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domingo, 6 de agosto de 2023

Petrobras: o PT volta ao ataque - Revista Oeste

Carlo Cauti

Mais uma vez no poder, PT volta a aplicar a mesma receita na estatal: manutenção de preços artificialmente baixos, planos de investimentos mirabolantes e aparelhamento político


 Ilustração: Shutterstock

"Não aprenderam nada, não esqueceram nada.” Bastaria essa frase para reassumir a gestão da Petrobras no novo governo do PT. Pronunciada pelo político francês Charles Talleyrand depois da restauração da dinastia Bourbon ao trono, a frase se adapta perfeitamente às escolhas da recém-empossada diretoria da estatal petrolífera. Praticamente idênticas às do período de 2003 a 2016: manutenção de preços artificialmente baixos, planos de investimentos mirabolantes, aparelhamento político.
A mesma receita que, no passado recente, levou a maior empresa brasileira ao desastre.

A única diferença são os casos de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato. Até o momento, não registrados.

Durante a campanha eleitoral de 2022, a Petrobras foi um dos alvos favoritos do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Qualquer ocasião era válida para atacar a política de paridade de preços internacionais dos combustíveis (PPI), a venda de ativos menos rentáveis e a distribuição de dividendos.

Depois de eleito, Lula escolheu como presidente da Petrobras o ex-senador Jean Paul Prates (RN-PT). Imediatamente, a velha cartilha petista passou a ser aplicada na estatal. A PPI foi arquivada, e a Petrobras voltou a vender combustíveis no mercado brasileiro a um preço mais baixo do que o mercado internacional. Obviamente, amargando prejuízos em seu balanço. 
 
“Da última vez que isso ocorreu, entre 2010 e 2014, a Petrobras acumulou um rombo de cerca de R$ 240 bilhões”, explica Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). 
Na época, a então presidente Dilma Rousseff tentou manter a inflação artificialmente baixa forçando a Petrobras a reduzir o preço dos combustíveis. 
Deu certo até a eleição, e a herdeira de Lula ganhou um novo mandato. Mas as contas da estatal ficaram devastadas. 
 
Quando Dilma entrou no Planalto, a Petrobras era a sétima maior empresa do planeta. No final da presidência, a companhia petrolífera tinha se tornado a mais endividada do mundo.  
As ações despencaram, passando de R$ 40 para R$ 6. 
Uma das mais rápidas e intensas destruições de valor da história econômica do Brasil.[ALERTA: pelo andar da carruagem, até agora estão presentes todos os ingredientes para a tragédia se repetir.]

Segundo Rodrigues, desta vez o resultado negativo vai demorar um pouco mais para aparecer, pois a cotação do barril de petróleo está mais baixa do que na época, assim como o câmbio do dólar. “Mas é algo inevitável”, salienta o diretor do CBIE. “Não tem como fugir da matemática. A Petrobras se tornou a única companhia petrolífera do mundo que torce para que o preço do petróleo não suba. Cada dólar a mais não se torna lucro, como acontece com qualquer outra empresa do setor, mas prejuízo.”

“O diesel deveria aumentar R$ 0,90 por litro para estar alinhado com o resto do mundo”, explica Sergio Araújo, presidente executivo da Abicom. “Caso contrário, são R$ 0,90 de prejuízo por litro que a Petrobras deve aguentar. Multiplicados por bilhões de litros vendidos por ano, se transformam em um rombo gigante. É um ganho razoavelmente pequeno para o bolso do consumidor, mas é um estrago enorme para a Petrobras. E para todo o Brasil.”

(...)

Concorrência predatória
A manutenção artificialmente baixa dos preços também provoca danos colaterais em toda a economia nacional
 Para os concorrentes particulares da estatal, a competição se torna impossível. 
A atuação predatória da Petrobras acaba forçando as empresas privadas de extração e refino a interromper suas produções. Com o risco de desabastecimento para o mercado interno.

(...)

A volta da gastança
Se com a manutenção de preços mais baixos do que o mercado a Petrobras está perdendo bilhões de reais, com a volta dos planos faraônicos de investimentos ela vai gastar outros bilhões. 
O governo quer mais investimentos por parte da estatal, na mesma linha do que foi feito nas passadas gestões petistas. 
Mesmo que isso resulte em menor remuneração para os acionistas.
Entre os quais está o próprio governo, que detém a maioria das ações. Por isso, na semana passada, a Petrobras anunciou uma revisão da política de dividendos, reduzindo a distribuição dos lucros de 60% para 45% do fluxo de caixa livre. 
 
As reivindicações eleitoreiras de Lula foram atendidas
Mas o governo vai perceber em breve que ele era o principal beneficiário dos dividendos da Petrobras, enquanto maior acionista da empresa. 
Foi graças a esse dinheiro que o então ministro da Economia, Paulo Guedes, conseguiu garantir que as contas públicas fechassem no azul durante os anos da pandemia. Mesmo com os gigantescos gastos do auxílio emergencial.
 
(...)

Sem contar os casos de péssimo uso do dinheiro da Petrobras no exterior, emblematicamente representado pela refinaria de Pasadena (Estados Unidos). Um negócio que custou quase R$ 2 bilhões aos cofres da estatal, para a compra de uma planta velha e inútil para a estratégia de produção da empresa.

Foi também por causa dessas decisões insensatas que a Petrobras chegou a acumular uma dívida monstruosa, superior a R$ 492 bilhões. Após seis anos de gestão diametralmente oposta, esse valor diminuiu para R$ 280 bilhões.

“Mesmo que o Brasil precise de fato aumentar sua capacidade de refino para atender ao mercado interno, a Petrobras não tem um bom histórico de gestão de investimentos durante os governos do PT”
, afirma Rodrigues. “Além disso, para a Petrobras não faz sentido investir em uma tecnologia já antiga, como a das refinarias. Ela deveria se concentrar no que sabe fazer melhor, e que garante mais retorno: a extração de petróleo em águas profundas. Nesse setor ela já é líder mundial, e poderia melhorar ainda mais.”


Se a Petrobras voltar a investir em refinarias
, estará violando um acordo assinado em 2019 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para reduzir sua posição dominante no mercado. A estatal tinha se comprometido a vender 50% da sua capacidade de refino para operadores particulares.

O único lugar onde a Petrobras é forçada a prestar contas de verdade não é sequer no Brasil. É no tribunal de Nova York, nos Estados Unidos. Por causa da voragem nas contas da estatal provocadas pela péssima gestão e pelos escândalos de corrupção, a Petrobras foi obrigada a pagar mais de R$ 3,6 bilhões em multas para encerrar uma investigação criminal. 
 E outros cerca de R$ 15 bilhões para investidores norte-americanos que foram prejudicados. 
Dinheiro dos brasileiros jogado fora por responsabilidade de diretorias nomeadas pelo PT no passado.

Aparelhamento disfarçado
O tripé da gestão petista da Petrobras só poderia ser completo com a volta do aparelhamento.
A própria nomeação do ex-senador Prates no comando da estatal ocorreu em violação à Lei das Estatais e ao estatuto da própria empresa, que veda políticos e dirigentes partidários por 36 meses após o fim do mandato. Prates foi senador até 2023.

Outros três membros do Conselho de Administração da Petrobras foram nomeados mesmo sendo considerados inelegíveis.
São eles: Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; Efrain Cruz, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME); e Sergio Rezende, dirigente do PSB.

Todas as instâncias de governança interna da estatal vetaram os nomes. 

(...)

O aparelhamento do Conselho é só a ponta do iceberg. 
Pois o próprio órgão colegiado pediu que a Petrobras avalie a contratação de assessores para cada uma das 11 vagas de conselheiro, com salários de até R$ 90 mil. Cargos e salários seriam escolhidos pelos próprios membros do Conselho. “A Petrobras pode voltar a se tornar um gigantesco cabide de empregos”, diz Rodrigues. “Esse aparelhamento político vai ser difícil de ser desfeito. Terá consequências nos próximos anos.” 
 
De fato, na gestão da Petrobras o PT não esqueceu nada e não aprendeu nada. O mesmo que os Bourbon há dois séculos. 
A família europeia voltou a cometer os mesmos erros, e perdeu o trono em poucos anos. Definitivamente.
No caso da Petrobras, o Brasil vai enfrentar novamente as amargas consequências dos erros de gestão já vistos no passado. 
Resta saber se o desfecho será o mesmo. 

Leia também “O dilema da Shein”

 Revista Oeste - ÍNTEGRA DA MATÉRIA 

Coluna Carlo Cauti, colunista

 

 

 

Petrobras sob péssima e temerária direção - Gilberto Simões Pires

NÍTIDO PROPÓSITO

Ontem à noite, tão logo foi divulgado o balanço da Petrobras, referente ao segundo trimestre deste ano, que apresentou QUEDA DE 47% DO LUCRO, em comparação com o mesmo período de 2022, ficou mais do que nítida a retomada do VELHO E CONHECIDO PROPÓSITO da TEMERÁRIA DIREÇÃO PETISTA, que voltou a assumir o comando da estatal em janeiro de 2023.

ALTÍSSIMA PRODUTIVIDADE

Visivelmente atacada, com -ALTÍSSIMA PRODUTIVIDADE-, por uma direção fortemente comprometida com a DESTRUIÇÃO, a RECEITA da Petrobras somou R$ 113,8 bilhões no período, resultado 33,4% MENOR do que o obtido em igual intervalo do ano anterior. Mais: o importante EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ENCOLHEU 42,3% na base anual e 21,8% na base trimestral.

