Juízes federais marcam greve em protesto contra fim do auxílio-moradia - Presidente do STF marcou julgamento do benefício para 22 de março
Juízes preparam paralisação às vésperas de julgamento do STF sobre auxílio-moradia
Ajufe quer que benefícios de juízes estaduais também sejam analisados
A Associação de Juizes Federais do Brasil (Ajufe) articula uma paralisação
geral da categoria de um dia, marcada para o dia 15 de março. O motivo é o
julgamento da ação que garantiu o pagamento de auxílio-moradia para juízes,
marcado pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
para o dia 22 de março.
De acordo
com o presidente da entidade, Roberto Veloso, a paralisação será decidida pelos
associados, que já estão sendo consultados. —
Começamos a consultar os associados hoje, mas há o indicativo de paralisação no
dia 15 de março, caso os associados assim decidam — explicou.
Em nota
divulgada nesta quinta-feira, a Ajufe questiona o fato de a ação pautada pelo
STF tratar apenas do auxílio-moradia aos magistrados federais. A associação
defende que os benefícios pagos aos juízes estaduais também sejam analisados. "Não
basta apenas julgar as ações que tratam do auxílio-moradia, que atingirão
apenas os juízes federais, deixando sem resolução os diversos pagamentos
realizados nos âmbitos dos demais segmentos do Judiciário", diz o texto.
Para a
Ajufe, o auxílio-moradia passou a ser questionado devido à "atuação
imparcial e combativa contra a corrupção" dos juízes. O órgão
recomendou aos magistrados exigir "a remuneração que lhe é devida, como
todo trabalhador brasileiro".
CNJ julga pagamento extra a juízes do Rio
Ao menos 26 magistrados receberam benefício de R$ 9,6 mil
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julga nesta terça-feira a legalidade do pagamento feito a juízes fluminenses para audiências de custódia,
que, no ano passado, beneficiou ao menos 26 magistrados. Os juízes
integraram as centrais de audiência de custódia no Rio, em Campos e em
Volta Redonda.
O repasse desse adicional de um terço do salário dos
juízes, cerca de R$ 9,6 mil por mês, só ocorre no Rio de Janeiro,
segundo o conselheiro Márcio Schiefler, que suspendeu o repasse
liminarmente em dezembro do ano passado por considerá-lo ilegal.
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