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domingo, 23 de outubro de 2022

STF e TSE destroem honestidade da eleição e impõem censura demente - O Estado de S. Paulo

O STF e a sua polícia eleitoral, o TSE, destruíram a honestidade da eleição presidencial

 O Supremo Tribunal Federal e a sua polícia eleitoral, o TSE, destruíram por completo a honestidade da eleição presidencial a ser decidida no dia 30 de outubro;  
- estão favorecendo, agora de forma aberta, um dos candidatos, o ex-presidente Lula. Para isso, violaram as leis brasileiras, expropriaram o horário de propaganda eleitoral para entregar ao seu escolhido o tempo que cabe legalmente ao adversário e, pior do que tudo, deram a si próprios poderes de censor que são absolutamente proibidos pela Constituição Federala eles ou a qualquer autoridade do Brasil. 
É o ataque mais ruinoso à democracia que o País já sofreu desde a proclamação do AI-5, em 1968.  
Mais: a censura que impuseram à imprensa, e a todos os 215 milhões de cidadãos brasileiros, não tem precedentes, nem nos piores momentos da ditadura, em matéria de brutalidade, arrogância e estupidez.
 
 O TSE, sem o mínimo fiapo de lei que lhe permita fazer isso, saiu de suas funções legais como fiscal das regras do horário eleitoral e passou a mandar em tudo – agora dá ordens, 24 horas por dia e a respeito de qualquer assunto, à imprensa, aos jornalistas e, no fim das contas, a qualquer brasileiro que queira abrir a boca para dizer alguma coisa contra Lula, nas redes sociais ou onde for. 
É proibido dizer, por exemplo, que ele foi condenado pela Justiça por corrupção passiva e lavagem de dinheiroou que nunca foi absolvido de nada. [conclusão apresentada com todas as letras pelo ex-ministro do STF, decano da corte, Marco Aurélio.]  
Pior ainda, os ministros criaram a censura prévia – uma violação rasteira do princípio segundo o qual só se pode punir um erro depois que ele foi cometido. 
 
O resultado é que se chegou neste fim de campanha à seguinte demência: os jornalistas estão proibidos de dizer o que ainda não disseram. 
 É isso mesmo: “até o dia 31 de outubro”, há profissionais e órgãos de imprensa que não podem escrever ou falar. 
O TSE não está punindo uma “notícia falsa”, ou algum crime de calúnia, de difamação ou de injúria; 
ao suprimir previamente o direito de palavra, está punindo delitos que não foram praticados.  
Em que lugar da Constituição se permite uma coisa dessas?
 
A dupla STF-TSE não está ferindo direitos de jornalistas ou veículos; está eliminando o direito que a população tem de ser informada.  
Nem se importa, aliás, em esconder isso. Uma ministra declarou em voto aberto que qualquer censura é “inadmissível” – mas que, em caráter “excepcional”, ela estava se negando a cumprir a lei. “Excepcional?” O que pode haver de excepcional, ou de perigoso, numa eleição democrática que, segundo os próprios STF e TSE, tem sistemas de votação e de apuração perfeitos – a possibilidade de que o adversário ganhe? É isso que estão dizendo.
 
[convenhamos que a ministra não demonstrou empolgação em restabelecer, no caso em votação, a censura. Mas, também não votou contra nem se absteve = concordou, com a censura prévia.]  
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo 
 

 

terça-feira, 13 de julho de 2021

Recuperação do PIB - Economia brasileira melhora, apesar dos pessimistas de plantão

J. R. Guzzo

Economia cresceu 5% no primeiro trimestre de 2021, o que recupera todo o desastre do ano passado e vai ainda adiante.

Eis aí: a economia brasileira vai crescer com força este ano, pela primeira vez desde o começo do governo do presidente Jair Bolsonaro. Após os horrendos resultados de 2020, quando o país recuou 4% por causa da paralisação radical da atividade econômica trazida pela Covid, aqui e no resto do mundo, esperava-se por um desastre semelhante em 2021; afinal, o ano começou com o “lockdown” à toda, para a alegria das “autoridades locais” e para todos os que querem que Bolsonaro vá embora do governo o mais cedo possível. Muita gente, na verdade, rezava pela continuação da desgraça em 2021 e, se possível, para 2022, quando a eleição presidencial seria feita com a economia em ruínas.

Não é isso que está acontecendo. Ao encerrar-se o primeiro trimestre do ano ficou claro que a recuperação não apenas tinha começado, mas vinha forte — 5% de crescimento em 2021, o que recupera todo o desastre do ano passado e vai ainda adiante. Seria um número “bolha”, destinado a desfazer-se nas previsões seguintes? Pelo jeito não. Segundo o último cálculo do Banco Central, os dados são bons para todo o semestre; o crescimento deste ano, com base no que aconteceu até agora, deve ser de 5,2%, o maior dos últimos onze anos.

LEIA TAMBÉM:  CPI da Covid é candidata ao título de pior investigação feita pelo Senado

É natural, com a progressiva retomada da produção, que os números sejam altos — afinal, o percentual de aumento está sendo feito sobre uma base muito baixa. Mas é indiscutível que o Brasil voltou a funcionar, e que está melhor do que estava. O desastre provocado pela pandemia da Covid foi para ninguém botar defeito, sobretudo no mercado de trabalho; o fechamento geral do “fique em casa”, para ficar num exemplo só, levou o desemprego para as vizinhanças dos 15%, piorando ainda mais os 14% atingidos no auge da recessão de Dilma Rousseff. Mas já neste primeiro semestre de 2021 foram criados 1,2 milhão de empregos com carteira assinada; são postos de trabalho recuperados, e se a retomada continuar nesse ritmo, não há como não haver consequência na economia.

O ano não acabou, é claro, e o ano-chave de 2022 ainda nem começou. Para 2021 ter 5,2% de crescimento, o segundo semestre terá derepetir o primeiro;
para o ano da eleição ser forte,
será preciso repetir 2021. Cada vez mais, daqui para a frente, a política terá de prestar atenção ao que está acontecendo não apenas no seu mundinho, mas também no front da economia.
 
J. R.Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

terça-feira, 9 de março de 2021

Em 2022 é Sérgio Moro ou a volta da esquerda - Sérgio Alves de Oliveira

A última pesquisa eleitoral procedida pelo Instituto Paraná, realizada a partir de  25.02.21, demonstra com clareza solar   a tendência que de fato Bolsonaro deve vencer  o 1º Turno das eleições  de outubro de 2022, com pouco mais de 30% dos votos  (31,9% ,no primeiro cenário), contra outros 3 ou 4  candidatos que vêm em seguida, Lula, num eventual  quarto cenário, com 18%, e ”embolados” Moro, com 11,5 %, Haddad com 10,5 %, e Ciro Gomes  com 10,0 %.

Somados aos demais candidatos , cuja prioridade seria  derrotar Bolsonaro, e que  todos esses em maior ou menor  intensidade também têm “cheiro” de  esquerda, mas que pontuaram menos que Lula, Moro,Haddad e Ciro,ou seja, Doria, Huck, Boulos,João Amoedo, Eduardo Leite, e Mandetta, todos “inimigos” eleitorais declarados  de Bolsonaro para um eventual 2º Turno . A  soma das preferências de  votos  nesses  9 (nove) candidatos seria de qualquer forma superior à votação “única” do capitão.  Na verdade seria muito pouco provável  que Bolsonaro “disparasse” num  2º Turno para vencer o candidato que fosse concorrer com ele, aumentando expressivamente  os  32,4 %  que já teria no  1º Turno das eleições.

Mas Bolsonaro na verdade  foi  o maior culpado   dessa armadilha que a esquerda está montando contra o conservadorismo/direita que ele representa.  Temendo uma “concorrência” interna, e “desleal”, que eventualmente lhe tirasse a chance  de concorrer à reeleição em 2022, Bolsonaro acabou  achando um jeito de “queimar” as suas ,”ameaças”,as suas “sombras”.

O caso do Ministro da Justiça e Segurança Pública.o ex-Juiz Sérgio Moro, que se notabilizou no combate à corrupção, especialmente como  juiz da Operação Lava Jato,foi o mais emblemático. Seu prestígio, inclusive internacional, estava ameaçando a candidatura de Bolsonaro. [Se impõe um registro: o ex-juiz, ex-ministro, ex-quase favorito a alguma coisa e que de concreto resultou em emprego junto a uma consultoria, que tem entre seus clientes empresas réus na Lava-Jato dos tempos do triplo-EX, mereceu ser defenestrado do Governo Bolsonaro. 
Os homens honrados, como lembra o articulista, quando não concordam com o chefe pedem demissão,não traem quem neles confiou e podem sair da cabeça erguida. O triplo-EX tentou agir contra o seu chefe, um quinta coluna, faltou com a LEALDADE, esquecendo que HONRA e LEALDADE caminham juntas.  
Aliás, o segundo parágrafo desta matéria, está lotado do nome de  traidores, desleais, de desonra (tem no máximo uma ou duas exceções) que se torna pesado. Se percebe facilmente no texto, que pessoas com sobrenome começando com determinada letra, são quinta-coluna por natureza, por opção.] O capitão não perdeu tempo. Achou uma maneira de desmoralizar Moro com a demissão que fez do Superintendente da Polícia  Federal do Rio de Janeiro,homem da mais estrita confiança do Ministro, que acabou não tendo outra saída, como fazem todos os homens honrados,de pedir demissão do cargo, ”aliviando o “pavor” do Presidente com essa possível ameaça à sua candidatura.

