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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Como transformar um atentado atroz em uma campanha repugnante

Por mais barbaridades que tenha proferido na corrida presidencial, Jair Bolsonaro foi, sem sombra de dúvida, vítima da maior atrocidade cometida na campanha de 2018. Em 6 de setembro, na cidade de Juiz de Fora (MG), foi esfaqueado sem chance de defesa por Adélio Bispo de Oliveira —ex-filiado ao PSOL, crime que quase lhe custou a vida. O agressor foi preso imediatamente após a tentativa de assassinato. A Polícia Federal investigou o caso e concluiu, no principal inquérito, que Adélio agiu sozinho, movido por discordâncias políticas, mesma impressão a que se chega ao ler, ver e ouvir as inúmeras reportagens produzidas desde então pelos veículos jornalísticos profissionais do país. 

[uma análise atenta de todo o material publicado - onde está provado que o réptil  Adélio passou vários meses tendo gastos apreciáveis sem fonte de renda, visitas que ele fez à Câmara dos Deputados, defesa milionária que ficou ao seu dispor - prova que o atentado contra JAIR BOLSONARO teve mandantes, patrocinadores, que precisam ser identificados e punidos de forma exemplar.

O atentado não foi apenas atroz, foi também covarde, repugnante, odioso;

qual o fundamento para considerar repugnante a campanha pela punição dos MANDANTES?

O autor está preso e esperamos que as autoridades cuidem para evitar que se transforme em um Celso Daniel - afinal a turma do 'quanto pior, melhor', sempre teve uma predileção pelo que chamavam durante o terrorismo de 'justiçamento' ou cala boca.

Alguém tem dúvidas que j w,  o ex-BBB, fugiu realmente por medo? Óbvio que foi. 

Mas, não foi por medo das ameaças que ele atribuiu aos eleitores de Bolsonaro - se,  e quando, nominar os que o ameaçaram, os nomes citados pelo ex-deputado, estarão na relação dos que mandaram eliminar Celso Daniel.]

Mesmo assim, uma pergunta não quer calar no núcleo espertalhão do bolsonarismo: quem mandou matar Bolsonaro? Escorados em uma operosa rede de peritos de YouTube, detetives de Twitter e inspetores de Facebook, esses profissionais da velhacaria não têm interesse real na verdade. O que buscam é se valer da complacência dos ingênuos e desinformados para tentar tirar o máximo proveito político da situação.

Convalescendo de mais uma cirurgia que passou em consequência do atentado, Bolsonaro surfa na onda. Postou vídeo no domingo para manter acesa a chama dos fanáticos. Ele também quer saber “quem foi ou quem foram os responsáveis por determinar que o Adélio praticasse aquele crime lá em Juiz de Fora.”

Imediatamente um de seus puxa-sacos no empresariado compartilhou o vídeo, acrescentando a avaliação de que a imprensa “continua calada” e não parece indignada como no caso Marielle. A vereadora do PSOL foi morta, ao lado do motorista, a tiros de calibre 9 mm, assassinatos consumados e com autoria desconhecida até os dias de hoje. [com repercussão menor, mas, sem fugir à regra que já apontamos: é chegar próximo do dia 14, data em que a vereadora do PSOL e seu motorista foram mortos, para que o assunto volte à baila;

neste aniversário, com a matéria ora transcrita, mas, logo o assassinato será ventilado na TV, a tal 'anistia internacional' exigindo que interrompam todas as investigações de homicídios - em um ano foram mais de 60.000 assassinatos - e a identificação de quem matou a politica psolista tenha prioridade sobre tudo e todos.] 

E nessa mistura de alhos com bugalhos, fato com fake, Bolsonaro e seus áulicos não têm o mínimo pudor de usar o crime que quase custou a vida do candidato para tentar tirar o foco de suspeitas bem mais conectadas com o mundo real.

Raniel Bragon - Folha de S. Paulo

A cruzada de Francisco

Encontro histórico do papa com dirigentes árabes no palácio presidencial dos Emirados Árabes Unidos foi uma cruzada de amabilidades


Olhando rapidamente, os senhores sentados nas poltronas parecem pertencer à mesma confraria. E, no entanto, um fosso milenar separa os sapatos fechados, o solidéu e, acima de tudo, o crucifixo no peito do papa Francisco das sandálias de couro e do lenço branco na cabeça do xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum (à esq.), governante de Dubai, e de Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi. O encontro histórico do chefe da Igreja Católica com dirigentes árabes no deslumbrante palácio presidencial dos Emirados Árabes Unidos — a primeira visita de um pontífice à Península Arábica, berço do Islã — foi uma cruzada de amabilidades.

