Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Não é de se estranhar que a ONU tenha
um secretário-geral socialista...
O português António Guterres sempre
estará do lado errado, não apenas quando se trata da guerra de Israel contra o terrorismo.
Talvez ele personifique o sonho de Lenin, exposto ainda em 1915: o
internacionalismo comunista assumindo uma forma de “Estados Unidos do
Mundo”.
Esse desejo virou programa oficial da Internacional Comunista,
em 1936. Mais claro impossível: “A ditadura só pode se estabelecer por
meio de uma vitória do socialismo em
diferentes países ou grupos de países, depois do que as repúblicas
proletárias deverão se unir federativamente às que já existem, e esse
sistema de uniões federativas vai se expandir até a formação de uma
União Mundial de Repúblicas Socialistas Soviéticas”.
Não
foi por acaso que o ditador e genocida Stalin, que sucedeu a Lenin na
União Soviética, comemorou a criação da ONU, em 1945.
Socialistas e
comunistas tiveram papel importante nisso.
Inclusive comunistas
americanos, altos funcionários do Departamento de Estado e do
Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Depois, descobriu-se que quase 20 desses americanos eram espiões
soviéticos. Nada é por acaso.
Por isso, a assembleia-geral das Nações
Unidas acompanhou, inerte, o discurso do psicopata sanguinário Che
Guevara confessando fuzilamentos de opositores em Cuba...
Ou, mais recentemente, Xi Jinping elogiando a democracia, dizendo que é um direito de todos os povos do mundo (exceto o chinês).
A
ONU quer que o comportamento de todas as sociedades seja moldado pelo
Estado, sob a ordem do governo mundial. Isso, por si só, já seria um
escândalo
A ONU se tornou uma piada de mau gosto. Seu Conselho de Direitos Humanos já aprovou resolução parabenizando a Venezuela pelos esforços na área e condenando países que impuseram sanções contra a ditadura de Nicolás Maduro.
O texto começava reconhecendo a “vontade política demonstrada pelo
governo da República Bolivariana da Venezuela em cooperar com a ONU”. O
Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas não está nem aí para...
os direitos humanos. Ou não teria entre seus integrantes países como China, Cuba e Kuwait.
A
ONU quer que o comportamento de todas as sociedades seja moldado pelo
Estado, sob a ordem do governo mundial. Isso, por si só, já seria um
escândalo. Esse desejo insano e inaceitável deve provocar ainda mais
horror porque é escancarado por um organismo que sofre graves acusações
de corrupção, com funcionários envolvidos em casos de pedofilia; que, por meio de um de seus braços, a Organização Mundial da Saúde, defende abertamente o aborto;
que fala em “milênios de patriarcado, numa cultura que prejudica todo
mundo”... A ONU, defensora de um ambientalismo radical, grande causador
de pobreza e de fome.
A distopia globalista envolve
enfraquecimento de autoridades nacionais, o fim das soberanias,
concentração de poder, controle do discurso, supressão do debate,
divisão da sociedade.
Só os globalistas da ONU sabem exatamente quais
são os problemas de cada pedacinho do mundo e têm a solução permanente
para todos eles: “O mundo é muito complexo, só um processo centralizado
de poder é capaz de dar conta”.
Toda a arrogância e a prepotência do mal
desfilam por aí, dizendo: “Os Estados-nação não devem se opor à
‘dolorosa transição global’”; “Bem-vindos a 2030. Eu não possuo nada,
não tenho privacidade, e a vida nunca foi tão boa”; “Você comerá muito
menos carne”; “Insetos são ótimas fontes de proteína”; “Eleições se
tornarão desnecessárias”...
A ideologia por trás de
tudo isso é puramente socialista, coletivista. Portanto, deve ser
combatida.
Mesmo que tentem criminalizar qualquer movimento contra a
agenda globalista.
Nenhuma ditadura é boa, nenhuma ditadura é redentora,
é salvadora.
O caminho para o bem está nas pequenas comunidades, em
cada sociedade, de forma particular, na sua cultura, na sua religião,
nas suas tradições, nos seus costumes, nos seus valores morais, na
liberdade individual. A ONU não representa o bem e não salvará ninguém,
muito pelo contrário.
Praticamente não se fala mais dos crimes cometidos no ataque do dia 7 de outubro e exige-se que Israel cesse ‘as hostilidades’
Depois dos ataques selvagens que Israel sofreu dos terroristas doHamas,
com o massacre de inocentes, entre eles três brasileiros, o assassinato
de bebês, o sequestro de reféns, tortura e estupros, a reação imediata e
quase unânime das classes intelectuais civilizadas foi pedir“a
cessação imediata das hostilidades” por parte dos “dois lados”.
É uma
pena, realmente, que não tenham feito seus apelos de paz antes da
chacina executada pela “resistência do povo palestino”.
Não teria
havido, então, a morte de nenhum “civil palestino”, nem os bombardeios
contra os centros de operação do Hamas em Gaza, nem a fuga de refugiados
das zonas de guerra – que os terroristas, aliás, tentam impedir
bloqueando estradas e obrigando a população a sofrer com as bombas da
reação israelense.
Sem a agressão, na verdade, haveria a paz, como
ocorre com outros vizinhos do Estado de Israel. Mas a ditadura dos
grupos terroristas em Gaza não existe com paz – só consegue sobreviver
com a guerra e o apoio que recebe da esquerda mundial.
O
que se exige de Israel, entre os professores universitários, peritos em
“questões internacionais” que dão entrevistas na mídia, formadores de
opinião e o restante deste bioma, é uma decisão impossível de ser
tomada. Depois do assassinato a sangue frio de 1.400 israelenses,
recomendam eles todos, Israel não deveria reagir com nenhuma medida de
força; teria de convidar o Hamas, a ONU e a Anistia Internacional para
“negociações de paz”, e ficar esperando o próximo massacre.
Praticamente não se fala mais dos crimes cometidos no ataque do dia 7 de
outubro.
A preocupação é começar um diálogo para o atendimento das
reivindicações palestinas – algo muito pouco provável, considerando-se
que o objetivo oficial do Hamas é a extinção material do Estado de
Israel e a expulsão dos 9 milhões de judeus que vivem ali.
