O
advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, usou como um dos
argumentos de defesa, a afirmação de que “jamais o ex-presidente passou um dia
no triplex, jamais passou uma noite".
Ele não
poderá dizer o mesmo quando estiver sendo julgada ação do sítio de Atibaia,
onde Lula passou inúmeros dias e noites. Mas essa contradição não importa no
momento porque o processo do sítio ainda está atrasado. O importante para a
defesa é ganhar este e afastar o risco de prisão e inelegibilidade durante o
ano de 2018.
Neste
começo de julgamento, a acusação, através do procurador regional da República,
Maurício Gerun, optou por concentrar-se na explicação do que considera as
provas do processo. Uma delas a de que o apartamento simples (145), que havia
sido comprado pela família do ex-presidente, foi vendido, e que o triplex
jamais foi posto à venda. Ou as escrituras rasuradas encontradas na Bancoop.
Já
a defesa do ex-presidente insistiu que não havia provas e explorou o fato de
que a denúncia falava que a origem do dinheiro estava em três contratos da OAS
com a Petrobras, e depois na sentença o juiz Sérgio Moro não sustenta essa
tese. Se a origem é a Petrobras, Moro é que era o juiz natural. Se não era a
Petrobras, Moro deveria ter se declarado incompetente.
Miriam Leitão, O Globo
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