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sábado, 29 de outubro de 2022

Palavras do Presidente - Jair Messias Bolsonaro

Contra tudo e contra todos, tivemos no 1° turno de 2022 uma votação mais expressiva do que aquela que tivemos em 2018. Foram quase 2 milhões de votos a mais! Também elegemos as maiores bancadas da Câmara e do Senado, o que era a nossa maior prioridade neste primeiro momento.  

Elegemos governadores no 1° turno em 8 estados e elegeremos nossos aliados em outros 8 estados neste 2° turno. Esta é a maior vitória dos patriotas na história do Brasil: 60% do território brasileiro será governado por quem defende nossos valores e luta por um país mais livre.

Muita gente se deixou levar pelas mentiras propagadas pelos institutos de pesquisas, que saíram do 1° turno completamente desmoralizados. Erraram todas as previsões e já são os maiores derrotados desta eleição. Vencemos essa mentira e agora vamos vencer a eleição!

Esta disputa não decidirá apenas quem assumirá um cargo nos próximos quatro anos. Esta disputa decidirá nossa identidade, nossos valores e a forma como seremos vistos pelo mundo e pelo próprio Deus. Lutemos pela liberdade, pela honestidade, por nossos filhos e pelo Brasil.

Sabemos do tamanho da nossa responsabilidade e dos desafios que vamos enfrentar. Mas sabemos aonde queremos chegar e como chegaremos lá. Pela graça de Deus, nunca perdi uma eleição e sei que não será agora, quando a liberdade do Brasil inteiro depende de nós, que iremos perder.

Nossos adversários só se prepararam para uma corrida de 100 metros. Nós estamos prontos para uma maratona. Vamos lutar com confiança e com força cada vez maior, certos de que vamos prevalecer pela pátria, pela família, pela vida, pela liberdade e pela vontade de Deus!

Presidente Jair Messias Bolsonaro, em 3 de outubro de 2022


domingo, 3 de abril de 2022

A pregação de Jair Messias: Deus, armas e insultos ao STF - Bernardo Mello Franco

O pretexto era inaugurar uma estação de trem em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. O prefeito reduziu o expediente e liberou os servidores para engrossar a claque. Jair Bolsonaro chegou ao palanque montado num cavalo branco. Depois de ser adulado por três ministros, entregou o microfone a um pastor evangélico. Seguiu-se um comício disfarçado de culto, com transmissão ao vivo na TV Brasil.

“Vamos fazer uma oração especial pelo nosso presidente. Levantemos nossas mãos para o céu em clamor a Deus”, ordenou Martim Alves, da Assembleia de Deus. “Pedimos uma bênção muito especial para o presidente da nossa República, pela sua saúde, seu governo e sua família”, prosseguiu.

O bispo Lindomar Sousa, da Igreja Sara Nossa Terra, assumiu o púlpito e continuou a pregação eleitoral. “Não é mais uma briga da esquerda contra a direita, é uma guerra espiritual”, proclamou. “Deus levantou a vida deste homem”, disse, referindo-se ao capitão.

O ministro Rogério Marinho já havia apelado ao discurso religioso para louvar o chefe. Candidato ao Senado, acusou a oposição de “espezinhar”, “maltratar” e “ridicularizar” a família brasileira. [COMPROVE - doutrinar com pornografia as nossas crianças, nos moldes em que estão tentando nos Estados Unidos.]   Em seguida, manifestou o desejo de silenciar os adversários. “Eles têm que escutar e ficar calados”, decretou.

Jair Messias inflamou o rebanho com um grito de rodeio. Exaltou o “povo armado”, atacou os “vermelhos” e definiu a Presidência como uma missão divina. “A luta, como disse o pastor agora há pouco, não é da esquerda contra a direita, é do bem contra o mal”, bradou.

Na semana em que um escândalo de propinas derrubou seu quarto ministro da Educação, ele descreveu a corrupção como um problema de governos passados. Depois empilhou chavões sobre o “país maravilhoso” e sua “gente trabalhadora”. Em 16 minutos de falatório, não disse uma palavra sobre a obra usada como desculpa para o comício com dinheiro público.

A performance deu uma amostra do Bolsonaro que disputará a reeleição em outubro: um político sem pudor de explorar a fé e usar a máquina em benefício próprio.  No dia seguinte, em Brasília, o capitão começou e terminou um discurso citando o nome de Deus. Recheou o monólogo com elogios à ditadura militar e ao deputado Daniel Silveira, que armou um circo para descumprir decisão do Supremo. Ao defender o brucutu, voltou a insultar ministros da Corte. “Cala a boca, bota a tua toga e fica sem encher o saco dos outros”, decretou.

Liberou geral
Bolsonaro não é o único a subir no palanque antes da hora. Nos últimos dias, Lula e João Doria também fizeram campanha antecipada ao Planalto. Ninguém foi incomodado pelo TSE. [Fosse só o capitão, o TSE já teria agido contra; mas, os outros dois atrapalharam.]

Na quarta-feira, o petista ironizou apelos para que respeitasse a lei eleitoral. “Vim para cá pensando em colocar uma mordaça, porque não ia poder falar. Mas o que eu estranho é que não se falou em outra coisa aqui a não ser em eleição”, debochou, em ato na Uerj.

Na quinta, Doria usou a cerimônia de renúncia ao governo paulista para promover seu projeto pessoal. “Sim, serei candidato à Presidência da República pelo PSDB”, propagandeou, em pleno Palácio dos Bandeirantes.

Bernardo M. Franco, jornalista - O Globo

 

domingo, 12 de dezembro de 2021

Expectativa de confusão: STF, onde só pode entrar vacinado, se prepara para posse de Mendonça com a presença de Bolsonaro - Lauro Jardim

O Globo

Judiciário

O STF já se prepara para alguma confusão no dia da posse de André Mendonça — só não se sabe ainda o tamanho dela. E o tumulto, claro, deve ter Jair Bolsonaro como protagonista. Ao menos é esse o temor que percorre corredores importantes da Corte. [não podem esquecer que JAIR MESSIAS BOLSONARO é o Presidente da República e que, como bem disse Sarney - enquanto esperava um desenlace da doença de Tancredo Neves - o cargo tem uma 'liturgia' que deve ser seguida e respeitada, o que no caso presente  inclui, sem limitar, a obrigação de convidar seu titular.
Optando o presidente por atender ao convite e comparecer à solenidade de posse do ministro André Mendonça, ainda que não vacinado, é um DIREITO e eventual inconveniência da não vacinação pode ser contornada pelo uso obrigatório de máscara por Bolsonaro.]

O motivo é a obrigatoriedade de os convidados para a cerimônia estarem vacinados ou, se não estiverem, levarem um teste de PCR. Suspeita-se que o rebelde presidente tentará entrar na sede do Supremo sem ter feito o exame (ninguém tem a menor esperança quanto a ter se vacinado até lá).


O presidente Jair Bolsonaro e o novo ministro do STF André Mendonça

Como descascar esse abacaxi? A ideia mais aceita é que se instale um local de teste rápido contra a Covid na portaria para que Bolsonaro, enfim, comporte-se como um cidadão civilizado. Será que vai dar certo? Evidentemente, num país normal tal questão jamais existiria. 

 VEJA AINDA: A pré-sabatina a que André Mendonça foi submetido antes de ir ao Senado

Covid: 88% dos brasileiros são a favor de se proibir o carnaval


O brasileiro adora carnaval, mas... o temor à Covid é ainda mais forte do que a vontade de sair por aí se acabando nos trios elétricos e blocos.