O que a
esquerda sugere que Israel faça, então? Não é viável propor que os
israelenses se suicidem, ou entreguem tudo o que têm ao Hamas. Exige-se,
então, que cessem “as hostilidades”. O que mais? Mais nada. [comentário = mais uma vez destacamos que expressamos nossa opinião sem nenhum viés ideológico e sim, considerando apenas o ASPECTO HUMANITÁRIO.
Os autores dos atos lamentáveis e reprováveis praticados contra o território israelense em 7 p.p., tiveram tempo mais que suficiente para estarem abrigados em local seguro e a salvo de qualquer reação de Israel e certamente não escolheram como abrigo a Faixa de Gaza - área que além de ser continuamente bombardeada por Israel, também se encontra sob cerco que impede a entrada de AJUDA HUMANITÁRIA tais como alimentos, água, energia, gás, medicamentos etc.
E é esta área que após mais de 10 dias do ataque de 7 de outubro continua sob intenso bombardeio das forças militares de Israel e tem como alvo apenas civis palestinos, incluindo, por óbvio, além dos homens, as mulheres, crianças, idosos, etc.]
Há
uma pregação maciça, universal e permanente para Israel tratar “as
populações civis” com a humanidade que o Hamas jamais teve em relação ao
povo israelense.
Nunca se menciona que só há
vítimas entre os palestinos porque Israel foi agredido com um ataque
criminoso; ninguém teria sido ferido ou morto, de nenhum dos lados, se o
Hamas não tivesse feito o que acaba e fazer. Israel não está executando
uma vingança, e nem agride inocentes para aterrorizar pessoas, como fez
o Hamas.
Está combatendo um inimigo militar que prega abertamente a sua
destruição. Pode até conviver com ele, cada um do seu lado da
fronteira. Mas não pode deixar que os terroristas invadam o seu
território, exterminem seres humanos e destruam alvos civis – e não
dispare um tiro em legítima defesa.[legitima defesa??? mais de uma semana após o ataque motivador da eventual ação aqui chamada de 'legitima defesa'?]
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Lula, que passou quase dois meses dos nove de governo fora do Brasil, viajando com sua mulher deslumbrada e torrando o dinheiro público em hospedagens caríssimas, esteve em Cuba para evento de ditaduras e simpatizantes. Lá, resgatou toda a cantilena típica de DCE condenando os embargos americanos pela miséria causada pelo socialismo do seu falecido companheiro Fidel Castro. O sujeito mais cínico do planeta é aquele que assinou cartinha"pela democracia" para condenar Bolsonaro e apoiar, ainda que indiretamente, seu único adversário viável, que fundou o Foro de SP com o ditador comunista da ilha caribenha. Lula idolatra o regime nefasto que escravizou milhões de cubanos desde sempre, e foi lá uma vez mais culpar os Estados Unidos pelo inferno socialista.
Seria o caso, então, de resgatar relatos de como era viver no "paraíso" dos petistas. Li vários livros sobre o assunto, mas recomendo, em especial, Contra Toda Esperança, de Armando Valadares, que passou 22 anos no "Gulag das Américas", um preso político de Fidel submetido ao tratamento mais desumano possível.
Valladares nunca sucumbiu, pois tinha Deus como guia. Ele mesmo relata: "Era só chamar o comissário político e dizer que queria ir embora, para que tudo mudasse no mesmo instante. Mas isso significava rendição incondicional. No entanto, salvaria minha mãe, me salvaria e tudo seria mais agradável. Mas, depois, poderia escapar da minha consciência, do meu próprio juiz, do ser íntimo que me reprovaria sempre por ter agido de maneira contrária às minhas ideias e critérios, mesmo tendo sido sobrepujado pela dor e a angústia?"
Ele responde: "Novamente recorri a Deus e me confiei a Ele, à sua infinita sabedoria, pedindo-Lhe que me escutasse. E, como sempre, me escutou". Foi em sua fé cristã que Valladares encontrou forças para resistir à tentação, para não se curvar diante do Diabo, ali encarnado na figura do seu algoz, do ditador comunista amigo de Lula.
A juíza brasileira Ludmila Lins Grilo, que foi aposentada compulsoriamente pelo sistema que apoia Lula e o ajuda a levar nosso país na direção de Cuba, escreveu: "Alexandre de Moraes ordenou a queda de 2 sites usados pela empresa da qual sou sócia e professora. Podem tirar minhas fontes de renda, meu cargo, minha liberdade, e até minha vida, mas JAMAIS A MINHA DIGNIDADE. Eu só tenho Um a Quem agradar, e a Ele toda honra e toda glória".
Sua fibra também vem de sua fé em Deus. Não é algo incomum. Pessoas desprovidas dessa fé costumam sucumbir mais rápido, ceder em nome do "pragmatismo" e contemporizar com o inimigo. Não é por acaso que os revolucionários comunistas odeiam o Cristianismo, ainda que tentem destruí-lo de dentro, aparelhando as igrejas e enfiando marxismo no lugar de Jesus Cristo.
São vários relatos de dissidentes fuzilados no paredón cubano a mando de Che Guevara e Fidel que estufaram o peito e gritaram sua crença em Deus no momento final de suas vidas corajosas. O melhor resumo que existe para o fenômeno do comunismo assassino prosperar foi feito pelo dramaturgo Alexander Soljenítsin, autor de Arquipélago Gulag,o relato sombrio do inferno soviético: Há mais de meio século, quando eu ainda era criança, lembro-me de ter ouvido várias pessoas mais velhas oferecerem a seguinte explicação para os grandes desastres que aconteceram na Rússia: ‘Os homens se esqueceram de Deus; é por isso que tudo isso aconteceu.’
Desde então, passei quase 50 anos trabalhando na história de nossa revolução; no processo, li centenas de livros, coletei centenas de testemunhos pessoais e já contribuí com oito volumes meus para o esforço de limpar os escombros deixados por aquela agitação. Mas se me pedissem hoje para formular o mais concisamente possível a causa principal da revolução ruinosa que devorou cerca de 60 milhões de pessoas de nosso povo, não poderia ser mais preciso do que repetir: ‘Os homens se esqueceram de Deus; é por isso que tudo isso aconteceu.’
