'Vamos para cima do Congresso, vamos botar pressão nesses Calheiros, nesses Pachecos, nesses Aziz', diz colunista de Oeste
A aprovação do Orçamento de 2022 pelo Congresso, com previsão de R$ 4,9 bilhões para o chamado “fundão” eleitoral, é um “escárnio” que precisa ser combatido pela sociedade brasileira. A afirmação é do comentarista Guilherme Fiuza, colunista da Revista Oeste, que participou do programa Os Pingos nos Is desta quarta-feira, 22.
“Onde está a sociedade revoltada indo para cima desse Senado e dessa Câmara, que perpetram as medidas mais absurdas, fazem o que bem entendem e está tudo numa boa?”, indagou Fiuza. “Terminam o ano com esse escárnio que é o fundão eleitoral. Isso é uma democracia. Não é para ficar com o dedo na boca assistindo”, prosseguiu o comentarista.
Fiuza citou o exemplo dos servidores da Receita Federal, que pediram exoneração hoje em protesto contra cortes no orçamento do órgão e reajustes salariais aprovados para as carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
“Tem uma categoria insatisfeita a ponto de pedir exoneração em massa. Mas e o Congresso? E aqueles que manejam o Orçamento dessa forma vergonhosa?”, questionou Fiuza.
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O colunista da Revista Oeste classificou o “fundão” eleitoral como “malandragem” da classe política.
“Acho que falta pressão nessa brincadeira de mau gosto do fundão eleitoral”, afirmou. “Vamos para cima do Congresso, vamos botar pressão nesses Calheiros, nesses Pachecos, nesses Aziz, nesses todos aí.”
Na proposta de Orçamento do governo enviada em agosto, o valor previsto para o fundo eleitoral era de R$ 2,1 bilhões.
Além dos R$ 4,9 bilhões do “fundão”, deputados e senadores definiram R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares e R$ 1,7 bilhão para bancar o reajuste salarial para os policiais federais.
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Revista Oeste