Começamos 2018 com uma excelente notícia: tivemos a menor inflação em
duas décadas. O índice anual ficou, segundo o IBGE, em 2,95%, abaixo do
piso do Banco Central, que era de 3%. A inflação baixa é resultado da
queda dos preços dos alimentos, graças à nossa supersafra. É fruto
também de decisões corretas e equilibradas de nossa equipe de governo.
Estamos consolidando o círculo virtuoso: com os preços mais baixos,
os salários têm melhor poder de compra e as famílias podem consumir
mais. Isso reaquece a economia, gerando mais produção, mais
investimentos e mais empregos, que já voltam aos milhares. Batemos
também o recorde de juros baixos – 7% ao ano, a menor taxa Selic em 31
anos. Em 2018, a inflação vai continuar baixa e o PIB deve crescer mais
de 3%, segundo projeções dos economistas.
A inflação foi ainda menor, de 2,07%, para os que ganham menos. Um
feito que merece ser comemorado, pois, para os que não podem ter
poupança, a inflação é o pior imposto. Quando assumimos, há pouco mais
um ano e meio, a inflação estava em mais de 10%. Conseguimos recuperar nossa economia da recessão mais profunda de sua
história. Conto com o Congresso para aprovar em breve a reforma da
Previdência e assim garantir a saúde das contas públicas e a
estabilidade da economia como um todo. Almejamos ainda realizar a
simplificação tributária.
Em 2017, aprovamos o teto dos gastos públicos e modernizamos a
legislação nas áreas do trabalho, agronegócio, meio ambiente, além de
modificar regras para incentivar investimentos em energia, petróleo e
infraestrutura. Selecionamos 7 mil obras, em todas as regiões, para
serem concluídas – e já estamos fazendo as entregas devidas à população.
Também ajudamos estados e municípios a equacionarem suas dívidas. Buscamos austeridade e eficiência sem cortar na área social. Zeramos a
fila e reforçamos o conjunto de benefícios do Bolsa Família. É do nosso
governo o maior programa de titulação de terras urbanas e rurais.
Reativamos o Minha Casa Minha Vida, com 674 mil unidades contratadas. Em
2017, o orçamento da Educação e da Saúde aumentou – ao contrário do que
previram os catastrofistas.
Devolvemos aos trabalhadores R$ 44 bilhões retidos em contas inativas
do FGTS, além de anteciparmos mais R$ 21 bilhões do PIS-Pasep, que
agora pode ser sacado por quem tem mais de 60 anos – antes a idade
mínima era 70 anos. Início de ano, sobretudo de ano eleitoral, é hora de planejar o
futuro. Precisamos preservar tudo que o Brasil conquistou, com
dificuldade e esforço. Não podemos retroceder aos tempos da recessão, da
incerteza e da desordem. Os brasileiros saberão avaliar e decidir com
sabedoria. De nossa parte, continuaremos a trabalhar para ajudar a
consolidar, sem ilusões e populismos, um País mais eficiente e justo,
que conjugue prosperidade social com responsabilidade fiscal.
* Michel Temer é o presidente da República.
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