O comunismo é incompatível com a fé em Deus. Por isso que quando um comunista como Flavio Dino "brinca" que é ateu, graças a Deus, sabemos se tratar de puro escárnio, de deboche, mas um deboche que tenta mascarar essa realidade: quem tem Deus no coração jamais vira defensor de comunista, pois sabe que o comunismo representa a destruição de Deus.
Temos a guerra política, que ocorre no dia a dia, e a guerra cultural, que se trava em esferas mais profundas e influencia a política. Mas, acima de ambas, não resta dúvida de que lutamos uma guerra espiritual. Não há qualquer exagero em utilizar linguagem religiosa para explicar o que acontece no Brasil de hoje.
Gente sem qualquer resquício de Deus em seu coração resolveu declarar guerra mortal a tudo que é Bom, Belo e Verdadeiro.
E o líder dessa turma está de volta à cena do crime, como diria Alckmin. Reduzir o perigo do lulismo comunista ao aspecto da corrupção é fazer o jogo do Diabo.
A corrupção que assusta muito mais é aquela da alma...
Como não há debate sobre a falência de certas políticas, não há base para a procura das mais corretas
O governo daChina
enfrenta sérias dificuldades naquilo que parecia ser sua especialidade:
botar o país para crescer. Há problemas econômicos específicos — como o
endividamento das administrações regionais e o esgotamento de grandes
projetos de infraestrutura —, mas a questão básica é mais profunda.
Trata-se da perda de eficiência do sistema político, aquele que se
poderia chamar de ditadura esclarecida.
Ditadura, pelo óbvio. A sociedade vigiada e controlada pelo Partido
Comunista.
Na economia, ampla abertura para o investidor privado
nacional e estrangeiro.
Por trás disso, o comando de uma burocracia
formada nas melhores universidades ocidentais e treinada em grandes
companhias.
Um pequeno exemplo: a política monetária é aplicada pelo Banco do Povo
da China. O povo não manda nada.
Mandam economistas que trabalham
exatamente como os mais eficientes banqueiros centrais do mundo.
Há uma ideologia por trás disso. Sustenta que a democracia política,
estilo ocidental, não funciona e, pior, atrapalha o crescimento
econômico.
Muito debate, parlamentos atrasando a aplicação dos
programas, imprensa incomodando, sociedade reclamando e resistindo a
medidas do governo — não há como ter eficiência, diz essa doutrina.
Mas,
para que isso seja verdade, é preciso admitir que a tecnocracia é
eficiente e sabe claramente os interesses atuais e futuros dos cidadãos e
do país. Logo, não erra.
Pois o governo do presidente Xi Jinping
vem cometendo erros sucessivos. O mais desastroso foi o programa Covid
Zero. A ideia era bloquear a transmissão do vírus.
Um teste positivo
numa fábrica — e se fechava toda a fábrica, trabalhadores e funcionários
lá dentro, por quantos dias fosse necessário para testar todo mundo e
isolar os doentes.
Um caso num bairro, e todos os moradores eram
simplesmente trancados em suas casas, com barricadas à frente dos
prédios.
Se o vírus escapava do bairro mesmo assim, regiões inteiras
eram isoladas.
Um caso num porto, e se fechavam todas as operações ali.
Sendo essa a política, o governo se descuidou da vacinação — e deu tudo
errado. A Covid Zero paralisou seguidamente a economia e não impediu a
transmissão.
Quando, finalmente, se abandonou a política, a economia
estava desorganizada, a sociedade cansada e não vacinada.
Depois o
governo se equivocou em várias tentativas de recuperação, e o resultado
aí está: a China crescendo muito pouco, os ganhos de renda bloqueados.
Como se chegou a esse ponto? Pela natureza do regime. Sem democracia,
sem livre debate, os médicos e cientistas que alertavam sobre os erros
da Covid Zero eram simplesmente presos ou trancados em casa. Incipientes
debates em alguma imprensa regional, reportando reclamações de
moradores, foram rapidamente abafados.
O mesmo acontece nas decisões de política econômica. Quando o
presidente e a administração central erram, a burocracia mantém esse
erro, insiste, até que as próprias instâncias superiores, o presidente e
a cúpula do partido percebam a besteira. De novo, como não há debate
sobre a falência de certas políticas, não há base para a procura das
mais corretas. Erro atrai erro.
E quer saber? É bom que isso esteja acontecendo. O povo chinês paga um
preço e também muitos países cujas economias se ligaram mais fortemente à
China. Mas era preciso desmistificar o sistema e derrubar a ideia de
que a democracia atrapalha. É notável também a perda de prestígio da
China como parceiro econômico e geopolítico. Se o governo lá muda suas
políticas sem consultar seu próprio povo, por que consultaria outros
governos?
Assim é que os países ocidentais no sentido amplo, democráticos e
desenvolvidos— incluindo Japão, Austrália e Coreia do Sul —, buscam
parceiros confiáveis.
Países emergentes democráticos são candidatos.
Alguns pularam na frente.
O México ultrapassou a China como maior
fornecedor dos Estados Unidos. Canadá também. A União Europeia, outro exemplo, procura fontes de energia fora da Rússia.
Enquanto isso, o Brasil de Lula, antiamericano, se alinha com China e Rússia.
Principal parceiro comercial do Brasil, país asiático vive momento de
desaceleração econômica e mantém relação pragmática e foco nos
negócios, que hoje se concentram na compra de commodities
Leonencio Nossa À margem da História Estadão – Estado de São Paulo 02 Setembro 2023 Ver Nota DefesaNet ao pé da página
Tempo de repressão. Um grupo de militantes do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, foi convidado pelo regime de Mao Tsé-Tung,
nos anos 1960, para treinar guerrilha na Academia Militar de Pequim.
Num idioma e numa cultura completamente diferentes, os brasileiros
tiveram mais aulas de política internacional que de tiros e emboscadas.
O
anfitrião liderara, décadas antes, uma Longa Marcha a partir do
interior chinês e vencera uma guerra civil que implantou o comunismo.
Na
volta ao Brasil, os militantes seguiram para o Bico do Papagaio, na
divisa do Pará com o norte de Goiás, hoje Tocantins, para combater a ditadura militar.
Ali, na confluência dos rios Araguaia e Tocantins, na chamada
Mesopotâmia Brasileira, o partido criou três pequenas comunidades.
Cada
uma com pouco mais de 20 integrantes e o intuito de convencer caçadores,
agricultores, pescadores, barqueiros e catadores de coco a aderir à
luta armada até atingir os grandes centros, numa guerrilha maoísta.
Pequim não formou homens para guerra na selva. Nem a ditadura tinha
agentes para isso. O Araguaia foi um conflito assimétrico, de um lado
civis e do outro as Forças Armadas. Eram cerca de cem guerrilheiros,
entre militantes das cidades e camponeses. O Exército montou a primeira
operação em abril de 1972, mas saiu de lá sem liquidar o movimento.
Voltou em setembro. Sem sucesso. A cúpula militar e o Palácio do
Planalto organizaram uma operação de inteligência de mapeamento da área
antes de uma terceira campanha.
Após recolher dados de agentes disfarçados, o Exército iniciou em
1973 a ofensiva final com homens preparados em Manaus. No Natal daquele
ano, o chefe político da guerrilha, o ex-deputado federal Maurício Grabois, quase sem enxergar, foi morto por paraquedistas.
A
biografia dele, feita dentro do partido, registra um equívoco em sua
primeira edição ao dizer que a infantaria o teria matado. O livro ainda
registra que o comunista nascido em Campinas era de Salvador. A obra
erra no nascimento e na morte do personagem. Leitor de Albert Camus,
Grabois preferia o Estadão às publicações comunistas para se informar. Merecia um perfil decente, tipo tijolaço.
A guerrilha brasileira mais bem estruturada, hoje é preterida pelos
intelectuais de esquerda em detrimento dos grupos urbanos da luta
armada. O grupo apostou num movimento de foco, que começava justamente
onde a ditadura iniciava o “Brasil Grande”. A região no sudeste paraense
foi demarcada como área de segurança nacional.
Lá estavam o
canteiro das obras da Transamazônica, as pesquisas da Vale sobre a
potencialidade de minério de ferro e o projeto de Tucuruí.
(...)
Na década seguinte, Fernando Henrique Cardoso daria
início à tradição de pedir apoio da China à entrada do Brasil no
Conselho de Segurança da ONU em troca de defesa de alguma posição
polêmica de Pequim – o governo chinês informou que ele defendeu, em uma
visita em 1995, a política de direitos humanos do país, marcada pelo
massacre da Praça da Paz Celestial e pela repressão a dissidentes. O
tucano fez malabarismo para dizer que não foi bem assim.
Ter assento permanente no Conselho de Segurança significa poder de
barganha em outras áreas. A questão é que os cinco membros do órgão
devem ser unânimes à ampliação do grupo, e não houve registros de que a
China tentou convencer os norte-americanos, em especial, a aumentar o
número de cadeiras.
Pequim pôs crianças com bandeirinhas e soldados em traje de gala para recepcionar Luiz Inácio Lula da Silva (em 2004, 2008 e 2009), Dilma Rousseff (2011), Michel Temer (2016 e 2017) e Jair Bolsonaro (2019).
Justiça seja feita, Bolsonaro foi o único visitante que não fez
discurso de chefe de superpotência. Mas excedeu no viralatismo por
interesse pessoal.
Distante de questões diplomáticas e do papel de candidato à presidência de um país parceiro comercial da China, copiou Donald Trump no
uso de bobagens contra a China para ganhar seguidores nas redes. Ainda
na campanha, esteve em Taiwan para irritação de Pequim. Até a ditadura
militar havia deixado de reconhecer a autonomia da ilha reivindicada
pelos comunistas chineses.
(...)
Nota DefesaNet Para mais detalhes sobre as
Campanhas da Guerrilha do Araguaia, e detalhes sobre as três campanhas.
Acesse o excepcional artigo do General Álvaro Pinheiro, publicado
originalmente por DefesaNet, em 2005 e republicado em 2012.
Nota Blog Prontidão Total:informamos que estamos apresentando transcrição parcialda matéria e ao tempo que agradecemos à DefesaNet, registramos que nos proibimos de apresentar qualquer comentário, inclusive por ser a matéria uma narrativa (que não corroboramos) apresentada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
A cada dia que passa acordamos com notícias do avanço da ditadura instalada no Brasil.
Hoje a PF prendeu um pastor e uma cantora gospel pelo "crime" de convocar gente para uma manifestação usando a Bíblia e "seus direitos". Como o simples ato de se manifestar está sendo confundido com invasões golpistas, sem qualquer individualização da pena, então convocar para um protesto garantido por lei já vira o novo crime em si. Estranho...
Aí temos o hacker da Vaza Jato na CPMI dos "atos golpistas".
O responsável por entregar material a petistas que serviram para soltar Lula da cadeiaafirma que Bolsonaro participou de reuniões e fez promessas indecorosas.
A esquerda trata a afirmação de um criminoso como prova do crime em si,pois contra bolsonaristas não é mais preciso ter evidência alguma, e delação não é tortura.
Está puxado! O Brasil cansa. Esse era o meu bordão de antes. Preciso atualizar isso para "O Brasil deprime".
E, diante da depressão que bate quando acompanhamos as notícias no país, ainda mais sendo alvo da ditadura instalada, o que fazer?
Em uma live minha da semana passada lancei mão do sarcasmo.
Falei por mais de uma hora só com ironias, brincando que "o amor venceu",que eles xingam, agridem, perseguem, destroem as instituições, mas tudo com muito amor.
O feedback que recebi foi, em geral, muito bom. A turma gostou do meu desempenho como comediante. Mas um amigo de luta pela liberdade não gostou, e me enviou uma mensagem crítica. Como brincar quando essa corja acaba com o que restou de nossas liberdades e nossa democracia? Eis o que ele escreveu em seu Twitter também: - Conservadores sendo censurados, perseguidos e até presos, e ainda fazendo piadinha chamando essa ditadura comunista de governo "do amor". É tipo os prisioneiros dos gulags fazendo piada com o Stálin. Parem de se render à linguagem do inimigo. Precisamos chamá-los do que eles são.
Ele tem um ponto. Será que faziam piadas durante o avanço comunista nos países que viraram ditaduras totalitárias?
]Faziam sim, pois é muitas vezes a única válvula de escape para aguentar o rojão.
E também porque pode ser a única saída para não ser enquadrado em novos crimes - se bem que os ditadores brasileiros já miram em humoristas também.
O humor sempre foi um instrumento poderoso, e por isso todo "combatente da democracia" demonstra um perfil sisudo e carregado.
Confesso não ter opinião formada aqui. Entendo que fazer uso de ironias num momento em que prendem sem qualquer crime, usam censura, congelam contas bancárias do nada e cancelam passaportes de jornalistas só por perguntas incômodas, pode parecer algo estranho, como rir na beira de um vulcão já em erupção.
Ao mesmo tempo, não descarto a possibilidade de, com ironia, expor ainda mais o ridículo da mensagem de quem se coloca como protetor da democracia ao destruí-la ao lado de bajuladores de tiranos. Talvez haja espaço para as duas estratégias, dependendo do perfil - ou do dia.
É preciso falar sério sim: essa turma está tentando transformar o Brasil na nova Venezuela, e não há qualquer graça nisso.
Mas não vou condenar quem, desesperado com a realidade, apela para o humor, para suportar melhor essa situação surreal. Tenho lugar de fala: sou alvo deles e estou pagando um preço alto por defender a liberdade -de forma séria e também com ironias.
O presidente Lula e o ministro da Justiça, Flávio Dino: governo enviou projeto de lei com termos vagos para criminalizar opositores e descontentes. - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O envio ao Congresso Nacional, pelo Poder Executivo, dos projetos de lei 3.611 e 3.612/2023 dão o claro sinal de que a ditadura já em curso no Brasil quer ser fortalecida.
Corroborando medidas já tomadas inconstitucionalmente pelo Supremo Tribunal Federal contra cidadãos brasileiros, Lula propõe agora multas e penas absurdas e desproporcionais a quem cometer “crimes contra o Estado Democrático de Direito”.
Tão evidente é a inconstitucionalidade que a bancada do Partido Novo está requerendo a devolução sumária de ambos os textos, pelo presidente da Câmara, ao Executivo.
Parlamento que se respeita não deve tolerar tramitação de textos contrários à Carta Magna, como o são os projetos mencionados já apelidados de “AI-5 do Lula”.
As medidas propostas alteram o Código Penal, prevendo multas de até R$ 26 milhões em condenações pelos crimes contra o Estado Democrático de Direito. Prevê criminalização sumária contra cidadãos quando houver “indícios suficientes de autoria ou de financiamento de crimes contra o Estado Democrático de Direito”, e cria o tipo penal de tentar impedir o livre exercício das funções de presidente, vice, presidente da Câmara e do Senado, ministros de Estado, do STF e procurador-geral da República, com pena de até oito anos de cadeia; prevê, ainda, a possibilidade de a União intervir no processo criminal, por intermédio da AGU, pleiteando medidas assecuratórias em desfavor de investigados. Tudo muito vago, tudo muito ao sabor de quem quer exercer poder sem o limite da lei, aplicando penas conforme a posição política do suposto autor do crime.
O ódio, o rancor e a vingança ilimitados não trarão frutos positivos para o Brasil. Pelo contrário: o país permanece patinando numa guerra ideológica, cujas maiores vítimas são quem nada tem a ver com a disputa
Trata-se de medidas completamente incompatíveis com o sistema processual penal acusatório garantido pela Constituição Federal de 1988 e por todos os países democráticos, onde o devido processo legal é garantido. E, não obstante, tais medidas são propostas como se pudessem não apenas vigorar depois de eventualmente aprovadas no Congresso Nacional como, também, ser utilizadas como justificativa para as milhares de abusivas ações já tomadas no passado recente no nosso país. É estratégia semelhante à que já denunciei quando da proposta do PL da Censura, cujo alegado intuito de combater fake news não passa de desculpas para calar opositores do governo na internet.
A escalada autoritária do governo Lula tem o inegável apoio do STF, cujo próximo presidente Luís Roberto Barroso, em congresso da UNE e ao lado de Flávio Dino, ministro da Justiça de Lula, gabou-se de ter “derrotado o bolsonarismo”. É triste perceber algo que precisa ser estudado com mais profundidade: parece que ainda estamos vivendo no passado, principalmente pós-1964. Parte relevante da esquerda histórica, ressentida com a perseguição sofrida nos anos 1960 e 1970 e, depois, com as consequências da Lava Jato na década passada, quer agora vingança contra todos que entende ter se colocado em seu caminho, mesmo que isso custe alvejar quem nada tenha a ver com a história e acabe prejudicando todo o país que quer olhar pra frente. O ódio, o rancor e a vingança ilimitados não trarão frutos positivos para o Brasil.Pelo contrário: o país permanece patinando numa guerra ideológica, cujas maiores vítimas são quem nada tem a ver com a disputa.Quando se ataca o Estado de Direito, quando se rasga a Constituição e se afronta a democracia, quem mais perde é o país como um todo. Os exemplos próximos como o da Venezuela ou o da Nicarágua devem nos servir de alerta: a Câmara dos Deputados, representante máxima da população brasileira, deve negar-se a apreciar, ou rejeitar com contundência, projetos como o PL da Censura e, agora, o novo pacote ditatorial de Lula. Caso contrário, será cúmplice na perseguição política em curso, cuja maior vítima é, indistintamente, a cidadania brasileira.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos Marcel van Hattem, deputado federal em segundo mandato - coluna da Gazeta do Povo - VOZES
O Supremo Tribunal Federal, segundo fomos informados pelo ministro Luís Roberto Barroso, é hoje um “poder político” – aliás, de acordo com ele próprio, teve uma “ascensão vertiginosa”.
É, também, um poder ilegal, como eram as juntas de governo do regime militar. Não há, na Constituição ou em qualquer lei em vigência no Brasil, absolutamente nada que permita ao STF exercer qualquer tipo de poder político. Se ele teve uma “ascensão vertiginosa”, como diz Barroso, e está governando o Brasil em parceria com o “sistema” Lula,é porque tem o apoio da força bruta e armada – a Polícia Federal e o Exército.
Essa é a situação real do Brasil de hoje.
Os analistas políticos passam horas falando e escrevendo sobre “governabilidade”, “equilíbrio entre Poderes” e outras miragens, como se isso aqui fosse a Inglaterra.
Mas a realidade não muda só porque o mundo político, as elites e a mídia fazem de conta que o Brasil é uma democracia.
A aberração de um STF que se declara “poder político”leva o país a ficar cada vez mais parecido com uma ditadura de Terceiro Mundo – metida à besta, hipócrita e pretensiosa, mas tão convincente para um democrata verdadeiro quando um Luís XV de escola de samba.
A realidade não muda só porque o mundo político, as elites e a mídia fazem de conta que o Brasil é uma democracia.
Não existe lei no Brasil –e quase todos os dias os ministros do STF dão provas concretas, com as decisões que tomam, de que a sociedade brasileira está vivendo num sistema de selvageria institucional.
O que existe, em lugar de um ordenamento jurídico de verdade, é uma sociedade limitada que dividiu o país em duas províncias – metade das ações está com Lula e a outra metade com o Supremo.
Juntos eles governam o Brasil num sistema de assistência mútua.
Lula foi posto na Presidência da República pelo STF; agora depende dos ministros para continuar lá, ao mesmo tempo em que usa a Suprema Corte de Justiça para se colocar acima da lei e fazer o que bem entende no governo.
O STF, por sua vez, recebe a vassalagem do presidente – e decidiu ligar os seus destinos e o seu bem-estar ao regime Lula-PT-etc.
É ali que vê a segurança para o seu futuro;
- numa democracia de verdade, e com a esquerda reduzida à sua situação real de minoria, o STF terá problemas de sobrevivência. Não vai continuar, com certeza, na sua ascensão vertiginosa.
Que democracia pode conviver com um Supremo que se declara “poder político”?
Mais: o STF insiste em impor ao Brasil, pela força, um tipo de sociedade que a maioria da população brasileira não quer, ou teria de ser consultada para dizer se quer ou não.
Numa democracia, os ministros não poderiam mais fazer o que bem entendem; por que iriam aceitar, felizes, um regime realmente democrático?
Lula e o STF, na verdade, têm uma convicção essencial em comum – não toleram a manifestação da verdadeira vontade popular, nem aceitam a ideia de que a liberdade é um valor tão importante quanto o Estado.
Nada poderia representar de forma mais absoluta a vontade dos brasileiros do que a sua atitude diante do “imposto sindical” – assim que a lei, aprovada pelo Congresso, tornou o pagamento voluntário, ninguém quis pagar mais.
O povo, recebendo o direito legal de escolher se pagava ou não, decidiu não pagar; haveria algum jeito mais claro e indiscutível de saber o que a maioria quer?
Pois Lula está exigindo que o trabalhador seja obrigado a pagar de novo o imposto sindical, e o STF está preparado para atender à exigência. “Poder político” é isso.
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Em um país sério, jamais um ministro de Corte Suprema seria palestrante empolgado em evento de estudantes comunistas. Em um país sério, esse ministro jamais afirmaria, com orgulho, que "derrotou" o candidato de direita.
A constatação inapelável é a de que o Brasil não é um país sério. Nem perto disso.
O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na noite desta quarta (12) que enfrentou e derrotou o “bolsonarismo”. A declaração foi dada após ser vaiado por um grupo de estudantes na abertura do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). A fala entrou na mira de deputados da oposição, que consideram entrar com um processo de impeachment contra o magistrado por cometer crime de "exercer atividade político-partidária". [o único empecilho é que o STF em julgamento extraordinário antecipado já inocentou o ministro Barroso. Valeu a regra do ministro Fux, quando presidente do STF, sentenciou: 'mexeu com um,mexeu com todos'. ]
As vaias a Barroso ocorreram por conta da atuação dele em processos na Corte, como o piso da enfermagem e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. “Nada que está acontecendo aqui me é estranho. Já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo. Não tenho medo de vaia porque temos um país para construir. Nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse.
Quem seria esse "nós" a que ele se refere? O STF?E quem deu ao Supremo a missão de "construir um país", em vez de preservar a Constituição?
O mesmo Barroso, não faz muito tempo, reconheceu que o Poder Judiciário virou um "poder político",admitindo o ativismo inconstitucional.
Foi o mesmo ministro que já confessou seu desejo de "empurrar a história", e que, provocado com perguntas educadas e legítimas em Nova York, rebateu: "Perdeu, mané!"
Enquanto isso, o ministro Flávio Dino, da Justiça, reafirmou que o governo quer regulamentar as redes sociais e que as plataformas são usadas para divulgar as “ideias da direita e do poder econômico”. As falas foram dadas durante a abertura do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), que teve também um protesto com vaias ao ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Está tudo funcionando perfeitamente em nossa democracia, como podem perceber.Golpistas são os patriotas!
Chegou a mim uma thread de um Alexandre Andrada,que não conhecia, mas que é professor do Departamento de Economia da UnB.
Seu pensamento retrata com perfeição a desgraça que se abateu sobre o Brasil. É o pensamento de muito tucano, gente "moderada", alguns que se dizem até "liberais".Eis o que ele argumenta: - Pra mim está cada dia mais óbvio que as elites (política, econômica, jurídica, jornalística, etc.) se juntaram no famoso “grande acordo nacional” para acabar com duas ameaças ao status quo:a Lava Jato e o Bolsonarismo. Eu, particularmente, acho que a Lava Jato estava se transformando num instrumento jurídico extremamente arbitrário e perigoso.
E acho que o antigo status quo PT-PSDB era bem melhor que PT-Bolsonarismo.
Para acabar com o bolso-lavajatismo, o STF se lavajatou em alguma medida. Estão usando de heterodoxias para “fazer justiça”. Isso me assusta um pouco, pq é muito fácil desse poder se corromper e desandar. Moraes é Moro com mais inteligência e foco. Que seja só uma transição.
Vamos criar uma ditadura "transitória" para combater os abusos lavajatistas e a direita "tacanha".
Vamos defender o arbítrio, a censura e a perseguição para resgatar o status quo da hegemonia esquerdista, quando PT e PSDB promoviam o teatro das tesouras.
Vamos rasgar a Constituição para proteger a liberdade.
Vamos destruir a democracia para salvá-la. E tudo isso terá prazo de validade, claro.
Os comunistas queriam o fim do estado, mas aceitavam o socialismo no processo, a ditadura do proletariado.
Estranho que jamais o aparato tirânico criado para tal finalidade recuou por conta própria, se autodestruiu e instaurou uma era de liberdade depois. Que coisa estranha, não?
Ministro, em discurso na UNE, disse: 'Derrotamos o bolsonarismo'
O Supremo Tribunal Federal (STF)divulgou nota para explicar a frase do ministro Luís Roberto Barroso em discurso em evento da União Nacional de Estudantes (UNE) na quarta-feira 12. Segundo a nota, ao declarar que “derrotamos o bolsonarismo”, o ministro se referia ao voto popular e não a uma atuação institucional da Corte. [alguém esperava postura diferente?]
“Como se extrai claramente do contexto da fala do Ministro Barroso, a frase ‘Nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo’ referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”, afirma a nota.
“Derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse o ministro no evento, do qual também participaram o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
A oposição vê a declaração de Barroso como uma admissão da atuação política do ministro, que declarou, há uma semana, que o Judiciário se tornou um poder político, mais do que técnico.
Deputados e senadores de oposição planejam protocolar um pedido de impeachment, fundamentado na Lei dos Crimes de Responsabilidade, que proíbe ministros do STF de exercer atividade político-partidária.
Leia a nota do STF, na íntegra:
O Ministro do STF Luís Roberto Barroso, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, e o Deputado Federal Orlando Silva estiveram juntos, no Congresso da UNE, para uma breve intervenção sobre autoritarismo e discursos de ódio. Todos eles participaram do Movimento Estudantil na sua juventude.
Apesar do divulgado, os três foram muito aplaudidos. As vaias – que fazem parte da democracia – vieram de um pequeno grupo ligado ao Partido Comunista Brasileiro, que faz oposição à atual gestão da UNE. Como se extrai claramente do contexto da fala do Ministro Barroso, a frase ‘Nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo’ referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição.
“Não
há nada mais permanente que um programa temporário de governo”,
costumava dizer o economista liberal Milton Friedman.
A frase serve não
apenas para programas governamentais, mas para decisões do Estado em
geral, sobretudo quando esse Estado envereda pelo totalitarismo, como é o
caso presente do Estado brasileiro.
Por aqui, não há nada mais
permanente, por exemplo, do que a censuratemporária.
Com efeito, desde ao menos o dia 20 de outubro de 2022, quando a ministra Cármen Lúcia acompanhou a maioria de seus colegas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e censurou o documentário do Brasil Paralelo sobre a facada em Jair Bolsonaro, o país trocou oficialmente o assim chamadoEstado Democrático de Direito pelo Estado Excepcionalíssimo
de Direito.
Na ocasião, com semblante grave, Cármen Lúcia afirmou que
“não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no
Brasil”.
Ato contínuo, foi lá e fez justamente o que dissera não se
poder fazer: permitiu a volta da censura no Brasil – segundo ela, apenas
naquela situação “excepcionalíssima”, pré-eleitoral, de modo a impedir
“o comprometimento da lisura, da higidez, da segurança do processo
eleitoral e dos direitos do eleitor”.
Ou, traduzindo: para impedir que o
material pudesse prejudicar o sucesso do candidato Luiz Inácio Lula da Silva,
o preferido das autoridades eleitorais. Diante dessa missão
excepcional, que mal haveria em mandar às favas o §2.º do artigo 220 da
Constituição Federal, não é mesmo?
Missão dada,
missão cumprida. Mas, obviamente, a cada momento surgem novos desafios
excepcionais, que exigem flexibilidade hermenêutica dos intérpretes da
Constituição e próceres do Estado Excepcionalíssimo de Direito.
Foi
seguindo essa mesma linha, então, que Alexandre de Moraesdeterminou a censura de todas as redes sociais de Monark, apelido do
influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, acusado de “subversão da
ordem”. Sim, Moraes usou essa expressão típica da ditadura militar.
Escreveu o censor em sua decisão inconstitucional: “Em face das
circunstâncias apontadas, imprescindível a realização de diligências,
inclusive com o afastamento excepcional de garantias
individuais que não podem ser utilizadas como um verdadeiro escudo
protetivo para a prática de atividades ilícitas, tampouco como argumento
para afastamento ou diminuição da responsabilidade civil ou penal por
atos criminosos, sob pena de desrespeito a um verdadeiro Estado de
Direito”.
Desde ao menos o
dia 20 de outubro de 2022, o país trocou oficialmente o assim chamado
Estado Democrático de Direito pelo Estado Excepcionalíssimo de Direito
Uma dessas críticas partiu de Lygia Maria, colunista da Folha de S.Paulo. No artigo “Quando a exceção vira norma”, a autora denuncia o perigo de se usar o medo coletivo (de futuros “ataques à democracia”,
por exemplo)para justificar medidas excepcionais, à margem da
Constituição, como têm procedido ministros do STF e do TSE desde, ao
menos, o período eleitoral, e notadamente no caso da censura a Monark
por conta de suas opiniões. “Não estamos numa ditadura, por óbvio, mas
infringir a liberdade de expressão
a partir do medo de uma abstração não é uma ferramenta democrática”,
diz Maria. E conclui: “O medo gera a excepcionalidade, e sempre há o
risco de o excepcional virar a norma”.
Confesso não
ter entendido o porquê de a colunista enxergar como tão óbvia a
afirmação de que não estamos numa ditadura, tendo em vista que a
infração da liberdade de expressão a partir do medo é uma das
características essenciais de toda ditadura, caracterizada justamente
como um estado de exceção.
Ora, se a autora admite que, sob o
pretexto de salvaguardar a democracia,magistrados das nossas altas
cortes têm posto entre parênteses uma cláusula pétrea da nossa
Constituição– tanto mais em época de eleição, quando a liberdade de
expressão é ainda mais vital –,por que ainda falar em “risco”?
Parece
óbvio que, no Brasil contemporâneo, o excepcional já virou a norma, e só
o comprova a frequência com que essa palavrinha tem aparecido em
decisões que violam reiteradamente direitos individuais fundamentais.
Crítica semelhante apareceu recentemente noEstadão, agora sob forma de editorial. Intitulado “Não se defende a democracia com censura”,
o texto afirma: “Tem sido frequente – e não apenas da parte do sr.
Alexandre de Moraes – ignorar essas exigências constitucionais sob o
pretexto de proteção do bem maior, condição de todos os outros, que é a
democracia (...) O argumento segundo o qual, na proteção de um bem muito
importante, não deveria haver limitações para a atuação estatal foi o
que o regime militar sempre utilizou em suas violações dos direitos
humanos e das garantias fundamentais. A Constituição instaurou uma
lógica muito diferente, que é a do Estado Democrático de Direito (...)
Quando a Constituição proíbe a censura, não é mera sugestão, a depender
das circunstâncias. É norma que obriga a todos, sempre”.
À
primeira vista, como já sugeri, tem-se a impressão de que a censura ao
Monark despertou a consciência desses veículos sobre a importância da
defesa desse pilar da democracia que é a liberdade de expressão.
Mas
confesso não estar convencido. E saiu no próprioEstadãoum texto que atiçou a minha desconfiança. Trata-se da coluna de Pedro Doria,
na qual, como que encarnando o verdadeiro espírito desses jornais, o
articulista parece trair sua ambiguidade em face do tema. Vejamos.
Numa
camada mais superficial do texto referido, Doria defende a liberdade de
Monark para “falar bobagens”.
Segue nisso o teor do editorial, para o
qual o influenciador digital também diz bobagens,como quando afirma que
o TSE tentou manipular as eleições por meio da censura ou que Moraes
prendeu pessoas sem base legal.
Curiosamente, assim como o ministro do
STF se abstém da necessidade de demonstrar o crime de Monark, o
colunista e o editorialista do Estadãose furtam a justificar
seu juízo sobre o teor das opiniões do fundador do Flow Podcast. Cheios
de condescendência, limitam-se a dizer que, apesar de serem “bobagens”
(tidas por autoevidentes), Monark tem o direito de as manifestar.
Depois
de muitos outros arbítrios cometidos por agentes do Estado, reivindico o
direito de suspeitar desse súbito escândalo diante do Estado
Excepcionalíssimo de Direito que jornais e jornalistas ajudaram a
legitimar
Mas
uma segunda camada do artigo de Pedro Doria revela mais sobre o que a
grande imprensa em geral tem pensado acerca da liberdade de expressão e
de outros direitos fundamentais.
Doria afirma não haver mais sentido em calar Monark, porque, afinal, as eleições já passaram.
Em outras palavras:embora termine o artigo sublinhando a vedação à
censura no texto constitucional, o articulista concorda indubitavelmente
com a suspensão excepcional da liberdade de expressão, nisso
concordando com o argumento dos magistrados censores.
Para Doria, não
foi certo calar Monark agora, mas foi certo calar um monte de gente –
sobretudo aqueles estigmatizados como“bolsonaristas” – durante o
período eleitoral. Sua defesa da liberdade de expressão é puramente
casuística.
Aliás, sua opinião não surpreende,pois o articulista é reincidente na defesa da censura excepcional àqueles que enxerga como adversários políticos.
É preciso nunca esquecer que quando, em 2020, o Twitter e o Facebook decidiram censurar a matéria verdadeira do New York Post sobre o laptop de Hunter Biden, contendo revelações que poderiam prejudicar a corrida eleitoral de Joe Biden contra Donald Trump, Pedro Doria aplaudiu a decisão, qualificando-a como “corajosa”. Em artigo publicado no jornal O Globo em 15 de outubro de 2020,
escreveu ele: “O que Facebook e Twitter fizeram quarta-feira, nos
Estados Unidos, é histórico. Cercadas por críticas justas relacionadas a
suas condutas em inúmeras eleições – incluindo as que levaram à
presidência Donald Trump, em 2016 –, as duas plataformas agiram com
incrível coragem numa decisão particularmente difícil (...) Do ponto de
vista jornalístico, porém, uma decisão indubitavelmente correta. Uma
decisão que também levanta o debate a respeito da fronteira entre
imprensa e redes sociais”.
Fica claro
que, para Pedro Doria e a maioria de seus colegas de “consórcio”, o excepcional
já é a norma.
O que, aliás, é perfeitamente justificável, quando se trata de
impedir os terríveis efeitos colaterais da democracia, a exemplo da eleição de
Trump ou de Bolsonaro.
Eis por que os veículos que hoje afirmam ser preciso
tolerar as “bobagens” de Monark,tenham calado ou aplaudido as medidas
excepcionais que têm sido adotadas no país desde, ao menos, 2019, com a
abertura do primeiro dos inquéritos“do fim do mundo”.
Quando se trata de
atingir os alvos certos, e na ocasião adequada, que mal há nisso?
Quando, por exemplo, a Polícia Federal
entrou na casa do jornalista Allan dos Santos e apontou uma arma para
sua mulher grávida, esses jornais calaram ou aplaudiram.
Fizeram o mesmo
quando da busca e apreensão na casa de empresários por conta de
mensagens privadas em grupo de WhatsApp.
Quando prenderam Daniel Silveira,
Roberto Jefferson, o cacique Serere, o humorista Bismarck, do canal
Hipócritas, e tantos outros.
Quando censuraram centenas de pessoas de
direita, incluindo muitos jornalistas.
Quando censuraram a Jovem Pan.
Quando bloquearam as contas bancárias e cassaram o passaporte de Rodrigo
Constantino e Paulo Figueiredo.
Quando aposentaram compulsoriamente a
juíza Ludmilla Lins Grillo etc.
Enfim, depois de tudo isso, e de muitos
outros arbítrios cometidos por agentes do Estado, reivindico o direito
de suspeitar desse súbito escândalo diante do Estado Excepcionalíssimo
de Direito que esses jornais e jornalistas ajudaram a legitimar.