O governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegaram a
um acordo para tentar votar a reforma da Previdência no plenário da
Casa na primeira semana de dezembro. O calendário foi discutido em duas
reuniões na residência de Maia em Brasília, ontem, um dia após o
presidente Michel Temer decidir nomear o deputado Alexandre Baldy (sem
partido-GO), um dos principais aliados do parlamentar fluminense, para o
Ministério das Cidades.
Maia recebeu inicialmente Temer, ministros da área política e
líderes da base aliada em almoço que se estendeu até o fim da tarde. Em
seguida, foi a vez do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se reunir
por 40 minutos com o presidente da Câmara para discutir a votação da
Previdência e outros projetos da agenda econômica, entre eles, o que
altera as regras do Cadastro Positivo. “O Rodrigo sugeriu votarmos a
Previdência na primeira semana de dezembro, provavelmente no dia 6”,
afirmou ao Estadão/Broadcast o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi
(SP), um dos presentes no almoço. Como a reforma está sendo analisada
por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), ela precisa
passar por duas votações no plenário da Câmara e, para ser aprovada, tem
de ter votos de pelo menos 308 dos 513 deputados. De acordo com Rossi, o texto final da reforma será discutido em
jantar de Temer com parlamentares da base aliada, no dia 22, no Palácio
do Alvorada, residência oficial da Presidência. Antes disso, nesta
terça-feira Maia deve fazer uma reunião apenas com os líderes de
partidos da base aliada para discutir que pontos do texto da reforma
deverão permanecer ou não.
Embora sem votos ainda para aprovar as mudanças na
Previdência, a avaliação nas reuniões foi de que o ambiente melhorou com
as articulações para a reforma ministerial. As mudanças prestigiaram
principalmente Maia, entre elas, a escolha de Baldy para Cidades, que
também contou com apoio do PMDB e de partidos do chamado Centrão.
Meirelles voltou a enfatizar no encontro a necessidade de que a proposta
não seja desfigurada a ponto do ganho nas contas públicas ficar muito
reduzido. O ministro quer manter uma economia acima de 50% daquela que
se esperava com a proposta original. Mas os servidores fazem grande
pressão para não serem alcançados com as mudanças, que podem ser
reduzidas praticamente à fixação de uma idade mínima para aposentadoria e
regras de transição. O relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA),
em viagem oficial à Alemanha, vai apresentar esta semana uma proposta
de emenda aglutinativa ao seu substitutivo já aprovado na comissão
especial.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Maia quer votar reforma da Previdência no dia 6
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