Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador congressistas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador congressistas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Poder, Prerrogativas e Protagonismo

O Presidente Bolsonaro, eleito com o compromisso de recolocar o País nos trilhos, tendo formado excelente equipe ministerial, sofre tremenda e dura oposição para a aprovação dos prioritários projetos de lei que concretizariam o início das numerosas reformas, urgentes, que propõe à Nação.  A agravar, à minoria que tem no Congresso, fruto de pífio trabalho pré-eleitoral das então lideranças do PSL, alia-se a deficiente coordenação da atual base política e o desgaste do Presidente junto à parcela da população.

Embora busque Bolsonaro, a todo custo, incluso com fartos elogios, o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado, estão eles empenhados, com o apoio da maioria parlamentar, em resgatar um dito protagonismo do Congresso na vida pública brasileira e, muito mais do que isso, em realidade, o protagonismo individual e o consequente acúmulo de poder político, visando a neutralização da “Lava Jato” e as próximas eleições, isto é, interesses, próprios e partidários, acima dos reais interesses da Nação.

O Presidente do Senado, pela TV, há dois dias, criticou Bolsonaro, fazendo coro com o Presidente da Câmara: “Este governo não tem agenda para o País. Leva, pois, o Congresso a construir agenda paralela.” Disse, também, ser  conjunto de trapalhadas as ações de coordenação da equipe governamental, o que somente leva a desencontros com parlamentares, como na reforma da Previdência. Enfatizou que o governo extrapolou os limites do Poder Executivo no decreto das armas. Adicionou: “O governo comete todos os dias, algum tipo de trapalhada  na  coordenação política, na gestão e nas relação política. É muito desencontro ao mesmo tempo.”

Torna-se cristalino o movimento de desmoralizar o governo e de fazer o Presidente um refém do Congresso com os seus poderes constitucionais diminuídos. A prova maior é a afirmação de Rodrigo Maia, após a aprovação em segundo turno, em hora imprópria para um governo falido,  do Orçamento Impositivo para emendas de bancadas. “... Nós vamos ter o Poder de aprovar o próximo Orçamento, as políticas públicas do governo e os investimentos. O Parlamento recompõe as suas prerrogativas”.

O acima é ressaltado pelo destaque, também, aprovado e que corta a iniciativa, exclusividade, até então, do Presidente da República, por meio de projeto de lei, importante ação, de cunho econômico e político-estratégico, que determina a repartição, com estados e municípios, de receitas oriundas dos leilões do excedente da cessão onerosa do petróleo do pré-sal. Outras ações, que demonstram o poder do Parlamento sobre o Executivo, estão em curso impondo dificuldades e criando facilidades para o velho troca-trocas, o que não se conjuga com a situação de recuperação ética e moral, embora País falido e, ainda, à sombra de elevada corrupção e aparelhamento ideológico.

Por exemplo, obstáculos de toda ordem são colocados à aprovação de crédito suplementar, no valor de R$ 248,9 bilhões para pagamento de despesas correntes (salários, benefícios sociais, etc..). Caso não aprovado, teremos o caos com a paralisação da Máquina Pública. Caso o Executivo não respeite a “Regra de Ouro”, estará o Presidente cometendo “Crime de Responsabilidade” e passível, incluso, de processo de “impeachment”. Sem dúvida, situação pela qual a oposição, favorável ao “quanto pior, melhor”, já vem lutando e tendo iniciada a respectiva tramitação política por deputados do PT, o maior responsável pela desgraça atual da Nação.

A complicar, ainda mais, além do arrogante e inábil Presidente da comissão da reforma da Previdência, dificultando a conclusão do projeto respectivo, estão deputados federais, visando objetivos políticos pessoais, defendendo que as próprias assembleias estaduais resolvam as reestruturações de sua previdências, ao contrário do que defende o Ministro Paulo Guedes e a maioria dos prefeitos que ameaçam ir ao STF, caso não atendidos.

Tendo em vista o acima, é hora de lembrar aos privilegiados congressistas, plenos de poder, prerrogativas e de protagonismo, que do trabalho sério, respeitando os demais poderes, teremos importantes decisões, que se fazem urgentes, deixando de lado vaidades, interesses pessoais e de grupos bem como questões ideológicas. Decidir em prol da Nação e dos seus objetivos maiores, pois, das decisões, tornadas ações, depende multidão de brasileiros, incluso 40 milhões de desempregados, pobres e miseráveis sem privilégios.  