DESTRUIÇÃO TEM PRESSA

Antes de tudo, para confirmar que a DESTRUIÇÃO TEM PRESSA, Lula & Cia trataram de ABANDONAR O QUANTO ANTES o PPI - PREÇOS DE PARIDADE DE IMPORTAÇÃO, ressuscitando grandes, notórios e indisfarçáveis temores do universo de investidores. Não satisfeitos foram além: promoveram ALTERAÇÃO NA POLÍTICA DE DIVIDENDOS, que baixou os proventos de 60% para 45% de seu fluxo de caixa livre.

POSTURA OBJETIVA

Como a DIREÇÃO TEMERÁRIA assumiu em janeiro deste ano, os primeiros passos foram na direção de piorar o desempenho econômico da Petrobras. Entretanto, a considerar que o maior prazer é voltado para a ROUBALHEIRA, o que se espera daqui para frente é uma POSTURA OBJETIVA em duas direções: 1- seguir firme com a INCOMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA; e, 2- dar início aos ATOS DE CORRUPÇÃO. Ambos, mais do que sabidose tornaram MARCA REGISTRADA dos governos LULA/DILMA -PETISTAS. 

Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires


terça-feira, 11 de julho de 2023

A bomba de R$ 6 bilhões prestes a explodir na Petrobras

Mudança na metodologia dos cálculos sobre o preço de referência do petróleo deve ter impacto bilionário

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad  (Washington Costa/MF/Divulgação)
 
Sobrará para a Petrobras pagar um aumento de 6 bilhões de reais por ocasião da mudança da metodologia dos cálculos sobre o preço de referência do petróleo, como desejado pela Fazenda. [uma das missões sinistras do DESgoverno que ora preside o Brasil é acabar com a Petrobras.]
 
O conselho da estatal pressiona órgãos do Executivo para impedir a revisão.

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Radar Econômico - VEJA

 

sábado, 22 de abril de 2023

O crime da Lava-Jato foi combater a corrupção - Carlos Alberto Sardenberg

O senador e ex-juiz Sergio Moro Cristiano Mariz

Lula comete muitos equívocos. [o sujeito é um equivoco, além de amoral, grosseiro, ignorante e sem respeito aos doentes.] Na maior parte, são opiniões rasteiras sobre assuntos complexos que ele não conhece. Entram nessa categoria os comentários sobre os games — vistos como formadores de crianças violentas — e transtornos mentais — ou “desequilíbrio de parafuso” que afeta 30 milhões de brasileiros, potenciais causadores de “desgraça”. Tratava dos assaltos a escolas, tema sensível, mas essas falas não geram políticas públicas. Ao contrário. Nos ministérios da Saúde e da Educação, ficaram perplexos com os comentários do presidente. Calaram. Ainda bem.

É diferente quando se trata das incursões de Lula em política internacional. As declarações de apoio à China e à Rússia revelam um antiamericanismo que, antes de mais nada, é visceral. Lula acha e diz — que sua prisão foi resultado de uma conspiração armada pelo Departamento de Justiça dos EUA. [achismo digno da mente cínica que o elabora - o petista foi preso por ter cometidos vários crimes, confirmados em várias sentenças condenatórias proferidas por 9 (nove) juízes distintos e confirmadas em três instâncias; tanto que o Supremo, em sua supremacia suprema não conseguiu descondená-lo.] Tem muita gente importante no PT que racionaliza essa ideia, tornando-a base da diplomacia “Sul-Sul”. Se os americanos são capazes de destruir uma economia emergente, então o negócio é buscar outros parceiros.

En passant, fica dito que a corrupção no mensalão e, sobretudo, no petrolão foi coisa pequena, limitada a algumas pessoas, sem participação do PT, muito menos de Lula. Os grandes acordos de delação? Empresas, executivos e empresários chantageados. E os réus confessos que devolveram dinheiro? Também chantagem e mixaria. Assim mesmo, tudo duvidoso, porque a diretoria da Petrobras na época era formada por cúmplices da conspiração.

Para eles, a Petrobras quebrou, nas gestões petistas, não por má gestão e roubalheira, mas por ter sido saqueada por agentes do imperialismo. E por que saqueada?  
Porque a estatal e as empreiteiras associadas, Odebrecht à frente, se espalhavam pelo mundo ameaçando as companhias americanas. (Leiam artigos e livros de José Sérgio Gabrielli e Alessandro Octaviani, este agora indicado para a Superintendência da Susep. Ele, aliás, sustenta que a corrupção foi fator de crescimento em muitos países.) Dizem que, contra essa expansão brasileira, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos inventou o programa de combate à corrupção, com o propósito explícito de tirar do caminho as concorrentes das empresas americanas.[por sorte, o que foi inventado foi um programa de combate à corrupção, o que vale admitir que os idiotas petistas e devotos que propagam essa ideia, admitem que a CORRUPÇÃO PETISTA JÁ EXISTIA - apenas o programa, oportunamente criado, tornou mais fácil comprovar. ]
 
