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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Nem inferno, nem céu

Michel Temer deu uma cambalhota, mas nem por isso vira santo ou candidato

O presidente Michel Temer deu uma cambalhota. Deixou de ser o presidente mais impopular desde a redemocratização, sem horizonte e carregando nas costas o defunto da reforma da Previdência, para passar a ser o presidente que interveio no Rio de Janeiro, deflagrou uma guerra à violência e passou até, vejam só, a ser considerado candidato a um novo mandato. [sempre bom ter presente que Temer foi, é e continuará sendo o único presidente que em uma semana teve um aumento de popularidade de 100% - passou de 3% a 6%.]

Nem ao inferno, nem ao céu. Temer enfrentou uma pedreira desde o impeachment de Dilma, com a pecha de golpista e as denúncias de Rodrigo Janot, e sacou a arma que sabe manejar bem: a negociação com partidos e políticos, chegando a excrescências como nomear, e desnomear, Cristiane Brasil, sob intenso tiroteio da mídia e com o Ministério do Trabalho vago. Nem por isso era o diabo. Mas também não vai virar santo ou candidato –, de uma hora para outra, só com a intervenção na segurança. Apenas ganha fôlego, possivelmente alguns pontos nas pesquisas e discurso para enfrentar os áridos meses até a eleição e a passagem de cargo, com os holofotes nos candidatos, não num governo nos seus estertores.

Antes da intervenção, Temer só entrava mal na mídia. Com a intervenção, entra na boa e ganhando colunas, notinhas e análises sobre uma possível candidatura. Na eleição, tende a sair das manchetes, minguar, tendo de fugir de denúncias e dos malfeitos de companheiros do PMDB e de assessores no governo. Portanto, das páginas policiais.O que dizer do encaminhamento de Gustavo Perrella como futuro ministro dos Esportes? Não é aquele famoso pela apreensão de um helicóptero da família com cocaína no Espírito Santo? Agora, Temer não tem mais a desculpa de ter de ceder tudo, anéis e dedos, por três ou quatro votinhos a mais para a Previdência. Livre, ele pode escolher melhor, certo? Sua própria equipe acreditava nisso.

E Henrique Meirelles? Presidente do Banco Central de Lula, ileso no desastre Dilma e ministro da Fazenda de Temer, ele só deixou o primeiro time do BankBoston e voltou ao Brasil com uma única ideia fixa: ser presidente da República. Faltou combinar com os adversários. E com ele próprio, sua falta de jeito e de talento para a política. [some-se também a falta de votos - se eleger deputado por Goiás é uma coisa; presidente da República é bem mais complexo.

Sem esquecer que qualquer risco de sucesso de uma candidatura Meirelles vai depender dos bons resultados na economia, que também favorecem uma eventual candidatura Temer.]

Além disso, Meirelles pode capitalizar os avanços positivos na economia, com previsão de crescimento acima dos 3% em 2018, inflação e juros historicamente baixos e balança comercial animada, mas... a pior herança de Dilma foi a cratera fiscal e isso continua sem solução. E teve azar. Sem ter quem lançá-lo, ele decidiu lançar-se. No mesmo dia, a agência Fitch rebaixou a nota do Brasil pela falta da reforma da Previdência e de perspectivas de sair do atoleiro fiscal.

É assim que o governo que não tinha nenhum candidato passou subitamente a ter dois, mas nenhum deles é capaz de convencer de que tem as condições de decolagem, voo seguro e pouso garantido. Tudo pode mudar, mas a expectativa é de que se gaste muita tinta e gogó com as candidaturas Temer e Meirelles para nada. Assim como se gasta com as de Lula, ficha suja, e Jair Bolsonaro, aquele que faz que vai, mas não vai. [a incursão de Temer na área de segurança - apesar da intervenção federal decretada por Temer ainda ser uma intervenção 'meia-sola', que pode passar a sola completa,  se o general Braga Netto decidir usar simultaneamente sua autoridade de interventor e a de Comandante do Comando Militar do Leste - atrapalhou um pouco os planos de Bolsonaro - visto que Temer está na sua frente na economia;

mas foi uma parada em boa hora, já que pode ser considerada um 'freio de arrumação'.]

Além deles, João Doria não deu para o gasto, Luciano Huck roeu a corda, ninguém mais fala em Rodrigo Maia, Marina Silva faz campanha escondida, Ciro Gomes ainda não foi assimilado pelo PT, Álvaro Dias é regional. Enquanto o centro e a direita vão de voo de galinha em voo de galinha e a esquerda está imobilizada pelo fator Lula, Geraldo Alckmin vê a Lava Jato avançando pelas searas do PSDB justamente no ano eleitoral. Ele tem as condições objetivas e trabalha com afinco para consolidá-las, aguardando pacientemente o apoio do Planalto. Mas precisa sobreviver e garantir as condições subjetivas: Alckmin precisa alavancar Alckmin. [além de se auto alavancar, é bom que Alckmin para de atrapalhar sua candidatura mais do que seus adversários = sem chance.]


Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo
 

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Avulsas

Ministro do Supremo é como a mulher de Cesar. Não basta ser honesto, tem de parecer honesto.

Contrariando o ensinamento milenar do imperador romano, o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin, demonstra não se importar com o juízo que dele fazem. Nos últimos dias, não se constrangeu em reservar sua agenda para receber uma comitiva de lobistas de Lula, que tenta de tudo para não ser preso após a derrota no TRF4. 

Estiveram com Fachin em datas diversas não apenas o novo advogado do petista, o ex-ministro Sepúlveda Pertence, [Sepúlveda Pertence, que optou por encerrar sua carreira como lobista de criminoso condenado e criticando o que antes defendia como o correto - Súmula 691.
Não podemos esquecer que o ministro Fachin não se preocupa com suas companhias, tanto que quem o acompanhou como 'abre-portas' dos gabinetes de senadores, foi seu cicerone no Senado Federal durante sua campanha rumo ao ao STF,  foi ninguém menos que o criminoso Ricardo Saud - delator que está em cana exatamente pela delação falsa e que foi homologada pelo ministro com celeridade não habitual.] como o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho e o ex-chefe de gabinete, Gilberto Carvalho. Sócrates aconselhava os juízes a ouvir cortesmente, responder sabiamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente. Do relator da Lava Jato é o que se espera, enfim.


Caiu na Rede
Um rombo na prestação de contas da campanha de 2016 para a prefeitura de São Paulo complica a Rede, partido de Marina Silva. Na contabilidade dos gastos da candidatura de Ricardo Young, surgiu um problema: desapareceram R$ 100 mil. Pior: não havia nota nem recibo do dinheiro.

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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Aberto o tabuleiro da eleição 2018

A disputa para valer, o arranjo de forças, as composições partidárias, as alianças de apoio a esse ou aquele candidato começam a tomar vulto nas próximas semanas. As eleições majoritárias de 2018 entram na ordem do dia somente agora, passada a temporada de festejos. E desta feita, como poucas vezes antes, o tabuleiro nunca esteve tão indefinido a essa altura do campeonato. A promessa é de uma campanha entre vários postulantes. Fala-se em mais de 20. Os presidenciáveis tidos como fortes, lançados pelas siglas com maior estrutura, ainda são, na maioria, desconhecidos. O PMDB, por exemplo, não mostrou até o momento para onde vai: terá candidato próprio ou fechará um acordo com os tucanos para uma chapa conjunta? No caso de voo solo, o partido do presidente poderá lançar inclusive o mandatário, trazer um nome de fora dos quadros, apresentar o ministro Meirelles como opção ou mesmo Rodrigo Maia, fiel escudeiro no Congresso. 

O DEM, por sua vez, já sinalizou que está mais propenso a fazer um candidato com a sua marca. [o DEM pode ter boas chances com Ronaldo Caiado;  suas chances poderá aumentar muito, dependendo do companheiro de chapa.
Se fosse viável Caiado de vice na chapa do Bolsonaro, a eleição seria definida no primeiro turno.
Mas, é altamente improvável tal união - apesar de em política tudo ser possível. 
O que está claro é que se o DEM entrar com  Rodrigo Maia, se ferra.
Maia, se muito, conseguirá ser reeleito.] Com a inevitável saída de Lula do páreo as agremiações se animaram a tomar conta do Planalto e, no varejo, vão aparecendo alternativas, algumas até ainda discretas como a do senador Álvaro Dias (do nanico “Podemos”), que se projeta amparado em ideias de moralização da política, tal qual a do fim do foro privilegiado, que ele levantou e defende.  

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domingo, 28 de janeiro de 2018

Lula condenado - Começa a eleição

Com a saída de Lula do páreo, adversários ajustam o discurso e aliados ensaiam a debandada. Na esquerda, embora publicamente façam jogo de cena, poucos querem associar sua imagem à do petista condenado. A briga, agora, é pelo espólio eleitoral

A sentença do TRF4, que praticamente anulou as chances do ex-presidente Lula de disputar as eleições de outubro, mexeu definitivamente com o tabuleiro das eleições presidenciais. Ao mesmo tempo em que injeta ânimo nos adversários do líder petista, que liderava as pesquisas, obriga todos os pré-candidatos a repensarem a estratégia de campanha que vinham ensaiando até agora. 

A primeira iniciativa de todos, principalmente dos partidos aliados de Lula, é se descolar da imagem do PT e evitar ser contaminado pelo destino inglório do ex-presidente. Com Lula fora do páreo, o cenário mudou. PDT e PCdoB vão trilhar seus próprios caminhos. Será aberta uma vaga no segundo turno e quem tiver fôlego e garrafas para vender chegará lá. [caso haja segundo turno, uma das vagas já está ocupada por Jair Bolsonaro; a grande dúvida é se haverá essa segunda vaga, simplificando, se haverá segundo turno?]Esse é o desafio que se apresenta para Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Manuela D’Ávila e os demais concorrentes à sucessão de Temer.

Há quem aposte, desde já, numa mudança de tom radical de Jair Bolsonaro, recém filiado ao Partido Social Liberal (PSL). O ex-capitão do exército vinha se apresentando como o principal contraponto ao lulopetismo. Após o confirmação do 3 a 0, ele postou um vídeo na internet comemorando o resultado. Para ele, a condenação praticamente elimina Lula do pleito. “O que queremos é o PT fora de combate”, afirmou. 
Jair Bolsonaro terá de calibrar a retórica, se quiser manter desempenho 



domingo, 26 de novembro de 2017

A viabilidade do novo enfrenta seu primeiro inverno. Além de tudo, Bolsonaro chegou antes

As coisas podem mudar de repente, como diz o slogan, mas é visível a dificuldade de consolidar na corrida presidencial candidatos novos e já vitaminados. Sobra por enquanto João Amoêdo, que ainda não tem voto [nem terá] mas sobrevive, também por ser de fato novo e não apenas no nome do partido. Os demais carregam velhices no passivo, e isso cobra seu preço alguma hora.

João Doria entrou na arena política pelas mãos de Geraldo Alckmin, que governa São Paulo pela quarta vez. E o prefeito precisa mostrar serviço na cidade. Mas as vacas estão magras. Doria não pode nem pensar em brigar com Michel Temer. Sem um partido para chamar de seu, resta-lhe negociar com donos dos cartórios tradicionais. Vai ficando com cara de velho.

Luciano Huck é conhecido da TV. É um ativo, mas também embute um passivo potencial. Huck é o novo com trajetória empresarial aparentemente reta, mas construiu relações pessoais, de negócios e políticas com alguns alvos do momento na fogueira que queima o país. Há o risco de rápido envelhecimento quando exposto às labaredas de uma campanha presidencial.

Os candidatos a novo enfrentam um obstáculo adicional: boa parte do desejo de renovação vem sendo capturado por Jair Bolsonaro. Ele representa melhor a rejeição aos políticos que comandam o Brasil desde a redemocratização. Se Amoêdo é o cansaço com o Estado onipresente, Bolsonaro é o cansaço com a metodologia da Nova República, desde Tancredo-Sarney. [Bolsonaro além de representar o desejo de renovação da maioria do eleitorado, representa a solução para muitos problemas que agligem o Brasil e ainda não foram resolvidos por pusilanimidade dos políticos.
Bolsonaro vai enfrentar os problemas e resolvê-los doa a quem doer - e o que o povo precisa é de SEGURANÇA PÚBLICA, SAÚDE, EDUCAÇÃO e TRANSPORTES e isso Bolsonaro tem condições de prometer - o que todos fazem - e CUMPRIR.
Bandido morto ou na cadeia; cidadão podendo andar sem medo nas ruas e em condições de defender sua residência e aos seus; Saúde Pública que atenda com eficiência e rapidez; Educação que ensine aos jovens além das letras o respeito aos valores tradicionais; Transporte Público de qualidade - neste item não vamos exagerar, vamos destacar que não precisa ser igual ao oferecido no Japão.]
 
Bolsonaro é o novo mais autêntico porque não tem compromissos ou vínculos com as últimas três décadas da política nacional. E Amoêdo é o novo mais ideológico porque, sem nunca ter governado nada, pode prometer realizar o sonho do pedaço que detesta o Estado e enxerga na assim chama livre-iniciativa o vetor de libertação da sociedade.

Os demais, velhos ou novos-velhos, têm os ônus da sua trajetória e suas circunstâncias, diria Ortega y Gasset. E, por enquanto, vão sendo descartados. Também porque o ambiente não anda mais tão propício assim para a agitação pura e a raiva. Como já disse em análise anterior, é possível que o cansaço com a confusão já esteja maior que o cansaço com os políticos.

Mas também pode ser que não. Enquanto os candidatos a novo vão deixando a cena e a política tradicional corre atrás da feitiçaria do momento, o tal centro, abre-se um espaço potencial para o crescimento de Bolsonaro e para que Amoêdo ganhe o mínimo de musculatura. Ou mesmo para que Marina Silva volte a abocanhar alguma fatia relevante no debate. [Marina Silva só arranca, logo falta gás e morre na praia - além de ser falsa, se declara cristão mas defende o aborto.]

O ideal dos buscadores do novo é um nome que junte o novo e o centro. Mas não está fácil achar. Não há nada mais velho na política brasileira do que a esquerda ou a direita autoplugando-se a palavra “centro” para vestir um figurino palatável na eleição. E se há mesmo um desejo difuso de renovação, o sonho centrista está restrito por enquanto só aos alquimistas.

Michel Temer saiu da intervenção cardíaca mais animado para tentar a reeleição. Os movimentos são claros. Promove um expurgo no tradicionalmente flácido PMDB, não deixa desgarrar o PSDB aecista, insiste na reforma da previdência, sem o que seu brand reformista ficará baqueado. Aliás nem precisa fazer a reforma, basta que trabalhe por ela. [o que complica eventual candidatura Temer é que só vai em frente se não houver reforma da Previdência e não vai haver;
mas, não havendo e sendo Temer reeleito, já no discurso de posso ele precisa engatar o tema reformar a Previdência - a reforma é necessária  e a margem para adiamentos  a cada dia que passa fica menor.
Por razões que ninguém sabe, Temer finge não saber que um combate rigoroso às fraudes da Previdência, resolveria mais da metade do déficit.] 

As previsões para o crescimento da economia brasileira em 2018 já oscilam em torno de 3%. Lula continuará com forte mercado eleitoral porque a recuperação do emprego não será igualmente brilhante e a memória de seu governo é forte, em emprego, renda e crédito. Mas, um ambiente de alívio depois da longa e brutal recessão vai ajudar o governismo. [Lula já era; politicamente está morto e enterrado; e fisicamente, vai assistir as eleições 2018 enjaulado em um presídio federal.]

