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sábado, 20 de março de 2021

Bolsonaro recorre ao Supremo - Percival Puggina

É polêmica, bem polêmica, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) interposta pelo presidente da República ao STF, através da AGU, contra medidas adotadas pelos governadores do Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul para enfrentamento da pandemia. A ação afirma que esses atos têm natureza abusiva, foram tomados mediante meros decretos, sem autorização legislativa e/ou em contradição às competências do presidente. E enfatiza a desatenção ao direito de trabalhar, à busca da subsistência e as liberdades econômicas objetos de recente legislação federal.

Antes que alguém afirme que “não é bem assim”, digo eu: o parágrafo acima não tem a pretensão de resumir as 24 páginas da ADI. O que interessa, aqui, para fins de análise, é o ato em si. Ele pode ser visto de muitas maneiras, dependendo da boa vontade ou do antagonismo do leitor em relação à pessoa do presidente.

Em reunião de ontem, virtual, que há décadas mantenho com um grupo de bons e sábios amigos, levantaram-se, como de hábito, questões interessantes. A saber:

1ª Questão
Agiu certo o presidente ao apelar ao STF? 
Quem o faz não está a legitimar a autoridade da Corte num período em que ela vem avançando sinais de modo inusitado?

São inquietações que fazem muito sentido. Ao expressar perante o judiciário sua legítima preocupação com os reflexos sociais e econômicos das decisões, pode o presidente estar, sim, legitimando indiretamente as decisões de um tribunal que o tem como inimigo a ser destruído.

O presidente não deveria, então, – conclui-se – dar ele próprio curso a esse processo de judicialização da política e da gestão pública. Apenas para exemplificar o ponto a que chegaram essas intromissões, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu ao TCU que a gestão da Saúde, da Economia e da Casa Civil sejam atribuídas ao vice-presidente Mourão (G1 18/03). Um vereador propõe lançar spray de álcool gel, por avião, sobre sua cidade e o subprocurador-geral do MP no TCU propõe isso. [antes os fósforos devem ser recolhidos.] Não é necessário ser inculto para sugerir bobagens.

2ª Questão
Não seria, a referida ADI, uma armadilha montada pelo presidente contra a Corte?
A pergunta se justifica de modo pleno. Se o STF conceder o que Bolsonaro pediu, estará suprimindo de estados e municípios aquele poder que, de mão beijada, delegou a governadores e prefeitos lá atrás, no início da pandemia. Se recusar o solicitado pela ADI, estará confirmando a perda de poder que impôs ao presidente da República, fato tantas vezes negado em manifestações de seus ministros.

Marco Aurélio Melo viu o assunto na perspectiva do item 2, acima. Indagado, respondeu assim, segundo O Antagonista: “Não sei o que deu na cabeça do Bolsonaro (…). Quem receber essa ação no Supremo pode simplesmente negar seguimento (…). O presidente quer atribuir responsabilidade ao tribunal, como ele vem fazendo(...)”.

Pelo menos outros dois ministros manifestaram entendimento semelhante. Para eles o tribunal já decidiu e não vai repetir ou mudar o que foi decidido. Já o início do comentário do ministro: “Não sei que deu na cabeça do Bolsonaro”, entra na linha do item 1 acima. 
O Marco Aurélio e, talvez, a totalidade de seus pares, olha o presidente da República de cima para baixo, como a seus subalternos e não com ao chefe de Estado brasileiro. [se a ideia iniciada pelos inimigos do Brasil da covid-19 se tornar genocídio, surge o espaço para atuação do TPI - Haia/Holanda, investigando eventual acusação de ocorrência de genocídio, e, qualquer que seja a decisão do STF, em relação a ADI, novos genocidas surgirão.]

O poder se expressa mais e melhor por ações do que por palavras. Os ministros do STF, assim como o presidente, aliás, não se ajudam muito quando falam.
 
Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Dez obrigações para os vacinadores

Guilherme Fiuza 

A Organização Mundial da Saúde informou que não recomenda a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19. A declaração foi feita por uma vice-diretora da área de medicamentos e vacinas da OMS. Ela inclusive se referiu ao cunho autoritário dessa medida – defendida pelo governador de São Paulo, João Dória. Ou, mais do que defendida, anunciada previamente por ele para a população do seu estado. [A encrenca não é ser contra ou a favor da vacina; é sim, CONTRA o Presidente Bolsonaro. Vejamos: no inicio da pandemia, algumas autoridades chegaram a cogitar de levar o presidente da República para o tronco, decretar seu impeachment, sua expulsão do território nacional, por não acatar as medidas recomendadas pela OMS.