Como chegaram a isso? Partindo de um fato real: o governo americano, com a OCDE, liderou um programa de combate à corrupção que apanhou empresários, empresas e governos pelo mundo todo, inclusive entre os aliados europeus.  
Não foi, pois, uma ação contra o Brasil de Lula. 
Foi na sequência de investigações sobre terrorismo e tráfico de drogas, quando se adotou a linha follow the money. Quem financiava o crime? Como se dava a troca de dinheiro sujo por respeitáveis recursos no sistema financeiro global? 
No meio do caminho, com a colaboração de diversos governos, se topou com a corrupção dos Estados. 
 
O programa desenvolveu métodos de rastreamento de dinheiro, praticamente quebrando o sigilo bancário e estabelecendo troca de informação entre os fiscos e os bancos centrais.  
A Lava-Jato fez parte desse programa.  
Foi assim, aliás, que achou dinheiro desviado em bancos suíços
Sim, Deltan Dallagnol e Sergio Moro estudaram nos EUA.  
Exatamente como juízes, promotores e policiais de diversos países. Obtiveram condenações notáveis. 
 
Foi tudo uma farsa global? 
No mundo, muita gente grande continua em cana. Aqui, estão soltando todos os condenados. Não por terem sido considerados inocentes, mas por uma cuidadosa manipulação de regras formais que vai anulando processo por processo
Em cima disso, o discurso petista vai ganhando espaço: o combate à corrupção, uma farsa americana, só serviu para destruir empresas brasileiras, gerar desemprego e recessão. A inversão está feita: não é a corrupção que corrói a economia, mas o combate a ela. 
 
Pode?
Não pode. Leiam o livro de Malu Gaspar “A organização” e os escritos de Maria Cristina Pinotti. 
 
 Carlos Alberto Sardenberg, jornalista - Coluna em O Globo

domingo, 5 de março de 2023

Loucura e desvario - Gilberto Simões Pires

AOS GRITOS
Ontem, o presidente Lula definiu como LOUCURA os valores distribuídos na forma de dividendos da Petrobras. Mais: defendeu, aos gritos -como se todos os brasileiros tivessem séria deficiência auditiva -, que a maior parte do lucro da estatal deveria ser destinado para investimentos.

DELAÇÕES PREMIADAS

A considerar o que Lula e seus fieis aliados fizeram com a Petrobras, que foi brutalmente saqueada, sem dó nem piedade, como revelam abertamente as inúmeras DELAÇÕES PREMIADAS e/ou DEVOLUÇÃO DE PARTE DO QUE FOI ROUBADO, o ex-condenado não tem o menor interesse que a estatal venha a fazer investimentos. Na real, a única coisa que Lula quer é voltar à cena do crime para meter a mão no cofre da Petrobras.

INVESTIMENTOS

É preciso, antes de tudo, que o povo brasileiro saiba que a Petrobras só foi capaz de obter bons resultados por conta de INVESTIMENTOS FEITOS POR ACIONISTAS PRIVADOS, que injetaram muitos recursos na empresa.  
O governo, ou Estado brasileiro, embora seja o acionista -ordinário- majoritário não INVESTIU na estatal.  
Foram, portanto, os acionistas privados que, através do IPO, colocaram dinheiro no caixa da Petrobras, proporcionando: 1- algum INVESTIMENTO e, 2- recursos que foram ROUBADOS, como detectou a Operação LavaJato.

TOLOS

Ah, sem esquecer que durante os governos petista Lula & Dilma, todas as estatais deram prejuízos e mais prejuízos. 
Ou seja, que o verdadeiro LOUCO nesta história é o presidente Lula. 
O povo, assim como os acionistas privados da Petrobras, são apenas TOLOS.

Ponto Crítico - Gilberto Simões Pìres

 

sexta-feira, 3 de março de 2023

Lula não gostou do PIB, nem do lucro recorde da Petrobras - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