Uma pesquisa inédita da Quaest, feita em todo o Brasil entre os dias 2 e 5 de dezembro, constatou que 88% dos entrevistados são a favor de se proibir o carnaval em 2022.

Apenas 9% querem a folia liberada (3% não responderam). Entre os evangélicos, o percentual dos 'contra' sobe para 93%

Lauro Jardim, colunista - Blog em O Globo


segunda-feira, 26 de julho de 2021

Por trás do Terrorismo Pacífico da esquerda - Alerta Total

A esquerda revolucionária sempre foi muito previsível em suas estratégias. Via Comunicação Social, usando a imprensa militante ou comprada por algum “mensalão”, vende a imagem de que defende a tomada pacífica do poder, através da disputa eleitoral, promovendo manifestações “pacíficas”. Via tática de guerrilha, mobiliza grupos radicais bem organizados para promover ações terroristas pontais, veiculadas midiaticamente como “atitudes isoladas de vândalos”. O objetivo é demonstrar poder de mobilização, ao mesmo tempo em que incita medo e terror, para provocar uma reação, também violenta, do grupo adversário (ou inimigo) que ocupa o poder. Na radicalização, quaisquer atitudes da esquerda extremista acabam “se justificando” ou “se legitimando”. Quando a situação sai de controle, instaura-se o clima revolucionário (ideal para a tomada do poder pela canhota).

 

Essa tendência tem se repetido em todas as manifestações contra Jair Messias Bolsonaro - acusado pela esquerda, repetida e internacionalmente, de ser “autoritário”, “fascista”, “genocida”, “homofóbico” e “palhaço” (o “Bozo”). Até agora, só não colou o xingamento de “corrupto”. O de "corno", também tentaram, mas não pegou. Os atos esquerdistas juntam muito menos gente que as manifestações a favor de Bolsonaro ou das bandeiras defendidas pelo Presidente. No entanto, pela simpática cobertura midiática, sempre conseguem ampla divulgação. Em São Paulo, uma rotina já se estabeleceu. O evento começa pacífico, porém termina em exibições de intolerância, violência e depredação do patrimônio público e privado.

 

Desta vez, teve até uma “novidade”: a truculenta patrulha ideológica. Em plena luz do dia, por volta das 16h, um grupo de BlackBlocks que chegou em uma van fretada incendiou pneus e botou fogo em um símbolo dos paulistas: a gigantesca estátua do bandeirante Borba Gato, na avenida Santo Amaro, na Zona Sul. Interessante é que tudo foi providencialmente filmado pelos terroristas. A jogada assimétrica foi presenciada pela Guarda Municipal, que nada fez. A Polícia Militar só tomou conhecimento depois. A extrema mídia minimizou ao máximo o episódio. A Rede Globo omitiu a notícia no Jornal Nacional.

 

Vandalismo se combate com polícia e condenação pela justiça. O imobilismo e a permissividade exacerbada, que vemos nos dias atuais, leva a situação na qual criminosos não temem nem respeitam as regras de convívio social civilizado. Deploráveis foram duas “justificativas” públicas para o ato isolado de terror. O deputado Ivan Valente, do PSOL, cometeu uma clara quebra de decoro parlamentar ao defender, em post no Twitter, que foi uma "Ação simbólica importante" a queima da Estátua do Borba Gato. Outra manifestação insana, na mesma rede social, foi do popstar da juventude, Felipe Neto, justificando a barbárie. O garotão postou: “FOGO NOS GENOCIDAS!!!” (em CAIXA ALTA). No mínimo, o famoso influenciador digital cometeu uma incitação ao crime (punível pelo Código Penal em vigor).   

 

Vale lembrar que as ações terroristas contra Bolsonaro acontecem desde a campanha presidencial passada. No dia 6 de setembro de 2018, o militante do PSOL Adélio Bispo de Oliveira esfaqueou Bolsonaro, durante uma manifestação de rua, em Juiz de Fora (MG). A investigação do caso foi providencialmente abafada e sabotada. A Polícia (Civil e Federal), o Ministério Público e o Judiciário falharam de modo imperdoável. Não se explicou, até hoje, quanto faturaram e quem financiou os advogados que surgiram, de forma relâmpago, para defender o agressor. Os celulares do Adélio foram “blindados”. Depois, também velozmente, o fracassado algoz de Bolsonaro foi diagnosticado como portador de “transtorno mental delirante persistente”. Inimputável (e impune) segue “hospedado” na Penitenciária Federal, em Campo Grande (MS). Bolsonaro, que sobreviveu por milagre, tem insônia e sofre todas as sequelas de várias cirurgias pós-facada. Certamente, ele sente a dor maior da impunidade. Nem seu suposto poder de Presidente da República fez o caso ser apurado corretamente.

 

Voltando aos atos isolados de terror ao final das manifestações contra Bolsonaro - ou a atentados terroristas “simbólicos” como o incêndio da estátua do Borba Gato -, tudo obedece a uma tática manjada da esquerda revolucionária. O objetivo é provocar uma reação violenta, em intensidade igual ou maior, do Presidente Jair Bolsonaro. A clara intenção canhota é radicalizar o processo político, para justificar novas atitudes extremistas, que facilitem a tomada do poder, também, pelo processo revolucionário. A esquerda tem parcerias com facções criminosas para prática de ações de terror e para financiamento de compras de votos nas eleições. O dinheiro sujo circula bem longe dos olhos de qualquer fiscalização da Justiça Eleitoral. Eis a explicação para a eleição de tantos candidatos que têm ligação direta com esquemas criminosos (mafiosos).

 

O terror é a tática para intimidar e forçar Bolsonaro a também “partir para a ignorância e para a porrada”. O Presidente não pode cair nessa armadilha. Mas, também, não deve deixar a situação desandar. A tendência é que a situação se radicalize com a proximidade da eleição. O atual “vandalismo terrorista” é apenas um ensaio para algo muito mais grave. Por isso, é fundamental que a inteligência da Polícia Federal, das Forças Armadas e das Polícias Militares entrem em ação o mais depressa possível para desmontar as células de terror. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, sob responsabilidade do General Augusto Heleno, tem a complexa responsabilidade de enfrentar o problema, antes que tudo saia do controle. “Terrorismo, Nunca Mais” precisa ser um lema levado a sério pelas autoridades brasileiras. 

 

Ah, vamos aguardar para ver as manifestações de repúdio dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal sobre os atos antidemocráticos de terrorismo da estrema esquerda… Ou eles vão preferir o silêncio conivente com os atos dignos do mais puro nazicomunofascismo?


De todo modo, vale a recomendação. Não dá para fazer Política na base do ódio. O sábio conselho vale para todos os extremos. O problema é que, em meio a guerra de narrativas, o bom senso e o equilíbrio passam longe... Pobre-Rica Bruzundanga...      

 

Alerta Total - Jorge Serrão

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Eles perderam de vez a noção - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Jair Messias Bolsonaro levou uma facada em 2018 e quase morreu. O autor, Adélio Bispo, era um ex-filiado do PSOL, esteve na Câmara pelo que indica o registro, e contou com suporte jurídico após a prisão. Quem mandou matar Bolsonaro? Essa pergunta nunca saiu da boca de quem insiste diariamente na questão de quem matou Marielle Franco, a vereadora do PSOL. Em vez disso, petistas como o próprio Lula chegaram a chamar a facada de "fake", de farsa. Bolsonaro já passou por várias cirurgias por conta dela.

O grau de psicopatia é assustador. Em vez de deixar diferenças políticas de lado, muitos esquerdistas torcem abertamente pela morte do presidente. Alguns desejam isso com ar de filosofia pragmática, como fez Helio Schwartsman na Folha. Mas eles não conseguem esconder o ódio em seus corações, a falta de empatia pelo próximo, e o veneno que intoxica suas almas ocas. [um jornalista recentemente sugeriu que o presidente se suicidasse; quarta-feira um ilustre e desconhecido youtuber comunicou que havia comprado fogos de artifício para  comemorar eventual morte do presidente. Mario Frias, secretário de Cultura, postou respondendo a pergunta de um amigo sobre se conhecia o famoso youtuber: "Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho".
Com a súbita fama, decorrente de uma postagem de péssimo gosto - agourando o presidente da Republica - o youtuber se tornou conhecido ser o ofensor um historiador negro e defensor do comunismo. Imediatamente um ex-ator de novelas, em final de carreira,acusou Frias de racismo.]

LEIA TAMBÉM: ONU condena prisões arbitrárias em Cuba e exige liberação de manifestantes
Em imagens: chuvas causam destruição na Europa

Agora que o presidente foi internado novamente, com risco de nova cirurgia, a turma podre saiu do bueiro uma vez mais, para expor sua falta de limites, de ética, de compaixão. São várias mensagens no mesmo teor, e esse claro discurso de ódio não é censurado nas redes sociais, que por sua vez impedem questionar sobre a real eficácia das vacinas - minha conta principal do Twitter foi suspensa uma semana por isso, e o vídeo da estreia do programa 4por4 foi retirado do YouTube com mais de 700 mil visualizações, só porque falamos que as vacinas experimentais são... experimentais!

Eis o tipo de coisa que circula livremente, e sem o repúdio dos nossos "humanistas" de plantão, inclusive aqueles que demonstram absoluta revolta quando o mesmo Bolsonaro dá uma resposta mais atravessada a algum jornalista:  Pausa aqui para mostrar como o MBL hoje em dia é indistinguível do Felipe Neto, que eles detonavam antes. Arthur do Val praticamente escreveu a mesma mensagem que o imitador de focas. Ninguém sério leva mais a sério os PsolKids, que se provaram oportunistas com claro viés de esquerda. Mas segue o show de horrores:

Esses são nossos "democratas" que se vendem como a resistência ao fascismo, que existe somente em suas imaginações toscas. Os que acusam Bolsonaro de insensível ou mesmo genocida destilam insensibilidade e torcem pela morte do presidente. A tática consiste em desumanizar o oponente, trata-lo como bicho, como um rato, um verme, e aí justificar essa postura abjeta.

Quem quer criticar o governo Bolsonaro ou a postura do presidente é livre para fazê-lo, e é legítimo que o façam numa democracia. O que estamos vendo, porém, é algo bem diferente disso. Estão tratando Bolsonaro como se fosse o próprio vírus chinês. Estão o colocando no rol dos piores tiranos genocidas do planeta, como se ele fosse Hitler, Stalin, Mao ou Fidel Castro. E isso enquanto normalmente defendem esses tiranos, ao menos os comunistas!

Tudo que podemos fazer numa hora dessas, além de expor a hipocrisia de seus discursos "humanitários", é rezar por suas almas. Essas pessoas devem ser muito infelizes, com vidas bem medíocres e vazias, para destilar tanto veneno e ódio assim...

Rodrigo Constantino, colunista -  Gazeta do Povo -VOZES 

 

domingo, 13 de junho de 2021

Cidadão! sua preocupação, baseada em interpretações criativas, tendenciosas, expressa apenas um protesto vazio e inútil

Excelentíssimos Senhores Oficiais-Generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica

Dirijo-me respeitosamente a Vossas Excelências para expressar as preocupações de um cidadão com o quadro político que, dia após dia, se vem delineando em nosso país.

Indo direto ao ponto, hoje, 12 de junho de 2021, em São Paulo, assistimos perplexos a mais uma arruaça encenada pelo Exmo. Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

Não me parece necessário, mas permito-me ressaltar que tais manifestações vão do grotesco ao extremamente arriscado, violando de maneira flagrante as disposições constitucionais e as expectativas que balizam o processo sucessório e o exercício do poder presidencial.

(.........) 

[Não transcrevemos toda a matéria por ser apenas o desabafo de mais um inconformado com a eleição em2018, do CIDADÃO brasileiro, JAIR MESSIAS BOLSONARO, Presidente da República Federativa do Brasil - o mais alto cargo do Brasil  - com quase 60.000.000 de votos. 
Com ótimas perspectivas de ser reeleito em 2022.
Em um trecho o Cidadão diz : "... Vossas Excelências, o Legislativo, o Judiciário e todos nós, cidadãos, precisamos estar atentos aos desmandos que se sucedem, mantendo-nos preparados para detê-los antes que seja tarde demais. ..." 
Nas entrelinhas o Cidadão propõe que os desmandos que diz estão se sucedendo precisam ser detidos, o que motiva perguntar: 
- quais desmandos? 
- quem irá detê-los e como? 
- será que pretende usar o já surrado argumento de preservar a Constituição e a Democracia e, para tanto, cassar os direitos democráticos e constitucionais dos cidadãos que concederam ao Presidente a expressiva votação? ]

São Paulo, 12.06.21
Bolívar Lamounier
Cidadão

OBSERVAÇÃO: linkamos para a Wikipédia por ser o mais disponível.


sexta-feira, 14 de maio de 2021

Bolsonaro chama Renan de 'vagabundo' e diz que CPI da Covid comete 'crime' - O Globo

Presidente participou de evento em Alagoas, estado natal do senador, ao lado de adversários locais dele, como Lira e Collor; Renan rebate apontando o número de mortos por Covid: 428.256 

O presidente Jair Bolsonaro participa de evento em Maceió, ao lado de Fernando Collor e Arthur Lira Foto: Alan Santos/Presidência
O presidente Jair Bolsonaro participa de evento em Maceió, ao lado de Fernando Collor e Arthur Lira Foto: Alan Santos/Presidência
O presidente Jair Bolsonaro chamou o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), de "vagabundo" — termo que já havia sido utilizado na véspera pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) — e disse que a comissão comete um "crime", sem dizer qual.

A declaração ocorreu durante evento na manhã desta quinta-feira em Maceió (AL), estado natal de Renan. Bolsonaro estava acompanhado de dois adversários locais do senador: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Fernando Collor (PROS-AL). — Não vai ser fácil. Sempre tem alguém picareta, vagabundo, querendo atrapalhar o trabalho daqueles que produzem. Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem em nosso país. É um crime o que vem acontecendo nessa CPI — discursou Bolsonaro. 

Apesar de não ter citado o nome de Renan, o presidente repetiu o mesmo termo que seu filho Flávio usou contra o relator na quarta-feira, após Renan pedir a prisão do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten durante seu depoimento à CPI.  O governador de Alagoas, Renan Filho, é filho de Renan Calheiros. Ao GLOBO, ele disse que não foi convidado para as agendas de Bolsonaro desta quinta o presidente tem três compromissos no estado.

No primeira agenda, uma entrega de casas, a plateia gritou diversas vezes "Renan Vagabundo" e "Fora Renan". Bolsonaro fez gestos de incentivo aos gritos. O presidente também disse que Renan faz um "show" na CPI quando a intenção é de lhe "derrubar", mas disse que a tentativa não terá efeito: — O recado que eu tenho para esse indivíduo: se quer fazer um show para me derrubar, não fará. Somente Deus me tira daquela cadeira.

Antes do discurso de Bolsonaro, Renan já havia dito, na sessão desta quinta da CPI, que o presidente fez uma "provocação" ao viajar para Alagoas:Hoje mesmo o presidente da República foi a Alagoas inaugurar obras estaduais, numa evidente provocação a esta Comissão Parlamentar de Inquérito. A resposta a essas ofensas é aprofundar a investigação.[os ocupantes de cargos públicos estivessem sujeitos a um RECALL, o senhor Calheiros, relator da CPI  COVID-19  já teria sido substituído por, no mínimo, incompetência e perda de objeto.
O senador conseguiu que seu nome fosse imposto como relator com um único objetivo: derrubar o presidente Bolsonaro.

Só que lhe faltou noção de realidade o que impediu perceber que  Bolsonaro NÃO COMETEU NENHUM CRIME que justifique seu afastamento, a qualquer título ou pretexto.

O presidente pode,  até por sua condição de politico, de apreciar falar em excesso,  ter efetuado comentários, expressado opiniões, contra ou a favor de determinados procedimentos, medicamentos, só que tal conduta não constitui crime.

Alegam alguns inimigos do presidente que houve atrasos na compra das vacinas, só que ciscam, ciscam, caluniam, e nada provam.  

Até  o mais principiante dos advogados tem consciência que é SIMPLES DE PROVAR se houve algum ato do presidente da República que tenha de alguma forma retardado a compra/disponibilidade das vacinas. 

Basta que o senhor Calheiros, e outros adversários do capitão, incluindo  aquele senador do Acre, comprovem - não com interpretação da mídia militante e sim com documentos:

prova da data em que ocorreu a primeira oferta da(s) farmacêutica(s) - lógico que VACINA EXISTENTE, devidamente TESTADA, APROVADA pela Anvisa, pela FDA, ou órgão com credibilidade equivalente;

- comprovação de que o documento foi recebido por autoridades brasileiras;

- comprovação, claro que com data, da resposta apresentada pelo Brasil, com seu inteiro teor.

SIMPLES.

O que atrapalha os inimigos do Brasil = inimigos do presidente Bolsonaro + arautos do pessimismo + adeptos do 'quanto pior, melhor' + os traidores da Pátria - é QUE NÃO APARECEM TAIS DOCUMENTOS.

A primeira versão de um imunizante contra a Covid-19 foi apresentado em meados de 2020, versão experimental, que não foi submetida a nenhum tipo de teste.

Qual a autoridade de qualquer  país que iria comprar um produto ainda 'sendo inventado, descoberto'? NENHUMA. 

O exemplo da Rússia, com a Sputinik V,  é de uma clareza que inocenta Bolsonaro e qualquer outro governante que venha a ser acusado de retardar a compra de vacinas contra a covid-19.(até o presente momento, maio 2021,  a Sputinik não conseguiu ser aprovada no Brasil, pela Anvisa, ou por instituição equivalente de credibilidade - POR SORTE, o presidente Bolsonaro, que não cede a pressões, não tem medo de cara feia, NÃO ACEITOU comprar a vacina russa nas condições ofertadas naquela época.

Apesar do anúncio do Putin  em agosto 2020 da descoberta por seu país da primeira vacina e a China apresentou o seu imunizante na mesma época. O Reino Unido aprovou meses depois e iniciou a vacinação em  DEZEMBRO 2020 - o Brasil iniciou a vacinação em 17 de janeiro.

A Pfizer,  laboratório que goza de grande conceito, até hoje anda na marcha lenta em termos de vacinação. Sem esquecer que a produção, por qualquer farmacêutica,  ainda não alcançou um ritmo que garante continuidade.

Senhores membros da CPI, por favor PROVEM que o presidente Bolsonaro recusou oferta de imunizante devidamente aprovado - vale já em meados de 2020 - e então tentem processá-lo.

Não sendo possível provar, sugerimos:
- comecem a investigar a roubalheira dos recursos públicos destinados ao combate da Covid-19 - investigar se ocorreu  roubalheira, desvio de recursos públicos razão principal da criação da CPI; comecem pelas 'autoridades locais' e quando a coisa apertar elas vão começar a 'cantar' e outras 'autoridades maiores' surgirão.
- se fracassarem nas investigações, ou a queda de cabeças coroadas desaconselharem a continuidade do processo investigatório, pedimos permissão para apresentar aos senhores, diante do fracasso em ferrar Bolsonaro,  a sugestão, minorada, que conhecido jornalista apresentou ao presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO. O jornalista sugeriu o SUICÍDIO, nós sugerimos aos senhores a RENÚNCIA e que fechem  a CPI do Covidão = o órgão que não cumpre a função para a qual foi criado deve ser EXTINTO.
 
Paramos por aqui. Já estamos de 'saco cheio' desse chove não molha, de perguntas e exigências absurdas.
 
O pior para os membros da CPI é que o POVO BRASILEIRO vai lembrar de tudo,   quando durante a campanha para a reeleição do 'capitão' todas as mancadas do relator, do presidente da CPI  e outros membros da Covidão vierem à tona, forem devidamente lembradas com destaque.
Boa sorte ao Mandetta nos seus estudos sobre o 'jogo de sinuca'.]
 

G 1


domingo, 2 de dezembro de 2018

"Por um novo Brasil"

Para transformar algo é preciso, em primeiro lugar, vontade. Depois vêm o planejamento, a definição de prioridades e a criação das condições. Por último, devem-se colocar em prática os diferenciais que levarão à mudança efetivamente. É a ordem natural das coisas, assim se escreve a história. E é assim que o Brasil pode e vai se transformar no país que os brasileiros querem.  No mundo político, poucos imaginaram que o chefe da nação seria um homem sem uma gama de partidos coligados, sem tempo de propaganda na TV e sem os vultosos recursos característicos das campanhas presidenciais das últimas décadas. Mas quem entendeu o que aconteceu neste país de 2013 para cá compreende por que Jair Messias Bolsonaro foi escolhido como o fiel depositário da esperança dos brasileiros. 

Colocar as pessoas em primeiro lugar é a prioridade do governo que, a partir de 1º de janeiro de 2019, assumirá desafios para a transformação que os brasileiros esperam ver em seu país. Essa mudança é uma exigência de quem sofre as consequências de governos que não tiveram compromisso com as pessoas; e sim, apenas com o projeto de poder.  Saem de cena os projetos mirabolantes, o toma lá dá cá como base de sustentação, o discurso "politicamente correto" (era apenas o discurso), as relações nebulosas e o financiamento de ditaduras ideologicamente alinhadas, as ilusões irresponsavelmente vendidas como grandes soluções e a concentração de poder e recursos em Brasília, enquanto governos estaduais e prefeituras nem sequer conseguem pagar os salários dos servidores. Um enredo de incompetência, mentiras e amarras ideológicas que levou o Brasil a uma crise sem precedentes. 
Temos milhões de pessoas desempregadas, empresários fechando as portas por não suportar a carga de taxas e impostos, infraestrutura deficiente e insuficiente.
Além disso, a insegurança é crescente, fomentada em muito pela inversão de valores promovida pelos governos de esquerda, em que forças de segurança são criminalizadas e bandidos romantizados, enquanto a violência bate à porta de qualquer um, em qualquer lugar deste país.  Há também os preocupantes índices que revelam a desatenção com a educação básica; a precariedade no atendimento de saúde; e, claro, não podemos esquecer as tentativas constantes dos que querem tornar menores ou insignificantes valores tão caros à sociedade brasileira, como, por exemplo, a família.

Temos, agora, a oportunidade de deixar tudo isso no passado, desamarrar o país e transformar o futuro. Chegou a hora da verdadeira mudança. O povo brasileiro fez a sua escolha, e a verdade assume o protagonismo. Foi ela quem aproximou os agentes da mudança. A verdade presente no discurso do então parlamentar Bolsonaro e nas aspirações de todos que se juntaram ao projeto.   O plano de governo entregue no registro da candidatura deixou bem claro desafios e prioridades, no resultado das eleições e na primeira manifestação do presidente eleito aos seus cidadãos: a verdade nos trouxe até aqui e será o fio condutor da mudança. Com ela sempre presente nas relações entre o governo e seus cidadãos, Poderes constituídos e entes federados, será possível enfrentar e vencer os muitos problemas do Brasil. 

Essa relação franca entre governo e população estabelecerá um novo caminho, pelo qual a nação será informada dos porquês de algumas mudanças, como a tributária e a  previdenciária, e da necessidade latente de elas serem implementadas.  Jair Bolsonaro foi eleito para promover e liderar o encontro da expectativa da população brasileira com a transformação do país. 2018 entra para a história como o ano em que o povo brasileiro e o governo por ele escolhido almejaram a mesma coisa: resgatar princípios e valores, colocando o Brasil no seu devido lugar, transformando-o num grande país, com uma grande nação verdadeiramente livre e democrática.

Onyx Lorenzoni, deputado federal e Ministro Extraordinário chefe da equipe de transição futuro Governo Jair Bolsonaro 
Folha de S. Paulo 
 

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Bolsonaro, o homem e seu tempo

Jair Messias Bolsonaro, o 38º presidente do Brasil, é o homem que captou o espírito do seu tempo, aquilo que os cientistas passaram a resumir na expressão alemã “Zeitgeist” para refletir as manifestações intelectuais, políticas e culturais de uma determinada época e geração. Bolsonaro parece ter entendido, como poucos candidatos, o clima de expectativas e necessidades dos eleitores que foram às urnas. Venceu contrariando todas as previsões, no bojo de um partido nanico, sem campanha, sem tempo de TV, sem alianças partidárias representativas, com parcos recursos e uma massa de opositores que se mantém numerosa. Há pouco mais de um ano, quando iniciou a caminhada, ninguém enxergaria qualquer chance nessa candidatura.

Quando tentou, pouco antes, a presidência da Câmara dos Deputados contra Rodrigo Maia, do DEM, obteve meros quatro votos dos parlamentares. Tinha dificuldades para encontrar uma legenda que o abrigasse e até mesmo um nome a vice. Era tido como personagem pitoresco, movido a arroubos radicais. Um xenófobo, homofóbico e racista de carteirinha, que abominava as liberdades de gênero e opinião, com um temperamento provocador, instigando emoções extremas. Bolsonaro erigiu, mesmo assim, um personagem sob medida para uso eleitoral nesse escrutínio. Caiu nas graças do povo, tendo como reflexo mais de 57 milhões de votos – feito extraordinário para quem mal havia emplacado meia dúzia de projetos de lei na longa temporada de quase 30 anos e sete mandatos no Congresso. No fundo, no fundo, Bolsonaro surfou a onda de um sentimento difuso da população, misturando medo e esperança, desencanto e rebeldia. No Brasil, como de resto em boa parte do mundo, há uma espécie de histeria conservadora que impacta a vida das pessoas e coloca de ponta-cabeça comportamentos e princípios, resvalando no retrocesso.

O capitão reformado despontou por encarnar esses valores. A evangelização do moralismo entrou na ordem do dia. Não é difícil encontrar quem aposte em transformações concretas na rotina dos brasileiros por conta dessa ascensão da ultradireita por aqui. Nas escolas, livros didáticos podem ser revistos e o hábito, superado faz tempo, de cantar o Hino Nacional antes das aulas pode voltar a vigorar. [bons tempos aquele; a prática despertava o PATRIOTISMO em milhões de jovens brasileiros;
Até alguns meses atrás, sob as ideias comunistas da esquerda, a frente o lulopetismo, quartel do Corpo de Bombeiros Militar do DF, chegou ao absurdo de por vários dias não hastear a Bandeira Nacional no pátio da unidade. 
Os Estados Unidos é a potência que é por cultivar valores patrióticos, entre eles ser comum naquele país a Bandeira Nacional na frente de residências - exposta e respeitada.]
Na TV, programas de cunho erótico-sexual já começam a sofrer com o fenômeno da baixa audiência. [essa semana, decidi assistir a programação do inicio da noite de uma rede de TV;
em uma novela foi exibido um trecho que valorizava, divulgava,  fazendo verdadeira apologia, o lesbianismo entre duas personagens; 
no programa seguinte foi destacado o perdão de uma personagem ao pai pedófilo que a maltratava quando criança e dado algumas 'dicas' sobre como um homossexual deve revelar aos seus familiares ser portador do homossexualismo;   
para fechar as 'aulas' entrou um outro programa divulgando o sexo, pretendendo dar aulas sobre práticas sexuais, com destaque para as aberrações.]
 Nas ruas, o patriotismo virou moda. Sinal de “novos” velhos tempos. Nos idos de 60, o então presidente Jânio Quadros, tido como um delegado de costumes, celebrizou-se não apenas pela vassoura na mão a varrer corruptos como também por proibir o biquíni na praia e multar apostadores do jogo de bicho e das corridas de cavalo. Queria uma faxina do que encarava como maus costumes, tal qual Bolsonaro tenta hoje. 

Amparado por militares e religiosos, que deram esteio a sua campanha com o viés nacionalista do “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, Bolsonaro se converteu no terceiro presidente dos quadros do exército eleito diretamente pelas urnas. Antes dele, Hermes da Fonseca, ainda na infante República, fez uma gestão marcada pela ocupação dos estados federativos com a missão de combater oligarquias. Eurico Gaspar Dutra, em meados do século passado, que havia montado trincheira de resistência ao Tenentismo – a célebre rebelião de oficiais que saíram em marcha dos quartéis para protestar contra as práticas políticas correntes nos anos 20 –, proibiu o comunismo e mandou intervir nos sindicatos. Essas experiências, um tanto usurpadoras de direitos individuais, sobranceiramente autoritárias, acendem o sinal de alerta sobre eventuais desvios de conduta do futuro mandatário. A partidarização da caserna, seja no Brasil ou em outros países – majoritariamente terceiro-mundistas –, não produziu até aqui exemplos engrandecedores. Ao contrário. Para ficar em um único caso, a Venezuela do comandante Hugo Chaves é o retrato triste da degradação social que essa combinação pode provocar. 

Na teoria pura do Estado, assim como em uma república é imprescindível e inerente a tripartição dos poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) é incompatível a um membro das Forças Armadas, que têm de zelar por tal tripartição, integrar um desses poderes. Salvo na situação do postulante de farda seguir para a reserva antes de almejar qualquer cargo eletivo. Mesmo nessas circunstâncias, como é a de Bolsonaro, a mistura pode ser uma aventura perigosa. A partidarização dos quartéis flerta com a quebra da ordem e da hierarquia, confunde poder originário e derivado e, quase sempre, descamba para a anarquia. O indivíduo talhado no ambiente de rigidez e disciplina dos quartéis, com o apoio das armas, pode se ver seduzido pelo poder desproporcional que o voto e o clamor das ruas lhe entregam e usar indevidamente a soma desses instrumentos.

Está marcado na história, às vezes até em forma de golpes de Estado. Mesmo a “Quartelada”, que levou a derrubada da monarquia e a proclamação da República, traz em seu ímpeto original uma rebelião contra a ordem constituída.  O presidente Bolsonaro, nos novos tempos que se descortinam, precisa dar demonstrações cabais de que vai respeitar as instituições e os ditames da Carta Magna. Necessita de uma vez por todas perceber que há uma grande diferença entre fazer campanha e administrar um país, com as complexidades, diferenças regionais e de pensamento do Brasil. Que o futuro chefe da Nação desça do palanque em paz para governar para todos. Sem rancores ou perseguições indevidas, movido pelo sentimento de verdadeiro estadista que sabe não corresponder ao desejo da maioria, mas que se esforçará para atender aos anseios gerais.

Ele terá de encontrar, pela natureza do posto onde não cabem inspirações tirânicas, novas formas de conciliação e proximidade com o universo ideológico que não compartilha de suas ideias e exprime ainda medo e desencanto. O candidato que catequizou fiéis e foi chamado de “mito” por alguns está devendo grandeza de espírito especialmente quando repudia a crítica.  Soaram mal suas ameaças ao jornal Folha de S. Paulo que, de mais a mais, exerceu a função profícua da liberdade de expressão, pilar da cidadania. 

Acompanhar, debater e fiscalizar os poderes são missões inerentes à imprensa responsável e qualquer mandatário precisa saber conviver com o contraditório desse ou de outros setores da sociedade. Nas retóricas oportunistas, cruamente sinceras, Bolsonaro já afrontou instituições, direitos humanos e o próprio sufrágio que legitimou a sua vitória. Antes de assumir, deve virar a página, modelar o discurso e as práticas. Até por que não recebeu um cheque em branco para governar. Continuará sob o olhar crítico e independente, sem trégua, de todos os guardiões nacionais que, como ele (assim esperamos), zelam pela nossa democracia.

Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três - IstoÉ
 

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Bolsonaro escolhe Celso de Mello para enviar uma carta; ministro já pensou em antecipar saída do Supremo antes dos 75 anos, em 2020

O presidenciável Jair Bolsonaro enviou uma carta ao ministro Celso de Mello, decano da corte. Segue a íntegra:
“Exmo. Sr. Dr.
Ministro Celso de Mello E.m.
  Senhor Ministro, Tomo a liberdade de encaminhar esta carta à Vossa Excelência, diante do noticiário recente. É meu dever, como cidadão, manifestar meu apreço por Vossa Excelência, seja pela conduta impecável no exercício de jurisdição, seja pela forma ponderada como sempre se manifesta ao público.
  Quero, por escrito, deixar claro que manifestações mais emocionais, ocorridas nestes últimos tempos, se mostram fruto da angústia e das ameaças sofridas neste processo eleitoral. O Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição e todos temos de prestigiar a Corte.
  Cordialmente, Jair Messias Bolsonaro.”

O presidente da Corte é Dias Toffoli, não Celso de Mello, que é o decano, condição que não é lembrada na carta. Por que a Celso e não a outros ministros que também se manifestaram? Pode ter a ver com o fato de que Celso faz 75 anos em 2020 e tem de deixar a Corte, abrindo espaço para Bolsonaro fazer uma das duas indicações num mandato de quatro anos. A outra ocorrerá em 2021, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.  

Talvez Bolsonaro tenha se lembrado de que Celso já pensou várias vezes em se aposentar. Se o fizesse ainda neste ano, abriria caminho para Michel Temer fazer a indicação. Não consta que o ministro pense em deixar a Corte já. Apenas contextualizo a escolha feita por Bolsonaro, que, como se nota, embute uma avaliação do trabalho do ministro em trecho tão curto. Ademais, em julho, quando Eduardo Bolsonaro falou em fechar o Supremo, que ameaça havia? Não consta que a candidatura estivesse na mira de juízes do Supremo, certo?



[LEMBRETE OPORTUNO: quem vota continua sendo o eleitor.]

sábado, 12 de maio de 2018

A ordem era matar [se e quando necessário para erradicar o covarde terrorismo da esquerda]

Por interesses próprios e da ditadura, Ernesto Geisel combateu os “porões” do regime. Mas autorizou a “execução sumária” de opositores como política de Estado [Geisel fez o necessário para impedir que subversivos e terroristas assassinassem covardemente PESSOAS DE BEM, explodissem bombas matando inocentes e tornassem o Brasil um satélite da URSS.]

Há tempo é sabido que os porões da ditadura militar mataram sob tortura opositores do regime durante o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979). Em São Paulo, por exemplo, na masmorra do DOI-Codi morreram o tenente José Ferreira de Almeida, em agosto de 1975, o jornalista Vladimir Herzog, dois meses depois, e o metalúrgico Manoel Fiel Filho, em janeiro do ano seguinte. Todos pertenciam ao Partido Comunista Brasileiro. Contra esses assassinatos Geisel se insurgiu, porque se tratava de uma estratégia de alas do Exército, Aeronáutica e Marinha para desestabilizá-lo — seria outro “golpe dentro do golpe de 1964”, visando a endurecer ainda mais o sistema autoritário. A discordância de Geisel ficou patente quando ele exonerou pessoalmente o general Ednardo D’Avila Mello, comandante do II Exército, em São Paulo. Isso está longe, no entanto, de transformá-lo em um militar de linha branda, como alguns historiadores o definem. Era pura tática de sobrevivência política.

O que ocorria, àquela altura do regime de exceção, era o seguinte: a ditadura já começava a cair de podre, no campo político, e era inevitável, portanto, dar início a uma fase de “abertura lenta, gradual e segura”, assim desenhada pelo general Golbery do Couto e Silva. Para que isso ocorresse, os porões tinham de parar de funcionar. Por outro lado, era necessário eliminar os adversários que, segundo a ditadura, eram perigosos”. Na semana passada, a divulgação de um inédito documento da CIA, elaborado a pedido do Departamento de Estado americano, mostra que Ernesto Geisel deu sequência a uma política de Estado fascista e criminosa: a “execução sumária” dos guerrilheiros que ainda restavam no País, após a barbárie promovida por seu antecessor, Emílio Garrastazu Médici, que comandou o período mais duro da repressão nos anos de chumbo. [as ações de combate ao terrorismo comandadas pelo general Médici  foram necessárias e felizmente antecedidas por decisão do marechal Costa e Silva com a promulgação do AI-5.
Seria ilógico e improdutivo iniciar o processo de abertura sem a necessária limpeza. Até mesmo um prédio quando vai ser aberto ao público precisa ser adequadamente limpo.
Não se pode olvidar que era uma guerra em que um lado lutava no 'estrito cumprimento do DEVER LEGAL', mostrando o rosto e usando farda, enquanto o outro lutava a margem das leis, agindo covardemente e privilegiando produzir vítimas inocentes e indefesas e tudo para entregar o Brasil - e a liberdade dos brasileiros - ao comunismo.] O memorando da CIA ainda mantém dois parágrafos tarjados e é assinado por William Colby, a sua mais alta autoridade na época. De acordo com tal documento, logo após a posse de Geisel na Presidência da República, em março de 1974, houve uma sombria e mórbida reunião.

Nela, os generais João Baptista Figueiredo, Milton Tavares e Confúcio Danton expuseram a necessidade de se continuar com a tática de “execução sumária” daqueles que eram considerados subversivos e informaram que cento e quatro pessoas haviam sido executadas no última ano da gestão de Médici. Geisel respondeu que “pensaria no final de semana sobre o assunto”. Pensou. Horror. Deu então o seu aval ao extermínio, acrescentando que era preciso “cuidado” para que fossem assassinados somente “os subversivos perigosos” (como se houvesse algum oponente que a ditadura, com argumentos absurdos  e tirânicos, não rotulasse como de alta periculosidade.) [certamente a aqui chamada ditadura considerava perigosos os subversivos que assassinavam inocentes, explodiam bombas (Aeroporto de Guararapes é um irrefutável exemplo da covardia e credulidade dos chamados subversivos.), sequestravam assaltavam e outros crimes mais.]  Mais: Geisel estabeleceu que Figueiredo (que seria o último ditador do regime) era quem teria de dar a sentença de morte.
“Trata-se do documento mais perturbador que já li em décadas de pesquisa”, diz Matias Spektor, professor da Fundação Getúlio Vargas e responsável pela divulgação do documento nas redes sociais (estava disponibilizado pelos EUA desde 2015 mas somente agora foi revelado).
“É chocante saber que a cúpula do governo não somente sabia das execuções como as transportou para dentro do Palácio do Planalto”. De fato é chocante. Mas serve de base para que os brasileiros que hoje defendem a volta de um regime autoritário e totalitário pensem mil vezes no assunto. E mudem de ideia. [o mais curioso é que só agora quando os militares devido ao estado de CAOS que o Brasil está atravessando - causado pelos dois últimos presidentes, ambos de esquerda - tem se manifestado, ainda que de forma discreta,  pelo restabelecimento da ordem e o fato que o deputado federal JAIR MESSIAS BOLSONARO, capitão do Exército Brasileiro, lidera as pesquisas para presidente da República.

A conjunção desses dois fatores traz assunto ultrapassado - devidamente anistiado,  inclusive os que explodiam bombas (entre eles Diógenes do PT), outro assassino confesso, Carlos Eugênio da Paz - veja vídeo -  além de anistiados foram indenizados e pensionados - e sem nenhuma finalidade prática (exceto tentar - tentativa fadada ao fracasso - impedir a vitória de Bolsonaro) tendo em conta que os crimes (óbvio que os havidos e provados) estão anistiados (o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra {HERÓI NACIONAL}e  o preferido pelos acusadores de supostos torturadores - qualquer boato de tortura e o Coronel Ustra era acusado (mesmo assim nunca foi condenado)  faleceu em 2015, portanto seus atos estão fora do alcance da Justiça terrena, sujeitos apenas à JUSTIÇA DIVINA, situação em que se encontra todos os presidentes do Brasil durante o Governo Militar) portanto, legalmente esquecidos e insuscetíveis de qualquer medida.

Restam dois um objetivo,  já citados: calar os militares desestimulando-os a como cidadãos brasileiros a se manifestarem sobre a bagunça generalizada que domina nossa Pátria e atrapalhar a candidatura vitoriosa de JAIR  BOLSONARO.
Um detalhe que tem sido esquecido é que a CIA por ser uma agência de informação é também de desinformação e o conteúdo de um documento dela originário não é necessariamente uma verdade.]


IstoÉ

terça-feira, 1 de maio de 2018

O gabinete do capitão Bolsonaro

Líder nas intenções de voto ao Planalto num cenário sem Lula, o candidato do PSL já definiu seus ministros e vai anunciá-los em setembro para que os eleitores “votem no time

Jair Messias Bolsonaro esperava em pé em frente à porta de um restaurante no aeroporto Santos Dumont, no Rio, dez minutos antes do combinado. De terno azul-escuro, brochinho de deputado na lapela, ele tomaria um avião para Brasília dali a duas horas. Estava às voltas com uma extensa agenda de eventos e efemérides, que fizeram com que começasse a matar as sessões do Congresso. No total, quadruplicou o números de faltas. Foram 16 delas sem apresentar justificativa. “Vou tirar licença”, disse.

>> A ponte com o Planalto


Estava acompanhado de um assessor, Valdir Ferraz, que cuida de sua agenda e o acompanha em viagens. Também de dois assistentes que seguravam bolsas e pastas. O local ainda estava fechado ao público, e o grupo se instalou em poltronas de couro em frente ao bar, de costas para uma deslumbrante vista da Baía de Guanabara. Ele começou a conversa elucubrando sobre o que aconteceria se ele tivesse chamado a pré-candidata da Rede, Marina Silva, de hienacomo ela havia feito com ele na véspera no programa Pânico na TV. “Se é eu falando, ofendeu as mulheres do Brasil”, afirmou com essas exatas palavras. Depois, criticou a imprensa que, segundo ele, só lhe dá “porrada”. Listou dois ou três casos de quando publicam fotos suas ao lado de outros políticos que atualmente estão presos “só para sacanear”. E se dirigiu à única pessoa que conhecera minutos antes. “Se quiser me dar pancada, pode dar.”

>> O STF e a ditadura

De acordo com o Datafolha, Bolsonaro está no topo da corrida eleitoral na simulação sem o nome do ex-presidente Lula. O parlamentar alcança 17% das intenções de voto, seguido de perto pela ex-senadora Marina Silva (REDE), que oscila entre os percentuais de 15% e 16%, dependendo do cenário analisado.  Nas sondagens sobre o segundo turno também sem Lula, os indicadores tornam amarga a situação bolsonariana. Segundo o instituto de pesquisa, ele perderia para Marina e para o ex-governador Geraldo Alckmin, e estaria empatado com Ciro Gomes (PDT).   “Já tenho metade do ministério escolhido”, contou. Não à toa. Em setembro, um mês antes do pleito, promete divulgar o nome de todos os ministros para que os eleitores votem não apenas nele — mas no conjunto de pessoas que, segundo diz, governará a seu lado. “Eu falo com humildade que não entendo porra nenhuma de economia e me dão pau”, afirmou. “Mas vou ter o Paulo Guedes, que entende muito. Não sou só eu governando.” O economista está acertado como seu ministro da Fazenda.

O general Augusto Heleno, que ficou famoso como comandante militar da missão de estabilização da ONU no Haiti, é quem vai apontar o dono da pasta da Defesa. “Ele vai indicar o quatro estrelas. Não vou falar se vai ser da Marinha ou do Exército para não criar ciúme.”  Para a Ciência e Tecnologia, Bolsonaro escolheu o tenente-coronel da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes, o primeiro e único astronauta brasileiro. Em 2014, saiu candidato a deputado federal de São Paulo pelo PSB, mas obteve apenas 43 mil votos. “Está me ajudando demais. Ele mesmo me procurou querendo colaborar.” Na opinião de Bolsonaro, o perfil do astronauta é ideal para o cargo. “Ele continua na ativa, NASA, é pesquisador, é empreendedor.”

As portas do restaurante foram abertas aos clientes. Dois funcionários de andar eficiente cumprimentaram o candidato, que acenou de longe quase num gesto de continência. “Você sabe quem é o ministro da Ciência e Tecnologia hoje?”, ele perguntou aos interlocutores, que estavam debruçados sobre uma pequena mesinha de madeira para ouvir melhor o candidato. “Ninguém sabe. É o Kassab, que não entende nem de lei da gravidade nem de gravidez.” Houve risos. E ele passou a discorrer sobre o absurdo de haver quadros inapropriados e neófitos para tocar importantes temas brasileiros.

Na Educação, ele acha que o deputado gaúcho Onyx Lorenzoni, do DEM, é um “coringa do governo” que pode se encaixar bem ao perfil da pasta. “Tem de ser alguém que chegue com um lança-chama e toque fogo no Paulo Freire”, disse em referência ao educador pernambucano, que revolucionou o ensino nacional. Ao notar um desconforto geral, apressou-se: “É linguagem figurada, linguagem figurada!” Ajeitou o paletó e disse: “Esse método deu errado, tem de acabar com isso. Tem que voltar a pôr tabuada na régua do filho”.

Dos 30 ministérios, ele manteria cerca de metade. Segurança Pública? Acha um assunto fácil de resolver, que não necessita uma pasta específica. “Não é tão complexo”, disse olhando para um dos jornalistas presentes. “Se você erra, escreve uma besteira, não vai preso. O policial erra, vai pra cadeia. Tem de ter retaguarda jurídica.” Em sua ampla opinião, a falta é de autoridade.

Igualdade Racial e Direitos Humanos? “Dá logo uma foiçada nisso e transforma tudo em secretaria”, disse. O mesmo vai fazer com a Cultura. “Tem que valorizar a cultura para quem está começando, não para Cirque du Soleil”, comentou. [Secretaria é ainda um exagero para assuntos sem importância. Cultura pode voltar para o Ministério da Educação, retornando o MEC.
Já as outras duas podem perfeitamente ser subsecretaria de alguma Secretaria que tenha espaço para recebê-las.
São sem importância e é fácil perceber que quanto mais os 'direitos humanos' aumentam mais a impunidade e a criminalidade crescem.]
Na Saúde, ele já tem um favorito, mas disse que não poderia mencioná-lo “porque prejudicaria” a posição do sujeito. Um de seus interlocutores é o deputado Luiz Henrique Mandetta, do DEM do Mato Grosso do Sul, onde já foi secretário de Saúde.  De Mandetta, ele absorveu algumas experiências. Por exemplo, que seria possível diminuir em até 70% o número de prematuros que precisam de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva que custam, em média, R$ 5.000 por dia. Com uma retórica apressada, ele deu como exemplo o caso de uma mulher que vai fazer pré-natal, mas que, se fosse encaminhada também ao dentista, evitaria gastos futuros com doenças bucais. “Tem que ter prevenção! É como na fronteira onde o tenente ensina o soldado a escovar o dente, a lavar o bumbum”, explicou.

E soltou um dado estatístico singular: que, no Brasil, 1.000 pessoas tinham o pênis mutilado por causa de falta de higiene. “Nós, homens, somos relaxados. Mulher não. Tá sempre se limpando. Nós, homens, jogamos uma cerveja no piu-piu e tá limpo. Isso é o que o povo faz”, disse. Quando um dos presentes observou jamais ter ouvido falar de tal hábito, ele se virou para o assessor como se buscasse apoio moral. “É verdade. Você joga uma pinga, um álcool. Vai ver no fronteirão do Brasil como é.” O dado sobre as amputações penianas é real e foi publicado pela revista Galileu, em novembro do ano passado.

O assunto resvalou para o Ministério das Relações Exteriores, ninguém sabe como. Foi quando ele relatou uma recente incursão pelo mundo da diplomacia. Fora convidado para um almoço oferecido pelo embaixador da Espanha com outros 15 diplomatas. Sentou-se ao lado do embaixador italiano e cochichou em seu ouvido: “Ano que vem vou te dar um presente”. Quando o outro quis saber o que era, ele disse: “O Battisti (que ele pronunciou como oxítona). Já tem bandido demais aqui”. Depois disse que teve “um pequeno atrito” com o embaixador equatoriano quando ele argumentou que era absurdo o Brasil importar banana do país.

Um rapaz se aproximou da mesa e ofereceu água ao grupo. Ele não quis. O nome do chefe do Itamaraty também vai ser mantido em sigilo. “Se eu falar, o cara vai levar pancada e é capaz de ser mandado para Burúndia.” Em tom de confidência, ele disse ser prudente checar “se não é fake news”, mas que leu contrariado que a última turma de formandos no Instituto Rio Branco havia homenageado a “Marilene” (queria dizer a vereadora Marielle Franco, do PSOL, assassinada há quase dois meses num crime ainda sem solução). “Pelamor de Deus, cara, pelamor. Aquilo foi absurdo”, rangiu.

Quando se trata de Esportes, ele ouve o ex-nadador carioca Luiz Lima — que já foi secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte e pediu demissão no ano passado, durante a gestão de Leonardo Picciani, alegando “razões pessoais”. Ainda que ninguém perguntasse, ele continuou a dar pistas sobre seu futuro gabinete. “Pra que Ministério das Cidades?”, disse. “Pega o dinheiro e manda para um prefeito em Resende, e ele se vira, cara.”

A conversa se voltou novamente para Paulo Guedes, o nome mais vistoso de seu futuro ministério. Ele contou que o economista estava trabalhando, havia dois anos, numa possível candidatura do apresentador Luciano Huck. “Eles já tinham cheirado que vinha um outsider”, disse. Quando o projeto Huck foi abortado, Guedes, segundo contou, procurou-o. Já no primeiro encontro, ele disse ter sido muito franco com o economista. “Olhei para ele e falei: ‘Que que tu viu em mim?’”, afirmou nessas exatas palavras dando uma gargalhada. “Porque eu não sou nada, cara, tô mentindo? Sou nada!”, disse replicando o diálogo passado.

Segundo ele, Guedes riu, contou também ter cursado o Colégio Militar, falou que passou dos 60, “tava no lucro” e que queria fazer algo para o Brasil. “Ele quer estar comigo porque sou de confiança. É igual casamento”, disse. Mais uma vez, valeu-se de exemplos de seu entorno para ilustrar seu pensamento. “É que nem um deputado que conheço que casou com uma prostituta. É daqui para a frente, porra. Zerou o passado, lavou, tá novo.” Depois, citou o caso de Jordi, um ex-travesti que havia feito dinheiro na França, voltou para o Brasil, converteu-se, casou com uma evangélica. “É daqui pra frente.”

Quando indagado se o ministério teria mulheres, negros, LGBTs, ele aumentou uma oitava na voz. “Não estou procurando gay, mulher, negro para ser ministro. Tô procurando gente competente”, respondeu lacônico.  Faltavam alguns minutos para o voo, e ele passou a olhar o relógio a cada minuto. Agradeceu o encontro e encerrou a conversa. A caminho da porta, Bolsonaro cruzou com uma moça baixinha e dois rapazes com barbas longas estilo hipster. Um deles levantou o braço direito em sua direção e falou em voz alta sem olhar para a cara do candidato. “Vou votar em você, hein?” Ele riu. Na porta do elevador, alguém do grupo comentou que o rapaz tinha um leve tom afeminado na voz e havia virado a mão como que desmunhecando quando declarou o voto. “Porra, eu fico impressionado com a quantidade de gay de direita que vai votar em mim!”, disse entremeando um largo sorriso.

Época