Crianças
obrigadas a abrir suas mochilas escolares para serem revistadas por militares.
[é sabido que alguns traficantes costumam obrigar as crianças a carregarem drogas em suas mochilas o que torna necessário a revista em mochilas e outros pertences, ainda que conduzidas por crianças.] Moradores sendo fotografados e ''fichados'' para poderem sair da comunidade em
que vivem. As cenas do Rio de Janeiro sob intervenção federal na área de
segurança pública, tendo as Forças Armadas à frente, são apenas o mais novo
capítulo de uma longa história de desrespeito aos direitos dos mais pobres.
O Rio foi
acostumado a conviver com a injustiça, a ponto dela se tornar parte da
paisagem, como o Pão de Açúcar e o Morro do Corcovado. A cidade que foi a maior
porta de entrada de africanos traficados para serem escravos no país (cerca de
2 milhões de vítimas) segue se comportando como se a classe trabalhadora ainda
vivesse em cativeiro. Talvez por isso continue escolhendo capatazes entre os
próprios trabalhadores. Policiais e militares pertencem à mesma classe social
e, não raro, moram nos mesmos bairros pobres que aqueles que devem conter. [é sabido que muitos policiais são obrigados a lavar a farda dentro de casa e colocar para secar também dentro da casa, haja vista que grande parte dos policiais - mal remunerados e sempre recebendo o salário com atraso, são obrigados a morar em favelas.] E só
não são as vítimas preferenciais da violência porque há um genocídio de jovens
e pobres por parte dos traficantes, dos milicianos e das próprias forças de
segurança. Sobre isso, vale ler a reportagem que fala do medo de jovens
soldados ao atuarem em suas próprias comunidades.
A
aplicação generalizada de ações desmedidamente duras faz com que toda uma
comunidade seja vista como criminosa e tratada como tal. Enquanto isso, atuando
como cães de guarda da violência estatal, comentaristas de internet que enxergam periferias e morros como uma selva sem lei rosnam contra qualquer um
que aponte injustiças ocorridas durante a intervenção federal. Dizem, do alto
de sua argumentação de botequim, que ''quem não deve não teme''. Ou, pior,
invertem a lógica e sentenciam que ''se teme, é porque deve algo''. [até este momento não houve nenhuma injustiça decorrente da intervenção federal e por uma razão muito simples: a INTERVENÇÃO FEDERAL foi decretada mas ainda não foi iniciada.
Quanto ao 'fichamento' realizado em algumas favelas é uma medida necessária, evita que bandidos circulem entre as pessoas de bem e só é temida por criminosos; o cidadão trabalhador, de bem, que não está envolvido com o crime não tem a menor razão para temer averiguação por parte das autoridades de segurança.
Quem teme ser averiguado pelo Polícia está pondo em prática o velho adágio: a CULPA CONDENA.]
A crise econômica agravou a crise de segurança. E o poder público, sem pudor algum, corresponsabiliza professores, enfermeiros e policiais pela situação econômica pela qual passa o Estado, afirmando que suas aposentadorias são inviáveis.
Quanto ao 'fichamento' realizado em algumas favelas é uma medida necessária, evita que bandidos circulem entre as pessoas de bem e só é temida por criminosos; o cidadão trabalhador, de bem, que não está envolvido com o crime não tem a menor razão para temer averiguação por parte das autoridades de segurança.
Quem teme ser averiguado pelo Polícia está pondo em prática o velho adágio: a CULPA CONDENA.]
A crise econômica agravou a crise de segurança. E o poder público, sem pudor algum, corresponsabiliza professores, enfermeiros e policiais pela situação econômica pela qual passa o Estado, afirmando que suas aposentadorias são inviáveis.
Não
explica, contudo, que qualquer país com anos seguidos de déficit é que é
inviável. E se cala diante das desonerações a grandes empresas, da
incapacidade de sucessivos gestores de reduzir a dependência da economia dos
royalties do petróleo e, é claro, da corrupção.
Reportagem, deste domingo (25), de Idiana Tomazelli, no jornal O Estado
de S. Paulo, mostra que empresas que haviam aderido ao último Refis (programa
de refinanciamento de dívidas tributárias) já deram um novo calote de R$ 3,1
bilhões. Ou seja, aderiram ao refinanciamento, conseguiram uma certidão
negativa de débitos e deixaram de pagar novamente as dívidas que haviam
conseguido parcelar – tudo à espera de um próximo Refis. Afinal são grandes
empresas, têm poder para tanto – vale lembrar que Michel Temer vetou o mesmo
benefício para micro e pequenos empresários.
Outros bilhões continuam não sendo recolhidos como impostos por conta
das isenções de dividendos a que os mais ricos têm direito ou da distorção da
tabela do Imposto de Renda, que não permite alíquotas mais altas para quem
ganha muito. Isso sem falar dos impactos negativos junto às populações mais
vulneráveis da PEC do Teto dos Gastos, da Lei da Terceirização Ampla e da
Reforma Trabalhista.
Intervenção no Rio:
Qual o limite do povo antes da desobediência civil?... - Veja mais em
https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2018/02/25/intervencao-no-rio-qual-o-limite-do-povo-antes-da-desobediencia-civil/?cmpid=copiaecola
Intervenção no Rio:
Qual o limite do povo antes da desobediência civil?... - Veja mais em
https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2018/02/25/intervencao-no-rio-qual-o-limite-do-povo-antes-da-desobediencia-civil/?cmpid=copiaecola
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