Aliados de Picciani na Alerj defenderam confronto com Judiciário
Sugestão de levar recurso ao Supremo veio de procuradores da Casa, mas não teve apoio de presidente
Aliados
do deputado afastado Jorge Picciani (PMDB), que controlam a mesa
diretora da Assembleia Legislativa, queriam partir para o confronto direto com
o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), com o ajuizamento de um
recurso contra a decisão de terça-feira junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta, feita por dois procuradores da Casa, Harriman Araújo e Rodrigo
Lopes, esbarrou na resistência do presidente em exercício da Alerj,
deputado Wagner Montes (PRB), que ficou de estudar a hipótese, mas foi para a
casa sem assiná-la.
Pouco
depois, sem Montes, a mesa diretora recuou e decidiu enviar um ofício ao TRF-2,
para finalmente comunicá-lo da decisão de revogar a prisão dos três deputados,
embora a sessão do plenário tenha ocorrido na última sexta-feira. A
escalada de decisões, antes e depois da sessão de ontem do TRF-2, revelou uma
clara divisão na cúpula da Alerj sem Picciani: de um lado, a mesa diretora,
encabeçada pelo segundo vice, André Ceciliano (PT), aliado de primeira hora do
ex-presidente, e do outro, isolado, o presidente em exercício, Wagner Montes. [atenção: examinem a conduta indecisa, até medrosa do Wagner Montes e lembrem-se que ele é apresentador de TV e o Luciano Huck - que querem fazer candidato à presidente da República - também é.]
O
apresentador de TV, desgastado pelos episódios da votação de sexta-feira
passada, aprofundou as divergências com o grupo de Picciani ao anunciar uma
sindicância interna para apurar se as ordens que deu, naquela plenária, no
sentido de abrir as galerias a populares, foram desobedecidas pelos
funcionários da Casa. No ofício
divulgado pela Assessoria de Comunicação da Alerj, o nome de Wagner,
encabeçando, está sem a assinatura do deputado. É seguido dos outros dez
integrantes da mesa diretora (Ceciliano, Geraldo Pudim, Carlos Macedo, Renato
Cozzolino, Marcus Vinícius, Samuel Malafaia, Pedro Augusto, Zito e Bebeto). O
deputado estadual Rafael Picciani, filho do ex-presidente, foi visto ontem a
tarde, nos corredores, ajudando a recolher as assinaturas.
O Globo
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