Sérgio Moro saiu taxado de “traidor” do Governo Bolsonaro, por ter denunciado  algumas verdades “inconvenientes”. Mas agora o “mocinho” Moro passou a ser o “bandido” Moro. O que mais se fala nas rodas políticas íntimas do Presidente, que se consorciaram com os bandidos condenados por Moro, é sobre uma possível “prisão” de Moro,e outros procuradores da Lava-Jato. E lá do Palácio do Planalto,mesmo que “às escondidas”, estão alimentando essas “fofocas” para comprometer  tanto quanto possível  a imagem de Sérgio Moro.

Resumidamente, Bolsonaro não tem qualquer chance de vencer no 2º Turno  as eleições de 2022. “Todos” da esquerda contra ele seria inevitável. Além disso, após  Bolsonaro, Moro ainda é o candidato mais repudiado pela esquerda. Por isso Moro  jamais chegaria ao 2º Turno com os votos dos fanáticos da esquerda,e sim com os dos “outros”,que deveriam ter o bom senso de votar um 1º Turno com Bolsonaro e  Moro como “finalistas”.

O único grande risco de Sérgio Moro ter  patrocinada a sua candidatura pela esquerda seria o seu “ azar” de candidatar-se  pelo “tal” PSDB,que desde 1992, através do “Pacto de Princeton”, assinado entre  Lula e FHC, nos Estados Unidos (estratégia das Tesouras,de Hegel e Marx),onde existe  um acordo secreto PMDB-PT,pelo qual um desses dois partidos,ambos de esquerda,o primeiro mais moderado,e o segundo “radical”, sempre deveria  vencer a  eleição presidencial, o que  de fato funcionou  de 1995 até 2014,com FHC (2 mandatos),Lula (idem),e Dilma (1,5 mandato).

Se o conservadorismo agir com um pouco de inteligência  para 2022 acabará deixando  de  devolver o poder para a esquerda,dividindo os votos para lançar no 2º Turno as candidaturas de Bolsonaro e Sérgio Moro. Aí estaria a grande chance de Moro vencer , mesmo porque a esquerda votaria antes em Moro do que em Bolsonaro. A esquerda até poderia  votar em Moro no 2º Turno, se não tivesse  outra saída. Mas em hipótese alguma optaria por Bolsonaro

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


quarta-feira, 3 de março de 2021

Os efeitos mortais do desgoverno Bolsonaro - José Nêumanne

O Estado de S. Paulo

Estelionatário do voto, presidente é fiel a passado autoritário, terrorista e estatizante

[PARABÉNS ao ilustre Nêumanne - a quem acompanhamos e respeitamos faz algum tempo, muito tempo.
Apenas lamentamos que um presidente que recebeu quase 60.000.000 de votos seja chamado de 'estelionatário' - quais foram os estelionatos por ele cometidos?  ( recentemente, o ministro Gilmar Mendes usou o termo genocídio de maneira, digamos, precipitada, e encontrou dificuldades para  apontar os cadáveres necessários à comprovação daquele horrível crime. A classificação não foi mantida.).
No mais, é aconselhar ao ilustre jornalista, poeta e escritor, que esteja preparado para  mais quatro anos, contados a partir de 1º janeiro 2023, com as bênçãos de DEUS,  do segundo mandato do presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO.]          ]

Jair Bolsonaro ganhou a eleição presidencial, que não foi fraudada, como repete, apoiado em dois pilares: o antipetismo e o slogan que furtou das manifestações populares de 2013, resumindo o que exigiam: “Mais Brasil, menos Brasília”. A repulsa a Lula levou-o a assumir compromisso com o apoio ao que, finda a primeira metade de sua gestão, é chamado de “lavajatismo”, pondo o ex-juiz Sergio Moro no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O desmonte da privilegiatura, especialmente os burocratas fardados, esbulhando o contribuinte, virou lorota “liberal na economia e conservadora nos costumes”, que acomoda na Esplanada dos Ministérios um fã secreto de Augusto Pinochet, Paulo Guedes, e Damares Alves, lunática que conversava com Jesus Cristo numa goiabeira.

O liberalismo de caviar com champanhota, sustentado por uma nobiliarquia burguesa, guiada pelo sorry, periferia” de Ibrahim Sued, pôs à mesa Salim Mattar – que logo entendeu que fora chamado para um picadeiro, e não para uma equipe econômica, e pulou fora –, se distrai e se desfaz no ridículo do viciado em almoço grátis, a renegar Chicago. O combate à corrupção foi despejado no verão de 2018, quando o então deputado estadual fluminense Flávio Bolsonaro foi avisado (segundo seu suplente, Paulo Marinho) de que o esquema de que era beneficiário na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Sara Giromini, Daniel Silveira e Bia Kicis. O estrategista escolado em crime de colarinho-branco Frederick Wassef foi reabilitado no seio da famiglia pelo perdão ao primogênito. E este terá o inquérito do MP-RJ sepultado sem choro nem vela pelo procurador-geral da Justiça daquele Estado, Luciano Mattos, nomeado pelo governador provisório, Cláudio Castro, para dar um roque no xadrez da investigação mais rica em crimes desde Sérgio Cabral.

Sobrenatural de Almeida, personagem do analista dos costumes dos subúrbios da ex-Cidade Maravilhosa, Nelson Rodrigues, providenciou uma pandemia para ele atuar como charlatão-mor do País, com cloroquina na maleta. Em 25 de fevereiro morreram 1.582 súditos e na live do trono Sua Majestade, o artilheiro que nunca disparou um morteiro, expôs habilidades de homem do óleo da cobra das feiras livres do interior, mirando no seu mais recente inimigo público número um, a máscara anticovid. [que o "cientista" Antonio Fauci, especialista em manchetes horripilantes, quer que seja usada em duplicata.] e Chamou de efeitos colaterais do uso da máscara os sintomas “irritabilidade, dificuldade de concentração, diminuição da percepção de felicidade, recusa de ir para escola, vertigem e desânimo”. Nem pense em rir, já que se trata de um diagnóstico grave, capaz de produzir centenas de milhares de vítimas de morte. A receita foi-lhe passada, segundo os repórteres Samuel Lima e Gabi Coelho, do Estadão, por tuíte, pelo médico (!) Alessandro Loiola, “que já foi alvo de quatro verificações do Projeto Comprova por espalhar informações falsas e é autor de um livro chamado Covid-19: a fraudemia, um compêndio de teses anticientíficas e teorias conspiratórias”.

Antes de março chegar, na perspectiva de ser o mais terrível mês na guerra ao novo coronavírus, alucinados aglomeraram-se sem máscara à frente da casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, em protesto contra o lockdown que este decretou. “Queremos trabalhar”, tuitou o chefe do Executivo. Quem o impede de fazê-lo? Poderia interromper a folga a que se dedica desde a posse para mandar o Ministério da Saúde cumprir a ordem da ministra do STF Rosa Weber e reabrir UTIs de covid do SUS, em vez de dar resposta desaforada: “Cabe a cada Estado fazer a sua parte”.

Como se trata de mais uma proposta para não ser cumprida pelo estelionatário de hábito, e convém evitar que ele continue desmandando para colher cadáveres, resta-nos ecoar o que disse o senador Tasso Jereissati, ao defender a CPI da covid-19: “Alguém precisa parar esse cara”. É mesmo absurda (e não se diga burra, em respeito aos quadrúpedes muares) a oposição dele aos únicos instrumentos de que a humanidade dispõe para escapar do contágio mortal: higiene, máscaras, isolamento, auxílio emergencial e vacina [temos vacina? ao que se sabe elas são insuficientes, vez ou outra  surgem algumas centenas de doses, até no estado presidido, ops... governado pelo 'governador da vacina' ]  Muitas vidas poderão ser salvas se se lavarem suas mãos sujas de sangue e lhe negarem o poder de decretar efeitos mortais de seu desgoverno homicida.

José Nêumanne,  Jornalista, poeta e escritor - O Estado de S. Paulo


domingo, 8 de novembro de 2020

Eleições e redes sociais - Por Denis Lerrer Rosenfield

Blog do Noblat 
 

A polarização ideológica cessa de ser eficaz quando um candidato de centro entra como contendor 

As eleições americanas saíram do cardápio de quatro anos atrás, assim como das últimas eleições brasileiras. Se nessas e naquelas a política do ataque e do uso intensivo das redes sociais foram a tônica preponderante, a situação agora mudou completamente. O novo presidente eleito, Joe Biden, é um político moderado, sem o dom da palavra, chegando a gaguejar, e o seu emprego das redes sociais foi em muito inferior ao de seu adversário.

Trump é um político destemido, demagógico que parece acreditar em tudo o que diz por maiores que sejam suas mentiras, em flagrante contradição consegue mesmo. Não recua diante de nada. Se se pode dizer que a sua derrota se deve em muito à pandemia, não é menos verdadeiro dizer que sua comunicação social pandêmica não convenceu os seus eleitores. Suas ginásticas verbais e digitais, em muito semelhantes às do presidente Bolsonaro, foram ineficazes. Quando pessoas adoecem e morrem, não há argumentos, por mais engenhosos que sejam, que possam mascarar a realidade. [uma coisa é certa: apesar da grande possibilidade do democrata ser eleito - o que ocorrendo provará elevada deficiência neuronal do leitor norte-americano - não acreditamos que sejam tão idiotas ao ponto de cogitarem responsabilizar Donald Trump pela pandemia.] A sorte, neste sentido, do presidente brasileiro consiste em que a próxima eleição presidencial não está logo ali, havendo dois longos anos pela frente. No caso dos EUA, o mundo real tomou o lugar do “mundo” digital.

