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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Entrevista - "Não vi nenhum fato que pudesse levar a essa prisão", diz Ibaneis sobre detenção de secretário de Saúde

Correio Braziliense

Chefe do Executivo local considera a detenção do secretário de Saúde, Francisco Araújo, desnecessária e avalia que a crise sanitária começa a dar sinais de melhora. "A pandemia pegou todos de surpresa. Todas as áreas. Abateu a todos, comércio e empresas"

Em meio à crise provocada pela suspeita de irregularidades nas compras de testes rápidos, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirma, em entrevista exclusiva ao Correio, que não se pode apontar o dedo para nenhum dos investigados. Na visão do emedebista, a prisão do secretário de Saúde afastado, Francisco Araújo, e outros gestores da pasta, foi desnecessária e que a investigação do Ministério Público poderia seguir apenas com o afastamento deles do cargo.

“Do meu ponto de vista, não acredito que haja culpa. Li os documentos. Sou advogado e não vi ali nenhum fato que pudesse levar a essa prisão, mas é direito do Ministério Público fiscalizar e é direito do Poder Judiciário decidir”, declarou. “Agora, caso seja comprovado, cada um com a sua culpa. É bom deixar claro isso. Tenho convicção de que não participei de nenhum desses atos e, até que se apresente a denúncia e se faça a defesa, eu os tenho como inocentes”, acrescentou.

Ibaneis avalia que o cenário da pandemia no DF começa a melhorar e que o pior momento passou. Para o governador, a tendência, a partir de agora, é de queda no número de casos, e o sistema público da capital tem condições de atender à demanda atual. Na entrevista, o governador também tratou de temas como economia, eleições de 2022 e avaliou a atuação do governo federal na gestão da crise sanitária.

O senhor foi extremamente elogiado no início da pandemia, porque teve a coragem de tomar medidas necessárias. Mas, depois, de repente, resolveu reabrir tudo. O que houve?
Desde o início, quando reunimos os técnicos, tínhamos um cronograma do que aconteceria. Vimos no cenário mundial quais as experiências boas e quais as que deram errado. E tínhamos uma ideia de quando seria a data para começar a reabertura. Então, fizemos o isolamento inicial, passamos de 70%, mas tínhamos a previsão de que, a partir de um determinado momento, esse isolamento ia cair naturalmente, porque ninguém aguenta ficar recluso um tempo maior do que 60, 65 dias. A partir dali, tem que fazer um processo de reabertura. De outro lado, tínhamos que acelerar no lado da saúde para poder, no momento da reabertura, ter leitos para acompanhamento dessas pessoas. 

(.....)

Tivemos a prisão do secretário de Saúde, um pedido de CPI na Câmara Legislativa. Como o senhor está lidando com isso?
Em primeiro lugar, temos a função do Ministério Público que tem que ser respeitada. Eles estão aí para fiscalizar. A ordem minha, aqui, sempre foi de manter as portas abertas para o Ministério Público, entregando todos os dados e todos os documentos. Até para que eles realizassem a operação, nada do que foi feito, foi sem que a gente fornecesse os documentos. Do meu ponto de vista, não acredito que haja culpa. Até porque eu li os documentos, sou advogado e não vi nenhum fato que pudesse levar a essa prisão. Mas, é o direito do Ministério Público de fiscalizar e o direito da Justiça de decidir. E o que diz respeito à Câmara Legislativa, acho que ela está no seu papel, ela tem realmente o dever de investigar. (…) Como Poder Executivo, temos que fornecer todos os dados. Abrir as portas para que possam seguir nas investigações. Caso seja comprovado, cada um com a sua culpa. É bom deixar claro isso. Tenho convicção de que não participei de nenhum desses atos e, até que se apresente a denúncia e eles façam sua defesa, eu os tenho como inocentes. 

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Adiante um link para íntegra da entrevista no Correio Braziliense.

Boa entrevista. Mas percebemos a falta de no mínimo duas perguntas:
- qual a razão do governador exigir que as pessoas usem máscara, evitem aglomerações, estabelecer multas (pequena fortuna em tempos de pandemia de de auxílio emergencial de R$ 600) e ser flagrado sem usar máscaras e puxando uma pequena aglomeração?
- quando ele vai parar de prometer obras que sequer foram planejadas?
Hospital da Papuda, Hospital de campanha da Ceilândia.
- governador, sabemos que o eleitor do DF tem o dedo podre para escolher governador e deputados. O senhor se candidatando a reeleição estará confiando nessa característica dos eleitores?
- o senhor reclama que foi surpreendido pela pandemia. Não discutimos, mas cabe perguntar:  a pandemia no seu entendimento justifica a confusão que arrumaram na administração das ações de combate à covid-19 (aproveitando o protagonismo que foi concedido aos governadores e prefeitos pelo STM  no combate ao novo coronavírus) - mas não justifica a falta de condições do MS para orientar sobre uma pandemia também novas para aquele ministério?
- qual o seu interesse fazer doações para município do Piauí - tem  um outro, nos parece do Goiás -  é o embrião de um futuro curral eleitoral?] 


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