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sexta-feira, 14 de julho de 2023

Barroso expõe e desmoraliza o STF ao participar do Congresso da UNE - Gazeta do Povo

Vozes - Guilherme Macalossi

 Declaração de Luis Roberto Barroso ocorreu após ser vaiado por grupo de estudantes em congresso da UNE em Brasília.

Eis que o maior ataque a imagem do Supremo Tribunal Federal veio de um de seus integrantes. Luís Roberto Barroso achou por bem comparecer ao 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes. 

Falou a um público constituído, sobretudo, por militantes de esquerda. A entidade é, historicamente, um aparelho de partidos como PT, PSOL, PCB e, majoritariamente, PCdoB. 
Ambiente ideologizado e, portanto, inadequado para a presença de um magistrado. Um integrante da mais alta Corte do país jamais tira a toga que usa.

Barroso subiu no palanque e se pôs a falar. Estava ao lado de Flávio Dino, atual ministro da Justiça. Segurou o microfone como um candidato. Vaiado por um grupo que se posicionava contra seu voto no debate jurídico sobre o piso da enfermagem, afirmou que “aqueles que gritam, que não colocam argumentos na mesa, isso é bolsonarismo”. E daí completou, de forma enfática e gesticulando com o dedo: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.

    Não cabe a um dos integrantes do STF falar em nome do povo como se fosse partícipe de uma campanha.

O Supremo Tribunal Federal tentou justificar as declarações. Publicou nota afirmando que “como se extrai claramente do contexto da fala do ministro Barroso, a frase ‘Nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo’ referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”. Pode ser, mas a explicação não convence porque também não cabe a um de seus integrantes falar em nome do povo como se fosse partícipe de uma campanha.

Sua manifestação, além de imprudente e irresponsável, contribui para expor o STF, ainda que, objetivamente, a Corte não tenha tomado qualquer parte no processo eleitoral. Bolsonaro foi derrotado pelas urnas, não por Barroso e seus pares.

A declaração desastrosa do ministro virou combustível para aumentar as críticas ao STF, que foi acusada de agir politicamente como um partido. A oposição bolsonarista já se mobiliza para mover contra ele um processo de impeachment. É improvável que isso prospere no Senado, mas a ação cumpre o propósito de aproveitar o momento e desgastá-lo.

Quando era presidente do Tribunal Superior Eleitoral, foi Barroso quem, achando fazer uma manobra brilhante, convidou os militares a participarem da comissão de transparência das eleições. 
Produziu uma disfunção inédita. 
Agora é sua incontinência verbal que o coloca nessa situação, e, por tabela, a instituição da qual faz parte.  
Um feito e tanto. Perto dele, Marcos do Val e Daniel Silveira são uns amadores.

Guilherme Macalossi, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 16 de maio de 2023

Lula vem mentindo desde que assumiu o governo – e não será punido por isso - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

Lula vem mentindo desde que assumiu o governo – na verdade, desde sempre – e a cada vez que fala vem com uma mentira mais irresponsável.

 O presidente Lula disse há pouco que Jair Bolsonaro causou “300 milhões de mortes” no Brasil durante a epidemia da Covid; segundo ele, dos “700 milhões” que morreram, “300 milhões” foram culpa do seu antecessor. 
É uma estupidez: o Brasil não tem 300 milhões de habitantes. Mas os vigilantes de fake news e de outros crimes contra a democracia, do STF à mídia que milita pela criação da censura no Brasil, ficaram quietos – nem as “agências de verificação” de fatos, essas que o ministro Alexandre de Moraes e o governo Lula querem que sejam as fiscais do que são notícias falsas, acharam que o presidente tinha dito uma mentira, ou um despropósito.
 
