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domingo, 9 de junho de 2019

Ministério Público pede que GDF exonere delegado condenado por crime

[Ibaneis é picado pela mosca que picou o ministro Toffoli e quer acumular as funções de governador - que está executando pessimamente - com as de 2ª Instância do Poder Judiciário]

Laércio de Carvalho Alves é chefe da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) e recebeu pena em 2018 por crime ambiental, mas governador garante que ele continua no cargo

Uma condenação por crime ambiental fez com que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pedisse a exoneração do delegado-chefe da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho 2), Laércio de Carvalho Alves. Mas o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse ao Correio, por telefone, que o investigador continua no cargo. “Recebi a recomendação do Ministério Público, analisei e não vou atendê-la, porque ele (delegado) está correto. A penalidade que sofreu não o impede de ocupar cargo comissionado”, defende o chefe do Executivo.

Em 30 de maio de 2018, a Vara Criminal de Sobradinho fixou pena de 6 meses de detenção e 10 dias-multa contra o policial por uma construção feita em 2008 de uma área de lazer no Condomínio RK, onde ele mora, na época em que Laércio era síndico do setor habitacional. Mas o réu não foi preso. No atual governo de Ibaneis Rocha (MDB), Laércio assumiu a 35ª DP. Mas o promotor de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), Fábio Nascimento, pediu a demissão dele do cargo de chefia. Na avaliação do MPDFT, o delegado ocupa a função de forma indevida, pois é condenado em segunda instância.
 
Ao Correio, o delegado disse desconhecer o pedido de exoneração. Ele alegou que, diferentemente como consta no processo judicial, não construiu um complexo de lazer no condomínio, mas, sim, um banheiro e um vestiário para os atletas que utilizavam um campo society que já existia à época. “Eles estão me atribuindo apenas a construção do banheiro e do vestiário. Não há que se falar em crime ambiental, uma vez que fiz um complemento de uma obra antiga, onde não existe área ambiental”, defende. Mas na denúncia à Justiça, o MPDFT detalha que o denunciado decidiu “instalar complexo de lazer denominado Centro Cultural Esportivo” em uma Área de Preservação Permanente (APP) na nascente do dreno tributário do Córrego Capão Grande. Segundo a denúncia, a obra causou danos ambientais estimados em R$ 304.710, conforme consta em um laudo de perícia criminal. 

Laércio contesta a informação: “Alegaram que eu construí em um local onde não poderia, mas como, já que o condomínio possui 2,2 mil casas, está consolidado há mais de 30 anos e tem obras de infraestrutura de todo tipo, inclusive feitas pelo governo?”, questiona. Em nota, a Polícia Civil informou que a nomeação do delegado foi legal, “tendo em vista que a condenação em segunda instância foi superveniente àquele ato, o que não contraria a lei da ficha limpa.”  A corporação também defendeu que antes mesmo da manifestação do MPDFT, comunicou esse posicionamento institucional ao Governo do Distrito Federal (GDF). 
 
Processo em recurso
O delegado também destaca que não há motivo para o pedido de exoneração. Ele explica que o processo está em recurso. “Foi dado vista ao próprio Ministério Público para ele recorrer, depois será aberto para a defesa recorrer, e é uma situação já prescrita há muitos anos. Eu nunca reconheci esse suposto crime ambiental e ele nunca ocorreu”, confirma. Ele também enfatiza que o crime é de menor potencial ofensivo e é revertido a penas alternativas. “Basta ir ao condomínio para ver que não há lógica no que dizem e, mesmo que tivesse, trata-se de um suposto caso já prescrito e que não afeta em nada o exercício das minhas funções”, destaca.

Laércio cogita o crime a um embate político dentro do condomínio. “Fui administrador de onde moro e lá tinha oposição, assim como acontece na política. Se criou uma suposta denúncia de crime ambiental”, defende. Sobre o pedido de exoneração do cargo de chefia da 35ª DP, Laércio diz que recebe a notícia com tranquilidade. “O Ministério Público tem essas ações, principalmente de ordem pública. É um fato rotineiro e recebo com muita tranquilidade, porque os argumentos são completamente equivocados”, acrescenta.

Além de delegado, Laércio também é vereador do município de Água Fria, município goiano aproximadamente 150 quilômetros de Brasília. Ele explica que está na Câmara Municipal apenas em dias de terças-feiras, as 20h.“Uma norma constitucional (sic) da Polícia Civil me dá o direito de ter as duas funções. Eu trabalho como delegado de segunda a segunda na hora em que o serviço me exige e apenas tenho esse outro compromisso a noite, uma vez por semana, na minha cidade”, detalha.
 
 
 

 

 

domingo, 13 de janeiro de 2019

Filipe G. Martins, o ‘jacobino’ que chegou ao Planalto e Clã Bolsonaro brinca com fogo

Quem é o novo conselheiro pessoal de Jair Bolsonaro

“Está decretada a nova Cruzada. Deus vult!” Foi assim, referindo-se ao movimento de libertação de Jerusalém dos infiéis e ao grito em latim dado pelo povo quando o papa Urbano II anunciou a Primeira Cruzada, em 1095, que o ativista, professor e analista político Filipe Garcia Martins Pereira, recém-nomeado assessor especial para assuntos internacionais do presidente Jair Bolsonaro e cotado para ser porta-voz do governo, comemorou nas redes sociais a vitória no segundo turno das eleições, em 28 de outubro.
“A nova era chegou. É tudo nosso! Deus vult!”, acrescentou, no dia da posse, em 1.º de janeiro, recorrendo mais uma vez à saudação dos devotos medievais, que, em português, significa “Deus quer”.

Ao ser questionado sobre as publicações, Martins, de 30 anos, afirmou que tudo não passou de uma brincadeira. Segundo ele, os posts não significavam que ele encara a missão do novo governo e a sua, em particular, como uma “guerra santa” do século 21, cujo objetivo seria libertar a República dos gentios da esquerda, que assumiram o poder após a redemocratização, nos anos 1980. Mas quem o conhece bem afirma que os posts estão em linha com o seu pensamento político e com o que costuma falar por aí. Bastaria, de qualquer forma, dar uma checada em suas páginas e perfis nas redes sociais para chegar à mesma conclusão. As duas publicações revelam não só as suas motivações e a sua visão pessoal sobre a chegada de Bolsonaro ao poder. Traduzem, de forma emblemática, o estado de espírito e a ambição dos vencedores, que ele sabe captar e expressar como poucos e que deverão nortear também a sua atuação no governo. “O que está acontecendo no Brasil é uma revolução – a fucking revolution– e não há meios de pará-la”, disse Martins pouco antes do segundo turno.

Recentemente, ele se aproximou do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente, responsável pela bem-sucedida campanha do pai nas redes. No clã dos Bolsonaro, porém, seu padrinho é Eduardo, outro filho do presidente, que acabou de se reeleger deputado federal (PSL-SP). Martins conta que conheceu Eduardo pela internet em 2014, quando o movimento que chama de “liberal-conservador” ainda ganhava força, e há alguns anos mantém uma relação muito próxima com ele.

Pupilo aplicado do pensador e escritor Olavo de Carvalho, o grande mentor intelectual de Bolsonaro e especialmente de Eduardo, Martins é hoje, talvez, seu principal “trombone” no País. Na campanha eleitoral, com o apoio de Olavo e de Eduardo, desempenhou um papel relevante no núcleo ideológico que cercou Bolsonaro e que agora exibiu suas garras, ao dividir com os liberais, os militares e o grupo do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o protagonismo no novo governo, arrematando os ministérios da Educação e das Relações Exteriores, além de seu próprio cargo e outros postos de segundo e terceiro escalões.

Apesar de ser bem articulado e ter as “costas quentes”, sua ascensão meteórica ao poder surpreendeu muitos analistas, mesmo os que acompanham de perto a turma de Bolsonaro. Como é relativamente jovem e desconhecido fora do mundinho da direita na internet, questiona-se se tem estatura para ser conselheiro pessoal do presidente na área internacional, cargo ocupado nos governos Lula e Dilma pelo petista Marco Aurélio Garcia, morto em 2017.  Por estar dentro do Palácio do Planalto, perto de Bolsonaro, questiona-se também como será sua convivência com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e em que medida a ação de Martins poderá embolar a política externa do País. Mas ele diz que não terá o mesmo papel exercido por Garcia, que era o grande formulador da política internacional dos governos do PT e deixava para o Itamaraty o papel de executor de suas diretrizes – algo que Martins considera “uma aberração”.

Em princípio, sua função deverá ser mais a de auxiliar o presidente em sua agenda no exterior, na recepção a chefes de Estado e em mantê-lo informado sobre os fatos internacionais relevantes. Se isso se confirmar, a formulação da política externa caberá mesmo a Araújo, com quem ele parece compartilhar a mesma visão geopolítica.  Formado em relações internacionais na Universidade de Brasília, em 2015, Martins trabalhou por dois anos no departamento econômico da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, acompanhando os trabalhos do Congresso e produzindo pesquisas, análises e relatórios sobre a conjuntura política e econômica do País.

Trabalhou também na assessoria internacional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em consultorias privadas, além de dar aulas em cursos preparatórios para a carreira diplomática e a de oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).  Mais recentemente, ocupou a secretaria de Assuntos Internacionais do PSL e fez a sua pregação conservadora pelo Brasil afora, em debates, seminários e palestras. Foi editor-adjunto do site Senso Incomum, do também bolsonarista e olavista radical Flavio Azambuja Martins, mais conhecido pelo pseudônimo de Flavio Morgenstern, que defendeu, numa publicação polêmica no Twitter, a queima de livros do educador Paulo Freire em praça pública, para resolver o problema da educação no País. Depois, diante da repercussão negativa do comentário, disse que se tratava de uma ironia, que não deveria ser levada ao pé da letra.

Foram, porém, os seus propalados acertos em previsões eleitorais no exterior que fizeram a fama de Martins, em especial a da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, em 2016. Contra a opinião da quase totalidade dos analistas que apostava em Hillary Clinton, ele cravou que Trump ganharia a eleição e acertou o vencedor em 48 dos 50 Estados americanos. Desde então, vem surfando nessa onda, apesar de ter errado outras previsões, segundo seus críticos, como na antecipação das eleições na Inglaterra, em 2017, quando apostou na vitória dos conservadores, que acabaram perdendo espaço para os trabalhistas.  Como o novo chanceler brasileiro, Martins é avesso ao globalismo, que, em sua visão, submete o País a decisões de organizações multilaterais que muitas vezes não atendem ao interesse nacional. Além de defender uma reaproximação do Brasil com os Estados Unidos, Martins afirma ter “grande admiração” pelos governos de direita da Itália, Hungria, Polônia, Áustria, Grã-Bretanha, República Checa, Suíça e Israel. Ele apoia a participação do País na nova aliança conservadora global articulada pelo estrategista Steve Bannon, ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Por sua atuação agressiva nas redes sociais e suas ideias muitas vezes messiânicas, baseadas nos ensinamentos do “professor Olavo”, Martins foi chamado de “Robespirralho”, “revolucionário de Facebook” e “líder da direita jacobina”. Também foi chamado de “Sorocabannon”, por ter nascido em Sorocaba, no interior paulista, e pontificar sobre a estratégia política e eleitoral de Bolsonaro, como Bannon fazia com Trump.  Apesar do antipetismo e da oposição que exerce contra o socialismo e o comunismo, é nas fileiras da própria direita que ele costuma “causar”. Na campanha, Martins foi protagonista de embates antológicos contra o que chama de “direita limpinha” e “conservadores de almanaque”. “Os conservadores de ‘boa estirpe’ talvez sejam ótimos para conquistar afagos dos colegas esquerdistas, mas só a direita xucra tem o desprendimento para ver sua imagem destruída em nome do que é certo”, disse na véspera do segundo turno.

Com 58 mil seguidores no Facebook e 108 mil no Twitter, ele não hesita em lançar contra seus adversários na arena digital uma espécie de “fatwa” o decreto emitido por líderes religiosos do Islã para os fiéis. “Faça piada com o que quiser”, afirmou nas redes, diante da repercussão da fala da ministra Damares Alves contra a chamada “ideologia de gênero”, usando como metáfora as cores que meninos e meninas deveriam vestir. “Só entenda, aí do alto de sua religiãozinha civil, que o esquisito é você e que há um exército de tias do zap e de tios do pavê com piadas o suficiente para lhe fazer chorar para o resto da vida, mesmo que você peça arrego e alegue ‘discurso de ódio’.”

Durante a greve dos caminhoneiros, em 2018, Martins abraçou o movimento com armas virtuais e furor revolucionário, como o mestre Olavo. Encampou também o “Fora, Temer”, reforçando a narrativa da esquerda à qual tanto se opõe. Ele enxergou na paralisação a chance de “mobilizar a massa”, derrubar o governo, acabar com a corrupção e os privilégios dos políticos e promover o corte de gastos públicos e de impostos.  Numa tentativa bizarra de unir o espírito revolucionário às ideias conservadoras, Martins acreditou que a greve representava para o País uma espécie de Boston Tea Party, o movimento deflagrado em 1773 pelos colonos americanos contra o monopólio da Inglaterra na venda de chá, que acabou levando à independência dos Estados Unidos.

Só que, ao final, como já era previsível, o Tea Party de Martins, incensado por Olavo de Carvalho, deu ruim. Com a decisão do governo de subsidiar o diesel, a conta sobrou para os contribuintes, e com o tabelamento do frete, houve mais intervenção estatal na economia. O fracasso de sua aventura tresloucada deixou duras lições. Agora, elas poderão contribuir para Martins ser mais equilibrado em sua passagem pelo governo.

Transcrito do jornal O Estado de S. Paulo

Enquanto isso, Queiroz dança e rola

Quanto mais tempo for gasto para que se esclareça a encrenca em que se meteu Fabrício Queiroz, ex-funcionário do gabinete do deputado Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, pior para a reputação do clã do presidente da República empossado há 13 dias. [apelamos para a humanidade dos líderes da grande Imprensa para que tenham em conta que Queiroz, inocente ou culpado, santo ou Demónio, é portador de um câncer no intestino, em estágio avançado com elevado risco de morrer devido a doença, e que merece, no mínimo po0r sua condição primeira de ser humano, respeito e consideração.

Quando ele estiver recuperado que o execrem, que o prendam, que o condenem, até mesmo sem ouvi-lo; 
mas, enquanto isso não ocorre o respeitem como ser  humano e considerem que um doente comemorar no último dia do ano, com seus familiares, às vésperas de realizar complexa e perigosa cirurgia,  a virada do ano não é um gesto que comprometa ninguém.

Quanto ao suposto envolvimento de pessoas da família Bolsonaro com eventuais falcatruas que Queiroz talvez tenha cometido, é fato a ser apurado na forma e dentro das leis e, sendo provado, a punição tem que ser severa e EXEMPLAR.]

Queiroz é suspeito de ter embolsado ou repassado a terceiros parte dos salários dos seus colegas de gabinete. Um cheque dele no valor de R$ 24 mil foi passar na conta da primeira dama Michelle Bolsonaro. A crer-se no que disse o presidente, era parte de uma grana que Queiroz lhe devia.  Sim, porque Queiroz e Jair eram amigos há 40 anos. A mulher e duas filhas de Queiroz trabalharam com Flávio no gabinete. Uma das filhas, depois, foi trabalhar no gabinete de deputado federal de Jair. O Ministério Público quer interrogar Queiroz, e já o intimou quatro vezes pelo menos.

Por problemas de saúde, Queiroz faltou aos depoimentos, internou-se em um hospital de São Paulo, um dos mais caros do país, e ali foi operado de um câncer, segundo ele mesmo informou. Intimadas, a mulher e as duas filhas invocaram o estado de saúde de Queiroz para não serem ouvidas.  Dois vídeos protagonizados por Queiroz foram a sensação do último fim de semana nas redes sociais. No primeiro, ele celebra a chegada do Ano Novo em seu quarto de hospital dançando na companhia de familiares. No outro, manifesta sua revolta com a divulgação do vídeo da dança.

 

Os Bolsonaros dizem que não devem explicações para o que Queiroz fez ou deixou de fazer com o dinheiro movimentado em sua conta sem que ele aparentemente tivesse renda suficiente para isso. Queiroz afirma que em breve dará as explicações pedidas e que elas serão satisfatórias.


E se não forem? Pior para ele, mas também para os Bolsonaros.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Caça às bruxas

Situação egípcia


O clima é de caça às bruxas em vários ministérios do governo Bolsonaro em formação, com funcionários denunciando uns aos outros como ativistas políticos, petistas, comunistas e coisas afins ou sem afinidade. [a regra precisa ser geral, portanto,  petistas, ativistas, comunistas, esquerdistas, socialista e outras condições que terminam em ISTAS =  demitido. Eventuais exceções serão analisadas caso a caso - cada um colhe o que planta.]  


Os interrogatórios, promovidos por juntas de chefes recém-empossados, incluem até pegadinhas e perguntas aparentemente inocentes do tipo: “Qual sua opinião sobre o santo fulano de tal?”

Filhos do poder

Assim é se lhe parece

Ninguém deve ser promovido apenas por ser filho de quem é. Mas o contrário também é verdade: ninguém deve ser impedido de ascender profissionalmente só por ser filho de quem é. A não ser que a lei impeça. Não parece ser esse o caso do filho do vice-presidente Hamilton Mourão.

Antônio, filho do general, é funcionário de carreira do Banco do Brasil há 18 anos. [para começo de conversa foi aprovado em concurso público - prática que não é a preferida dos individuo ISTAS, notadamente, que infestavam o Governo Federal, antes do Temer - apesar da desratização realizada quanto Temer assumiu, muitos sobreviveram e agora estão sendo definitivamente excluídos.] Foi promovido pelo novo presidente do banco que o considera um técnico competente e capaz de merecer sua confiança. No entorno do presidente Jair Bolsonaro, a promoção pegou mal. Mas e daí?
 

Se quiser, Bolsonaro pode revertê-la. Mas por que o faria? [além da falta de amparo legal, Bolsonaro não tem motivos para punir os competentes e capazes; tem outro aspecto: pela firmeza do Novaes, se o assessor for demitido ele irá junto." São palavras dele: Mourão [o filho] é de minha absoluta confiança. Foi escolhido para minha assessoria e nela continuará, em função de sua competência. O que é de se estranhar é que não tenha, no passado, alcançado postos mais destacados no banco”.] E logo ele que usou sua carreira como deputado ao longo de 28 anos para alavancar as carreiras dos seus três filhos vereador, deputado federal e senador? [salvo engano vereador, deputado e senador (entre eles o deputado mais bem votado em toda a história da República, mais de 1.800.000 votos) não são cargos de livre nomeação;

seus ocupantes precisam vencer eleições.]
 
Blog do Noblat - Veja
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Que socialismo, presidente?

O discurso no parlatório, Bolsonaro parecia um candidato em campanha e exagerou no tom 

[aos que não gostaram do discurso do presidente Bolsonaro, lembramos;

- vão ter que engolir, ter que se habituar, pois Bolsonaro é o presidente da República Federativa do Brasil, até, com as bençãos de Deus,  o dia 1º jan 2023;

Uma alternativa é se adaptarem, mudar de profissão ou mesmo de país;

Um comentário para deixar os desgostosos um pouco mais tristes: Bolsonaro vai realizar um excelente Governo, com boas chances de reeleição -  existe o compromisso público  do presidente de apoiar o fim da reeleição, mas, nada impede que a proposta acabando com a reeleição não seja aprovada ou que seja reapresentada por qualquer parlamentar.

E, Bolsonaro, na ocasião adequada siga a legislação vigente.]

Jair Bolsonaro fez um discurso mais político e popular no Parlatório. Parecia um candidato em campanha. E, como sempre ocorre nesses casos, exagerou no tom e no conteúdo. Dizer que estava ali para libertar o Brasil do socialismo não foi apenas retórica, foi discurso para quem queria ouvir isso mesmo. Mas era bobagem. Primeiro, de que socialismo falava Bolsonaro? Do herdado de Michel Temer? Se fazia referência aos governos petistas, chegou atrasado, seu antecessor já havia mudado a direção do governo para a linha que o empossado escolheu seguir. E mesmo os governos dos ex-presidentes Lula e Dilma nunca foram socialistas. Foram sociais democratas com foco na distribuição de renda. Ponto final.
No tom, foi além do ponto ao fazer fora do script a referência à bandeira brasileira. Nem tanto ao repetir o mantra de que a bandeira brasileira jamais será vermelha, mas ao dizer que só ficaria vermelha com o seu sangue na defesa das cores verde e amarela. Exagerou e a plateia adorou. Aliás, público como aquele não queria um discurso que não fosse nesse tom. Bolsonaro entendeu isso e falou da família brasileira que vai defender de nefastas ideologias. Usou e abusou de ataques à esquerda, afinal por que mesmo ele estava ali?

No ponto em que falou de libertar o Brasil do socialismo, citou ainda o gigantismo estatal e o politicamente correto. Ponto polêmico que seria bom explicar melhor. Porque o politicamente correto é uma evolução e significa evitar o uso de linguagens ou ações que sejam excludentes. E Bolsonaro disse no Congresso que governaria sem discriminação. Em outros pontos do discurso, o presidente repetiu com palavras diferentes, mais inflamadas e de maneira mais direta, o que já havia dito ao tomar posse.
Bonito mesmo fez a primeira dama, com um discurso não previsto em linguagem de sinais. Foi elegante, simpática e emocionou até mesmo a moça que ao seu lado fazia a leitura dos discurso de libras de Michele. Agradou ao público e ao marido, que agradeceu com uma bitoca. Escorregou uma única vez, ao citar apenas um dos três filhos do marido, o vereador Carlos. Pode gerar ciúmes, e esse é o tipo de sentimento insondável que é melhor não provocar.
 
Ascânio Seleme - O Globo
 
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Carlos Bolsonaro volta a câmara municipal usando colete à prova de balas

Segundo publicação da colunista Marina Caruso, no O Globo, de volta a câmara municipal, Carlos Bolsonaro (PSL) tem usado um colete à prova de balas.  


E para onde vai, vão ao menos dois seguranças da casa. Todo cuidado com o filho do futuro presidente é pouco. Detalhe: sem saber do colete, há quem ache que o vereador está acima do peso.

domingo, 20 de maio de 2018

O MP entrou na defesa dos maganos




O MP precisa se olhar no espelho: defendeu no STF o fim do foro privilegiado, mas fez o oposto no STJ

No Supremo Tribunal Federal (STF), ele defendeu o fim do foro privilegiado para deputados e senadores. Essa decisão pontual foi festejada como uma conquista genérica. Engano. Menos de um mês depois, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o MP sustenta exatamente o contrário, defendendo a manutenção do foro na parte que lhe cabe do latifúndio.
 
Com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR), deputados e senadores que cometam crimes fora do período de seus mandatos serão julgados na primeira instância. No STJ, contudo, o Ministério Público pediu que se preserve o foro especial para governadores, desembargadores, conselheiros do Tribunal de Contas e procuradores que atuam junto à Corte. Em poucas palavras, diante da brecha aberta pelo Supremo, o “Tribunal da Cidadania", defende a jurisprudência do quem manda aqui sou eu". Aceita, ela haverá de se propagar pelos estados.

O pedido do MP foi endossado pelo ministro Mauro Campbell e estava sendo julgado pela Corte Especial do STJ, composta pelos 15 ministros mais antigos. Como o ministro Luiz Felipe Salomão pediu vistas, o caso será apreciado em junho. (Salomão remeteu à primeira instância um processo onde é réu o governador da Paraíba).

Num exemplo hipotético, que poderá ocorrer em alguns estados:
Se um senador e um vereador (ou procurador) forem casados com duas irmãs e ambos matarem as mulheres, o senador será julgado na primeira instância e o vereador (ou o procurador) irão para o Tribunal de Justiça do seu estado. O senador não tem foro privilegiado, mas os outros dois têm.

Expandida, a festa preservará o foro de todos os desembargadores, juízes de tribunais federais regionais, conselheiros de contas estaduais e municipais. E mais, Bingo: dos membros do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.

O foro privilegiado favorece 58 mil maganos com funções em 40 tipos de cargos. A decisão do Supremo Tribunal, restrita a parlamentares, alcança algo como mil pessoas, levando-se em conta que há casos de cidadãos cujo mandato acabou. Na ponta do lápis, o Supremo livrou-se de mais de 60 processos.
A Corte Especial do STJ deverá decidir a questão no dia 6 de junho. Aberta a brecha, ficará a lição do “poetinha” Vinicius de Moraes:
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei, ou de pirata, ou da jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira.

O indulto de Lula está no forno
Ciro Gomes tem toda razão quando diz que não se pode oferecer um indulto a Lula enquanto ele tiver recursos tramitando na Justiça. Seria o mesmo que considerá-lo culpado.

Isso não elimina o fato de que, se vier a ser eleito presidente da República, Ciro poderá indultar Lula no primeiro dia de governo. (O ministro Luís Roberto Barroso parece ter farejado essa carta ao restringir o indulto de fim de ano de Temer).

Em princípio, há um famoso precedente histórico. Em 1974, um mês depois de ter assumido a presidência do Estados Unidos, Gerald Ford perdoou Richard Nixon, arrastado pelo Caso Watergate.

Mas nem tudo é o que parece. Ford perdoou Nixon argumentando que seu julgamento demoraria pelo menos um ano, dividindo o país. Segundo Ford, ele já havia sido obrigado ao inédito constrangimento de deixar a presidência dos Estados Unidos.
Lula não renunciou e já foi condenado em duas instâncias judiciais.

(...)

Recordar é viver
José Dirceu foi mandado de volta para a cadeia no mesmo dia em que, há 50 anos, podia comemorar a adesão de 200 mil trabalhadores à revolta estudantil de Paris. A greve expandiu-se e parou dois terços da força de trabalho francesa.
A coisa assumiu tal proporção que o general Charles de Gaulle sumiu, achando que seria derrubado. Viajou em segredo para o quartel-general das tropas francesas na Alemanha e garantiu o apoio da tropa. Voou de volta e virou o jogo.
Quando 1968 terminou, todos os jogos estavam virados. O Brasil tinha o Ato 5, as tropas russas estavam em Praga e o republicano Richard Nixon foi eleito presidente dos Estados Unidos.

(...)

Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota e comoveu-se com a bancada de presos da Lava-Jato que se queixa dos ratos existentes no presídio de Bangu 8.
O cretino estranhou a falta de compaixão para com os ratos quadrúpedes, que também podem estar incomodados com a nova vizinhança.

Elio Gaspari, jornalista - O Globo