A presença de Francisco corroborou o “ano da tolerância” instituído por um regime que está longe disso: acusações de “blasfêmia” e conversão de muçulmanos para outras religiões podem ser punidas com a morte. O papa não deixou de alfinetar os anfitriões: em discurso, disse que “guerra não cria nada a não ser miséria”. E acrescentou, didaticamente: “Penso sobretudo no Iêmen, Síria, Iraque e Líbia” sendo o Iêmen o país onde uma coalizão, da qual os Emirados participam, está matando civis e disseminando a fome. Na volta, em bate-papo com jornalistas no avião, veio a crítica de que o papa fez o jogo dos muçulmanos. “Só dos muçulmanos?”, perguntou ele, rindo e lembrando que sempre o acusam de ser manipulado. Na conversa, Francisco teve outra atitude inédita e corajosa: confirmou as denúncias de freiras atacadas sexualmente por sacerdotes, um tabu no Vaticano.

Publicado em VEJA de 13 de fevereiro de 2019, edição nº 2621

Fux suspende ações em que Jair Bolsonaro é réu no Supremo

Atual presidente responde a dois processos na Corte por ter dito, em 2014, que não estupraria deputada 

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu duas ações penais que tramitam na Corte contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e nas quais ele figura como réu. A decisão está relacionada ao entendimento do ministro de que, como presidente da República, Bolsonaro goza de “imunidade formal temporária” para casos que não digam respeito ao mandato.

Como é de conhecimento público, o réu foi empossado, em 1º de janeiro de 2019, no cargo de Presidente da República.
Em razão disso, aplicam-se as normas da Constituição Federal, relativas à imunidade formal temporária do Chefe de Estado e de Governo, a impedir, no curso do mandato, o processamento dos feitos de natureza criminal contra ele instaurados por fatos anteriores à assunção do cargo”,
escreveu. [talvez, agora, com esse despacho público de um ministro da Corte Suprema, os inconformados com a vitória arrasadora e incontestável de Bolsonaro, aceitem o fato de que JAIR BOLSONARO é o presidente da  República.]
 
Na decisão, Fux cita pareceres recentes do Supremo em que a Corte entendeu que o presidente pode ser investigado, mas não processado por fatos alheios ao mandato. Como Jair Bolsonaro já foi denunciado e a acusação já foi recebida, a fase de investigação se encerrou.
“Importa ressaltar que, recentemente, nos autos do inquérito 4462 (investigado o então presidente da República, Michel Temer), admitiu-se a possibilidade, unicamente, de investigação dos atos estranhos ao exercício do mandato” (mantido o grifo original).
O ministro também decidiu suspender os prazos de prescrição. Isto é, enquanto o processo estiver suspenso, esse prazo também pára de correr, permitindo que Bolsonaro volte a responder sobre a acusação quando deixar de ser presidente da República.

Maria do Rosário
Bolsonaro é réu por injúria, apologia e incitação ao crime de estupro por um discurso realizado no plenário da Câmara dos Deputados, em dezembro de 2014, quando disse que a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) “não merecia ser estuprada”. Ele estava relembrando uma briga que os dois haviam tido onze anos antes, quando a petista o chamou de estuprador e ouviu como resposta que ele não a estupraria “porque você não merece”.

No dia seguinte, Bolsonaro concedeu uma entrevista ao jornal Zero Hora reafirmando as declarações e dizendo que a petista “é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria”.
Os fatos basearam uma denúncia formulada pela então vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, aceita pela Primeira Turma do STF em junho de 2016. Para Wiecko, ao condicionar o crime de estupro a “merecimento” ou a condições físicas da mulher, o presidente “instigou, com suas palavras, que um homem pode estuprar uma mulher que escolha e que ele entenda ser merecedora do estupro”. [estranho essa linha de raciocínio da "brilhante"  vice-procuradora ter prosperado no STF.]