No máximo, e com todo o respeito, correram em seu auxílio para explicar que ele tinha cometido um “equívoco involuntário”, coitado; queria dizer 300 mil mortos, mas saiu 300 milhões. Coisas que acontecem, não é? Só que ficou pior – o que era uma cretinice virou uma mentira maligna. De onde ele tirou esses 300 mil mortos? Qual é a prova? Qual o estudo sério em que se baseou para fazer uma acusação grave como essa? O presidente não tem nada a declarar a respeito. Nunca tem.

    A Justiça brasileira criou um princípio jurídico sem precedentes – o de que Lula não pode ser processado, e muito menos punido, por nenhum delito que praticar.

Lula vem mentindo desde que assumiu o governo – na verdade, desde sempre e a cada vez que fala vem com uma mentira mais irresponsável. Tudo bem: é esse o grande princípio que ele usa para fazer política há 40 anos, e o seu único método para governar o país. Mas ele deixa claro, dia após dia, a falsidade fundamental dos apóstolos da censura no Brasil.

Querem “limpar a internet”, segundo dizem, das mentiras, das notícias falsas, do “discurso do ódio”, dos “conteúdos enganosos”, “distorcidos” e “fora de contexto, da “desinformação” e mil e uma outras coisas horríveis. Mas Lula faz tudo isso, sem parar, e não é sequer advertido pelo STF e as outras polícias da verdade que andam por aí. 
A única conclusão possível para isso é que os “crimes antidemocráticos” nas redes sociais só podem ser praticados pela oposição ou por quem discorda do Supremo.  
É para esses que se quer a lei da censura; não é para deter as barbaridades ditas por Lula ou quem estiver do seu lado.

O presidente já disse que houve bandidagem” e “crime de lesa-pátria” na privatização da Eletrobras o que não é apenas uma fake news, pois ele não citou um único fato concreto para sustentar o que disse, mas uma acusação direta de que foi praticado um crime. No Código Penal é calúnia, se a acusação for falsa. Não vai haver nenhum problema para ele, é claro.
Veja Também:

    O STF está em guerra contra a Constituição e os direitos do povo

    A casa caiu: foi o próprio governo Lula que armou a baderna do 8 de janeiro

Em primeiro lugar, a Justiça brasileira criou um princípio jurídico sem precedentes – o de que Lula não pode ser processado, e muito menos punido, por nenhum delito que praticar. Em segundo lugar, com a covardia habitual de boa parte de suas mentiras, não disse quem, exatamente, tinha cometido a “bandidagem”. 
Deve ter sido o Congresso Nacional, que aprovou por lei a privatização da Eletrobras, ou o Tribunal de Contas da União, que confirmou a decisão por 7 a 1.
 
Antes disso, tinha dito que a conspiração do crime organizado para assassinar o senador Sergio Moro e outras autoridades, descoberta pela Polícia Federal e Ministério Público, era uma “armação do Moro”. 
É, de novo, uma acusação gravíssima. 
Então por que, de lá para cá, seu governo, com todos os imensos recursos que tem à sua disposição, não apurou absolutamente nada sobre a sua denúncia? 
Acusações falsas, notícias que não existem e mentiras em estado puro, no Brasil de hoje, só podem ser feitas por quem discorda do governo Lula e

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 22 de janeiro de 2023

Hipocrisia maciça - Lula quer o contrário do que fala = cobrar mais imposto, não menos - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo 

O fato é que Lula quer o contrário do que fala – seu plano é cobrar mais imposto, não menos

O presidente Lula prometeu durante a campanha eleitoral que iria isentar do Imposto de Renda todas as pessoas que ganham até R$ 5.000 por mês. Foi mentira. 
O governo acaba de anunciar que não, não vai haver isenção nenhuma; “não há espaço”, dizem, para abrir mão dessa receita. É uma trapaça. Segundo a ministra que fez o anúncio, 90% dos que pagam o IR ganham até R$ 5.000 por mês; não dá, portanto, para aliviar tanta gente assim. 
 
Mas, então, por que Lula não pensou nisso na hora de fazer a promessa? Se a isenção é impossível hoje, era igualmente impossível seis meses atrás. Ou ele não tinha a menor ideia do que estava falando? Nesse caso o candidato não sabia dos números mais elementares da questão toda; assumiu um compromisso sem ter nenhuma intenção de cumprir o que estava prometendo. 
A palavra usada para descrever uma pessoa que faz uma coisa dessas é: irresponsável.
 
Todo palavrório de Lula e do seu governo a respeito de impostos, na verdade, exibe para o público um espetáculo de hipocrisia maciça. Dizem que a “política fiscal”, a partir do dia 1.º de janeiro e pela primeira vez na história do Brasil, será feita a favor dos “pobres”. É mesmo?    Um cidadão que ganha até R$ 5.000 por mês é pobre; não pode haver nenhuma dúvida sobre isso. 
É óbvio, também, que a maneira mais imediata de um governo ajudar os pobres é parar de tirar dinheiro do bolso deles. Na vida real, porém, Lula se recusa a dar um centavo para quem tem pouco ou nada; descobriu, de repente, que “não tem dinheiro”. É falso. Há dinheiro, sim – mas não para os pobres.  
No mesmo momento em que se anunciava que não haveria isenção, o governo dava R$ 5 milhões para a atriz Claudia Raia executar um empreendimento musical, por meio da infame Lei Rouanet”; com menos de um mês de nova gerência, a festa já está desse jeito. Por que não há dinheiro para os pobres e há dinheiro para a atriz?
 
O fato é que Lula quer exatamente o contrário do que fala – seu plano é cobrar mais imposto, não menos. Desde o primeiro dia de novo governo, o ministro da Fazenda e outros barões do que passa por ser a “equipe econômica” não param de rosnar sobre a “necessidade” de mais receita. 
O ministro, inclusive, disse que “muita gente não paga imposto” nesse país – uma ameaça clara de que o governo está decidido a transferir mais renda da população para o seu próprio bolso. Sério?  
 
Quem é essa “muita gente”? Não se sabe quem seria, num país que arrecadou em 2022, só em impostos federais, mais de R$ 2 trilhões; com os tributos de Estados e prefeituras o total chegou quase a R$ 3 trilhões. Lula acha pouco. Como vai pagar os artistas?

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


domingo, 29 de março de 2020

Classe média alta - Quem tem a vida ganha descobriu só agora que o SUS existe - J.R. Guzzo

Gazeta do Povo

Saúde pública, no Brasil, não faz parte do mundo da classe média alta, mesmo a que não é tão alta assim, e muito menos, é claro, a que está ainda acima, nos galhos mais altos da árvore social. Saúde pública é coisa de pobre. SUS? Esperas dez horas na fila do atendimento?Exames clínicos que não podem ser feitos na semana que vem, nem na outra – daqui a três ou quatro meses, talvez? 
Cirurgias sem data marcada, do tipo “tente mais tarde”? É assim que a saúde de milhões de brasileiros é tratada, há 30 anos, todos os dias. Ninguém governos, mídia, “sociedade civil” — dá a mínima para isso. Por que daria? Não é com eles. O povo, como diria um dos famosos personagens de Chico Anísio, que se exploda.

Entra em cena o coronavírus – ah, agora sim, a saúde publica passa a ser prioridade absoluta. O vírus pega geral. Pega, pode pegar, ou vai pegar as classes apresentadas acima. Tudo muda dramaticamente de figura, então. Fecha tudo. Isola tudo. Confina tudo. Proíbe tudo. Para tudo. Dane-se a necessidade de produzir. Dane-se o pobre que precisa de trabalho para comer e sustentar sua família – não dá, para ele, recorrer às reservas de seus investimentos na bolsa ou em CDIs; ou pega no batente todos os dias ou não ganha um tostão, e sem dinheiro ninguém lhe dá nada. Danem-se os empregos, mesmo porque a maioria das classes médias para cima não precisa de emprego para viver, ou pode substituir o seu se perder.

