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terça-feira, 4 de outubro de 2016

A tragédia das crianças esqueléticas no Iêmen - em grande parte motivada pela covardia da Arábia Saudita que tem o apoio dos Estados Unidos

Milhares de iemenitas passam fome após dois anos de guerra civil

Depois de dois anos de guerra civil, cerca de 1,5 milhão de crianças passam fome no Iêmen. Desde o mês passado, imagens de bebês desnutridos explicitaram a profundidade da crise humanitária e trouxeram a lembrança das fotos feitas na Somália e em Biafra, na Nigéria, no século passado.


Salem Abdullah Musabih, 6, com grau intenso de desnutrição, no Yemen (Abduljabbar Zeyad/Reuters)

Há vários motivos para explicar a crise no Iêmen. Essa nação já era o país árabe mais pobre antes de sucumbir á guerra em março de 2015, quando os hutis expulsaram o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi.  Além disso, organizações internacionais que tentam ajudar a população enfrentam obstáculos por vezes intransponíveis. Na semana passada, uma funcionária da Cruz Vermelha foi libertada depois de mais de dez meses sequestrada pelos hutis, nome tribal pelo qual são conhecidos os xiitas iemenitas. Em agosto, um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras no norte do país foi bombardeado pela coalizão liderada pela Arábia Saudita, que luta contra os hutis.

O bloqueio naval e aéreo imposto pela Arábia Saudita dificulta a entrada de alimentos. “O fechamento de portos e a destruição da infraestrutura gerou escassez de combustível e aumentou a dificuldade em conseguir alimentos, que estão muito caros”, diz Hailu Eregnaw Teka, coordenador  da Oxfam para o Iêmen.

Outro fator que complicou o acesso a alimentos foi a quebra de confiança do sistema financeiro sobre o pagamento de importações, do qual o Iêmen depende para suprir 90% das necessidades. O alto preço do combustível impede que produtores agrícolas gerem alimentos e trabalho. O desemprego atinge 70% da força de trabalho e uma em cada quatro empresas foram fechadas.

Além de enfrentarem o desemprego e a escassez, o conflito entre hutis, apoiados pelo ex-presidente Ali Abdullah Saleh, deposto em 2011, e a coalizão saudita, os civis convivem com a presença da Al Qaeda para a Península Arábica, tida como uma das facções mais perigosas do grupo que atua na região desde os anos 1990, e com o avanço dos terroristas do Estado Islâmico (EI).

Cerca de 65% dos quase 28 milhões de habitantes são sunitas, enquanto 35% são xiitas. A divisão reflete uma disputa de poder que vai além das fronteiras nacionais. Os sunitas são apoiados pela vizinha Arábia Saudita, aliada aos Estados Unidos e outras potências ocidentais, enquanto xiitas são financiados pelo Irã.  “O Iêmen se tornou campo de batalha pela supremacia no Oriente Médio. A dificuldade americana em criticar os bombardeios sauditas contribui para o prolongamento da crise”, diz o cientista político Jamsheed Choksy, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.

Mais de 6,5 milhões de pessoas morreram, vítimas de bombardeios, balas de franco-atiradores ou no fogo cruzado. Cerca de três milhões de iemenitas foram internamente deslocados pelos conflitos.  Ao contrário da Síria, a localização geográfica do Iêmen dificulta que a população busque um local seguro fora das fronteiras. O país faz fronteira apenas com a Arábia Saudita e Omã e fica distante da Europa.  “É difícil exagerar no desespero que está lá. A situação humanitária vai reverberar por décadas. É importante que qualquer que seja a autoridade legítima garanta que os direitos humanos sejam respeitados para que possamos impedir que a situação piore”, diz a pesquisadora da Human Rights Watch Kristine Beckerle, que esteve no país em agosto.

Leia também:
Iêmen: O desastre humanitário que o mundo não quer ver


Fonte: Revista VEJA

terça-feira, 26 de julho de 2016

A boca, Bush e Trump

É espantoso o mal que a estupidez de um só homem pode provocar no planeta

Vivemos um suspense histórico, uma situação de trágicos conflitos descentralizados no mundo todo, principalmente no Oriente Médio. Como isso começou? Alguma coisa ou alguém deflagrou este tempo. Na minha opinião, foi o George W. Bush, nossa besta do apocalipse.  Ele é culpado por tudo que acontece no mundo atual e ninguém fala nele. Bush está pintando quadros em sua fazenda do Texas, enquanto o mundo que ele armou se destroça.

