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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Torquato Jardim e a irresponsável incontinência verbal



Especialista diz que a polícia militar precisa cuidar de sua integridade


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim prestou irresponsável incontinência verbal ao afirmar que o governo do Rio não controla a PM, cujos comandantes de batalhão estariam associados ao crime organizado. Como a autoridade máxima do sistema nacional de segurança pública deve estar bem informado, poderia ter pautado assunto tão grave a quem de direito, o governador do Estado. Preferiu o ventilador da mídia. Mas essa fumaça denuncia algum fogo? 

O histórico recente de policiais envolvidos com o crime no Rio de Janeiro é preocupante: a Operação Tingui, com a prisão de 76 PMs, inclusive o major comandante; o caso do tenente coronel condenado pela morte da juíza Patricia Acioli; o comandante da UPP do Caju, preso com outros policiais e os 96 policiais do batalhão de São Gonçalo, envolvidos com traficantes. Podem ser casos isolados perante a maioria de policiais honestos, mas que não reste dúvida: nenhuma polícia consegue atingir o grau básico de eficiência para enfrentar o crime sem cuidar de sua integridade. 

A integridade dá a densidade moral crítica para a polícia, muito mais que seu aparato de força. Chefes policiais que lucram em atividades de segurança privada perdem o respeito de seus subordinados que se vêem livres para lucrar vendendo conveniências a criminosos. 

Por: José Vicente da Silva Filho é coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo e professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da corporação

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