Toda essa gente, hoje, se escandaliza. “Não se pode colocar a economia acima da vida”, dizem, como se uma coisa impedisse a outra. De um minuto para outro, passaram a se preocupar com a “sobrecarga” nos hospitais, problema que jamais lhes tinha passado pela cabeça na vida.  O brasileiro do SUS escuta, pensa e não entende nada. “Sobrecarga”? Mas a gente vive em sobrecarga, o tempo inteiro. Esqueça a falta de leitos. Não há nem cadeiras para o infeliz sentar. Fica jogado no corredor, até aparecer um lugarzinho. Mas o Brasil que está bem de vida, ou remediado, jamais pensa nessas coisas, porque elas não lhe dizem respeito. Poderiam estar acontecendo em Marte.

Agora, com o coronavírus roncando na porta, entraram em pânico. O que não era problema passou a ser. E, como sempre acontece nessas horas, surgiu a necessidade desesperada de achar um culpado. O judas que encontraram, no momento, é o presidente Bolsonaro. O chefe da nação, como se sabe, é um homem que não sabe utilizar direito a palavra. Em 15 meses de Presidência, não aprendeu nada a respeito, ou aprendeu muito pouco.

Resultado: ao falar sobre a epidemia, dizendo até umas coisas perfeitamente razoáveis, não escondeu o que deveria ter escondido, provocou, criticou, falou mal de A, B e C — e com isso abriu a porta para os seus inimigos caírem matando. "Inimigo da saúde pública". "Irresponsável". "Criminoso". "Genocida". “Renúncia imediata”.
Vai ser acusado, já, de deixar o vírus à solta no Brasil, de propósito. 
 [Tem um colunista que chegou ao ponto de propor que o Presidente Bolsonaro, seja denunciado ao Tribunal Penal Internacional, por crimes contra a humanidade.
O mais interessante é que acompanho o trabalho daquele profissional há bastante tempo - tirando essa escorregada, feia mesmo, é um excelente jornalista - e nunca ouvi ele escrever uma palavra condenando a matança da Síria.Nem uma vírgula, contra o tirano Assad.]
Depois, de ter destruído a economia, eliminado 50 milhões de empregos e sabe lá o que mais. As classes médias ficarão aliviadas por terem encontrado um demônio. E a "pobrezada" do SUS vai continuar se explodindo.

J. R. Guzzo, jornalista -  Vozes - Gazeta do Povo


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Quebrou-se o mito

A Constituição não confere poderes absolutos ao Ministério Público, mas, da forma como ele está organizado, sem hierarquia funcional, cada membro da instituição torna-se a própria instituição

A Constituição de 1988 foi um valioso instrumento para consolidar a redemocratização do País, resgatando o respeito a importantes direitos e garantias fundamentais. Deve-se reconhecer, no entanto, que ela também trouxe alguns sérios problemas, que até hoje dificultam o desenvolvimento político, econômico e social da Nação. Várias reformas constitucionais foram feitas, mas os desequilíbrios ainda persistem e, em alguns casos, foram agravados. Basta ver, por exemplo, o tratamento dado pelo texto constitucional a supostos direitos, sem a necessária contrapartida e, pior, sem condicioná-los à existência de recursos. Um grave problema fiscal foi introduzido no próprio fundamento do Estado.

Outro sério problema institucional trazido pela Constituição de 1988 foi o tratamento dado ao Ministério Público, contemplado com uma autonomia que, a rigor, é incompatível com a ordem democrática. Num Estado Democrático de Direito não deve existir poder sem controle, interno e externo. Não há poder absoluto. Explicitamente, a Constituição de 1988 não confere poderes absolutos ao Ministério Público, mas, da forma como ele está organizado, sem hierarquia funcional, cada membro da instituição torna-se a própria instituição.

Ao longo dos anos, esse problema foi agravado por dois motivos. Em primeiro lugar, consolidou-se nos tribunais uma interpretação extensiva das competências do Ministério Público. Obedecendo a uma visão unilateral, que olhava apenas para os supostos benefícios de uma atuação “livre” do Ministério Público, permitiu-se que procuradores se imiscuíssem nos mais variados temas da administração pública, desde a data do vestibular de uma universidade pública até a velocidade das avenidas. Parecia que o Estado nada podia fazer sem uma prévia bênção do Ministério Público.

A segunda causa para o agravamento da distorção foi uma bem sucedida campanha de imagem do Ministério Público, que, ao longo dos anos, conseguiu vincular toda tentativa de reequilíbrio institucional à ideia de mordaça. Qualquer projeto de lei que pudesse afetar interesses corporativos do Ministério Público era tachado, desde seu nascedouro, de perverso conluio contra o interesse público. O resultado é que o País ficou sem possibilidade de reação.

Na prática, a aprovação no concurso público para o Ministério Público conferia a determinados cidadãos um poder não controlado e, por isso mesmo, irresponsável. Nessas condições, não é de assustar o surgimento, em alguns de seus membros, do sentimento de messianismo, como se o seu cargo lhes conferisse a incumbência de salvar a sociedade dos mais variados abusos, públicos e privados. Como elemento legitimador dessa cruzada, difundiu-se a ideia de que todos os poderes estavam corrompidos, exceto o Ministério Público, a quem competiria expurgar os males da sociedade brasileira.

Nos últimos três anos, esse quadro foi ainda reforçado pelos méritos da Lava Jato, como se as investigações em Curitiba conferissem infalibilidade aos procuradores e um atestado de corrupto a todos os políticos. Os bons resultados obtidos ali foram utilizados para agravar o desequilíbrio institucional.  Construiu-se, assim, a peculiar imagem de um Ministério Público inatingível, como se perfeito fosse. Basta ver, por exemplo, o escândalo produzido quando o Congresso não acolheu suas sugestões para o combate à corrupção. A reação dos autores do projeto foi radical: ou os parlamentares aceitavam todas as vírgulas – com seus muitos excessos – ou seriam comparsas da impunidade.

Pois bem, esse monopólio da virtude veio abaixo nos últimos meses de Rodrigo Janot à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ações radicais e destemperadas deixaram explícita a necessidade de que todos, absolutamente todos, estejam sob o domínio da lei, com os consequentes controles. Poder sem controle não é liberdade, como alguns queriam vender, e sim arbítrio.  Na crise da PGR envolvendo a delação de Joesley Batista há uma incrível oportunidade de aprendizado e de reequilíbrio institucional. Com impressionante nitidez, os eventos mostram que também os procuradores erram.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo
 

terça-feira, 27 de junho de 2017

Temer acusa Janot de 'revanche' e diz que denúncia é 'irresponsável' -

Temer questiona provas, ataca Janot e diz que denúncia é "ficção" Comente Luciana Amaral Do UOL, em Brasília* 27/06/201715h54 > Atualizada 27/06/201716h36 Ouvir texto 0:00 Imprimir Comunicar erro Em pronunciamento no... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/06/27/temer-questiona-provas-ataca-janot-e-diz-que-denuncia-e-ficcao.htm?cmpid=copiaecola

Em pronunciamento, presidente chama a peça de 'ficção' e disse que ela é baseada em ilações; Procuradoria denunciou o peemedebista sob acusação de corrupção passiva

Temer questiona provas, ataca Janot e diz que denúncia é "ficção" 

Em pronunciamento nesta terça-feira (27), o presidente Michel Temer disse que a PGR (Procuradoria-Geral da República) busca "revanche, destruição e vingança" ao denunciá-lo por corrupção passiva. Segundo o presidente, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um "trabalho trôpego" com o objetivo de "parar o país".  Temer chamou a denúncia de "ficção" e "ataque injurioso, indigno e infame" contra sua dignidade e disse que a peça produzida por Janot é baseada em ilações.
"Essa denúncia busca a revanche, a destruição e a vingança. E ainda fatiam a denúncia para produzir fatos contra o governo, querendo fragilizá-lo. São denúncias frágeis e precárias", disse o presidente, que prosseguiu ao afirmar que tem disposição em continuar no cargo.
"Não fugirei das batalhas e das guerras. São ataques irresponsáveis", completou. 

O presidente disse ainda que a PGR abriu "precedente perigosíssimo" no país ao fazer usos de provas que, segundo ele, são "ilícitas". O peemedebista se refere à gravação de uma conversa entre ele e o empresário Joesley Batista, da JBS, em que ambos conversam sobre o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso desde outubro do ano passado. 

Segundo a PGR, na conversa os dois acertaram o pagamento de propina e o presidente deu aval para a compra do silêncio de Cunha. "Fui denunciado por corrupção passiva, a esta altura da vida, sem jamais ter recebido valores, nunca vi dinheiro e não participei de acertos para cometer ilícitos", declarou Temer.
O presidente afirmou que a denúncia apresentada pela PGR "não tem fundamento jurídico" e que, sob esse aspecto, não tinha preocupação com a matéria. No entanto, prosseguiu o presidente, fazia a declaração pública em função da "repercussão política" dos fatos.

TOM GRAVE
O tom do discurso faz parte de uma estratégia adotada por Temer de enfrentamento direto com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem o presidente acusa de tentar condená-lo sem provas. O presidente aposta no espírito de corpo do Congresso ao argumentar que a PGR está em uma cruzada contra a classe política.  Para tentar demonstrar força política em meio à mais aguda crise que assolou seu governo, o peemedebista convocou uma espécie de claque para o pronunciamento. As duas primeiras fileiras do Salão Leste do Palácio do Planalto foram reservadas para parlamentares da base aliada, de partidos como PMDB, PTB, PP. 

 Minutos antes do discurso do presidente, os cerca de 40 deputados, que já estavam sentados em seus lugares, foram chamados para pajear Temer durante a entrada e fazer volume nas imagens geradas pela imprensa. Entre eles estavam os dois principais cotados para a vaga de relator da denúncia contra o presidente na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara: os deputados do PMDB, Jones Martins (RS) e Alceu Moreira (RS). O posto é considerado chave para Temer, que pretende acelerar a tramitação da denúncia na Câmara para enterrá-la em votação no plenário, onde precisa de 172 votos.
Quando foi afastada do cargo de presidente da República, em 12 de maio de 2016, Dilma Rousseff havia reproduzido a mesma cena, em um discurso ladeado de parlamentares aliados e ministros de seu governo antes de deixar o cargo. 

DENÚNCIA
Nesta segunda-feira (26), a PGR apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma denúncia contra o presidente sob acusação de corrupção passiva. Segundo Janot, Temer foi o destinatário final de uma mala contendo R$ 500 mil em propina e de uma promessa de outros R$ 38 milhões em vantagem indevida, ambas por parte da empresa JBS.
É a primeira vez na história brasileira que um presidente da República é acusado formalmente de crime no exercício do cargo. 

Fonte: Folha de S. Paulo
 
emer questiona provas, ataca Janot e diz que denúncia é "ficção"... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/06/27/temer-questiona-provas-ataca-janot-e-diz-que-denuncia-e-ficcao.htm?cmpid=copiaecola

quinta-feira, 16 de março de 2017

Dilma, um caso sério


A ex-presidente afirmou haver o risco de que os ocupantes do poder no Brasil tentem impedir nova eleição de Lula da Silva

Não satisfeita com o desastre causado ao País pelos seus cinco anos de governocujos efeitos daninhos são ainda sentidos diariamente pelos brasileiros –, a ex-presidente Dilma Rousseff dedica-se agora, assim fazem crer suas ações e palavras, a envergonhar o Brasil mundo afora. Seu comportamento em Genebra, onde participou de palestras e seminários, é sinal de que sua falta de discernimento, seja em questões nacionais, seja em relação às suas capacidades pessoais, não tem fim.

É conhecida sua dificuldade para se expressar na língua portuguesa. Como bem sabem os brasileiros, a beligerância de Dilma Rousseff com o idioma pátrio não exige condições especiais, podendo ocorrer até mesmo em casos de comentários triviais ou argumentos despidos de qualquer complexidade. Ela facilmente se embaralha com palavras e pensamentos, o que muitas vezes deu a eventos oficiais no Palácio do Planalto contornos de show humorístico.

Pois bem, essa mesma Dilma Rousseff, que já tanto maltrata a língua portuguesa, achou que podia, em sua viagem à Europa, dialogar em francês. O programa de televisão no qual a ex-presidente teve a ousadia de usar a língua de Victor Hugo é de incomum constrangimento, com alguns apresentadores em sérias dificuldades para manterem a compostura diante de tamanha agressão ao idioma francês. Mais do que simples gafe, a participação de Dilma no programa de televisão corrobora sua invencível incapacidade de realizar qualquer tipo de autocrítica.

Não falta, porém, a Dilma Rousseff discernimento apenas em questões de idioma. Ela ignora – e alardeia sua ignorância mundo afora – questões institucionais. Diante de uma plateia no Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, a ex-presidente afirmou haver o risco de que os ocupantes do poder no Brasil tentem impedir nova eleição de Lula da Silva. “Podem tentar condenar o Lula por duas vezes, podem mudar as regras da eleição presidencial, por exemplo, com introdução do parlamentarismo e, terceiro, podem simplesmente adiar a eleição presidencial do ano que vem”, disse Dilma.

É grave que uma ex-presidente fale de forma tão irresponsável sobre a democracia e as instituições no Brasil. Eventuais discordâncias de Dilma Rousseff com a decisão do Congresso de condená-la por crime de responsabilidade não lhe dão direito a tratar o País da forma vil como ela o tem tratado.  Ainda que imperfeita, a Lei da Ficha Limpa contribuiu para a moralidade das eleições no País, ao barrar candidatos que tenham sido condenados criminalmente em segunda instância. E o Poder Judiciário é independente, não mero instrumento de manobra do Poder Executivo, como dão a entender as palavras da ex-presidente. O que ela indevidamente aplica ao Brasil ocorre em países de seu especial agrado, como é o caso da Venezuela. No entanto, a respeito desse abuso Dilma sempre preferiu o silêncio.

Dilma ainda tratou de duas possíveis manobras para afastar Lula da Silva da Presidência da República: o parlamentarismo e o adiamento das eleições de 2018. A ex-presidente manifesta, assim, seu completo desconhecimento da realidade política e institucional do País. Ainda que seja plenamente legítimo, o parlamentarismo não é um assunto atual do Congresso. E a menção a suposto risco de adiamento das eleições é mais do que simples irresponsabilidade. Trata-se de uma acusação grave, sem qualquer prova ou indício, contra a democracia brasileira. 

Observe-se, a favor de Dilma, que ela não aventou a possibilidade da restauração da monarquia para manter Lula fora do poder. Por mais que Dilma Rousseff não goste, há lei e há instituições no Brasil. O panorama é bem diferente do que ela alardeou na Suíça. Já em relação ao retorno de Lula da Silva à Presidência da República, os obstáculos estão bem evidentes, dispensando os tremendos esforços mentais de Dilma Rousseff. O principal óbice é ela mesma, pelo estrago que causou ao País. E, em segundo lugar, o próprio Lula, com sua incapacidade de emendar-se.

 Fonte: Coluna do Augusto Nunes


sábado, 26 de novembro de 2016

Gleisi Hoffmann, a irresponsável, PT-RS = Essa mulher atrasa o Brasil

Denunciada pela Lava Jato, agora a petista Gleisi Hoffmann assume a postura do quanto pior melhor, tenta retardar a aprovação da PEC do Teto do Gasto Público e é interpelada nos corredores do Senado 

 IRRESPONSÁVEL: Gleisi cria emenda absurda para tumultuar sessão no Senado e tenta retardar aprovação de PEC que ajudará o Brasil a sair da crise

 Ex-ministra da Casa Civil e denunciada pela Operação Lava Jato, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) começou a manchar publicamente a própria biografia quando adotou a postura de líder da tropa de choque de Lula e Dilma no Senado. Depois do impeachment, ela vem transformando sua atividade parlamentar em sinônimo da política do quanto pior melhor, promovendo uma oposição inconsequente que em nada contribui para que o País avance. 

A última investida de Gleisi contra o País se deu na semana passada, durante a tramitação da PEC do Teto dos Gastos Públicos. A proposta, já aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados, é apontada pelo governo, por economistas e até por parte da oposição, como um instrumento indispensável para que o País retome o equilíbrio fiscal e reencontre o caminho do crescimento. Para entrar em vigor, a PEC precisa ser aprovada em dois turnos no plenário do Senado, o que deverá ocorrer até 13 de dezembro. Antes de ir ao plenário, porém, o projeto precisa do aval da Comissão de Constituição e Justiça, o que poderia ter ocorrido já na terça-feira 1, não fosse a atuação de Gleisi.

Na véspera da reunião, a senadora apresentou uma absurda proposta de emenda prevendo que após a aprovação da PEC no Senado a mesma deveria ser aprovada em referendo popular antes de entrar em vigor. É evidente que a petista apenas tenta tumultuar. Seria natural que Gleisi, como senadora de oposição, apresentasse projetos alternativos ao do governo e que o Parlamento fizesse o debate sobre as propostas para, em nome do povo, definir o rumo a ser seguido. O problema é que nem Gleisi e nem o PT têm uma proposta paralela. 

A senadora busca, então, apenas retardar a aprovação da PEC. “Essa é uma postura irresponsável, pois enquanto não se aprovar a PEC o Brasil manterá a tendência de estagnação econômica ou crescimento mínimo”, observa o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), relator da PEC no Senado. Na terça-feira 1, Oliveira apresentou parecer em que defende a constitucionalidade da proposta e rejeita qualquer alteração, inclusive a estapafúrdia emenda de Gleisi. “Não temos dúvida sobre a aprovação, mas o Brasil tem pressa e teríamos ganhado uma semana se não houvesse essa falsa discussão”, afirmou o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) a dois colegas de partido. Durante a sessão, para impedir que os falsos debates protagonizados por Gleisi seguissem, Ferraço pediu vistas e encerrou a questão.

INTERPELAÇÃO PÚBLICA
As flagrantes tentativas de sabotar qualquer iniciativa que possa fazer o País avançar, tem levado a senadora petista a ser hostilizada por colegas parlamentares e já provocam reação em parte dos eleitores. “A senadora está ultrapassando os limites e fazendo uma oposição destrutiva”, disse um dos principais lideres do PSDB no Senado na quinta-feira 3. “Essa postura não contribui sequer com a oposição”. Nos corredores do Congresso, as pessoas já interpelam a senadora sem constrangimento. Há poucos dias, Gleisi conversava com um jornalista quando foi abordada por uma cidadã:
– Oi Gleisi, você já está preparada para ser presa?, perguntou.
– Não querida, mas você pode ir!, respondeu a senadora.
– Eu não. A bandida aqui não sou eu, disse a mulher.

Em seguida, Gleisi pede a um assessor para chamar a segurança do Senado a fim de deter a mulher. O diálogo foi gravado e na semana passada, depois de a senadora tumultuar a Comissão de Constituição e Justiça, viralizou nas redes sociais. Gleisi e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foram denunciados pela Procuradoria Geral da República por terem desviado recursos da Petrobras para campanhas políticas e até para pagar contas pessoais. Paulo Bernardo chegou a preso por desviar recursos de empréstimos concedidos a servidores públicos aposentados.

Fotos: Ricardo Botelho/Brazil Photo Press; Aílton de Freitas/Ag. O Globo