Finalmente, depois de 13 anos dessa vergonha, a Comissão de Crimes de Guerra de Kuala Lumpur, na Malásia, julgou e condenou Bush e Cheney por crimes de guerra. Isso. Claro que não há quem prenda o nefasto elemento. Mas, já é um consolo.  Tudo começou com a absurda invasão do Iraque em 2003.  A invasão do Iraque foi um erro tão grave quanto, digamos, atacar o México por causa do bombardeio a Pearl Harbor em 1941. Aconselhado por seu vice-papai Dick Cheney — um dos piores ratos da América —, Bush mentiu que o Iraque tinha “armas de destruição em massa”.

A partir daí, Bush continuou a construir nosso futuro apavorante. Ele não era um Hitler nem um Mussolini, com seus dogmas psicóticos. Ele era a estupidez destrutiva, com trapalhadas trágicas que não tinham a obstinação sangrenta de loucos, mas a desorientação porra-louca de um bêbado boçal. A partir daí o mundo entrou numa ciranda de horrores. Eu estava lá nos Estados Unidos e vi. Parece loucura, mas tudo começou quando Bill Clinton teve um caso com Monica Lewinsky, aquela estagiária gorda de Washington. Monica fez-lhe um boquete na cozinha da Casa Branca, entre pizzas, enquanto a Hillary dormia. Ela denunciou-o e Clinton, encurralado, mentiu na TV, declarando que nunca tivera relações sexuais com Monica. Mas ela guardara um vestido marcado por esperma do presidente, cujo DNA provava sua atuação. Vexame total para Clinton e quase um impeachment.

Aí, o Al Gore, candidato democrata contra o Bush, ficou com medo de defender o Clinton na campanha, para não ser considerado cúmplice de adultério até por sua esposa. Gore medrou. E Bush foi eleito. Foi nessa época que a direita republicana mais degenerada começou a se articular. Bush foi o pior presidente americano de todos os tempos, uma espécie de Forrest Gump no poder, ignorante e alcoólatra.

Até que um dia, para seu azar e sorte, o Osama Bin Laden derrubou as torres gêmeas no evento mais espantoso do século 21 (até agora...) e deflorou os Estados Unidos, nunca atacados dentro de casa. Não me esqueço da cara do Bush quando lhe contaram no ouvido a tragédia, enquanto ele dava uma palestra para meninos de um colégio. A cara do Bush foi de gesso, paralisada, sem uma rala emoção, sob o olhar das criancinhas em volta. A partir daí, a América quis vingança. Bush virou o “presidente de guerra” comandando a paranoia americana. Bush veio para acabar com todas as conquistas liberais dos anos 60. Só faltava um pretexto; Osama deu-o.

Aí, Bush e Dick Cheney, seu vice, derrubaram o Saddam Hussein, um ditador sunita escroto, mas que servia ao menos para segurar o Oriente Médio com sua intrincada geopolítica fanática e religiosa. [aqui o Jabor acerta; e os que quiserem ler, uma obra escrita com vários anos de antecipação, nos tempos do Bush pai, terão oportunidade de entender as razões que tornavam conveniente a permanência de Saddam Hussein comandando o Iraque, o que levou a 'coalizão' a não invadir o Iraque, depondo Saddam durante a Guerra do Golfo.
A obra magistral, de Frederic Forsyth, O PUNHO DE DEUS, antecipa e explica tudo.

No Oriente, o ódio ancestral contra os USA cresceu como nunca. Isso fortaleceu não só a Al Qaeda como seus filhotes e os homens-bomba floresceram como papoulas, iniciando a série de atentados em Espanha, Inglaterra, Índia, Bali, Boston, Paris e outros que vieram e virão. Errando sempre, Bush cumpriu todos os desejos de Osama, como um lugar-tenente burro. Essa invasão absurda estimulou o terrorismo. Osama morreu, mas sua obra foi bem-sucedida. Bush legitimou-o para sempre. Amigos, esta é a verdade brutal: a gênese do Estado Islâmico está na invasão do Iraque pelos Estados Unidos.

A América jogou dois trilhões de dólares no Iraque para uma guerra sem vitórias, porque os inimigos eram e são invisíveis. Mataram milhares de americanos jovens e arrasaram um país que hoje já é dominado pelo Estado Islâmico, perto do qual a Al Qaeda é uma ONG beneficente. Somou-se a essa (perdão...) cagada a crise econômica de 2008, provocada pela desregulação total das finanças de Wall Street por Bush, precedido erradamente por Clinton.

E por essas linhas tortas, surgiu o Trump, essa ameaça à humanidade. Como? Eu chego lá...
A globalização da economia e da políticainevitável com a mutação do capitalismo — trouxe uma obrigatória convivência com o “incontrolável”, trouxe o fim de certezas, trouxe uma relativização de valores morais, sexuais, políticos, insuportáveis para a grande massa da estupidez americana endêmica. A paranoia da América não podia suportar tanta democracia. O fim das certezas enlouqueceu o absolutismo fundamentalista cristão. 

Depois começou a era que chamávamos de Primavera Árabe — ridícula ilusão do Ocidente de que os árabes estavam obcecados pela democracia dos Estados Unidos... Rs rs rs...
Obama conseguiu então matar o Osama e foi reeleito. [o que possibilitou mais quatro anos de destruição dos valores morais, sexuais e que agora, com as bênçãos de DEUS, Trump corrigirá.] 
 
Mas, a morte de Osama no Paquistão indispôs mais ainda o Oriente Médio contra nós e fragilizou a liderança dos Estados Unidos como potência. Daí, tudo andou para trás: Irã, Egito, Líbia, guerra da Síria contra seu povo, apoiada claro, pela China e, oba!, pela Rússia da KGB. E hoje estamos nessa briga de foice em quarto escuro, estamos na véspera de novos horrores que não param de acontecer, agora com a terceirização do terror, com o EI oferecendo franquias para os lobos solitários do Ocidente.

Se não tivessem invadido o Iraque, o mundo seria outro. Mas o “se” não existe na História. Foi o que foi. A história é intempestiva e ilógica e as tentativas de dominá-la em geral dão em totalitarismo e ditaduras. A pior estrada foi tomada, como um fim de porre do texano fraco e incompetente. É espantoso o mal que a estupidez de um só homem pode provocar no planeta. Mas, afinal, pergunta o leitor, que que o Trump tem a ver com isso?
É simples; ele nasceu da boca de Monica Lewinsky, em 1997, durante aquele devastador “boquete” que mudou o mundo. E que pode destruí-lo, um dia. [não devemos olvidar que a senhora Hillary foi responsável quando aceitou ser alcoviteira do próprio marido.]

Fonte: Arnaldo Jabor - O Globo

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Valha-nos Deus!

A troca de guarda no Palácio do Planalto não modificou radicalmente a animosidade que a investigação rigorosa e imparcial provoca neste país de compadres e seus jeitinhos

Há mais de um ano o jurista Modesto Carvalhosa vem escrevendo, de forma competente e diligente, na página 2 (de Opinião) do Estadão contra a ação solerte e perseverante da presidente afastada Dilma Rousseff para, na prática, perdoar as grandes empresas (no caso, empreiteiras), cujos dirigentes são acusados de corrupção na Operação Lava Jato. A ideia central da chefe de governo, reeleita em 2014 e à espera de julgamento de impeachment pelo Senado, é garantir ou devolver “milhares de empregos ameaçados ou extintos mercê da devassa da Polícia Federal e  do Ministério Público Federal, sob a égide do juiz federal Sérgio Moro em Curitiba”. O padrinho, patrono e inspirador dela, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao desplante de mandar sindicalistas reunidos em torno de sua voz roufenha procurarem o juiz citado para convencê-lo a desistir de sua eventual perseguição” pessoal, política ou ideológica.

O professor Carvalhosa, especialista na legislação internacional anticorrupção, que vem sendo aprimorada e tornada mais rigorosa nos últimos anos, particularmente depois da explosão das torres gêmeas de Nova York pela Al Qaeda, desconstrói essa teoria, em tudo ilógica. Ele não limita suas críticas às portarias presidenciais premiando grandes nomes da empreita privada de obras públicas no Brasil, mas também tem sido impiedoso quanto a tentativas oficiais de demonizar e desmoralizar o instituto da dita “delação premiada” por meio de suspeitos e seus aliados espalhados no governo e na oposição, praticamente todos os partidos e todos os ofícios. Os procuradores da dita “república de Curitiba”, por sua vez, continuam pregando a aprovação pelo Congresso das medidas que consideram essenciais para que providências legais mais rigorosas cumpram de forma mais efetiva o que a Operação Lava Jato tem conseguido fazer, com positiva repercussão popular. E debaixo de fogo cruzado de inimigos, cuja clara intenção é manter o máximo possível as brechas que garantam impunidade de ricos e poderosos, pela primeira vez na História da República alcançados pelos braços atrofiados de nossas leis.

A troca de guarda no Palácio do Planalto não modificou radicalmente a animosidade que a investigação rigorosa e imparcial provoca neste país de compadres e seus jeitinhos. O presidente interino, Michel Temer, repete, automática e cautelosamente, a ladainha de louvores à operosidade dos policiais, promotores e do juiz do Paraná.

Seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, chegou a viajar para Curitiba tentando vender essa ideia à sociedade seduzida pelos métodos e pelas consequências do trabalho de Moro e seus pupilos. Mas tudo isso bate contra o muro sólido e aparentemente impenetrável de reações coordenadas pelo interesse comum de aliados, que comandam as Casas de leis, ou de altos dirigentes dos partidos com maior representatividade no Poder Legislativo, que, em teoria, representa a cidadania. O encontro à sorrelfa de Temer com o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Palácio do Jaburu, domingo é apenas um exemplo do que se pode estar tramando às ocultas, enquanto o próprio anfitrião e seus ministros tecem loas a Moro, à PF e ao MPF. Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil do governo interino, viajou para São Paulo para cobrar da força-tarefa uma previsão sobre o encerramento de sua tarefa, que, pela própria natureza, não deve explicação nenhuma. E menos ainda uma desse teor.

Na semana passada, o ministro da Fazenda da nova situação, Henrique Meirelles, deu entrevista exclusiva à Rádio Estadão. Nela foi franco a ponto de reconhecer que sua tarefa de retirar a economia brasileira da atual crise, com profundidade abaixo de pré-sal, depende menos do acerto das providências que vier adotar a competente equipe econômica federal, sob seu comando, do que das decisões políticas a serem tomadas por um Congresso minado por legisladores ameaçados de prisão pela operação. Com sua notória habilidade em comunicar de forma simples a complexíssima equação da crise cuja extinção depende de duras e amargas medidas, Meirelles deu resposta cristalina sobre o paradigma de Dilma e Lula segundo o qual a crise não se deve ao rombo causado pelos corruptos. Este se deve, sim, à forma delituosa, extensiva, profunda e invasiva com que a organização criminosa instalada no alto comando da máquina pública federal minou o patrimônio nacional, dilapidando o capital de estatais, bancos públicos e até os minguados caraminguás dos barnabés necessitados de crédito consignado. E não os diligentes policiais, procuradores e juízes que se dedicam a investigá-los, processá-los e puni-los.

Infelizmente, contudo, as vozes de Meirelles, como a do professor Carvalhosa e as de procuradores como Deltan Dallagnol e Júlio Marcelo de Oliveira assemelham-se a clamores perdidos na poeira do deserto ou ao canto mudo das andorinhas que, isoladas, não fazem o verão. Recentemente, a Folha de S.Paulo publicou a notícia de que prosperava na cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) a ideia de buscar salvação para a sigla e o próprio sonho num projeto de leniência para salvar siglas envolvidas em cabeludos casos de ladroagem. No dia em que os meios de comunicação citavam a prisão pela segunda vez do quarto ex-tesoureiro do PT encalacrado em acusações da Lava Jato, o colega Raymundo Costa confirmou no Valor Econômico que, sob a liderança do notório w.d.(PT-RJ) e a adesão de uma verdadeira frente multipartidária, o Congresso vai procurar a salvação de seus suspeitos de furto com a criação de mais uma jabuticaba brasileira: a leniência para salvar legendas engolfadas na lama da corrupção. 

Paulo Ferreira, o êmulo pátrio do contador de Al Capone, é casado com Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social de Dilma, fiel ao perfil da famiglia lulopetista, assim como o são Delúbio Soares, João Vaccari Neto e José de Filippi Júnior, todos acusados por delatores e por provas técnicas irrefutáveis de terem cometido dois crimes: roubar para o partido e usar a Justiça Eleitoral, que em teoria garante o poder do voto do cidadão com isonomia na disputa eleitoral, como lavanderia de dinheiro sujo. d, uma espécie de defensor dos interesses de Lula na Câmara, já apresentou um projeto de modificação da colaboração com a Justiça, conhecida popularmente como delação premiada. E o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não desmentiu nenhuma das várias  notícias de que tudo fará para que as condições para a mudança do método sejam aprovadas de acordo com o gosto e a conveniência dos suspeitos atingidos. 

De preferência antes que o próprio Renan e o patrono de d, Lula da Silva, percam a liberdade de ir e vir, no caso de as comprovadas práticas de ladroagem de ambos os incriminarem de uma vez. Por tudo isso e muito mais, talvez convenha desde já batizar alguma das próximas fases da Lava Jato de Valha-nos Deus.

Por: José Nêumanne - Coluna Augusto Nunes

 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Lei antiterror aprovada por Dilma libera o terrorismo de esquerda



Entenda como uma lei antiterror deu carta branca para o terrorismo de esquerda
Não há nada parecido em todo o mundo. Vai ver os bananas daqui estão certos, e o mundo todo está errado
O Brasil será o primeiro país do mundo a ter uma lei antiterrorismo que, na prática, concede a alguns grupos a licença para praticar… terrorismo, chamando-o de outro nome! Vamos ver.

A Câmara aprovou nesta quarta o Projeto de Lei 2016/15 (aqui), que tipifica o crime de terrorismo, prevendo penas de reclusão, a depender do ato, que vão de 8 a 30 anos em regime fechado.

A Constituição brasileira traz duas vezes a palavra “terrorismo”: no Inciso VII do Artigo 4º e no Inciso XLIII do Artigo 5º. Definem, respectivamente:
“Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
(…)
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;”
e
“Art. 5º, XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;”

E isso era tudo o que tínhamos. Sem uma lei que definisse o que é terrorismo e que estabelecesse as devidas penas, o princípio previsto na Constituição era inerme. Tanto é assim que o Brasil já prendeu um terrorista ligado à rede Al Qaeda e o soltou — por falta de uma lei.

E por que não havia? Porque as esquerdas, muito especialmente o petismo, jamais permitiram que o debate prosperasse. A razão? Simples! Muitos dos métodos a que recorrem, por exemplo, o MST (Movimento dos Sem Terra) e, mais recentemente, movimentos de sem-teto seriam enquadrados, sem esforço, como atos de caráter terrorista em qualquer país do mundo.

Segundo a proposta aprovada na Câmara, são atos terroristas “expor a perigo a pessoa, o patrimônio, a incolumidade pública ou a paz pública ou coagir autoridades a fazer ou deixar de fazer algo” por “razões de ideologia, política, xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou gênero”.

Certo! Até aí vamos bem.
Também se pune com pena 8 a 12 anos quem “promover, constituir ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização terrorista”. Ou ainda aquele que “recrutar, organizar, transportar ou municiar indivíduos que viajem para país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade; ou fornecer ou receber treinamento em país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade”.

Prevê-se ainda a punição de pessoa ou empesa que, em relação ao terror, “oferecer, receber, obter, guardar, manter em depósito, solicitar, investir ou de qualquer modo contribuir para a obtenção de ativos, bens ou recursos financeiros, com a finalidade de financiar, custear, diretamente ou indiretamente”.

Muito bem! O Brasil estava prestes a sofrer sanções de organismos internacionais por ser um dos poucos países do mundo a não dispor de uma lei antiterror.

E onde está o absurdo do texto? Ora, o projeto simplesmente torna imunes da imputação de terrorismo os ditos movimentos sociais.
Prestem atenção a este artigo:
“[a imputação de terrorismo] não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais ou sindicais movidos por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender ou buscar direitos, garantias e liberdades constitucionais”.

Ou por outra: esses ditos movimentos reivindicatórios, se quiserem, poderão “provocar o terror, expondo a perigo a pessoa, o patrimônio, a incolumidade pública ou a paz pública ou coagir autoridades a fazer ou deixar de fazer algo”. E terror não será.

Se o Movimento Passe Livre, o MST e o MTST decidirem sair barbarizando por aí, o nome disso será “reivindicação”. Se um vagabundo jogar uma bomba caseira dentro de uma estação de metrô, como chegou a acontecer recentemente, o nome disso é “protesto”.

Atenção! Quando esse texto passou pelo Senado, o relator, Aloysio Nunes Ferreira (SP), excluiu esse artigo absurdo. Mas os petistas e as esquerdas da Câmara pressionaram para que a Casa restaurasse a proposta.

José Guimarães, [vulgo no submundo ‘capitão cueca’] líder do PT na Casa, disse a seguinte asnice:Esses movimentos sempre foram e são necessários para sustentar a evolução do processo democrático no Brasil. A proposta preserva isso, diferentemente do que fez o Senado. Preservar esse legado é algo muito importante”.

Que legado? O do terror? Não existe um único país do mundo que defina em lei os grupos que são imunes à imputação do terror. Eu não tenho dúvida de que está caracterizada aí uma inconstitucionalidade. No tempo em que havia OAB no Brasil, algo assim não passaria em brancas nuvens. Hoje em dia! Para vocês terem uma ideia, o deputado petista w.d.  ex-presidente da OAB-Rio, foi contra até mesmo a aprovação dessa lei frouxa. Não há nada parecido em todo o mundo. Vai ver os bananas daqui estão certos, e o mundo todo está errado.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo


domingo, 3 de janeiro de 2016

ONU expressa dúvida sobre processos de pena de morte na Arábia Saudita

O alto comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, destacou que o clérigo Nimr al-Nimr não estava acusado de nenhum crime grave

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, pôs em dúvida neste domingo o respeito às garantias processuais na Arábia Saudita e lamentou, em comunicado, a execução de 47 pessoas nesse país, especialmente a do clérigo xiita opositor Nimr al-Nimr. Zeid destacou que o clérigo xiita não estava acusado de nenhum crime grave, requisito prévio estabelecido pela legislação internacional de Direitos Humanos.  "Sob a legislação internacional de Direitos Humanos, a pena de morte pode ser imposta, nos países onde existe este castigo, apenas se for cumprida uma série de requerimentos de procedimento e se tiver havido um julgamento justo", declarou o alto comissário da ONU. 


O clérigo xiita Nimr al-Nimr, executado na Arábia Saudita(Saudi Press Agency/Reuters)

Além disso, Zeid lembrou que a pena capital só pode ser imposta em casos em que o condenado tenha cometido crimes muito graves, como o assassinato, e pôs em dúvida o respeito das garantias processuais dos condenados. "As penas não podem ser baseadas em confissões obtidas mediante torturas e maus tratos. A aplicação da pena de morte nestas circunstâncias é inconcebível, dado que a pena de morte não pode ser revertida e que qualquer sistema judiciário pode cometer erros", acrescentou.

Os 47 executados ontem - 45 sauditas, um egípcio e um chadiano - foram acusados de terrorismo e entre eles havia sunitas radicais e alguns destacados membros da rede terrorista Al Qaeda, mas também quatro ativistas xiitas. A pena capital contra Nimr foi confirmada em outubro do ano passado pela Corte Suprema da Arábia Saudita, que lhe culpou de desobedecer às autoridades e instigar a violência sectária, após ter sido detido em 2012 por apoiar os protestos contra o governo em Al Qatif, no leste do país e de maioria xiita.

Zeid ressaltou que ele mesmo já havia protestado perante o governo saudita quando essa condenação foi anunciada. Além disso, Zeid se mostrou extremamente preocupado pelo alto número de execuções na Arábia Saudita no último ano, com pelo menos 157 documentadas em 2015, comparado com as 90 de 2014, o número mais elevado desde 1995. As execuções de ontem aconteceram de forma simultânea em doze regiões do país por meio de decapitações por sabre e fuzilamentos. Zeid solicitou ao governo saudita uma moratória de todas as execuções e instou a que trabalhe com a ONU e outros organismos internacionais em modos alternativos de luta contra o terrorismo.


Fonte: Agência Reuters - EFE

 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Arapongas da Abin deixaram terrorista da Al Qaeda fugir em Minas Gerais

Arapongas da Abin deixaram terrorista da Al Qaeda fugir em Minas Gerais: e foi por nepotismo

Autor: Claudio Tognolli 

Nesta terça-feira 23 de junho lanço um livro com o tenente-coronel do Exército André Soares, ex-agente da Presidência da República na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
A obra, da editora Escrituras, foi descrita pela grande mídia como uma tampa de esgoto que se abre, enfim…
O livro “A Caixa Preta da Abin” traz muitas novidades. Entre eles, a história de como deixaram escapulir, no Brasil, um homem-forte da Al Qaeda…

Compartilho com vocês trechos do livro:
Operação de Contraterrorismo da ABIN
Claudio Tognolli me trouxe informações sobre uma determinada Operação  de Contraterrorismo da ABIN. Ouvi o relato do coautor dessa obra e concluí ser outra daquelas levas impropriedades e ilícitos graves.


Plano de Operação de Inteligência de contraterrorismo, elaborado pelo Diretor do Departamento de Operações de Inteligência. Nele, pessoas sem ligação com a ABIN (colaboradores a soldo espartano, a princípio…) seriam recrutadas para infiltração em organizações consideradas sensíveis no Brasil. A finalidade era se aproximar de uma determinada pessoa- alvo, considerada, pelos serviços secretos dos EUA, importante dirigente da Al Qaeda no Brasil.

Foi designado, para tal operação, um integrante de uma das Secretarias Estaduais da ABIN. Ele ficou responsável pela condução de toda a operação, inclusive dando treinamento e realizando a infiltração de pessoas– que, notem, receberam pagamento por seus serviços, com a famosa verba secreta da ABIN. Ocorre que pelo menos um dos contratados para a operação de contraterrorismo, recrutado para infiltração, segundo Tognolli,era ninguém mais que um parente, em linha direta, do próprio responsável pela operação. Que fica registrado: nepotismo com verba secreta para se chegar a alguém considerado, pelos serviços secretos dos EUA, importante dirigente da Al Qaeda no Brasil.

Registre-se também que as fontes humanas daquela operação, (principalmente o parente do integrante da Secretaria Estadual da ABIN) receberam valores finais superiores àqueles pagos pela agência a seus agentes especiais em ocasiões nada menos especiais. Nada espartano… Tais impropriedades são rigorosamente proibidas pela doutrina de inteligência.   E também pelo próprio Regimento interno da ABIN, bem como manuais internos de contraterrorismo e Operações de Inteligência da agência

Nesses casos, o que é preconizado pela doutrina e legislação de inteligência é o seguinte:
1) É proibida a participação de parentes de integrantes da ABIN diretamente em suas operações de inteligência, bem como o seu pagamento com verba sigilosa.
2) Somente em casos excepcionalíssimos, devidamente comprovados, nos quais tais situações sejam imprescindíveis, é que tais operações podem ser aprovadas, desde que o eventual integrante da ABIN, envolvido diretamente nessas operações e que tenha parentesco com uma ou mais fontes, seja imediatamente substituído por outro servidor da agência; a exemplo do que ocorre na justiça, quando um magistrado deve obrigatoriamente declarar-se impedido ao receber um processo para julgamento em que um dos envolvidos seja um parente seu.
3) Proibições de nepotismo não existem por acaso e são preconizadas também nos serviços de inteligência mais eficientes de outros países, em função dos vários e graves desvirtuamentos – principalmente corrupção e ineficiência – que essa prática invariavelmente provoca.
Destaco ainda que, a despeito de terem ciência dessas impropriedades e proibições da própria ABIN, o Diretor-Geral e o Diretor do Departamento de Operações de Inteligência aquiesceram aquelas ilicitudes. Tudo com protocolar elaboração e posterior aprovação, em 2006.
Em 2008, o novo Diretor de Contraterrorismo da ABIN, ao assumir sua função e tomar conhecimento dessas impropriedades, instaurou sindicância interna na ABIN. As acusações eram de nepotismo e malversação de recursos públicos. Foi salientado o abuso que era pagar os “colaboradores” acima dos valores praticados na agência. O integrante responsável pela condução da operação defendeu-se argumentando que o respectivo plano de operação havia sido elaborado pelo Diretor do Departamento de Operações de Inteligência e devidamente aprovado pelo Diretor-Geral da ABIN, em 2006, e que ambos tinham conhecimento de tudo. Portanto, ele não havia cometido qualquer ilicitude. O imbróglio se agravou ainda mais.

Porque, posteriormente, o integrante responsável pela condução da operação de contraterrorismo, por interesse próprio, solicitou à Direção da ABIN afastamento remunerado de suas funções na agência, no que foi autorizado e, pasmem: seu pedido foi acolhido!

O Diretor de Contraterrorismo da ABIN determinou que o afastado transferisse a condução das operações de contraterrorismo para outro integrante da ABIN que fora designado. Ele não obedeceu, afirmando que, afastado oficialmente da agência, isso não lhe cabia. Mas completou dizendo que “mesmo afastado, continuava conduzindo, normalmente, as operações de contraterrorismo”.
Parece piada, não? E nada foi feito pela direção da ABIN.

Mas o imbróglio agravou-se ainda mais. Varado de indignação e sentindo- se desrespeitado, o Diretor de Contraterrorismo da ABIN determinou verbalmente o cancelamento das operações de contraterrorismo. E suspendeu os pagamentos das fontes humanas e, evidentemente, do seu parente.  É importante enfatizar que nem o Diretor de Contraterrorismo da ABIN, nem qualquer outro dirigente pode ordenar a abertura ou o cancelamento de qualquer operação de inteligência. Somente o Diretor-Geral da ABIN. Mas, nas operações de inteligência da ABIN é assim: cada um faz o que quer.

A história, no entanto, não se esgota aqui. Face a suspensão dos pagamentos com verba sigilosa, os prejudicados e, principalmente seu parente, foram reclamar com o integrante da ABIN que estava afastado de suas funções.  Ele decidiu, então, arcar pessoalmente com os custos dos pagamentos  das fontes humanas das operações de contraterrorismo da ABIN, conduzindo- as completamente à revelia da diretoria-geral da agência.

Passados alguns meses, e ainda com as operações de contraterrorismo da ABIN sobre a Al Qaeda no Brasil em completa ilicitude, o tal integrante da ABIN estava pessoalmente endividado. E começou a reclamar, oficialmente e por escrito, ao Diretor de Contraterrorismo da ABIN, e também ao Diretor- Geral. Cobrava deles o ressarcimento dos valores que ele pagou às fontes humanas, incluindo juros, IOF, etc dos seus endividamentos pessoais.

Em expedientes ao Diretor-Geral da ABIN ele faz gravíssimas acusações, dentre elas: que determinado superintendente Estadual da ABIN, faltou com a verdade, promovendo calúnia e difamação contra ele, não merecendo pertencer nos quadros de dirigentes da ABIN; que o diretor de contraterrorismo e a ABIN abandonaram fontes humanas em operações de Inteligência sensíveis, criando vulnerabilidades para o Estado brasileiro, deixando de cumprir as normas regulamentares da Abin no que diz respeito à condução das operações de Inteligência, que se reserva o direito de peticionar em outras esferas superiores do Estado brasileiro, e que fazia os registros para proteger sua integridade física e moral.

Essa operação foi aprovada em 2006 pelo Diretor-Geral da ABIN, Márcio Paulo Buzanelli, cujas ilicitudes perpassaram também pela gestão dos seguintes Diretores-Gerais da ABIN, que o sucederam: Mauro Marcelo, Paulo Lacerda e Wilson Roberto Trezza. Fica claro que a ABIN tem muitas contas a prestar, perante o ordenamento jurídico e as instituições fiscalizadoras da atividade de inteligência no Brasil.

Fonte:  Blog do Claudio Tognolli