Agora, a OMS é contrária a obrigatoriedade da vacina. Bolsonaro também. Só que todos os inimigos do presidente, incluindo  os inimigos do Brasil, da democracia, os adeptos do quanto pior melhor, os adeptos   de interpretações parciais da Constituição Federal = sempre usar da criatividade de forma a tornar tolerável a interpretação contra  contra o presidente e seus apoiadores = repentinamente se tornaram a favor de tornar (se espera, quando existir uma vacina) obrigatória à vacinação, ignorando a posição da OMS.

Todos não questionam Doria ter assumido às funções de adido comercial da China e lobista pró vacina chinesa - que ainda não existe = não foi comprovada, cientificamente, sua segurança no uso e eficácia na imunização.] 

Estamos com o Dória. Chega desse negócio de deixar as pessoas decidirem livremente as coisas. Todo mundo sabe que liberdade é uma coisa perigosa, e que o único caminho realmente seguro para a vida em sociedade é obedecer a um ser superior que saiba o que é bom para a tosse
Vamos inclusive contribuir com ele, propondo uma lista de dez obrigatoriedades que, a nosso juízo, também devem ser adotadas com urgência:

- Todo tiranete que declarar que salvou vidas com lockdown totalitário e não tiver como provar isso será obrigado a indenizar quem faliu e quem perdeu o emprego;

- Toda autoridade que anunciar vacinação obrigatória antes da existência da vacina será obrigada a confessar sua leviandade em cadeia nacional de rádio e TV;

- Todo aventureiro que ameaçar obrigar todo mundo a se vacinar sem a comprovação científica de que a taxa de letalidade da doença requer a vacinação de toda a população será obrigado a desenvolver em 24 horas uma vacina contra a irresponsabilidade;

- Todo irresponsável que ameaçar obrigar todo mundo a tomar uma vacina que ainda não tenha comprovação da sua segurança e da sua eficácia será obrigado a trabalhar como cobaia no laboratório chinês que espalhou o coronavírus;

- Todo mané que tentar fazer motim de governadores picaretas para fazer o STF lhes dar poderes ditatoriais com seringa na mão será obrigado a ouvir quatro horas de palestra de Luís Roberto Barroso e cinco horas de palestra de Rosa Weber;

- Todo hipócrita que tiver mantido crianças, adolescentes e jovens longe da sala de aula por um ano fingindo que estava salvando vidas será obrigado a provar a necessidade sanitária dessa medida brutal;
 Ainda sobre o item anterior, essa prova terá de conter a explicação de por que esses grupos populacionais com virtualmente zero letalidade para Covid precisaram perder todo um ano letivo e como foi possível as crianças suecas frequentarem a escola o ano inteiro sem se tornarem assassinas dos seus avós;

Todo fanfarrão que tiver usado máscara sozinho numa sala, fingindo dar exemplo com uma medida inócua, será obrigado a passar férias na cracolândia ensinando aos cracudos como fumar de máscara;

- Caso o fanfarrão acima tenha tido Covid, será obrigado a explicar se o furo na sua ciência deveu-se a máscara inútil, quarentena burra ou excesso de álcool gel nos cabelos;

- Será também obrigado, novamente em cadeia nacional de rádio e TV, a fazer o seguinte pronunciamento à nação: “Estou aqui sozinho de máscara, mesmo já tendo tido Covid, porque hoje em dia um fanfarrão que se finge de ético e solidário tem boas chances de se dar bem na vida, graças aos otários que continuam acreditando nele”.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - Vozes 


quinta-feira, 9 de abril de 2020

Justiça decreta: Dinheiro do Fundo Partidário e Eleitoral não pode ser usado para o combate ao coronavírus

Senado e AGU se unem contra uso dos recursos dos Fundos Eleitoral e Partidário no combate ao Covid - 19 e Tribunal concorda

Justiça do DF bloqueou fundos e determinou uso dos recursos contra coronavírus. Para presidente do TRF-1, decisão interferiu em ato que cabe ao Executivo e ao Legislativo.

Tribunal derruba decisão que havia bloqueado dinheiro dos fundos partidário e eleitoral

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Carlos Moreira Alves, derrubou nesta quarta-feira (8) uma decisão que havia bloqueado os recursos dos fundos partidário e eleitoral. O bloqueio foi determinado nesta terça (7) pela Justiça Federal de Brasília. Pela decisão, os recursos desses dois fundos deveriam ser investidos em medidas contra o coronavírus
A Advocacia Geral da União (AGU) e o Senado recorreram da decisão. 
A AGU e o Senado alegaram que houve interferência indevida da Justiça em matéria orçamentaria, ferindo a separação do poderes.

[A AGU e o Senado Federal não aceitam que dinheiro para políticos,  candidatos ou não, se autopromoverem seja bloqueado e usado para o combate ao coronavírus.
O total impedido de ser usado no combate à pandemia, R$ TRÊS BILHÕES, seria suficiente para pagar CINCO MILHÕES de auxílio emergencial.]

O fundo partidário soma R$ 959 milhões e é usado para o funcionamento dos partidos. O fundo de financiamento de campanhas, conhecimento como fundo eleitoral, terá R$ 2,034 bilhões em 2020, e o dinheiro será destinado às eleições municipais de outubro. [eleições que dificilmente serão realizadas este ano.]

MATÉRIA COMPLETA no G1

[curioso: usar dinheiro público, originalmente destinado aos políticos, no combate ao coronavírus NÃO PODE - é interferência indevida.

Já proibir o presidente Bolsonaro de adotar medidas da sua competência no combate ao coronavírus e na redução do caos na economia PODE.] 
CONFIRA ABAIXO:

Ministro do STF impede Bolsonaro de suspender quarentenas

Decisão de Alexandre de Moraes acolhe pedido feito pela OAB e diz que estados têm autonomia

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido feito pela OAB e entendeu que governadores e prefeitos têm autonomia para decretar quarentenas independentemente de eventuais decretos do presidente da República suspendendo as medidas.

Para o ministro, não compete ao Poder Executivo federal afastar, unilateralmente, as decisões dos governos estaduais, distrital e municipais que adotem ou venham a adotar “importantes medidas restritivas como a imposição de distanciamento/isolamento social, quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas”.

O ministro diz que as medidas são “reconhecidamente eficazes para a redução do número de infectados e de óbitos, como demonstram a recomendação da OMS e vários estudos técnicos científicos”.
Na decisão, Moraes reconhece e garante o chamado “exercício da competência concorrente dos governos estaduais e distrital e suplementar dos governos municipais” para a adoção ou manutenção de medidas restritivas legalmente permitidas durante a pandemia, independentemente  “de superveniência de ato federal em sentido contrário”.

[contra FATOS não valem ARGUMENTOS.
São Paulo, estado que o isolamento total tem sido imposto com exagero, apresenta uma taxa de letalidade superior a 6%, enquanto a do Brasil, quase 5%.
O isolamento total pode ser uma boa medida, mas, sem matar a economia.
Se exagerar, vai faltar até álcool gel - GLP já está faltando no DF.]

A determinação foi dada porque, na semana passada, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu ao STF que determinasse que Bolsonaro cumprisse o protocolo da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a pandemia de coronavírus.

Em Radar VEJA, leia mais


domingo, 5 de abril de 2020

Igrejas fechadas e o povo precisando de conforto espiritual - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

Coronavírus 

O governo deu um respiro para as empresas que estão enfrentando dificuldades fez algumas alterações na área de tributos.
O IOF para operações de crédito está zerado;
o prazo de entrega do Imposto de Renda da pessoa física foi estendido em 60 dias;
o pagamento do PIS/Pasep, Cofins, contribuição patronal da Previdência também foi adiado para o segundo semestre.
É uma forma de aliviar as empresas que não têm condições financeiras para passar pela paralisação forçada pelo coronavírus.

Na quinta-feira (2) de manhã, na saída do Palácio da Alvorada, o presidente ouviu de uma mãe de dois filhos, que é professora autônoma, que ela não quer os R$ 600 de "coronavoucher" e sim trabalhar. As pessoas aplaudiram.

Abram as igrejas
O secretário de estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, deu entrevista dizendo que quase todas as igrejas estão abertas e as que não estão abertas precisam reabrir para receber as pessoas que precisam de conforto espiritual.

Não haverá celebrações e missas tradicionais de Páscoa para evitar aglomerações, mas as igrejas são grandes e podem comportar pessoas que fiquem separadas umas das outras.

Um juiz substituto, de Duque de Caxias (RJ), tentou suspender o decreto aprovado pelo presidente que reabria igrejas e templos. Ele conseguiu derrubar, mas a decisão foi revista e anulada.

Aulas por telefone
O papa Francisco chegou a dizer que pais e mães vão ter que retomar a função de educadores, porque eles estavam transferindo essa função para os professores.
Na Itália, mesmo com todos em casa, os professores não perderam nenhum dia de contato com seus alunos. Eles mantêm contato passando as aulas por telefone. Um país não pode parar a educação porque senão não tem futuro.

Álcool gel é inflamável
Tem gente que está sempre com as mãos embebidas em álcool gel e é bom lembrar que o produto é inflamável. Se o sujeito passa ao lado do fogo, pode acabar com queimaduras, isso já aconteceu. Água e sabão é tão bom quanto o álcool gel e não pega fogo.

Os especialistas ainda não encontraram uma solução para o coronavírus. Mas tem um estudo nos Estados Unidos dizendo que manter um metro e meio de distância não é suficiente — o correto seria ficar oito metros distante.

Já a máscara de tecido não faz uma barreira suficiente contra o vírus. Mas auxilia segurando algumas gotículas de espirros e tosse, ou seja, barra em parte o vírus de se espalhar no ar.

Nesse momento todo mundo está testando possíveis soluções para acabar com essa doença. Mas o que dá certo nos Estados Unidos pode não dar certo no Japão. Ainda não se sabe se deu certo ou não o isolamento social na Itália.
Depois dessa crise sanitária, as escolas, o comércio e a indústria serão diferentes. Talvez as indústrias terão robôs comandados a distância em vez de funcionários.

A humanidade sempre encontra oportunidades e avanços quando está diante de sérias ameaças. Como aconteceu com a Segunda Guerra Mundial, que ensejou a criação de tantos medicamentos e soluções para a indústria. Outras crises que também nos atingiram fizeram com que surgissem novos remédios e mais cuidados de higiene, mesmo que ainda pareça que não tenhamos conseguido colocá-los na nossa rotina.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


terça-feira, 24 de março de 2020

A Escolha de Sofia - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo

O Brasil hoje: se correr, o bicho covid-19 pega; se ficar, o bicho da recessão come

O mundo todo e o Brasil, particularmente, vivem um dilema típico de “A Escolha de Sofia”. Aprofundar o isolamento e a paralisação de estados, cidades, empresas, empregos e pessoas, em nome da saúde e da vida? Ou mitigar o combate radical ao coronavírus para tentar preservar empresas e empregos, em nome da economia?
Na prática, uma guerra da área sanitária com parte de governantes, empresários e economistas. De um lado, governadores que trabalham diretamente com o Ministério da Saúde e os especialistas no setor; de outro, o presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Economia e aliados.

Em tese, todos têm razão. A prioridade absoluta neste momento é trabalhadores, funcionários, autônomos e diaristas em casa para interromper a transmissão do vírus maldito. A prioridade de hoje, porém, não pode desconsiderar a de amanhã: a pandemia acaba e as vítimas não serão só os mortos e contaminados, mas todos que produzem, vendem, trabalham. O horizonte é de terra arrasada, com recessão, quebradeira de empresas e lojas, 40 milhões de desempregados, na previsão de um grupo de empresários.

Como sempre, em todas as crises, dificuldades e momentos, as maiores vítimas todos nós sabemos quem são e serão: velhos, homens, mulheres e crianças da tal da “base da pirâmide”. Passado o momento em que os infectados e mortos eram recém-chegados da Ásia e da Europa, ou por eles foram contaminados, a expectativa, que dá um tremor no corpo e um frio na coluna, é que o vírus chegue às favelas, cortiços, às imensas áreas sem água, sabão, muito menos álcool gel.

São milhões com imunidade baixa, higiene precária, compreensão da situação equivalente ao (mínimo) grau de educação. Logo, serão os alvos fáceis de um vírus oportunista e letal. São os moradores de rua, os que vendem água, milho ou qualquer coisa por aí, os diaristas que só recebem (e comem) quando trabalham e, entre eles, os informais, que crescem freneticamente e sem amparo legal. Eles vão morrer mais com o vírus e vão sofrer mais no pós-vírus. Se correrem, o bicho covid-19 pega; se ficarem, o bicho da recessão come.

O novo coronavírus chegou para valer em todas as unidades da Federação, decretando calamidade pública, prenunciando colapso da saúde e crescendo na velocidade do exemplo mais dramático, a Itália. E tudo isso na pior hora. Um dos líderes mundiais em desigualdade social, o Brasil convive com falta de estado e bolsões de miséria absoluta em todas as suas regiões. E vem de dois anos de recessão, de mais dois “crescendo” 1,3% e desperdiçou 2019 com PIB de 1,1%. Mais: a questão fiscal é o maior obstáculo da economia.

De onde tirar a montanha de dinheiro que o País precisa para salvar vidas, tratar doentes, preservar setores mais atingidos, empregos, milhões de famílias sem renda? O governo tem anunciado medidas, como flexibilização das regras trabalhistas e de pagamento de dívidas e vales de R$ 200,00 para informais e os mais miseráveis entre os miseráveis. Mas, num País populoso como o nosso, significa que a conta é altíssima para os cofres públicos, mas o valor que chega à mesa das famílias é irrisório. Tudo deprimente, apavorante.

A luz no fim do túnel só virá, primeiro, com o máximo rigor contra a transmissão do vírus e, depois, com união, patriotismo, solidariedade, as disputas políticas de lado, o presidente acordando para a realidade e uma certa elite esquecendo, por ora, a eterna ganância e a velha arrogância. Aliás, uma pergunta: como os bancos vão entrar nessa onda? Governos de esquerda, centro e direita vêm e vão e esse é o setor que mais lucra. É hora de retribuir, porque se trata de questão de vida e morte. Das pessoas e da economia. [os bancos são os que mais e sempre ganham;
Até quando todos perdem,  eles encontram uma forma de ganhar.
Clique aqui e comprove o empenho do Banco Central em que os bancos continuem ganhando.] 

Eliane Cantanhêde, jornalista - O Estado de S. Paulo



segunda-feira, 23 de março de 2020

Um vírus na era digital - Fernando Gabeira

Em Blog


quarta-feira, 18 de março de 2020

Sob medo, Congresso volta com máscara, álcool gel e sem ... - Por coronavírus, Congresso adota sistema de votação remota de projetos - VEJA

segunda-feira, 16 de março de 2020

Retrato da crise: juros negativos nos EUA e apelos para conter consumo - Míriam Leitão

O Globo

O presidente Donald Trump sempre quis que os juros fossem derrubados. Pediu várias vezes. Conseguiu isso em pleno domingo. Mas como é no meio da crise do coronavirus, Trump teve que fazer apelos para conter o consumo. Os juros ficaram em zero ou 0,25%, taxas reais negativas. Isso normalmente é feito para estimular consumo. A ironia é que neste mesmo domingo Trump entrou em contato com vários presidentes de grandes companhias de varejo e todos eles disseram que o consumidor está em pânico comprando demais. E Trump teve que pedir que o consumidor compre menos e garantiu que o país está abastecido.

O movimento do FED ajuda a estimular um clima mais positivo no mercado financeiro antes de a semana começar. Isso teoricamente. Os futuros estão indicando que as bolsas americanas abrirão a segunda em queda em torno de 1,5%. A semana passada foi a pior dos últimos anos. Foi extremamente volátil e terminou fortemente negativa. O Fed fez o que outros bancos centrais já fizeram nos últimos dias, como o BCE e o Banco da Inglaterra. Os juros são praticamente inexistentes. O banco central americano está também ampliando a oferta de liquidez e aumento da assistência aos bancos. Há muitas instituições que podem entrar em crise como reflexo da crise de seus devedores, empresas médias e pequenas abatidas pela crise. Um setor em que isso está acontecendo é o de shale oil. Mas não só. As empresas aéreas também estão com dificuldades.

No Brasil o governo está preparando medidas para socorrer alguns setores e promete anunciá-las neste começo da semana. Até agora, as medidas foram muito tímidas e na direção certa, como a antecipação da primeira parcela do 13º. O que o Ministério da Economia ainda não entendeu é que ele tem também que atuar na explicação de qual é o comportamento econômico mais racional para as famílias. Falta uma palavra do governo para tentar conter a histeria de consumo que está levando ao desabastecimento. Já há uma crise na falta absoluta de álcool gel e máscaras nas farmácias. Remédios que têm insumos vindos da China começam a faltar. Outros produtos podem faltar nos supermercados se o ritmo das compras das famílias continuar como a dos últimos dias. Mas a equipe econômica vive em sua bolha achando que tudo vai ser resolvido se o Congresso aprovar as reformas, o mesmo Congresso que foi hostilizado hoje nas ruas com a participação do presidente da República.

Míriam Leitão, colunista - O Globo