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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Procuradoria rescinde acordo de delação de Wesley Batista - Qual a razão do inquérito na PGR contra o ex-procurador Miller está parado?

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou nesta segunda-feira, 26, por meio de nota, que decidiu rescindir os acordos de colaboração premiada de Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva, sócio-proprietário e executivo da J&F, respectivamente. A decisão foi enviada, nesta segunda-feira, 26, ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), para homologação.


“A providência foi tomada no âmbito de um procedimento administrativo e é decorrente da constatação de que, assim como Joesley Batista e Ricardo Saud que já tiveram os acordos rescindidos – os dois descumpriram os termos da colaboração ao omitirem, de forma intencional, fatos criminosos dos quais tinham conhecimento no momento do fechamento dos acordos firmados com o Ministério Público Federal (MPF). No caso de Wesley, a decisão da procuradora-geral considerou indícios da prática de crime quando o empresário já se encontrava na condição de colaborador”, diz a PGR.


Segundo a Procuradoria, em manifestação, Raquel, enfatiza que os colaboradores infringiram as cláusulas 25 e 26 do acordo.

“As investigações revelaram que, no momento do fechamento das colaborações, eles deixaram de informar ao MPF fatos ilícitos, como a prestação de serviços ao grupo empresarial pelo então procurador da República Marcelo Miller. O ato, destaca o documento, configura corrupção ativa pela cooptação de funcionário público, mediante vantagem indevida, para a prática de atos em seu favor”, completa.
A reportagem entrou em contato com a defesa e com a assessoria de imprensa. O espaço está aberto para manifestação.

IstoÉ 

 Inquérito contra Marcello Miller está parado no Ministério Público

Na Polícia Federal, investigação sobre ex-procurador está mais avançada


Enquanto a Polícia Federal avança nas investigações sobre as suspeitas envolvendo o ex-procurador da República Marcello Miller, acusado de orientar a delação dos executivos da J&F enquanto ainda estava na Procuradoria-Geral da República, o caso está parado desde setembro do ano passado no Ministério Público Federal em Brasília.

A investigação corre sob sigilo no Núcleo de Combate à Corrupção, mas ainda não teve nenhum desdobramento, pois os procuradores da primeira instância ainda não tiveram acesso às quebras de sigilo e ao resultado das buscas na residência do ex-procurador, pedidas no ano passado pelo então PGR Rodrigo Janot. A solicitação foi feita depois que veio à tona uma gravação de Joesley Batista com Ricardo Saud no qual eles falam sobre contatos e favores recebidos de Miller no período de pré-tratativas do acordo.

A PGR pediu em dezembro do ano passado o compartilhamento do material envolvendo o ex-procurador com a primeira instância e afirma que o pedido já foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que não comenta o caso por estar sob sigilo. Os dados já foram compartilhados com a CPI Mista da JBS, instaurada no ano passado, mas ainda não chegaram aos investigadores da primeira instância.  No Procedimento Investigatório Criminal (PIC) o ex-procurador é suspeito de corrupção passiva, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro. Enquanto isso, o delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelo inquérito na Polícia Federal, já pediu a prorrogação das investigações por 30 dias e deve ouvir novamente nesta terça-feira o dono da J&F Joesley Batista, que ficou em silêncio na primeira vez que foi chamado para depor sobre o episódio, no ano passado.

Desta vez, porém, Batista deve falar o que sabe sobre a relação com o ex-procurador para o acordo de delação. Desde que foi preso e perdeu os benefícios da delação após a gravação vir à tona, Joesley e outros executivos da empresa voltaram a colaborar com os investigadores neste ano para tentar conseguir benefícios e deixarem a prisão.
Mesmo com a investigação avançando na PF, a demora no compartilhamentos dos dados envolvendo o ex-procurador com a primeira instância pode atrasar o desfecho do caso, já que Cabe somente ao MPF apresentar denúncia ou arquivar o inquérito na Justiça.

Miller pediu exoneração em 5 de março de 2017, mas a portaria só passou de demissão só passou a valer a partir de 5 de abril. Neste período ele teria se apresentado como advogado e atuado em defesa dos interesses dos executivos da J&F. As suspeitas envolvendo o ex-procurador levaram a Rodrigo Janot pedir a rescisão do acordo de Joesley Batista e de outros delatores o grupo J&F. O pedido foi reforçado por Raquel Dodge, a atual procuradora-geral, mas ainda não foi analisado pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no STF. O ex-procurador vem negando qualquer irregularidade na sua atuação para negociar o acordo de colaboração.

O Globo


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