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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Deixemos Camargo ser (mais um) problema de Bolsonaro - O Globo

Carlos Andreazza 

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, reverteu a decisão da Justiça Federal do Ceará e tornou juridicamente viável que Sergio Camargo assuma a Fundação Palmares. O ministro acertou. Lamento imensamente que Camargo tenha sido indicado – uma perfeita afronta à natureza da instituição – para presidi-la. Suas declarações são a própria justificativa de por que não poderia comandá-la.

Considero muitíssimo mais grave, porém, a ação do juiz de primeira instância que proibiu que o Executivo exercesse suas atribuições. Está errado. E não terá sido a primeira vez. Não é um bom caminho. Tomemos cuidado com o avanço da magistrocracia. Goste-se ou não da escolha (e eu não gosto), a nomeação é prerrogativa exclusiva do presidente da República. E há critérios objetivos – entre os quais não consta a estupidez – para que alguém não possa ocupar um cargo público. O sujeito não tomba, hoje, ante qualquer deles. Ao contrário, preenche os requisitos legais para a função. Deixemos Jair Bolsonaro arcar com os custos das próprias escolhas. Ponto.
[PARABÉNS ao articulista pela isenção de mesmo discordando, reconhecer o que estranhamento muitos juízes não reconhecem = que a Constituição Federal e às Leis vigentes, tem que ser obedecidas por todos.
Talvez, seja a hora de incluir obrigatoriamente nos concursos para juiz perguntas que assegurem que os candidatos conhecem a obrigação de TODOS de obedecerem à Constituição Federal e às Leis vigentes. Não será exagero, que perguntas verifiquem o conhecimento pelos candidatos dos artigos 84 e 87 da CF.]

Outro ponto: goste-se ou não das afirmações passadas de Camargo (e eu as desprezo), um conjunto pretérito, por bárbaro que seja, não pode servir como fundamento sob alegação de “desvio de finalidade”à interdição jurídica de uma atividade futura. Não funciona assim. A coisa mudará de figura se, ao assumir, o sujeito – no exercício da função – reproduzir as falas ou lhes der materialidade em atos executivos. Aí, sim, será desvio de finalidade.
 
Carlos Andreazza, jornalista -  O Globo



O fato de haver se excedido no passado – o fato de haver dito coisas detestáveis – não o interdita para um trabalho a ser ainda iniciado, ou teríamos, sob a força de um preconceito, uma espécie de condenação preventiva. De modo que só nos resta torcer para que, passados tantos meses, talvez sob alguma influência de Regina Duarte, Bolsonaro tenha desistido de Camargo; sendo, porém, necessário lembrar que coisa alguma é tão ruim que não possa ter alternativa pior. [entendemos, defendemos e esperamos que o presidente Bolsonaro não tenha desistido de Camargo e que o traga de volta - cabendo a Regina Duarte, após empossada, cumprir a decisão do presidente da República, (nada impede que mesmo antes da posse da nova secretária de Cultura, Camargo seja nomeado, pelo Secretário interino daquela Pasta ou pelo próprio presidente.
 
Para que fique claro o acerto da decisão presidencial - foi reconhecido pelo STJ a competência indiscutível do presidente para nomear Camargo, ou quem escolher,  para qualquer cargo no Poder Executivo, até mesmo o  de ministro de Estado.
 
A nomeação de Camargo mostrará a todo o Brasil (especialmente àqueles ansiosos por fama ou a alguns partidos 'nanicos', a inutilidade de recorrer ao Poder Judiciário para impedir que o presidente da República exerça suas atribuições constitucionais) que o presidente da República sempre age em consonância com a legislação.]
 
 
 
 
 

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

A Estupidez do Fundo Eleitoral - Sérgio Alves de Oliveira


Não bastasse o peso  sobre as costas  povo  brasileiro em  ter quer sustentar, através dos impostos que paga,  as “nababescas” folhas de pagamento das  centenas de milhares  de governantes e parlamentares, das três unidades federativas, União, Estados e Municípios, soma-se a esse peso a  obrigação do povo  em “cavar” verdadeiras fortunas  adicionais  para garantir o ingresso e a permanência nos próprios “empregos”, já remunerados pelo povo,de todo esse exército de  parasitas, que nada ou pouco  produzem, e só “sugam” as riquezas que a sociedade produz, peso “extra” esse representado pelos “tais”  Fundos Eleitoral e Partidário.

Se alguém se dedicasse a fazer as contas sobre a remuneração média dos detentores de mandatos eletivos no Brasil, ou seja,dos políticos, certamente o “PIB per capita” encontrado para essa  gente seria  extraordinariamente superior à de qualquer outra atividade profissional na iniciativa privada, seja na área empresarial, liberal, ou subordinada a algum “patrão”, e além disso, com  certeza, “venceria” por larga margem  a renda média dos políticos de qualquer outra parte do mundo.

E tudo isso sem que se compute e mesmo se despreze  todas as “mordomias” agregadas a esses rentáveis  empregos públicos, que, ”somadas”,muitas vezes superam o valor das próprias remunerações em “espécie”. Os Tribunais Superiores, os de “Conta”, a Câmara e o Senado,são os “campeões” desses verdadeiros escândalos com o dinheiro público, chegando-se ao cúmulo de observar que  um ascensorista de elevador do Senado chega a ser  melhor  remunerado que o mais graduado piloto-oficial  da Força Aérea, que muito teve que “ralar” para chegar a essa condição.

O que não dizer agora, quando  a Comissão  Mista do Congresso acaba de aprovar um enorme “salto” no Fundo Eleitoral, passando de 2,0 bilhões de reais, para  3,8 bilhões de reais, retirando para isso   verbas da “Saúde”, 500 milhões , 280 milhões  da “Educação”, e da Infraestrutura  380 milhões?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

domingo, 27 de janeiro de 2019

Os autores do múltiplo homicídio em Brumadinho imploram por castigo

A fila dos responsáveis pelo crime ambiental é tão extensa quanto a lista dos fregueses da Odebrecht


A fila de responsáveis pelo múltiplo homicídio, culposo ou doloso, seguido de destruição ambiental é tão extensa quanto a lista dos fregueses do Departamento de Propinas da Odebrecht. O desfile dos criminosos de Brumadinho merece ser puxado pelo ex-governador Fernando Pimentel, cujo descaso pela vida dos mineiros foi escancarado pela reprise da erupção de horror em Mariana, e pelo presidente da Vale, Fabio Schvartsman. O comandante da empresa reincidente jura que não tem palavras para descrever o sofrimento que lhe causou o rompimento de outra barragem. O que anda fazendo a turma que preside cabe em 18 letras: canalhice assassina.


A multidão de protagonistas e coadjuvantes agrupa cúmplices acampados na Agência Nacional de Águas e na Agência Nacional de Mineração, comparsas infiltrados no Ministério de Minas e Energia, campeões da vadiagem que infestam os órgãos encarregados de zelar pelo meio ambiente, engenheiros malandros, fiscais corruptos a serviço de mineradoras, ineptos fantasiados de promotores de Justiça e magistrados que, por safadeza ou estupidez, poupam de punições os delinquentes que produzem tsunamis de rejeitos. Fora o resto.

A contemplação do passado informa que o Brasil se habituou a só colocar fechadura em porta arrombada. Para que essa deformação repulsiva deixe de obstruir o caminho que leva ao futuro civilizado, é preciso transformar em marco zero o drama que assombrou novamente o mundo. Os autores do crime em Brumadinho são casos de polícia. Têm de aprender que já não existem condenados à perpétua impunidade. Todos merecem algum tipo de castigo. Muitos merecem cadeia.


Veja


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Dois vídeos: um mostra a burrice, a estupidez dos palpiteiros e o outro bota medo na esquerda

Notem as sandices expelidas por políticos e jornalistas sobre a candidatura de Bolsonaro, hoje presidente da República 

 Bolsonaro NUNCA será PRESIDENTE! Jamais! Não tem a menor chance!

[espantoso o quanto pessoas classificadas como HOMO SAPIENS  se tornam imbecis, estúpidas e incompetentes quando estão diante de um microfone e/ou uma câmera;

ficam tão sem noção, desorientadas, que até a 'genialidade' um ex-presidente sociólogo se iguala à boçalidade de um ex-presidente analfabeto e atualmente presidiário.]

DISCURSO QUE BOTOU MEDO NA ESQUERDA, MINISTRO DA DEFESA FERNANDO AZEVEDO...

DISCURSO QUE BOTOU MEDO NA ESQUERDA, MINISTRO DA DEFESA FERNANDO AZEVEDO E SILVA


 

 

sábado, 15 de setembro de 2018

Atacar Bolsonaro, na frente e crescendo, será a maior estupidez do candidato tucano.


Alckmin espera Haddad crescer mais para atacar Bolsonaro; entenda

Tucano, que oscilou negativamente no Datafolha, esperava crescimento de Haddad

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, pode levar a campanha do candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, a adiar o início da propaganda pelo voto útil no horário eleitoral. Havia a expectativa de que a estratégia estivesse em curso já na próxima semana. A candidatura tem inserções prontas, mas depende de um crescimento maior de Fernando Haddad (PT) para colocar no ar a estratégia voltada a atrair votos de eleitores de Jair Bolsonaro (PSL). [a depender de crescimento maior do LARANJA do Lula a estratégia tucana não irá para o ar - Haddad cresceu um pouco (um percentual sobre quase nada é também quase nada) por estar no saco de laranjas, quando Lula soltou o laranja muitos se animaram, mas, não será um crescimento contínuo e não passa dos 15% - anotem e cobrem.]



No Datafolha da noite desta sexta-feira, o sucessor do ex-presidente Lula aparece com 13%, num empate com Ciro Gomes (PDT) e tecnicamente empatado com Alckmin, que pontuou 9%. A campanha pelo voto útil do tucano está baseada num discurso do medo da volta do PT ao poder. Para que ela tenha chance de sucesso, dizem aliados do candidato, é preciso que Haddad apareça como segundo colocado isolado, com possibilidade de derrotar Bolsonaro.  - Se com a entrada de Haddad não houver esse cenário de ameaça de volta do PT, o nosso voto útil perderá força - disse um dos coordenadores da campanha.

[é pacífico que apesar de ter realizado um bom governo, ser competente, o tucano Geraldo Alckmin é ruim de estratégia.

FATO: excetuando uma ação inesperada, uma  determinação divina,  Bolsonaro estará no Segundo Turno (outra alternativa para ele não estar lá é ganhar já no primeiro turno - o que não é impossível.)

Com isso atacar Bolsonaro é pura burrice, já que ocorrendo a remota hipótese de Bolsonaro cair, não há garantia que seu atacante - no caso sob comento, Alckmin - subirá.

O hipotético crescimento de um dos quatro do segundo lugar, poderá não ocorrer com o tucano. Em tal hipótese, Alckmin ataca Bolsonaro, consegue o improvável - uma queda pequena do capitão,  com ele permanecendo no primeiro lugar e garantindo participação no  segundo turno - e assiste um dos seus adversários diretos crescer e garantir participação no segundo turno.

Alckmin, não sou expert em política, mas estou à vontade para te lembrar que teus adversários são os que dividem contigo o segundo lugar, especialmente os que estão na tua frente.

Tua única saída para disputar o segundo é passar por cima do Ciro e do Haddad - Ciro não está usando o 'gardenal' e será fácil que ele caia por conta própria e o Haddad, como laranja demonstrou que não é lá muito inteligente - ontem,  na entrevista no JN ele demonstrou seu excesso de falta de inteligência:Fernando Haddad cria no JN a autocrítica a favor

Alckmin não te interessa quem estará no segundo turno; 

o que te interessa é você estar lá  e isso só ocorrerá se você for o primeiro entre os segundos - portanto, tua única saída é passar por cima dos que dividem contigo, no momento, o segundo lugar, e ficar - OBVIAMENTE - sebndo o primeiro entre os segundos. ]



O sucesso do voto útil para o tucano depende também, na avaliação da campanha, de um crescimento de Alckmin nas pesquisas, mesmo que de dois ou três pontos. Segundo o Datafolha, ele oscilou de 10% para 9%. A estagnação passa a imagem de que ele não tem viabilidade.


Enquanto o pedido de voto útil não vem, Alckmin trabalha para associar a sua imagem o rótulo do "verdadeiro antipetista" desta eleição. Trata-se de um esforço em paralelo para evitar que a tática do voto útil acabe beneficiando outros candidatos e não o tucano. Nesse sentido, o presidenciável começou na última semana a colar em seus adversários - Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) - a pecha de "adoradores do PT", explorando o passado de ligação deles com o partido. Hoje é Bolsonaro quem encarna o anti-PT na disputa.



A campanha acha muito difícil que a tática do voto útil converta para Alckmin eleitores de candidatos mais alinhados à esquerda, como Ciro e Marina. Num segundo momento, o foco da campanha será eleitores de candidatos que disputam no mesmo campo político de Alckmin, como João Amoedo (Novo), Alvaro Dias (Podemos) e Meirelles. Nessa etapa, o discurso deverá seguir na linha de que votar em quem não tem chance de ir para o segundo turno nesta eleição é se omitir sobre o futuro do país. - Essa será uma campanha de chegada. A onda que esperamos vai acontecer a 10 dias ou uma semana antes da eleição - afirmou um tucano com assento nas reuniões de definição de estratégia. Antes do atentado a Bolsonaro, aliados do tucano davam duas semanas de horário eleitoral para que Alckmin começasse a crescer.



O afastamento de Bolsonaro estava sendo considerado pelos tucanos como vantajoso para Alckmin avançar sobre o eleitorado ainda não consolidado do adversário. Uma agenda de viagens chegou a ser acertada pelo tucano no interior de São Paulo, onde Bolsonaro tomou votos do PSDB. No Datafolha, no entanto, Bolsonaro oscilou de 24% para 26%, mesmo estando hospitalizado.



Coordenadores regionais de Alckmin no estado também começaram a pressionar candidatos a deputado a pedirem voto no presidenciável nessa região. Muitos deles têm feito corpo mole para não se indispor com os eleitores de Bolsonaro em São Paulo.  Há também uma estratégia geográfica de busca por votos sendo montada pela coordenação da campanha. A maioria dos aliados defende que o candidato concentre sua presença a partir de agora em estados de maior densidade eleitoral, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.  Entretanto, o presidenciável, segundo alguns integrantes da campanha, tem resistido a abandonar visitas a outras regiões do Brasil com medo de que sua imagem de paulista aumente sua rejeição.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Se defesa de Lula insistir em misturar liberdade com elegibilidade, colherá inelegibilidade sem liberdade. Mas cada um com suas obsessões…

Se a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva continuar no rumo em que está, o ex-presidente nem sairá da cadeia e existe a possibilidade de que isso aconteçanem será candidato à Presidência. [se tratando do Brasil, pátria da 'justiça flutuante', cabe cogitar de uma absurda libertação do presidiário Lula, mas, a inelegibilidade é algo fora de questão;
se torna aplicável ao ao sentenciado Lula a famosa máxima de Carlos Lacerda:
"ele não será candidato; 
se for candidato não será eleito;
se for eleito não tomará posse; 
se for empossado não governará". Nesse caso, a chance é inferior a zero. Eu poderia, de acara, apresentar aqui um argumento jurídico: em menos de quatro meses, não há caminho técnico que possa tornar viável essa candidatura. Mas ainda mais impositivo é o argumento político. 

É um delírio o PT imaginar que o sistema judicial brasileiro se dobrará à pressão para que um homem faça mudança tão espetacular de domicílio: 
de uma cela na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para o gabinete do presidente da República. 
Apostar nesse caminho, com a devida vênia, é uma estupidez. [a estupidez é inerente ao ser petista.] Mais: de recurso em recurso, a defesa acabou caindo numa armadilha que criou para si mesma. Tenta agora escapar. Mas a coisa ficou enrolada.

Continua aqui

Blog do Reinaldo Azevedo


 

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Temer e Lula, a mesma desculpa

Dizer que o país só avança no ‘rouba mas faz’ e que é preciso tolerar corrupção é como acreditar que todo mundo aqui é ladrão 

A CUT - a central sindical do PT - descobriu a causa do desemprego: a Lava Jato. Foi ao detalhe:  cada preso da operação desempregou 22 mil pessoas. Não, eles não estão de gozação. A tese, digamos, foi defendida pelo secretário de comunicação da central, Roni Barbosa, em discurso de apoio a Lula, ontem em Curitiba. No mesmo momento, em Brasília, no plenário do STF, o advogado Antônio Mariz sustentava que a Procuradoria Geral da República "atrapalha o país" ao apresentar denúncias de corrupção contra o presidente.  Isso porque, alegou, a PGR "impede Temer de trabalhar". Chegou a pedir: "deixem o presidente em paz". [deixem o presidente em paz não expressa bem o que o Brasil necessita neste momento de um ainda iniciante processo de recuperação da economia;
o que o Brasil necessita é que DEIXEM O PRESIDENTE TRABALHAR e no inicio de 2019 o investiguem, denunciem, processem, julguem e havendo provas (não vale indícios não indiciários) o condenem.
Mas, agora o Brasil precisa do presidente trabalhando e o presidente é, gostem ou não, MICHEL TEMER - tentar colocar outro será o caos e o CAOS CAÓTICO.] 
Um defende Lula, outro defende Temer, mas a tese, digamos, é exatamente a mesma -uma versão nova do clássico "rouba mas faz".  O pessoal da CUT diz que a Lava Jato paralisou grandes empreiteiras e outras empresas especialmente do setor de óleo e gás, o que levou o país à recessão e ao desemprego. Quer dizer com isso que se não houvesse a operação contra a corrupção, estaria tudo bem: o PIB crescendo, os brasileiros trabalhando, o PT no poder .... e os ladrões roubando sossegadamente. (Esta última conclusão, claro, é nossa.)
Como Lula representa aquele momento de expansão, denunciá-lo e processá-lo é uma conspiração dos que não querem o crescimento do Brasil. Entre estes, certamente estão o presidente Temer e seus associados. Na versão Mariz fica assim: o país está voltando a crescer depois da recessão do lulopetismo, essa recuperação se deve ao presidente Temer, de modo que não é hora de denunciá-lo. Quem faz isso, como o procurador Janot, só pode estar conspirando contra o Brasil. [convenhamos que está conspirando contra o Brasil, tendo em conta que havendo provas contra Temer a futura Procuradora-geral da República, RAQUEL DODGE, certamente o denunciará no momento oportuno, cumprindo as leis, e sem tentar sepultar no nascedouro o ainda frágil inicio da recuperação econômica.
Já Janot denunciando Temer,  de hoje até domingo, -  denúncia que certamente só tramitará na próxima semana, mais provavelmente após uma conclusão sobre o que fazer com os delatores Batista (delatores com FÉ PÚBLICA outorgada pelo Janot) - a única coisa que conseguirá será, ou melhor, as duas que conseguirá serão:
- poder se jactar que denunciou por duas vezes o presidente da República;
- e retardar, ou até paralisar, a recuperação econômica do Brasil.]
Mas como não se pode defender publicamente a corrupção, cujas evidências são arrasadoras, os dois lados se desviam da mesma maneira: é coisa dos outros. Um dos vice-presidentes do PT, o ex-ministro Alexandre Padilha, garantiu ontem que as malas e caixas de dinheiro encontradas no incrível apartamento de Salvador foram resultado de corrupção feita no governo Temer e não quando Geddel Vieira Lima, o dono ou fiel depositário da dinheirama,  foi ministro de Lula e diretor da Caixa Econômica na gestão Dilma. Como pode saber disso? Deu uma olhada nas fotos e "descobriu" que as notas eram novinhas.
Argumento mais do que duvidoso. Geddel ficou anos nas administrações petistas e, na Caixa, controlava financiamentos de bilhões. Foi dali que saiu o grosso da propina, dizem diversos delatores e testemunhas. O governo Temer tem pouco mais de um ano, tempo parcialmente aproveitado por Geddel, que está preso. Mas isso não libva o PMDB, pois Geddel, membro histórico do partido, estava nos governos petistas como representante de Temer. O que fazer? Tentar mostrar que Temer e o partido não têm nada com isso. Ontem, o PMDB formalizou o afastamento de Geddel Vieira Lima.
  
Do mesmíssimo modo, o pessoal de Lula está dizendo que Antônio Palocci - chefe de campanha de Lula e Dilma, ex-ministro dos dois, grande chefe do PT por anos - "nunca foi um verdadeiro petista".  Tudo considerado, está na cara que há mesmo uma conspiração nacional: contra a Lava Jato. Claro que os atores dos dois lados sabem perfeitamente que houve grossa roubalheira. Sabem também que não dá para enganar os eleitores por muito tempo.
Tanto sabem que já chegaram às teses mais ridículas. Essa de que cada preso da Lava Jato gerou 22 mil desempregados é o máximo da estupidez. Mas o advogado Mariz, um homem culto, quase chegou a dizer que denunciar Temer trás de volta a recessão e a inflação.  Diante disso, a estratégia que une todos - de Lula a Temer, passando por Aécio - é barrar a Lava Jato para minimizar os danos. Ser réu, acusado, é ruim, mas ainda é melhor que preso.
A decisão do STF de ontem - de manter Janot e ressalta a prerrogativa da PGR de investigar e denunciar o presidente quando julgar necessário - e as sucessivas ações recentes da Lava Jato indicam que não será fácil acabar com a maior operação contra a corrupção.  Uma última palavra: dizer que o país só avança no "rouba mas faz" e que é preciso ser tolerante com a corrupção para preservar o progresso, é como acreditar que todo mundo aqui é ladrão e que este país não tem futuro.
Piada?
Sei que muita gente não gosta de piada numa hora dessas, mas é irresistível. Por exemplo:
Proposta CUT contra o desemprego: soltem todos os presos da Lava Jato.
Dos amigos de Geddel: qual o problema? A família sempre gostou de guardar dinheiro vivo. [não esqueçam que o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, nomeado pela administração petista, não gostava de guardar dinheiro em bancos, tanto que além de um estoque de dinheiro em casa, efetuou o pagamento total de um apartamento em dinheiro vivo.]
Garotinho deixou de apresentar seu programa de rádio por um problema de voz -  voz de prisão.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Dilma bate o recorde da capacidade de cometer discursos estúpidos e mentirosos. Mentiu, deslavadamente, ao dizer que foi torturada



A fala mais estúpida de Dilma em cinco anos: presidente desqualifica delatores lembrando que ela não contou nada nem sob tortura. O que ela acabou dizendo? O óbvio!
A presidente Dilma Rousseff está tomando algum remédio? Está ainda sob os efeitos daquela droga, ou, sei lá, daquela entidade, que a fez saudar a mandioca e que a levou a concluir que só nos tornamos “homo sapiens” — e “mulheres sapiens”, para aderir à sua particular taxonomia — depois que fizemos uma bola com folha de bananeira?

Por que pergunto isso? Dilma está em Nova York e decidiu falar sobre a delação de Ricardo Pessoa, dono da UTC, que confessou ter feito doações ilegais ao PT e ter repassado R$ 7,5 milhões à campanha presidencial do partido porque se sentiu pressionado por Edinho Silva. A presidente avançou num terreno perigosíssimo de dois modos distintos, mas que se combinam.

Sobre as doações, afirmou:
“Não tenho esse tipo de prática [receber doações ilegais]. Não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro, porque não houve. Segundo, porque, se insinuam, alguns têm interesses políticos”.

Trata-se de um daqueles raciocínios de Dilma que flertam com o perigo e que atropelam a lógica. Pela lei, a candidata é, sim, responsável pelas contas de campanha. Mas todos sabem que isso sempre fica a cargo de terceiros no partido. Quem disputa eleição não se ocupa desses detalhes. Dilma ainda teria esse acostamento para reparar danos. Mas ela é quem é: a partir da declaração de hoje, assume inteira responsabilidade política pelas doações. Logo, se ficar evidenciado que houve dinheiro ilegal, foi com a sua anuência. É ela quem está dizendo. Quanto à lógica, como é mesmo, presidente? “Se insinuam que há dinheiro ilegal, alguns têm interesse político”? Bem, tudo sempre tem interesse político, né?

A existência do dito-cujo exclui a ilegalidade. Mas Dilma ainda não havia produzido o seu pior. Resolveu sair-se com esta: “Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente. Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem que resistir, porque se não você entrega seus presos.”

A fala é de uma estupidez inigualável, talvez a pior produzida por ela. A conversa sobre mandioca e bola de folha de bananeira integra apenas o besteirol nacional. Essa outra não. Vamos ver, pela ordem:
1 – Dilma compara situações incomparáveis; no tempo a que ela se refere, havia uma ditadura no Brasil; hoje, vivemos sob um regime democrático;
2 – consta que ela foi torturada; por mais que se queira, hoje, associar determinadas pressões a tortura, trata-se de mera figura de linguagem;
3 – Dilma exalta a sua capacidade de resistência e disse que mentiu mesmo sob tortura, o que gerou certa confusão, com a qual ela soube lucrar;
4 – como não concluir que ela está sugerindo que ou Ricardo Pessoa (e o mesmo vale para os demais delatores) deveria ter ficado de boca fechada ou deveria ter mentido?;
5 – querem avançar nas implicações da comparação? O Brasil era, sim, uma ditadura, mas Dilma, era, sim, membro de um grupo terrorista. O estado brasileiro era criminoso, mas o grupo a que ela pertencia também era. Se ela faz a associação entre os dois períodos, está admitindo que os crimes de agora existiram, sim, mas que os delatores deveriam ficar calados;
6 – eu não tenho receio nenhum de dizer que um delator não é o meu exemplo de ser humano, mas não sou diretamente interessado no que ele tem a dizer; Dilma sim;
7 – ao afirmar o que afirmou, Dilma não está se referindo apenas a Pessoa, mas a todas as delações. Na prática, desqualifica toda a operação que, a despeito de erros e descaminhos, traz à luz boa parte da bandalheira do petismo.

Dilma está tentando jogar areia nos olhos da nação. O que tem a ver as agruras que sofreu com esse momento da história brasileira? Sobra sempre a suspeita de que, em razão de seu passado supostamente heroico, deveríamos agora condescender com a bandalheira.

O país foi assaltado por uma quadrilha. Uma quadrilha que passou a operar no centro do poder. E a presidente pretende sair desse imbróglio desqualificando toda a investigação e ainda posando de heroína.

Dilma falando sobre mandioca e bola de folha de bananeira é uma poeta.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo