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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Em 15 anos, Brasil matou uma pessoa a cada dez minutos

São mais de 786 mil pessoas assassinadas, número maior que o das guerras da Síria e do Iraque

Marisa saiu do trabalho no fim da tarde, como fazia todos os dias. Grávida de oito meses, dispensou a caminhada sugerida pelas amigas, pegou um ônibus e chegou ao supermercado minutos antes delas. Dez dias depois de celebrar o Natal, queria aproveitar a anunciada promoção de panetones. Uma tentativa de roubo a um carro-forte, um tiroteio entre assaltantes e seguranças, duas balas que atravessaram intestino, fígado e útero. As amigas chegaram a tempo de ver Marisa entrar na ambulância. Mãe e filho morreram no hospital.  — Quando falam de uma pessoa que morreu com um tiro, você nunca imagina que pode perder alguém da sua casa. Tiro é coisa de confronto com a polícia, é coisa de quem faz algo errado. Pensamos essas coisas. Minha irmã estava no supermercado. Mas era o lugar errado. E a hora errada — diz Margareth Jacinta de Miranda Paula, irmã de Marisa, quase 17 anos depois.

O crime que levou Marisa à morte aconteceu em 3 de janeiro de 2001, em Jacareí, interior de São Paulo. Os quatro assassinatos daquela tarde são parte de uma história ainda mais violenta que se desenvolveria ao longo do século XXI: 786.870 pessoas foram assassinadas no Brasil entre janeiro de 2001 e dezembro de 2015, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Um homicídio a cada dez minutos.
 

[Pessoal ou vai ou racha.  Forças Armadas nas ruas só resolve se houver decisão política para resolver o problema e acabar com a criminalidade.
Pedir auxílio das FF AA e não modificar a estrutura de segurança do estado não vai resolver nada.
O Rio há quase um ano conta com a presença das Forças Singulares nas ruas - que já estiveram em outras vezes - mas, nada de definitivo é alcançado.
O motivo é simples: as tropas federais assumem a situação e o governo do Estado considera a situação resolvida, não adota nenhuma medida para melhorar a Segurança Pública e logo tudo começa de novo.
Ou as Forças Armadas vão com autorização para resolver - custe o que custar, com muito ou pouco efeito colateral - contando com o apoio de todas forças de segurança estaduais ou vai ser sempre a mesma situação.

O governo do Estado do Rio - o do Ceará também, que logo vai pedir auxílio federal - e de todos os estados do Brasil, mesmo, e especialmente, os que a situação ainda está sob controle, precisam entender que para combater a criminalidade é preciso PRESTIGIAR a POLÍCIA - não aquele prestígio que se dá a um técnico de futebol na véspera de demiti-lo.
PRESTIGIO mesmo e que contemple, no mínimo, os seguintes itens:
- reequipar ou equipar as forças estaduais com equipamentos modernos, novos, eficiente - tanto em termos de viaturas, armas, munição, meios de comunicação, aumento de efetivo, melhoria salarial para os policiais. 

A REFORMA DA SEGURANÇA PÚBLICA é tão ou mais necessária que a da Previdência Social - para se aposentar o cidadão precisa estar vivo.

Novas leis precisam ser editadas, aumentando as penas, criando colônias penais no interior da Floresta Amazônica - custo menor que construir presídios próximo a áreas urbanas, dificuldade de fuga devido a forças adversas da natureza que se somarão à vigilância feita por agentes penitenciários, fim do problema de telefone celular.

Reformar a Constituição Federal - toda cláusula que protege bandido é CLÁUSULA PÉTREA, é uma ironia mas é verdade; 
mas, havendo consciência da necessidade é fácil dar o JEITINHO BRASILEIRO e inserir, provisoriamente, pena de morte, prisão perpétua, prisão com trabalhos forçados e deixar a bandidagem com medo.

Tráfico de drogas e/ou armas deve ser punido, no mínimo, com 20 anos de prisão com trabalhos forçados; reincidência prisão perpétua ou mesmo pena de morte. 

Acabar com o absurdo de que ocorre um tiroteio em uma operação policial, bandidos ou suspeitos são abatidos e as investigações já começam querendo punir o policial, culpar a polícia.

A investigação tem que ser imparcial, mas, buscando preservar o policial que representa a sociedade.

São medidas drásticas, mas, que resolvem. Se continuar da forma que está a reportagem que está a disposição de todos no LINK abaixo, vai ser modificada: aumentando o número de vítimas inocentes.]

(...)


As mortes no Brasil em 15 anos superam os assassinatos ocorridos no mesmo período em oito países da América do Sul, somados — o mesmo acontece em relação às 28 nações da União Europeia. O número de homicídios é equivalente à população da Guiana e de João Pessoa, capital da Paraíba — estado onde os assassinatos cresceram 210% neste intervalo de tempo. As 786.870 vidas perdidas representam mais do que as populações de Frankfurt, Sevilla, Seattle, Atenas, Helsinque e Copenhagen, além de significarem uma vez e meia o número de moradores de Lisboa.


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