Temer não precisaria ser candidato se houvesse um amplo acordo no bloco governista em torno de um nome que oferecesse e garantisse conforto político futuro às forças hoje no poder. A instabilidade do PSDB dificulta essa convergência. E se o governo estiver algo melhor em 2018 por que deveria oferecer gratuitamente o doce aos tucanos?


* Alon Feuerwerker é jornalista e analista político/FSB Comunicação

domingo, 10 de setembro de 2017

A chance de Lula ser candidato é próxima de zero

O cientista político Antonio Lavareda, de 66 anos, já foi consultor de 91 campanhas eleitorais. Presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), do Recife, Lavareda escreveu também dezenas de livros sobre marketing eleitoral. Em entrevista à ISTOÉ, ele diz que, faltando um ano para as eleições, ainda é prematuro definir o quadro, mas de uma coisa tem certeza: Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, nem deverá ser candidato. “A probabilidade disso acontecer é próxima de zero”. Sem o ex-presidente no páreo, a esquerda se dividirá entre vários candidatos, como o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). Marina Silva (Rede) pode crescer, enquanto que o deputado Jair Bolsonaro, atualmente em segundo nas pesquisas,“vai se desidratar”. [a candidatura do deputado Jair Bolsonaro, mesmo que alguns 'especialistas' não acreditem nela, vai bombar;
quanto ao Geraldo Alckmin  - é dono absoluto da vaga para governador de São Paulo, apesar de não ser candidato -  é também perdedor absoluto para o cargo de presidente da República.
Já Marina Silva, é igual Fluminense - ameaça na campanha, mas, na hora da eleição,  morre afogada. ]

 Resta, então, saber se os partidos de centro, como PSDB, PMDB e DEM, vão se unir ou se seguirão divididos. Unidos, podem chegar ao segundo turno e ganhar. O problema é que o prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin travam uma luta fraticida pela vaga do PSDB. Lavareda acha que a melhor solução seria a realização de prévias entre os dois.

Como o senhor vê o grande descrédito da população em relação aos políticos? É tudo por conta da Lava Jato?
A Lava Jato, na verdade, é apenas o acelerador moral específico no nosso processo de crise de representação. Além de afetar os partidos, agora fatores como a globalização e a tecnologia produzem, a cada dia, maior distanciamento entre os cidadãos e as instituições em todos os níveis, enfraquecendo a arquitetura democrática no seu pilar básico que é a confiança.

Pesquisa feita recentemente pelo Instituto Ipsos mostra que a desaprovação às autoridades atinge indiscriminadamente os políticos que estão no poder, como o presidente Michel Temer, mas também os principais candidatos a presidente. Isso mostra que falta esperança também em relação ao futuro?
Nós, brasileiros, queremos identificar uma lanterna na proa e um timoneiro seguro e confiável para nos levar adiante, ao menos para além da zona do redemoinho. Predominam na sociedade sentimentos de ansiedade, incerteza e até desânimo. Descrédito e desesperança elevados, alimentando um certo rancor amplamente disseminado. E algumas benquerenças da bagagem afetiva dos entrevistados, adquiridas pelo filtro da mídia. Nada nos diz sobre o futuro, nem poderia dizer com uma única questão. A cartomancia das pesquisas está longe de poder ser tão resumida.

Além dos políticos, também os membros do Poder Judiciário são rejeitados pela população, como o ministro Gilmar Mendes. Isso se deve ao fato dele ter mandado soltar empresários corruptos do Rio de Janeiro?
Que o Judiciário e seus atores também façam parte da linha de tiro do rancor da sociedade é bastante positivo. Porque convoca a todos a construir escadas que permitam aos membros dos três poderes saírem do poço do descrédito. Decisões polêmicas, seja no âmbito da Lava Jato e congêneres, seja do juiz que libera o estuprador, funcionam apenas como estopim do processo. Como afirmei antes, a crise é de confiança. Sem restaurarmos esse vínculo psicológico coletivo entre Estado e sociedade, e uma harmonia razoável entre os três poderes – que no Brasil são quatro por conta da autonomia absoluta do Ministério Público – , não iremos muito longe. Uma revisão da Constituição de 1988 nos seus capítulos sobre a organização e os poderes do Estado poderia ser um bom caminho.

Lula hoje é o político com o maior número de intenções de votos, mas com uma rejeição muito grande. O senhor acha que ele acabará nem sendo candidato?
Ao refletirmos sobre eleições, devemos trabalhar com cenários plausíveis. Sem fazer nenhuma avaliação sobre a pertinência das decisões judiciais, acredito que a probabilidade de Lula vir a ser candidato é próxima de zero. Terá com certeza a sentença condenatória do tríplex confirmada na segunda instância antes do prazo de inscrição das chapas e, talvez, já uma próxima condenação em primeira instância no processo relativo ao sítio.

MATÉRIA COMPLETA em ISTO É

 

segunda-feira, 26 de junho de 2017

FHC Bolado: tucano quer que Temer encurte mandato e que Congresso rasgue a Constituição

O ex-presidente é uma das melhores cabeças políticas que o país já produziu, mas, desta vez, falou uma grande besteira. Acha que Congresso não tem legitimidade para fazer valer a Carta, mas a tem para rasgá-la

O presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu o artigo mais confuso da sua vida. E também o mais tolo no que tem de compreensível. Pior: flerta com o golpismo em curso. E olhem que ele é bom de texto. Costuma ser mais claro escrevendo do que falando, já que sua enorme gentileza tem uma certa propensão para concordar com o interlocutor. A maluquice está na Folha desta segunda.


FHC expõe as dificuldades em curso. Lembra que a Constituição impede antecipação de eleição. É verdade. Por outro lado, apela ao presidente Michel Temer para que encurte o seu mandato. Ora, isso só poderia ser feito, entende-se, com uma renúncia com data marcada. E se realizariam eleições gerais o que implicaria, imaginem, encurtamento do mandato de deputados e de uma parte do Senado.


Mas esperem: se o presidente renuncia, a Constituição já oferece a saída: eleição indireta. E FHC sabe disso. Mas eis que ele questiona a legitimidade do próprio Congresso ao afirmar: “Com que legitimidade alguém governaria tendo seu poder emanado de um Congresso que também está em causa?”


Como é? Então FHC considera que esse Congresso, que “também está em causa”, não teria legitimidade para eleger presidente-tampão caso Temer renunciasse ou perdesse o mandato, mas a tem para, como ele sugere, votar uma emenda que:
– antecipe eleições presidenciais;
– antecipe eleições congressuais;
– extinga a reeleição;
– defina o mandato de cinco anos.


Em que circunstâncias uma mente brilhante, como a de FHC, produz coisa tão tacanha? Não sei. Segundo sua proposta, as diretas se fariam num prazo que ele imagina de “seis a nove meses”. É mesmo? Vamos fazer contas.

No prazo menor por ele imaginado, aconteceria em dezembro. Pois é… O recesso congressual vai de 23 desse mês a 1º de fevereiro. Impossível. Então fiquemos com o prazo maior: março! Uma confusão dos diabos se armaria para antecipar a eleição em meros sete meses e encurtar o mandato em nove?

Parece piada!


Pensemos mais um pouco. Um presidente que anunciasse a sua renúncia com seis ou nove meses de antecedência conseguiria votar no Congresso o quê? Nada! As reformas iriam para o brejo! Ou FHC imagina alguém se esfalfando em nome da mudança na Previdência?  Há mais. Há as questões que são de natureza política. Então se deve ceder à estúpida manipulação da verdade, preparada por Joesley Batista e Rodrigo Janot, que transforma Temer no nº 1 de uma organização criminosa e Aécio Neves no nº 2, enquanto Lula, ora vejam!, estará plenamente elegível nesse prazo — a menos que se dê um jeitinho para fazer a Justiça andar mais depressa?


A proposta de FHC é uma soma de despropósitos. E é claro que tem um desagradável lado desestabilizador. E, por mais que ele tente vacinar a peça com repúdio a golpismos, obrigo-me a dizer: é uma proposta filogolpista.  O ex-presidente deveria usar a influência que tem no PSDB para engajar o partido nas reformas, inclusive na política, já que se abre, de fato, uma chance de aprovar, para 2022, parlamentarismo e voto distrital misto.


Em vez disso, o tucano resolve cismar com uma saída exótica, que jogaria definitivamente as reformas no lixo, criando turbulência adicional no Congresso. E tudo isso por causa de alguns meses?  Tenham a santa paciência!  O presidente deveria combater, isto sim, com a autoridade moral que tem, o viés golpista de certos setores da imprensa e de alguns órgãos do Estado brasileiro, mormente o Ministério Público Federal.

Ah, sim: o texto vem à luz no dia em que pesquisa Datafolha indica que Lula é o preferido da população nas eleições diretas. Sem ele na disputa, Marina Silva e Bolsonaro lideram. Que beleza!


Para encerrar
FHC, um dos maiores presidentes que o Brasil já teve, fez uma vez uma grande besteira: patrocinou a emenda da reeleição, em 1997. Foi um ato maroto, já que ele próprio pôde ser beneficiado por ela, mas inconstitucional não era.


Agora, ele está sugerindo que se rasgue a Constituição. “Como, Reinaldo?” É isto mesmo: se Temer renunciar, como ele sugere, isso não muda o Parágrafo 1º do Artigo 81 da Constituição, que prevê eleição indireta nem o Inciso II do Parágrafo 4º do Artigo 60, que impede que se mude a periodicidade da eleição. E é cláusula pétrea, professor!

O artigo não para em pé. É realmente do balacobaco FHC achar que um Congresso, atingido por denúncias, não tem autoridade para fazer cumprir a Constituição, mas tem autoridade para rasgá-la.

Volte à prancheta, FHC. Ou mude de conselheiros.

 

terça-feira, 13 de junho de 2017

Ciro não engana mais ninguém

“Lula passionaliza imediatamente o debate, radicaliza uma divisão entre brasileiros”, sapecou Ciro Gomes em entrevista concedida à DW Brasil, ainda no começo da última semana. Anteriormente, o próprio ex-governador do Ceará opinara que Luiz Inácio prestaria um desserviço ao Brasil e a si mesmo, caso insistisse em candidatar-se à Presidência.

Quanto ao primeiro argumento, de tão óbvio dispensa comentários, mas o segundo impõe uma interessante reflexão: afinal de contas, a que desserviços Ciro se refere? Aventar que o chefe daria um tiro no pé ao tentar um novo pleito, por exemplo, das duas uma, denota ignorância ou uma pretensa esperteza eleitoral.  Bem diferente do que o pedetista tenta insinuar, e analisando o cenário sob um ponto de vista absolutamente estratégico, Lula faz muito bem ao antecipar sua candidatura.  Afundado que está em processos e provas irrefutáveis contra si, não lhe restou outra estratégia a não ser a de rebobinar o esfarrapado personagem do Padim Ciço. Mal ou bem, desta forma criou um fato, e parece ter animado o que restou da sua militância.

Desserviço ao País? Tampouco. Torna-se cada vez mais alvissareira, aliás, a hipótese de que saia candidato. Já condenado em primeira instância, indiciado em outros processos, sem falar nas delações que devem surgir até lá, apenas um milagre o salvaria da derrota nas urnas — convenhamos, o único desfecho capaz de aplacar sua martirização. Trocando em miúdos, ao tentar parecer um sujeito razoável e não o descompensado emocional que todos já conhecem, Ciro está apenas falando como o eterno pré-candidato que é. 

Não por acaso, tenta agora ensaiar um discurso moderado, que seduza o eleitor avesso a extremismo.  Pois, na verdade, trata-se de um sujeito ainda mais perigoso do que o próprio Lula. Esse já tem lugar reservado na história como o maior gângster político que o Brasil concebeu, mas nunca deixou de lado o pragmatismo para alcançar seus objetivos. Ciro Gomes, bem ao contrário, desfia a verve típica dos ideólogos. Não por acaso, passou por onze partidos até encontrar-se no PDT, legenda de mentecaptos clássicos como Leonel Brizola e, mais recentemente, Dilma Rousseff.
Ciro, no fundo, tem um quê de Marina Silva: já foi ex-ministro de Lula, gosta de fazer barulho e não engana mais ninguém.

Trata-se de um sujeito ainda mais perigoso do que o próprio Lula. Esse já tem lugar reservado na história como o maior gângster político do País

Fonte: IstoÉ - Mario Vitor Rodrigues 

 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Impeachment de Temer e condenação por crime comum são improváveis

Nos dois casos, é preciso que dois terços da Câmara — 342 deputados — concordem com a abertura do processo

Ainda que o pior se confirme, um processo de deposição do presidente Michel Temer por crime de responsabilidade ou por crime comum se afigura, em princípio, difícil.  Duvido que se reúnam 342 votos na Câmara para tanto — eles são necessários nos dois casos (ver post anterior).

Isso, claro, dadas as circunstâncias atuais. Vamos ver o que vem pela frente. Se a turbulência for grande, um processo pode se impor ou outro. Seria um tanto traumático porque um processo longo.  A depender da gravidade do caso e dessas circunstâncias, é claro que a renúncia do presidente está entre as possibilidades teóricas ao menos.

Segunda as primeiras manifestações, nota-se que a esquerda inclina-se mais para o impeachment; grupos à direita cobram a renúncia.  A direita, está posto, em regra (deve haver exceções), aceita a eleição indireta. É o que dispõe o Artigo 81 da Constituição. Um conservador que não “conserva” uma Carta democrática não serve nem para caçar sapo à beira do brejo das almas.

O jogo das esquerdas, incluindo Marina Silva, é conhecido e tratarei dele em outro post. Elas estão empenhadas no “Golpe das Diretas Já”.  Bem, afinal, o jogo convergiu para os vermelhos, não é?, conforme aqui se anteviu tantas vezes. Mas esse também será outro post.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - VEJA

 
 


 

domingo, 30 de abril de 2017

Lula lidera e Bolsonaro chega a 2º lugar, diz Datafolha

Deputado federal de extrema direita empata com Marina Silva nas intenções de votos para a Presidência em 2018

 Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Daniel Pinheiro/Agência Brasil)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém-se na liderança na corrida para a Presidência em 2018 segundo a primeira pesquisa do Datafolha após a delação da Odebrecht à Operação Lava Jato. Apesar de ser um dos nomes citados nos depoimentos, Lula chega a 30% das intenções de votos e amplia a distância dos demais possíveis candidatos.

Marina Silva (Rede) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparecem em seguida. O político de extrema direita subiu de 9% para 15% e de 8% para 14% nos cenários em que disputam, respectivamente, os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin. Em ambos os casos Bolsonaro surge tecnicamente empatado com Marina. Em simulações de segundo turno, a candidata da Rede e o juiz Sérgio Moro são os únicos que vencem Lula. [Marina é inofensiva, inútil e sem condições de competir, nem mesmo com o traste do Lula - certamente, todos lembram sua queda na eleição passada; Sérgio Moro não conta.
A real possibilidade é a ida de Lula para o segundo turno contra Bolsonaro - só que Lula, devido sua estrondosa e crescente rejeição, será esmagado por Bolsonaro, cuja rejeição diminui.
Claro, considerar a ida de Lula para o segundo turno só mesmo em pesquisa, haja vista que Lula estará encarcerado, condenado em vários processos em segunda instância e mofando no xadrez.]

A pesquisa também aponta que nomes relevantes do PSDB e o atual presidente Michel Temer (PMDB) sofrem com altos índices de rejeição. Temer, com 64%, lidera o ranking, seguido por Lula (45%), Aécio (44%) e Alckmin (28%). Quem ganha com a queda da popularidade dos colegas do PSDB é João Dória. Com baixa rejeição (16%), o prefeito de São Paulo desponta como um possível presidenciável. Contudo, ainda surge abaixo de Lula, Marina e Bolsonaro nas intenções de votos em um primeiro turno.

Fonte:  Revista VEJA 

 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

DESASTRE: direita burra faz Lula recuperar prestígio eleitoral

Na margem de erro, Lula aparece à frente de todos os oponentes no 2º turno, exceção a Marina: 38% a 34% contra Aécio e Alckmin e 37% a 35% contra Serra

A direita burra considerava que a exacerbação do clima policial, com o Congresso brasileiro debaixo de vara, acabaria levando água para seu moinho. Bem, não levou. Como previ, os únicos que tinham a ganhar com isso eram os esquerdistas.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda, para a surpresa de ninguém com miolos, traz ninguém menos do que Lula na liderança de todos os cenários de primeiro turno. Sim, Lula, ele mesmo, aquele que já é réu três vezes e que foi denunciado uma quarta vez. No segundo turno, quem se dá bem em todos os cenários é Marina Silva, da Rede. [convenhamos que a direita pode até ser burra, mas estupidez total é da maior parte do eleitorado brasileiro, que mesmo levando ferro, devido ter eleito e reeleito coisas como Lula e Dilma, insiste em permanecer no erro.

O Brasil não, mas, grande parte dos brasileiros que ainda votam em seres tipo Lula, Dilma e Marina, merecem mesmo é se f ...

Os corruptos prejudicam o Brasil, mas pessoas do tipo das citadas conseguem causar maior prejuízo - já que além de corruptos são incompetentes, verdadeiros asnos;
pequena ressalva quanto a Marina Silva, que ainda não existe elementos que provem ser corrupta - apesar de também ainda não ter tido grandes oportunidades para tanto - mas, é indiscutivelmente INCOMPETENTE.

Por sorte, as eleições são para 2018 e até lá Lula estará encarcerado. 

Vamos ficar firmes como BOLSONARO que será o futuro presidente do Brasil.]


Posso colocar de outra maneira: quem lidera no primeiro turno é uma das estrelas da Lava Jato que é contra a reforma da Previdência e a PEC do Teto e quem vence no segundo turno é uma liderança que contra a PEC do Teto e a reforma da Previdência. Fica bom assim?

Se a eleição fosse hoje, Lula obteria 25% no cenário em que o candidato tucano fosse Aécio Neves, com 11%em março, o petista tinha 17%, e o tucano, 19%. 
Marina fica com 15%. O ex-presidente chega a 26% com Alckmin na disputa, que obtém 8%. A líder da Rede marca 17%. Se o nome do PSDB é José Serra, com 9%, o chefão do PT mantém os 25%.  

Jair Bolsonaro (PSC-RJ) conquista, nessas hipóteses, respectivamente, 9%, 8% e 9%.

Calma que vem mais coisa
Marina Silva, cujo partido assumiu claramente uma inflexão à esquerda, continuaria a vencer todos os possíveis oponentes no segundo turno: 43% a 34% contra Lula; 47% a 25% contra Aécio; 48% a 25% contra Alckmin; 47% a 27% contra Serra. Não lhes pareceu bom, leitores amigos? Então vamos piorar um pouco.

Ainda que na margem de erro, Lula aparece à frente de todos os oponentes no segundo turno, exceção feita a Marina: 38% a 34% contra Aécio e Alckmin e 37% a 35% contra Serra.

Atenção para o movimento: na comparação com março, Aécio cai de 51% para 34%, e Lula sobe de 32% para 38%; Alckmin vai no período de 45% para 34%, e o petista ascende de 34% para 38%. Serra passa de 49% para 35%, e o ex-presidente oscila de 35% para 37%.

Lula encurta a distância também contra Marina no segundo turno: ela cai de 52% em março para 43% agora, e ele oscila de 31% para 34%: a diferença caiu de 21 pontos para 9. Se os números estiverem certos, eles evidenciam uma recuperação do prestígio político e eleitoral de Lula, embora ele siga sendo um dos presidenciáveis mais rejeitados, com 44%, empatado com Michel Temer, com 45%. Dizem rejeitar Aécio 30% dos entrevistados; 

Serra aparece com 20%, empatado tecnicamente com Bolsonaro (18%) e Alckmin (17%). Marina fica com apenas 15%.

Na sexta, fiz uma brincadeira no programa “Os Pingos nos Is”. OLula” que imito lançou um apelo à direita burra, sugerindo que o negócio é mesmo botar fogo no país e esculhambar o Congresso. Afinal, esse era o melhor caminho para a recuperação de Lula. 

Segue o vídeo para quem não viu.

Encerro. Não existe vácuo na política. Se a ideia é reduzir o país a uma grande delegacia de polícia, todos se igualam. No ambiente de terra arrasada, quem tem mais estrutura e experiência acaba obtendo vantagem ou recuperando o terreno. Agora resta à direita burra torcer para que Lula esteja preso até 2018.

Quem sabe a polícia possa conter o perigo que ela própria está criando com a sua… burrice!

Leia também:  "O diabo no comando. E o que ameaça a democracia brasileira”.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

Brasileiros, em sua maioria, gostam de viver na m ... em que foram colocados por Lula e Dilma

[É o que mostram ao dar grande vantagem à Marina Silva nas pesquisas]

Datafolha: Marina Silva lidera nas simulações de segundo turno

Ex-senadora apresenta grande vantagem sobre Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin na disputa presidencial 

A menos de dois anos para a nova eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva (REDE) aparece na liderança nas disputas no segundo turno, de acordo com a pesquisa de intenção de voto realizada pelo Datafolha.

Nas simulações contra os tucanos Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, Marina ganharia as eleições com grande folga, com 47% ou 48%. No entanto, na disputa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-senadora tem pequena vantagem, ficando com 43%.

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo jornal “Folha de S. Paulo” ouviu 2.828 pessoas de 16 anos ou mais, entre os dias 7 e 8 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

Em comparação ao último levantamento do Datafolha, Lula teve crescimento nas simulações de primeiro turno, mas perderia para Marina Silva. No segundo turno, o ex-presidente oscilou positivamente e teria pequena vantagem contra Alckmin, Serra e Aécio.  Numa outra simulação de primeiro turno, na qual o juiz federal Sergio Moro, Marina empata numericamente com o magistrado no segundo posto, com 11%.


Fonte: O Globo

 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Marina, o “ninguém-presta-só-eu”, a OAS e o caixa dois



Léo Pinheiro diz que intermediários da agora líder da Rede pediram doação por fora em 2010 porque candidata não queria aparecer ligada a uma empreiteira
Está dando o que falar a informação que vazou das negociações que Léo Pinheiro faz com vistas a uma delação premiada, segundo as quais intermediários de Marina Silva lhe pediram, em 2010, doação pelo caixa dois porque ela não queria seu nome associado a empreiteiras. Marina disputou a Presidência, então, pelo PV. O pedido teria sido feito pelo empresário Guilherme Leal e por Alfredo Sirkis, então coordenador nacional da campanha. O trio nega. Vamos lá.

O Globo já deu a informação com o devido destaque. Nesta terça, é manchete da Folha. Merece toda essa visibilidade? Bem, acho que sim, não é? Marina não tem a obrigação moral de ser mais honesta do que ninguémo que se quer é todos sejam honestos. 

Mas é claro que eventuais denúncias que a envolvam ganham um especial acento. E por quê?
Porque há muito tempo Marina é uma espécie de Catão moralizador do jogo do poder. De tal sorte ela se quer diferenciada dos demais políticos que se esmera até em jogos de palavras para buscar categorias que estariam acima das miudezas — e safadezas — a que outros se entregariam. Ainda que, a exemplo de todo mundo, também ela nada mais faça do que… política! Peguem o caso da luta pelo impeachment. Marina não se envolveu. Na verdade, passou boa parte do tempo bombardeando a tese. Na reta final, sem discurso, acabou dando seu endosso pessoal ao impedimento, mas o representante da Rede na Comissão Especial da Câmara votou contra. Em plenário, seus quatro deputados se dividiram: dois pra lá, dois pra cá. Convenham: isso é a cara de Marina.

Mais do que isso: tão logo a petista foi afastada, Marina aderiu àquela história de “Nem Dilma nem Temer, mas novas eleições”, apelando ao TSE. Com a devida vênia, é uma vigarice intelectual. Por quê? Marina sabe muito bem que a questão não será julgada pelo tribunal antes de 2017. Assim, caso a chapa que elegeu Dilma-Temer seja cassada nos dois anos finais de mandato, a Constituição prevê a realização de eleições indiretas.

Outra coisa: antecipar a data de eleição ou retardá-la é simplesmente inconstitucional. Fere cláusula pétrea da Constituição, e isso, portanto, não pode ser feito nem por emenda. Logo, o que quer, de fato, Marina Silva? Escolher o impossível para jogar os outros na fogueira, em benefício dos próprios interesses eleitorais. Porque, afinal, ela, a exemplo do que se queria o PT lá d’antanho, se considera “diferente disso tudo o que está por aí”.

Notem: Marina apostou na permanência de Dilma, mesmo com o país indo para o buraco, e agora faz a defesa de uma espécie de vazio institucional. Das duas uma: ou ela acredita mesmo nessa possibilidade e é uma doida — e não me parece que seja — ou reveste seu oportunismo de superioridade moral.

A ser verdade o que informam as reportagens e a ser Léo Pinheiro fiel aos fatos, essa diferença, também nesse particular, se revela apenas no discurso. Notem: eu estou apontando a fala hipócrita de Marina no que concerne à questão propriamente política, ainda que destituída de qualquer safadeza mais mundana. Sirkis afirma que, em 2010, a OAS doou R$ 400 mil, devidamente registrados, ao PV do Rio e que esse dinheiro foi empregado na campanha do Estado e de deputados federais. Nada teria ido para a disputa nacional.

Marina afirma que, se pediram dinheiro em seu nome, ela não sabia de nada. E diz que apoia as investigações. Que bom que apoie! Continuariam mesmo que não apoiasse. Vamos ver o que vem na delação de fato, quando ela existir.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo