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domingo, 31 de julho de 2022

Fake news é tudo aquilo de que eu discordo!- Adriano Marreiros

“O termo “fake News” era completamente irrelevante em pesquisas do Google que ocorreram antes da semana que se iniciou no dia 23 de outubro de 2016. (...)

Que evento poderia ter tornado um termo que nunca levantou a menor das preocupações pelo planeta Terra ao topo das prioridades jurídicas, políticas, sociais e “last but not least, policiais em todo o globo?  A resposta é simples, mas não seu contexto: a eleição americana que sagrou Donald Trump como o 45º Presidente americano em 8 de novembro de 2016."

Flávio Morgenstern

Nunca imaginei que ia chegar um tempo em que “eu não acredito nisso” seria a frase que eu diria com mais constância.  E sabe qual a última?!  Um amigo me contou que seu professor de universidade disse que a soberania do povo há que ser relativizada.  Em seguida falou de manipulação das informações por uma tal indústria” de “fake” News.  “Eu não acredito nisso!”. 
O pior de tudo é eu teimar em dizer essa frase constante diante de uma constância que deveria me fazer acreditar imediatamente em qualquer coisa nesse sentido, ainda mais se vier da majoritária parcela ideológica da imprensa e da academia: especificamente quanto a essa parcela totalitarista e antidemocrática, mas majoritária em seus campos, eu tenho orgulho de ser contramajoritário...

Mas essa colocação do tal professor ajuda a entender bem a coisa, revela muito...  Vamos trabalhar em partes como quem fatia ansioso um bife Ancho, enquanto não proíbem o consumo de carne.

Notem que ele fala em manipulação porfake” News.  E o que seriam fake News para ele e outros ideológicos?  “Fake News é tudo aquilo de que eu discordo” diria ele se falasse francamente Morgenstern, em artigo do best seller O Inquérito do Fim do Mundo, demonstra que a expressão “fake News” foi propositalmente introduzida e artificialmente multiplicada no debate público no contexto da eleição de Trump como um artifício para justificar os erros crassos decorrentes da análise política ser substituída por torcida ideológica: até então, as estatísticas do Google registravam pouquíssimo uso dessa expressão.  
Com isso, além de uma desculpa, davam o primeiro passo para justificar a escalada de censura que se seguiu, para garantir que ninguém mais vencesse contra o establishment.
 
Notem que ele fala em “indústria” de “fake” News.  Nessa parte, ele está se referindo a dois mitos, duas falácias que os ideológicos criaram.  A primeira delas são os tais “robôs” .  
A partir do momento que eles percebem que nas redes sociais existe a verdadeira Liberdade de Expressão, num nível que nunca houve antes, quando eles percebem que pessoas comuns, influenciadores e jornalistas independentes, sem apoio dos poderosos, podiam expor opiniões sem o controle, sem a censura de um editor, eles tinham que desestimular isso a todo custo,  inventar que não eram milhares de pessoas opinando, mas sim uma meia dúzia controlando robôs, poderia convencer muitos incautos e justificar, usando as verdadeiras “fake news”: o desprezo pela opinião da maioria afirmando que não era maioria . 
 
A segunda falácia é destinada a atingir os conservadores que conseguissem deixar claro que não eram robôs: bastaria chamá-los de milícias virtuais.  E por quê?  
Porque a expressão milícia teve seu sentido mudado, apropriado por bandidos que, como o tráfico de drogas, dominam grandes áreas do Rio e de outras cidades, formando um estado paralelo.  
Assim, qualquer um que tivesse uma opinião contrária ao establishment e comprovadamente existisse, passava a ser tratado como um miliciano, como um bandido desumano.  
Note que há poucos anos se falava até em cursos e treinamentos de MAV, “militância em ambiente virtual” (procurem no Google as notícias antigas sobre isso), que atuariam politicamente nas redes, de forma coordenada e organizada, divulgando material de forma centralizada, e isso não foi tachado de milícia virtual mesmo sendo um grupo treinado e que atuaria de forma coordenada.  Obviamente: não eram conservadores...

Com essas duas falácias, se consegue duas coisas: desumanizar quem não concordar com a “nobreza” iluminada e; deslegitimar a opinião majoritária das redes, negando que ela signifique o pensamento da maioria da população, negando representatividade a quem opina nas redes contra a opinião que determinaram como autorizada.

Completando a análise do que disse o tal professor, chegamos ao ponto principal: a confissão!!!  
Quando ele fala em relativizar a soberania popular chegamos ao ponto em que esse pessoal não aguenta a coceira na língua e confessa aquilo que já sabemos: o desprezo que eles têm pelo povo, e que o objetivo deles é submeter a maioria a um governo da minoria, mesmo que esses estratagemas não funcionem.  Não é à toa o orgulho de alguns se afirmarem contramajoritários.  

“O povo está certo só quando expressa as opiniões que nós queremos e vota em quem nós queremos” seria a frase que eles poderiam dizer, agora, se fossem sinceros. Mas, como a Aurora, eles não são.  Chamando de mentira, de “fake” News opiniões contrárias e até fatos, usando leftcheckers para garantir que opiniões contrárias à esquerda sejam censuradas, chamando de crime e de organização criminosa o funcionamento básico de qualquer rede social (algum influencer ou qualquer pessoa comum posta algo, muitos concordam e passam a divulgar espontaneamente, sem lideranças treinamento ou coordenação), surgiu o ambiente perfeito para uma censura progressiva que sob a cínica chave-mestra “a liberdade de expressão não é absoluta” e o complemento que não verbalizam – “e eu digo qual o limite caso a caso” – garantiu “liberdade” ilimitada aos que repetem, digo, dizem só o que eles permitem...  Em breve, se você não repetir o que Pravdas e Granmas oficialmente disserem, você não poderá publicar nada e as pessoas só conhecerão os fatos e versão permitidos...

E aí, por fim, surgiu a pandemia que garantiu a supressão de várias garantias e relativizou totalmente a Constituição.

Mas foi então, que Einstein descobriu a relatividade

E tudo que era espúrio passou a ser moralidade.

 Millôr Fernandes

P.S.  Agora o livro 2020 D.C. Esquerdistas Culposos e outras assombrações tem uma trilha sonora com canções e músicas de filmes citados.

-    Publicado originalmente no excelente Portal Tribuna Diária

-  O autor é mestre em Direito, membro do Movimento Contra a Impunidade (MCI) e do Ministério Público Pró Sociedade (MP Pró Sociedade), autor de “2020 D.C., Esquerdistas Culposos e Outras Assombrações” e de “Hierarquia e Disciplina são Garantias Constitucionais”.


sexta-feira, 24 de junho de 2022

Suprema Corte dos EUA derruba direito legal ao aborto [Finalmente; exemplo deve ser seguido no Brasil]

O Globo

[Abortos = assassinatos de seres humanos inocentes e indefesos  =  no Brasil e no mundo, tem que parar.  Felizmente,  a decisão levará - para começar - à proibição total do procedimento em cerca de metade dos Estados americanos.]

Rascunho da decisão havia vazado em maio, gerando protestos pelo país

A Suprema Corte dos Estados Unidos, de supermaioria conservadora, derrubou nesta quinta-feira por seis votos a três o direito ao aborto legal no país, revertendo a histórica decisão Roe contra Wade, de 1973. O veredicto, cujo esboço havia vazado em maio, terá impactos dramáticos para a política e a sociedade americana, praticamente banindo a interrupção da gravidez em cerca de metade dos estados do país.

Suprema Corte dos EUA derruba direito legal ao aborto

Manifestantes contrários às restrições ao aborto protestam em Washington AFP [Presidente Bolsonaro! Urge que o Brasil siga o exemplo dos Estados Unidos - vez ou outra os irmãos do Norte merecem ser seguidos e a decisão de agora é uma delas.]

Os nove juízes analisavam uma lei do Mississippi que bania praticamente todos os abortos após a 15ª semana de gestação, cuja constitucionalidade foi questionada por ir na contramão da cláusula da viabilidade fetal, reforçada por uma decisão de 1992 que endossou Roe contra Wade. Segundo ela, o aborto só poderia ser proibido quando o feto fosse capaz de sobreviver fora do útero, o que ocorre ao redor da 24ª semana de gestação. A partir desta sexta, contudo, isso não vale mais.

Os desafios à Roe contra Wade, eram há anos perenes, mais o ex-presidente Donald Trump assumiu como uma de suas plataformas de campanha derrubá-la: o assunto foi central na escolha dos três juízes que nomeou para a Suprema Corte. O trio, composto por Brett Kavanaugh, Neil Gorsuch e Amy Comey Barrett, foi essencial para que o precedente de quase meio século fosse derrubado.

A decisão ecoa o rascunho que veio à tona em maio, publicado pelo site Politico em um raro, mas não inédito vazamento, e é retrato das divisões profundas na sociedade americana. Ao lado do trio indicado por Trump, os juízes conservadores Samuel Alito e Clarence Thomas também apoiaram a decisão desta sexta. O chefe do tribunal, John Roberts, endossou a maioria, mas fez uma ressalva [de valor zero, o que vale é o decidido pela maioria, 5 x 4.] que não derrubaria de vez o precedente.

"Roe estava categoricamente errada desde o início. Sua argumentação era excepcionalmente fraca e a decisão teve consequências prejudiciais. Longe de trazer um acordo nacional sobre a questão do aborto, Roe contra Casey [o precedente de 1992 referente à viabilidade fetal] inflamou o debate e acirrou as divisões", escreveu Alito, que redigiu a opinião da maioria. "É hora respeitar a Constituição e devolver o tópico do aborto aos representantes eleitos pelo povo."

Os três magistrados progressistas, Sonia Sotomayor, Elena Kagan e Stephen Breyer — que em breve se aposentará, dando lugar a Ketanji Brown Jackson — foram contundentes em sua oposição:

"Ao derrubar Roe contra Casey, este tribunal trai seus princípios guiadores. Com lamento — por esta corte e, ainda mais, pelas muitas milhões de mulheres americanas que hoje perderam uma proteção constitucional fundamental — nós discordamos", escreveu o trio.

O impacto do veredicto será quase imediato para a vida de milhões de americanas: treze estados têm leis já aprovadas, prontas para entrarem em vigor no minuto que Roe contra Wade fosse revertida. Em vários deles, basta apenas um funcionário estadual certificar a decisão — não está claro.  Em vários deles, basta apenas um funcionário estadual certificar a decisão — o timing é tão confuso que as clínicas não sabiam se poderiam ou não prosseguir com os procedimentos agendados para esta sexta.

Há algumas exceções para casos em que a vida da mulher está em risco, porém a maior parte deles não faz ressalvas para estupro ou incesto, por exemplo. E, em vários outros estados, a aprovação de restrições mais duras parece ser apenas uma questão de tempo.

Mundo - O Globo


domingo, 19 de junho de 2022

A nova histeria da esquerda - Revista Oeste

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Quando se trata de obter notícias sobre governo e política, existem diferenças ideológicas gritantes nas fontes de informação que os norte-americanos usam. Em uma pesquisa antes da histórica eleição presidencial norte-americana de 2016, quando, inesperadamente, Donald Trump ganhou o tíquete para sentar no Salão Oval na Casa Branca, os entrevistados foram perguntados a qual meio de comunicação eles recorriam com maior frequência para notícias sobre governo e política. As menções mais frequentes eram duas redes a cabo: CNN e Fox News. De lá para cá, as diferenças ideológicas se tornaram mais acirradas, a confiança em uma única fonte aumentou e a polarização política foi anabolizada.

Aqueles com valores políticos conservadores são orientados em torno de um único meio a Fox News — em grau muito maior do que em qualquer outro grupo ideológico. Numa pesquisa de 2014, quase metade daqueles dos conservadores nomeou a Fox como sua principal fonte para questões políticas. 
Os canais de rádio ocuparam o segundo lugar, com Dennis Prager, Sebastian Gorka e Larry Elder. O hoje famoso âncora da Fox News, Sean Hannity, ganhou seu próprio show no canal de televisão depois do sucesso absoluto de seus programas no rádio. À esquerda, as opções são variadas, com CNN, NPR, MSNBC e New York Times no topo da lista.
 
O viés ideológico é uma das grandes preocupações de todos os norte-americanos com relação à mídia. 
A maioria deles, contudo, acredita que o viés esquerdista é predominante e pernicioso. 
De acordo com uma pesquisa Gallup de 2017, feita logo depois da vitória de Trump sobre Hillary, 64% dos norte-americanos acreditavam que a mídia favorecia o Partido Democrata — em comparação com 22% que disseram acreditar que favorecia o Partido Republicano. A consternação com o viés esquerdista na grande mídia é desenfreada, abrindo caminho para comentários de especialistas políticos e acadêmicos sobre o atual estado da imprensa.

Mas, em uma era em que as redes sociais desempenham um papel importante na desconstrução de falácias e roteiros ensaiados por alguns veículos, para onde correr quando o assunto é apenas notícias, sem viés ideológico nem distorções?

Pedágios ideológicos
No Brasil, sabemos que o solo é árido e a terra quase seca quando o assunto passa a ser fontes conservadoras de notícias, que apresentam os fatos como eles são e depois debruçam-se em análises sérias, doa a quem doer.  
Durante muito tempo, os brasileiros foram acostumados a engolir sem muitos questionamentos o que o Jornal Nacional colocava na mesa. Hoje, diante de milhões de agências checadoras nas palmas de nossas mãos, não é difícil entender por que o outrora consagrado programa se tornou obsoleto. 
Seu antigo poder de mudarou manter — opiniões dos telespectadores não existe mais. A influência de grandes grupos na decisão de um voto, como Globo e CNN, atualmente é quase nula. A torcida engoliu as opiniões sérias, e a velha imprensa se tornou apenas mais um partido político de oposição ao atual governo.

Mas o preço chega para esse ativismo tosco em que “fascistas e nazistas” passeiam pelo Brasil e pelos Estados Unidos com as bandeiras de seus países e “a democracia está a um passo da destruição”. Nos Estados Unidos, por exemplo, depois de apenas um mês no ar, um movimento surpreendeu os mundos da mídia e da tecnologia. A Warner Bros. Discovery encerrou todas as operações da CNN+ depois de um investimento astronômico no canal para assinantes. A paralisação dos serviços depois de tão pouco tempo foi um fim ignominioso para uma operação na qual a CNN investiu centenas de milhões de dólares.

Enquanto no Brasil há pouquíssimas fontes para esse jornalismo factual, nos Estados Unidos as coisas são um pouco diferentes

O canal entrou em colapso apenas dois dias depois que a Netflix divulgou um declínio trimestral nas assinaturas pela primeira vez em uma década, um possível sinal de alerta para grandes empresas de mídia que se juntam ao campo cada vez mais lotado de serviços de streaming aliados a vieses políticos ou agendas ideológicas. O fim abrupto da CNN+, bem como a projeção da Netflix de que perderá mais 2 milhões de assinantes nos próximos três meses, levantou questões sobre quantas pessoas estão dispostas a pagar por vários serviços de streaming, bem como quão lucrativas essas empresas podem se tornar nos próximos anos pagando todos os possíveis e imaginários pedágios ideológicos existentes no planeta.

Vale o fato
Quando um juiz conservador é nomeado para a Suprema Corte dos Estados Unidos, os detratores gostam de dizer que ele é “conservador” demais, com posições retrógradas e ultrapassadas. 
Na verdade, juízes conservadores na América são conhecidos por um único ponto: seguir à risca a Constituição e a letra fria das leis.        Para o juiz norte-americano Antonin Scalia, um magistrado deve apenas aplicar a lei, jamais legislar ou atuar sem ser provocado. 
Nomeado pelo quadragésimo presidente norte-americano, Ronald Reagan, Scalia serviu à Suprema Corte dos Estados Unidos de 1986 até pouco antes da sua morte, em 2016. Era considerado um dos pilares jurídicos e intelectuais do originalismo e textualismo na defesa da Constituição dos Estados Unidos. Ou seja, vale o que está escrito. Sem ativismo, sem política. Como deveria ser também com o jornalismo. Vale o fato.

Enquanto no Brasil há pouquíssimas fontes para esse jornalismo factual, e aqui expresso minha honra em poder fazer parte de duas dessas fontes nossa Revista Oeste e o programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan —, nos Estados Unidos as coisas são um pouco diferentes. É claro que não é difícil encontrar facilmente conteúdo conservador on-line, mas pode ser difícil encontrar fontes que forneçam informações confiáveis. Algumas publicações são simplesmente destinadas a chamar sua atenção e dar cliques, enquanto outras são dedicadas a realmente educá-lo sobre tópicos relevantes.

A National Review continua sendo o principal destino do pensamento conservador e é um dos principais sites de informações sobre política externa. A revista foi fundada pelo autor William F. Buckley Jr., em 1955, e, desde a sua fundação, tem desempenhado um papel significativo no desenvolvimento do conservadorismo nos Estados Unidos, ajudando a definir suas fronteiras e promovendo fusões, enquanto se estabelece como voz de liderança na direita norte-americana.

O The Blaze, site do experiente jornalista Glenn Beck, apresenta notícias de última hora, comentários exclusivos e outros conteúdos independentes criados e entregues em formato de revista de notícias, muitas vezes acompanhados de vídeos. Esta publicação se orgulha de ser patriótica e objetiva.

O Red State, originalmente fundado por Erik Erickson, oferece artigos de opinião conservadores exclusivos e únicos em um formato de estilo blog. O conhecido grupo organiza uma reunião todos os anos. Políticos e aspirantes a candidatos presidenciais costumam participar para tentar convencer os conservadores a votar neles.

Uma combinação de notícias e opiniões, o LifeSiteNews.com cobre regularmente tópicos como família, fé e liberdade. Esta publicação não se esquiva de falar sobre as questões da eutanásia, pesquisa com células-tronco, bioética e aborto e é conhecida por destacar ativistas pró-vida em todo o país. As histórias também estão disponíveis em boletins diários.

O The Federalist se concentra em três temas principais: cultura, política e religião. Esta publicação produz um conteúdo único e mais objetivo do que um site de notícias comum e, embora ainda de tendência conservadora, segue a linha “Scalia”. Facts fisrt.

Embora o blog American Thinker não o surpreenda com gráficos, vídeos chamativos ou um lado multimídia apelador, ele o surpreenderá com muito conteúdo de opinião conservadora. O American Thinker publica informações exclusivas que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar, geralmente de norte-americanos com antecedentes políticos impressionantes, uma opinião e um teclado. Esta publicação também convida os leitores a participarem de discussões sérias.

Fundado em 2012, o Washington Free Beacon oferece uma ampla variedade de conteúdo novo que inclui jornalismo investigativo exclusivo e sátira mordaz. Embora o veículo ofereça regularmente informações sólidas e risos, ele se aproxima mais do jornalismo opinativo.

O The Daily Wire é um site de notícias fundado em 2015 pelo comentarista político Ben Shapiro. Hoje já é a segunda editora mais popular no Facebook e produz podcasts como The Ben Shapiro Show. Muitas histórias do Daily Wire visitam o jornalismo de organizações de notícias tradicionais do passado, ao mesmo tempo em que adicionam opiniões conservadoras embasadas em princípios do conservadorismo norte-americano. As “agências checadoras” de fatos disseram que algumas histórias compartilhadas pelo veículo não podem ser verificadas e que o Daily Wire muitas vezes deturpa os fatos para promover uma visão partidária. Se as agências de checagem estão incomodadas, é sinal de que estão no caminho certo.

Outro campeão de brigas com as tais “agências de checagem” é o Daily Caller, fundado por Tucker Carlson, campeão absoluto de audiência na Fox News. Aliás, os números de seu programa diário, Tucker Carlson Tonight, já são há algum tempo inatingíveis para qualquer concorrente, seja na TV a cabo, seja na TV aberta no horário. Depois de Tucker levantar US$ 3 milhões em financiamento, o site Daily Caller nasceu, em 2010, como uma “resposta conservadora ao The Huffington Post, apresentando seções em uma ampla gama de assuntos além da política.

Em uma entrevista de 2010 com a Columbia Journalism Review, Tucker Carlson descreveu o público potencial do The Daily Caller como “aqueles que desconfiam das organizações de notícias convencionais”. Carlson disse que a cobertura de eventos políticos importantes o surpreendia sempre por sua estupidez.

Não são apenas os partidos de oposição ao atual governo no Brasil — incluindo o STF que vivem de panfletagem e ativismo
A velha imprensa, hoje completamente descaracterizada e que se ajoelhou às turbas ideológicas, também abusa da cartilha que prega que tudo é racismo, fascismo, homofobia, opressão, misoginia. Páginas de militância cega para a implementação de doutrinas extremas e perigosas, empurradas por meio de cancelamentos e coações psicológicas.

O que então está por trás dessa nova histeria da esquerda sobre o suposto fim iminente da democracia? Na verdade, é bastante simples. A esquerda espera perder o poder nos próximos anos, tanto pela forma como o conquistou e o usou, quanto por causa de suas agendas radicais, que, de fato, nunca tiveram apoio público.

Leia também “América indomável”

Ana Paula Henkel,  colunista - Revista Oeste



quinta-feira, 9 de junho de 2022

O que Bolsonaro vai dizer a Biden na Cúpula das Américas - Vozes

Alexandre Garcia 

Reunião bilateral

O presidente Jair Bolsonaro está viajando aos Estados Unidos para participar da Cúpula das Américas acompanhado dos ministros Carlos França (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações) e Joaquim Leite (Meio Ambiente).

Antes de embarcar, Bolsonaro disse na Associação Comercial do Rio de Janeiro que faz questão de aproveitar todo o tempo possível para mostrar ao presidente americano Joe Biden o que é o Brasil de hoje. Um país que teve que gastar R$ 700 bilhões com a pandemia, mas que evitou com isso a ocorrência de saques e da fome.

