Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Fechados - Alon Feuerwerker

Análise Política

A cidade de São Paulo vai fechar o último hospital de campanha que ainda estava aberto para atender pacientes de Covid-19 (leia). Não são mais necessários, pois a pandemia claramente refluiu na capital paulista, como mostra o gráfico organizado pelo deputado federal Eduardo Cury (PSDB-SP) (veja).

Na real, o pico das mortes na cidade de São Paulo foi atingido em meados de junho. De lá para cá, o que se viu foi um relaxamento progressivo do isolamento social na capital paulista. Que na teoria deveria ter trazido um repique dos casos e portanto de mortes. Mas não aconteceu.

Se as premissas desenvolvidas desde o início da pandemia pelos especialistas estiverem certas - e não há motivo para não estarem - desde junho a cidade de São Paulo deve estar combinando graus razoáveis de distanciamento social e de imunidade coletiva. Não há outra explicação.

E como a presença de anticorpos contra o SARS-CoV-2 ali nunca superou uma ordem de grandeza de 20%, só se pode concluir que, a depender da eficiência do distanciamento social, a imunidade coletiva pode mesmo ser atingida com bem menos que os inicialmente previstos 60% de infectados. [nos alinhamos entre os que consideram que a imunidade de rebanho = alguns chamam de imunidade coletiva = é alcançada quando a taxa de contágio é inferior a 1. Igual a 1, um contamina outro. No Brasil ela tem oscilado  entre 0,9 a 1.

O alcance da imunidade de rebanho foi apregoado pelo presidente Bolsonaro como a solução para a pandemia. Só que a turma da ciência tomou de conta e alcançamos a imunidade tão rechaçada e eles ainda não admitem que o capitão estava certo. De qualquer forma, a ciência tem extrema importância - quando conhece o problema e tem soluções. Por enquanto conhece pouco do vírus chinês e não tem solução.]

Ou vai ver tudo isso está errado e estamos na iminência de uma segunda onda forte de casos. O futuro dirá.


Alon Feuerwerker, jornalista e analista político


Nenhum comentário: