Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Há
alguns anos, num debate sobre o regime cubano, meu interlocutor saiu-se
com esta:
“O Puggina gostava, mesmo, era da ditadura de Batista”.
Ele se
referia a Fulgêncio Batista, ditador cubano durante sete anos,
derrubado pela revolução de Fidel Castro. Como na ocasião do debate o
totalitarismo comunista já se impunha havia 53 anos, eu respondi que
comparando uma ditadura de 7 anoscom uma de 53 ainda mais perversa,
Batista poderia ser conhecido como “Batista, o breve”, ou como “Batista,
o compassivo”.
Lule gosta de
posar nos círculos internacionais como “un homme du monde”,
frequentador do circuito Roma-Paris-Londres, mas é junto à escumalha do
Foro de São Paulo que ele se sente em casa. Especialmente com Daniel
Ortega, Nicolás Maduro e Díaz-Canel, atual CEO de Castro & Castro
Cia. Ltda.
A velha
imprensa raramente fala sobre estas coisas.
Que o comunismo, regime pelo
qual Lula manifestou sua orgulhosa admiração, promete o paraíso e
entrega o inferno de camburão todo mundo reconhece.
Quem conhece a
Alemanha e o povo alemãosabe que deixar a Alemanha Oriental na miséria
durante 44 anos em tempo de paz não é tarefa para qualquer regime.
Por
isto, a cortina de ferro e o muro de Berlim: para que o povo não fuja do
regime, como ocorre hoje nos países tomados pelos amiguinhos de Lula.
Em Cuba, após
o êxodo nos primeiros dois anos da Revolução,durante os quais cerca de
2 milhões de cubanos mudaram-se para a Flórida e fizeram Miami, a
população cubana gradualmente estagnou e estacionou, desde 1997, em 11
milhões de habitantes. Desesperança e êxodo.
No ano passado 270 mil
cubanos deixaram a ilha.
Acumulam-se aguardando deferimento cerca de 400
mil pedidos de visto.
Seis milhões
de venezuelanos deixaram sua pátria imigrando para Colômbia e outros
vizinhos, entre os quais o Brasil. Esse número equivale a toda população
de Santa Catarina ou de Goiás, por exemplo...
Os números do
êxodo da Nicarágua são menores.
Estima-se que 600 mil nicaraguenses
tenham deixado o país desde 2018. A pequena Nicarágua tem apenas 6,8
milhões de habitantes.
Um em cada 10 nicaraguenses foi embora.
Nos três
países, um ritual bem conhecido, que sofreria restrições se mencionado
na campanha eleitoral de 2022: crescentes restrições às liberdades
individuais e políticas, manipulações, narrativas, cerceamento da
oposição, prisão de oposicionistas e agigantamento do Estado sobre e
contra a sociedade. Sempre em nome dos mais nobres ideais humanistas.
Somos uma
grande e numerosa nação cuja saída de uma situação ameaçadora é para o
interior da realidade brasileira.
Ela tem que ser traçada pelos próprios
cidadãos, com a consciência de que – ouvidos os discursos,
interpretados os sinais e mantido o rumo atual do país – o ponto de
chegada é conhecido.
Os amiguinhos de Lula já nos mostraram.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
É preciso esfregar a constituição na cara de quem censura e na cara de quem se omite da obrigação de denunciar o desrespeito
A Nicarágua de Daniel
Ortega acaba de suspender relações com o Vaticano, porque o papa
comparou o regime de Ortega com o comunismo soviético e o nazismo de
Hitler."Ditaduras grosseiras" — postou o papa Francisco, sugerindo
"desequilíbrio" de Ortega. Imediatamente, o ditador mandou fechar a
Nunciatura Apostólica. A nota oficial nicaraguense anunciando a
suspensão usou palavras conhecidas por aqui: "Terrorismo golpista que
divulga notícias falsas". Na escalada totalitária, a primeira liberdade
que Ortega suprimiu foi a de expressão, antes de tirar as outras
liberdades. Assim fizeram Stálin e Hitler. Assim fazem todos os regimes
totalitários.
Os nossos constituintes de
1988, marcados pelo AI-5, trataram de preservar a liberdade de
expressão. Na cláusula pétrea que é o artigo 5º, está o inciso IV, que
estabelece:"É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato". O art. 220, que trata da comunicação social, garante que"a
manifestação do pensamento, a criação, a expressão, e a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição…". A
seguir, o §2º veda qualquer tipo de censura política, ideológica e
artística.
Por que
insistir com esse óbvio, que é o respeito à Constituição? Porque ela não
está sendo respeitada.
É preciso esfregar a Constituição na cara de
quem censura e na cara de quem se omite da obrigação de denunciar o
desrespeito.
Teríamos um regime de liberdade de expressão — portanto
democrático — se a Constituição fosse praticada, mas muita gente defende
sua própria liberdade de expressão, mas não a de quem discordam.
Carregam ideias totalitárias, pelas quais as pessoas são livres para
pensar, desde que pensem como se lhes impõem.
São censores a policiar
seus concidadãos. Assim agem Hitler, Stálin e totalitários políticos e
religiosos de todos os tempos. Isso já foi questão de vida ou morte.
Durante a pandemia, censuraram informações que poderiam salvar milhares
de vidas.
No nosso
país grassam modismos disfarçados de libertadores, que na realidade são
liberticidas. Quem já leu o 1984 de George Orwell identifica bem essa
ditadura que começa com o controle da expressão do pensamento e pretende
desembocar em outra Revolução dos Bichos.
Já existe um virtual
Ministério do Pensamento, impondo e criando palavras e conceitos, ainda
que contrariem a lógica e o conhecimento científico.
A justiça e o
mérito são sacrificados ante verdades inventadas — e quem expõe o
ridículo dessas teses é denunciado como infectado por alguma neofobia.
As pessoas estão sendo de tal forma patrulhadas que têm medo de resistir
e mostrar que não querem ser enganadas, se encolhem com medo da
opressão.
É um processo em que a opinião está sendo criminalizada para
formar seres acríticos e inermes. Até quem faz a propaganda disso
acabará sem liberdade para decidir como a propaganda. Quando esse
acólito da seita perceber que foi usado, já será tarde; o regime já
passou da fase primária de dominar a liberdade de expressão, e já terá
controlado as liberdades de ir e vir, de se relacionar e, sobretudo, de
pensar.
Então vai ser tarde, já não serão livres, porque seus neurônios
já terão sido algemados.
Sob o silêncio cúmplice da companheirada ideológica, Daniel Ortega e Rosario Murillo, líderes de um regime de opereta, avançam rumo ao delírio
Dupla tirânica: Murillo e Ortega dominam o país com um regime farsesco que distribui punições cruéis [admirados e apoiados por Lula] // Maynor Valenzuela/AFP via Getty Images/Getty Images
“Não se confundam, eu não sou opositor, sou sandinista”. Assim se definiu Marlo Sáenz Cruz, conhecido como Chinês Enoc, um sandinista histórico daqueles de usar boina de Che Guevara e defender incondicionalmente Daniel Ortega como um bastião da luta contra o imperialismo americano.
Libertado, transportado e hospedado à custa do imperialismo, depois de nove meses de prisão por causa de uma disputa interna com Rosario Murillo, a verdadeira instância final do poder, ele admitiu: “Agora, depois que caí preso, acho que é (uma ditadura)”.
Sáenz esteve entre os 222 presos políticos libertados por pressão dos Estados Unidos, para onde foram levados direto da cadeia. Como execrável vingança, Ortega mandou o legislativo aprovar a cassação da nacionalidade de todos por “traição à pátria”, uma punição gravíssima que viola os direitos mais fundamentais reconhecidos pelas nações civilizadas.
Exceto, naturalmente, se o castigo desproporcional for infligido por um companheiro. “Num país normal, eles deveriam voltar para suas casas e abraçar seus filhos, num estado que garantisse seus direitos. Eles saíram de seu país porque não há garantias de respeito aos direitos humanos”, disse Arturo McFields, que era embaixador da OEA, em Washington, quando resolveu romper com o regime nicaraguense e viver no exílio.
O ex-embaixador condenou o silêncio de “uma esquerda latino-americana omissa e submissa face às terríveis violações dos direitos humanos” na Nicarágua. “Isso inclui México, Argentina e também Bolívia e Brasil”, especificou.
Para nossa vergonha, inclui mesmo. O único que escapa é Gabriel Boric, presidente do Chile. A expansão da esquerda populista na América Latina está deixando a dupla Daniel Ortega e Rosario Murillo mais segura no poder que ocupam literalmente – e pode ter até ajudado no acordo feito com os Estados Unidos para libertar os presos políticos.
Com a“concessão”, Ortega e Murillo se livraram de presos incômodos, como Cristiana Chamorro e os diretores do jornal La Prensa– confiscado pelo regime. E de sandinistas históricos como Dora María Téllez, a Comandante Dois da época da guerrilha contra a ditadura somozista, presa numa solitária sem luz, com quinze quilos perdidos durante o período de treze meses de cruel detenção em El Chipote até a libertação na semana passada.
Dora Téllez foi uma das pioneiras na ruptura com o regime que nada mais tem dos ideais esquerdistas da época da luta contra a ditadura. O Chinês Enoc seguiu até muito recentemente com o que é chamado de ROM, ou Regime Ortega/Murillo. Chegou a participar, de escopeta na mão, da repressão aos protestos estudantis de 2018, com um saldo de mais de 350 mortes. O rompimento aconteceu porque achou que Rosario Murillo, também conhecida pelos apelidos de Chayo ou simplesmente La Bruja, estava sabotando os sandinistas históricos em favor de uma ala mais jovem entre a qual escolheu seus protegidos. Além, claro, de manipular, Ortega.
Estamos falando de uma mulher que ficou do lado do marido e contra a própria filha, quando esta denunciou anos de violações sexuais praticadas pelo líder sandinista.
Rosario Murillo se veste como uma cópia mal feita de Frida Kahlo e invoca princípios “espiritualistas”, expandindo sempre as fronteiras do ridículo com suas preleções transmitidas diariamente.
Ortega também faz os longos discursos típicos da estirpe bolivariana.
O mais recente foi para tentar desmoralizar o bispo Rolando Álvarez, um dos únicos dois presos políticos que não quiseram embarcar no avião do exílio para os Estados Unidos.
Um dia depois, foi condenado a 26 anos de prisão em julgamento sumário. Ortega disse que Álvarez estava na fila de embarque quando começou a dizer que não iria porque “primeiro tinha que falar com os bispos”, contestando uma “decisão do Estado nicaraguense” que não tinha o direito de questionar. Chamou-o de desequilibrado e energúmeno.
Ao contrário da versão maldosa de Ortega, o bispo decidiu não embarcar com uma frase de extrema dignidade: “Que sejam livres, eu pagarei pela condenação deles”.
É possível que líderes da esquerda brasileira com idade para se lembrar dos companheiros mandados ao exílio em troca de embaixadores sequestrados não vejam as semelhanças com o desterro dos 222 nicaraguenses (com a diferença de que estes não estavam, nem de longe ,na luta armada)?
Não podemos esmorecer. Desistir, jamais! Tem muita gente
boa, honesta e trabalhadora no Brasil. Eles merecem nosso esforço por
um país mais livre e melhor
Apoiadores do Bolsonaro fazendo vigília na frente do Congresso Nacional,
na sexta-feira 28 | Foto: Reprodução Redes Sociais
Foram as eleições mais manipuladas da história.Nunca antes na história deste país se viu tanta censura e partidarismo por parte do TSE, sem falar da militância escancarada da imprensa.
O pior aconteceu: um notório corrupto, julgado e condenado, mas depois solto por malabarismos supremos, foi eleito, num processo eleitoral pouco transparente e suspeito.
A divisão geográfica é visível também, com os Estados mais pobres e dependentes de recursos públicos dando a vitória para o PT. O país está dividido.
Percival Puggina resumiu bem a escolha pelo retrocesso: “O país marcou, hoje, um reencontro com o passado. Estamos voltando a 2003, quando Lula e seu partido assumiram o Brasil com a economia arrumada pelo Plano Real(à que se haviam oposto)e o perderam em 2016, numa mistura sinistra de inflação, depressão e corrupção”.
Basta ver quem estava em festa no domingo: traficantes das favelas, marginais em presídios, ditadores comunistas. Nicolás Maduro e Daniel Ortega celebraram, o que dá o tom da derrota de todo ser humano decente e democrata. A missão desses, agora, é de resistência, de impedir o pior, mitigar os efeitos sinistros da esquerda no poder, conter a sangria, sobreviver.
Em alguns meses, a turma da mídia e os tucanos criticarão o governo e arrumarão justificativas para seus inevitáveis fracassos. Nós não vamos esquecer que eles apoiaram isso em nome da “democracia”. Todos eles são responsáveis pelos resultados que virão — e que serão péssimos, já adianto.
O objetivo mudou de construir a prosperidade com liberdade para impedir a desgraça maior e uma ditadura completa. Agora é modo bombeiro acionado: apagar incêndios e tentar salvar o que for possível do Brasil. Os cupins estão em festa planejando a divisão do butim. Lula já fala em aumentar em 40% os ministérios, para “acomodar” seus cúmplices, digo, aliados.
Muitos “isentões” não conseguem esconder a satisfação com o alimento de seu recalque. Deixaram o ressentimento falar mais alto do que o patriotismo. Estavam com mágoas atravessadas por conta da postura binária do bolsonarismo, e se sentem vingados. Só não se deram conta de que quem vai pagar o preço é o mais pobre — ou sabem e nem ligam. Para atingir o capitão que odeiam, optaram por afundar o barco todo. Pai, perdoai-vos, pois eles não sabem o que fazem! Aqueles que gritam “chora mais”nem se dão conta de que estarão eles chorando em breve,quando descobrirem que a picanha prometida era canina e a liberdade de criticar o governo acabou. Terão saudades do “genocida”, eis minha previsão. E mais rápido do que pensam.
A Argentina e a Colômbia se arrependeram em poucas semanas de terem colocado a esquerda radical no poder. No Brasil não vai ser diferente. A esquerda destruiu aAmérica Latina, que agora é quase toda vermelha. A reação dos mercados é instantânea:os ativos perdem valor, o Brasil amanhece mais pobre em termos relativos. Tempos duros virão.
O brasileiro não desiste nunca. Vamos arregaçar as mangas e criar um movimento mais coeso de resistência democrática
Os inimigos do Brasil venceram uma batalha muito importante.Cabe a nós, patriotas decentes, lutar para que não vençam a guerra.“We shall never surrender!”, como diria Churchill. E, se cabe fazer comédia da tragédia nesse momento triste, vamos trabalhar, pois o povo da Nicarágua precisa de um metrô novo! Não terão sossego, pois essa militância foi responsável pelo estrago, pela vitória de um ladrão, pela sensação de que o crime, em nosso país, compensa.
O brasileiro não desiste nunca. Vamos arregaçar as mangas e criar um movimento mais coeso de resistência democrática. O Congresso terá maioria conservadora. Estados importantes como Minas Gerais e São Paulo serão governados por gente séria e competente. A missão é proteger o Brasil e nossa democracia, pois as instituições estão
O ex-presidente Lula, candidato a voltar ao cargo neste segundo turno das eleições, quer censurar de novo a Gazeta do Povo; exige que os seus sócios no TSE proíbam o jornal de publicar informações sobre fatos que quer manter escondidos do eleitorado brasileiro e que, para piorar tudo, são absolutamente verdadeiros.
Comete mais um crime em flagrante contra a democracia, pois censura é crime, e faz uma bela exibição prévia de como o seu governo vai tratar a liberdade de imprensa se ele ocupar outra vez a presidência da República. Se hoje já se comporta desse jeito, ainda sem o “controle social sobre os veículos de comunicação” que quer impor ao país, o que vai fazer quando estiver mandando na polícia e no resto do aparelho de repressão do Estado?
A segunda agressão à Gazeta do Povo é tão perversa, grosseira e ilegal quanto foi a primeira.
Qual é a lei em vigor neste país que autorize o TSE, ou qualquer outra autoridade pública, a censurar um órgão de imprensa? Não há nenhuma -absolutamente nenhuma. O que existe, ao contrário, é a expressa proibição da censura, segundo está escrito na Constituição Federal.
Fica colocada, aí, a questão chave que a democracia brasileira tem no momento.Lula e os seus despachantes no TSE e no resto do alto Judiciário vão suspender a vigência da Constituição só no período eleitoral, como estão fazendo agora - ou vão continuar mandando a lei para a lata de lixo se ele for declarado vencedor das eleições de 30 de outubro?
O que está sendo feito contra a Gazeta do Povo é especialmente abjeto quando se considera a gritaria histérica que os ministros do STF, a esquerda em peso e a elite inimiga das liberdades tem levantado, nesse tempo todo, contra as amaldiçoadas fake news – segundo todos eles, a pior ameaça à democracia jamais aparecida no mundo desde o governo do imperador Nero, ou algo assim.
Por conta disso, diziam, a liberdade de expressão teria de ser reprimida, para impedir a divulgação de notícias falsas.
E em relação às notícias verdadeiras – o que os marechais-de-campo do “estado democrático de direito” sugerem que seja feito?
O que se constata agora é que elas devem ser rigorosamente censuradas quando Lula, a esquerda e o “campo progressista” não quiserem que sejam publicadas. É o caso da censura contra a Gazeta - que lhe proíbe a publicação, em seu espaço editorial, de informações sobre o apoio que Lula sempre deu ao ditador Daniel Ortega, da Nicarágua. Não há nada mais distante de uma notícia falsa do que isso: a paixão Lula-Ortega está documentada em fotos, vídeos, áudios, declarações púbicas de ambos e até em notas oficiais do PT.
O que mais seria preciso? Mas o ministro do TSE que faz a censura pró-PT diz que o apoio de Lula a Ortega é um fato “inverídico”.
Como assim, “inverídico”? É um deboche.
O fato é que Lula quer esconder da população coisas que tem feito há anos, em público, para representar o seu papel de “homem de esquerda” e, mais ainda, de “líder da esquerda mundial”. Fez isso em seu interesse, e para tirar vantagem própria. Disse que Ortega tinha o direito de ser presidente da Nicarágua pelo tempo que quisesse. Se pode “na Alemanha”, perguntou ele, porque não poderia na Nicarágua – como se uma democracia como a Alemanha pudesse ser comparada a uma ditadura primitiva da América Central.
Ficou irado contra os presos políticos de Cuba que faziam greve de fome para cobrar um tratamento menos desumano em suas celas; fez questão de apoiar em público os carcereiros. Disse que o problema da Venezuela era o “excesso de democracia”.
Agora, não tem coragem de sustentar o que sempre apresentou como “convicções”; ficou com medo de perder voto e quer apagar o que fez aplicando a censura. É este o salvador da democracia brasileira.
Daniel Ortega e Lula em 2010, durante visita do ditador nicaraguense a Brasília.| Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr
A “Gazeta do Povo” publicou editorial sobre uma medida do TSE que determinou a remoção de uma postagem feita pelo jornal.
Fizemos a checagem do conteúdo do referido editorial. Veja a seguir os trechos verificados (entre aspas) e o resultado, ponto a ponto, da nossa checagem:
1 - “Já faz algum tempo que certas afirmações não podem ser feitas em voz alta no Brasil sem que ‘fiscais da verdade’ e ‘editores da sociedade’ queiram multar, desmonetizar, censurar ou até prender – tudo, claro, em nome da ‘democracia’.”
Checamos: FALSO. Não existem fiscais da verdade no Brasil, país onde ninguém jamais foi multado ou sequer desmonetizado, porque a suprema corte é justa, equilibrada, discreta, sóbria, empática, democrática e nunca permitiria um abuso desses.
Além disso, nós, as milícias checadoras, trabalhamos em tempo integral no Gabinete do Amor e, mesmo quando estamos de home office, nem de longe nos passa pela cabeça censurar alguém.
2 - “(...) o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, acrescentou mais um item à lista de tabus: a amizade que une o ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula ao ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, que em seu país aboliu as liberdades religiosa, de expressão e de imprensa.”