Vai falar também que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente. Temos dois terços do nosso território preservado, coisa raríssima no mundo. E vai tratar também de assuntos comerciais e econômicos, e falar sobre compromissos assumidos com o Brasil pelo presidente anterior, Donald Trump.[único comentário: somos totalmente contrário a ida do presidente Bolsonaro a tal 'cúpula das Américas'. Bolsonaro tem a obrigação de defender o Brasil e não aceitar proximidade com autoridades de outros países que tentam ignorar que o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA.
Biden e o francês não merecem confiança, tanto que logo após a posse do presidente Bolsonaro e a do senhor que preside os Estados Unidos, o francês se manifestou,  com o silêncio concordante do mandatário norte-americano,  pela internacionalização da Amazônia. 
Foi um ofensa à SOBERANIA DO BRASIL e a única resposta do nosso presidente seria a de enviar um secretário do Itamaraty, alguém do terceiro escalão, para representar o Brasil.
Biden nada tem a oferecer de bom ao Brasil. O Brasil pode e até deve ser amigo dos Estados Unidos da América mas sem a interveniência do atual presidente norte-americano ou de sua vice.]

O que Bolsonaro quer ao dizer que pode não cumprir decisões do STF

Esposa de Daniel Silveira questiona bloqueio de suas contas bancárias por ordem de Moraes

Falar mal da urna eletrônica virou pecado mortal

Enfim, Bolsonaro quer reescrever a versão que os americanos têm do Brasil a partir da visão de ONGs estrangeiras e de brasileiros apátridas, que falam mal do Brasil lá fora e empanam o conceito dos brasileiros.

Terceira via está perdida
Os tucanos decidiram apoiar a candidatura de Simone Tebet, do MDB. Eles estão lutando pela sobrevivência. Lula disse outro dia que o PSDB acabou, mas a verdade é que ainda não.

Eduardo Leite certamente já desistiu de ser candidato à Presidência da República porque viu que não tem o menor sentido. Ele deve estar arrependido de ter renunciado ao governo do Rio Grande do Sul e agora quer ser candidato a governador de novo.

O MDB precisou fazer concessões ao PSDB no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais para garantir o apoio a Tebet. O partido dela tem candidatos ao governo nesses estados que não queriam abrir mão das candidaturas, mas tudo é uma questão de negociação.

Também está difícil a vida de Sergio Moro, que entrou e saiu do Podemos, foi para o União Brasil, se domiciliou eleitoralmente em São Paulo, e no fim não deu certo. 
Agora pode ser candidato no Paraná, mas sabe-se lá a quê? Ao Senado? Mas Alvaro Dias, que é o mentor de Moro na política, já é o candidato.
 
E o União Brasil, o que pensa disso? Quem manda no União Brasil no Paraná é Fernando Francischini, que é apoiador de Bolsonaro, que foi traído por Moro. O ex- juiz andou fechando portas. 
A esposa de Moro chegou a publicar um sanduíche de mortadela nas redes sociais dizendo que isso os identificava com São Paulo.

Já o ex-governador João Doria ainda não percebeu o seu tamanho real. Disse que vai fazer um pronunciamento à nação no dia 13 de junho. Não sei qual o tamanho que ele julga ter.

Então, esse parece ser o destino da terceira via, que está completamente sem rumo. Parecem tontos nesse momento, já lutando por migalhas, o que vai sobrar para eles nessa eleição, para se manterem com uma bancada razoável nas Assembleias Legislativas, na Câmara e no Senado.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo -  VOZES


segunda-feira, 11 de abril de 2022

Apertem os cintos, o comandante sumiu - Revista Oeste

Ana Paula Henkel

O partido de Joe Biden procura tentar conter o gigantesco dano causado em tão pouco tempo de mandato. E, para isso, nada melhor do que chamar Barack Obama 

A Casa Branca chama o ex-presidente Barack Obama | Foto: Montagem/ Revista Oeste
A Casa Branca chama o ex-presidente Barack Obama | Foto: Montagem/ Revista Oeste

Em um desses artigos, observo como o antigo Partido Democrata de John Kennedy não existe mais e que o que vemos hoje é um partido com políticas tão democratas quanto as políticas do Psol no Brasil. Muitos leitores entram em contato e me perguntam gentilmente o que, de fato, aquele insight, aquele sinal fez a minha “previsão” ser tão acurada. Vejam, eu adoraria levar o crédito de que algumas “previsões” foram parte de uma análise mirabolante. Mas, como eu disse, não há nada de mirabolante nisso. A única coisa que fiz foi ouvir. Nada de “leitura nas entrelinhas” ou “análises profundas”, não, nada disso. Foi tudo preto no branco. Cada palavra do que está acontecendo foi dita sem rodeios e sem firulas nas primárias democratas, depois nos debates presidenciais com Donald Trump. O problema é que chegou a conta de tanta sinceridade, combinada com uma eleição estranha. E ela chegou como um iceberg gigantesco na frente de um navio sem comandante.

Com Donald Trump, o malvadão do século, fora de cena, Biden agora emplaca um discurso de disco arranhando de que a culpa de todos os problemas na América é de Vladimir Putin
Com o perdão do trocadilho, só faltou combinar com os russos. 
Em janeiro de 2021, Donald Trump entregou um país, ainda dentro de uma pandemia, já com claros e sólidos sinais de recuperação econômica e com a imagem forte que sempre foi a marca registrada dos norte-americanos na política internacional.  
A instabilidade trazida pela administração Biden em poucos meses se solidificou de maneira surpreendente: inflação sem controle, desemprego em alta, crise histórica na fronteira sul com a maior imigração ilegal das últimas décadas,  reversão de políticas de independência enérgica da Era Trump, os maiores índices de criminalidade nas grandes cidades norte-americanas dos últimos 12 anos e, claro, o ápice da ineficácia e despreparo do democrata na Casa Branca: a retirada desastrosa e caótica das tropas norte-americanas do Afeganistão, causando a morte de 13 soldados norte-americanos. Isso, até hoje, está entalado na garganta da nação.

“Joe Biden não está ajudando”
E o que era óbvio para aqueles que votam em políticas e não personagens, para aqueles que assistem a debates e entrevistas com o cérebro e não com o fígado, parece ter chegado aonde menos se esperava: na velha imprensa norte-americana. 
Sim, a velha assessoria de imprensa do Partido Democrata está, dia após dia, dando as costas a Joe Biden. Poderíamos até levantar a teoria de que os militantes das redações querem empurrar Kamala Harris para o Salão Oval, mas Harris é detestada até pelos ativistas do New York Times e Washington Post, motivo pelo qual ela não conseguiu emplacar seu nome como candidata forte nas primárias democratas nem na Califórnia, seu Estado natal, e bateu em retirada sem números expressivos. 
O nome da vice foi escolhido apenas pela agenda identitária: mulher, negraA competência de Kamala como política é tão boa quanto a de Dilma Rousseff. Até as gafes no melhor estilo da “presidenta” do Brasil fazem parte do repertório da vice de Biden.,
 
A revista Rolling Stone, por exemplo, declarou recentemente que “Joe Biden não está ajudando”, como se o objetivo fosse “ajudar” como presidente, e não liderar. É sabido que até a própria família de Biden não queria que ele vencesse em 2020. 
Alguns dos parentes mais próximos do presidente garantiram a amigos que Biden estava concorrendo apenas para aliviar a dor da morte de seu filho dois anos antes, e que sair em campanha pelo país para limpar a cabeça e aliviar o coração era a melhor maneira para fazer isso. 
Verdade seja dita, o próprio Joe Biden sabia que não ia ganhar. 
E, durante meses, parecia quase certo que ele não venceria. A primeira apresentação de Biden no debate das primárias democratas, em junho de 2020, foi considerada um desastre. Parecia bastante óbvio que ele não tinha qualquer chance de ser o nome democrata. 
Logo em seguida, Bernie Sanders começou a ganhar primárias e destaque. O mesmo aconteceu em 2016 e, pelo segundo ciclo presidencial consecutivo, Sanders provou ser o único democrata em campo com apoio de base legítimo. Os doadores viram isso e entraram em pânico. O homem que odeia bilionários! O que ele vai fazer com Wall Street? Alguém pare este senhor!

A cantilena da imprensa
Bernie Sanders era inaceitável para as pessoas que financiam o Partido Democrata, mas havia um problema, as opções eram piores do que tirar Bernie da jogada — como em 2016. Pete Buttigieg, Beto O’Rourke, Elizabeth Warren? Não. Kamala Harris… horrível em todos os níveis. Absolutamente ninguém gostava de Kamala Harris e por boas razões. [fosse no Brasil a Harris seria imposta pelo absurdo sistema de cotas - que esperamos acabe em novembro próximo.]  
Então, acabou sendo Joe Biden por alguma chamada executiva de algum deus democrata: “Tirem as teias de aranha do material de campanha de Joe. Todas as nossas fichas estão com ele”. E, claro, a mídia entendeu a mensagem imediatamente. No momento em que Biden foi coroado como o salvador do mundo contra o malvado laranja fascista, a assessoria dos democratas — pode chamar de imprensa mesmo —, já tinha a cartilha na ponta dos dedos e na ponta da língua. Uma rápida pesquisa mostra o manual, quase infantil:

— Jemele Hill, CBS: “É um alívio ter adultos no comando”.

— John Brennan, ex-diretor da CIA de Barack Obama: “Agora temos adultos na Casa Branca”.

— Dana Bash, CNN: “Qualquer um que tenha alguma conexão com a realidade sobre o que está acontecendo ao seu redor deve dizer: ‘Os adultos estão de volta à sala'”.

— Cornell Belcher, MSNBC: “Parece que temos um adulto profissional mais uma vez na Casa Branca”.

— Fareed Zakaria, CNN: “Realmente, o que eu diria é que os adultos estão de volta”.

— Nicolle Wallace, ex-assessora de George W. Bush, MSNBC: “Há uma sensação, eu acho, em todo o mundo, de que os adultos voltaram”.

— Jonattan Capehart, Washington Post, MSNBC: “Temos um adulto na Casa Branca agora e isso é glorioso”.

— Don Lemon, CNN: “Ok! Os adultos estão de volta na sala!”.

Detalhe: Don Lemon, âncora da CNN de um dos importantes telejornais da emissora, chorou ao vivo quando deu o resultado final da eleição de 2020 e noticiou a vitória de Joe Biden. Onde estão os adultos na imprensa?

Chama o Obama!
Biden certamente é um adulto e completará 80 anos neste ano, mas ninguém em Washington acha que a Presidência de Biden é gloriosa. A verdade é que todos sabem que ele é um desastre. 
As pesquisas mostram que os eleitores concordam com essa afirmação. Os números de sua popularidade só não são mais baixos do que os de Kamala Harris
Joe Biden é a pessoa mais impopular em praticamente qualquer lugar. 
 
(...)

Durante a pomposa recepção àquele que foi um dos piores presidentes dos EUA, chamado às pressas para tentar evitar um banho de sangue nas eleições de novembro, o atual presidente dos Estados Unidos, em sua própria Casa, foi evitado como o diabo evita a cruz. Ninguém falava com ele e, em um momento de visível confusão mental, tudo diante de várias câmeras, ele se afasta olhando para o vazio enquanto uma multidão se formava em torno do ex-presidente Barack Obama, que, obviamente, demonstrava muita satisfação pela atenção. Mas nada que já não esteja ruim não possa piorar. . Algumas das principais manchetes nesta semana em veículos alinhados ao Partido Democrata não deixam dúvidas:

— ABC News: “A apreensão dos eleitores está maior do que apenas o aumento dos preços ou a guerra da Rússia na Ucrânia. A criminalidade violenta nas cidades norte-americanas permanece persistentemente alta e há um problema crescente na fronteira”.

— CNN: “O índice de aprovação do presidente Biden ainda não atingiu o fundo e vem caindo durante todo o ano”.

— NBC News: “A inflação altíssima está acabando com os salários maiores. Embora os ganhos por hora tenham aumentado 5,6% em relação ao ano passado, um em cada cinco trabalhadores diz que fica sem dinheiro antes de receber o próximo pagamento”.

— ABC News: “Temos uma inflação histórica e preços recordes de combustível. Os norte-americanos estão sentindo isso”.

—Revista Politico: “Os números de Biden caíram dois dígitos com os eleitores jovens, que foram uma grande parte de sua coalizão em 2020”.

Culpa de Vladimir Putin
Então parece que a inflação é real e não é transitória como o governo de Biden anunciou inúmeras vezes em 2021? Então parece que cortar verbas para as forças policiais (Defund the police, slogan de dez entre dez democratas desde 2020) na verdade aumenta o caos e que o crime e a desordem nas cidades também são reais? 
E, vejam vocês, parece que uma guerra inútil com a Rússia, empurrada pelos democratas beligerantes até para ser usada como cortina de fumaça diante de tantos problemas domésticos, não é tão popular quanto pensavam. De repente, a imprensa resolveu admitir tudo isso. Durante meses, Biden vem dizendo que tudo de ruim que o norte-americano está percebendo ao seu redor é, claro, culpa de Vladimir Putin. E a mídia o apoiou. Mas, de repente, não está mais comprando a bobagem de que os quatro anos de Trump na Casa Branca sofreram interferência russa, nem de que Putin é o grande vilão do caos no cotidiano norte-americano.

(...)

Questão de sobrevivência
Já está muito claro que o Partido Democrata e sua grande ala na imprensa decidiram descartar Joe Biden. Nunca houve uma ordem oficial para fazer isso, mas o que percebemos é a mente coletiva trabalhando para acabar com a erva daninha do momento. Sem dó. Os democratas têm as mesmas reações porque têm os mesmos instintos: “Biden é fraco, devemos nos livrar dele”. Para a maioria das pessoas, isso soa duro e implacável, ainda mais considerando os anos de janela do democrata no partido. No entanto, no reino animal é uma resposta totalmente natural. É a primeira regra das matilhas. O conhecido fratricídio no reino dos bichos que operam por instinto não é nada pessoal. É apenas uma questão de sobrevivência do grupo, e é exatamente assim que o Partido Democrata opera.
 
O Partido Democrata opera como operam os balaios coletivistas da turma preocupada com o “bem-estar de todos”. Os indivíduos são irrelevantes. O grupo é tudo o que importa. Ninguém no partido realmente se importa com Joe Biden ou jamais se importou, ou se importa, com George Floyd, Greta Thunberg ou qualquer outra pessoa que é explorada como herói insubstituível para alguma pauta política. Todas as pessoas são dispensáveis. O que importa é o partido e o partido importa porque nos números há poder. E os números de Biden são horríveis. Um dos piores de toda a história dos Estados Unidos da América. E, claro, em algum nível, Joe Biden sabe disso. Ele entende como isso termina. Inevitavelmente, depois de 50 anos no partido, é sua vez de ser eliminado. Como ele vai sair de cena, gritando por misericórdia ou aceitando a derrota como um homem, é a única pergunta. 
De qualquer maneira, que saia de cena logo. 
Os Estados Unidos e o Ocidente precisam de uma liderança capaz de reverter os danos de um presidente que, além de inepto, mostra fraqueza. Animais se guiam por instintos, e os tubarões já perceberam que há sangue na água.

Leia também “Uma tragédia anunciada”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste - MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A Ucrânia balança o mundo - Revista Oeste

Flavio Morgenstern e Artur Piva

Os alertas sobre o expansionismo russo sempre foram interpretados como uma espécie de teoria da conspiração de radicais da direita 

Tanque de tropas do Exército ucraniano | Foto: Milan Sommer/Shutterstock
Tanque de tropas do Exército ucraniano -  Foto: Milan Sommer/Shutterstock

Quando era candidata a vice-presidente na chapa de John McCain em 2008, uma pouco destacada Sarah Palin foi entrevistada sobre seu conhecimento de geopolítica, já que era vista apenas como a governadora de um Estado pouco relevante como o Alasca. A resposta de Palin virou piada nacional: lembrando que o Alasca faz fronteira com a Rússia, afirmou poder ver de seu Estado natal Putin invadindo a Ucrânia. Até hoje há quem creia que a governadora tenha afirmado que podia ver fisicamente a Rússia de sua casa (home), mas quase ninguém se lembrou de sua declaração quando Putin anexou a Crimeia seis anos depois.

Em um debate com o então presidente, Barack Obama, em 2012, Mitt Romney havia dito que a maior ameaça geopolítica que a América enfrentava era a Rússia. Obama soube ganhar apoio midiático e votos rindo da declaração, gracejando que seu adversário republicano queria uma política externa “dos anos 1980” de volta. Seu vice-presidente era um certo Joe Biden, então pouco conhecido no Brasil.

Quatro anos depois, Donald Trump surpreenderia o mundo com sua campanha de amplo apoio popular e violentíssima reação da mídia — afirmando, já na abertura do seu livro América Debilitada, que Vladimir Putin era um perigo para os Estados Unidos da América e para o mundo livre — e que a política democrata estava enfraquecendo a América e favorecendo os planos expansionistas do novo autocrata russo. Putin foi considerado o homem mais poderoso do mundo durante quase todos os anos da administração Obama, que tinha em Hillary Clinton seu braço internacional e em Joe Biden a conexão e o apoio político com o establishment norte-americano.

Desta vez, além de virar alvo de galhofa da mídia, seguiram-se pelo menos dois anos de uma teoria da conspiração que é tratada até hoje como se tivesse sido provada: que Trump havia ganhado as eleições com ajuda da manipulação russa — logo de Putin, que era alvo do então candidato. Seria pedir muito que a maioria dos jornalistas da grande mídia lesse duas ou três páginas de um livro antes de emitir opiniões tão fanatizadas. Foram apenas alguns exemplos de constantes críticas pela direita norte-americana ao expansionismo russo, enquanto o Partido Democrata, o complexo midiático internacional e as instituições acadêmicas que formam a opinião pública faziam troça de tais acusações — tal como Obama, geralmente afirmando que era uma “retórica de Guerra Fria”.

A Ucrânia, país pobre e debilitado, mas ao mesmo tempo muito importante no projeto geopolítico e cultural russo, era vista como o próximo alvo dos planos de Vladimir Putin, tal como Taiwan é a menina dos olhos da China de Xi Jinping. Mas os alertas constantes sobre o imperialismo russo sempre foram ouvidos pelo estamento como uma espécie de teoria da conspiração de extrema direita ultranacionalista — exatamente a chuva de adjetivos de forte impacto psicológico e nenhuma clareza conceitual que foi esquecida na última semana, tão logo Putin cumpriu suas ameaças. A concretização da geopolítica russa, afinal, é resultado do fracasso constante da política externa democrata — de Obama, Hillary e Biden.

O fracasso da “contenção” tardia
O ex-presidente Donald Trump adotou uma política aplicando conceitos mais próximos da administração do que da geopolítica. Apesar das críticas ao seu desconhecimento em geopolítica, ele cuidou de favorecer os amigos do Ocidente, no que ficou conhecido como a política da América em primeiro lugar (America First). Assumindo quando o Estado Islâmico parecia trazer o fim dos tempos, conseguiu manter-se por quatro anos sem nenhum incidente internacional digno de nota. Conseguiu inclusive trazer Kim Jong-un para a mesa de negociações e colocou fim à guerra civil síria, além de ter levado mais paz ao Oriente Médio com os Acordos de Abraão.

Com a vitória de Biden, não demorou até outras potências e grupos opositores colocarem à prova a força do novo governo. Quando isso ocorreu com o Trump, ele respondeu rapidamente com um bombardeio contra bases sírias. Com Biden, o oposto tomou forma: sua política fracassou no Afeganistão e perdeu uma guerra custosa de 20 anos. O caminho estava aberto para que a China, a Rússia, o Irã e outros países voltassem a avançar contra a estabilidade mundial.

Biden também tem culpa por colocar a ideologia acima dos interesses nacionais norte-americanos. O presidente norte-americano é um dos grandes responsáveis por não ter Índia e Brasil alinhados de modo mais claro à posição norte-americana, já que escolheu esnobar Narendra Modi e Bolsonaro por serem conservadores. Ele também fez o mesmo com os países do Golfo, cancelando vendas de produtos de defesa para a Arábia Saudita e para os Emirados, ambos desafetos do Irã, principal aliado russo no Oriente Médio.

Com o atual expansionismo de Putin na Ucrânia, temos um dos mais fortes erros geopolíticos da história norte-americana (e foram muitos recentes). Putin faz suas mobilizações para provocar, e sempre ganha sem precisar disparar um tiro
A Rússia, que faz fronteira com a Turquia e o Japão, com a Finlândia e a Coreia do Norte, com a Polônia e a China, de certa forma com o Japão e os Estados Unidos, pode realizar constantes mobilizações militares e exercícios fronteiriços. 
Afinal, ainda está em seu próprio território. Assim o fez recentemente com a Bielorrússia e a Geórgia, com o Cazaquistão e a própria Ucrânia.

Para o Ocidente poder mostrar seu poder de fogo de volta, precisa passar pela via burocrática: pedidos da Otan, destacamento caríssimo de tropas, passagem por países —  não raro ditaduras —, culminando em exercícios diminuídos e que nunca poderiam assustar alguém como Putin. Até tal resposta aparecer, os russos já puderam fazer novos exercícios, em outros pontos da fronteira russa que envolvem países diferentes — e todo o processo recomeça do zero, a altíssimo custo, enquanto Putin apenas movimenta tropas alguns quilômetros acima ou abaixo.

O que foi testemunhado nas últimas semanas foram constantes provocações militares, que teriam sido contidas caso houvesse um presidente forte na Casa Branca. Joe Biden, depois de Putin já tomar cidades ucranianas com ataques por terra, mar e ar, afirma que irá impor… sanções econômicas às regiões separatistas da República Popular de Donetsk e da República Popular de Luhansk
Algo para o qual Putin já estava se preparando havia anos — e trata suas tropas na região como “mantenedoras da paz” (sic). O seu ethos é guerreiro, coletivista, não se importa com sacrifícios de indivíduos ou tempo pensando no longo prazo. Não há como comparar uma ameaça de “medidas econômicas severas” com Putin falando em tons militares das “consequências nunca antes vistas” (com armas nunca testadas em campo) do apoio à entrada da Ucrânia na Otan.

Vladimir Putin sonha em criar algo digno dos grandes conquistadores da Antiguidade

Seria preciso que os Estados Unidos tivessem realizado uma política de contenção mais robusta, como as sanções impostas por Trump ao oleoduto Nord Stream 2 Biden simplesmente desistiu das sanções em maio último, o que levantou suspeitas sobre os interesses de seu filho — e também da família Clinton — nos sistemas de energia dos países mais corruptos do Leste Europeu. Putin logo entendeu que podia se preparar para atacar. Medidas como esta, no tempo correto, teriam sido suficientes para evitar o atoleiro no qual Biden se vê: todas as desvantagens de um conflito militar, que agora é quase inevitável, sem nenhuma vantagem da contenção diplomática.

O curioso é que a propaganda de Biden era justamente de que Putin tinha “medo” dele (e não de Trump), porque ele seria “muito duro” com o autocrata russo. Palavras sem espada são apenas tinta no papel. Ou no Twitter. Hoje, tudo o que resta a Biden é prometer sanções econômicas, que poucos dos seus aliados europeus levarão a sério, se são tão dependentes da energia russa.

A Ucrânia no xadrez geopolítico
Vladimir Putin sonha em criar algo digno dos grandes conquistadores da Antiguidade: a recriação da grandeza do antigo Império Russo, mas com a tecnologia moderna e o poder autocrata herdado da União Soviética. Este plano busca recriar o Império original, a grande Rus, o nome original da Rússia. A Ucrânia, ou “Pequena Rússia”, como é chamada pelos russos, é peça-chave para o plano de Putin. Além de muitos ucranianos serem etnicamente russos, e identificarem-se mais com o grande e glorioso país do que com seu decadente e corrupto Estado moderno, o antigo Império tinha em Kiev o seu centro cultural — o que é uma questão séria para Putin.

Sem ter uma ideologia muito precisa que unifique a sociedade a favor do seu projeto de poder como os ditadores comunistas possuíam com o bolchevismo comunista, seu apelo atual é para um “nacionalismo” expansionista, no qual os antigos territórios do Império Russo serão retomados um a um. A hegemonia cultural, militar e econômica do globo deixará de ter na América e na Inglaterra o seu centro irradiador, e a Grande Mãe Rússia ressurgirá como a nação capaz de salvar os pobres e aflitos do planeta. Foi neste contexto que vimos a Ucrânia querer uma aproximação com o Ocidente: cogitando mais um modelo liberal, pró-União Europeia e sendo apoiada até militarmente pelo mundo livre. Cogitou se filiar à Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, o bloco de países que se uniu justamente para frear o expansionismo militar russo durante a Guerra Fria. Para um autocrata com um plano global como Putin, é muito mais do que uma provokatsiya: é praticamente uma declaração de guerra. Afinal, a “Pequena Rússia” é parte da Rússia, segundo pensa Putin.

Memes começaram a aparecer nas redes sociais minutos depois da invasão:

 

A despeito das ideologias, as fronteiras atuais da Ucrânia foram definidas pelos tratados do fim da Guerra Fria. Como os países menores eram controlados por governos “satélites” de Moscou pela União Soviética, o mapa atual da Ucrânia possui fronteiras artificialmente maiores do que seu desenho histórico — o que é martelado dia e noite pela propaganda oficial de Putin. Entre os principais alvos estão Odessa e Sevastopol, importantes portos para a economia russa. Quando a Ucrânia se declarou independente de Moscou de vez, em 2014, essas regiões tornaram-se zonas de extrema tensão e conflito. E é neste ponto em que a política externa de Biden, desastrosa em tudo, se tornou verdadeiramente mortífera.

A política da provokatsiya e da desinformatsiya
Putin, homem forte da KGB e especialista em desinformatsiya, sempre soube fazer intensa propaganda separatista na Ucrânia, sobretudo na fronteira leste, financiando milícias, apoiando grupos rebeldes e prometendo mundos e fundos para quem pretendesse anexar-se à Rússia. Ao mesmo tempo, também destaca como grupos “neonazistas” aparecem no país vizinho, passando a tratar qualquer um que se oponha ao seu projeto de poder como um “nazista” ou um “racista”. Como palavras importam em uma guerra travada antes na mídia do que no campo de batalha, países ocidentais pisam em ovos para apoiar governos legítimos, como o da Ucrânia. Mesmo no Brasil, até sua bandeira já foi acusada de ser um “símbolo neonazista”, exigindo que o embaixador ucraniano no Brasil viesse a público explicar que o símbolo do país não é “neonazista”
Ou seja, a desinformatsiya russa é eficiente e transcontinental. Determina até os termos usados por jornalistas brasileiros. Enquanto isso, Putin constantemente ganha mais espaço de manobra para destruir grupos rivais. Tal como virou moda em republiquetas, acusa seus adversários de nazistas, e então trata-os como se merecessem um eterno Estado de exceção. E políticos como Obama e Biden, em vez de defender o mundo livre, sempre pisam em ovos para lidar com as manobras do expansionismo russo. Para eles, importa muito mais não ser chamados de “apoiadores de nazistas” pelo complexo midiático norte-americano — e, logo, mundial — do que lutar pelo mundo livre. Infelizmente, este modelo de política já foi exportado para o mundo ocidental. [o mais importante é que a consolidação de Putin, controlando a Ucrânia - ou mesmo anexando - reduz em muito o ímpeto do Biden e da sua vice na propagação, quase imposição, do maldito progressismo esquerdista. Putin não discute, nem dá sinais que discutirá o comunismo - que não considera tema importante. 
Para ele o conservadorismo que o domina é bem mais importante. Uma brecada na propagação do maldito progressismo esquerdista, que tem como meta destruir todos os valores do mundo - entre eles, sem limitar: BONS COSTUMES, FAMÍLIA, MORAL, PROPRIEDADE, RELIGIÃO, TRADIÇÃO, LIBERDADE, PATRIOTISMO é importante para que o mundo seja um lugar digno das pessoas de BEM continuarem nele.]
As possíveis consequências para o Brasil
Em um mundo interligado, um conflito na Ucrânia não é mais assunto distante, como a última Guerra da Bósnia. O Brasil está em uma situação bastante peculiar: sua agropecuária alimenta boa parte do mundo, mas é extremamente dependente de fertilizantes russos e 49% das exportações de gado têm como destino a China. Por isso, uma negociação com os russos é necessária e delicada.

Além de uma possível alta no preço dos combustíveis e do gás, em caso de um embargo, como proposto por Biden, a Rússia provavelmente irá triangular com a China para furar o bloqueio. A manobra aumentaria ainda mais o poder de Xi Jinping sobre o comércio internacional. Mais um desastre da atual política norte-americana é forçar sanções nas regiões pró-Rússia em dólar, euro e iene. Em vez de enfraquecer o inimigo, todas essas áreas separatistas passam a recorrer ao iuane chinês, aumentando o poder de barganha de Pequim. O Brasil também sofre com uma China controlando ainda mais territórios com sua moeda.

O cenário tem tudo para ser, no mínimo, péssimo para a economia.

Leia também “A fraqueza ocidental”

Flavio Morgenstern e Artur Piva, Revista - Oeste 
 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Barroso volta a criticar proposta de voto impresso auditável - Revista Oeste

Afonso Marangoni

Ministro disse que o texto era a 'solução inadequada para um problema inexistente'

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, voltou a criticar a proposta de voto impresso auditável, que foi derrotada na Câmara dos Deputados.  No ano passado, o ministro articulou para que a proposta não fosse aprovada. Nesta quinta-feira, 17, ele disse que o texto era a “solução inadequada para um problema inexistente”.

“Boa parte do ano de 2021 foi gasto com uma discussão desnecessária, que significaria um retrocesso: a volta do voto impresso com contagem pública manual”, disse, ao fazer um balanço da sua gestão no TSE.

Barroso afirmou que o sistema de votação eletrônica brasileiro é seguro, transparente e auditável. “O sistema foi implantado em 1996, há mais de 25 anos, sem que jamais se tenha documentado qualquer caso de fraude.” “Alguém poderia supor em boa fé, e esse é um ponto para o qual eu gostaria de chamar a atenção, que não haveria problema em se ter a impressão do voto simultaneamente ao voto eletrônico para eventual conferência em caso de diferença mínima entre os candidatos, deve-se observar que não é isso que constou da proposta”.

Ministro do Supremo Tribunal Federal desde 2013, Barroso passou a integrar o TSE no ano seguinte, chegando à Presidência em 2020. E, nesta quinta-feira, 17, fez seu discurso de despedida.

Liberdade de expressão
Barroso afirmou que a liberdade de expressão é importante e precisa ser protegida daqueles que a utilizam para destruir a democracia.O ministro disse que “nos últimos tempos” a democracia e as instituições “passaram por ameaças das quais acreditávamos já haver nos livrado”. 
 
[apresentando todas as vênias, indagamos do ministro Barroso sobre a conveniência de determinar ao ministro Fachin para que compareça a uma delegacia da PF e esclareça as razões de considerar provável que a Justiça Eleitoral  esteja sob ataque hacker; convém lembrar que a postura do futuro presidente do TSE, pode representar risco à democracia e à 'instituição' urnas eletrônicas.
Também é indiscutível que uma manifestação de um ministro do STF, TSE e futuro presidente da Corte máxima da Justiça Eleitoral, tem credibilidade e com isso fortalecer o entendimento desfavorável  ao voto eletrônico não auditável, reiteradamente expresso pelo presidente Bolsonaro.]

Sem citar diretamente a plataforma, voltou a defender que o Telegram seja suspenso do Brasil se não se adequar às leis brasileiras. O aplicativo de mensagens tem ignorado as tentativas de contato do TSE para cooperar no combate à desinformação. Barroso afirmou que tentativas de desacreditar o processo eleitoral configuram “repetição mambembe” do que fez Donald Trump nos Estados Unidos após ter pedido as eleições de 2020.

Afonso Marangoni, jornalista - Revista Oeste

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Putin vê Biden como incompetente - O Globo

Guga Chacra

[Biden é incompetente]

EUA x Rússia

O governo de Barack Obama, na visão de Vladimir Putin, agiu para derrubar um presidente ucraniano aliado de Moscou em 2014 ao fomentar as manifestações do Euromaidan via a então secretária assistente de Estado Victoria Nuland, que chegou a ir a protestos. 
Ao mesmo tempo, o então presidente americano, na avaliação do autocrata russo, teria sido um “frouxo” ao impor sanções quase sem impacto depois da resposta russa com a anexação da Crimeia e do estabelecimento de duas repúblicas separatistas no Leste ucraniano — na verdade, na época, o democrata precisava da Rússia nas negociações para o acordo nuclear com o Irã, e penalizar Moscou de forma muito dura podia prejudicar essa estratégia, mas a imagem de ter sido “leve” demais prevaleceu. [esqueçamos as mancadas, ou segundo Putin a frouxidão,  do democrata Obama - seu tempo passou e já pertence ao passado e vamos citar um dos vários exemplos da incompetência do democrata que preside os Estados Unidos.
De muitas, selecionamos uma que demonstra a incompetência, também o  e descaso por vidas humanas do atual presidente norte-americano: ao "comandar" a retirada dos americanos do Afeganistão, em uma demonstração da sua genial incompetência, ou baidada, ordenou que os militares se retirassem primeiro, deixando com os civis a tarefa de apagar as luzes. Concluindo a baidada, ordenou um bombardeio que resultou na morte de vários civis, incluindo crianças.Que esperar de tanta incompetência e desprezo por vidas humanas? Em tempo ... confirmando sua predileção por tirar vidas humanas, sempre que possível,inocentes e  indefesas um dos seus primeiros decretos facilitou a vida dos defensores do aborto nos  EUA. Demonstra desprezo pelo emigrantes,tarefa na qual conjsta com o apoio de sua vice.] 
 
Com a chegada de Donald Trump ao poder, Putin não viu necessidade de alterar o status quo na Ucrânia. O então presidente americano deixava claro que não queria atrito com o líder russo. Inclusive, conforme investigação da Justiça americana, a Rússia agiu para ajudar o republicano a derrotar Hillary Clinton
Para completar, Trump adotou uma postura crítica em relação à Otan. Chegou a questionar o Artigo 5 da aliança militar, que prevê que os países-membros precisam defender um outro integrante da organização caso este seja atacado. “Por que meu filho deveria ir para Montenegro defender o país de um ataque”, disse em entrevista à Fox News. Não havia, portanto, o menor risco de expansão da Otan em direção à Ucrânia durante os anos trumpistas. [A Otan teve seu tempo e grande utilidade na época da Guerra Fria - nos tempos atuais  sua existência perdeu o sentido e para mostrar alguma serventia fica interferindo nos assuntos internos de outros países.  
A falta de serventia da Otan  se iguala a da ONU - que tem pretensões a interferir, mas quando o assunto realmente merece sua intervenção, o poder de veto dos seus 'donos' a mantém inútil.
Hoje, quando a ONU tem alguma voz ativa, usa para defender coisas  indefensáveis e que sempre conspiram contra valores essenciais, entre eles a FAMÍLIA, a MORAL, a RELIGIÃO, os BONS COSTUMES e outros.]

Leia mais:   Para Putin, base dos EUA na Polônia, a 1.300 km de Moscou, justifica aposta russa na Ucrânia

O cenário se alterou com Joe Biden. Primeiro, obviamente, não havia mais um isolacionista na Casa Branca. O novo presidente é um multilateralista em busca do fortalecimento da Otan. Em segundo lugar, o democrata tinha ligações com a Ucrânia. Seu filho, Hunter Biden, conhecido por seus enormes problemas, ocupou no passado um cargo no conselho de uma empresa de energia em Kiev (algo extremamente controverso). Terceiro, o líder russo enxerga o presidente americano e sua equipe de política externa como incompetentes, especialmente após o fiasco da retirada do Afeganistão. Para completar, a Ucrânia tem no poder um presidente que fez carreira como comediante, sem nenhum histórico político. Volodymyr Zelensky é impopular e frágil na visão do Kremlin. Mais grave, adotou uma posição forte de aproximação com a Europa e a Otan.

Diante desta nova conjuntura, Putin decidiu apostar suas fichas em uma pressão para conseguir concessões e evitar uma guinada definitiva da Ucrânia para o lado “pró-europeu”. Se por um lado o status quo não estava mais garantido sem Trump na Casa Branca, de outro, o “incompetente” Biden e o “frágil” Zelensky tornavam o momento propício para uma ação para tentar restabelecer a Ucrânia como parte da zona de influência russa ou ao menos frear a guinada para a Europa. Esta ainda é a visão do líder russo, que tenta fazer o governo americano de bobo.

O governo Biden busca alterar o cálculo de Putin ao adotar um tom duro. Basta ver as recentes declarações do presidente americano, ameaçando com fortes sanções a Rússia no caso de invasão. Quer dar o recado de que não é “frouxo” como Obama e irá agir com fortíssimas sanções se tropas russas cruzarem a fronteira. [Declarações até o Jimmy Carter fazia e não só sobre amendoins - Biden tem de sobra as qualidades negativas que Carter tinha o que garantirá ao atual ocupante da Casa Branca o primeiro lugar na lista dos incompetentes, deixando com o georgiano o merecido segundo lugar.] Basicamente, tornará Moscou pária no sistema financeiro global. Claro, não sabemos se realmente o líder russo pretende invadir ou se desde o início apenas mobilizou as tropas para ter um poder maior de barganha.

Guga Chacra, coluna O Globo