 Reclamação

Petrobras lucro

Nós íamos crescer mais que a China, como acontecia no milagre econômico dos anos 1970, mas não deu. No último trimestre, o resultado da eleição desanimou a economia brasileira. 
Cresceríamos 3%, mas ficamos em 2,9% de PIB, enquanto a China cresceu 3%. 
Também ficamos atrás do México, que cresceu 3,1%. 
Ganhamos da Rússia, que teve 2,7%, mas a Rússia está em guerra. E o desempenho do Brasil foi criticado pelo presidente Lula ontem, dizendo que o nosso crescimento foi muito baixo. [o pior,  o que desespera Lula é a certeza que a queda do PIB brasileiro, iniciada exatamente no trimestre em que ocorreu a desgraça do maligno petista ser declarado presidente, vai persistir = o governo Lula perdeu o rumo e sem plano de governo a única coisa que vai crescer enquanto o petista governar será o CRESCIMENTO da QUEDA do PIB.
O governo do petista além de não ter plano de governo, nem rumo,  conseguiu formar um  ministério que se destaca exclusivamente pela desonestidade de parte dos seus integrantes e incompetência de outros tendo alguns que são as duas coisas = desonestos e incompetentes.
Tentou usar o recurso de prender para desviar atenção, não funcionou - agora vai ter que começar a prender integrantes do paquidérmico ministério = já tem três no laço.
A medida mais relevante do seu governo,adotada até agora foi o aumento de R$ 18, no salário-mínimo.]

 https://twitter.com/i/status/1623154395935383555

Lula também criticou o resultado da Petrobras: lucro líquido de R$ 188 bilhões, recorde histórico. No tempo da Dilma a Petrobras dava prejuízo – três vezes prejuízo
Mesmo assim, Lula criticou, dizendo que a Petrobras, em vez de distribuir os lucros, deveria investir.
 Mas isso é uma questão de política da empresa. De novo vem aquele viés de se meter politicamente e influenciar a administração da nossa petroleira estatal. O Banco do Brasil também teve, no ano passado, um resultado histórico, recordista, de R$ 31,8 bilhões.

O combustível subiu e o trabalhador já está sentindo no bolso
Aqui na capital federal temos novos preços de combustível: tem posto de gasolina vendendo com acréscimo de 70 centavos, outros de 50 centavos, se aproveitando da situação. 
E os que mais estão sentindo são aqueles que vivem diretamente do trabalho: o Uber, o taxista, o entregador de moto, o motoboy, o mototáxi, estão todos pagando bem mais caro no combustível. São 35 milhões de motos por esse país.
 
Governo despreza direito à propriedade ao aceitar invasão do MST
Essa invasão na Suzano Papel e Celulose está preocupando muita gente. O MST alega que invadiu porque é monocultura. Então, aquele pessoal que só planta pimenta, só planta tomate, ou arroz, ou soja, ou milho, ou feijão, ou arroz, ou cana, ou laranja, estão todos condenados pelo juiz supremo do que devemos plantar. A Suzano planta a sua matéria prima. Planta eucalipto para colher celulose, usando a fibra do eucalipto, uma árvore que cresce rapidamente. 
E o ministro do Desenvolvimento Agrário, instado a falar sobre o tema no Palácio do Planalto, nem lembrou de citar uma cláusula pétrea da Constituição, que põe o direito de propriedade na mesma linha do direito à vida, que engloba o direito de defesa. 
Estão na mesma linha do artigo 5.º, podem conferir. E ele diz que é preciso haver “diálogo”, que vai encaminhar um pedido da Suzano para eles saírem.

Ministro agora acha que temos obrigação de bancar o seu descanso
Falando em sair, entidades e ONGs estão pedindo a saída do ministro Juscelino Filho, que está em Barcelona. 
O Instituto Não Aceito Corrupção está pedindo o afastamento e o PL quer convocá-lo na Câmara para explicar essa história de ir a São Paulo para assistir a leilão de cavalos no fim de semana. 
Ele respondeu com uma nota, dizendo que pediu quatro diárias porque, enfim, tem direito aos dias de folga. 
Você já imaginou, ministro pensar que é CLT? 
Ministro não tem dia de folga, nem horário de trabalho definido. Sinto muito: é cargo de confiança, assim como o policial, o jornalista, o médico, são 24 horas por dia à disposição da exigência de sua profissão. 
Ele escolheu essa profissão, aceitou ser ministro, e agora vamos pagar diária para ele ter folga lá em Boituva? 
A Transparência Internacional está avisando que a falta de manifestação do presidente da República a esse respeito pode afetar a avaliação do Brasil no exterior.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

STF agora decide ignorar confissão de quem pagou e pegou propina - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Efeito Lula

STF agora decide ignorar confissão de quem pagou e pegou propina
| Foto: Divulgação STF


Queria começar esta coluna citando uma reportagem da Folha de São Paulo de ontem, cujo título é “Delação do fim do mundo acumula derrotas no STF sob efeito Lula e trava ações”. O Supremo Tribunal Federal tem bloqueado processos, que usam dados entregues pela Odebrecht, em acordo que impactou o meio político.

Não é a oposição que está contando isso. É a Folha de São Paulo. O acordo de colaboração que chegou a ser apelidado de ‘delação do fim do mundo’ pelo seu impacto na política nacional agora tem sido gradualmente considerado inválido pelo Supremo, travando uma série de processos na Justiça. 
A partir de um precedente, que beneficiou o agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, ordens do Tribunal têm declarado suspensas ações penais que tiveram como base dados do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht.”
 
Quer dizer, a própria Odebrecht afirmou que pagou propina. Tem lá a lista, tem a contabilidade da propina. 
Teve muita gente que pegou dinheiro da Petrobras e devolveu. 
E isso está passando assim. Estamos consagrando aquele dito popular de que o Brasil é o país da impunidade
O Supremo começou a fazer isso por causa de Lula. Ou melhor, por causa de Jair Bolsonaro, por algum tipo de antipatia que se tinha por ele, e aí foi buscar uma solução e a gente está vendo isso. 
Fica aqui o registro da Folha de São Paulo.
 
No litoral, tragédia que se repete
O outro registro que eu quero fazer é dessa região do litoral norte de São Paulo, em que há mais de quarenta mortos.  
Eu vejo isso nos últimos sessenta anos, todos os anos, todo santo ano. 
Na mesma região, na mesma época, com as mesmas consequências, e isso se repete no ano seguinte. Ninguém aprende.
 
Só que quem fez alguma coisa foi o governador Carlos Lacerda, quando desabaram os morros no Rio de Janeiro. Se vocês andarem pela cidade, vão ver muita obra de engenharia de concreto segurando morro. 
E funcionou. Já em Angra dos Reis, Petrópolis, Mangaratiba, Teresópolis, Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela... Tudo de novo. 
E morrendo gente, milhares de desabrigados, os políticos fazendo sempre grandes promessas. Só que se repete. 
Parece óbvio que, se for proibido erguer edificações em área de risco, de certa forma resolve. As casas não seriam tragadas pela lama. 
Se for possível segurar a lama, uma vez que não é possível segurar a chuva, de fazer desvio, fazer obras de engenharia, inclusive para proteger as rodovias, identificar todas as áreas de risco... Mas está aí o problema.
 
Carnaval em casa
O mesmo problema dos acidentes do Carnaval. A ponte que caiu lá no Rio Mampituba, na divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Uma ponte com capacidade pra dezesseis pessoas, segundo os bombeiros, tinha mais de cinquenta. Era uma ponte de pedestre
Tiroteio tem lá em Magé (RJ), violência, a pessoa não vai para o Carnaval para se divertir, brincar, dançar. Vai para brigar. Mas também não é de agora, não. Desde adolescente que vejo briga em Carnaval. 
E aí as pessoas estão cada vez mais se distanciando do que era uma festa muito popular brasileira. A maior parte das pessoas está ficando em casa. Até gostaria de ver alguma pesquisa de opinião para saber da população brasileira qual o percentual que vai para o Carnaval.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Danem-se todos os Brasis - Revista Oeste

J. R. Guzzo

Lula e os petistas fazem de conta que estão altamente preocupados com as “políticas sociais”. Na verdade, não veem a hora de cair matando nas diretorias da Petrobras e do BNDES

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 
 Pouco depois de ser declarado pelo TSE de Alexandre de Moraes e equipe como vencedor das eleições de 2022, o ex-presidente Lula disse que não iria criar “dois Brasis”, nem governar só para os que votaram nele. 
 Mas desde que falou está fazendo exatamente o contrário do que disse — ou, mais precisamente, não parou de montar um Brasil só para ele, no qual os 60 milhões de votos contabilizados em seu favor o autorizam a fazer tudo o que lhe der na cabeça daqui por diante, e os 58 milhões de votos de quem votou contra valem três vezes zero.  
Lula, na verdade, parece achar que foi eleito para o cargo de Deus [por essa ilusão o descondenado vai ter que brigar com alguns supremos ministros = só que por motivos óbvios os ministros supremos acham que foram escolhidos.] — e talvez nada mostre isso com tanta clareza, além das coisas que vem dizendo sem parar, quanto sua viagem para o Egito, onde foi assistir à mais uma dessas conferências mundiais sobre “o clima” que reúnem magnatas em busca de uma causa e não mudam um único milímetro no movimento de rotação da Terra. 
Lula, muito simplesmente e na cara de todo mundo, foi para lá num jatinho Gulfstream G600 do “Júnior da Qualicorp”. E quem é o “Júnior da Qualicorp”?  
É réu num processo penal por corrupção, lavagem de dinheiro e caixa 2, com delação premiada homologada no STF em 2020 pelo ministro Luís Roberto Barroso, justo ele. Quer dizer: o homem nem tomou posse ainda, mas já está assim.
 
Deveria ser o contrário, não é mesmo? Alguém que foi condenado pela justiça brasileira como ladrão, em três instâncias e por nove juízes diferentes, teria de ficar o mais longe possível de qualquer coisa que lembre corrupção — mas eis ele aí de novo, viajando de graça no jatinho do ex-dono de uma empresa de seguro-saúde enrolado até o talo com o Código Penal Brasileiro.  

Não é só a palhaçada de queimar, sozinho, 50.000 litros de combustível numa viagem particular em defesa do “meio ambiente.   (O jatinho do “Junior da Qualicorp” gasta cerca de 1.750 litros de querosene por hora de voo.) 

 Não está sendo diferente, aí, dos outros peixes gordos que foram salvar “o planeta” no Egito empesteando o ar com o dióxido de carbono de seus 400 aviões privados.  
É a promiscuidade com um tipo de gente do qual, francamente, qualquer presidente eleito deveria ficar longe. 
Mas Lula, pelo jeito, desligou a chave-geral do seu sistema de cautelas. É como se ele estivesse dizendo: “Sim, eu estou viajando de graça no avião de um sujeito acusado de corrupção. E daí? Eu sou o presidente do Brasil. Alguém vai reclamar de alguma coisa?” Ou então: “Qual é o problema, se os ministros do STF vão passear em Nova York com tudo pago pela empresa do João Doria?”.
À primeira vista, parece um desvario. À segunda vista, porém, a coisa faz todo o sentido. É simples: honestamente, alguém acha que o STF brasileiro, que desrespeitou durante anos a fio as leis e a Constituição Federal para devolver a Lula a Presidência da República, vai aceitar alguma denúncia de corrupção contra ele, de hoje até o fim da sua vida? Não vai. Por que raios, então, teriam lhe dado o presente que deram? O STF, no que foi a decisão mais ilegal de sua história, anulou as quatro ações penais contra Lula, incluindo as suas condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  
Não disse nada sobre culpa, provas ou fatos — anulou e pronto. Foi o passo decisivo para tudo o que veio depois. 
Se fizeram isso, e se deram bem, não dá para entender como deixariam Lula ser processado outra vez. 
Deixaram que fosse para a cadeia em 2018: não vão deixar de novo. 
Lula, na verdade, está mais garantido do que nunca — tem, agora, uma espécie de indulgência plenária para tudo o que fizer, ou um certificado prévio de absolvição. 
 
Da primeira vez que passou pelo governo, corria riscos e ainda tinha de tomar cuidado — e com razão, pois acabou condenado e passou vinte meses preso num xadrez da Polícia Federal em Curitiba.  
Agora não corre risco nenhum e não precisa ter medo de mais nada. A viagem no Gulfstream do “Júnior” pode estar sendo apenas a abertura dos trabalhos — vem aí, possivelmente, uma nova Idade do Ouro para tudo aquilo que você imagina. Se já está desse jeito hoje, sabe lá como vai estar depois que o governo estiver funcionando.

É como se ele estivesse dizendo: “Sim, eu estou viajando de graça no avião de um sujeito acusado de corrupção. E daí? Eu sou o presidente do Brasil

É o mesmo descaso em relação às escolhas que vão definir as questões essenciais da inflação, emprego, renda, crescimento, perspectiva de melhorar de vida essas que afetam diretamente a existência material do cidadão. 
O novo presidente, a esta altura, teria de ter mostrado um rumo para as decisões na economia; na verdade, teria de ter feito isso antes da eleição, para dar ao eleitor a oportunidade de saber no que estava votando. 
Mas não. Lula não falou nada antes, exigindo que votassem nele no escuro, e não está falando nada agora. Com metade do país contra ele, deveria prestar atenção no que faz; no mínimo teria de já ter dado dois ou três sinais de tranquilidade para os 58 milhões de brasileiros que queriam manter a situação econômica do jeito que estava — a melhor, por sinal, que o Brasil tem há décadas. 
Do jeito que está, não tranquiliza nem os que votaram nele, e nem os que votaram contra. 
Montou, ou deixou que montassem, uma geringonça inviável na sua pré-equipe econômica, onde um quer o contrário do outro e o público fica sem saber o que vai acontecer com o país. É uma mistura grossa de propostas ginasianas, pressões para repetir quase tudo que já deu errado, e uns nomes de gente que tem fama de competência, ou algo assim, para enfeitar o bolo com um glacê de “seriedade”.  
Não produziu até agora um átomo de coisa útil.

A discussão em torno disso tudo é cansativa; não há nenhuma hipótese de Lula, depois de toda essa encenação de “núcleo econômico de transição”, aceitar para ministro da Economia um nome que não queira e uma política econômica que não goste. Vai colocar lá exatamente o nome que escolher, e para fazer exatamente o que ele mandar. 
Danem-se, aí, a metade da população que votou por um país diferente do seu, os “moderados” que imaginam ter influência e as regras básicas da responsabilidade na gestão da economia — detalhes como inflação, estabilidade fiscal, necessidade de equilibrar despesa com receita. 
Ele vai fazer o que achar que atende melhor aos seus interesses; no momento, dá a impressão de julgar que o “radicalismo-esquerdismo” é o que vai lhe render mais proveito. Fala que a estabilidade é uma bobagem, que a sua obsessão é dar dinheiro público para os pobres e que “o Estado” tem de ser o dono de tudo, porque tem de fazer tudo. “Eu sei o que é bom”, diz. “Vou gastar o que for preciso.” O resto do que pensa e quer é parecido com isso.

Os liberais-civilizados-centristas, como acontece em 100% dos seus romances com Lula, o PT e a esquerda, estão muito desapontados com tudo o que têm ouvido. É cômico, mais uma vez. Quer dizer que eles acreditavam, mesmo, que teriam uma influência “moderadora” na área econômica? Parece que sim. Passaram os últimos quatro anos vivendo com a ideia fixa de “salvar o Brasil” de Bolsonaro, e acharam racional juntar-se a Lula em busca de um mal menor; a sua inteligência, cultura e outros méritos certamente seriam suficientes para lhes assegurar postos com poder de decisão no governo lulista. 

Não podia dar certo, obviamente, mesmo porque nunca deu; mas essa gente tem uma incapacidade de nascença para aprender com a experiência. 
O resultado é que já estão aí, chorando pelos cantos, arrependidos por descobrir que apoiaram um homem que não respeita o equilíbrio fiscal etc. Que surpresa, não? Como eles poderiam imaginar que aconteceria uma coisa dessas? 
Temos aí mais uma vez, então, os Henriques Meirelles e os Armínios Fragas, os Joãos Amoedos e as Elenas Landaus, mais os bilionários de esquerda etc. etc., resmungando que não era isso o que espera

É penoso, a esse propósito, ver economistas como Pérsio Arida e André Lara Rezende metidos com o “núcleo econômico” da equipe que prepara a “transição” para o governo Lula — ou, muito mais exatamente, prepara o seu próprio avanço sobre os empregos, as verbas e as outras comodidades que se abrem a partir de 1º de janeiro, em Brasília e do Oiapoque ao Chuí. 

Os dois parecem perdidos no meio desse bando, onde se leva a sério o MST e se admira o último congelamento de preços na Argentina, desta vez para 1.500 produtos. Não deveria ser assim: ambos já passaram dos 70 anos de idade, e seria normal esperar um comportamento adulto tanto de um como de outro. Mas estão fazendo, agora, o papel de conselheiros econômicos de um presidente que fala “nessa tal de estabilidade”, quer trocar metas de inflação por ”metas de crescimento” e diz que gasto público não é despesa, é “investimento” — sem dizer que tudo tem de ser pago em dinheiro do mesmo jeito, seja despesa, investimento ou o raio que for. 

Participaram dezoito anos atrás da elaboração do Plano Real, o mais bem-sucedido projeto da história econômica do Brasil. Hoje estão num dos 31 núcleos isso mesmo, 31 — da “equipe de transição”, ao lado da chefe de cozinha Bela Gil (que está no “núcleo de combate à fome”, acredite se quiser), do ex-jogador de futebol Raí, da “Janja” e o resto do angu de semicelebridades que habitam o ecossistema da esquerda nacional. Não vão mandar nem na portaria do Ministério do Índio.

É tarde para arrependimento, porém — arrependimento deveria vir antes do pecado, e não depois, quando já não adianta mais nada. O Brasil que os liberais-iluminados cobram de Lula é basicamente o Brasil de Bolsonaro, ou do seu ministro Paulo Guedes; para fazer o que queriam, seria melhor que todos eles tivessem tomado a opção exatamente oposta à que tomaram. 

Ficam agora falando de “PEC da transição”, [segundo a enciumada Landau a PEC do PRECIPITO.] piruetas para inventar dinheiro e outras fumaças. Para quê? A vida real de Lula e do petismo está em outra faixa de onda. Fazem de conta que estão altamente preocupados com a “governabilidade”, o orçamento federal e as “políticas sociais”. 
Na verdade, não veem a hora de cair matando nas diretorias da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e outras coisas essencialmente práticas lugares onde há dinheiro que não acaba mais, e onde se pode meter a mão já, com a proteção total do STF e multa de R$ 100.000 por hora para quem for protestar na rua. Lá não é preciso de PEC nenhuma, nem de reforma no orçamento, nem nada é correr para o abraço e para o cofre. Nunca houve tanto dinheiro no caixa das estatais: foram cerca de R$ 190 bilhões de lucro em 2021, o último ano com balanços fechados; em 2022 não será muito diferente
Usar essa montanha de dinheiro para pagar os “investimentos sociais”? Nem pensar. O dinheiro das estatais é para os amigos, e para os amigos dos amigos. A “política econômica”, o Brasil ou os “dois Brasis” que se arranjem. O Brasil que conta agora é o Brasil de Lula — e do “Júnior”.

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J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste