Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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terça-feira, 23 de agosto de 2016
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Eleição atípica
Acostumado
nos últimos tempos ao ritmo de montanha-russa dos acontecimentos
políticos, o Brasil assistirá neste ano a uma campanha eleitoral
completamente diferente do habitual. A começar pelo acirramento dos
ânimos do eleitorado, em decorrência dos escândalos e corrupção e do
processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Fosse só a
beligerância entre “nós” e “eles” (ou vice-versa) teríamos mais do mesmo
vivido desde a última disputa presidencial. Este apenas garantirá o
caráter nacional dos temas a serem debatidos nas capitais e grandes
cidades. A novidade está em outros que vão distinguir das demais a
eleição que escolherá prefeitos e vereadores no próximo dia 2 de
outubro. De onde, o imprevisível é a única certeza sobre o que
ocorrerá num ambiente em que as empresas estão proibidas de financiar
candidatos e o manejo do dinheiro “por fora” estará sob a estreita
vigilância das autoridades e, por que não dizer, da sociedade.
Isso entre outras peculiaridades: redução do período de campanhas (de 90 para 45 dias), corte de dez dias na transmissão do horário eleitoral, ausência de estrelas do marketing, limite para participação de candidatos em debates, isolamento do PT por falta de parceiros dispostos a compartilhar o desgaste, ecos do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o PMDB na Presidência três décadas depois do governo José Sarney, investigações produzindo prisões nunca dantes imaginadas e empenho inédito dos maiores partidos numa reforma política que minimize o prejuízo da carência de recursos antes fartos por parte das empresas.
Agora acrescentemos a conjunção de fatores adversos: a crise econômica sem precedentes para duas gerações de brasileiros economicamente ativos, a radicalização das manifestações políticas na proporção direta da condenação à conduta dos políticos que leva ao aumento do descrédito na atividade e à falsa impressão de que existe alternativa boa ao sistema representativo. Esse tipo de cenário é terreno fértil para semeadura de ilusionistas de extrato populista e, não raro, pendores autoritários.
Temas muito complexos para uma simples eleição municipal? Podem até ser, mas são inevitáveis como consequência da conturbação em todos os setores e servirão como uma espécie de ensaio geral da disputa presidencial de 2018. Notadamente em relação ao financiamento das campanhas, restrito, pela nova regra, ao Fundo Partidário, à gratuidade (para os partidos) do horário eleitoral no rádio e na televisão e às doações de pessoas físicas, estas limitadas a 10% dos ganhos declarados no Imposto de Renda e ao teto de R$ 80 mil.
Antes mesmo do teste para saber qual o novo perfil das campanhas desprovidas dos costumeiros milhões, os maiores partidos já preparam a redução da concorrência na distribuição do dinheiro do Fundo e do tempo de televisão. O caminho seria a aprovação de emenda constitucional que impediria o acesso dos pequenos partidos a esses benefícios. A ideia seria reduzir para, no máximo, 12 as 35 legendas hoje existentes e barrar a criação de outras 29 que aguardam registro no Tribunal Superior Eleitoral.
Mas isso valeria apenas a partir de 2018. Neste ano, suas excelências vão ter que se virar. Para arrecadar e para convencer o exasperado eleitor sem a ajuda das miragens do marketing. Não por outro motivo que a escassez de recursos – sem falar na abundância de vigilância – está havendo desistência de candidatos que em outros tempos nada teriam a perder se mantendo na disputa. Por outra poderiam até ter a ganhar. Sobras de campanha. Eles e os respectivos partidos.
Gato comeu. E a tão prometida proposta de acabar com a reeleição? Nunca mais se ouviu falar.
Isso entre outras peculiaridades: redução do período de campanhas (de 90 para 45 dias), corte de dez dias na transmissão do horário eleitoral, ausência de estrelas do marketing, limite para participação de candidatos em debates, isolamento do PT por falta de parceiros dispostos a compartilhar o desgaste, ecos do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o PMDB na Presidência três décadas depois do governo José Sarney, investigações produzindo prisões nunca dantes imaginadas e empenho inédito dos maiores partidos numa reforma política que minimize o prejuízo da carência de recursos antes fartos por parte das empresas.
Agora acrescentemos a conjunção de fatores adversos: a crise econômica sem precedentes para duas gerações de brasileiros economicamente ativos, a radicalização das manifestações políticas na proporção direta da condenação à conduta dos políticos que leva ao aumento do descrédito na atividade e à falsa impressão de que existe alternativa boa ao sistema representativo. Esse tipo de cenário é terreno fértil para semeadura de ilusionistas de extrato populista e, não raro, pendores autoritários.
Temas muito complexos para uma simples eleição municipal? Podem até ser, mas são inevitáveis como consequência da conturbação em todos os setores e servirão como uma espécie de ensaio geral da disputa presidencial de 2018. Notadamente em relação ao financiamento das campanhas, restrito, pela nova regra, ao Fundo Partidário, à gratuidade (para os partidos) do horário eleitoral no rádio e na televisão e às doações de pessoas físicas, estas limitadas a 10% dos ganhos declarados no Imposto de Renda e ao teto de R$ 80 mil.
Antes mesmo do teste para saber qual o novo perfil das campanhas desprovidas dos costumeiros milhões, os maiores partidos já preparam a redução da concorrência na distribuição do dinheiro do Fundo e do tempo de televisão. O caminho seria a aprovação de emenda constitucional que impediria o acesso dos pequenos partidos a esses benefícios. A ideia seria reduzir para, no máximo, 12 as 35 legendas hoje existentes e barrar a criação de outras 29 que aguardam registro no Tribunal Superior Eleitoral.
Mas isso valeria apenas a partir de 2018. Neste ano, suas excelências vão ter que se virar. Para arrecadar e para convencer o exasperado eleitor sem a ajuda das miragens do marketing. Não por outro motivo que a escassez de recursos – sem falar na abundância de vigilância – está havendo desistência de candidatos que em outros tempos nada teriam a perder se mantendo na disputa. Por outra poderiam até ter a ganhar. Sobras de campanha. Eles e os respectivos partidos.
Gato comeu. E a tão prometida proposta de acabar com a reeleição? Nunca mais se ouviu falar.
Fonte: Dora Kramer - O Estado de São Paulo
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Dilma + Picciani + rebaixamento do Brasil = BURACO
Dilma consegue nos brindar com a vitória de Picciani e com o rebaixamento do Brasil. É o buraco!
O que vocês acham que acontece agora? É evidente que a percepção dos agentes econômicos, nesta quinta, será a de que Dilma ficou um pouquinho mais forte, embora, segundo a S&P, a situação do país esteja piorando... Ora, esses dois elementos, juntos, conduzirão ao otimismo ou a o pessimismo? Servirão para aumentar ou para diminuir a confiança no Brasil? Qual é a conclusão óbvia a que se chega quando se constata que aumentou a chance de permanecer no poder uma governanta que conduz o país ao desastre?
A
presidente Dilma ficou um pouquinho mais forte na quarta-feira e, por
isso mesmo, ela está mais fraca. A vitória de Leonardo Picciani (RJ)
sobre Hugo Motta (PB), por 37 a 30, na disputa pela liderança da Câmara,
me deu a certeza de que, com efeito, o Planalto conseguiu trincar a
unidade possível do PMDB. E, por isso mesmo, a presidente não vai
conseguir aprovar a CPMF, a reforma da Previdência ou qualquer coisa
relevante para o país.
Como se a
realidade tivesse um particular gosto pela ironia, um pouco antes de
Picciani se consagrar sobre o nada, a agência de classificação de risco
Standard & Poor’s rebaixava de novo a nota do Brasil, fazendo o país
descer mais um degrau na escala do risco.
Pois é…
Querem uma análise convencional? Pois não! As forças pró-impeachment do
Congresso ficam mais fracas, o governo está retomando a sua capacidade
de articulação, e, a partir de agora, Dilma vai ampliar o eixo de
governabilidade, derrotando tanto Eduardo Cunha (RJ) como Michel Temer,
vice-presidente da República e presidente do PMDB. Eis uma análise convencional e errada.
Querem uma
um pouco mais afinada com a dialética do mundo, onde as antíteses também
existem? Pois não! Digamos que o Planalto não se metesse na disputa e
que Hugo Motta, o antigovernista, tivesse vencido… Os que hoje já estão
afinados com o governo assim continuariam, e o grupo contrário teria de
necessariamente se aproximar para alguma articulação. Agora não! Dilma
resolveu entrar na briga para fazer derrotados e vai colher inimigos.
A condução
política da presidente é burra e não percebe que é possível ganhar
perdendo e perder ganhando. Quem poderia ensinar-lhe isso não é Marina
Silva, mas o general Pirro, não é? Ela venceu, mas a que custo? Há uma
evidência frequentemente desprezada nas análises: Dilma não precisa do
PMDB pela metade. Precisa do partido inteiro. E não terá. Se o tema,
então, é a reforma da Previdência, aí, meus caros, nem o PT ela consegue
juntar.
O que vocês
acham que acontece agora? É evidente que a percepção dos agentes
econômicos, nesta quinta, será a de que Dilma ficou um pouquinho mais
forte, embora, segundo a S&P, a situação do país esteja piorando…
Ora, esses dois elementos, juntos, conduzirão ao otimismo ou a o
pessimismo? Servirão para aumentar ou para diminuir a confiança no
Brasil? Qual é a conclusão óbvia a que se chega quando se constata que
aumentou a chance de permanecer no poder uma governanta que conduz o
país ao desastre?
A síntese é a seguinte: não pensem que, a partir de agora, as coisas vão melhorar para Dilma e para o governo. Vão piorar.
A pena que eu sinto é que Dilma nos arrasta a todos em sua pantomima triste. E os mais pobres pagam ainda mais caro.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
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quarta-feira, 25 de novembro de 2015
STF determina prisão do líder do PT, senador Delcídio Amaral - Delcidio costuma recomendar aos seus comparsas petistas o uso do LEXOTAN
PF prende senador Delcídio Amaral (PT-MS) e banqueiro André Esteves
Determinação foi dada pelo STF
[cabe a pergunta: quem será o próximo dirigente do PT a ser preso? afinal, aquela organização criminoso, com nome e disfarce de ser partido político, exigem para ser seu dirigente que o candidato seja aprovado no exame de FOLHA CORRIDA.
Sem uma FOLHA CORRIDA de destaque, preferencialmente com muitos e variados delitos, o candidato é dispensado.
O deputado Zé Guimarães, líder do PT na Câmara, apresentou uma FOLHA CORRIDA fraca - o delito mais grave (ninharia sob a ótica petista) foi o transporte por um dos seus assessores de dólares do parlamentar, transporte efetuado na cueca.
Quase que o Zé não era aprovado para líder do PT. O que o salvou foi ser irmão do Zé Genuíno - outro bandido famoso das hostes petistas - que garantiu que o irmão pode aumentar a FOLHA CORRIDA, bastando que Dilma desse uma chance.]
O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), foi preso
preventivamente na manhã desta quarta-feira no flat onde mora, em
Brasília. O senador é acusado de ameaçar parentes do ex-diretor
Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, e de ter oferecido a ele
ajuda para fugir do Brasil e não revelar nada sobre o esquema de
corrupção da Petrobras, segundo disse ao GLOBO uma fonte que acompanha o
caso de perto. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que apontou o oferecimento de vantagem como, por exemplo, uma mesada de R$ 50 mil para a família de Cerveró e R$ 4 milhões a seu advogado.
Também foram presos o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual,
que teria participado do conluio pelo silêncio de Cerveró; e o chefe de
gabinete do senador, Diogo Ferreira Rodrigues. Já o advogado Edson
Ribeiro, que trabalha para Cerveró, teve a prisão decretada, mas ainda
não teria sido detido. Todos estão envolvidos na mesma acusação, de
obstrução da Justiça.
Delcídio chegou de carro, às 8h15, à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O veículo preto em que estava foi seguido por outro, de escolta. Ele não foi algemado. Segundo a Polícia Federal, Delcídio ficará na superintendência e não há previsão de transferência para o presídio da Papuda. Ele foi alocado em uma sala no térreo do prédio principal, porque devido ao foro privilegiado tem direito a ficar numa sala de Estado-Maior. A sala tem cerca de nove metros quadrados. Caso a prisão seja mantida, será decidido a possibilidade de instalar a estrutura para que ele passe a noite na própria sala em que está ou se o senador será levado para a ala em que fica a carceragem de passagem.
A situação inicialmente era provisória, mas, por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta de cinco ministros, confirmou na manhã desta quarta-feira a decisão tomada na terça-feira pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato, de mandar prender o senador. O colegiado considerou gravíssima a acusação do Ministério Público Federal (MPF) de que o parlamentar tentava obstruir as investigações sobre o esquema de desvios de dinheiro da Petrobras.
Outro motivo que levou o ministro a mandar prender o senador foi o fato de que, em reunião com o advogado de Cerveró, Delcídio teria prometido a libertação do réu no STF. Ele disse que tinha conversado com Zavascki e com o ministro Dias Toffoli sobre a concessão de habeas corpus. E prometeu que pediria ao vice-presidente Michel Temer e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que falassem com o ministro Gilmar Mendes sobre o tema. Para Zavascki, é impressionante “a desfaçatez com que se discute a intercessão política na mais alta corte brasileira”.
Perguntados se foram procurados por Delcídio para tratar de um habeas corpus para Cerveró, os ministros responderam:
- Não – disse Gilmar Mendes.
- Sobre este tema, nunca. Nunca conversei com ele (Delcídio) sobre este assunto – disse Toffoli.
Já o ministro Teori Zavascki não quis comentar o assunto.
Delcídio chegou de carro, às 8h15, à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O veículo preto em que estava foi seguido por outro, de escolta. Ele não foi algemado. Segundo a Polícia Federal, Delcídio ficará na superintendência e não há previsão de transferência para o presídio da Papuda. Ele foi alocado em uma sala no térreo do prédio principal, porque devido ao foro privilegiado tem direito a ficar numa sala de Estado-Maior. A sala tem cerca de nove metros quadrados. Caso a prisão seja mantida, será decidido a possibilidade de instalar a estrutura para que ele passe a noite na própria sala em que está ou se o senador será levado para a ala em que fica a carceragem de passagem.
A situação inicialmente era provisória, mas, por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta de cinco ministros, confirmou na manhã desta quarta-feira a decisão tomada na terça-feira pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato, de mandar prender o senador. O colegiado considerou gravíssima a acusação do Ministério Público Federal (MPF) de que o parlamentar tentava obstruir as investigações sobre o esquema de desvios de dinheiro da Petrobras.
Outro motivo que levou o ministro a mandar prender o senador foi o fato de que, em reunião com o advogado de Cerveró, Delcídio teria prometido a libertação do réu no STF. Ele disse que tinha conversado com Zavascki e com o ministro Dias Toffoli sobre a concessão de habeas corpus. E prometeu que pediria ao vice-presidente Michel Temer e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que falassem com o ministro Gilmar Mendes sobre o tema. Para Zavascki, é impressionante “a desfaçatez com que se discute a intercessão política na mais alta corte brasileira”.
Perguntados se foram procurados por Delcídio para tratar de um habeas corpus para Cerveró, os ministros responderam:
- Não – disse Gilmar Mendes.
- Sobre este tema, nunca. Nunca conversei com ele (Delcídio) sobre este assunto – disse Toffoli.
Já o ministro Teori Zavascki não quis comentar o assunto.
O GLOBO apurou que Bernardo, filho de Cerveró, entregou à polícia uma gravação de Delcídio oferecendo vantagens a Cerveró para ele não fazer a delação, homologada nesta semana. Delcídio é o primeiro senador da República preso em flagrante por conta da oferta para a fuga, que é um crime continuado.
A delação de Cerveró envolve outros políticos ligados ao PMDB. Apesar de Delcídio ser do PT, ele sempre foi considerado um político ligado ao PMDB dentro da estatal. Dois senadores foram citados por Cerveró aos procuradores da PGR.
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal fez buscas e apreensões no gabinete de Delcídio, no Senado Federal, e no gabinete da liderança do governo no Senado, já que ele é o líder do governo Dilma na Casa. O 25° andar do prédio, onde se localiza o gabinete do petista, está interditado e ninguém pode subir. Nesse mesmo andar também está instalada a Secretaria Geral do Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi informado da ação da Polícia Federal no Senado às 6h30 desta manhã.
DELATOR: SENADOR RECEBEU PROPINA DE PASADENA
Delcídio foi citado em delação premiada de Fernando Baiano, que diz que o senador teria recebido entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão de propina na negociação da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Leia também: Agora é tempo de Lexotan - http://oglobo.globo.com/brasil/agora-tempo-de-lexotan-diz-lider-do-governo-17833190
* Colaboraram André de Souza e Renato Onofre - O Globo
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sábado, 14 de novembro de 2015
Itamar? Ih...Temer!
Documento do PMDB seria uma forma de sugerir que país pode dar certo, e o partido sabe do que está falando
No próximo
dia 17 o PMDB vai realizar seu congresso nacional. Surpreendentemente,
deu a público sua pauta com mais de duas semanas de antecedência, para
que as propostas sejam debatidas. Surpresa maior ainda: o documento,
chamado de “Uma ponte para o futuro”, faz sentido. Apresenta sugestões
concretas e sérias e pode ser a base de uma contribuição viável para o
país sair do atoleiro e da estagnação. Sem medo de ser impopular e com a
coragem de apostar na racionalidade.
O saudoso jornalista Marcio Moreira Alves falava na “moral homogênea do PMDB” para se referir ao saco de gatos e gatunos em que se transformara o partido, ao sacrificar o modelo de políticos como Ulysses Guimarães, Freitas Nobre e outros exemplos de seus corajosos tempos de oposição à ditadura, e se transformar numa linha auxiliar das forças do atraso, dominado pelo caciquismo, clientelismo, nepotismo, fisiologismo e outros ismos tenebrosos.
Nada levava a crer que um documento como esse que agora a nação examina pudesse sair do partido dos atuais presidentes da Câmara e do Senado, e de tantos outros nefastos exemplos de falta de ética. No entanto, aí está ele, oferecido à reflexão e ao debate da sociedade, com possibilidade de apontar caminhos e construir pontes, como se propõe. Ou afirma se propor, porque, com o histórico peemedebista, é sempre bom desconfiar. O mínimo de que se desconfia no momento é que o partido quer se qualificar para uma eventual candidatura à Presidência, mostrando-se capaz de analisar a calamitosa situação que vivemos, diagnosticar suas causas e ser racional na sugestão de saídas. Tem o direito. É só querer.
Há quem garanta que tudo faz parte de um lembrete: num eventual impeachment da presidente, caberia a Michel Temer ser um novo Itamar Franco, o vice salvador capaz de botar o país nos trilhos após o pesadelo deste descarrilamento. O documento seria uma forma de sugerir que ele pode dar certo, e o partido sabe do que está falando. Uma plataforma eleitoral às avessas, sem populismo ou teimosia voluntarista. Confiando mais no aceno ao realismo e à competência do que no marketing de pílulas douradas.
Sua primeira qualidade é o gesto em si, de se descolar da pasmaceira teimosa e ousar propor um programa de estabilização que possa atacar as causas do desequilíbrio, com propostas estruturais de reforma fiscal, desengessando o Orçamento de suas vinculações obrigatórias de recursos e acabando de vez com a indexação, de modo a permitir que se rompa o círculo vicioso da inflação.
Nessa ótica, o documento soma outras sugestões para propiciar a retomada do desenvolvimento, como a imposição de limites para despesas de custeio do governo, que teriam de ser obrigatoriamente inferiores ao crescimento do PIB. Outros pontos pressupõem valorizar acordos coletivos frente à rigidez da legislação trabalhista, estabelecer idade mínima para a aposentadoria, enfrentar a reforma previdenciária, apoiar acordos internacionais de comércio que extrapolem o Mercosul, incentivar a iniciativa privada, criar controles independentes para os programas estatais, abandonar o sistema de partilha e voltar ao regime de concessões na exploração do petróleo — sempre com o cuidado de preservar a Petrobras e manter direitos adquiridos.
Algumas dessas medidas podem ser impopulares, mas nada que uma explicação lógica e didática não seja capaz de esclarecer — desde que se respeite a inteligência do cidadão e não se tenha uma oposição desonesta e manipuladora a distorcer a realidade e fantasiá-la de mágica malvada a fazer desaparecer pratos de comida da mesa, livros das carteiras escolares e outros abracadabras.
Economistas e acadêmicos da área, de um modo geral, consideram as propostas positivas. O próprio ministro da Fazenda já deu indicações de ser favorável a seus principais pontos. Os setores mais responsáveis da oposição (excetuando os destrambelhados que não se incomodam de afundar o país, desde que o governo afunde) sinalizam a possibilidade de respaldo a um entendimento coletivo e público em torno de um programa concreto de responsabilidade fiscal e reformas estruturais que permitam romper essa estagnação, sair do Fla-Flu desonesto e mesquinho do “eles contra nós” ou de discussões pseudopolíticas reduzidas ao tamanho de Eduardo Cunha, seu papel e seu inevitável destino.
Não é preciso apostar em impeachment, ver golpistas embaixo da cama ou desqualificar adversários, para buscar saídas para o Brasil. Elas podem passar por um processo de análise isenta, discussão de propostas e busca de acordos amplos, respeitando opiniões diferentes que não briguem com os fatos. Mesmo que a folha corrida do PMDB não o recomende e ainda que os presidentes da Câmara e do Senado não nos permitam esquecer aonde seus quadros são capazes de chegar, o programa que o partido sugere não deixa de ser um ponto de partida para a discussão das indispensáveis mudanças que o país terá de fazer.
Fonte: Ana Maria Machado, escritora - O Globo
O saudoso jornalista Marcio Moreira Alves falava na “moral homogênea do PMDB” para se referir ao saco de gatos e gatunos em que se transformara o partido, ao sacrificar o modelo de políticos como Ulysses Guimarães, Freitas Nobre e outros exemplos de seus corajosos tempos de oposição à ditadura, e se transformar numa linha auxiliar das forças do atraso, dominado pelo caciquismo, clientelismo, nepotismo, fisiologismo e outros ismos tenebrosos.
Nada levava a crer que um documento como esse que agora a nação examina pudesse sair do partido dos atuais presidentes da Câmara e do Senado, e de tantos outros nefastos exemplos de falta de ética. No entanto, aí está ele, oferecido à reflexão e ao debate da sociedade, com possibilidade de apontar caminhos e construir pontes, como se propõe. Ou afirma se propor, porque, com o histórico peemedebista, é sempre bom desconfiar. O mínimo de que se desconfia no momento é que o partido quer se qualificar para uma eventual candidatura à Presidência, mostrando-se capaz de analisar a calamitosa situação que vivemos, diagnosticar suas causas e ser racional na sugestão de saídas. Tem o direito. É só querer.
Há quem garanta que tudo faz parte de um lembrete: num eventual impeachment da presidente, caberia a Michel Temer ser um novo Itamar Franco, o vice salvador capaz de botar o país nos trilhos após o pesadelo deste descarrilamento. O documento seria uma forma de sugerir que ele pode dar certo, e o partido sabe do que está falando. Uma plataforma eleitoral às avessas, sem populismo ou teimosia voluntarista. Confiando mais no aceno ao realismo e à competência do que no marketing de pílulas douradas.
Sua primeira qualidade é o gesto em si, de se descolar da pasmaceira teimosa e ousar propor um programa de estabilização que possa atacar as causas do desequilíbrio, com propostas estruturais de reforma fiscal, desengessando o Orçamento de suas vinculações obrigatórias de recursos e acabando de vez com a indexação, de modo a permitir que se rompa o círculo vicioso da inflação.
Nessa ótica, o documento soma outras sugestões para propiciar a retomada do desenvolvimento, como a imposição de limites para despesas de custeio do governo, que teriam de ser obrigatoriamente inferiores ao crescimento do PIB. Outros pontos pressupõem valorizar acordos coletivos frente à rigidez da legislação trabalhista, estabelecer idade mínima para a aposentadoria, enfrentar a reforma previdenciária, apoiar acordos internacionais de comércio que extrapolem o Mercosul, incentivar a iniciativa privada, criar controles independentes para os programas estatais, abandonar o sistema de partilha e voltar ao regime de concessões na exploração do petróleo — sempre com o cuidado de preservar a Petrobras e manter direitos adquiridos.
Algumas dessas medidas podem ser impopulares, mas nada que uma explicação lógica e didática não seja capaz de esclarecer — desde que se respeite a inteligência do cidadão e não se tenha uma oposição desonesta e manipuladora a distorcer a realidade e fantasiá-la de mágica malvada a fazer desaparecer pratos de comida da mesa, livros das carteiras escolares e outros abracadabras.
Economistas e acadêmicos da área, de um modo geral, consideram as propostas positivas. O próprio ministro da Fazenda já deu indicações de ser favorável a seus principais pontos. Os setores mais responsáveis da oposição (excetuando os destrambelhados que não se incomodam de afundar o país, desde que o governo afunde) sinalizam a possibilidade de respaldo a um entendimento coletivo e público em torno de um programa concreto de responsabilidade fiscal e reformas estruturais que permitam romper essa estagnação, sair do Fla-Flu desonesto e mesquinho do “eles contra nós” ou de discussões pseudopolíticas reduzidas ao tamanho de Eduardo Cunha, seu papel e seu inevitável destino.
Não é preciso apostar em impeachment, ver golpistas embaixo da cama ou desqualificar adversários, para buscar saídas para o Brasil. Elas podem passar por um processo de análise isenta, discussão de propostas e busca de acordos amplos, respeitando opiniões diferentes que não briguem com os fatos. Mesmo que a folha corrida do PMDB não o recomende e ainda que os presidentes da Câmara e do Senado não nos permitam esquecer aonde seus quadros são capazes de chegar, o programa que o partido sugere não deixa de ser um ponto de partida para a discussão das indispensáveis mudanças que o país terá de fazer.
Fonte: Ana Maria Machado, escritora - O Globo
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segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Por 2016, PMDB quer distância de Dilma
Congresso do partido, na próxima semana,
demarcará diferenças em relação ao governo
Apesar de ter sido contemplado com sete ministérios na reforma
ministerial promovida pela presidente Dilma Rousseff em outubro, o PMDB deflagrou nos últimos dias um
movimento de descolamento da atual gestão. O partido, que tem como
presidente nacional o vice-presidente Michel Temer, quer se diferenciar da
petista na área econômica.
Na estratégia definida pela cúpula peemedebista, o congresso do partido, no próximo dia 17, será o primeiro grande gesto público dessa movimentação, que tem o objetivo de manter a presidente sob pressão. O PMDB não quer entrar nas eleições municipais do ano que vem com o carimbo de aliado preferencial do PT e sócio da crise econômica e política.
Em caráter reservado, um integrante da cúpula peemedebista que integra o governo definiu dessa forma o objetivo do encontro: “Apresentaremos um programa para disputarmos as eleições de 2016 e 2018. Mas também precisamos ter um programa para o caso de termos que assumir o poder”.
Para evitar retaliações do Palácio do Planalto, representantes da ala governista do PMDB evitam tratar do assunto abertamente e dizem apenas que o congresso não terá a prerrogativa de tomar qualquer decisão sobre a manutenção ou rompimento oficial do partido com a presidente Dilma Rousseff. Essa definição, porém, acontecerá em março, na convenção nacional do partido.
Sem filtro
Os “aliados” do governo esvaziaram as prerrogativas do encontro, mas permitiram que o evento do próximo dia 17 fosse formatado para constranger o governo. Segundo um dirigente do partido que está envolvido na organização do encontro, o microfone estará aberto e todos os presentes poderão votar nas moções que serão apresentadas ao documento-base.
Sem o filtro da escolha dos participantes por meio da eleição de delegados na base, a ala dissidente está livre para mobilizar suas claques. A organização do congresso e a redação do seu texto-base, intitulado “Uma ponte para o futuro”, ficaram a cargo de um ex-ministro peemedebista que hoje é crítico à política econômica do governo: Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães. “Queremos não só unificar o partido, mas reunificar o País. O compromisso do PMDB não é com A, B ou C (partido ou governo) é com o Brasil. Para reunificar, só com um programa de intervenção na vida econômica e social”, diz ele.
Ainda segundo Moreira Franco, a crise econômica está se tornando “incontrolável” e a situação é “explosiva”. “Temos que ter a dimensão da gravidade.” O senador Valdir Raupp (RR), vice-presidente do PMDB, diz que alguns pontos divergentes do documento, classificado por ele como “duro” contra o governo, precisam ser reajustados, e que os dissidentes “ainda” não são maioria.
Por outro lado, ele sinaliza claramente o desejo de evitar os efeitos colaterais de ser aliado preferencial de Dilma. “Um partido que sempre defendeu as causas populares não pode enveredar para a direita.” Ainda segundo o senador, o PMDB também está em busca de retomar suas “origens”. “Está na hora de voltar às origens das grandes lutas. Um partido com a idade do PMDB, 50 anos, precisa começar a discutir uma candidatura própria à Presidência em 2018. Esse sentimento é unânime”, afirma Raupp.
O senador Romero Jucá (RR) diz que o encontro vai definir um “roteiro” para o Congresso decisivo do partido em 2016. “Após o encontro de novembro, o documento será debatido nos Estados e municípios até o congresso, que pode ser antecipado para antes de março.” Ainda segundo Jucá, o documento será uma posição “clara” sobre economia e questões sociais. O congresso do PMDB também discutirá mudanças no estatuto do partido e as estratégias para as eleições 2016.
Na estratégia definida pela cúpula peemedebista, o congresso do partido, no próximo dia 17, será o primeiro grande gesto público dessa movimentação, que tem o objetivo de manter a presidente sob pressão. O PMDB não quer entrar nas eleições municipais do ano que vem com o carimbo de aliado preferencial do PT e sócio da crise econômica e política.
Em caráter reservado, um integrante da cúpula peemedebista que integra o governo definiu dessa forma o objetivo do encontro: “Apresentaremos um programa para disputarmos as eleições de 2016 e 2018. Mas também precisamos ter um programa para o caso de termos que assumir o poder”.
Para evitar retaliações do Palácio do Planalto, representantes da ala governista do PMDB evitam tratar do assunto abertamente e dizem apenas que o congresso não terá a prerrogativa de tomar qualquer decisão sobre a manutenção ou rompimento oficial do partido com a presidente Dilma Rousseff. Essa definição, porém, acontecerá em março, na convenção nacional do partido.
Sem filtro
Os “aliados” do governo esvaziaram as prerrogativas do encontro, mas permitiram que o evento do próximo dia 17 fosse formatado para constranger o governo. Segundo um dirigente do partido que está envolvido na organização do encontro, o microfone estará aberto e todos os presentes poderão votar nas moções que serão apresentadas ao documento-base.
Sem o filtro da escolha dos participantes por meio da eleição de delegados na base, a ala dissidente está livre para mobilizar suas claques. A organização do congresso e a redação do seu texto-base, intitulado “Uma ponte para o futuro”, ficaram a cargo de um ex-ministro peemedebista que hoje é crítico à política econômica do governo: Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães. “Queremos não só unificar o partido, mas reunificar o País. O compromisso do PMDB não é com A, B ou C (partido ou governo) é com o Brasil. Para reunificar, só com um programa de intervenção na vida econômica e social”, diz ele.
Ainda segundo Moreira Franco, a crise econômica está se tornando “incontrolável” e a situação é “explosiva”. “Temos que ter a dimensão da gravidade.” O senador Valdir Raupp (RR), vice-presidente do PMDB, diz que alguns pontos divergentes do documento, classificado por ele como “duro” contra o governo, precisam ser reajustados, e que os dissidentes “ainda” não são maioria.
Por outro lado, ele sinaliza claramente o desejo de evitar os efeitos colaterais de ser aliado preferencial de Dilma. “Um partido que sempre defendeu as causas populares não pode enveredar para a direita.” Ainda segundo o senador, o PMDB também está em busca de retomar suas “origens”. “Está na hora de voltar às origens das grandes lutas. Um partido com a idade do PMDB, 50 anos, precisa começar a discutir uma candidatura própria à Presidência em 2018. Esse sentimento é unânime”, afirma Raupp.
O senador Romero Jucá (RR) diz que o encontro vai definir um “roteiro” para o Congresso decisivo do partido em 2016. “Após o encontro de novembro, o documento será debatido nos Estados e municípios até o congresso, que pode ser antecipado para antes de março.” Ainda segundo Jucá, o documento será uma posição “clara” sobre economia e questões sociais. O congresso do PMDB também discutirá mudanças no estatuto do partido e as estratégias para as eleições 2016.
Fonte: Revista IstoÉ
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sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Coisa de quem não conhece Brasília - PMDB não é confiável
Documento do PMDB ‘Uma ponte para o futuro’ delineia proposta consequente e bem articulada de ajuste fiscal
[em termos de confiabilidade o PMDB só perde para o PT e outros partidos da nojenta esquerda. Também o tributo maníaco Levy não é confiável e a salvação que ele propõe representa as mortes dos que supostamente diz desejar salvar.
Mas, mesmo assim não é confiável e qualquer plano produzido nos fornos do PMDB tem que ser examinado com lupa.
Sempre pode esconder alguma coisa contra os brasileiros.]
Nas últimas
semanas, o país se deu conta de que os danos da devastação fiscal
perpetrada pela presidente Dilma foram muito maiores do que se supunha.
Se as contas das pedaladas pendentes tiverem de ser quitadas ainda este
ano, o governo deverá registrar déficit primário recorde, da ordem de 2%
do PIB, em 2015. Em meio ao desalento com as proporções assustadoras da
reconstrução fiscal que agora se faz necessária, merece toda a atenção o
surpreendente documento, de 19 páginas, dado a público pelo PMDB, na
semana passada, sob o título “Uma ponte para o futuro”.
Não se pode dizer que os alertas que o documento ressalta sejam inéditos. De uma forma ou de outra, a maior parte deles vem sendo brandida no debate econômico nacional há pelo menos duas décadas: o dispêndio do governo não pode continuar crescendo ao dobro da taxa de crescimento do PIB; as contas da Previdência Social se tornarão insustentáveis, a menos que as regras de acesso aos benefícios previdenciários sejam extensamente alteradas; o emaranhado de regras de indexação do gasto público e de vinculações de receitas a programas específicos de dispêndio tem de ser desfeito, para conferir flexibilidade ao Orçamento.
Mas quem quer que tenha tentado fazer tais alertas ao longo dos últimos 20 anos teve clara sensação de estar clamando no deserto. Propostas de reforma fiscal baseadas nesses alertas eram invariavelmente descartadas, in limine, como “coisa de quem não conhece Brasília”.
A ideia é que “quem conhecia Brasília” sabia que a única forma de manter as contas públicas sob controle era continuar elevando a carga tributária para acomodar a expansão sem fim do gasto público. E não foi por outra razão que, nas campanhas presidenciais de 2002, 2006 e 2010, questões relacionadas à contenção de dispêndio público foram sistemática e solenemente ignoradas, tanto por candidatos governistas como de oposição.
É por isso que o surpreendente documento do PMDB merece atenção. Talvez seja excesso de otimismo, mas não se pode descartar a possibilidade de que o aguçamento da crise fiscal — ou, diriam alguns, a exacerbação das contradições na área fiscal —, ao cabo de cinco anos de desmandos da presidente Dilma, esteja, afinal, propiciando à classe política visão mais lúcida das reais possibilidades de saída da crise.
É bem verdade que o PMDB é um partido para lá de problemático. E não faltará quem argua, com boa dose de razão, que seria ingênuo e precipitado alimentar expectativas de que um arquipélago de forças políticas regionais com inegáveis inclinações populistas, longa tradição de fisiologismo e inesgotável propensão a se atrelar ao governo do dia esteja, agora, de fato, disposto a subscrever uma agenda séria de reforma fiscal, na contramão do que vem defendendo há tantos anos.
A reação natural, portanto, é suspeitar que tenha gato nessa tuba. E concluir que o mais provável é que esse documento não tenha maiores consequências e esteja só desempenhando mais um papel inconfessável, na complexa e intensa agenda de negociações do PMDB com o Planalto. Pode até ser. Mas se a intenção era produzir um documento evasivo e anódino, o texto falhou por larga margem. Está bem escrito e objetivo e, exceto algumas poucas escorregadelas, faz todo sentido. E diz o que precisa ser dito.
Seja como for, é notável que um partido da relevância do PMDB, com 67 deputados e 17 senadores, esteja de algum modo associando seu nome a uma proposta consequente e bem articulada de ajuste fiscal, distinta do triste pacote de ajuste pelo lado da receita, na velha linha preconizada por “quem conhece Brasília”, que o governo, no desespero, quer ver aprovado a toque de caixa.
Em meio ao clima de desalento e alta incerteza em que está imerso o país, a iniciativa do PMDB pode vir a ter desdobramentos importantes, especialmente se for confirmado que o documento conta com respaldo efetivo do vice-presidente da República.
Por: Rogério Furquim Werneck é economista e professor da PUC-Rio
Não se pode dizer que os alertas que o documento ressalta sejam inéditos. De uma forma ou de outra, a maior parte deles vem sendo brandida no debate econômico nacional há pelo menos duas décadas: o dispêndio do governo não pode continuar crescendo ao dobro da taxa de crescimento do PIB; as contas da Previdência Social se tornarão insustentáveis, a menos que as regras de acesso aos benefícios previdenciários sejam extensamente alteradas; o emaranhado de regras de indexação do gasto público e de vinculações de receitas a programas específicos de dispêndio tem de ser desfeito, para conferir flexibilidade ao Orçamento.
Mas quem quer que tenha tentado fazer tais alertas ao longo dos últimos 20 anos teve clara sensação de estar clamando no deserto. Propostas de reforma fiscal baseadas nesses alertas eram invariavelmente descartadas, in limine, como “coisa de quem não conhece Brasília”.
A ideia é que “quem conhecia Brasília” sabia que a única forma de manter as contas públicas sob controle era continuar elevando a carga tributária para acomodar a expansão sem fim do gasto público. E não foi por outra razão que, nas campanhas presidenciais de 2002, 2006 e 2010, questões relacionadas à contenção de dispêndio público foram sistemática e solenemente ignoradas, tanto por candidatos governistas como de oposição.
É por isso que o surpreendente documento do PMDB merece atenção. Talvez seja excesso de otimismo, mas não se pode descartar a possibilidade de que o aguçamento da crise fiscal — ou, diriam alguns, a exacerbação das contradições na área fiscal —, ao cabo de cinco anos de desmandos da presidente Dilma, esteja, afinal, propiciando à classe política visão mais lúcida das reais possibilidades de saída da crise.
É bem verdade que o PMDB é um partido para lá de problemático. E não faltará quem argua, com boa dose de razão, que seria ingênuo e precipitado alimentar expectativas de que um arquipélago de forças políticas regionais com inegáveis inclinações populistas, longa tradição de fisiologismo e inesgotável propensão a se atrelar ao governo do dia esteja, agora, de fato, disposto a subscrever uma agenda séria de reforma fiscal, na contramão do que vem defendendo há tantos anos.
A reação natural, portanto, é suspeitar que tenha gato nessa tuba. E concluir que o mais provável é que esse documento não tenha maiores consequências e esteja só desempenhando mais um papel inconfessável, na complexa e intensa agenda de negociações do PMDB com o Planalto. Pode até ser. Mas se a intenção era produzir um documento evasivo e anódino, o texto falhou por larga margem. Está bem escrito e objetivo e, exceto algumas poucas escorregadelas, faz todo sentido. E diz o que precisa ser dito.
Seja como for, é notável que um partido da relevância do PMDB, com 67 deputados e 17 senadores, esteja de algum modo associando seu nome a uma proposta consequente e bem articulada de ajuste fiscal, distinta do triste pacote de ajuste pelo lado da receita, na velha linha preconizada por “quem conhece Brasília”, que o governo, no desespero, quer ver aprovado a toque de caixa.
Em meio ao clima de desalento e alta incerteza em que está imerso o país, a iniciativa do PMDB pode vir a ter desdobramentos importantes, especialmente se for confirmado que o documento conta com respaldo efetivo do vice-presidente da República.
Por: Rogério Furquim Werneck é economista e professor da PUC-Rio
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Lulinha, filho de Lula, agora se enrolou com o petrolão
A tabelinha entre Baiano e Lulinha confirma que o pai finge enxergar um Ronaldinho da informática no especialista em gol de mão
“O
que mais me impressionou foi o enriquecimento ilícito do Lula”,
reiterou na entrevista ao Roda Viva o jurista Hélio Bicudo. “Conheci o
Lula numa casa de 40 metros quadrados. Hoje, é uma das grandes fortunas
do país. Ele e os seus filhos”.
Imediatamente, o que resta da seita que tem num embusteiro seu único deus fez o que sempre fazem os bandidos do faroeste à brasileira: começou a perseguir o xerife.
Desafiado a provar o que disse, Bicudo pode ignorar cobranças farisaicas e seguir concentrado no pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Falarão por ele os envolvidos na roubalheira do Petrolão que aceitaram colaborar com a Justiça. Neste domingo, por exemplo, a manchete do Globo oficializou o mergulho no pântano do primogênito: BAIANO DIZ QUE PAGOU CONTAS DO FILHO DE LULA.
“Baiano” é a alcunha de Fernando Soares, cujo acordo de delação premiada com os condutores da Operação Lava Jato foi homologado na sexta-feira por Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal. Um dos operadores do PMDB nas catacumbas infectas da Petrobras, o depoente confessou que desviou pelo menos R$ 2 milhões para o pagamento de despesas pessoais de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha.
Sim, ele mesmo: o Lulinha que em 2005 embolsou R$ 5,2 milhões para vender à Telemar parte das ações de uma empresa de fundo de quintal, a Gamecorp, que montara um ano antes em parceria com dois amigos, ainda engatinhava no ramo de jogos eletrônicos e não valia mais que R$ 100 mil. Com as bênçãos do presidente, os sócios improváveis ganharam bastante dinheiro. [a empresa do filho do Lula, empresinha de 'fundo de quintal', não valia sequer R$100 mil, mas, a TELEMAR - hoje OI - decidiu investir milhões.
Não foi por generosidade, burrice ou falta de tino comercial.
Ao contrário. O investimento da TELEMAR oficializou a estreia da 'famiglia' Lula da Silva no mundo dos 'lobby'.
Algum tempo após o fantástico investimento da atual OI, o presidente Lula, assinou um decreto acabando com as limitações impostas às empresas de telefonia de atuarem em todo o território nacional.
Com a liberação a TELEMAR lucrou milhões e milhões e mostrou para a 'famiglia' Lula da Silva que os melhores lobistas são os que tem o pai exercendo o cargo de da República.]
A Telemar não parou de engordar até incorporar-se ao que hoje é a Oi. O patrimônio de Lulinha agora rima com a barriga de caipira que acertou a Mega Sena. Segundo o pai, a cara apalermada camufla um Ronaldinho da informática. Faz sentido: desde que entrou em campo, Lulinha vive fazendo golaços — quase sempre muito lucrativos.
Clique aqui para saber mais sobre Lulinha, o primeiro lobista da família da Silva
A jogada que desembocou na tabelinha em impedimento com Baiano confirma a suspeita de que o ex-monitor de zoológico virou especialista em gol de mão. Como o pai. Se for mantida na mira de bons juízes, boa parte da família vai levar cartão vermelho.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes
Imediatamente, o que resta da seita que tem num embusteiro seu único deus fez o que sempre fazem os bandidos do faroeste à brasileira: começou a perseguir o xerife.
Desafiado a provar o que disse, Bicudo pode ignorar cobranças farisaicas e seguir concentrado no pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Falarão por ele os envolvidos na roubalheira do Petrolão que aceitaram colaborar com a Justiça. Neste domingo, por exemplo, a manchete do Globo oficializou o mergulho no pântano do primogênito: BAIANO DIZ QUE PAGOU CONTAS DO FILHO DE LULA.
“Baiano” é a alcunha de Fernando Soares, cujo acordo de delação premiada com os condutores da Operação Lava Jato foi homologado na sexta-feira por Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal. Um dos operadores do PMDB nas catacumbas infectas da Petrobras, o depoente confessou que desviou pelo menos R$ 2 milhões para o pagamento de despesas pessoais de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha.
Sim, ele mesmo: o Lulinha que em 2005 embolsou R$ 5,2 milhões para vender à Telemar parte das ações de uma empresa de fundo de quintal, a Gamecorp, que montara um ano antes em parceria com dois amigos, ainda engatinhava no ramo de jogos eletrônicos e não valia mais que R$ 100 mil. Com as bênçãos do presidente, os sócios improváveis ganharam bastante dinheiro. [a empresa do filho do Lula, empresinha de 'fundo de quintal', não valia sequer R$100 mil, mas, a TELEMAR - hoje OI - decidiu investir milhões.
Não foi por generosidade, burrice ou falta de tino comercial.
Ao contrário. O investimento da TELEMAR oficializou a estreia da 'famiglia' Lula da Silva no mundo dos 'lobby'.
Algum tempo após o fantástico investimento da atual OI, o presidente Lula, assinou um decreto acabando com as limitações impostas às empresas de telefonia de atuarem em todo o território nacional.
Com a liberação a TELEMAR lucrou milhões e milhões e mostrou para a 'famiglia' Lula da Silva que os melhores lobistas são os que tem o pai exercendo o cargo de da República.]
A Telemar não parou de engordar até incorporar-se ao que hoje é a Oi. O patrimônio de Lulinha agora rima com a barriga de caipira que acertou a Mega Sena. Segundo o pai, a cara apalermada camufla um Ronaldinho da informática. Faz sentido: desde que entrou em campo, Lulinha vive fazendo golaços — quase sempre muito lucrativos.
Clique aqui para saber mais sobre Lulinha, o primeiro lobista da família da Silva
A jogada que desembocou na tabelinha em impedimento com Baiano confirma a suspeita de que o ex-monitor de zoológico virou especialista em gol de mão. Como o pai. Se for mantida na mira de bons juízes, boa parte da família vai levar cartão vermelho.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes
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sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Dilma cobra de ministros blindagem contra impeachment
Dilma cobra de ministros blindagem contra impeachment no Congresso
Presidenta reúne novo gabinete pela primeira vez após reforma ministerial e envia recados
Um dia após ter as contas de seu Governo de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União e sofrer a segunda derrota consecutiva no Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff convocou uma reunião com todos os seus 31 ministros, um gabinete renovado por uma reforma feita na semana passada, para cobrar maior empenho deles na relação com os parlamentares. É no Legislativo que Rousseff terá o desafio de aprovar indigestas medidas fiscais em meio a maior de todas as batalhas, a de impedir a instalação de um processo de impeachment.
Rousseff, ao centro, durante a reunião ministerial. / EVARISTO SA (AFP)
Reunião inútil ou inúteis reunidos?
Neste primeiro encontro ministerial após a extinção de oito pastas e
30 secretarias nacionais, a petista tratou a rejeição no TCU como
“página virada” e as obstruções no Congresso – que pela terceira vez não
votou os vetos presidenciais – foram caracterizadas como um problema de
acomodação das equipes que acabaram de assumir os ministérios. “A presidenta é uma guerreira
e opera muito bem com dificuldades. Ela encarou [a reprovação pelo TCU]
com respeito e entende que esta é uma batalha superada. Agora, vamos
lutar no Congresso Nacional”, afirmou o novo ministro da Casa Civil,
Jaques Wagner.
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Para obter esse suporte, na visão de Wagner, é necessário que o Governo consiga atender todos os pleitos de seus aliados. “Precisamos ter rapidez no atendimento do que foi pactuado com as bases”, relatou. Segundo ele, além dos ministérios distribuídos principalmente para o PMDB, vários acordos foram feitos com parlamentares para a ocupação de cargos menores, mas nem todos foram entregues até o momento.
Durante o encontro, os 31 ministros que representam nove partidos se comprometeram a dialogar melhor com suas bancadas para ajudar na aprovação de medidas de interesse do Governo no Congresso. Os peemedebistas, por exemplo, sugeriram fazer uma reunião semanal entre os sete representantes da legenda para monitorar a atuação de seus parlamentares.
Com a maior bancada entre os aliados na Câmara, 66 deputados, e com um ministério a mais desde a última sexta, o PMDB não entregou os votos que prometeu. Nas últimas duas sessões do Congresso, por exemplo, quase metade deles não compareceu e contribuiu para a falta de quórum e a realização da votação dos vetos presidenciais. A presidenta também sofre resistência em seu próprio partido.
Desafios e Cunha
Desde que a reforma ministerial foi concluída, na segunda-feira passada, a presidenta tem dado recados aos partidos aliados sobre a importância de ajudar sua gestão no Legislativo. A maior parte das ações do Governo depende muito mais dos parlamentares do que do próprio Executivo. Das 16 medidas elaboradas por ela para evitar um déficit orçamentário no ano que vem, por exemplo, 15 necessitam da aprovação de deputados e senadores.Enquanto isso, o Planalto observa a evolução das acusações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Operação Lava Jato. Nesta quinta, a Procuradoria-geral da República confirmou que o deputado e seus familiares têm contas suspeitas na Suíça, o que ele tem negado. Rompido com o Governo, Cunha segue tendo influência sobre boa parte da bancada e o desfecho de seu caso poderia mudar mais uma vez as configurações na Casa.
Fonte: El País
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sexta-feira, 2 de outubro de 2015
DILMA: GUERRA NA HORA ERRADA, NO LUGAR ERRADO, CONTRA UM INIMIGO ERRADO
Raras vezes se tem
visto reforma ministerial tão pífia como a que vai se completando.
Dos ministros que entram, não se
tinha notícia, senão que integravam o baixo
clero da Câmara dos Deputados. Dos que estão sendo remanejados, pouco
ou nada deixaram nas posições iniciais, fora a saraivada de críticas
desencadeada sobre Aloísio Mercadante pelos próprios companheiros. Se era para a presidente Dilma neutralizar
os temores do impeachment desenvolvidos pela turma do Eduardo Cunha,
precipitou-se.
Tivesse esperado alguns dias e estaria assistindo o
desmonte do presidente da Câmara,
a partir do terremoto com epicentro na Suíça. E o óbvio enfraquecimento
da proposta de sua defenestração. Se o objetivo da reforma era
para enfrentar a crise econômica, trocou o seis pelo meia dúzia.
Tanto os novos ministros, quanto os que trocaram de lugar, carecem de competência para liderar
agendas positivas capazes de afastar a sombra das profundezas
econômicas. Como
vão fazer aquilo que Joaquim Levy não fez até agora?
O PMDB ganhou o jogo sem jogar. Perto de Eduardo Cunha ser
expulso de campo, seu time saído do banco de reservas levanta a taça, na
medida em que mais se aproveitará das benesses do poder. O vácuo agora deixado e ampliado por Dilma favorecerá Michel
Temer, feliz com a frustração do PT por não ter
resistido um pouco mais. Até o
Lula estará arrependido por haver aconselhado a sucessora a salvar a
Presidência entregando os ministérios. Salvo inusitados ou fatos novos, a
presidência já estava salva e muitos ministérios, perdidos.
Circula em Brasília a versão de
que Dilma se afastará do trivial do governo para dedicar-se a altas questões, como a Política
Externa e a Defesa, quer dizer, à arte
de enxugar gelo e ensacar fumaça. Fica, no entanto, a dúvida: quem
comandará o time? Jacques Wagner? Ricardo Berzoini? Ou o Lula? O problema é
que, assim como os demais companheiros, ele já começa o segundo
tempo perdendo de goleada.
Em suma, para o PT e para a presidente, uma guerra
travada na hora errada, no lugar errado, contra um inimigo errado.
Satisfeitos estão os tucanos, que do ninho privilegiado assistem a derrota
adversária sem disparar um tiro. Coisa que acirra os ânimos e afia os bicos,
pois entrou uma penosa a mais na disputa: além de Aécio
Neves, Geraldo Alckmin e José Serra, Álvaro Dias está no páreo.
Fonte: Carlos Chagas
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