Em redes sociais, o presidente Trump tem mais de 100 milhões de seguidores. Certo deste apoio acreditou em poder menosprezar a imprensa e a mídia tradicionais, mormente representada pela televisão. Não cansava de atacá-las, crendo disto extrair os maiores benefícios, mobilizando seus apoiadores, em boa parte fanáticos. Joe Biden muito longe se situava neste quesito, tendo feito uma campanha muito mais tradicional. Tinha se tornado quase um dogma que eleições, doravante, se ganhariam ou perderiam nas redes sociais. Ora, as eleições americanas mostram a falácia de tal afirmação. O número de seguidores digitais não se traduziu por votos, muitos dos quais utilizaram o meio mais tradicional: correios, como se estivéssemos no século XIX. O país do Google, da Microsoft, da Apple, do Facebook entre outros não cessa de ser o país da imprensa, das redes de televisão, do rádio e dos correios.

A política do ataque, designando o adversário como um inimigo a ser aniquilado, não produziu os resultados esperados. Note-se que o discurso de extrema direita de Trump foi utilizado para combater um candidato moderado, acostumado à prática do diálogo e da articulação política, não se encaixando no perfil do candidato de esquerda, “socialista”, “comunista”. Para Trump, o concorrente ideal teria sido Benny Sanders, contra quem sua demagogia teria tido melhores condições de ser bem-sucedida. Contra um político de centro foi ineficaz. Não conseguiu alcançar a polarização almejada. Eis mais um ensinamento da eleição americana: a polarização ideológica entre extrema direita e esquerda cessa de ser eficaz quando um candidato de centro entra como contendor, sabendo manter-se nesta posição.

A cena democrática não foi capturada por um discurso demagógico, de extrema direita, que desconfia e menospreza as suas instituições. A tentativa de Trump de judicializar o processo eleitoral, a mobilização de seus seguidores mais fanáticos e a busca do confronto estão fadadas ao fracasso. As instituições americanas são sólidas e o que mais prezam os seus cidadãos é a segurança jurídica e a estabilidade institucional, fontes mesmas do seu progresso enquanto nação. Quando da controvérsia eleitoral entre Bush e Al Gore, a propósito da contagem dos votos da Flórida, por mais indefinida que tenha sido a situação, a Suprema Corte interveio, declarou o resultado final e a vida política e social voltou ao normal. O recomeço tomou o seu curso e a sociedade americana voltou ao trabalho e à sua normalidade. Estabeleceu uma linha divisória. [não podemos olvidar que o presidente Donald Trump ainda não reconheceu a suposta vitória do democrata;

Cabe lembrar que a apuração das eleições estão judicializadas, e como bem reconhece o ilustre articulista a Suprema Corte decidiu sobre o conflito entre Bush e Al Gore, intervenção que pode se repetir.]

O tensionamento agora desejado por Trump certamente terá vida curta, por situar-se para além da democracia e dos valores americanos. Eis o limite da demagogia e do uso intensivo das redes sociais.

Blog do Noblat - VEJA - Denis Lerrer Rosenfield,  professor de Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul


quarta-feira, 29 de julho de 2020

Sucessão no Congresso é lance vital para a eleição presidencial - Vera Magalhães

O Estado de S.Paulo

[2021, tem importância para o Brasil = reeleição do presidente Bolsonaro - e, sem nenhuma dúvida, anteceder 2022 - SEM pandemia e COM  PIB positivo.]

Não adianta nada nomes como Luiz Henrique Mandetta queimarem a largada especulando sobre candidatura presidencial a essa altura do campeonato. Não bastasse haver um vírus à solta que terá matado 100 mil brasileiros até o início de agosto, ceifado milhões de empregos, virado o programa econômico de Paulo Guedes de cabeça para baixo e transformado as  em nota de rodapé, isso para ficar só nos efeitos domésticos, outros acontecimentos em Brasília são pressupostos fundamentais para posicionar os corredores na linha de largada.

Eles começam agora, nesse segundo semestre que inicia oficialmente em agosto. Não à toa Rodrigo Maia saiu do silêncio que vinha mantendo para comandar uma dissidência no “blocão” de partidos da Câmara que deu suporte à sua presidência nesses quatro anos. Maia sabe que é vital não apenas para sua sobrevivência como líder político relevante, mas para a construção de qualquer projeto de centro dissociado do bolsonarismo e minimamente competitivo, manter o comando da Câmara no último biênio do governo.

Não que o Congresso tenha sido o protagonista nos atos de contenção a Bolsonaro nesse 2020 em que o presidente resolveu rasgar a fantasia. Esse papel, como se sabe, tem sido exercido pelo Supremo Tribunal Federal. [Alguns lembretes:
- considerar o deputado Maia líder político relevante, é premiar os que fazem jogo duplo e, se necessário.  triplo;
- os brasileiros não podem ser considerados sortudos na política - correr o risco de ter como presidente um deputado eleito com pouco mais de 73.000 votos, é muita falta de sorte, para não dizer azar;
- irônico é que os que consideram o presidente Bolsonaro autoritário, com vocação para ditador, acham uma Suprema Corte autocrática, abusando das decisões monocráticas (é um colegiado, mas um só ministro pode,  sem dificuldades,  revogar uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República = avalizada por  dois Poderes - sem dar muitas explicações e sem prazo estabelecido para ser revista pelo plenário da Corte Suprema.
Antes podia, excepcionalmente, apenas suspender. Atualmente, suspende e na decisão suspensória traça como devem ser efetuado os atos normatizados na lei suspensa = na prática, revoga.
A imprensa aplaude - estar conforme o 'estado democrático de direito', pouco importa.
O que vale, para os inimigos do Brasil, é estar contra o presidente Bolsonaro e os quase 60.000.000 de votos que o elegeram.]

Mas é ali, na Câmara, que pode nascer um dos temores maiores da existência do presidente, maior que acabar a cloroquina no meio da noite: a abertura de um processo de impeachment, algo que Maia evitou alimentar nesses dois anos de convivência tensa, mas que é um trunfo à mão de qualquer presidente da Casa, a depender do impulso das ruas, de um motivo jurídico e de combustível dos setores econômicos.
[antes de empoderar o deputado Maia, não esqueçam que um processo de  impeachment pode até nascer na Câmara, por decisão política do presidente daquela Casa, mas morrer antes de sair.
Para não morrer nos primeiros dias de vida precisa ser aprovado por 342 deputados - até para abrir a sessão são necessários 342 deputados presentes, um a menos já é suficiente para ser abortado = aborto que -  se tratando de tentativa de impedimento do presidente Bolsonaro - é legal, lícito e moral.] 

Por ora nenhum desses fundamentos está dado. A pandemia tira a possibilidade de grandes manifestações de rua, Bolsonaro se segura ali no limiar dos 30% de aprovação, com um público que está trocando de pele da elite agora horrorizada com seus descalabros para as classes D e E conquistadas à base de auxílio emergencial. E o ainda bagunçado apoio do que restou do Centrão ao presidente pode lhe dar os votos necessários para evitar ter o mesmo destino de Dilma Rousseff.

Mas não é esse o único poder que emana dos comandantes da Câmara e do Senado. Bolsonaro não teve êxito até aqui em avançar com sua pauta reacionária no Legislativo. O que conseguiu para “escancarar a questão das armas”, por exemplo, fez via decreto. Alguns foram, inclusive, derrubados pelos parlamentares. A tentativa de aprovar pautas obscurantistas como a tal Escola sem Partido nunca foi adiante, e os vetos do presidente a projetos aprovados ou alterados pelos deputados e senadores podem ser derrubados a qualquer momento.

Sem o controle da pauta dificilmente o presidente terá mais sorte nos dois últimos anos de seu mandato. Isso além dos obstáculos institucionais que enfrentará em outras searas, como o Supremo e o Tribunal Superior Eleitoral. Por tudo isso, para chegar competitivo a 2022 Bolsonaro tem de sobreviver não só ao 2020 do vírus e do desastre econômico como a dois últimos anos com atores no comando que ainda não estão em cena. Dois deles são escolhas de deputados e senadores, mas outros dependem da caneta do próprio Bolsonaro, que vai indicar, entre outros postos, um ministro do STF, Corte hoje hostil a ele e unida como poucas vezes, em novembro.

Ignorar essas variáveis e como a economia vai se comportar só fará com que eventuais postulantes à Presidência se exponham ao sol sem protetor. Mandetta não é o único a se arriscar a uma queimadura. Deveriam ficar mais embaixo do guarda-sol organizando os exércitos, como Maia está fazendo, e procurar algum grau mínimo de coesão.

Vera Magalhães,colunista - O Estado de S. Paulo


sábado, 5 de outubro de 2019

De volta ao futuro - Merval Pereira

Sérgio Moro dizer que Bolsonaro é seu candidato a presidente em 2022 tornou-se uma das declarações mais impactantes dos últimos dias. Afinal, Moro é o melhor cabo eleitoral em circulação, já que Lula continua encarcerado. Mas não convence ninguém, principalmente o presidente, de que ali na Esplanada dos Ministérios não está instalado um potencial adversário na disputa presidencial. [O melhor para o Brasil, em 2022, é Bolsonaro para presidente e Moro para vice.]
Bolsonaro lançar o prefeito de Salvador ACM Neto a presidente, para irritar o governador petista da Bahia Rui Pimenta, sugere que o presidente, que dizia que não se candidataria à reeleição, só pensa naquilo.
[atualizando: Bolsonaro sempre declarou que apoiaria eventual emenda acabando a reeleição.]

Não foi por acaso que já atacou, do nada, o governador João Doria e o apresentador de televisão Luciano Huck. São possíveis candidatos à presidência com ativos políticos fortes: um atua no maior colégio eleitoral do país, o que torna qualquer governador paulista candidato automático.  O outro é muito popular, viaja por todo o país com seu programa, e desde 2018, quando quase disputou a eleição presidencial, tomou gosto por estudar questões nacionais e dedica-se a um projeto de formar cidadãos capazes de serem políticos modernos através da ONG Renovar BR. [o Brasil não merece ter um animador de auditório candidato a presidente - apesar de já ter tido um analfabeto reeleito para o cargo = viu a roubalheira que o analfa comandou e foi mantida pela sem noção que o substituiu.
Chega de tentar (pensar em)  eleger pessoas bem sucedidas em outras áreas - humoristas, animadores de auditório,cantores, palhaços - para presidir o Brasil.
Nossa Pátria Amada não e um picadeiro.]

O sonho de consumo de Bolsonaro é ver Lula livre. Repetir a disputa entre petistas e antipetistas é o caminho mais curto para permanecer oito anos no Palácio do Planalto, mas, para isso, não pode abrir espaço para um candidato de centro competitivo. Lula, se conseguir que sua condenação pelo triplex do Guarujá seja anulada, [qual a fundamentação jurídica que sustentará tão absurda medida?e as novas condenações? lembramos que tem uma aguardando confirmação.
O STF não vai permitir que Lula termine de f ... com o Brasil e os brasileiros de BEM.] tem todas as condições de iniciar uma campanha de recuperação de imagem. Criatividade e disposição não lhe faltam.

Depois de mais de um ano na prisão, acusado de comandar o maior esquema de corrupção já descoberto no país, ainda consegue criar fatos políticos, como anunciar que não aceita o regime semiaberto, por ser inocente.  Se a condenação for anulada, sairá da cadeia com um selo de perseguido político dado pelo STF, o que validará sua versão. Controlar a Operação Lava Jato, para que deixe de ser percebida como uma instituição de combate à corrupção apartada das demais da Justiça brasileira, é mais atraente para muitos ministros do Supremo, e parlamentares, do que a condenação de Lula e de outros criminosos do colarinho branco apanhados pela ampla rede de investigações que foi montada a partir de Curitiba.

Tentar validar provas roubadas, retardar os processos, fazendo-os retroceder em nome da ampla defesa, faz parte dessa estratégia. Assim como a proposta do novo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, de descentralizar os inquéritos, criando várias forças-tarefas pelos estados.  Esvaziar Curitiba como responsável pelos êxitos do combate à corrupção ajudaria a desmontar a imagem de Moro e dos procuradores da Lava Jato. O Supremo já está fazendo parte do serviço mandando para a primeira instância ou para a Justiça Eleitoral processos desmembrados da Lava Jato.  Todos são muito ciosos de suas áreas de poder em Brasília, e cada um quer preservar a sua. Até mesmo o governador do Rio, Wilson Witzel, que se lançou candidato a presidente da República logo depois de se eleger surpreendentemente, entrou em colisão com o presidente, que já aconselhou o “Naval”, como chama Witzel, por ter sido fuzileiro naval, a não disputar a eleição presidencial.

Por que Bolsonaro antecipou tanto a disputa eleitoral, fazendo com mais profundidade o que sempre criticou em seus adversários? Tudo indica que Bolsonaro gosta mais de disputar do que de governar. Assim como Lula, que não sai do palanque nem mesmo na cadeia.Um populista de direita contra outro de esquerda, e o país fica refém de um jogo politico em que as partes se acomodam em torno do mesmo interesse comum, sem abrir espaço para outras forças políticas. Lula domina a esquerda e impede que outros candidatos se viabilizem, como aconteceu com Ciro Gomes na eleição de 2018 ou com Marina Silva desde 2014. Bolsonaro quer tomar conta da centro-direita. Assumiu o controle do eleitorado do PSDB no centro-oeste e no sul justamente por ser o candidato competitivo para derrotar o petismo.

Cada um com seus defeitos e qualidades, prefere lutar contra o outro a enfrentar um candidato de centro. Bolsonaro espera ser novamente a alternativa realista contra o PT. Lula torce para que o governo Bolsonaro confirme sua tendência ao autoritarismo. [Lula é sem noção até para escolher para o que  torcer - tanto que é corintiano;
Bolsonaro não é autoritário , e se fosse a primeira medida - acertadíssima por sinal - seria impedir Lula de se candidatar e proibir a existência dos partidos de esquerda.
Não esqueçam que a esquerda está perdendo espaço em todo o mundo.]
Como no Brasil até o passado é incerto, como se vê agora com a novidade do STF de anular os julgamentos em que o delator falou depois do delatado, não é possível, com três anos de antecedência, saber o que nos aguarda como “país do futuro”. 


Merval Pereira, jornalista - O Globo


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

75% veem Bolsonaro e equipe ‘no caminho certo’, diz Ibope

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (13) em relação ao trabalho do presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe indica que:
75% consideram eles estão “no caminho certo”;
14% que eles estão no “caminho errado”
11% não sabem ou não responderam.
 
O levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é o primeiro desde a eleição presidencial de outubro.  Ao todo, foram ouvidas 2 mil pessoas em 127 municípios entre 29 de novembro e 2 de dezembro.

Governo Temer
A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira também aborda a avaliação dos entrevistados sobre o governo do presidente Michel Temer (MDB). O levantamento indica os seguintes percentuais:

Ótimo/bom: 5%
Regular: 18%
Ruim/péssimo: 74%
Não sabe/não respondeu: 5%


Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada em setembro, 78% consideravam o governo “ruim/péssimo”; 16%, “regular”; e 4% avaliavam como “bom/ótimo”.

Expectativa
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira também abordou a expectativa do eleitor em relação ao governo Bolsonaro. Veja os percentuais:

Ótimo: 25%
Bom: 39%
Regular: 18%
Ruim: 4%
Péssimo: 10%
Não sabe/não respondeu: 4%


MATÉRIA COMPLETA, em IstoÉ



quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Bolsonaro cobra apoio de aliados e diz que ‘não acabou a eleição ainda’

Um dia após Ibope mostrar queda na intenção de votos, presidenciável diz que parlamentares eleitos devem apoiá-lo: ‘A prioridade de vocês é Jair Bolsonaro’

Um dia após pesquisa feita pelo Ibope mostrar que a diferença dele para Fernando Haddad (PT) caiu quatro pontos percentuais [dentro da margem de erro, visto que ele oscilou para baixo 2% e o petista oscilou positivamente 2%] e que sua rejeição aumentou cinco pontos, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) cobrou duramente seus aliados para que se empenhem em sua campanha e alertou que “não acabou a eleição ainda”.
Novas informações e mentiras que estão sendo difundidas ao meu respeito
 
Em uma transmissão ao vivo no Facebook de 21 minutos, ele afirmou que “os deputados de esquerda estão mobilizados” nas redes sociais defendendo Haddad e fazendo ataques a sua candidatura, enquanto entre seus aliados “o engajamento está muito fraco”.  “Eu apelo aos parlamentares eleitos que entrem nessa briga. Não acabou a eleição ainda”, afirmou. Segundo o Ibope, o capitão reformado do Exército lidera o segundo turno da eleição presidencial com 57% dos votos válidos contra 43% de Haddad – no levantamento anterior, os números eram de 59% a 41%.

Apesar de ter oscilado dentro da margem de erro, o capitão experimentou queda na pesquisa espontânea (quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor) – ele passou de 47% para 42%, enquanto Haddad foi de 31% para 33%. A rejeição ao candidato do PSL também subiu cinco pontos.

Bolsonaro lembrou aos 52 deputados eleitos pelo PSL segunda maior bancada da Câmara, atrás apenas do PT – que eles não foram eleitos apenas em razão de seus esforços. “Vocês se elegeram em grande parte pelo meu trabalho como candidato a presidente da República”, disse.
Para ilustrar a crítica, ele citou a situação de São Paulo, onde deputados do PSL gravaram vídeo de apoio ao candidato Márcio França (PSB), enquanto outros representantes da campanha, como o vice Hamilton Mourão, externou apoio a João Doria (PSDB).

“Eu estou vendo a briga em São Paulo. Em vez de brigarem por voto para mim, ficam apoiando um candidato ou outro. Pelo amor de Deus, a prioridade de vocês é Jair Bolsonaro”, disse. “O que está em jogo é a cadeira presidencial”. 

O presidenciável também pediu aos seus eleitores que continuem mobilizados em busca de votos durante o que ele chamou de “sprint final”. “A eleição não está decidida ainda”.

Fake news
O candidato também listou – e rebateu cada uma – o que considera informações falsas divulgadas pela campanha de Haddad a seu respeito. Ele citou as informações de que iria acabar com o emprego de professores e merendeiras com a adoção do ensino à distância, que iria permitir o desmatamento da Amazônia, que iria distribuir armas indiscriminadamente para a população e que iria legalizar os cassinos no Brasil.
“Nós fazemos uma campanha baseada na verdade, e o outro lado, na mentira deslavada”, disse.

Confira números da pesquisa do Ibope sobre o estado de São Paulo

Revista Veja