava-Jato, disse que “são imprevisíveis as consequências” da condenação de Lula.
O ato mais evidente da desobediência petista foi o lançamento da pré-candidatura de Lula. Você pode dizer que este foi apenas um gesto político, que não vale nada. Verdade, mas vamos ser francos, foi um gesto de desafio. Como se o PT estivesse dizendo que se lixa para a decisão judicial. E está mesmo. Inspirada por estas lideranças, uma multidão usou as redes sociais para atacar de maneira medieval a Justiça. O anonimato da internet permite estes arroubos. Mas houve um cidadão que gravou, de cara limpa, uma ameaça explícita ao juiz Sergio Moro. “Vamos invadir o prédio da Justiça em Curitiba e jogar o juiz Sergio Moro lá de cima”. As bravatas de Gleisi, Lindbergh e companhia contaminam tanto a militância espontânea quanto a militância paga, aquela que embarca nos ônibus do Stédile sem saber direito para onde está indo ou para quê. É aí que se vê mais claramente o perigo criado quando se abusa da eloquência.
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VELHO É A VOVOZINHA
Um leitor de uma publicação em São Paulo resolveu migrar para o digital. O sujeito viaja muito e achou que seria melhor mudar o formato da assinatura. Ligou para a Central de Atendimento e pediu a mudança. A pessoa que atendeu, muito educada e solícita, alertou o assinante. “Senhor, nossa experiência mostra que gente na sua faixa etária não se acostuma com a leitura no digital e volta para o papel. O senhor não quer reconsiderar?”. A publicação quase perdeu o velho companheiro.
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ALGEMAS
Quem fez mais mal ao Rio de Janeiro: Nem, Elias Maluco ou Sérgio Cabral? [considerando o número de vítimas, foi Sérgio Cabral - não por ação pessoal e direta contra as vítimas e sim pelos efeitos causados na Saúde, na Segurança, no Transporte e em outras áreas do Rio por sua roubalheira de recursos públicos.
Em termos de pena, merece reprimenda maior que a merecida por Nem e Elias Maluco - apesar de ser dificil, pois mesmo recebendo penas gigantescas, qualquer um deles não vai passar mais que 30 anos presos - a Constituição proíbe - e mesmo esses trinta anos serão reduzidos.
Só que no caso das algemas não cabe a PF julgar e aplicar penas aos presos sob sua guarda.
Algemas em Nem e Elias Maluco são realmente necessárias, obrigatórias mesmo, devido a periculosidade dos mesmos - são bandidos perigosos e se a polícia vacilar, dança.
Mas, Sérgio Cabral em termos de oferecer perigo a sua escola é zero. Em uma escala de ZERO a DEZ Nem e Elias se situam entre o NOVE e o DEZ, já Sérgio Cabral não alcança nem o UM.]
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