Veja

O trilema das reformas

“O problema nesse cenário está na resistência das corporações e dos segmentos empresariais que não suportam a concorrência”


O economista Claudio Porto, fundador da Macroplan, batizou de trilema os cenários possíveis para o Brasil a médio prazo. Como aperitivo, faz uma comparação entre o que aconteceu no Brasil e na China nos últimos 40 anos, com base num resumo de Jorge Caldeira, no livro História da Riqueza no Brasil (Estação Brasil). Quando foi lançado o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), na década de 1970, o regime militar apostou no mercado interno e na construção de uma economia autossuficiente em todas as áreas, uma visão autárquica e baluartista de país. Deu errado. A China apostou na globalização, no comércio exterior e na complementariedade. Resultado, em 1979, no final do governo Geisel, em dólares de 2010, o Brasil tinha um PIB de 926 bilhões e a China, de 327 bilhões; em 2017, o PIB do Brasil chegou a 2, 3 trilhões e o da China saltou para 10,1 trilhões.

As causas desse nosso desempenho estão diagnosticadas: economia fechada, com baixa produtividade e muita insegurança; desigualdades muito altas, com 12 milhões de desempregados e 30 milhões abaixo da linha de pobreza; e sistema educacional de baixa qualidade, com o Brasil em 66º lugar entre 73 países no PISA (Programme for Internacional Stuident Assessment), atrás de todos os países da América Latina, com exceção do Peru e da República Dominicana. A grande preocupação de Porto é uma recidiva do padrão de desenvolvimento da década de 1970, cujo resultado seria a retomada do crescimento com agravamento das desigualdades.

Para quem acompanha a política em Brasília, esse cenário não deve ser subestimado, porque pode resultar da convergência de variáveis que estão fortemente presentes no governo Bolsonaro e no atual Congresso. As variáveis positivas são o avanço das reformas liberais no plano fiscal e previdenciário, com ampliação das concessões e parcerias público-privadas. São fatores negativos: manutenção do “capitalismo de laços” e restrições aos privilégios das corporações de caráter parcial ou meramente simbólico, com restrições às políticas sociais e intervencionismo econômico. Trocando em miúdos, nesse rumo, a economia pode crescer sem inflação e baixa produtividade, a taxas entre 2,2% e 1,6% ao ano, com queda na renda média das famílias na base da pirâmide.

Há mais dois cenários possíveis. O melhor é a globalização inclusiva, cujo maior obstáculo aparente hoje é a nova política externa. Além de ajuste fiscal estruturante, desregulamentação, privatizações e parcerias público-privadas, o Brasil precisa de um ambiente de segurança pública e jurídica, mais foco na educação básica, proteção social aos vulneráveis e uma política trabalhista que possibilite investimentos e gere mais empregos. Assim, poderia crescer em 4% e 3,4% ao ano. O problema nesse cenário está na resistência das corporações e dos segmentos empresariais que não suportam a concorrência.

O pior cenário é o pacto perverso do populismo com o corporativismo, que tenta conciliar as demandas da população com as das corporações. Nesse cenário, as reformas serão mitigadas no Congresso, com soluções de curto prazo para a crise fiscal, inclusive na reforma da Previdência. Esse é um horizonte de crescimento próximo do zero, depois de mais um voo de galinha.


Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB


AGU diz que governo manterá decisão de liberar saques do FGTS para moradores de Brumadinho

André Luiz Mendonça afirmou que MP será editada para alterar regras sobre liberação. Medida foi anunciada após tragédia, mas chefe da Casa Civil disse que decisão poderia ser revista.

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Luiz de Almeida Mendonça, informou nesta segunda-feira (11) que o governo manterá a decisão de liberar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as vítimas do rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG). De acordo com o ministro, o governo editará uma medida provisória (MP) para alterar a lei que trata dos saques do FGTS. A Lei 8.036/1990 prevê que a conta vinculada do trabalhador poderá ser movimentada quando, entre outras situações, houver desastre natural. Mas, para o ministro da AGU, a tragédia em Brumadinho é um desastre "industrial e ambiental". 

[DOIS ABSURDOS que só ocorrem no Brasil:
- tudo indica que o desastre natural, ambiental ou outra classificação, ocorreu por falha, no mínimo desídia, da Vale.

Sem sentido o uso do FGTS, dinheiro de trabalhador, seja utilizado para indenizar pessoas vitimadas pela inépcia de uma empresa; a Vale é que tem a obrigação de indenizar ou provar que não é a responsável pela tragédia.


- sem noção também é o ministro presidente do STF pedir a uma Companhia que não exerça o direito constitucional de buscar a Justiça - será sua suprema excelência esqueceu que estamos no Brasil, país que tem uma 'constituição cidadã' que estimula a  judicialização de qualquer absurdo? 

É só verificar a pauta do STF de amanhã e constatar que no Brasil a Suprema Corte cuida até de decidir se gostar ou não de portadores do homossexualismo é crime?]

A liberação dos saques foi anunciada em 28 de janeiro, três dias após a tragédia. Mas, nesta segunda (11), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a medida poderia ser revista porque, segundo ele, o dinheiro do FGTS é do contribuinte, e não caberia ao cidadão arcar com a responsabilidade de terceiros.
"Um dos equívocos que precisam ser corrigidos para que essa medida [liberação dos saques] chegue ao alcance dessas vítimas e familiares é a alteração da possibilidade de liberação dos recursos do fundo. Por que? A liberação hoje do fundo de garantia está prevista para hipóteses de desastres naturais. O que aconteceu em Brumadinho não é um desastre natural, é um desastre industrial, ambiental e de rompimento por causas de construção de uma barragem que levou vidas e patrimônio", afirmou o ministro André Luiz Mendonça. 

"Então, nesse sentido, nós vamos estar corrigindo o que está em equívoco no decreto, que é considerar o rompimento de uma barragem como um desastre natural. E uma alteração também na lei que trata da liberação do fundo de garantia para que, em hipóteses como a de Brumadinho, sejam também autorizadoras para a liberação dos recursos do fundo pras vítimas desse desastre", acrescentou o chefe da AGU.

 Questionado, então, se o dinheiro do FGTS vai ser liberado para as famílias, o ministro André Luiz Mendonça respondeu:

"Todo o trabalho que está sendo feito é para que essa liberação seja feita, mas não só seja feita, seja feita pelo motivo correto, que não é um desastre natural".
André Luiz de Almeida Mendonça frisou que a "responsabilidade direta" pela tragédia é da Vale, mas o governo precisa adotar medidas para as vítimas poderem se recuperar. Umas das medidas, afirmou, é a alteração sobre as regras de liberação dos saques do FGTS. 

Tragédia

Em 25 de janeiro, uma barragem da mineradora Vale rompeu em Brumadinho, levando uma enxurrada de lama à região. Até esta segunda-feira, as autoridades locais já haviam confirmado as mortes de 165 pessoas; outras 155 ainda estão desaparecidas. 

Segundo a Vale, a intenção da empresa é acelerar ao máximo, por meio de acordos extrajudiciais, o processo de indenização das vítimas do rompimento. De acordo com a colunista do G1 Andréia Sadi, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, já pediu à companhia para evitar ações judiciais e buscar acordos com as famílias das vítimas. 


 

Valentia do Senado para investigar STF se esvai e espremido por Gilmar Mendes, Fisco pede vista



Durou apenas um final de semana a valentia dos senadores para investigar os tribunais superiores de Brasília, especialmente o Supremo. Protocolado na noite de sexta-feira, o pedido de instalação da CPI batizada de Lava Toga foi enviado para o arquivo nesta segunda-feira. Havia no requerimento 27 assinaturas, número mínimo exigido pelo regimento da Casa. Entretanto, três subscritores bateram em retirada: Tasso Jereissati (PSDB-CE), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Kátia Abreu (PDT-TO).

"Não tinha o número necessário de assinaturas", limitou-se a constatar o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Instado a comentar o incômodo que o pedido de CPI havia provocado nos ministros da Suprema Corte, o senador jogou água na fervura: "Em relação ao mal-estar, eu acho que o Parlamento é um Poder e precisa estar em harmonia com o Judiciário, assim como com o Executivo."

Autor do pedido de CPI, Alessandro Vieira (PPS-ES), senador de primeiro mandato, disse que retomará a coleta de assinaturas. Sustenta que a CPI "é uma demanda legítima da sociedade." O estreante ainda não se deu conta de que na política, como na vida, a coragem é uma qualidade que costuma faltar exatamente no momento em que os valentes estão mais apavorados.

Gilmar Mendes foi duro com o Fisco. "A Receita não pode ser convertida numa Gestapo ou num organismo de pistolagem de juízes e promotores", declarou o ministro do Supremo diante da notícia de que auditores fiscais esquadrinhavam suas declarações de Imposto de Renda e as de sua mulher Guiomar Mendes. "Se eles fazem isso com ministro do STF, o que não estarão fazendo com o cidadão comum?"  

Carteirada ou defesa da magistratura? Na dúvida, o comando da Receita Federal achou melhor pedir vista. Para ganhar tempo, divulgou uma nota contraditória. Nela, desmente tudo e confirma qualquer outra coisa. Fica-se com a sensação de que o inconveniente de hoje pode virar a conveniência de amanhã. A Receita esclarece que "não pactua com o vazamento de informações ou com ilações de prática de crimes sem provas." Reconhece, entretanto, que o papelório escoado para o noticiário não é ficcional. "O dossiê onde os documentos estavam autuados foi identificado".

... 

 Sabe-se apenas que será implacável com os responsáveis pelo dreno que escoou informações para fora dos seus arquivos. "A identificação e a responsabilização pelo vazamento estão sob apuração em procedimento específico, conduzido pela Corregedoria da Receita Federal.", informa o documento da Receita. [o que impede Moro de usar o mesmo rigor da Receita e investigar quem vazou dados confidenciais do Fabrício Queiroz?
ou só há rigor na investigação de vazamento quando o investigado é ministro do STF?]
A caça aos vazadores é do jogo. O que incomoda é a impressão de que a fome dos fiscais se mistura na nota oficial à vontade de não comer dos dirigentes do Fisco.

 


O inimigo veste batina

Augusto Heleno Ribeiro Pereira tem precedência hierárquica na curadoria militar do governo Jair Bolsonaro. É da tradição dos quartéis, onde viveu 45 dos seus 71 anos de idade — a última dúzia como general. A ascendência sobre Bolsonaro tem origem na dedicação do treinador da Academia das Agulhas Negras, que ajudou o cadete Cavalão a se destacar em pentatlo moderno. A gratidão veio coma chefiado Gabinete de Segurança Institucional.
[ESCLARECIMENTO - motivado pela transcrição, em sequência, de duas matérias envolvendo o Sínodo dos Bispos, patrocinado pela Igreja Católica, e o governo Bolsonaro: 
- sendo o Blog Prontidão Total um blog cujos colaboradores e editores  'fixos' são,  em sua maioria,  católicos - apesar do Blog ser voltado para assuntos políticos - entendemos necessário deixar claro nossa posição - especialmente, por respeito aos nossos dois leitores.
Não nos sentimos competentes para discussão sobre assuntos religiosos.
Apesar de também não sermos possuidores de amplos conhecimentos sobre política, adaptamos aquela conhecida máxima do futebol e damos nossos palpites.
Concluindo, antes que seja necessário um outro esclarecimento para esclarecer a explicação do esclarecimento:
- Discordamos totalmente da intromissão da Igreja Católica Apostólica Romana em assuntos internos do Brasil, não religiosos e que digam respeito à SOBERANIA NACIONAL.

O catolicismo precisa ser amplamente divulgado em ações de Evangelização não sendo conveniente que padres e bispos se envolvam em discussões de caráter político.

EVANGELIZAR não implica no envolvimento em causas não religiosas, com o agravante de que o apoio da Igreja Católica pode ensejar a grupos de esquerda e assemelhados, que sempre buscam confundir os incautos, aleguem que contam com o apoio da Igreja Católica Apostólica Romana.
Os fundamentos Bíblicos para o que ora apontamos, podem ser encontrados no POST seguinte.
Desde que experimentou um biênio no Comando Militar da Amazônia (2007-2009), com 17 mil soldados em quatro brigadas de infantaria de selva, Ribeiro Pereira—mais conhecido como Augusto Heleno—enxerga um potencial de “teatro de operações” em metade do mapa do Brasil, por ausência do Estado. Na últimas décadas, recitou em auditórios os clássicos da catequese sobre a “cobiça internacional” pela Amazônia, além de listar equações diplomáticas nos 11 mil kms da fronteira Norte com chance de descambar para uma situação bélica”.

[é público e notório que existe uma campanha sistemática de parte da Imprensa contra o governo Bolsonaro.
Tudo que pode ser usado é usado de forma implacável - se faz, fez errado, se não faz também errou. 
Até no relacionamento Bolsonaro x Mourão, tentam implantar a cizânia.
Duas manchetes exemplares:

- 'Mourão vai a churrasco, mas não visita Bolsonaro no hospital


"Eu neste hospital e você no churrasco?", disse Bolsonaro ao vice Hamilton Mourão pelo telefone'

- 'Quinze dias internados e nem uma visita de Mourão.' 

Não vão conseguir criar uma área de conflito entre o capitão e  o general - entre militares existe um detalhes que muitos não conhecem e se conhecem não praticam:

 

LEALDADE. ]

 

Agora, como disse à repórter Tânia Monteiro, mobiliza o governo para “neutralizar” o Vaticano, que programou para outubro o Sínodo da Amazônia, com batinas de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Antilhas. Faltou o chefe do GSI definir “neutralizar”. Argumenta com possíveis críticas do Vaticano à política para a Amazônia. Seria impossível, porque, se existe, até hoje ninguém viu — como o projeto de reforma da Previdência.


Ele se queixa de que “há muito tempo existe influência da Igreja e ONGs na floresta”. Tem razão. Entidades civis proliferam no vácuo estatal. A história da Igreja Católica é mais antiga. Ribeiro Pereira talvez tenha esquecido, mas Brasil é assunto em Roma desde meio século antes do “Descobrimento”. Caminha registrou o “achamento”, a missa e a ordem do capitão Cabral para deixar na praia de Santa Cruz (BA) um par de colonos. Um deles se chamava Ribeiro.

José Casado, jornalista - O Globo


Mais um fantasma

Jogar a Igreja Católica no balaio de adversários não é prudente nem bom negócio

Razões para animosidade até há, mas alguém pode explicar por que, raios, o governo Bolsonaro precisava abrir mais um flanco e mirar na secular e poderosa Igreja Católica? Logo quando precisa concentrar energias e ampliar o leque de aliados para aprovar a reforma da Previdência e o pacote anticorrupção? É verdade que o “clero progressista” – as Comunidades Eclesiais de Base, o Cimi e as comissões pastorais (Carcerária, da Terra, da Criança...) – manteve relações conflituosas com os militares e próximas com as esquerdas. 

[O Clero tem que ser CONSERVADOR, os valores cristãos são eternos e infensos às mudanças,  - a propósito, conhecido jornalista já escrever que o inferno continua sendo aquecido a enxofre -  e essas pastorais, especialmente as que defendem bandidos, precisam ser neutralizadas ou, no mínimo, deixadas em terceiro plano.
O crescimento da maldita esquerda e do pt - perda total, foi em parte alimentado por setores da Igreja Católica, inclusive uns ex-frades que insistem em ser chamados de 'frei'.] O PT, aliás, foi criado em 1980 com base em sindicatos, universidades e setores da Igreja. 

Daí o governo abrir uma guerra com bispos e padres não é prudente, nem um bom negócio. A Igreja Católica pode não estar no seu melhor momento, com suspeitas, denúncias e perda de fiéis para as denominações evangélicas, mas ainda é... a Igreja Católica. ["as portas do inferno não prevalecerão contra ela" ; Evangelho São Mateus, 16: 18,19: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.19Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus"] Está em toda parte, tem ramificação, tem eco, tem contato direto com as populações mais distantes e mais desamparadas pelo Estado. E canais no exterior.

A investida do Planalto contra a CNBB fica pior ainda porque Bolsonaro se rebatizou, foi eleito com apoio maciço dos evangélicos e até nomeou a pastora Damares Alves para um ministério fortemente social. A sensação é de que, além de optar por uma religião, em detrimento da outra, há uma tentativa de jogar católicos e evangélicos uns contra os outros. [A CNBB não representa, nem pretende representar os evangélicos e Bolsonaro errou gravemente - estamos falando do homem Bolsonaro, que se diz católico e ao mesmo tempo é batizado no Rio Jordão por um pastor evangélico e todos sabem que  'não se pode servir a dois senhores'.

No aspecto político sem envolver fatores religiosos a convivência pacífica entre católicos e evangélicos é necessária, visto que os inimigos do Cristianismo, do Brasil,  e a maldita esquerda e os ateus precisam, ser contidos e para isso vale fechar os olhos aos pontos divergentes.

Cristianismo abrange CATÓLICOS e EVANGÉLICOS, apesar de Mateus, 16: 18, 19, Cristo ao se dirigir a São Pedro, Primeiro Papa, deixou claro com quem está à verdade.
Cristo avalizou São Pedro, não avalizou Lutero e seguidores. 

Mas, também deixou claro que 'a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus', conforme Evangelho São Marcos, 12: 13 a 17 - "13Enviaram-lhe alguns fariseus e herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra.14Aproximaram-se dele e disseram-lhe: Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É permitido que se pague o imposto a César ou não? Devemos ou não pagá-lo?15Conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu-lhes Jesus: Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário.16Apresentaram-lho. E ele perguntou-lhes: De quem é esta imagem e a inscrição? De César, responderam-lhe.17Jesus então lhes replicou. 
Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. 
E admiravam-se dele."

Clareza meridiana que a Igreja Católica Apostólica Romana não deve se envolver em assuntos de governo - especialmente, nos tempos atuais em que o inimigo dos valores cristãos atua com força total, tentando consolidar a prática do aborto, do homossexualismo e de tudo o mais que representa pregação do demônio

realizar um Sínodo no Vaticano para discutir assuntos que dizem respeito à SOBERANIA do Brasil não é um boa ideia.]

Para piorar, setores de inteligência do governo parecem confundir e embolar bispos progressistas e padres que atuam na ponta com ambientalistas e indigenistas num mesmo saco de esquerda e de oposição. Pela excelente manchete de Tânia Monteiro, no Estado, o que acendeu a luz amarela do Planalto foram relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertando para a possibilidade de os inimigos do governo aproveitarem o Sínodo da Amazônia, no Vaticano, em outubro, como plataforma para criticar o governo Bolsonaro e ganhar espaço na mídia internacional – que, vale lembrar, tem sido muito refratária a Bolsonaro desde a campanha. 

[sábias palavras as da colunista, as quais acrescentamos o lembrete de que os inimigos do Governo Bolsonaro, que são além de ateus, adeptos do 'quanto pior, melhor' precisam desesperadamente,  aparecer.]


Em nota, o GSI, ao qual a Abin é vinculada, diz que alguns temas do Sínodo “tratam de aspectos que afetam, de certa forma, a soberania nacional” e encerra avisando: “cabe ao Brasil cuidar da Amazônia brasileira”. Todo cuidado é pouco, porém, para não multiplicar os fantasmas. O governo já trata o Itamaraty, a mídia, o Coaf, as ONGs, as universidades e as escolas, além dos ambientalistas e indigenistas... como inimigos.

Aliás, como esquerdistas ávidos para destruir os valores cristãos do Ocidente e, junto com eles, o próprio governo brasileiro.
É assim, criando fantasmas e inimigos comuns, que o bolsonarismo vai alimentando seu “braço armado” na internet, que atira para todo lado, indiscriminadamente. Não viu, não ouviu, não leu ou não entendeu nada, mas já não gostou. Incluir a Igreja Católica nesse balaio para quê?

Papel de pão. Ricardo Boechat viveu a mil por hora até o fim. Trabalhava muito, apurava notícia o tempo todo, curtia a vida ao máximo, teve seis filhos. Ácido nas críticas aos poderosos, tinha um humor especial. Até contra ele próprio.
Eu era colunista do Estado em Brasília, ele era diretor da Sucursal do jornal no Rio. Fui fazer uma entrevista, passei na redação e achei os colegas com uma cara meio esquisita. É que ele tinha passado a noite na farra e levado uma bronca em casa, estava na maior ressaca e ia chegar um pouco atrasado, de cara inchada.
De repente, abre-se a porta e eis que entra o Boechat. Como? Morrendo de vergonha, encolhido, com um saco de pão metido na cabeça, desses de papel, só com dois furos na área dos olhos. “Vão desculpando aí...” Quem não desculparia?

Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo