Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Onyx Lorenzoni. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Onyx Lorenzoni. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

O poder civil e os jabutis

“As exonerações em massa na Casa Civil, que tendem a se reproduzir em outras pastas, eram esperadas. Os cargos comissionados serão ocupados por quem venceu as eleições”


O sucesso de Jair Bolsonaro depende muito mais do poder civil do que do grupo de militares que cercam o presidente da República. Para ser mais claro, a médio e longo prazos, não é a retórica ideológica nem o esculacho da oposição que garantirão esse êxito, mas o desempenho dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Sérgio Moro. Os generais terão um papel importante, principalmente para o governo não sair do próprio eixo, como parece acontecer no Itamaraty, mas isso dependerá também de suas concepções de gestão. Vamos por partes.

Paulo Guedes encontra uma casa arrumada do ponto de vista financeiro, não foi à toa que trouxe importantes integrantes da equipe econômica anterior para o time que montou, ainda que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ontem, tenha levantado dúvidas sobre a movimentação financeira do governo no último mês. Na máquina federal, a correria para fazer empenhos e efetuar pagamentos em atraso no último mês do ano fiscal é normal. O problema do governo é outro: o deficit fiscal. Não há possibilidade de retomar o crescimento e enfrentar o desemprego em massa sem a reforma da Previdência.

Ninguém se iluda, há um alinhamento político favorável ao sucesso da nova equipe econômica. Como defendeu Guedes, o “projeto liberal democrata” de Bolsonaro não vive o dilema de quem pega o violino com a mão esquerda e toca com a direita. “A aliança de centro-direita, entre conservadores, em princípios e costumes, e liberais na economia”, como definiu Guedes, é robusta, porque conta com o apoio da maioria da população. Enfrentará resistência das corporações, inclusive militar, mas o maior perigo é a recidiva do patrimonialismo dos que vivem à custa das rendas e benesses do Estado. Eles aparecem onde menos se espera.

Abrir a economia, privatizar as estatais, controlar gastos, reformar o Estado, desregulamentar, simplificar e reduzir impostos e descentralizar os recursos para estados e municípios não são um “estelionato eleitoral”. O governo foi eleito com essa pauta. Se vai dar certo é outra história, mas, desta vez, as chances realmente são maiores. E as políticas sociais? Bolsonaro somente prometeu prioridade para o ensino fundamental e a saúde das crianças, o resto vai jogar no colo dos estados e municípios. É a receita da Escola de Chicago, aplicada na Alemanha, no Japão e no Chile. No fim da guerra, com seus países em ruínas, alemães e japoneses estavam comendo ratos; no Chile de Pinochet, era chumbo mesmo. No Brasil, num cenário completamente diferente, o sucesso do projeto será um novo “case”.

Corrupção e violência
A outra perna do poder civil está no Ministério da Justiça, que nunca concentrou tanto poder e instrumentos de atuação como agora. Combate à corrupção e ao crime organizado são bandeiras de Bolsonaro sob a responsabilidade de Sérgio Moro, que também encontrou a casa arrumada, em particular, o recém-criado Sistema Unificado de Segurança Pública. Como levou para sua equipe os principais parceiros da Operação Lava-Jato, Moro também partirá de um patamar mais elevado no combate à corrupção.

A estratégia de endurecimento das penas e a política de liberação da compra de armas pelos cidadãos, condizentes com o discurso de Bolsonaro, garantem amplo apoio popular ao novo governo, mas têm eficácia duvidosa quanto aos presídios e às mortes violentas. Há estudos realizados no Brasil e, principalmente, nos Estados Unidos sobre isso. Na Califórnia, essa política fez explodirem a população carcerária e os gastos com manutenção de presídios.

E os militares? Essa é outra história. Se trabalharem com a centralização e a verticalização da gestão, como é da cultura mais tradicional de nossas Forças Armadas, de inspiração francesa e alemã, vão burocratizar e paralisar a administração. Ao contrário, se adotarem como método a coordenação e a cooperação, a grande influência norte-americana junto aos oficiais que integraram a Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial, vão ajudar o governo a melhorar sua performance administrativa e capacidade operacional.

Houve uma gritaria grande por causa das exonerações em massa na Casa Civil, que tende a se reproduzir em outras pastas, principalmente dos cargos comissionados. O ministro Onyx Lorenzoni justificou a decisão como uma necessidade de alinhamento com a nova política do governo. Os petistas já haviam sido desalojados com a saída da presidente Dilma Rousseff, exceto àqueles que aderem a qualquer governo. O estrilo da oposição não faz sentido, porque é até uma questão de respeito à vontade das urnas ocupar esses cargos com quem venceu as eleições. O ministro, porém, vai descobrir o que é um jabuti em cima da árvore. Como se sabe, jabuti não sobe em árvore, alguém pôs ele lá, como na velha fábula.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB



quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Despetização e Bolsonaro comanda primeira reunião ministerial do novo governo

Onyx anuncia exoneração de cargos na Casa Civil para “despetizar” governo

Cerca de 320 postos foram exonerados; titular da Casa Civil diz que vai sugerir que os demais ministros façam o mesmo

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou nesta quarta-feira, 2, a exoneração de cerca de 320 cargos em comissão no ministério para “despetizar” o governo federal, e afirmou que vai sugerir durante reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro que os demais ministros façam o mesmo.  Onyx afirmou que serão ressalvadas desta medida os integrantes da Subchefia de Assuntos Jurídicos e da Imprensa Nacional, responsável pela publicação do Diário Oficial da União.
“Isso faz parte um pouco daquela frase que o presidente Bolsonaro dizia na campanha, fazer a despetização do governo federal. E amanhã na reunião ministerial eu vou sugerir que os ministros possam também seguir neste caminho”, disse Onyx em entrevista a jornalistas para anunciar a exoneração em massa.  “O governo é novo, veio um novo Brasil. Ou afina com a gente, ou troca de casa. É simples assim”, acrescentou o ministro, que reconheceu a existência de riscos ao funcionamento da máquina coma exoneração de mais de 300 funcionários.

O ministro disse ainda que aqueles que forem exonerados e quiserem continuar no governo serão entrevistados pela equipe para que haja certeza de que estão alinhados ao projeto de Bolsonaro e que o prazo “auto-dado” é de reconstituir a equipe em duas semanas.  [mancada do Lorenzoni: aceitar os que se declararem arrependidos e alinhados ao projeto de Bolsonaro;
usando um termo bem ao gosto dos comunistas: os 'expurgados, expurgados estão e assim devem permanecer - até mesmo por questão de Segurança Nacional.]    O anúncio da exoneração em massa feito pelo chefe da Casa Civil acontece horas depois de Onyx fazer no discurso de transmissão de cargo na pasta um convite à oposição a Bolsonaro para que faça um pacto a favor do Brasil.

Fontes com conhecimento da máquina pública disseram que as redes sociais de integrantes da administração pública têm sido analisadas por integrantes do novo governo e que alguns funcionários, inclusive, apagaram seus perfis e criaram novos para escapar deste escrutínio.

Marun e Congresso
Ao mesmo tempo que anunciou uma “despetização” da máquina pública, Onyx disse que Bolsonaro resolveu manter a decisão do ex-presidente Michel Temer que, nos últimos dias de seu mandato, nomeou o ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun para o conselho de Itaipu Binacional para um mandato de dois anos.  O atual titular da Casa Civil disse que a decisão é um “gesto de boa vontadede Bolsonaro para com Temer, até pela contribuição que o atual ocupante do Planalto recebeu de seu antecessor na transição de governo.

No mesmo dia em que o presidente do PSL, partido de Bolsonaro, deputado eleito Luciano Bivar (PE), anunciou apoio da sigla à reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara e defendeu a candidatura do senador eleito Major Olimpio (PSL-SP) ao comando do Senado, Onyx voltou a afirmar que o Executivo não vai interferir nas eleições para a presidência das duas Casas do Congresso.

Bolsonaro comanda primeira reunião ministerial do novo governo

A reunião ocorre após a publicação da Medida Provisória 870, que define a reestruturação do governo e os detalhes sobre as atribuições de cada pasta


Dois dias depois de assumir o poder, o presidente Jair Bolsonaro fará a primeira reunião ministerial com sua equipe. Ele marcou para hoje, a partir das 9h, a conversa com os 22 ministros. O chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Onyx Lorenzoni, disse que serão discutidas as primeiras ações de governo.

A reunião ocorre após a publicação da Medida Provisória (MP) 870, que define a reestruturação do governo e os detalhes sobre as atribuições de cada pasta e prioridades das áreas específicas.   Às vésperas da posse, o presidente da República reiterou que sua intenção é revogar atos que, na sua avaliação, geram mais burocracia para o Estado.

Na transmissão de cargo nesta quarta-feira, Onyx propôs um “pacto político” entre governo e oposição. “Teremos bons ouvidos para aqueles que se opõem ao nosso governo”, disse o ministro, informando que as “disputas ideológicas podem e devem ser travadas”.

Também durante a cerimônia de transmissão de cargo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, disse que, na sua opinião, a proposta de reforma da Previdência apresentada na gestão Temer deve ser reavaliada. Ele esclareceu que este era seu ponto de vista e que a questão não tem unanimidade dentro do governo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a sua gestão será centrada em quatro pilares: abertura da economia, simplificação de impostos, privatizações e reforma da Previdência, acompanhada da descentralização de recursos para estados e municípios. Ele destacou que o novo governo pretende dar importância ao capital humano – como os economistas chamam o investimento em capacitação do cidadão.
Para o ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, as prioridades se concentram em medidas de combate à corrupção e à violência. 
[óbvio que a criminalidade, em todas as suas formas, deve ser combatida, mas, em uma ação paralela às necessárias à recuperação da economia - o Brasil precisa crescer, reduzir de forma substancial o desemprego, melhorar o atendimento na Saúde Pública,  melhorar a vida do cidadão, especialmente dos mais desamparados, mas lembrando sempre da famosa frase de Abraham Lincoln: " Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos."]

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A façanha de errar de véspera

Explicações de Jair Bolsonaro & família, em vez de esclarecer, geram mais suspeitas

[o que existe até agora sobre o relatório do Coaf e que possa implicar Bolsonaro?

NADA.

Tudo que existe é um relatório daquele órgão informando a existência de uma movimentação atípica (movimentação atípica não é, necessariamente, um crime), realizada por um ex-assessor de um dos filhos de Bolsonaro.

Até o momento, a movimentação não envolve sequer o filho de Bolsonaro - o que era assessorado pelo 'movimentador'.

Quando, e se, surgir prova ou fundado indício de algum ato ilícito praticado pelo ex-assessor e este ato implicar o presidente Bolsonaro, ou mesmo um dos seus familiares, o caso pode tomar outro rumo.]

Bolsonaro foi eleito agora. Já querem derrubá-lo. Vamos permitir? NÃO

O governo de Jair Bolsonaro & família ainda não começou, mas tem conseguido a façanha de errar antes da estreia, com explicações que, em vez de explicarem e esclarecerem, geram mais suspeitas. É lamentável o modo como Jair Bolsonaro e sua equipe vêm tratando o caso relativo ao ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente eleito.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou movimentação atípica, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, no valor de R$ 1,2 milhão, feita por Fabrício Queiroz, policial militar que, até 15 de outubro, estava lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro. 

 MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Trabalho não é caso de polícia

Desemprego é assunto cotidiano mesmo num país rico e desenvolvido como os EUA

[por mais brilhante que seja o jornalista, não existe outra alternativa: VENDER CARTA SINDICAL É CASO DE POLÍCIA.
Existir ou não um ministério do Trabalho não significa uma forma eficaz de combater o desemprego - caso fosse, após mais de 80 anos de existência do MTb, não teríamos mais de 12.000.000 de desempregados 
O que combate o desemprego é o crescimento da economia.]

Não é novidade para ninguém que a natureza do trabalho mudou muito, sobretudo nos últimos dez anos. Com as revoluções da automação e da informação, trabalhar da maneira tradicional, dentro de uma linha de produção ou num escritório, tornou-se quase um luxo. A natureza do trabalhador também está mudando, e muito rapidamente. Empresas procuram cada vez mais gente fora do balcão tradicional. Querem profissionais reconhecidos mais pelas suas habilidades humanísticas do que técnicas, com competências subjetivas, mais difíceis de se reconhecer e avaliar.

Na Califórnia, a Zume, uma pizzaria controlada inteiramente por robôs, que fazem a massa, montam e assam a pizza, virou um sucesso de tal ordem que um banco investiu US$ 375 milhões na ideia , e a empresa já vale no mercado US$ 2 bilhões, antes mesmo de se multiplicar. Uma pizzaria dessa não precisa de pizzaiolo, mas de gente que tenha ideias que a ajude a crescer e se transformar. A McKinsey Consultoria fez uma pesquisa em que revela que empresas que diversificam seu quadro de pessoal são mais competitivas e faturam mais.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Bolsonaro ainda precisa definir dois ministros do próximo governo [talvez na definição seja decidido a não criação de um dos ministérios vagos]

O número de ministérios anunciados é maior do que o total de órgãos prometidos durante a campanha. A intenção inicial era reduzir de 29 para 15 a quantidade de pastas

Com a confirmação da extinção do Ministério do Trabalho, a equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), bate o martelo e decide que o futuro governo terá 22 pastas. O fim do órgão ocorre após diversas idas e vindas do grupo de trabalhos e do pesselista, que chegou a garantir-lhe o status de ministério. A pasta será desmembrada em três áreas: Economia, Cidadania e Justiça e Segurança Pública. Parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que a medida é inconstitucional.

O número de ministérios anunciados é maior do que o total de órgãos prometidos por Bolsonaro durante a campanha. A intenção inicial era reduzir de 29 para 15 a quantidade de pastas. Das 22 previstas, restam ainda a nomeação de dois ministros: Meio Ambiente e Direitos Humanos. Para o primeiro, está cotado Xico Graziano, ex-deputado federal e ex-chefe de gabinete de Fernando Henrique Cardoso. Para o segundo, a advogada Damares Alves, assessora do senador Magno Malta (PR-ES), pode comandar o órgão. [a competência de criar ministérios - e também de nomear ministros - é do Presidente da República; 
mas, sugestões podem ser apresentadas e, respeitosamente, sugerimos:
- dos 20 ministérios já criados - oficiosamente, um ou dois podem ser fundidos a outros e com isso passaria a 20;
- considerando a total falta de necessidade dos 'direitos humanos' ficar a cargo de um Ministério, apresentamos a ideia de ser no máximo uma Secretaria e vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Fundido dois dos já criados - ou melhor, previstos - e não criando o de direitos humanos, 19 ministérios está bem mais próximo do prometido em campanha - 15.]

O tamanho da Esplanada de Bolsonaro poderia ficar ainda maior com o anúncio do Ministério do Trabalho, mas o presidente eleito reavaliou o tema. No início de novembro, ele destacou que a pasta perderia o status. Em seguida, voltou atrás e chegou a dizer que o órgão ficaria vinculado a outro, sem, entretanto, perder o grau de ministério. Ontem, o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mudou mais uma vez o discurso e chancelou a extinção.

O Ministério do Trabalho reagiu e, em nota, reiterou que o desmembramento “atenta contra o artigo 10 da Constituição Federal”, que estabelece “a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação”
De acordo com o órgão, dissolver as atribuições sem a adoção de medidas de compensação democrática “retiraria um dos palcos em que é promovida a interlocução entre trabalhador, empregadores e Estado Regulador, essencial à garantia do equilíbrio das relações de trabalho”. [interpretação bem peculiar a do ainda ministério do Trabalho quando a inconstitucionalidade da extinção da pasta - não deve prosperar.
Dificil entender a AGU ter entrado na de considerar  a medida inconstitucional.] 

(...)



Casa Civil: Onyx Lorenzoni
Economia: Paulo Guedes
Gabinete de Segurança Institucional: general Augusto Heleno
Ciência e Tecnologia: Marcos Pontes
Justiça: Sérgio Moro
Agricultura: Tereza Cristina
Defesa: general Fernando Azevedo e Silva
Relações Exteriores: Ernesto Araújo
Controladoria Geral da União (CGU): Wagner Rosário
Saúde: Luiz Henrique Mandetta
Secretaria Geral da Presidência: Gustavo Bebianno
Educação: Ricardo Vélez Rodríguez
Secretaria de Governo: general Carlos Alberto dos Santos Cruz
Infraestrutura: Tarcísio Gomes de Freitas
Desenvolvimento Regional: Gustavo Canuto
Cidadania: Osmar Terra
Turismo: Marcelo Álvaro Antônio
Minas e Energia: almirante Bento Costa Lima
Meio Ambiente: ainda não foi nomeado (a)
Direitos Humanos: ainda não foi nomeado (a)
Advocacia Geral da União (AGU): André Luiz de Almeida Mendonça*
Banco Central: Roberto Campos Neto**
Trabalho: será desmembrada nas pastas de Economia, Cidadania e Justiça e Segurança Pública

* Perderá o posto quando aprovarem Emenda Constitucional
** Perderá o posto quando aprovarem a autonomia da autoridade monetária


Correio Braziliense

domingo, 2 de dezembro de 2018

"Por um novo Brasil"

Para transformar algo é preciso, em primeiro lugar, vontade. Depois vêm o planejamento, a definição de prioridades e a criação das condições. Por último, devem-se colocar em prática os diferenciais que levarão à mudança efetivamente. É a ordem natural das coisas, assim se escreve a história. E é assim que o Brasil pode e vai se transformar no país que os brasileiros querem.  No mundo político, poucos imaginaram que o chefe da nação seria um homem sem uma gama de partidos coligados, sem tempo de propaganda na TV e sem os vultosos recursos característicos das campanhas presidenciais das últimas décadas. Mas quem entendeu o que aconteceu neste país de 2013 para cá compreende por que Jair Messias Bolsonaro foi escolhido como o fiel depositário da esperança dos brasileiros. 

Colocar as pessoas em primeiro lugar é a prioridade do governo que, a partir de 1º de janeiro de 2019, assumirá desafios para a transformação que os brasileiros esperam ver em seu país. Essa mudança é uma exigência de quem sofre as consequências de governos que não tiveram compromisso com as pessoas; e sim, apenas com o projeto de poder.  Saem de cena os projetos mirabolantes, o toma lá dá cá como base de sustentação, o discurso "politicamente correto" (era apenas o discurso), as relações nebulosas e o financiamento de ditaduras ideologicamente alinhadas, as ilusões irresponsavelmente vendidas como grandes soluções e a concentração de poder e recursos em Brasília, enquanto governos estaduais e prefeituras nem sequer conseguem pagar os salários dos servidores. Um enredo de incompetência, mentiras e amarras ideológicas que levou o Brasil a uma crise sem precedentes. 
Temos milhões de pessoas desempregadas, empresários fechando as portas por não suportar a carga de taxas e impostos, infraestrutura deficiente e insuficiente.
Além disso, a insegurança é crescente, fomentada em muito pela inversão de valores promovida pelos governos de esquerda, em que forças de segurança são criminalizadas e bandidos romantizados, enquanto a violência bate à porta de qualquer um, em qualquer lugar deste país.  Há também os preocupantes índices que revelam a desatenção com a educação básica; a precariedade no atendimento de saúde; e, claro, não podemos esquecer as tentativas constantes dos que querem tornar menores ou insignificantes valores tão caros à sociedade brasileira, como, por exemplo, a família.

Temos, agora, a oportunidade de deixar tudo isso no passado, desamarrar o país e transformar o futuro. Chegou a hora da verdadeira mudança. O povo brasileiro fez a sua escolha, e a verdade assume o protagonismo. Foi ela quem aproximou os agentes da mudança. A verdade presente no discurso do então parlamentar Bolsonaro e nas aspirações de todos que se juntaram ao projeto.   O plano de governo entregue no registro da candidatura deixou bem claro desafios e prioridades, no resultado das eleições e na primeira manifestação do presidente eleito aos seus cidadãos: a verdade nos trouxe até aqui e será o fio condutor da mudança. Com ela sempre presente nas relações entre o governo e seus cidadãos, Poderes constituídos e entes federados, será possível enfrentar e vencer os muitos problemas do Brasil. 

Essa relação franca entre governo e população estabelecerá um novo caminho, pelo qual a nação será informada dos porquês de algumas mudanças, como a tributária e a  previdenciária, e da necessidade latente de elas serem implementadas.  Jair Bolsonaro foi eleito para promover e liderar o encontro da expectativa da população brasileira com a transformação do país. 2018 entra para a história como o ano em que o povo brasileiro e o governo por ele escolhido almejaram a mesma coisa: resgatar princípios e valores, colocando o Brasil no seu devido lugar, transformando-o num grande país, com uma grande nação verdadeiramente livre e democrática.

Onyx Lorenzoni, deputado federal e Ministro Extraordinário chefe da equipe de transição futuro Governo Jair Bolsonaro 
Folha de S. Paulo 
 

domingo, 11 de novembro de 2018

Apoiado pela indústria de armas, Onyx já associou ativismo LGBT a pedofilia [por acaso o ministro errou? quem viu algum erro, que o acuse com provas.]

Em eleições de 2002 a 2014, 12% de suas receitas de campanha vieram de empresas de armas, com as quais manteve relação próxima. Uma de suas bandeiras é a modificação do Estatuto do Desarmamento, que tende a ser uma das primeiras iniciativas do governo Bolsonaro. O deputado apresentou uma série de projetos, por exemplo, para permitir que as polícias estaduais atuem na liberação de licenças -e não só a PF, como é atualmente.
Veterinário, Onyx, 64, disse em 2016 que adquiriu armas após passar por uma "situação de gravidade", que não detalha: "Isso já tem quase 30 anos, eu nunca mais deixei de estar acompanhado de uma arma que sempre trouxe segurança e proteção para a minha família."

São várias propostas antenadas com o bolsonarismo, como a ampliação dos excludentes de ilicitude (evita que virem crimes situações de legítima defesa ou ação de forças de segurança) e a flexibilização da posse de armamentos.  Entre outros projetos nessa linha, estão propostas para aumentar a licença para até três armas, a criação do "porte rural de arma de fogo" e a possibilidade de emissão de autorização a quem responde a inquéritos ou processos penais.

A relação de Onyx com Bolsonaro vem desde o início dos seus mandatos. Os dois estiveram na linha de frente do bloco parlamentar que coordenou a vitoriosa campanha contra o desarmamento no referendo promovido em 2005.  Também naquele ano, Onyx havia obtido projeção nacional ao integrar a CPI dos Correios, uma das que apuraram o escândalo do mensalão. O forte viés antipetista já havia se revelado anos antes no âmbito regional. Como deputado estadual, foi ferrenho opositor do governo do petista Olívio Dutra no Rio Grande do Sul (1999-2002), que passou por turbulências como uma investigação sobre a relação do partido com bicheiros.

Dessa experiência, o novo ministro escreveu um livro, batizado de "500 Dias do PT no Governo São Outros 500". Com o passar dos anos, sua bibliografia antipetista ganhou três novos volumes, o último deles publicado neste ano -"A Máfia da Estrela: Ascensão e Queda do Império Petista".  Nada disso o impediu de ter boa relação com o PDT, partido de quem foi aliado em 2014 e legenda de seu suplente na Câmara. O novo chefe da Casa Civil já prestou homenagens a Leonel Brizola, fundador do PDT e ícone da esquerda.

Em meio à aproximação com o capitão reformado, encampou o discurso do perigo "comunista" e do risco da "pátria grande" latino-americana - a união com outros governos de esquerda. Também passou a enfatizar questões de moral e costumes. Em 2017, após uma exposição de arte sobre diversidade ter sido suspensa diante de críticas de movimentos conservadores, ele apresentou um projeto propondo a criminalização da utilização de recursos públicos em projetos que "promovam a sexualização precoce de crianças"

Em discurso no plenário, naquela época, mencionou uma mobilização internacional que passava pela ONU para promover a "ideologia de gênero" tendo em vista o controle populacional. "Não há separação entre ideologia de gênero, agenda LGBT, feministas e pedófilos", disse ele na ocasião.  Procurado para comentar o assunto, ele não respondeu.  Desde o ano passado, Onyx já vinha atuando na articulação da candidatura de Bolsonaro. O seu partido, o DEM, ainda vinha cogitando lançar o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), à Presidência, mas o gaúcho já comunicara que marcharia em 2018 com o militar reformado.

Durante a pré-campanha, Maia previu atritos entre o dissidente de seu partido e o então candidato do PSL. "Ele [Onyx] é muito mais liberal que o próprio partido hoje. E Bolsonaro é um político que defende uma política de mais intervenção do estado. Foi assim que votou a vida inteira, em algum momento vai ter uma divergência."  Maia, na ocasião, mencionou que Onyx já havia sido contra o ingresso do partido em uma rede internacional da corrente Democracia Cristã, defendendo a permanência no movimento "Internacional Liberal". O
período anterior à campanha eleitoral ainda rendeu visibilidade pela relatoria do projeto de Medidas contra a Corrupção, que acabou não sendo aprovado, mas também proporcionou a sua pior pendência com a Justiça. Em 2017, com a delação da JBS, ele confessou que recebeu R$ 100 mil de caixa dois do grupo na eleição de 2014.

Onyx comanda o diretório gaúcho do DEM desde a década passada e tem sido praticamente o único integrante de destaque no estado.  Em 2015, o novo chefe da Casa Civil conseguiu emplacar seu filho Rodrigo Lorenzoni, 39, em uma diretoria de uma fundação no governo de José Ivo Sartori (MDB).  Neste ano, Rodrigo tentou a Assembleia gaúcha, mas não se elegeu. Fez 17 mil votos, ante 183,5 mil do pai. É Rodrigo quem toca o hospital veterinário da família, fundado pelo pai de Onyx na década de 1950, em Porto Alegre.
Antes de entrar na política, o novo chefe da Casa Civil foi presidente, por seis anos, de um sindicato de veterinários em Porto Alegre, até 1990.

ISTO É ONYX LORENZONI
- Veterinário e empresário, se lançou na política no Rio Grande do Sul na década de 1990
- Foi deputado estadual de 1995 a 2002 -se elegeu primeiro pelo PL (atual PR)
- Eleito para a Câmara em 2002, se projetou no escândalo do mensalão, em CPI que tratou do caso
- Relatou o projeto que ficou conhecido como Medidas contra a Corrupção, em 2016. Decidiu se aliar a Bolsonaro mesmo contra seu partido
- Em 2018, foi o segundo mais votado à Câmara no RS, com 183,5 mil votos

Yahoo!  Notícias


 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Democratas contra Maia - Se o Temer sair e entrar o Rodrigo Maia, a crise só mudará de nome

Com o mandato de Temer sob risco, Maia trabalha para disputar a eleição indireta e pensa até em 2018. Mas Ronaldo Caiado, do próprio DEM, ameaça esse projeto

Em meio à crise política envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dá sinais de que foi mordido pela mosca azul – expressão usada para designar o desejo irrefreável de qualquer político pela cadeira presidencial. De início discreto, ela agora faz o diabo, e à luz do dia, para alçar voos mais altos. Nos últimos dias, aumentou as articulações em direção ao Palácio do Planalto. Essa estratégia de Maia, no entanto, não é consenso nem dentro do seu partido, o Democratas, que já começou uma luta fratricida pela sucessão presidencial.

“A melhor saída para o País é a antecipação das eleições gerais. Não podemos mais viver de remendos” Ronaldo Caiado, senador do DEM-GO

 Maior expoente da legenda no Senado, Ronaldo Caiado (DEM-GO) vem trabalhando para ser o candidato do partido em eleições diretas e defende inclusive que o pleito direto seja antecipado caso Temer seja afastado. Ou seja, seus planos se chocam com os acalentados por Maia. “A melhor saída para o País é a antecipação das eleições gerais. Não podemos mais viver de remendos”, disse Ronaldo Caiado. Ele trabalha nos bastidores para inviabilizar as pretensões de Maia de assumir a Presidência por eleição indireta – o que o encaminharia para concorrer à reeleição em 2018. Para o ruralista, bom de voto e candidato à Presidência em 1989, quando enfrentou Lula e Collor, chegou a sua vez.

Discutir a relação
Antes de resolver a cizânia interna, porém, o DEM, que controla o Ministério da Educação, ainda precisa definir sua própria situação dentro do governo Temer.

“Esse assunto da sucessão com Rodrigo Maia sequer é considerado” José Agripino, senador e presidente nacional do DEM

“Não pode açodar, primeiro tem que resolver essa questão do Temer”, afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (RS). “Esse assunto da sucessão com Rodrigo Maia sequer é considerado”, faz coro José Agripino, presidente nacional do DEM. Segundo Lorenzoni, dos 29 deputados, 60% devem manter a fidelidade a Temer ao examinar a denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot, no plenário da Câmara. Em razão do racha, um grupo de deputados, além de Ronaldo Caiado, passou a trabalhar pela realização de uma reunião da Executiva do DEM a fim de discutir a relação com o governo. “Pode-se criticar o PSDB porque se reúne e decide não decidir, mas, pelo menos, os tucanos se reúnem e discutem”, sapecou o deputado Luiz Henrique Mandetta (RS), integrante do grupo independente. Não que isso represente uma grande vantagem.
[Ronaldo Caiado é uma excelente alternativa ao deputado JAIR BOLSONARO - cuja candidatura pode ser sabotada - mas, tem que largar a ideia sem sentido de antecipar eleições; 
antecipar eleições terá um único resultado: aumentar o CAOS, consolidar a política do QUANTO PIOR, MELHOR e até levar o Brasil a uma GUERRA CIVIL.
Se inevitável a alternativa INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL é melhor que a antecipação das eleições gerais.]



Se o Temer sair e entrar o Rodrigo Maia, a crise só mudará de nome
 
 

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

24/11: Brasil funda a República do Murici

A votação de uma anistia ao caixa dois eleitoral pode ser votada hoje na Casa. Canalhas querem derrubar na íntegra o texto aprovado por unanimidade na comissão especial que analisava o projeto e votar um substitutivo costurado durante esta madrugada.
Canalhas demandam um com novo texto de medidas anticorrupção com direito a anistia para quem cometeu crime de caixa dois e punição mais severa para magistrados e integrantes do Ministério Público.

O líder temerário Romero Jucá, é aquele que nos ensinou: era imperativo estancar a sangria da Lava Jato.  O texto principal do projeto foi aprovado na comissão por volta das 22h20, mas os deputados ainda precisavam concluir a votação dos destaques. Logo após a aprovação do projeto das medidas de combate à corrupção, o presidente da comissão Joaquim Passarinho (PSD-PA) e o relator da proposta Onyx Lorenzoni (DEM-RS), divulgaram uma nota em que se manifestaram repúdio contra uma suposta manobra para tentar anistiar a prática de caixa dois, uma das medidas criminalizadas pelo projeto. [fazemos questão de manifestar a nossa surpresa com a falta de noção dos deputados Joaquim Passarinho e Onyx Lorenzoni, quando divulgam uma nota de repúdio a uma suposta manobra para anistiar a prática do caixa dois.
Ou os ilustres parlamentares são completamente sem noção ou querem iludir desavisados quando posam  de bonzinhos, de paladinos anticorrupção, denunciando manobra para aprovar anistia para caixa dois .
NÃO EXISTE ANISTIA PARA CAIXA DOIS pela simples razão de que até o presente momento a prática chamada CAIXA DOIS não é tipificada como crime.
Qualquer estudante de cursinho preparatório para vestibular de Direito sabe que a Lei Penal não retroage, assim, não há o que anistiar.
Algum político que estiver sendo processado devido recebimento de dinheiro ilícito para sua campanha eleitoral, NÃO ESTARÁ SENDO PROCESSADO PELA PRÁTICA DE CAIXA DOIS. Pode até estar sendo processado por lavagem de dinheiro, por furto ou qualquer outro crime, mas, jamais por CAIXA DOIS.
Ontem circulou no Plenário da Câmara um esboço de artigo a ser inserido no projeto que seria votado - votação que foi adiada para a próxima semana - que pretendia anistiar todos os crimes eleitorais anteriores a entrada em vigor da Lei que tipifica como crime a prática do CAIXA DOIS - só que tal projeto não tem a menor chance de ser aprovado, pelo absurdo que representa.
No momento em que o CAIXA DOIS se tornar crime - o que só ocorrerá quando uma lei for aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente da República - então eventuais práticas daquele crime (obviamente ocorridas após a promulgação da lei) poderão ser objeto de um projeto de anistia.
Para encerrar, segue transcrição do inciso XXXIX, artigo 5º da Constituição Federal  que é conclusivo sobre o tema:

" XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; " ]

Os deputados estabeleceram na nota “repúdio a tal possibilidade, bem como, a qualquer outra com igual finalidade, que, mesmo regimentalmente amparada, se constituiria numa frustração inaceitável dos anseios nacionais”.  O texto diz ainda que o projeto das dez medidas, elaborado pelo Ministério Público Federal, foi apoiado por mais de 2 milhões de assinaturas e ainda conclama os deputados a votar contra uma possível anistia. “[O projeto resultou] numa construção jurídica cujo resultado deve ser respeitado por seus representantes, sendo reprovável qualquer ação que tenda a frustrá-lo”, diz a nota.

Sabem o que vai ser votado hoje?
 O Brasil virou a o país da Lei de Murici, cada um por si, e vou fazer uso das palavras do Professor Péricles para explicar isso: “O Muricizeiro é uma espécie rústica que se desenvolve muito bem em solos arenosos com poucos nutrientes. Por isso, o seu fruto, o murici, é típico do sertão nordestino.
Aliás, o Muricizeiro permanece florido, e muito bonito, mesmo na seca mais tenebrosa, daí nasceu o provérbio popular de que, quanto mais florido o muricizeiro, mais difícil é a vida do sertanejo.
Em 1896, tropas federais, promoveram uma campanha contra o Arraial rebelde de Canudos, no sertão da Bahia. Essas tropas eram comandadas pelo general Moreira César, militar importante na época.
Os “homens do Conselheiro” promoveram uma emboscada e as forças oficiais caíram como patinhos. Moreira César foi mortalmente atingido e o comando deveria passar ao coronel Pedro Nunes Tamarindo, porém, o coronel tomado de enorme pavor teria abandonado a luta gritando “em terra de murici cada um cuida de si”.
Até hoje, naquela parte do país chamasse de “lei de murici” a idéia de que, no perigo, cada um que trate de salvar a própria pele.
De certa forma se repete muitas vezes o mesmo comportamento.”

Hoje começa a República do Murici.