De Poder, prerrogativas e de protagonismos, sérios e patrióticos, dependem a Nação e o País!


General Marco Felicio - site A Verdade Sufocada

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Relação de Bolsonaro com Maia volta a azedar


Durou pouco a reaproximação entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia. A harmonia entre os dois limita-se à fachada. O presidente da República passou a cultivar a suspeita de que o comandante da Câmara não é mero observador da parceria que o centrão firmou com a oposição para impor derrotas legislativas ao Planalto. Nessa versão, Maia seria, na verdade, o protagonista da aliança antigovernista. Na noite da última terça-feira (14), Bolsonaro recebeu no gabinete presidencial 12 deputados. Pediu-lhes que votem contra a recriação de dois ministérios: Cidades e Integração Nacional. Declarou que, se as pastas forem ressuscitadas, não entregará o guichê das Cidades a um apadrinhado deRodrigo Maia, como havia combinado. O escolhido era o ex-deputado Alexandre Baldy, do PP de Goiás. [tem um outro ministério a ser entregue a um indicado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também do DEM.]
Maia tem planos para 2022, candidatar-se a presidente da República - plano absurdo já que Maia conspira do alto dos 74.232 votos que obteve em 2018; 
só para comparação em 2014 Maia obteve 53.167 votos, na mesma eleição Bolsonaro recebeu 464.572 votos - foi o mais votado. 
Além de precisar de milhões e milhões de votos para realizar seus planos, Maia precisa que o governo Bolsonaro fracasse, por isso a política do 'morde e assopra'.] 


Inicialmente, Bolsonaro se reuniria com duas das principais vozes do centrão: os líderes do PP, Arthur Lira (AL), e do DEM, Elmar Nascimento (BA). Mas a dupla se recusou a comparecer. Em reação, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), convidou uma dúzia de deputados de pequenos partidos. Alegou que era preciso mostrar a Bolsonaro que a Câmara não é feita só de centrão e de oposição. Um dos convidados disse a Bolsonaro, com outras palavras, que o DEM de Rodrigo Maia, virou uma espécie de conto do vigário no qual o capitão caiu. Com o apoio do Planalto, o partido conquistou as presidências da Câmara e do Senado. Amealhou três ministérios (Saúde, Agricultura e Casa Civil). Mas a legenda se recusa a aderir formalmente à base congressual do governo.


O deputado acrescentou que Maia, prestes a encostar seu poder de influência em mais um ministério, o das Cidades, comandou a derrota sofrida pelo Planalto na comissão que analisou a medida provisória sobre a reorganização dos ministérios. Num dos reveses impostos ao governo, centrão e oposição arrancaram o Coaf das mãos do ministro Sergio Moro (Justiça), devolvendo-o à pasta da Economia. Bolsonaro endossou o raciocínio. Foi nesse ponto que pediu aos presentes para votar contra a ressurreição dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional no instante em que a medida provisória for apreciada no plenário da Câmara. Trata-se de um recuo, pois Bolsonaro topara incluir a recriação das pastas na medida provisória. Não esperava, porém, que sua abertura ao fisiologismo seria recompensada com novas derrotas.


O Ministério da Saúde, já comandado pelo DEM, responde por algo como 50% das emendas orçamentárias que os parlamentares enfiam no Orçamento da União. A pasta das Cidades, hoje embutida no Ministério do Desenvolvimento Regional, controla cerca de 30% das emendas. Por essa contabilidade, se emplacasse umcupincha nas Cidades, Maia teria influência potencial sobre 80% da verba destinada ao pagamento das emendas dos congressistas. E o poder de barganha junto aos autores das emendas migraria definitivamente do Planalto para o gabinete do presidente da Câmara. Os receios de Bolsonaro em relação aos vínculos de Maia com o centrão e a oposição são compartilhados por seu filho Zero Dois, Carlos Bolsonaro.


Foi nesse encontro de terça-feira à noite que Bolsonaro brindou os deputados com uma fake news. Instado a cancelar o bloqueio de verbas que deveriam ser destinadas a universidades e escolas, o presidente telefonou de bate-pronto para o ministro Abraham Weintraub (Educação). Disse-lhe que acabara de tomar a decisão de anular o contingenciamento, nome técnico para a retenção do dinheiro. Após desligar o telefone, Bolsonaro confirmou aos visitantes que as verbas da Educação voltariam a fluir normalmente. Súbito, quando tudo parecia acertado, irrompeu no gabinete o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil). Acabara de receber um telefonema de Abraham Weintraub. E parecia empenhado em demonstrar a Bolsonaro que, sem dinheiro em caixa, o bloqueio na Educação não é opcional. Parte dos deputados deixou o gabinete presidencial imaginando que prevaleceria a palavra do presidente. Entretanto, a Casa Civil e a pasta da Economia divulgariam notas para informar que, diferentemente do que dissera Bolsonaro, as comportas da represa da Educação não foram abertas.


O vaivém deixou mal os deputados. Levados ao Planalto para prestigiar um presidente torpedeado pelo centrão, passaram por mentirosos. Foram à presença de Bolsonaro líderes de pequenos partidos —do "oposicionista" PV, contrário à reforma da Previdência, ao "independente" Cidadania (ex-PPS), passando por neogovernistas do Podemos e do Novo. Juntos, os líderes recebidos por Bolsonaro controlam —ou deveriam controlar—pouco mais de quatro dezenas de votos na Câmara. Para um governo que precisa de 308 aliados nas votações de emendas constitucionais como a da reforma da Previdência, é pouco, muito pouco, pouquíssimo.



Durou pouco a reaproximação entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia. A harmonia entre os dois limita-se à fachada. O presidente da República passou a cultivar a suspeita de que o comandante da Câmara não é mero observador da parceria que o centrão firmou com a oposição para impor derrotas legislativas ao Planalto. Nessa versão, Maia seria, na verdade, o protagonista da aliança antigovernista.... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/05/16/relacao-de-bolsonaro-com-maia-volta-a-azedar/?cmpid=copiaecola... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/05/16/relacao-de-bolsonaro-com-maia-volta-a-azedar/?cmpid=copiaecola... - Veja mais em https://... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/05/16/relacao-de-bolsonaro-com-maia-volta-a-azedar/?cmpid=copiaecola

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Bolsonaro já pode se aposentar com R$ 33 mil e ganhar R$ 75 mil por mês [ Não se deixe que o confundam: leia o POST abaixo e conheça a verdade]

Bolsonaro já pode se aposentar com R$ 33 mil e ganhar R$ 75 mil por mês 

Em meio ao processo de uma reforma que pretende, na prática, liquidar com a Previdência Social do país, um grupo de 142 deputados e ex-deputados, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, poderão pedir aposentadoria, já a partir do mês que vem, com direito a um benefício de até R$ 33.763 – seis vezes mais que o teto do INSS; no caso de Bolsonaro, ele poderá acumular a aposentadoria com o salário de presidente da República, que é de R$ 30.934,70 e sua remuneração como capitão reformado, de R$ 10.682.00; com isso, enquanto será o "garoto propaganda" da reforma/destruição da Previdência Social, Bolsonaro poderá embolsar quase R$ 75 mil mensais.


MATÉRIA PUBLICADA no O Estado de S. Paulo - Economia & Negócios

Bolsonaro e outros 141 ex-deputados já podem se aposentar com até R$ 33,7 mil

Parlamentares estão aptos a pedir aposentadoria a partir do mês que vem e podem receber benefício até seis vezes superior ao teto do INSS; 

se tivessem aprovado a reforma de Temer, políticos já teriam regras mais duras para se aposentar

Em meio à discussões sobre a reforma da Previdência, um grupo de 142 deputados e ex-deputados, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, poderá pedir aposentadoria, já a partir do mês que vem, com direito a um benefício de até R$ 33.763 – seis vezes mais que o teto do INSS. 
No caso de Bolsonaro, ele poderá acumular a aposentadoria com o salário de presidente da República, que é de R$ 30.934,70. 

[ESCLARECENDO a BEM DA VERDADE:

Bolsonaro contribuiu - considerando seu tempo de AMAN (turma 77)  - por 45 anos e tem 63 anos de idade;

nada mais justo que tenha direito a uma merecida aposentadoria e de acordo com as normas legais válidas para todos os brasileiros - nos 45 anos de contribuição do capitão, estão inclusos o tempo do Exército e o tempo exercendo mandato parlamentar - em 1988 foi eleito vereador, sua primeira eleição, estando no sétimo mandato consecutivo de deputado federal, nada mais justo que se aposente.

Quanto a receber o salário de presidente da República, nada mais justo e legal, visto que ele É e ESTÁ exercendo o cargo  e contribui sobre o que recebe.]

