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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

[apologia ao racismo, ainda que do 'racismo reverso' é crime] presidente do Magazine Luiza: 'Inaceitável termos só 16% de líderes negros'

Segundo Frederico Trajano, a decisão em colocar apenas negros em seu próximo programa de trainees teve um componente matemático

["liderança não se impõe,  se conquista]

A decisão do Magazine Luiza em colocar apenas negros em seu próximo programa de trainees, conforme noticiado pelo Estadão/Broadcast teve, segundo o presidente da empresa, Frederico Trajano, um componente matemático. De um lado há o desequilíbrio entre o número de funcionários e o de lideranças negras dentro da empresa. Por outro, ter à frente pessoas que refletem a realidade da população brasileira levará a tomadas de decisão que aumentarão as vendas e gerarão maior valor ao acionista.
"Somos responsáveis por quem selecionamos e promovemos", diz. "Claramente, se temos 53% da equipe negra e parda e só 16% de negros e pardos em cargos de liderança, há um problema para resolver com uma ação concreta."

A decisão de criar um programa de trainees voltado para pessoas negras partiu da empresa ou teve a ver com demandas de investidores?
Definitivamente, não de investidores. Não espere isso tão cedo. Embora exista a pauta de ESG (meio ambiente, sustentabilidade e governança, da sigla em inglês), ainda não chegamos lá. Fizemos uma pesquisa interna. Eu não sabia, mas 53% da nossa equipe é formada por negros e pardos. Na mesma pesquisa, vimos que apenas 16% dos nossos líderes eram negros e pardos. Isso acendeu um sinal amarelo ou vermelho. Nunca nos posicionamos em relação à pauta racial porque não havia um diagnóstico claro dessa questão. [Investidores! percebam que para esse cidadão,  que preside a empresa na qual vocês investem, vocês estão fora do tempo (dele);
esquece o presidente do Magazine Luzia, que respeitar, obedecer à Constituição Federal e às leis não é uma escolha e sim um DEVER.]

A partir da pesquisa, vimos que tínhamos uma anomalia, um problema concreto. Somos muito pragmáticos. O caminho mais curto para se chegar à liderança é o programa de trainee. Porém, nos programas anteriores - e eu sempre entrevisto os finalistas -, a gente sempre tinha só uma pessoa negra ou parda no final. Então, de certa maneira, não estávamos conseguindo atrair e selecionar essas pessoas. Precisávamos fazer algo diferente. Não é oportunismo. Queremos resolver um problema que sabemos que temos. Estamos sendo honestos em relação à necessidade de mudar uma realidade que nós mesmos criamos. Somos responsáveis por quem selecionamos e promovemos.

Desde que a notícia do trainee 2021 foi publicada houve forte reação na internet com comentários dizendo que a iniciativa é racista. 
Leitores ameaçam o Magalu com processos por discriminação racial, com suspensão de compras e eliminação do app. Essa reação estava na conta de vocês?
Sabíamos que essa nossa ação afirmativa iria desencadear discussões. A iniciativa é inédita e somos uma empresa grande, com uma marca de muita visibilidade. Por intermédio da Lu, nossa influenciadora virtual, nos manifestamos nas redes, de forma contundente, sobre a legalidade do programa e a nossa intenção ao levá-lo adiante: atacar a baixa representatividade negra em nossa liderança. É inaceitável que apenas 16% dela seja composta por negros. Ao longo dos anos (15 no total), a companhia formou cerca de 250 trainees. Só dez eram negros. Em todos os programas houve enorme dificuldade de atrair talentos negros. [talvez as condições oferecidas pelo Magazine não sejam atrativas!!!].
O número de candidatos sempre foi baixíssimo. Por isso a decisão de criar um programa exclusivo. Essa dificuldade de acesso tem sido um problema para uma companhia que acredita que a diversidade aumenta a competitividade, e queremos resolvê-lo.

Qual o benefício para a empresa quando investe em diminuir desigualdades?
Qual o benefício para a empresa quando investe em diminuir desigualdades?
Para o Magazine Luiza a diversidade maior nos nossos quadros de liderança vai gerar resultados maiores. Mal ou bem, a nossa base de consumidores reflete a distribuição social e racial do Brasil, que é em mais de 50% formado por negros e pardos
Se não há nas lideranças pessoas com essas características, pode-se estar tomando decisões subótimas sobre sistemas que desenvolvemos, sobre o tipo de marketing. Além de gerar benefício macroeconômico para o Brasil, é nossa responsabilidade gerar valor ao acionista. Se tivéssemos mais representatividade de mulheres e negros - que é nossa questão mais sensível hoje - na liderança, teríamos ações mais efetivas. Isso geraria mais vendas e, em última instância, mais retorno aos acionistas.

[Pergunta que precisa ser apresentada:

Se em substituição a mulheres e negros, fosse citado homens e brancos, será que o entrevistado concluiria a entrevista, sendo preso na saída, ou seria preso de imediato?]  

Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA

Saber mais, clique aqui ou aqui



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