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sábado, 27 de janeiro de 2018

Rejeitar sentença é insurgir-se contra a Carta

Petistas pregam sedição, porque o TRF-4, de Porto Alegre, confirmou condenação de Lula, o que ressalta o viés autoritário e antidemocrático do partido

Algumas reações no PT à condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4, que praticamente o torna inelegível por oito anos, ensinam muito sobre o caráter antidemocrático do partido, ou de facções dele.  Há diversos registros que indicam a que ponto chega o descontrole de militantes, inclusive dirigentes, com a decisão unânime dos três desembargadores do tribunal — embasados em votos técnicos e detalhados —, de confirmar a condenação de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no processo do tríplex do Guarujá, ainda estendendo a pena de nove anos e meio de prisão para 12 anos e um mês. Prática comum no tribunal de Porto Alegre.

Enquanto a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR), anunciava que o PT radicalizaria, seu colega no Senado, Lindbergh Faria (RJ), vociferava em comício que o veredicto era um “golpe” e que haveria feroz resistência petista, “nas ruas”. Pregou uma resistência à margem das instituições. Terá sido o segundo “golpe” identificado pelo PT em não muito tempo, porque o partido também tachou de ruptura institucional o impeachment de Dilma Rousseff, aprovado em sessão do Senado presidida pelo próprio presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Uma incongruência.

João Pedro Stédile, o principal líder do MST, organização [criminosa] beneficiada nos governos lulopetistas, alertou a Polícia Federal e a Justiça que não aceitará a prisão de Lula, que é uma possibilidade legal. E o próprio Lula deu o tom da insubordinação ao dizer que também rejeitava a sentença. Como já havia ficado evidente antes da sessão de quarta do TRF-4, ele e o partido só admitiriam a sentença se fosse de absolvição. Um desvario antidemocrático. [se percebe a leniência inexplicável do Poder Judiciário, da Polícia Federal e do próprio MP - o simples fato de um condenado, especialmente em segunda instância, ousar dizer que rejeita a sentença, declaração essa que somada a proferida por um chefe de uma organização criminosa - o general da banda Stédile - já seria motivo mais que suficiente para a prisão imediata do condenado e do 'general da banda'.

Caberia ao MP pedir a prisão imediata dos dois e mesmo a Polícia Federal poderia tomar a iniciativa de efetuar a prisão em flagrante e substituente apresentação dos réus  à Justiça para deliberação sobre a manutenção ou revogação.
Por enquanto, Lula, Stédile e outros da corja lulopetista se limitam a latir - testando até onde podem forçar a barra; se os latidos não provocarem a necessária reprimenda das autoridades constituídas são capazes de partir para atitudes mais agressivas com danos ao patrimônio público ou mesmo vidas de inocentes.

É público e notório que eles são covardes, tentaram em 35, 64 e foram derrotados; ameaçaram quando do impeachment da mulher sapiens e não tiveram coragem de cumprir as ameaças.

Mas, até os covardes, diante da sensação de impunidade, são capazes de atos criminosos virulentos e covardes.

Tenham presente as autoridades que alguns petistas covardes, autores ou mentores de atos criminosos covardes durante o Governo Militar,  estão em liberdade, seja por anistia, outros que cometeram novos crimes após anistiados, inexplicavelmente, permanecem livres e que na covardia são capazes de tudo que é ruim para o Brasil e para os brasileiros.] 

O viés autoritário do partido vem de longe. Recorde-se que o partido votou contra a Constituição em 1988, e só a muito custo a assinou. Não reclamou da Carta quando ela o permitiu chegar ao Planalto, em 2003. Mas nunca deixou de ter cacoetes contra a ordem democrática. Por exemplo, quando, nos governos Lula e Dilma, insistia nas constituintes chavistas, ou ao tentar controlar a imprensa por meio de um “Conselho Federal de Jornalismo” e a produção audiovisual, a partir da agência Ancinav.

Por sinal, o desconforto com a liberdade de expressão, repetindo os bolivarianos do continente, persiste: Lula passou a anunciar que, eleito, iria “regular a mídia”, termo cifrado que significa censura. Mas a Justiça acaba de barrá-lo.  Fica comprovado que as leis e as instituições são respeitadas quando delas o partido puder se valer. Se não, militantes e líderes incentivam ilegalidades, sedições, e empurram o PT para se converter em uma organização criminosa. Tão fora da lei quanto o PCC, o CV e outras. Mas deve haver políticos petistas preocupados, porque querem se reeleger em outubro, e o caminho para isso não é erguer barricadas pelo país afora.

Editorial - O Globo

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