Responsáveis por aprovarem as mudanças na Previdência, os parlamentares podem se aposentar por meio de dois planos, com regras mais generosas do que as aplicadas aos trabalhadores da iniciativa privada. Nenhum dos dois regimes está limitado ao teto do INSS, que é de R$ 5,6 mil mensais.

[Pela enésima vez lembramos que o teto do INSS vale tanto para o valor da aposentadoria quanto para o valor da contribuição durante todo o tempo de serviço do trabalhador - quando o salário do trabalhador ultrapassa o teto ELE NÃO CONTRIBUI sobre o valor que excede.
Em sua excelente matéria o Estado apresenta ao final, demonstração dos diferentes regimes de aposentadoria e que comprovam que não há injustiça nem ilegalidade. Caso tenha alguma dúvida, clique aqui e esclareça.]  


(...) 

Diferenças nas regras de aposentadoria
INSS
Teto: R$ 5.645,80
Por idade: 60 anos, para mulheres, ou 65 anos, para homens, com ao menos 15 anos de contribuição
Por tempo de contribuição: 30 anos (mulheres) ou 35 anos de contribuição (homens)

Instituto de Previdência dos Congressistas – extinto IPC (ATÉ 1997)
50 anos de idade e contribuição por 8 anos de mandato
Benefício proporcional, começando em 26%, aos 8 anos de contribuição
Benefício integral (R$ 33.763) aos 30 anos de contribuição
Não está sujeito ao teto remuneratório nem ao teto do INSS

Plano de Seguridade Social dos Congressistas – PSSC (a partir de 1997)
60 anos de idade e 35 anos de contribuição em qualquer regime
Benefício proporcional, 1/35 do salário de parlamentar por ano cheio de contribuição ao PSSC
Benefício sujeito a teto remuneratório de R$ 39,2 mil

MATÉRIA na ÍNTEGRA, clique aqui

 Leia a matéria no 247, clicando aqui 

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Temer espera 3ª denuncia, mas crê que deputados não têm interesse em votar

Incomodado com os vazamentos que seus investigadores pingam no noticiário, Michel Temer convenceu-se de que será alvejado por uma terceira denúncia criminal da Procuradoria-Geral da República, dessa vez no caso dos portos. Contudo, Temer prevê que as chances de ser retirado do assento de presidente da República diminuem na proporção direta da aproximação do dia da eleição presidencial.

Estima-se que uma eventual denúncia não virá antes do início de julho, quando vence o prazo para que a Polícia Federal conclua a análise do material recolhido em batidas de busca e apreensão feitas em escritórios e residências de empresários e amigos de Temer. Entre eles o ex-coronel da PM paulista João Batista Lima Filho, o ''faz-tudo''do presidente.

Na sequência, os congressistas vão desfrutar do recesso do meio do ano. Avalia-se no Planalto que, a partir de agosto, os deputados não pensarão senão na própria reeleição. No final de outubro, já haverá um novo presidente na praça. Imagina-se que nem a oposição terá interesse e fôlego para buscar os 342 votos necessários para que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal a converter a nova denúncia em ação penal, ejetando Temer da cadeira presidencial.

O problema da análise que emana do Planalto é que ela tem a grandeza da vista curta. Supondo que tudo transcorra como previsto, Temer sobreviverá no Planalto até 1º de janeiro de 2019. Beleza. Mas quando deixar o prédio de Niemeyer, Temer tropeçará ao pé da rampa não em uma, mas em três denúncias criminais —a terceira e as outras duas que a Câmara enviou para o freezer em 2017. Nesse dia, livre de todas as prerrogativas presidenciais, Temer estará disponível receber uma visita dos rapazes da Polícia Federal. [certamente não será em primeiro de janeiro, Temer perde o foro privilegiado em 1º/01/19, passando o assunto para a primeira instância.
Só após o envio das denúncias (duas) - já que a terceira ainda não foi aprovada pela Câmara  - para a primeira instância é que algo poderá ser feito contra Temer.
A quem saberá enviar as duas denúncias para a primeira instância? que  não foram recebidas pelo STF e não estão mais com a PGR; 
e a terceira investigação? quem vai enviar para a primeira instância? - supõe-se que a PF deverá encaminhar (só após primeiro de janeiro) para o MP-DF e este processará a investigação e caso a entenda pertinente, transformará em denúncia e encaminhará a juiz de primeiro grau que decidirá se acolhe ou rejeita.
Para quem quer ganhar tempo - Temer terá razões de sobra para aguardar que tudo se resolva após 1º/janeiro.
Não defendemos Temer - nem nenhum corrupto - apenas somos contra a que pessoas sejam denunciadas com base em ilações - caso das duas primeiras denúncias, apresentadas pelo Janot,  enganador-geral da República, sem provas e suportadas em uma delação premiada de bandidos que confessaram mais de 200 crimes, uma delação que está em vias de ser anulada.
Por desconhecermos o supedâneo  que suporta a investigação sobre o caso Rodrimar, deixamos de tecer considerações.]