Checamos: FALSO. Lula nunca ficou preso em presídio, só numa cela confortável da PF. Também classificamos como conteúdo enganoso a afirmação de que Lula é “ex-presidente”. O correto é “candidato a presidente”.
Lula está chegando agora, não sabia de nada e tem ótimas ideias para o Brasil, que se tudo correr bem serão postas em prática muito em breve. Se tudo correr bem para ele, claro. Nós somos apenas checadores frios e criteriosos, não temos nada com isso.
Sobre chamar Daniel Ortega de ditador,consideramos no mínimo indelicado com um amigo de Lula – e todos sabem a importância que os amigos de Lula têm na História do Brasil.
3 - “Tanto não se pode mais falar disso (a amizade entre Lula e Ortega) em público que Twitter e Facebook foram obrigados, em liminar, a remover cerca de 30 publicações que destacam os laços que unem a dupla. Uma destas publicações foi feita pela Gazeta do Povo em seu perfil no Twitter, ao noticiar a suspensão do canal da rede de televisão CNN no país centro-americano.”
Checamos: FALSO. O TSE jamais faria isso. Jamais obrigaria alguém a apagar alguma coisa – ainda mais o Sanseverino, que é super de boa. Se as plataformas removeram publicações foi porque quiseram e ninguém tem nada com isso.A Gazeta do Povo deveria aprender que na democracia todos são livres para amordaçar quem quiserem. Basta de intolerância.
4 - “É preciso perguntar em que planeta Sanseverino vive para afirmar, com tanto despudor, que são ‘evidentemente inverídicas’ as afirmações de que Lula apoia Ortega, ou de que o ditador nicaraguense persegue os cristãos em seu país. Os laços entre ambos estão fartamente documentados, inclusive com episódios bastante recentes.”
Checamos: FALSO. Qualquer conhecedor do direito moderno sabe que quando Lula se refere a “um amigo meu” trata-se de sujeito oculto – às vezes muito oculto – sendo portanto as amizades do nosso candidato, quer dizer, do candidato do PT absolutamente incríveis e inauditáveis – o que veda qualquer ilação sobre com quem esse grande brasileiro tramou ou deixou de tramar.[salvo falha da memória, tudo indica que foi devido a "o amigo do amigo do meu pai" ou algo assim, que surgiu o 'inquérito do fim do mundo', na classificação do ministro Marco Aurélio, STF.]
Sobre o planeta em que Sanseverino vive, trata-se de evidente indução à desinformação, semeando de forma deliberada a dúvida sobre assunto absolutamente claro e definido. Ao contrário do que a Gazeta do Povo tenta fazer crer, não há incerteza sobre o planeta em que o ministro do TSE vive. Todos sabem que Sanseverino vive em Marte. E se ele faz home office para não ter que ficar toda hora na ponte aérea, ninguém tem nada com isso.
5 - “(...) o próprio Lula saiu em defesa de seu amigo dias depois, em entrevista ao El País. ‘Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder, e Daniel Ortega não?’, questionou o petista, criando uma equivalência entre um regime parlamentarista democrático, em que as regras do jogo são seguidas à risca, e um regime presidencialista em que o Estado de Direito foi abolido para garantir a perpetuação de Ortega no poder.”
Checamos: FALSO. Esse trecho do editorial do jornal não deu pra ler direitoporque começou a rolar um churrasco aqui e essas situações dispersam um pouco, mas não pensem que estamos prejudicando nosso trabalho rigoroso pra cair de boca na carne. O churrasco é de melancia.
E esse negócio aí que a Gazeta escreveu sobre o Luiz Inácio Ortega não tem nada a ver.Nem deu pra entender, mas com certeza é FALSO. Agora vocês dão licença que vamos dar uma relaxada, porque lutar pela verdade cansa. Viva a liberdade de expressão.
O último surto de violência do STF-TSE foi rasgar da
forma mais primitiva que se possa imaginar a Constituição: censuraram,
sem o mínimo apoio em qualquer tipo de lei, o diário Gazeta do Povo
O Brasil caminha para o segundo turno das
eleições, aquele que vai decidir quem será o presidente do país nos
próximos quatro anos,sob o controle de uma ditadura.
É algo inédito na
história nacional — uma ditadura exercida não por um ditador com o apoio
do Exército, mas pelo Supremo Tribunal Federal, o TSE, sua principal
ferramenta nesta eleição,e os fungos que se espalham à sua volta nos
palácios de paxá onde se hospedam os “tribunais superiores”de Brasília.
O jornal Gazeta do Povo também foi vítima da censura do TSE | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução
O fato de não ter existido uma coisa dessas até agora, naturalmente,
não muda em nada sua essência de tumor maligno; é ditadura nova, mas
destrói a democracia como qualquer ditadura velha.
STF e TSE fazem hoje o
que bem entendem com o cidadão brasileiro, sem controle de ninguém — e
isso inclui acima de tudo, neste momento, colocar Lula de novo na
presidência da República. Está valendo qualquer coisa, aí.
Os atuais
proprietários da cúpula do Poder Judiciário decidiram que Lula tem de
ser declarado vencedor da eleição do dia 30 de outubro, de qualquer
jeito.
É a única conclusão que aceitam para as atividades de militância
política que têm exercido nos últimos anos. Os ministros e as forças que
giram em volta deles, na verdade, vêm dando o seu golpe de estado desde
2018 —quando decidiram não aceitar a vitória de Jair Bolsonaro nas
eleições presidenciais e passaram a destruir as leis para expulsar o seu
inimigo da política brasileira. Chegaram, agora, ao momento decisivo do
seu projeto.
O último surto de violência da ditadura STF-TSE foi rasgar da forma
mais primitiva que se possa imaginar a Constituição Federal do Brasil:
censuraram, sem a mínima tentativa de disfarçar o que estavam fazendo, e
sem o mínimo apoio em qualquer tipo de lei, o diário Gazeta do Povo,
que circula há mais de 100 anos e comete o crime, hoje, de ser um
veículo independente, afastado da esquerda, do “consórcio nacional de
veículos” e dos seus sonhos de impor ao Brasil a imprensa de um jornal
só. A Gazeta publicou no Twitter, como haviam feito outras
postagens, notícias sobre a expulsão da rede CNN da Nicarágua, e
registrou as maciças ações de repressão feitas pela ditadura local
contra a religião e os religiosos.Lula não gostou: vive há anos uma
paixão tórrida com o ditador Daniel Ortega, e ficou com medo de que a
tirania do companheiro pudesse lhe tirar algum voto no segundo turno,
este mesmo que ele diz que já ganhou.
Não gostou e correu ao TSE para
pedir censura contra a Gazeta do Povo— alguém poderia achar
que ele, sendo um admirador tão declarado do ditador, seja também um
admirador dos atos da sua ditadura.
Foi atendido na hora, é claro, como
em tudo o que exige dos ministros do alto judiciário. Tem sido assim
desde o primeiro dia da campanha eleitoral; Lula manda, o TSE obedece.
Vai ser assim até o último. Isso é democracia ou é ditadura?
Uma coisa é certa: depois que começa um processo de destruição das liberdades, as tiranias nunca devolvem o que tiraram
É da essência das ditaduras fazer coisas exatamente como essa; ao
mesmo tempo em que agridem grosseiramente as leis, colocam de pé, peça
por peça, um absurdo em estado puro: proibiram a Gazeta do Povo
de divulgar fatos absolutamente públicos, no mundo inteiro, e já
apresentados em toda a mídia mundial.
Como transformar em coisa secreta
algo que milhões de pessoas já estão sabendo? É como Dilma com a sua
pasta de dente — depois que saiu do tubo, não há como pôr de novo para
dentro.
Nada mais natural, nesta mesma falsificação desesperada das
realidades, do que o delírio judicial de negar o encanto mútuo
Lula-Ortega.
O ministro que obedeceu à ordem de Lula, neste caso da
Nicarágua, sustentou que a publicação das informações e opiniões
censuradas podia dar a impressão — imaginem só, “dar a impressão” — que
Lula apoiaria o ditador; isso seria “inverídico”.Como assim —
“inverídico”?
Há vídeos gravados com os elogios de Lula a Ortega.
O PT
soltou, até mesmo, uma nota oficial de apoio ao tirano e à sua tirania.O
que mais o TSE e os seus ministros querem?
O fato é que Lula dá as
ordens, com uma arrogância que o regime militar nunca chegou a ter, e o
TSE obedece — o resto é pura invenção.
É preciso um esforço sobrenatural para se ter confiança na limpeza de
uma eleição feita desse jeito — e, de qualquer modo, como se podem
esperar eleições democráticas numa ditadura?
O STF, a esquerda e o vasto
consórcio que vai da mídia aos empreiteiros de obras e aos banqueiros
socialistas montaram um embuste para retomar o poder que haviam perdido.
Começaram, desde a eleição de 2018, a dizer que Bolsonaro iria
“destruir a democracia”;para salvar o Brasil deste horror, então,os
ministros do STF passaram a violar de forma sistemática as leis, para
perseguir o governo e seus adeptos, e a dar cada vez mais poderes a si
próprios. Disso resultou a ditadura que temos hoje aí. Ainda não tem
tudo aquilo que uma ditadura precisa, como nas Nicaráguas e Cubas que as
supremas cortes colocaram sob sua proteção por determinação de Lula.
Mas uma coisa é certa: depois que começa um processo de destruição das
liberdades, as tiranias nunca devolvem o que tiraram — ao contrário, vão
tirando cada vez mais.
Lula, mesmo sem ter o seu precioso “controle
social sobre os meios de comunicação”,já pratica a censura agora;
proíbe notícias sobre a Nicarágua e é obedecido no ato.
E depois que for
presidente — por acaso vai de parar de censurar?
Vai ouvir
democraticamente as críticas e as informações que o desagradam?
E os
seus parceiros dos tribunais superiores?
Eles violam a lei e a
Constituição agora. Vão parar de fazer isso depois do dia 30 de outubro?
Todos aí — Lula, STF e quem mais está do seu lado — se convenceram, da
maneira mais conveniente para eles todos, que para salvar a democracia é
preciso destruir a democracia todos os dias.
É uma fraude, mas está
dando certo — parar por que, então?
A ditadura pode não estar completa, mas já tem o seu currículo de obras.Fazem censura, como no caso da Gazeta do Povo. Pressionam, exatamente pelos mesmos motivos, o programa OsPingos nos Is,
da Rádio Jovem Pan.
Mandam a polícia às 6 horas da manhã invadir
residências e escritórios de cidadãos cujo delito foi conversar entre si
num grupo particular de WhatsApp.
“Desmonetizam” quem apoia o governo
nas redes sociais, ou fala mal do complexo Lula-PT. Prendem pessoas que
não têm ninguém a quem recorrer — só ao próprio STF, o que transforma os
seus direitos numa piada.
Bloqueiam contas no banco para punir gente de
“direita” — ser de “direita” passou, na prática do STF, a configurar
infração penal.
Prendeu durante nove meses um deputado federal em pleno
exercício do mandato — por delito de opinião, o que é proibido de forma
absoluta na lei, sem que ele tivesse cometido crime inafiançável e sem
que fosse preso em flagrante na prática deste crime.
Foi um triplo zero
em matéria de legalidade. A ditadura do judiciário, a propósito, ignora
até hoje o perdão legal que o deputado recebeu do presidente da
República — proibiu a sua candidatura nessas eleições, é claro, e o
impede de exercer os seus direitos de cidadão. Por que não poderia
acontecer de novo, no minuto que Alexandre Moraes ou outro resolva?
Ele
tem a polícia debaixo das suas ordens diretas; num país em que as forças
armadas têm armas, mas não têm autoridade para fazer nada, é mais do
que suficiente para qualquer violência.
No Brasil fica na cadeia quem os ministros STF querem, e por quanto tempo quiserem
Fala-se muito, desde o dia da eleição, em crescimento do número de
adeptos do presidente Bolsonaro no Senado — e a ”nova situação” que isso
poderia trazer para o STF.
Mas o que vale na vida real o mandato de um
senador, ou de qualquer parlamentar eleito pela população brasileira?
Não vale nada.
Alexandre Moraes, ou algum barroso, fachin, etc. que anda
por aí pode mandar a Polícia Federal prender qualquer senador, e na
hora que lhe der na telha. A PF vai obedecer — hoje ela não cumpre mais
as leis do país, cumpre apenas as ordens de Moraes, como numa capatazia
de senzala.
O presidente do Senado vai perguntar se o Supremo quer mais
alguma coisa; querendo é só pedir, Excelência.
O infeliz do senador pode
ficar trancado numa cela por quanto tempo o STF quiser — até o resto da
vida, em tese, pois a vítima não poderá recorrer à justiça para fazer
valer seus direitos.
Só pode recorrer a quem ordenou a sua prisão.
Que
tal? É verdade que prisão de senador é coisa que não aconteceu até hoje.
Não aconteceu porque não foi preciso.
O Senado,o único poder da
República que pode tomar medidas para deter o STF, vive de quatro diante
dos ministros, que julgam as causas dos escritórios de advocacia
ligados aos senadores, sem falar dos enroscos de muitos deles com o
Código Penal. Esperar o que disso aí?
Nem um abaixo-assinado com 3
milhões de assinaturas pedindo o julgamento de ministros do STFpor
violação das leis foi aceito pelo presidente do Senado: o que mais seria
preciso, para mostrar a vontade da população nesse caso?
