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domingo, 10 de fevereiro de 2019

O Flamengo não tem justificativa para não aceitar perguntas

Clube rubro-negro, pelo que se entende até o momento se considera inocente, não quer o diálogo 

[O ocorrido no Centro de Treinamento do Flamengo foi uma fatalidade, extremamente lamentável, mas, que não tem culpados. 

 

 

Uma conjunção de fatores adversos resultou na tragédia que deixou milhões de rubro-negros destroçados, mas, que não foi responsabilidade do Clube e não cabe a Imprensa ou a ninguém responsabilizar o Clube de Regatas Flamengo.

A prosperar o entendimento de grande parte da Imprensa o Flamengo passará da condição de maior beneficiado pelo sucesso daqueles garotos para a condição de responsável pela tragédia.

Aliás, como parte da tática do 'quanto pior, melhor' está se tornando recorrente se exigir justificativa de quem opta por exercer o direito ao silêncio - muitas vezes até mesmo para evitar maior sofrimento para a organização que dirige.

No Brasil, qualquer tragédia a preocupação primeira, segunda e terceira é saber quem é o culpado para só então, se sobrar tempo, se cuidar de pensar em medidas que evitem a repetição do desastre.

Até mesmo o recém iniciado governo Bolsonaro já está sendo alvo da pretensão de ser aberta uma CPI para investigar acidentes que ocorreram no alvorecer do atual governo, mas, gestado nos governos anteriores.

A curiosidade para saber 'quem é o culpado' é tamanha, que o governo Bolsonaro na segunda semana do seu inicio já era ferozmente criticado por tentar governar fornecendo informações.

O culpado, ou culpados, deve ser identificado, denunciado, processado e condenado. Mas, a prioridade deve ser medidas imediatas para evitar repetições das tragédias.

Foi reduzir o volume de entrevistas e as coisas começaram a melhorar.
Já passa da hora do governo Bolsonaro adotar a norma não escrita de: 

“ninguém que não tenha necessidade de ser informado deve receber informação, ninguém deve saber mais do que o necessário, ninguém deve saber algo antes do necessário”.

Ou adota esta norma, mesmo que de modo informal, ou vai ficar dificil governar ou fazer qualquer coisa em prol de um Brasil melhor.

Antes de pensar em fazer qualquer coisa de útil, tem que pensar no risco improvável, porém, possível, de um acidente e nas explicações que vai ter que fornecer - praticamente sob tortura, ainda que camuflada de liberdade.]

Editores do Blog Prontidão Total

 


domingo, 20 de janeiro de 2019

Núcleo militar está incomodado e aguarda explicação convincente de Flávio Bolsonaro

Enquanto esclarecimentos não aparecem, o Palácio do Planalto estabeleceu uma ordem de silêncio 

Falta de explicação 'plausível' de Flávio incomoda militares e equipe de Moro

Integrantes do governo Bolsonaro admitem 'grande desconforto' com suspeita levantada pelo Coaf sobre depósitos na conta pessoal do filho do presidente

 A falta da apresentação de uma justificativa “plausível” para os depósitos de R$ 96 mil na conta do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, incomodou integrantes da equipe do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Neste sábado, 19, Flávio visitou o pai no Palácio da Alvorada. Havia a expectativa de que o parlamentar desse explicações após o encontro. A demora por uma reação consistente está causando “grande desconforto” entre setores do governo. Além do grupo de Moro, militares não escondem o incômodo, apesar de manterem a defesa enfática do presidente. Para eles, esta “não é uma crise do governo”, mas há a avaliação de que a repercussão sobre as movimentações atípicas detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) pode atingir a imagem do presidente. 

[NÃO TEMOS PRETENSÃO NEM COMPETÊNCIA para analisar notícias da lavvra de brilhantes profissionais do bom jornalismo; 
fácil perceber que são notícias originadas e veicu
mas, por ingênuo diletantismo, resolvemos ler as notícias sob a ótica do leitor comum - o que somos - e concluímos que não tem muito a concluir e que pedindo escusas apresentamos comentários resumidos:
esta do Estadão tem como manchete:"Falta de explicação 'plausível' de Flávio incomoda militares e equipe de Moro" e inicia o texto com "'a falta de apresentação'...;
O Globo em noticia bem parecida com acima, apresenta como manchete: "Núcleo militar está incomodado e aguarda uma explicação convincente de Flávio Bolsonaro..."  e inicia o texto com: o agravamento da crise envolvendo o filho primogênito..." 

A continuidade da matéria do Estadão pouco acrescenta em termos de consistência do noticiado, deixando a impressão de que apenas expõs um comentário, com viés de notícia.
Vejam:  "A falta da apresentação de uma justificativa “plausível” para os depósitos de R$ 96 mil na conta do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, incomodou integrantes da equipe do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Neste sábado, 19, Flávio visitou o pai no Palácio da Alvorada. Havia a expectativa de que o parlamentar desse explicações após o encontro...."


[Você começa a ler esperando fatos e tem apenas citações sem origem e que nada dizem, que mais parecem comentários sem um fundamento a originá-los e sim as deduções do comentarista. 
Em termos leigos, falta 'substância' à notícia ou ao comentário, você ler, mas, fica sem saber o que realmente aconteceu ou está acontecendo o o que o repórter deduziu.
Teve umamatéria que começou com: 'comenta-se em Brasília'; 
outra dizendo 'relatorio ao qual o jornal teve acesso'.

Desde final de dezembro que tudo que sabemos é baseado no talvez, no possível, nada concreto - tirando o lance da compra e vende de carros usados, tudo o mais  parece especulações.]

Veja mais, inclusive confirmação do apontado, em O Globo e O Estado de S. Paulo

Blog Prontidão Total
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

FHC diz que é oposição ao governo Bolsonaro

Ex-presidente considera que a gestão atual é de extrema direita e já afeta a imagem do país

[FHC: ¿Por qué no te callas? 

Para de tentar aparecer, de tentar marcar presença (o senhor não necessita disso, já apareceu demais e passa da hora de ser esquecido) - seu tempo já passou.

Quem não gostar do Brasil sendo um Governo de extrema direita vá embora ou aceite.

O que lhe inclui. Afinal, o senhor já fugiu do Brasil por razões não muito nobres.

Aceite que seu tempo já passou e com certeza será melhor para todos.

Também se conforme que JAIR BOLSONARO é o presidente do Brasil e com as bençãos de DEUS vai fazer um excelente Governo.]

Nota:  Entendemos que os escritos de  de FHC não merecem ser lidos, mas, por respeito aos nossos leitores informamos a eventuais interessados que a matéria em questão, de Paloma Varón, Folha de S. Paulo, edição de hoje.

Editores do Blog Prontidão Total


terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Planos do governo Bolsonaro para o Sistema S

Monteiro × Oliveira, sobre os planos do governo Bolsonaro para o Sistema S

Os senadores Ataídes Oliveira (PSDB) e Armando Monteiro (PTB) divergem sobre o tema. Oliveira também é a favor de “meter a faca” no sistema, defendido por Monteiro

Concordamos em Discordar

Armando Monteiro (PTB) , 66 anos, pernambucano
O que faz e o que fez: administrador e empresário. Derrotado na disputa pelo governo de Pernambuco, deixará o Congresso neste mês. Foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Ataídes Oliveira (PSDB) , 59 anos, goiano
O que faz e o que fez: advogado e empresário. Derrotado em 2018, deixará o mandato no fim deste mês. Presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado, concentrou sua atuação nas críticas ao Sistema S

[insistimos que uma fiscalização maior sobre o Sistema S é necessidade inadiável e insubstituível;  

mas, essa fiscalização, auditoria rigorosa também deve haver sobre as Confederações e Federações - corre rios de dinheiro, dinheiro público, e as Confederações apenas administram as administrações do Sistema S.

- Qual a razão das entidades do Sistema S, das Confederações e Federações não estarem obrigadas a realizar licitações para compras e/ou contratação de serviços?

- qual o fundamento legal para que tais entidades não estejam sujeitas a Lei de Licitações e outras leis?

- qual o motivo de não estarem obrigadas a realizar concursos públicos para contratação de pessoal?

São sustentadas pelo contribuinte = dinheiro público - e precisar estar submetidas as mesmas normas do 'serviço púbico'.

Para saber mais, clique aqui ou aqui. ]


Há falta de transparência no Sistema S?
ARMANDO MONTEIRO O sistema tem aperfeiçoado seus mecanismos de fiscalização e transparência. As entidades são auditadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) e seu orçamento é ratificado pelo Ministério do Trabalho. O Senai e o Sesi, por exemplo, disponibilizam na internet a prestação de contas da destinação de recursos, contratos, licitações, convênios e número de atendimentos — além dos relatórios anuais. Pode-se avançar mais na governança, uniformizando a forma de divulgação e facilitando o acesso às informações para a sociedade.
ATAÍDES OLIVEIRA Esse é um dos grandes problemas do Sistema S. Há leis que determinam que eles deem transparência. Infelizmente, eles não cumprem. Auditorias do TCU e CGU já comprovaram, em vários acórdãos, que o Sistema S não dá transparência aos recursos usados. Recentemente, o Ministério do Trabalho teve de editar três Portarias pedindo transparência ao Sistema S, depois de mais de 70 anos de existência e administrando R$ 24 bilhões por ano oriundos de tributos.

É preciso “meter a faca” no sistema, como afirmou Paulo Guedes, o ministro da Economia?
AM É preciso que o ministro esclareça qual é sua proposta. Se cortar 30% de forma linear, uma das possibilidades citadas, ele provocará um grande dano no maior sistema de educação técnica e profissional da América Latina. No caso do Senai, por exemplo, que atende 2,3 milhões de alunos, 162 escolas podem ser fechadas, em especial no Norte e Nordeste. No caso do Sesi, que tem 1,2 milhão de alunos na educação básica, os cortes podem fechar 155 escolas. Isso sem falar no efeito devastador na imensa rede de equipamentos culturais de altíssima qualidade espalhados pelo país.
AO O Sistema S arrecadou, em 2015 e 2016, R$ 43 bilhões só de contribuições sociais, ou seja, tributos, para qualificar a mão de obra do trabalhador e levar lazer e saúde a ele. Hoje, o Sistema S tem mais de R$ 20 bilhões aplicados no mercado financeiro. Ou seja, há muita gordura para cortar. Então, a fala do ministro é correta. Tem de fazer cortes. Com a receita própria deles, eles não precisam de R$ 24 bilhões de dinheiro público.

Guedes estuda acabar com a obrigatoriedade das empresas de pagar ao Sistema S. O senhor é a favor?
AM Para garantir a continuidade e efetividade dos programas de altíssimo interesse público, como ensino técnico e profissional, educação básica, equipamentos culturais e esportivos, rede de atendimento à saúde e tantos outros serviços de qualidade, é essencial uma fonte contínua e segura de recursos. É preciso esclarecer que a contribuição é paga pelas empresas, determinada pela Constituição e equivale a um percentual da folha de pagamentos — ou seja, é uma contribuição de caráter parafiscal. Não é nenhum tipo de subsídio direto do governo ou verba pública.
AO Sou extremamente favorável. Eles têm receita própria. Cobram por tudo que fazem. Por tudo. Têm patrimônio de cerca de R$ 500 milhões. Têm uma estrutura gigantesca. Não precisam de R$ 24 bilhões de dinheiro público. Prova disso é que há R$ 20 bilhões no mercado financeiro. Eles bancam festas, patrocínios e até campanhas políticas. Olhe o caso de São Paulo, o Paulo Skaf (candidato ao governo de São Paulo pelo MDB na última eleição, ele é presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Licenciou-se para concorrer). A equipe econômica do professor Paulo Guedes está no rumo certo. Temos de acabar com essa contribuição social. Precisamos diminuir o Custo Brasil para que as empresas possam gerar emprego e renda.

Há críticas pela cobrança de mensalidades em cursos oferecidos pelo Sistema S. É, de fato, uma falha?
AM Temos de distinguir duas situações. Existem os cursos técnicos, de longa duração, dirigidos aos jovens que ainda não são empregados — esses são gratuitos, cumprem um papel essencial para garantir a empregabilidade e recebem a maioria dos recursos. E há outros cursos de capacitação, mais curtos, para treinamento em determinados setores ou empresas, que são customizados e que precisam ser financiados pelo menos parcialmente, para o sistema concentrar seus recursos naqueles que mais precisam.
AO Isso está devidamente comprovado por duas auditorias requeridas por mim junto ao TCU e à CGU. Todos esses bilhões de reais de tributo deveriam ser usados pelos entes do Sistema S para dar cursos gratuitamente ao trabalhador. Mas, infelizmente, essa gratuidade, segundo as duas auditorias, não ultrapassa 15% dos cursos oferecidos. Ou seja, aproximadamente 85% deles são cobrados de nossos trabalhadores. Isso é um verdadeiro crime. 

MATÉRIA COMPLETA, em Época

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Presidente da CUT pede arrego no 1º dia do novo governo

[Veja o vídeo de 15 de novembro e as imbecilidades nele veiculadas com a situação de agora.]

CUT não reconhece governo Bolsonaro!!! FALA de seu PRESIDENTE em 15 nov. de 2018 #InfoDigit-PC

 No entanto, com a CUT passando necessidades,  e Vagner Freitas - consciente de que seus latidos de 15 nov 2018, são idênticos aos que emitiu quando prometeu pegar em armas para manter a 'escarrada' Dilma Rousseff no Planalto, promessa não realizada. e outros cinco dirigentes sindicais enviaram ontem, dia 1º, uma carta ao presidente Bolsonaro,  pedindo diálogo.

Parece natural, que agora o presidente da República não reconheça o pelego da CUT como representante da classe trabalhadora.

Tem que jogar duro com essa turma. [ignorar e, se necessário, neutralizar.]

Cidade Online 

 

 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

75% veem Bolsonaro e equipe ‘no caminho certo’, diz Ibope

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (13) em relação ao trabalho do presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe indica que:
75% consideram eles estão “no caminho certo”;
14% que eles estão no “caminho errado”
11% não sabem ou não responderam.
 
O levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é o primeiro desde a eleição presidencial de outubro.  Ao todo, foram ouvidas 2 mil pessoas em 127 municípios entre 29 de novembro e 2 de dezembro.

Governo Temer
A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira também aborda a avaliação dos entrevistados sobre o governo do presidente Michel Temer (MDB). O levantamento indica os seguintes percentuais:

Ótimo/bom: 5%
Regular: 18%
Ruim/péssimo: 74%
Não sabe/não respondeu: 5%


Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada em setembro, 78% consideravam o governo “ruim/péssimo”; 16%, “regular”; e 4% avaliavam como “bom/ótimo”.

Expectativa
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira também abordou a expectativa do eleitor em relação ao governo Bolsonaro. Veja os percentuais:

Ótimo: 25%
Bom: 39%
Regular: 18%
Ruim: 4%
Péssimo: 10%
Não sabe/não respondeu: 4%


MATÉRIA COMPLETA, em IstoÉ



quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Idade mínima é pouco

Reforma da Previdência, do INSS e a pública, é não apenas necessária, indispensável e urgente. Também precisa ser ampla

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O maior desafio de Bolsonaro

Guerra à vista

Ou até o final de fevereiro próximo os Estados Unidos e a China chegam a um acordo ou a partir do primeiro dia de março o mundo sofrerá as consequências inimagináveis da guerra comercial a ser travada pelos dois países.  Juntos, eles são responsáveis por dois terços do comércio mundial. É para os dois que o Brasil vende mais ou menos dois terços do que exporta. Se a guerra não for evitada, como se comportará o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro?

Esse será seu maior desafio inicial. Reforma da Previdência Social, relações com os partidos, combate corrupção, ofensiva contra o crime organizado, Escola sem Partido, Acordo de Paris sobre o Meio Ambiente – tudo isso pouco importará.  A Argentina, por exemplo, é o maior comprador dos produtos industrializados do Brasil. Cerca de 80% do que ela produz para exportação é comprado pela China. Numa economia globalizada, o choque entre gigantes não deixará nenhum país a salvo.

O governo do presidente Donald Trump ameaçou elevar de 10% para 25% os impostos sobre os produtos chineses comprados pelo seu país. O governo chinês reagiu dizendo que a ser assim ele faria a mesma coisa e na mesma proporção.  É de supor que o governo Bolsonaro tenha um plano para enfrentar o que possa acontecer. Ainda há tempo para providenciar um. Será um duro teste para a retórica de alinhamento radical do Brasil com os Estado Unidos e de um certo distanciamento da China.

Blog do Noblat - Veja 

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Quem são os militares que estarão no coração do poder do governo Bolsonaro

Os generais Mourão, Santos Cruz e Heleno vão ocupar lugares estratégicos na configuração do Palácio do Planalto. O almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior foi anunciado nesta sexta-feira (30) para o Ministério de Minas e Energia

Os  "facas na caveira" que farão companhia a Bolsonaro no Planalto: Santos Cruz (ao centro), Mourão (à esq.) e Augusto Heleno Foto: André Horta/Fotoarena, Leo Martins e Adriano Machado / Agência O Globo e Reuters
Em junho, quando o cenário eleitoral ainda estava indefinido, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz deixou discretamente o comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública para mergulhar na campanha do capitão da reserva Jair Bolsonaro, visto por muitos naquele momento como um azarão. Neste mês, na segunda-feira dia 26, o agora presidente eleito anunciou num inesperado tuíte que Santos Cruz será o futuro chefe da Secretaria de Governo, um dos dois cargos mais importantes na estrutura da Presidência da República. Caberá ao general gerenciar os ministérios e fazer a interlocução do futuro governo com os grupos da sociedade civil. 

Santos Cruz será o terceiro general com um lugar estratégico na próxima configuração do Palácio do Planalto — os outros dois confirmados serão o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Para a Esplanada dos Ministérios, mais um militar foi nomeado nesta sexta-feira (30). Bolsonaro anunciou pelo Twitter – como tem divulgado seu ministério – o diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, para Minas e Energia. É o primeiro nome da Marinha para uma pasta. 

A ascensão de Santos Cruz ao coração do poder foi uma surpresa, porque ele havia sido convidado pelo ex-juiz Sergio Moro a voltar à Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça. Por que Bolsonaro escolheu esse general para ocupar um cargo político como a Secretaria de Governo? Para ex-colegas de caserna, essa dúvida não existe. Santos Cruz se credenciou a um gabinete no Planalto pelo extenso currículo internacional, pela proximidade com o presidente eleito e, sobretudo, porque seu histórico pessoal coincide com o perfil de austeridade e dureza que Bolsonaro idealiza para o governo. 

Tido como um linha-dura entre os linhas-duras do Exército, o general é quase uma lenda entre os militares das três Forças, sobretudo entre os mais jovens. “Ele é faca na caveira”, resumiu um militar a uma assessora do governo quando o general retornou ao Brasil, depois de passar dois anos — entre 2013 e 2015 — como chefe da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) na República Democrática do Congo. “Ele não tem medo de matar ou morrer quando está em ação. Sabe que isso faz parte do trabalho. Ele é simplesmente pragmático”, explicou um oficial experiente, que conhece bem a carreira de Santos Cruz. 

Com a imagem de homem simples e rigoroso, Santos Cruz viu a fama crescer quando chefiou a tropa internacional da missão de paz da ONU no Haiti, entre 2007 e 2009, num dos períodos mais críticos de um país arrasado pela extrema pobreza, por desastres naturais e por conflitos de grupos políticos e gangues armadas. Num dos momentos mais tensos, a casa onde o general morava foi cercada por uma gangue. Ele sacou uma arma e rechaçou os inimigos a bala. “Quantos morreram?”, perguntou um oficial tempos depois, ao ouvir o relato. “E você acha que eu fui lá fora contar?”, retrucou Santos Cruz. 

O episódio foi narrado a ÉPOCA por dois oficiais. Um ex-colega de Exército disse que o general teve de partir para o tudo ou nada porque do outro lado estavam criminosos a serviço de grupos empresariais contrários à presença forte da ONU no Haiti. Seriam integrantes de quadrilhas similares ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil. Segundo o oficial, esse tipo de embate não é incomum nas ruas de Porto Príncipe. No Congo, onde chefiou uma missão de mais de 20 mil militares de vários países, o general testou sua coragem num grau de risco ainda mais elevado. A situação era tão complicada que, pela primeira vez, a ONU autorizou uma missão de paz a fazer a guerra, caso fosse necessário. E foi isso que aconteceu. Em alguns casos, as tropas de paz tiveram de entrar em combate com grupos armados. 

Numa das operações, em maio de 2015, o helicóptero onde estava o general foi atacado a tiros e teve de fazer um pouso forçado. O risco de morte não abalou o comandante. “Essas coisas fazem parte do trabalho. O fato de termos sido atingidos mostrou que estávamos perto do local onde (os grupos armados) se escondiam. O nível de emoção não tem importância”, minimizou Santos Cruz numa entrevista pouco depois de sobreviver ao ataque. 

O lado impetuoso do general também pesou em sua decisão de deixar repentinamente a Secretaria de Segurança para se engajar na campanha de Bolsonaro. No comando da Secretaria, Santos Cruz defendia que as tropas militares subissem os morros do Rio de Janeiro, sob intervenção federal, e se necessário partissem para o confronto armado com criminosos, com liberdade inclusive para matar. O ministro da Segurança, Raul Jungmann, discordou, com o argumento de que confrontos de militares nos morros poderiam gerar forte reação. Insatisfeito, Santos Cruz se manteve em silêncio, mas pediu o boné e foi fazer fileira nas hostes de Bolsonaro. “Não me sinto confortável aqui”, desabafara o general a um amigo. 

Como secretário de Governo, ocupará um cargo um degrau acima dos demais ministérios da Esplanada. Amigo de Bolsonaro desde que participaram juntos de competições de pentatlo nos anos 80, Santos Cruz será um dos principais conselheiros do presidente eleito. O núcleo de apoio militar a Bolsonaro no Planalto ainda é reforçado por outros dois generais linha-dura: o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o futuro ministro do GSI, Augusto Heleno. Mourão e Augusto Heleno se destacaram ao fazer, quando ainda estavam na ativa, duras críticas ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Os dois tornaram pública uma forte insatisfação de setores das Forças Armadas com os governos do PT.

Continuar lendo em Época


 

terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Haiti é aqui

“A manutenção da Secretaria de Governo com status de ministério e a atual configuração esvaziará a Casa Civil, principalmente a relação política com o Congresso e com os movimentos sociais” 

[para que servem os movimentos sociais? 

Por muita inutilidade e mínima utilidade e serem, também, nocivos, não tem serventia - ao contrário, atrapalham, no mínimo, por perturbação da ordem pública.]


A indicação do general de divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz para comandar a Secretaria de Governo consolidou na cúpula do governo um grupo de ex-integrantes da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, formado ainda pelo general Augusto Heleno, futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e pelo general Fernando Azevedo e Silva, que será o ministro da Defesa. Sua missão mais importante, porém, foi comandar a missão de paz na República Democrática do Congo, integrada por 23,7 mil militares de 20 países, de 2013 a 2015.

Santos Cruz foi o chefe da Secretaria Nacional de Segurança Pública durante parte da gestão do presidente Michel Temer, ostentando ainda no currículo uma passagem por Moscou, como adido militar, em 2001 e 2002, e atuação como conselheiro do Banco Mundial para a elaboração do Relatório de Desenvolvimento Mundial 2011 e do grupo da ONU para a revisão do reembolso aos países que contribuem com tropas em missões de paz. Sua indicação surpreendeu, pois a Secretaria de Governo inicialmente seria incorporada à Casa Civil, sob comando do ministro Ônix Lorenzoni.

Hoje, a Secretaria de Governo da Presidência reúne as subsecretarias de Assuntos Parlamentares, Assuntos Federativos e Juventude, além da Secretaria Nacional de Articulação Social. A manutenção da pasta com status de ministério e essa configuração esvaziará a Casa Civil, principalmente a relação política com o Congresso e com os movimentos sociais. Além disso, fortalece o grupo de generais que forma o estado-maior do governo Bolsonaro, integrado ainda pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que não passou pelo Haiti, mas atuou na Missão de Paz em Angola e foi adido militar na Embaixada do Brasil na Venezuela.

Outro militar deverá comandar o Ministério da Infraestrutura, para o qual está cotado o general Joaquim Brandão, atual chefe de gabinete do ministro Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Michel Temer. O tenente-coronel da Aeronáutica Marcos Pontes, ex-astronauta, no Ministério de Ciência e Tecnologia, completa o naipe de militares que ocupam posições no primeiro escalão. Até
 agora, ninguém da Marinha foi nomeado para um cargo de destaque no governo.

Segurança
Ontem, o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciou a criação de uma Secretaria de Operações Policiais Integradas, que ficará a cargo do delegado da Polícia Federal Rosalvo Franco, ex-superintendente da PF no Paraná, que atuou na Operação Lava-Jato. “A ideia da secretaria é coordenar operações policiais a nível nacional. Hoje nós temos muitos grupos criminosos que transcendem as fronteiras estaduais, e essa ação precisa muitas vezes de coordenação a nível nacional”, explicou. Atualmente, esse tipo de operação vem sendo realizada pelo Ministério da Segurança Pública, que será extinto.


Moro também escolheu o delegado da Polícia Federal (PF) Fabiano Bordignon para o comando do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), também com atuação no Paraná. Além de chefiar a PF em Foz do Iguaçu, Borgidnon foi diretor de penitenciária federal de Catanduvas (PR). Moro teve contato com o delegado quando era juiz corregedor da penitenciária. “É uma função estratégica, nós todos sabemos que os presídios no Brasil constituem uma espécie de problema devido à questão de superlotação e fragilidade de certos presídios”, declarou Moro.

A indicação de procuradores e delegados federais para funções estratégicas no Ministério da Justiça, porém, já está gerando insatisfação entre os integrantes da chamada “bancada da bala” no Congresso, principalmente entre os parlamentares que são policiais militares e estão sendo pressionados pelos coronéis da ativa. O maior foco de insatisfação está em São Paulo, corporação à qual pertence o deputado e recém-eleito senador Major Olímpio.

Diretor da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo, o parlamentar é uma estrela em ascensão na política paulista e já exerce grande liderança entre os parlamentares do PSL, partido de Bolsonaro, porque é um dos mais experientes da bancada. Foi deputado estadual e assumiu seu primeiro mandato como deputado federal após ser eleito no pleito de 2014, com 179.196 votos. Agora, em 2018, foi eleito senador por São Paulo, com 9.039.717 votos.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB
 

sábado, 3 de novembro de 2018

11 meses antes do ‘Sim’ a Bolsonaro e 7 antes de prender Lula, disse Moro: política poria em dúvida integridade de seu trabalho. Então pôs!

No dia 27 de novembro do ano passado, o ainda juiz Sérgio Moro, futuro superministro do governo Bolsonaro — com mais poderes do que concentrou o antigo SNI no seu auge —, participou do “Fórum Veja” e foi entrevistado pela jornalista Thaís Oyama. Estamos falando de um evento ocorrido há 11 meses. 

Thaís fez a pergunta que estava em todas as cabeças: ele pensava ou não em exercer um cargo político? Ainda que o contexto sugira que se está falando de função eletiva — e a resposta do então juiz deixa claro que ele próprio tinha em mente, em particular, a Presidência da República —, ouve-se uma negativa peremptória. Ele descarta “qualquer espécie de cargo político” no presente ou no futuro. Por que não? O homem deixa claro: porque isso “poderia colocar em dúvida a integridade” do seu trabalho. Assistam ao vídeo. Eu transcrevo a fala em seguida e comento na sequência.



Continue lendo  no Blog do Reinaldo Azevedo  

 [não pode ser desprezada a data da entrevista, ocasião em que a candidatura Bolsonara era uma mera possibilidade e que poucos acreditavam - a grande imprensa se esmerava na tentativa de desmontar as pretensões do capitão.
Como bem lembra o dono e autor do POST, Moro se referia a um cargo eletivo e não era modesto quanto ao cargo que tinha em mente.]