Blog do Josias de Souza
 


terça-feira, 11 de outubro de 2016

O duro é aprovar - legislar contra eles os parlamentares não aceitam e para não ficar mal na fita só tem uma solução: enrolar e não aprovar reforma nenhuma

Proposta de reforma retira aposentadoria em regime especial para parlamentares

Deputados e senadores podem perder aposentadoria especial

Pela proposta, eleitos em 2018 iriam para o regime geral da Previdência

A proposta de reforma da Previdência que está nas mãos do presidente Michel Temer prevê o fim da aposentadoria especial para deputados e senadores. Hoje, eles contribuem para um regime especial, mas, a partir da aprovação do texto, quem se eleger não terá mais acesso a este sistema, indo direto para o regime geral de Previdência (idade mínima de 65 anos, tempo mínimo de contribuição de 25 anos e teto de R$ 5.189) do INSS. Segundo uma fonte do governo que participou da elaboração da proposta, no caso dos congressistas não haverá transição.
 
Assim que a reforma for aprovada, os novos deputados e senadores não terão acesso ao sistema especial. Isso deverá ocorrer já para os que forem eleitos em 2018 e também aos suplentes que assumirem cadeiras na Câmara e no Senado como titulares, no momento em que a lei passar a vigorar.

Para um auxiliar do presidente, a medida poderá despertar alguma reação corporativa. Porém, a avaliação é que os congressistas terão que “dar o exemplo", já que a reforma limitará benefícios à grande maioria dos trabalhadores.  Atualmente, os parlamentares seguem as mesmas regras dos servidores públicos. Para receber o benefício integral, são exigidos 35 anos de contribuição no exercício da atividade legislativa e 60 anos de idade. A lei também prevê aposentadoria com proventos proporcionais, calculada com base em 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano de mandato. Hoje, o senador pode se aposentar com oito anos no cargo, por exemplo, se preencher os requisitos de 35 anos de contribuição, seja no INSS ou outro regime, e ter 60 anos.

Fonte: O Globo


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Um supremo tribunal de falcatruas não serve ao Brasil

O impeachment-pizza, ao mesmo tempo condenando e absolvendo Dilma Rousseff, transformada em uma "Presidanta Inosanta", foi apenas mais um golpe promovido pela desgovernança do crime organizado no Brasil. A criatividade canalha da politicagem consagrou o Congresso Nacional como um espaço que poderia ser pejorativamente chamado de "supremo tribunal de falcatruas". O verdadeiro STF, cuja missão é zelar pelo cumprimento da Constituição, não pode ser conivente com a institucionalização criminosa.

O desfecho cínico e contraditório do julgamento de Dilma, transformando uma política considerada criminosa, ao mesmo tempo, em inocente, deveria ser a gota d'água para a mudança estrutural no Brasil. O "stf" das falcatruas da politicagem estuprou, rasgou e defecou na Constituição. O plano da maioria criminosa de congressistas é aprovar uma super-anistia para todos que são alvos do Ministério Público e do Judiciário.

O STF não pode tolerar tal manobra. A partir do dia 12 de setembro, sob a presidência da ministra Carmem Lúcia, espera-se uma postura mais firme de toda a corte suprema contra o crime. Se isto não ocorrer, o "stf" engolirá o STF. Os 11 ministros não podem ficar perdidos entre a lei e a política. Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira não podem tolerar tamanha barbárie institucional. A única saída viável é uma inédita Intervenção Cívica Constitucional para promover uma repactuação democrática no Brasil. O País tem de ser reinventado, após exaustivo debate para solucionar a crise estrutural que nos inviabiliza, destrói e desmoraliza.

Mudar o Estado brasileiro é imprescindível. O Estado é um ente fictício. Portanto, pode ser moldado conforme os interesses da maioria da sociedade, após ampla discussão. Só serve ao Brasil uma Constituição enxuta, autoaplicável ao máximo, sem necessidade de constantes recursos ao Supremo Tribunal Federal. Depois de tomadas as decisões para definições e mudanças estratégicas, é urgente uma definição legal e legislativa. Basta de "jeitinho". Chega de "judicialização da politicagem".

No modelo atual, a turma do supremo tribunal de falcatruas deita e rola. Temos de acabar com o regramento excessivo, essencial para favorecer e institucionalizar a organização criminosa. Precisamos de leis corretas, entendidas por todos, que sejam cumpridas objetiva e conscientemente. Depois de tudo redefinido, necessitamos de sanções claras, socialmente compensatórias, para quem descumprir a lei.

Chegamos ao fundo do esgoto. Em meio à guerra entre os poderes, a judicialização da politicagem atinge níveis insuportáveis democraticamente. O advogado José Eduardo Cardozo, da ex presidente Dilma, protocolou um pedido de anulação do impeachment no Supremo Tribunal Federal. O senador Álvaro Dias (PV-PR) pediu que a Corte anule a decisão do Senado que preservou o direito da petista de ocupar cargos públicos. PSDB, DEM, PPS e até o PMDB do presidente Michel Temer apresentarão uma ação coletiva no STF contra o fatiamento do julgamento da ex-presidente Dilma Rousseff pelo Senado, que a livrou da pena de proibição de ocupar cargo público.

Todos os recursos, principalmente o movido pelos "opositores" ao PT, representam um gigantesco pepino nunca antes visto na História de Bruzundanga. O impeachment de Dilma se consumou. Michel Temer foi empossado na Presidência da República para terminar os dois anos e quatro meses de governo restantes. Simplesmente, não há como o Senado votar tudo novamente, caso o STF entenda que a casuística votação sobre os direitos políticos de Dilma não valeu. Caso a maioria do Supremo entenda que tudo foi votado erradamente, o Senado teria que votar, novamente, todo o processo de impedimento. Uma máquina do tempo seria a única forma de consertar a cagada jurídica-política. Novamente, o Brasil volta a um impasse que vai demorar a ter uma decisão final. [caso isso ocorra logo que completem 180 dias do afastamento de Dilma, não havendo uma decisão e certamente não haverá - 180 dias se completam em 9 novembro próximo - Dilma volta a ocupar a presidência.]

O Brasil vai caminhar para a desintegração se a pressão consciente da sociedade não for capaz de promover mudanças estruturais. A cidadania estratégica tem de romper com a hegemonia do crime organizado que promove injustiças e barbáries. Mudar é urgente urgentíssimo. A única solução viável é a Intervenção Constitucional, para instituir mecanismos efetivos de controle da sociedade sobre o Estado. Desta forma, a máquina estatal se torna domável, seja qual for o regime político ou sistema de governo.

Ninguém, muito menos Michel Temer, tem como fabricar milagres na atual estrutura de um Estado descontrolado, dominado por criminosos que exploram, roubam e violentam a sociedade. No entanto, agora como Presidente da República efetivado, Temer tem a chance única de liderar o amplo debate por mudanças. Se o Michel bancar o "micha" e não fizer seu dever de casa, a maioria da sociedade brasileira o fará, no tempo certo da história.


Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão



sábado, 23 de maio de 2015

O que Lula fez para escapaz do MENSALÃO - PT

Os segredos do mensalão, dez anos depois

A história secreta de como o ex-presidente Lula escapou do escândalo de suborno que levou à prisão congressistas, empresários e toda a cúpula do PT

Na edição de 18 de maio de 2005, VEJA publicou uma reportagem exclusiva sobre um funcionário dos Correios filmado quando embolsava uma propina de 3 000 reais. Era puxado ali o fio da meada do mensalão, o primeiro dos dois esquemas de compra de apoio político engendrados no governo do PT. Nos doze meses seguintes, o Congresso esquadrinhou cada peça dessa engrenagem criminosa abastecida com recursos desviados dos cofres públicos. 
 O ex-presidente Lula sobreviveu à CPI do mensalão, não foi acusado pelo Ministério Público e não pôde ser incluído no processo do Supremo Tribunal Federal: mais que habilidade(Alex Majoli/Magnum Photos/VEJA)
É bom ter em conta que durante o MENSALÃO - PT ser Lula o chefe da organização criminosa era algo apenas insinuado, murmurado. Hoje, ja se fala abertamente que ele é o chefe de todos os crimes cometidos pelo PT, incluindo o mais recente, PETROLÃO - PT, embora tenha ainda o CAIXÃO - PT, BRASILZÃO - PT, ELETROLÃO -T, BANDESÃO - PT e outros.
Os resultados produzidos representaram um ponto fora da curva na tradição de impunidade que beneficia os poderosos. Com base em provas colhidas pela CPI dos Correios, três deputados tiveram o mandato cassado, quarenta pes­soas foram denunciadas pelo Ministério Público e 24 condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A antiga cúpula petista foi sentenciada à prisão. Antes cotado para a sucessão de Lula na Presidência, José Dirceu passou quase um ano atrás das grades numa penitenciária em Brasília. Banqueiros e empresários ainda estão encarcerados. Os criminosos de punho de renda foram finalmente apresentados ao castigo - não sem antes ouvir uma reprimenda moral histórica. "São eles, corruptores e corruptos, os profanadores da República, os subversivos da ordem institucional, são delinquentes e marginais da ética do poder", disse o decano do STF, o ministro Celso de Mello.

Hoje, o mensalão ocupa um papel secundário no panteão dos escândalos nacionais. Foi superado, em cifras e ousadia, pelo petrolão, mas alguns de seus pontos ainda precisam ser elucidados. O mais intrigante deles é como o ex-­presidente Lula se livrou da responsabilidade no caso, se era, em última instância, o principal beneficiário dos votos comprados no plenário da Câmara. VEJA desta semana desvenda como Lula escapou do risco de ser apontado como o chefe do mensalão e de responder a um processo de impeachment durante a CPI dos Correios. O sucesso da blindagem ao ex-­presidente não decorreu apenas da capacidade de negociação de seus articuladores políticos. 

O PT negociou o silêncio do empresário Marcos Valério quando ele - às vésperas da conclusão da CPI dos Correios - avisou que acusaria Lula de comandar o mensalão se não recebesse uma ajuda financeira milionária. Um empresário amigo foi convocado para pagar a fatura e Valério se recolheu. Lula se livrou da CPI, reelegeu-se em 2006 e foi o efetivo cabo eleitoral de Dilma em 2010. Em 2012, Valério contou parte de seus segredos ao Ministério Público, tentando um acordo de delação premiada. Já era tarde. Lula não podia mais ser incluído no processo. O empresário cumpre uma pena de 37 anos de prisão. Definitivamente, não fez um bom negócio.

Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no tablet, no iPhone ou nas bancas. Tenha acesso a todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no iba clube.

Outros destaques de VEJA desta semana

 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Cunha empareda governo e agiliza reforma política que o PT não quer – 2015 - Oposição protocola novo pedido de CPI da Petrobras na Câmara



Na primeira sessão no comando da Câmara, deputado fez avançar tramitação de proposta de emenda constitucional combatida pelo partido
O novo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), emparedou o governo já em seu primeiro dia no comando da Casa. Cunha driblou o PT e permitiu o avanço de uma emenda constitucional com propostas de reforma política não prioritárias para o partido, entre elas um teto de despesas de campanha, a instituição do voto facultativo, a criação de cláusulas de barreira e o fim da reeleição para cargos do Executivo. Apesar dos esforços de deputados petistas e da base aliada, decidiu-se em votação simbólica que o projeto reúne os requisitos formais para seguir em tramitação. Agora, será criada uma comissão especial para discutir o mérito da matéria. 

O nó da questão para o PT é o financiamento privado de campanha prática que o partido do governo sonha em proibir. Os petistas alegam que vetar doações eleitorais de empresas significaria também dar fim aos esquemas de caixa dois e aos laços entre políticos e grandes companhias – como as empreiteiras, atualmente no centro da Operação Lava Jato. Durante reunião do Diretório do PT, no fim de 2014, a presidente Dilma Rousseff chegou a dizer que a origem da corrupção está no financiamento privado de campanha, classificado por ela como “a semente de um processo incontrolável”. 

O argumento ignora o fato de que a derrama de dinheiro público nas campanhas não eliminaria o incentivo para que as legendas e os políticos continuassem a buscar dinheiro de maneira clandestina para alimentar suas atividades. Tampouco declara que o PT seria o maior beneficiário do financiamento público exclusivo.  Atualmente, cabe ao partido a fatia mais gorda do fundo partidário – o fundo que financia as atividades de agremiações políticas. Esse dinheiro, que é público, é dividido entre os partidos conforme o número de votos para a Câmara e o tamanho da bancada de deputados eleitos. O PT elegeu o maior número de deputados em 2014.


Ao longo de tumultuada sessão desta terça, o líder do PT, Vicentinho (SP), não escondeu o receio de ver a bandeira petista derrotada. Pela proposta em discussão, o financiamento de campanha pode ser privado, público ou uma combinação dos dois, a critério do partido. O projeto também institucionaliza as chamadas doações ocultas, repasses que são feitos diretamente para o caixa dos partidos e não para os candidatos. 
“Falta apenas um voto para acabar com o financiamento privado. O fim do financiamento dos grupos econômicos torna esta Casa mais independente”, disse o petista. Ele fazia referência ao julgamento sobre financiamento de campanhas que transcorre no Supremo Tribunal Federal. A votação ainda não foi encerrada por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Falta um único voto para que a tese do financiamento público exclusivo saia vencedora. 

Cunha decidiu levar a proposta ao plenário após a matéria ficar engavetada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por iniciativa de deputados do PT. É nessa comissão que é analisada a admissibilidade das matérias. Como o projeto não tinha andamento há mais de um ano, Cunha invocou o prazo de cinco sessões estipulado pelo regimento da Câmara para que a admissibilidade de um tema seja apreciada.  “O objetivo não é atropelar e impor nenhum tipo de matéria. É dar uma resposta à sociedade”, disse, ironizando o fato de que, embora essa seja uma bandeira de campanha de inúmeros políticos – entre eles a própria presidente Dilma –, os deputados “fogem” na hora de votar a reforma política. 

Mudanças – A reforma política em discussão abre espaço para doações de recursos por entidades sindicais – hoje proibidas de doar – a fundos especificamente arrecadados para fins eleitorais e propõe que seja fixado em lei um valor máximo para as doações de pessoas físicas e jurídicas. Pelas regras atuais, empresas podem doar até 2% do seu faturamento bruto do ano anterior à eleição. No caso de pessoas físicas, a limitação é 10% do rendimento do ano anterior ao pleito. 

No conjunto de propostas sobre mudanças político-eleitorais ainda estão o fim da reeleição para presidente, governador e prefeito e a criação de federações partidárias em que as coligações de partido formadas para a disputa de eleições para deputado e vereador devem permanecer juntas até o fim da legislatura.

Barreira ao Kassab – Já no início de seu mandato como presidente da Câmara, Eduardo Cunha tem revelado um interesse especial sobre questões que atingem diretamente partidos políticos. Além de batalhar pela manutenção do financiamento privado de campanha, ele articula minar uma das principais metas do ministro Gilberto Kassab, das Cidades, que trabalha para tirar do papel mais um partido: o PL. Pela proposta articulada por Cunha, somente vão poder se fundir a outras agremiações as legendas que tenham sido criadas há mais de cinco anos. Se aprovado, o projeto inviabiliza a meta de Kassab de fundir o PL ao seu outro partido, o PSD, e formar uma das maiores bancadas da Câmara. Aliada ao PT, essa aglutinação de partidos que o ministro quer criar tiraria a força do PMDB, hoje o maior partido na Casa - o que justifica a investida pessoal de Cunha em dificultar a iniciativa. 


Com o apoio de deputados governistas, a oposição protocolou nesta terça-feira (3) um requerimento para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara para investigar irregularidades na Petrobras.  A abertura da comissão depende do novo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que sinalizou que irá autorizar a investigação. "Não há o que fazer. As cinco primeiras CPIs que forem protocoladas, elas são instaladas. Isso é regimental", disse. 

O pedido tem apoio de 186 deputados do PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT, PR, PMDB, PSD, PP e SD.  A oposição apresentou o pedido de investigação na noite de terça para evitar que o PT barrasse a CPI. Como apenas cinco comissões de inquérito podem funcionar simultaneamente, o partido tentaria bloquear a fila.  Para que a CPI da Petrobras seja viabilizada, é preciso um número mínimo de 171 assinaturas de apoiamento. 

A oposição disse que o novo pedido de CPI é uma "homenagem a Graça Foster", presidente da Petrobras que acertou nesta terça com a presidente Dilma Rousseff um cronograma de demissão de toda a diretoria da estatal. No fim de 2014, líderes da oposição já anunciavam que tentariam criar uma nova comissão. O argumento era que a CPI mista em vigor até dezembro, controlada pelo governo, não chegou aos políticos que receberam propina. 

Um ponto contra a CPI é a chance de número elevado de congressistas estarem implicados no caso, o que elevaria a pressão interna contra a investigação. O Ministério Público deve tornar esses nomes públicos ainda em fevereiro. 

Fonte: Folha de São Paulo