Quem decide se
os pedidos são examinados ou não é o presidente do Senado, e o cidadão
que está atualmente nesta cadeira é possivelmente o senador mais
obediente do mundo;
trata os membros do STF não como pares de um outro
poder, mas como senhores a quem deve vassalagem.
O centro da infecção está intacto, e, como em geral acontece nestes
casos, a infecção se espalha pelo organismo todo; é difícil haver
ditadura de um lado e democracia de outro.
O ex-presidente de um partido
político de direita, para acrescentar um último exemplo, está preso, em
prisão domiciliar.
Não existe a mais remota indicação de que possa sair
de lá um dia, porque Moraes não quer que ele saia, os outros ministros
vão atrás, e acabou a conversa.
Em democracia de verdade cadeia é só
para quem está condenado legalmente ou aguardando o julgamento, que tem
de ser feito dentro de prazos fixados em lei; no Brasil fica na cadeia
quem os ministros STF querem, e por quanto tempo quiserem. Dizem que
“não é assim”. Mentira; é exatamente assim.
Também dizem que estão
salvando a democracia com censura à imprensa, polícia na casa das
pessoas às 6 da manhã e a autoridade eleitoral posta a serviço de um dos
candidatos.
É golpe, apenas isso — um golpe que está a caminho de sua
conclusão.
Ministro
Paulo de Tarso Sanseverino, do TSE, ordenou a remoção de post da Gazeta
do Povo no Twitter que citava apoio de Lula à ditadura na Nicarágua| Foto: Antonio Augusto/TSE
Diante
do cenário de restrição ao livre exercício da imprensa por parte do
ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), que determinou a remoção de postagem da Gazeta do Povo no Twitter,
diversas entidades comprometidas com a liberdade de imprensa e de
expressão e com os valores democráticos se posicionaram contra a censura
imposta ao jornal. Até o momento, 30 organizações se pronunciaram sobre
o caso.
Ao atender a um pedido da coligação de Lula
(PT), o ministro do TSE determinou a remoção de uma postagem com a
notícia de que o regime do ditador nicaraguense Daniel Ortega, que é
apoiado pelo Partido dos Trabalhadores, havia cortado o sinal do canal
de notícias CNN naquele país.
A notícia continha a menção à proximidade
entre Lula e Ortega, o que motivou o PT a requerer sua remoção. A
solicitação foi atendida por Sanseverino sob a justificativa de que se
tratava de “informação evidentemente inverídica e prejudicial à honra e à
imagem de candidato ao cargo de presidente da República nas eleições
2022”.
Diante da censura imposta,a Associação Nacional de Jornais (ANJ) saiu em defesa da Gazeta do Povo e da liberdade de imprensa.
“A ANJ protesta veementemente contra a censura imposta pelo ministro
Paulo de Tarso Sanseverino, do TSE, a uma publicação do jornal Gazeta do Povo no
Twitter. A decisão contraria frontalmente a Constituição, que não
admite censura à imprensa. A legislação brasileira dispõe de uma série
de mecanismos para dirimir eventuais abusos à liberdade de expressão,
mas neles não se inclui a censura”, afirmou o presidente-executivo
da ANJ, Marcelo Rech.
No domingo (2), o presidente da entidade já havia se posicionado contra a censura ao portal O Antagonista,
por parte do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que
determinou a remoção da reportagem que mostrava trecho de áudio captado
pela Polícia Federal no qual o chefe do PCC conhecido como Marcola
declarou voto em Lula.A justificativa do ministro na ocasião foi de que
se tratava de conteúdo “sabidamente inverídico”.
Veja abaixo as manifestações de entidades democráticas sobre o caso:
Instituto Liberdade e Justiça Em nota assinada pelo diretor-presidente da organização, Giuliano Miotto, o Instituto Liberdade e Justiça apontou caráter abusivo da decisão do ministro e manifestou preocupação com o impedimento, capitaneado por representantes do Poder Judiciário, de que determinadas informações cheguem ao público.
“Vejo com preocupação que juízes, incentivados pela atuação do Supremo Tribunal Federal,
estejam tomando decisões teratológicas, em sede de liminares, para
impedir que as pessoas tenham acesso a fatos que encontram respaldo na
realidade”, afirma Miotto.
“Este é o caso da decisão que foi proferida contra aGazeta do Povo,
jornal que atua de forma exemplar e compromissada com a verdade dos
fatos. Por isso, o Instituto Liberdade e Justiça, na minha pessoa,
repudia com veemência esta decisão. Sabemos que a continuar essa marcha
abusiva do judiciário, estaremos em breve mergulhados em uma das piores
ditaduras que se pode existir e contra a qual não há a quem recorrer”,
reforça.
Manifesto conjunto de 23 organizações reunido pela Rede Liberdade A Rede Liberdade divulgou um manifesto nesta quarta-feira (5) que é coassinado por outras 21 entidades (veja a listagem abaixo), no qual condena veementemente a medida restritiva à liberdade de imprensa empreendida pelo ministro do TSE.
“Como defensores do Estado Democrático de Direito não nos
parece razoável que um veículo de comunicação não possa expor conteúdos
verdadeiros e facilmente verificáveis em virtude da possibilidade de gerar
prejuízo a alguma candidatura política. É justamente ao longo do período
eleitoral que informações se tornam mais valiosas ante a necessidade de tomada
de decisão dos eleitores em relação aos candidatos que desejam ocupar um cargo
público”, declaram as entidades.
“O escrutínio público não pode ser mitigado por intervenções
do Poder Judiciário que, nesta decisão, decidiu atacar a liberdade de expressão
ao invés de protegê-la”,enfatizam.
As organizações
que subscrevem o manifesto são: Instituto Mises Brasil; Instituto de
Estudos Empresariais (IEE); União Juventude e Liberdade; Instituto de
Formação de Líderes de Goiânia; Instituto de Formação de Líderes do Rio
de Janeiro; Instituto Atlantos; Instituto de Formação de Líderes de Belo
Horizonte; Instituto Liberdade; Instituto de Formação de Líderes
Curitiba; Grupo Domingos Martins; Instituto Liberal de São Paulo;
Instituto de Formação de Líderes Florianópolis; Instituto de Formação de
Líderes Jovem de Belo Horizonte; Juventude Libertária de Sergipe;
Instituto Livre Mercado; Instituto Libercracia; Instituto Liberal do
Triângulo Mineiro; Clube Farroupilha; Instituto de Formação de Líderes
Brasil; Instituto de Formação de Líderes Jovem São Paulo; Students for
Liberty Brasil; e Instituto de Formação de Líderes de Brasília.
Associação Nacional dos Juristas Evangélicos Já a Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure) informou que considera preocupante a remoção do conteúdo, uma vez que o tuíte censurado apenas citava fato verídico noticiado, inclusive, por outros veículos de comunicação.
“Ressaltamos a necessidade de preservar a liberdade de
imprensa, de forma que não haja prejuízos para os veículos de comunicação nem
para a população”, diz nota assinada pela presidente da entidade, Edna Zilli. “O
caso ganha seriedade ainda maior quando se considera que a temática censurada
guarda relação com violações aos direitos humanos na América Latina, assunto de
relevância para os debates políticos no período eleitoral e que compõe a missão
institucional da Anajure”, prossegue o texto.
Instituto Democracia e Liberdade (IDL) Em nota encaminhada à reportagem, o presidente do Instituto Democracia e Liberdade (IDL), Edson José Ramon, lamentou o que chamou de “atentado do judiciário brasileiro contra a liberdade”. Segundo Ramon, a decisão do TSE é sinal de cerceamento contra um jornal centenário, “um dos pilares do jornalismo responsável e imparcial”.
Instituto Liberal Já o Instituto Liberal destacou que a liberdade de expressão é um pilar inegociável de todo regime orientado pelos parâmetros do Estado de Direito.
“A escolha livre dos ocupantes dos cargos legislativos e
executivos, dentro de um sistema que se pretende liberal-democrático, exige a
discussão igualmente livre das ideias políticas. Por sua vez, essa discussão
livre depende da liberdade de noticiar e divulgar informações. O Instituto
Liberal se opõe a medidas que cerceiem essa liberdade. O jornalGazeta do
Povo veiculou informações verificáveis, cabendo aos leitores apreciá-las e
julgá-las, tarefa para a qual dispensam qualquer tutela ou censura",
afirma a nota.
Instituto Brasileiro de Direito e Religião O Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) publicou em seu site oficial uma nota de repúdio à conduta do Tribunal. Assinada pelo presidente do instituto, Thiago Rafael Vieira, a manifestação destaca a importância da liberdade de imprensa como garantia constitucional, bem como a previsão constitucional de vedação à censura.
“O
IBDR se posiciona totalmente contrário à censura judicial da Imprensa,
salvo em situações específicas e excepcionais que a dignidade humana e a
privacidade sejam violadas ou que a liberdade de imprensa ou de
expressão funcionem como modus operandi para a prática de atos
criminosos”.
Movimento Advogados do Brasil Por fim, o Movimento Advogados do Brasil (MABr), entidade suprapartidária que conta com cerca de dez mil advogados associados e atua na defesa dos direitos fundamentais, também divulgou nota de repúdio (leia na íntegra) à conduta do ministro do TSE, destacando-a como incompatível com um regime democrático. “A bem da verdade, o livre pensamento e a divulgação de fatos só podem subsistir em democracias sólidas, que primam pela liberdade; do contrário, ela fatalmente estará sob ameaça”, diz o comunicado do MABr.
“Em um processo tão importante
como o que estamos vivendo, de disputa eleitoral presidencial acirrada
entre dois líderes, cujas identidades políticas e ideológicas são
antagônicas entre si, cercear o direito de os eleitores terem
conhecimento de fatos que possam nortear seus votos afasta-se daquilo
que um Estado de Direito deve lutar para preservar”, complementa.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou que a Igreja
Na Igreja Católica"tudo é imposto, é uma ditadura perfeita, é uma tirania perfeita (...) Quem elege os padres, quem elege os bispos, quem elege o papa, os cardeais, quantos votos, quem vota?", questionou o presidente na quarta-feira, em um momento de relações tensas de seu governo com a instituição. "Se vão ser democráticos que comecem a eleger com o voto dos católicos o papa, os cardeais, os bispos", insistiu durante um discurso exibido na quarta-feira à noite, por ocasião do 43º aniversário da polícia nacional. [perguntas que só um ateu, um energúmeno, quem não conhece nada sobre Cristianismo precisa fazer. Ele e o ladrão petista são amigos e Luladrão o tem como mentor.]
Ortega voltou a chamar os bispos e padres de "assassinos" e "golpistas" pelo apoio que, segundo o seu governo, os templos deram aos protestos da oposição em 2018.
Os manifestantes "saíram das igrejas, não de todas, armados para lançar os ataques contra as delegacias de polícia (...) e alguns padres convocando o povo (para) atirar em mim", criticou Ortega.
Ele também censurou os religiosos por terem apoiado a proposta da oposição de reduzir seu mandato, quando atuaram como mediadores de um diálogo que buscava uma solução para a crise. "Uma instituição com a Igreja Católica utilizando os bispos aqui na Nicarágua para dar um golpe de Estado", disse.
O arcebispo auxiliar de Manágua, Silvio Báez, que está exilado nos Estados Unidos, questionou no Twitter "as lições de democracia" de Ortega, que governa desde 2007, após três reeleições sucessivas.
As relações entre o governo e a Igreja Católica se deterioraram desde os protestos de 2018, que o presidente vinculou a uma suposta tentativa fracassada de golpe de Estado planejada pela oposição com o apoio de Washington.
O conflito se agravou em agosto com a detenção - em prisão domiciliar - do arcebispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, um grande crítico do governo.
Ao menos quatro padres e dois seminaristas também foram detidos e as acusações contra os religiosos não foram divulgadas.
A polícia proibiu recentemente as procissões religiosas.
Em março, o Vaticano informou que o núncio apostólico Waldemar Sommertag foi expulso da Nicarágua.
No mês de julho, o governo proibiu a associação Missões de Caridade, criada pela madre Teresa de Calcutá,e suas freiras tiveram que deixar o país.
O papa Francisco anunciou um "diálogo" com a Nicarágua a respeito da detenção de vários membros da Igreja Católica, mas a evolução das conversas não foi revelada. Ortega, que governou o país pela primeira vez durante a revolução da década de 1980, obteve em 2021 o quarto mandato consecutivo, com seus adversários presos ou no exílio.
A comunidade internacional exige que o governo liberte mais de 200 opositores, incluindo sete ex-candidatos à presidência que foram condenados este ano a penas de entre oito e 13 anos de prisão por "minar a integridade nacional" e outras acusações.
O bispo denunciou o fechamento pelas autoridades de cinco
emissoras católicas e exigiu que o governo de Daniel Ortega respeite a
"liberdade" religiosa
O papa Francisco expressou sua "preocupação" neste domingo (21) com as
crescentes tensões entre o governo da Nicarágua e a Igreja Católica,
dois dias após a prisão do bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, crítico
do presidente Daniel Ortega. “Acompanho de perto com preocupação e dor a situação
criada na Nicarágua, que envolve pessoas e instituições”, disse o
pontífice após a oração do Angelus.
Francisco expressou sua"convicção e esperança de que,
por meio de um diálogo aberto e sincero, ainda possam ser encontradas as
bases para uma convivência respeitosa e pacífica".
Rolando Álvarez, crítico do presidente nicaraguense
Daniel Ortega, foi preso na sexta-feira e transferido para a residência
de sua família em Manágua, onde permanece privado de liberdade, no mais
recente episódio do confronto entre o governo e a Igreja Católica.
A Polícia especificou que tomou a decisão de transferir
Álvarez porque ele persistiu em suas atividades "desestabilizadoras e
provocativas".
Álvarez, 55 anos, estava na cúria de Matagalpa pela
polícia desde 4 de agosto como parte de uma investigação por "organizar
grupos violentos" e incitar "ódio" para "desestabilizar o Estado da
Nicarágua".
O bispo denunciou o fechamento pelas autoridades de
cinco emissoras católicas e exigiu que o governo de Daniel Ortega
respeite a "liberdade" religiosa.
O país está a dez meses e 18 dias do primeiro turno das eleições, o
centro da preocupação dos brasileiros deslocou-se da pandemia para a
economia, e o presidente Bolsonaro perdeu apoio até entre os que votaram
nele. A economia dificilmente virá em socorro de Bolsonaro, porque as
projeções mostram que em 2022 haverá um declínio do ritmo de
crescimento, chegando ao negativo no terceiro e quarto trimestres. O
desconforto econômico não desaparecerá porque nada indica uma mudança
para melhor na conjuntura.
O ex-presidente Lula cresceu mesmo em silêncio, mas ele terá que se
expor mais. Nos últimos dias, o PT fez nota cumprimentando Daniel
Ortega, ditador da Nicarágua, por “ganhar”uma eleição fraudada, em que
ele prendeu sete concorrentes e na qual a abstenção foi de 80%.Depois o
PT voltou atrás, desautorizou a nota, mas não renegou seu conteúdo. O
PT insiste em defender ditadores latinos.
O ex-juiz Sergio Moro apareceu em terceira posição na pesquisa da
Genial/Quaest com 8%. Ele irá adiante? [lembramos que antes de ser candidato a uma possível futura candidatura à presidente da República, o ex-juiz já se dispõe a ser um ex-candidato a ex-candidato àquela candidatura, visto que o ex-tudo, já se dispõe a ser candidato a candidato a senador da República.] A corrupção perdeu espaço na
lista de preocupações de brasileiros. Agora só 9% apontam a corrupção
como sendo o principal problema. A economia está em primeiro para 48% e a
pandemia, que já foi 41%, caiu para 17%. [se o maior ladrão, o maior corrupto do Brasil teve suas condenações anuladas por decisão do STF, só resta ao povo brasileiros envidar esforços para a recuperação da economia.] Moro tentou fazer um discurso
para além do tema que o tornou conhecido. Não foi muito convincente. O
PSDB ainda discute suas prévias, mas nem João Dória nem Eduardo Leite
têm pontuação importante. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não é
conhecido, mas também não demonstra força neste grid de largada.
(..............)
Bolsonaro promoveu aglomerações e combateu medidas de proteção para
que houvesse uma rápida contaminação que, no cálculo dele, provocaria a
imunidade de rebanho. E então a economia poderia voltar a crescer. Só a
vacinação conseguiu reduzir a pandemia. Mas agora que está caindo o
número de casos e de mortes, a economia não está melhorando. Outros
fatores a derrubaram.
O terceiro trimestre que ficou para trás pode ter tido PIB negativo.
Nos últimos dias saíram os dados da produção industrial, vendas de
varejo e serviços de setembro. Tudo no vermelho. E olha que estamos no
ano que terminará em uma alta estatística no PIB. A inflação disparou,
chegou a dois dígitos, e encolheu a atividade. O desemprego caiu no
segundo semestre, mas ele sempre cai no segundo semestre. É sazonal. Não
chega a dar qualquer alívio ter 13 milhões, em vez de 14 milhões, de
pessoas desempregadas.
A questão é:a economia virá em socorro de Bolsonaro? As projeções
dos economistas dizem que não. O Itaú prevê que o primeiro trimestre
terá 1,2% de alta em relação ao primeiro trimestre de 2021. No segundo, a
mesma comparação contra igual trimestre do ano anterior será de 0,3%
positivo. No terceiro, auge da campanha, será negativo, -1,1%. E no
quarto, -2,5%. Vários bancos e consultorias marcam o mesmo movimento: o
ano começa com algum crescimento e depois despenca e vai para o
negativo. E dentro da economia a maior preocupação do eleitor é com o
crescimento.
Não está fácil para ninguém. Moro terá que ir além da sua bolha, mas
parece inconsistente quando fala de economia ou da questão social. Sua
rejeição só não é maior do que a de Bolsonaro. O PSDB perdeu um pouco
mais de identidade nessa semana em que tantos tucanos votaram a favor da
PEC do calote e do fura-teto.
O aumento da fome é a maior preocupação social. O novo programa do
governo vai cortar pelo menos 20 milhões de famílias que atualmente
recebem o auxílio emergencial. Lula tem forte recall positivo quando o
assunto é combate à pobreza. Nos próximos meses ele terá que sair de
casa e se expor. A intenção de voto em Lula na espontânea saiu de 22%
para 29% em um mês. E na estimulada ele tem 46%. Ainda é apenas um
retrato, mas é bem favorável ao ex-presidente.
[NOTA: por consideração aos nossos dois leitores - ninguém e todo mundo - transcrevemos parcialmente a presente matéria, mais com o objetivo de mostrar o quanto os inimigos do Brasil se empenham em maximizar qualquer narrativa que possa ser apresentada desfavorecendo nossa Pátria Amada. - Tentaram com o Circo oficialmente chamado CPI da Covid e nada conseguiram nem vão conseguir;
- tentaram com a criação da imagem golpista do presidente Bolsonaro, só que os fatos mostram que se há golpistas no Brasil, não estão no Poder Executivo.
- Tentaram o 'balão de ensaio' de proibir o acesso do capitão às redes sociais, mas perceberam que não pegaria bem - sem contar que a legislação fornece ao presidente da República, outros meios de acesso ao povo;
- tentam inflar uma candidatura a qualquer qualquer coisa do Moro, mas a vocação de ex do ex-juiz não ajuda;
- o criminoso petista tem vontade de ser candidato mas tem medo das ruas;
- endeusar o Ortega não funciona - só mostra que nas ditaduras é o governo quem manda prender; enquanto no Brasil o 'antidemocrata' Bolsonaro é quem tem os apoiadores perseguidos, alguns presos, etc, etc.
Aos inimigos do Brasil só resta torcer para que a economia piore, a fome aumente, e todas as mazelas caiam sobre o Brasil e, por extensão, esperam conseguir derrotar o presidente Bolsonaro em 2022 = vão fracassar, terão que continuar procurando outros caminhos. Íamos esquecendo: trocar as agências de pesquisas, os 'palpiteiros' não vai funcionar.]
Míriam Leitão - Com Alvaro Gribel, de São Paulo, O Globo