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terça-feira, 12 de setembro de 2023

A fraude do clima - J. R. Guzzo

Revista Oeste

Vivemos uma espécie de eugenismo 'de esquerda' — a exclusão da sociedade para os seres humanos ecologicamente indesejáveis


 Ilustração: Bruce Rolff

A “mudança do clima”, como acontece com a maior parte das realidades oficiais que são impostas ao público mundial pelo Comissariado Supremo da Ciência, não é real, não está fazendo o clima mudar e não é ciência. É, cada vez mais abertamente, uma causa política. 
A ideia-matriz dos chefes, militantes e apóstolos desse novo partido internacional, formado nas universidades, nos governos e nos departamentos de marketing dos países com PIB per capita a partir de US$ 50 mil, é que “o homem” está fazendo o clima da Terra ficar pior. 
É uma ideologia desesperada. 
Seu raciocínio principal estabelece que o ser humano está atrapalhando o mundo — interfere na vida dos bichos, das plantas e das pedras, além dos oceanos, das geleiras e do movimento das marés. 
Para o planeta ser salvo, se os novos cientistas do “clima” pudessem mesmo tomar as decisões, o homem, em termos práticos e no fim das contas, teria de sumir da superfície terrestre ou voltar à vida que levava na era das cavernas, para incomodar o menos possível o ambiente físico em seu redor. Teríamos aí, como consequência da preservação da natureza, um clima perfeito — só que não poderia haver gente para desfrutar dele. É uma meta que entusiasma cada vez mais a elite civilizada, o universo “progressista” e a mídia em geral.

O “clima” está realmente mudando? Talvez até esteja. Não há nenhuma evidência efetivamente científica disso; há apenas bilhões de dólares investidos na produção em série de “pesquisas”, “estudos” e “testes” com resultados já decididos antes de se pesquisar, estudar e testar o que quer que seja. É terminantemente proibido, aliás, fazer qualquer outra experiência em sentido diferente. Mas, se estiver acontecendo mesmo alguma mudança, com certeza não é o homem o culpado por ela. Mudanças climáticas acontecem há milhões de anos — e produziram efeitos incomparavelmente maiores do que qualquer coisa que o ser humano possa ter feito, desde a separação dos continentes até a Era do Gelo mais recente, entre 20 mil e 10 mil anos atrás. 

Apenas na última grande inundação da China, em 1931, estima-se que morreram entre 400 mil e 3 milhões de pessoas e na época a interferência do homem no meio ambiente era mínima. Agora que a ação humana é descrita como “fatal”, não passa pela cabeça de ninguém que possa acontecer uma calamidade dessas em qualquer lugar do mundo. A verdade dos fatos é o contrário do que diz a ciência única em vigor no momento. Nunca o homem fez tanto para limitar os desastres trazidos pelos fenômenos naturais como faz hoje — barragens que impedem enchentes, edifícios à prova de terremotos, irrigação extensiva para combater as secas, e assim por diante. Mas é o homem, segundo o pensamento cientificamente correto, o grande responsável pelo excesso de chuva, a falta de chuva, o calor, o frio, o vento, as geadas, a atividade dos vulcões, os incêndios nas florestas — salvo no Brasil, naturalmente, onde o único culpado é “o Bolsonaro”.

O ideal, mesmo, seria que o Brasil não existisse — ou, mais exatamente, que não tivesse os 200 milhões de brasileiros que tanto atrapalham a natureza com a produção de alimentos, a extração de minérios para suprir as exigências mais elementares da vida e outras atividades nocivas ao “clima”

Ninguém jamais admite, é claro, mas a constante mais invariável em toda a religião do clima é a sua hostilidade fundamental em relação ao ser humano — uma espécie de antropofobia que foi transformada em dever moral, ético e político por universidades, governos, magnatas convertidos à causa do bem depois dos seus primeiros 10 bilhões de dólares, “influencers” e, talvez mais que tudo, as inesgotáveis reservas de gente com bons propósitos e pouca paciência para pensar que se espalham por este mundo afora. Essa antipatia, obviamente, é seletiva. Os adversários a eliminar, ou pelo menos a serem submetidos a controle severo, não são todos os “humanos” — como eles se referem, com frequência cada vez maior, aos 8 bilhões de seres de carne e osso que infestam o “planeta” com a sua existência, suas necessidades básicas e, ultimamente, sua insuportável pretensão a uma vida materialmente mais cômoda. Além das girafas, das geleiras e da mata amazônica, devem ser protegidos os 5% da população mundial, no máximo dos máximos, que estão nos galhos de cima nas sociedades do Primeiro Mundo. A humanidade tem de ser governada para as suas neuroses, a sua “qualidade de vida” e as suas bicicletas de 30 marchas. Os outros 95%, essa pobrada que ocupa espaço, emite carbono, consome água e ocupa áreas preciosas de vegetação natural para produzir comida — bem, é preciso encontrar “uma solução” para que parem, já, de se reproduzir, de usar os recursos “do planeta” e de alterar “o clima”.

Ainda não é possível, na prática, fazer isso. Mas o pensamento-padrão dos militantes do mundo verde está sempre irritado com o fato básico de que existe vida humana no Brasil; deveria haver, pelo menos, uma “governança global” para que os brasileiros se comportassem de modo mais responsável e parassem de mudar as quatro estações, tirar “o nosso oxigênio”, como imagina o presidente Macron, e provocar incêndios no Canadá. Já se ouviu, num salão da Quinta Avenida, uma intelectual do progressismo norte-americano propor algum tipo de “evacuação” dos 20 milhões de moradores da Amazônia. 

Pode parecer piada, mas a estratégia central de ONGs internacionais com milhões de dólares de orçamento é promover o que chamam de “desintrusão” da Amazônia — a progressiva retirada dos “brancos”, da civilização contemporânea e da atividade econômica da região. É uma espécie de eugenismo “de esquerda” — a exclusão da sociedade para os seres humanos ecologicamente indesejáveis. Sai a seleção pelas características genéticas. Entra a seleção pela conduta ambiental correta

Nada disso tem qualquer relação objetiva com o mundo das realidades. A “salvação do clima” é um projeto de eliminação do capitalismo, e a sua substituição por um sistema ainda não descrito de virtudes, para quem ganha de US$ 200 mil por ano para cima. Como pode funcionar, na prática, um negócio desses? O estilo de vida e as convicções existenciais dessa gente exigem mais, e não menos, exploração dos recursos naturais — e isso requer mais capitalismo, e não menos. Não adianta nada ter casas de 500 metros quadrados com painéis solares, SUVs elétricos ou móveis feitos de madeira certificada se a produção de cada átomo disso tudo vai exigir cada vez mais energia, mais minérios e mais utilização do que existe de material na Terra — levando-se em conta que os recursos extraterrestres ainda não estão disponíveis. Em duas décadas de militância para preservar o “clima”, os governos dos países ricos gastaram US$ 5 trilhões nas tentativas de substituir os combustíveis fósseis por energia “limpa”, “verde” e neutra para a camada de ozônio. Resultado: o petróleo, o gás natural e o carvão continuam a responder por 85% de todo o consumo energético do mundo — 2% a menos, só isso, do que se consumia 20 anos atrás. Salvo no Brasil, onde é possível rodar com álcool, quase 100% de todo o transporte mundial é feito com petróleo. Não se trata de opinião. É física, química e matemática.

 (...)

 
O petróleo, o gás natural e o carvão continuam a responder por 85% de todo o consumo energético do mundo | Foto: Shutterstock

Leia também “Um Brasil para eles”

ÍNTEGRA DA MATÉRIA , AQUI

Coluna J. R. Guzzo - Revista OESTE
 
 
 

Novas viagens e velhos problemas - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

O presidente Lula está de volta da Índia e a próxima viagem será para Cuba, ainda nesta semana. Depois, vai para Nova York 
Ele tem problemas muito grandes para resolver aqui. 
Um deles é a reclamação no Rio Grande do Sul sobre a ausência dele lá na maior tragédia que já aconteceu no Vale do Rio das Antas, que depois se tornou Rio Taquari.
 
Outro problema é a lambança que Jean Wyllys criou na Secretaria de Comunicação, a Secom, que está dentro do Palácio do Planalto.  
Ele foi indicado pela primeira-dama Janja da Silva, ia ganhar cargo lá e agora está xingando de “mau caráter” o ministro Paulo Pimenta; já criticou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); já disse que não é “gado do PT”, um rolo. E Lula vai ter de resolver isso. 
Wyllys já disse que não fica no governo se não puder apresentar os equívocos de Lula. A coisa está complicada.
 
E tem outras coisas que não compreendemos. Eu estou em Brasília há 47 anos e ainda não entendi como é que Lula tira o Ministério de Portos e Aeroportos do ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) – que é do mesmo partido do vice-presidente Geraldo Alckmin –, dá a pasta para o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), e o Republicanos solta uma nota dizendo que não apoia o governo! 
Disse que essa nomeação não significa apoio ao governo, que o Republicanos vai continuar independente, que foi uma questão pessoal com o deputado. Uma questão pessoal com deputado? Então esse deputado é muito forte!

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Lula vai ter de resolver também o caso do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, porque, afinal, no dia 6 de janeiro, na primeira reunião ministerial, o presidente disse que o ministro que “escorregar” seria convidado a sair. Mas até agora Juscelino Filho está lá.  
Mesmo depois do caso do asfalto; 
- de usar avião da Força Aérea para ir a um leilão de cavalos; 
- da emenda para beneficiar a irmã que é prefeita; 
- do bloqueio de contas, ele segue lá. Por quê? 
Porque o ministério não é dele, nem de Lula, é do União Brasil.

O Itamaraty vai ter muito trabalho
Enquanto isso, Lula vai criando problemas para ele na política externa brasileira. 
O presidente deu uma entrevista para um canal indiano dizendo que vai convidar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para a próxima reunião do G20 no Rio de Janeiro, no ano que vem, e que não vai prendê-lo de jeito nenhum. 
Mas Lula não sabe que ele, como presidente da República, não determina a não prisão ou a prisão; quem determina é a Justiça. E a Justiça determina com base na Constituição, na lei e nos tratados internacionais. O parágrafo 4.º do artigo 5.º da Constituição diz expressamente que o Brasil se submete à jurisdição do Tribunal Penal Internacional, cuja adesão foi manifestada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e, depois, aprovada no Congresso, em setembro de 2002.

No dia seguinte, Lula disse que “nem sabia” da existência do Tribunal Penal Internacional. Não? Mas ele citou no discurso de posse! Está aqui: “Nosso governo respeitará e procurará fortalecer os organismos internacionais, em particular a ONU e os acordos internacionais relevantes como o Protocolo de Kyoto e o Tribunal Penal Internacional”. Em 2003, o presidente Lula chegou a indicar Sylvia Steiner e ela virou juíza do Tribunal Penal Internacional. Ele não se lembra de nada disso?

Depois, ele ainda chamou de “bagrinhos” os 123 países que participam do TPI
Para justificar, ele disse que queria saber por que os Estados Unidos, a Rússia e a China não participam. 
Que motivo, que grandeza, ele diz, fez o Brasil assinar? O Itamaraty vai ter um trabalho enorme...
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 
 

Anistia para Dias Toffoli - O Globo

 Carlos Andreazza

Este artigo é sobre a imprestabilidade de Dias Toffoli para julgar a prestabilidade de conjunto de provas em que está citado.

Em 13 de julho de 2007, Marcelo Odebrecht enviou e-mail a executivos da companhia:— Afinal vocês fecharam com o amigo do amigo do meu pai?

Resposta de Adriano Maia:

— Em curso.

Em 9 de abril de 2019, Odebrecht apresentou esclarecimentos sobre mensagens que entregara para substanciar sua colaboração. A Polícia Federal queria saber quem era “o amigo do amigo do meu pai”. O empresário elucidou:— Refere-se a tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU sobre temas envolvendo as hidrelétricas do rio Madeira. ‘Amigo do amigo do meu pai’ se refere a José Antonio Dias Toffoli.

AGU é Advocacia-Geral da União, então comandada por Dias Toffoli, época em que a Odebrecht tentava vencer — e venceria — a disputa pela construção da usina de Santo Antônio, no Madeira. 
Marcelo Odebrecht acrescentaria que a “natureza e o conteúdo das tratativas” só poderiam “ser devidamente esclarecidos por Adriano Maia, que as conduziu”. 
 
Nunca houve novos esclarecimentos — jamais se soube o que estaria “em curso”, idem o significado daquele “fecharam” do “fecharam com o amigo do amigo do meu pai?” — nem há referências a pagamentos etc. associados ao codinome do ora ministro do STF
 Mas, se não é possível, apenas com base na menção a Dias Toffoli, afirmar que havia algo de ilegal nas relações com a construtora, é seguro dizer que a alusão deveria bastar para que se declarasse impedido de apreciar o caso. 
 
Se a questão fundamental é a defesa do devido processo legal, tão atacado pela corrupção de meios da Lava-Jato, fundamental deveria ser o impedimento do ministro para cuidar de tudo quanto se referisse à Odebrecht nos escombros da operação.  
Em vez disso, esteve bem à vontade, agudo o faro das oportunidades, para decretar a nulidade de todas as provas derivadas do acordo de leniência da empreiteira — inclusive a porção que o cita.

Só mesmo o ímpeto por vingança, que acomoda os abusos de poder, somado ao triunfo do vício monocrático, com que juízes da Corte constitucional dissimulam autoritarismos para gerir assuntos pessoais, explica que Dias Toffoli faça o que fez se arvorando ainda em guardião do Estado de Direito.

Ele terá evoluído; sofisticado o estilo. O conjunto colhido pela Lava-Jato seria produto, segundo o ministro, do “pau de arara do século XXI”, mesmo que nenhum Odebrecht parecesse seviciado ao falar. Delataram — e acordaram as leniências — assistidos pelas melhores bancas do país. (Se a forma do acordo do Estado com graúdos da empresa foi exercício de tortura, como se deveria nomear o que se aflige aos pobres presos preventivamente Brasil afora, presídios adentro? 
Caberia também perguntar se consistiriam flagelação os modos empregados para acertar a delação de Mauro Cid, posto em liberdade provisória tão logo homologada sua colaboração; hein?)

Dias Toffoli progrediu. Avançou da condição de censor da atividade jornalística à — raríssima — de juiz responsável pela garantia da higidez do devido processo legal depois de haver anulado a validade de provas que o mencionam.

Falei em censura. Em Dias Toffoli censor. É impreciso
Ele terceirizou o ato, preciso sendo que havia muito a cadeia de amizades o incomodava. 
Marcelo Odebrecht contara quem era “o amigo do amigo do meu pai” em 9 de abril de 2019. No dia 11, a Crusoé publicou reportagem a respeito. No dia 15, a revista foi censurada, obrigada a tirar a matéria do ar.

Barbaridade inicial do onipresente, onisciente e eterno inquérito das Fake News, criado por Dias Toffoli em março daquele ano — sob o argumento de defender a honra dos ministros do Supremo — e dado para a gestão de Alexandre de Moraes, donde a censura terceirizada. Moraes censurou.

A censura mobilizaria a reação da sociedade e logo cairia
A reportagem da Crusoé está aí, para quem quiser ler. 
Mais uma razão para que se rechacem os desejos por tornar peças secretas canetadas como a de Dias Toffoli. 
 
A censura caiu. A reportagem está disponível. Dias Toffoli é, segundo Marcelo Odebrecht, “o amigo do amigo do meu pai”
É. Ao mesmo tempo, era. Já era; porque doravante vige a imprestabilidade do esclarecimento, a esterilidade da apuração, impossíveis quaisquer elucidações sobre tratativas e fechamentos. “Segundo Marcelo” não existe mais — decidiu Dias Toffoli.

O “pai” (de Marcelo) é Emílio, amigo de Lula — amigo de Dias Toffoli. Era. Dias Toffoli era amigo de Lula. E continua não sendo; o ministro militando, em maiúsculas, para refazer os laços com o (de novo) presidente e turma.

Não lhe falta coragem; de maneira que vai urgente, por favor, que Lula responda ao zap e perdoe —anistie — o ministro.

Carlos Andreazza, colunista - O Globo

Zeitgeist - O Supremo está abusando do direito de errar por último - Merval Pereira

O Supremo Tribunal Federal (STF) está abusando do direito de errar por último
Alguém tem de avisar às excelências que a frase de Rui Barbosa tem o sentido de que o STF tem a palavra final. 
Mas e se a palavra final de um mesmo juiz muda como biruta ao vento? Muda o Zeitgeist (espírito do tempo, em alemão), muda o voto? 
 
O então ex-presidente Lula foi para a cadeia por uma decisão do Supremo de permitir a prisão depois de condenação em segunda instância. Ficou preso 1 ano, 7 meses e 1 dia, período em que vários habeas corpus em seu favor foram recusados pela maioria do Supremo. Um belo dia, ministros mudaram de ideia e de voto, permitindo que se formasse a maioria para liberar Lula: Rosa Weber, que sempre fora contra, mas seguira a maioria na votação anterior, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, alegando que havia abuso na prisão em segunda instância. 
 
O ministro Dias Toffoli, ao tomar a decisão drástica de anular todos os processos da Lava-Jato, mostrou quão volúvel é.  
Umbilicalmente ligado ao PT, de quem foi advogado, e a Lula, foi cruel ao impedi-lo, preso, de assistir ao funeral de um irmão. 
Ao assumir a presidência do STF, inovou ao convidar para assessorá-lo o general Fernando Azevedo, um militar tão próximo ao então presidente Bolsonaro que acabou nomeado ministro da Defesa. 
E passou a chamar o golpe de 64 de “movimento militar”. 
 
O ministro Gilmar Mendes, fluente em alemão, sabe o que é isso. Classificou de cleptocracia o governo petista, com base nas descobertas da Operação Lava-Jato. 
Mudou o Zeitgeist, mudou sua visão. Classificou de “organização criminosa” o grupo de Curitiba que desnudou a “cleptocracia”, depois que conversas entre os procuradores e o então juiz Sergio Moro foram vazadas devido ao hacker, hoje preso, Walter Delgatti. 
 
O ministro Gilmar alega, com razão, que não se pode combater a corrupção cometendo ilegalidades. 
 Mas por que os processos contra os corruptos não continuaram até o final, escoimados das ilegalidades? 
A velha máxima jurídica de que “o que não está nos autos não está na vida” já não vale mais. As provas obtidas de maneira ilegal pelo hacker contra os procuradores de Curitiba e Moro foram usadas em diversos votos por variados ministros, até liberadas para a defesa de Lula.

O advogado Alberto Toron, de muitos dos envolvidos na Lava-Jato, aplaudiu a decisão de Toffoli e alegou que não se pode saber a legalidade das decisões sobre o acordo de leniência da Odebrecht porque há “incertezas quanto à veracidade das informações que constam dessas plataformas” (referindo-se aos sistemas MyWebDay e Drousys, que guardavam os nomes, codinomes e quanto cada corrompido recebeu).

Por acaso foi atestada a veracidade das mensagens hackeadas dos celulares dos procuradores no Telegram? 
Também lhes faltam a “cadeia de custódia”, até por terem sido conseguidas de maneira ilegal. 
Além do mais, as confissões foram fartas, os bilhões devolvidos são reais, assim como reais são os bilhões de dólares que o governo brasileiro pagou a investidores estrangeiros da Petrobras e de outras estatais. 
A cleptocracia foi comprovada vastamente, e agora, com a liberação geral de todos os condenados, viveremos a esdrúxula situação de ter que devolver dinheiro a corruptos. 
 
Veja-se o caso atual da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro. 
Não é preciso ser bolsonarista para estranhar que nenhum ministro do Supremo tenha se levantado contra a prisão preventiva alongada do militar, método denunciado como “tortura psicológica” pelo ministro Toffoli contra a Lava-Jato. 
 
Outra questão que a volubilidade do Supremo pode provocar: até quando as consequências da delação do assessor de Bolsonaro valerão? Bolsonaro continuará inelegível ou, se mudar o Zeitgeist, mudarão também os votos de nossos ministros? 
Se eventualmente a direita ganhar a eleição em 2026, as joias acabarão legalizadas? 
Qual será o Zeitgeist do momento? 
São dúvidas que parecem absurdas, mas pertinentes diante da insegurança jurídica que as mudanças de rumo do Supremo ensejam.
 
Merval Pereira, colunista - O Globo


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Ditabranda – China abandonou guerrilheiros no Araguaia para se aliar à ditadura

DefesaNet

Principal parceiro comercial do Brasil, país asiático vive momento de desaceleração econômica e mantém relação pragmática e foco nos negócios, que hoje se concentram na compra de commodities

Leonencio Nossa
À margem da História
Estadão – Estado de São Paulo
02 Setembro 2023

Ver Nota DefesaNet ao pé da página

Tempo de repressão. Um grupo de militantes do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, foi convidado pelo regime de Mao Tsé-Tung, nos anos 1960, para treinar guerrilha na Academia Militar de Pequim.  
Num idioma e numa cultura completamente diferentes, os brasileiros tiveram mais aulas de política internacional que de tiros e emboscadas. 
O anfitrião liderara, décadas antes, uma Longa Marcha a partir do interior chinês e vencera uma guerra civil que implantou o comunismo.
 
Na volta ao Brasil, os militantes seguiram para o Bico do Papagaio, na divisa do Pará com o norte de Goiás, hoje Tocantins, para combater a ditadura militar
Ali, na confluência dos rios Araguaia e Tocantins, na chamada Mesopotâmia Brasileira, o partido criou três pequenas comunidades. 
Cada uma com pouco mais de 20 integrantes e o intuito de convencer caçadores, agricultores, pescadores, barqueiros e catadores de coco a aderir à luta armada até atingir os grandes centros, numa guerrilha maoísta.

Pequim não formou homens para guerra na selva. Nem a ditadura tinha agentes para isso. O Araguaia foi um conflito assimétrico, de um lado civis e do outro as Forças Armadas. Eram cerca de cem guerrilheiros, entre militantes das cidades e camponeses. O Exército montou a primeira operação em abril de 1972, mas saiu de lá sem liquidar o movimento. Voltou em setembro. Sem sucesso. A cúpula militar e o Palácio do Planalto organizaram uma operação de inteligência de mapeamento da área antes de uma terceira campanha.

Após recolher dados de agentes disfarçados, o Exército iniciou em 1973 a ofensiva final com homens preparados em Manaus. No Natal daquele ano, o chefe político da guerrilha, o ex-deputado federal Maurício Grabois, quase sem enxergar, foi morto por paraquedistas.

A biografia dele, feita dentro do partido, registra um equívoco em sua primeira edição ao dizer que a infantaria o teria matado. O livro ainda registra que o comunista nascido em Campinas era de Salvador. A obra erra no nascimento e na morte do personagem. Leitor de Albert Camus, Grabois preferia o Estadão às publicações comunistas para se informar. Merecia um perfil decente, tipo tijolaço.

Foram muitos anos de guerra civil envolvendo os comunistas de Mao Tsé-Tung, além dos nacionalistas de Chiang Kai-Shek. Com a vitória comunista em 1949, fundou-se o Partido Comunista Chinês, tendo como chefe supremo Mao Tsé-Tung. Foto: Foto acervo UPI

A guerrilha brasileira mais bem estruturada, hoje é preterida pelos intelectuais de esquerda em detrimento dos grupos urbanos da luta armada. O grupo apostou num movimento de foco, que começava justamente onde a ditadura iniciava o “Brasil Grande”. A região no sudeste paraense foi demarcada como área de segurança nacional.

Lá estavam o canteiro das obras da Transamazônica, as pesquisas da Vale sobre a potencialidade de minério de ferro e o projeto de Tucuruí. 

(...) 

Na década seguinte, Fernando Henrique Cardoso daria início à tradição de pedir apoio da China à entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU em troca de defesa de alguma posição polêmica de Pequim – o governo chinês informou que ele defendeu, em uma visita em 1995, a política de direitos humanos do país, marcada pelo massacre da Praça da Paz Celestial e pela repressão a dissidentes. O tucano fez malabarismo para dizer que não foi bem assim.

Ter assento permanente no Conselho de Segurança significa poder de barganha em outras áreas. A questão é que os cinco membros do órgão devem ser unânimes à ampliação do grupo, e não houve registros de que a China tentou convencer os norte-americanos, em especial, a aumentar o número de cadeiras.

Pequim pôs crianças com bandeirinhas e soldados em traje de gala para recepcionar Luiz Inácio Lula da Silva (em 2004, 2008 e 2009), Dilma Rousseff (2011), Michel Temer (2016 e 2017) e Jair Bolsonaro (2019). Justiça seja feita, Bolsonaro foi o único visitante que não fez discurso de chefe de superpotência. Mas excedeu no viralatismo por interesse pessoal.

Distante de questões diplomáticas e do papel de candidato à presidência de um país parceiro comercial da China, copiou Donald Trump no uso de bobagens contra a China para ganhar seguidores nas redes. Ainda na campanha, esteve em Taiwan para irritação de Pequim. Até a ditadura militar havia deixado de reconhecer a autonomia da ilha reivindicada pelos comunistas chineses.

(...)

Irmãs de guerrilheiros mortos no Araguaia fizeram um protesto para lembrar assassinatos na floresta, do passado e do presente.  Foto: Leonencio Nossa

Nota DefesaNet
Para mais detalhes sobre as Campanhas da Guerrilha do Araguaia, e detalhes sobre as três campanhas. Acesse o excepcional artigo do General Álvaro Pinheiro, publicado originalmente por DefesaNet, em 2005 e republicado em 2012.

Nota Blog Prontidão Total: informamos que estamos apresentando  transcrição parcial da matéria e ao tempo que agradecemos à  DefesaNet, registramos que nos proibimos de apresentar qualquer comentário, inclusive por ser a matéria uma narrativa (que não corroboramos) apresentada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Acesse DefesaNet para leitura integral

 

 


Com HC de Nunes Marques, responsável por inteligência do DF não irá à CPMI

Ex-subsecretária de Anderson Torres no Distrito Federal, Marília Alencar vai faltar à Comissão 

Ministro Kassio Nunes Marques -

 O ministro do STF Kassio Nunes Marques - (Fellipe Sampaio/STF)

A ex-subsecretária de Inteligência do Distrito Federal, Marília Ferreira Alencar foi convocada à CPMI do 8 de janeiro, mas vai faltar à oitiva respaldada por um Habeas Corpus concedido pelo ministro Kassio Nunes Marques, do STF. Ela iria à Comissão como investigada. “Concedo a ordem de habeas corpus para dispensar a paciente, caso queira, de comparecer perante a CPMI do 8 de Janeiro, em caso de opção pelo comparecimento, garantir-lhe o direito ao silêncio, e não assumir o compromisso de falar a verdade”, escreveu Nunes Marques na decisão. 

Marília já prestou depoimento à outra Comissão Parlamentar de Inquérito, a da Câmara Distrital do DF, com o mesmo objetivo de apurar as responsabilidades do atentado do dia 8 de janeiro aos prédios públicos da Praça dos Três Poderes. Na ocasião, ela disse que o setor de Inteligência “não fracassou” e que as “informações circularam”. 

Alencar era a responsável pela inteligência lotada na Secretaria de Segurança Pública do DF, chefiada por Anderson Torres, que estava de férias nos Estados Unidos, no dia da invasão às sedes dos Poderes da República. 

Em vez de Marília, a CPMI vai escutar nesta terça-feira a policial Marcela da Silva Morais Pinno arremessada ao chão da cúpula do Congresso Nacional, uma altura de aproximadamente 3 metros.

Radar - Coluna Revista VEJA


Procuradores recorrem de anulação de provas da Odebrecht e criticam decisão de Toffoli - O Estado de S.Paulo

Associação afirma que despacho do ministro do STF ‘extrapolou’ limites legais e teme que ato afete outros processos

A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) apresenta nesta segunda-feira, 11, recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) argumentando que a decisão do ministro Dias Toffoli – responsável por anular todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht – , “extrapolou” os limites legais. 
 A entidade pretende atacar aspectos técnicos da decisão por temer que outros processos sejam afetados pelo despacho assinado por Toffoli.

Para a entidade, o processo julgado de maneira isolada pelo ministro não poderia, por exemplo, avançar em questões disciplinares. Só as instâncias de correição do Judiciário e do Ministério Público poderiam averiguar se houve desvio na conduta dos integrantes da Lava Jato.

Na semana passada, em despacho recheado de críticas à atuação de procuradores e da Vara da Justiça Federal comandada na época pelo juiz Sérgio Moro, hoje senador, Toffoli anulou as principais provas sobre pagamentos de propina pela Odebrecht para políticos do PT e de vários partidos. E ainda pediu que fossem instaurados processos contra os investigadores da Lava Jato.

A reclamação que motivou a decisão do ministro foi feita pelos advogados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A advogada Valeska Zanin Martins – mulher de Cristiano Zanin, hoje ministro do Supremo e ex-advogado de Lula no caso – sustentou que, antes de assinar o acordo de leniência com a Odebrecht, o Ministério Público Federal (MPF) começou uma negociação informal com autoridades dos Estados Unidos em busca de pistas para fechar o cerco a executivos da construtora.

Segundo o presidente da entidade, Ubiratan Cazetta, o processo em que Dias Toffoli tomou a decisão não contou com manifestação da empreiteira, principal envolvida no caso. “Nem mesmo as partes estão lá (na reclamação)”, argumentou Ubiratan Cazetta, presidente da ANPR. “Nem mesmo as empresas participaram. A Odebrecht não participou disso para discutir questões.”

A ideia principal da contestação da ANPR, Cazetta aponta, é que tudo que foi julgado por Toffoli que ultrapassa o objeto na reclamação impetrada por Lula tem que ser lido como algo que não é uma decisão judicial “no seu sentido clássico”. Ele diz que não pretende discutir os efeitos processuais em relação a Lula.

“Isso já foi objeto de várias discussões”, disse. “A discussão é: ali há comentários feitos por um julgador, que tem um ônus argumentativo, mas que não é a decisão. Queremos reafirmar que a responsabilidade por averiguar a conduta disciplinar de membros do Judiciário e do Ministério Público é do próprio Judiciário e do Ministério, não pode ser feita por terceiros.”

Ele ainda relembra que, no caso do MPF, a matéria já é objeto de análise da corregedoria, e o material foi entregue ao Supremo. “Não há o que voltar a reapreciar”, disse.

Na última quarta-feira, 6, Toffoli assinou despacho que disse que a prisão de Lula foi um dos “maiores erros judiciários da história do País” e uma “armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos”.

A decisão anulou todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht e dos sistemas Drousys e My Web Day B, feito em dezembro de 2016. A empresa também se comprometeu a desembolsar R$ 6,8 bilhões para ressarcir os cofres públicos. O despacho de Toffoli abre caminho para a derrubada de investigações e ações civis, penais e eleitorais, no Brasil e no exterior, apoiadas em provas obtidas a partir do acordo.

Um dos pontos centrais da decisão de Toffoli é que, mesmo após sucessivas ordens do STF para a 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba e o Ministério Público Federal compartilharem toda a documentação relacionada ao acordo de leniência da Odebrecht com Lula, documentos teriam sido omitidos.

A decisão endossa o discurso de Ricardo Lewandowski de que houve um “ostensivo” descumprimento de determinações “claras e diretas” do STF.A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também manifestou o desejo de ajuizar o agravo à decisão de Toffoli.

 Levy Teles - O Estado de S. Paulo

 

Haja paciência! - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo


Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Não está nada fácil a vida de um brasileiro decente. Nunca foi, é verdade, pois estamos falando do país do jeitinho, da malandragem, da corrupção
Mas depois que soltaram o descondenado e utilizaram o TSE para ajudar o ladrão a voltar à cena do crime, como diria Alckmin, tudo virou um pesadelo para quem não perdeu o juízo ou a moral e, portanto, não fez o L.
 
Lula é mitomaníaco, mente que nem sente, parece incapaz de dizer a verdade. 
E agora tem proferido suas bobagens com mais frequência, tornando o Brasil um pária mundial.  
Diz que receberia o psicopata Putin no país e que o mundo precisa "respeitar" o Brasil, ignorando decisão do Tribunal Internacional do qual nosso país é signatário. 
Depois diz que nem sabia da existência desse tribunal, sendo que já pediu que o mesmo tribunal julgasse o "negacionista" Bolsonaro por atuação na pandemia. É um cínico da pior espécie!
 
Como pegou muito mal Lula se mandar com Janja para a Índia logo depois do fiasco do 7 de setembro sem povo, ignorando mais de 40 mortos pelo ciclone no sul, eis que agora o governo comunista resolveu partir para cima do jornalista Alexandre Garcia. 
Flávio Dino disse que vai acionar a Polícia Federal para investigar "Fake News", sem apontar que lei prevê isso, e a AGU manda investigar as falas do jornalista sobre as chuvas. Oi? Que raios a AGU tem a ver com isso?! 
E pensar que militante petista da velha imprensa aplaude! Isso é coisa de ditadura, não?
 
Aí lembramos que a mídia alinhada só fala da tal delação de Mauro Cid, enquanto os ministros supremos, até ontem, consideravam delação obtida pela ameaça de manter o delator preso coisa de torturador. O que mudou? Ah sim, o alvo agora é bolsonarista. 
Os tucanos acharam que ficariam com o espólio do PT após a Lava Jato, mas vendo que surgiu em cena a direita, tiveram de resgatar Lula e enterrar a Lava Jato, permitindo a vingança contra os envolvidos na maior operação de combate à corrupção.
 
Nosso STF deveria simplesmente ser o guardião da Constituição, uma missão nobre. 
Mas a composição atual da Corte optou pelo ativismo, pelo abuso de poder, pela militância partidária, e tem arrastado a credibilidade da Justiça para a lama em nosso país. 
Mas fiquem tranquilos, pois os ministros sabem como investir o tempo escasso e nossos recursos: O Diálogos com o Supremo de hoje receberá o economista de esquerda Joseph Stiglitz, para falar sobre os "Desafios para o Crescimento Econômico com Estabilidade e Inclusão Social".
Você tem direito de pensar que é um DCE de uma federal, e não uma Corte Constitucional. Mas você está enganado!
 
O Brasil cansa! Mas esse já virou um bordão ultrapassado. Nos tempos atuais, o Brasil exaspera, leva ao limite a paciência do mais zen-budista de todos! E como tudo que é muito ruim sempre pode piorar, melhor arregaçar a manga e trabalhar duro pois Lula quer um novo avião com cama de casal, que pode custar mais de R$ 400 milhões aos cofres públicos! 
O líder do povo que não tem povo ao seu lado precisa de mais luxo e conforto, pois é dura a vida de um malandro que diz ajudar os pobres...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


Lula se esquece do direito internacional e diz que Putin não será preso se vier à reunião do G20 - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Compromissos internacionais

O ex-presidente Bolsonaro se interna hoje em São Paulo para fazer mais uma cirurgia. Já é a quinta, se não me engano, na região atingida pela facada de Adélio Bispo e outros
Ele está com suboclusão nos intestinos. São aderências que se formam. Problema de hérnia de hiato, refluxo, esses incômodos na digestão. 
A facada foi para matar. Ele não morreu porque foi atendido imediatamente. Se não estivesse em Juiz de Fora (MG) e perto da Santa Casa, com cirurgiões lá dentro, teria morrido. 
E sobre Adélio Bispo, até hoje a gente fica esperando. 
Quem foi o deputado que botou o nome dele lá para criar um álibi? 
Caso ele não fosse preso lá em Juiz de Fora, teria prova de que estava na Câmara. Vamos em frente!
 
Os problemas causados por Jean Willys
Eis que o deputado Jean Wyllis, que saiu de repente do país, pois disse que estava ameaçado de morte, agora voltou. 
A ameaça de morte desapareceu e, obviamente, acabou brigando com o seu chefe, o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom).

Ele foi levado ao palácio pela primeira-dama Janja, que conseguiu lá um cargo para ele na Secom e acabou não dando certo com o ministro Paulo Pimenta. Wyllis, dentro da Secom, resolveu criticar um governador: o governador do Rio Grande do Sul. Recebeu uma reprimenda do seu chefe, Paulo Pimenta, que disse que ele (Wyllis) é tóxico e radiativo.

Wyllis respondeu que o Paulo Pimenta é mau caráter. Digo sem medo que ele está se sentindo ameaçado. "Se para estar no governo, eu não posso criticar Eduardo Leite, nem apontar os equívocos do próprio Lula, eu não quero estar". Incrível, incrível. Uma lambança. Levou uma lambança lá para dentro.

Por que Juscelino Filho continua no ministério?
Aliás, por falar nisso, né? 6 de janeiro, na primeira reunião ministerial, o presidente Lula deu um aviso: quem fizer errado sabe que só tem um jeito, a pessoa será convidada a deixar o governo.   
Aí, eu vejo o editorial de “O Estado de São Paulo” do outro dia cobrando a realização dessa promessa em relação a Juscelino Filho, que é o ministro das Comunicações, que fez muito errado. 
Está com os bens bloqueados em uma espécie de conspiração com a irmã dele, com empreiteiras, Ele faz a emenda, depois a emenda é usada na área da Codevasf. Aquela confusão toda lá. 
Já tem problema de asfalto, de leilão de cavalo, de uso do avião da FAB. E continua lá. Por quê? Porque o ministério é entregue a um partido político. Não é do presidente, exatamente. 
O presidente se entende com o partido político União Brasil, certo? Ainda não decidiu se troca por outro ou não. E ele continua lá. Essa é a questão...
 
Lula desagrada Janja e o PT com demissão de Ana Moser
Uma outra questão que o presidente vai ter que enfrentar quando voltar
Vai ter que resolver muitos casos. 
Com a demissão de Ana Moser, desagradou o PT. Desagradou a Janja. A Janja postou dizendo que não ficou feliz com a demissão de Ana Moser. Ela está cada vez mais influente.
As mulheres dos chefes de estado lá do G20 não participaram, mas ela participou das reuniões, das recepções etc... 
Onde estavam os homens sozinhos, o único que não estava sozinho era o nosso presidente brasileiro. [quando o ignorante que preside o Brasil começar a ser desconvidado ou sequer convidado,  para reuniões de autoridades que realmente honram o cargo que ocupam, não haverá do que o Brasil reclamar.]

Os rescaldos da reunião do G20
Bom, e Lula deu aquela entrevista dizendo que vai convidar Putin para vir para reunião do G20 no ano que vem, no Rio de Janeiro, e que aqui ele não vai ser preso.Ele está esquecendo do Direito Internacional.
[com o devido respeito ao articulista: 'não é possível esquecer o que não se sabe'; Aliás, o petista em seu penúltimo mandato declarou que o Brasil precisava reforçar a segurança da fronteira com os Estados Unidos - declaração que vale como um atestado de desconhecimento do significado do adjetivo em referência.]  
O Brasil é signatário do Tratado de Roma.  
Tem os compromissos com o Tribunal Penal Internacional (TPI), que tem uma ordem de prisão para Putin por crime de guerra, deportação de menores de idade ucranianos, de crianças ucranianas. Tem que cumprir.

O presidente Fernando Henrique incluiu na legislação brasileira através de um decreto. Inclusive, é o Decreto 4.388/2002, que diz que será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém o Tratado de Roma do Tribunal Penal Internacional.

E além disso, o presidente não sabe que essas coisas não são dele. Ele não tem poder de prisão sobre as pessoas. É o Judiciário que trata desse assunto. Meu Deus do céu!

Eu não sei se a jabuticaba não fez bem, depois da parada de 7 de setembro. Em vez de ir para o Rio Grande do Sul, ele foi comer jabuticaba, de faixa presidencial, dizendo que estava colhendo o que plantou.   
Plantou, aliás, em terreno próprio da União, né? No pátio do Palácio do Alvorada, que é terreno da União.

Bom, mas enfim, o Mangabeira Unger foi ministro de Lula, foi ministro de Dilma, ministro de Assuntos Estratégicos. Em uma entrevista ao Estadão, está dizendo que Lula, ao viajar para o exterior, só faz discursos entediantes, enquanto o Brasil afunda. Pois é!

O destino do dinheiro da corrupção
E tem outra coisa que a gente tem que pensar urgentemente: o que nós vamos fazer com R$ 6,2 bilhões que foram devolvidos pelos corruptos à Petrobras depois dessa decisão do ministro Toffoli.  
A Procuradoria do Tribunal de Contas da União (TCU) age como se fosse Defensoria Pública e já está pedindo que que haja uma compensação aos pobres coitados dos corruptos que devolveram dinheiro.  
Meu Deus do céu, é uma bola de neve essa decisão do ministro Toffoli!


Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


O leviatã não perdoa - Sirlene Lino

       O Brasil mergulhou inexoravelmente em um regime ditatorial. E não falamos apenas dos presos políticos e das perseguições ideológicas promovidas pelo Judiciário, mas da gama de ações ilegais que tem se multiplicado no país. 
O desmonte do ordenamento jurídico é nefasto, joga o indefeso cidadão na arena do feroz leão estatal. 
Em nome de um suposto “bem maior” ou de “salvar a democracia”, cometem os mais perversos absurdos.

Não existem mais garantias legais ou normas do devido processo legal - um marco civilizatório de qualquer nação. Há apenas o arbítrio dos tiranos.
Um simples crime de injúria - descrito antigamente na lei penal como “atribuir palavras ou qualidades ofensivas a alguém, expor defeitos ou opinião que desqualifique a pessoa, atingindo sua honra e moral” - pode ensejar uma medida cautelar de busca e apreensão. 
Um descalabro nunca dantes visto nos tribunais brasileiros.

A história mostra que, o uso indevido de instrumentos coercitivos (ou da força policial) como forma de intimidar e constranger, constitui uma das mais abjetas arquiteturas da manutenção de um regime autoritário. Em vez de seguir a lei, segue-se a sede de justiçamento da tirania.

O mais grave vivido atualmente no Brasil é o silêncio dos juristas e dos operadores do direito, com relação ao que se passa na caótica órbita jurisdicional brasileira. 
O silêncio dessa gente prolongará o estado de putrefação da nação brasileira. Preferiram, com o aval covarde e militante da mídia nacional, fazer de conta que vivemos uma normalidade institucional, quando na verdade vivemos uma desordem jurídica sem precedentes.

Assistimos à ruína completa de qualquer tênue vestígio de civilidade que o país já tenha tido. Resta repetir o básico: o Leviatã não perdoa ninguém! Em algum momento também mostrará suas garras aos covardes.

 

Sirlene Lino  - Conservadores e Liberais


 

Há 50 anos desaparecia Ana Lídia, criança assassinada em Brasília

Um dos assassinatos mais marcantes da história de Brasília ficou marcado pelo desaparecimento de provas, pistas ignoradas e um mistério sem solução: quem matou Ana Lídia?

 Era uma terça-feira normal até o horário em que Ana Lídia sairia da escola. -  (crédito:  Arquivo Pessoal)

Era uma terça-feira normal até o horário em que Ana Lídia sairia da escola. - (crédito: Arquivo Pessoal)

Há 50 anos, em uma tarde de terça-feira, às 13h50, Ana Lídia Braga, de 7 anos, deixava sua casa, na 405 Norte, acompanhada dos pais, e seguia para a escola. A mãe, Eloyza Rossi Braga, a levou até a sala de aula, no colégio Madre Carmen Salles, na 605 Norte, onde cursava 1ª série do ensino fundamental pela manhã e, à tarde, tinha aulas de reforço e de piano. O casal deixou o local rumo ao trabalho.
 

STF investe R$ 60 milhões em contratos para segurança e autopromoção - Lucio Vaz

Vozes - Gazeta do Povo

O blog que fiscaliza o gasto público e vigia o poder em Brasília

Em conflito com o bolsonarismo nos dois últimos anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) preparou para este ano contratos no valor de R$ 62 milhões para medidas de segurança e divulgação dos seus atos
Foram contratadas equipes de segurança pessoal armada, escolta de autoridades, reforço da vigilância e recuperação do prédio após os atos de vandalismo em janeiro. 
Alguns dos novos contratos já estavam em vigor durante a invasão e depredação do tribunal.
Mas o contrato mais caro foi para a autopromoção – R$ 17,5 milhões. É destinado à prestação de serviços de operação integrada da TV Justiça e Rádio Justiça sob demandas de programas de TV, rádio e multimídia voltados à “divulgação dos atos do Poder Judiciário”. Serão produzidas matérias especiais, documentários, vinhetas e transmissões ao vivo de sessões e eventos do STF. Vigente desde fevereiro, estará em vigor até janeiro de 2024. [perguntar não ofende: qual a motivação do TSE, faltando mais de um ano para realização de eleições, veicular diariamente - não sabemos quantas vezes x dia - material publicitário sobre suas funções e importância para a democracia?
Em nossa opinião, seria mais econômico e eficiente no alcance dos objetivos de divulgação, que tal publicidade fosse veiculada com uns 30 dias de antecedência em relação à data das eleições.]
Os serviços de apoio operacional na área de segurança pessoal privada armada no Distrito Federal (DF) têm o valor de R$ 16,8 milhões. Assinado em janeiro deste ano, vai até dezembro de 2026. Mas o contrato não detalha quem será protegido nem os locais de atuação dessa robusta equipe de segurança.

A contratação de empresa para serviços na área de vigilância, com dedicação de mão de obra exclusiva, tem o valor de R$ 16,9 milhões. Assinado em janeiro deste ano, estará em vigor até dezembro de 2026. Os serviços de segurança pessoal armada, incluída a condução de veículos oficiais de representação e escolta, vão custar mais R$ 8,3 milhões de janeiro a dezembro deste ano.

Em 30 de janeiro, ocorreu a compra e instalação de cortinas de blecaute e tela solar em substituição as que foram danificadas no prédio central, durante os episódios de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro. 
A obra visou criar condições de utilização do prédio para a abertura do Ano Judiciário e custou de R$ 1,3 milhão. 
Em julho deste ano, foi assinado contrato de R$ 964 mil para serviços de segurança pessoal privada armada no Paraná.

Veja Também: Lula torrou R$ 30 milhões com viagens internacionais até julho

Fogos de artifício reforçaram segurança
O reforço na segurança dos ministros, servidores e do prédio do STF teve início, na verdade, após o lançamento de fogos de artifício sobre o prédio do tribunal, em 13 de junho de 2020. Em setembro daquele ano, o Supremo contratou serviços na área de segurança pessoal privada armada no DF, incluída a condução de veículos oficiais de representação e escolta, com valor anual de R$ 4,9 milhões.

Na época, o tribunal afirmou ao blog que, “para a execução diária da proteção dos ministros da corte, faz-se necessária a contratação de seguranças pessoais privados para atuarem na segurança dos ministros do STF, majoritariamente nos translados e eventos externos”.

Outro contrato, no valor de 25 milhões, válido de novembro de 2017 a maio de 2020, na área de segurança pessoal privada armada, previa a contratação de 85 profissionais para atuar na residência dos ministros. O STF afirmou que os imóveis necessitam de proteção diuturna, “haja vista a existência de riscos reais e potenciais contra os membros do tribunal”.

Os ministros do STF já contavam com veículos blindados desde janeiro de 2019. Contrato no valor de 2,8 milhões, comprou 14 veículos oficiais de representação, com proteção balística. 
O tribunal afirmou ao blog que os blindados foram adquiridos “em razão de riscos reais e potenciais a que os ministros do STF estão submetidos. Todos os veículos são destinados aos ministros”.

A segurança dos ministros ocorreu também fora de Brasília. Em abril de 2020, foi assinado contrato no valor de R$ 3 milhões para dois anos de serviços de segurança pessoal privada armada na cidade do estado de São Paulo. Contrato semelhante, foi assinado para segurança na cidade do Rio de Janeiro. O contrato teve oito aditivos e o valor chegou a R$ 4 milhões.

O tribunal afirmou que os contratos relativos a São Paulo e Rio de Janeiro visam a “segurança dos ministros” nessas cidades, onde possuem residências.

Asas que protegem
A Força Aérea Brasileira (FAB) usa o slogan “Asas que protegem”. Entre os protegidos, estão os presidentes e alguns ministros do STF. O ex-presidente Luiz Fux, que esteve no cargo de setembro de 2020 a setembro de 2022, fez 175 voos de ida e volta para o Rio de Janeiro, onde tem residência. 
Alguns voos foram de outras capitais, onde cumpriu agenda oficial, para o Rio, geralmente às sextas-feiras, para o ministro passar o final de semana em casa. Considerando o custo da hora/voo das aeronaves, a despesa fechou em R$ 2,9 milhões.

Os jatinhos oficiais podem ser utilizado a serviço, em emergência médica ou por questões de segurança. Os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo, além do vice-presidente da República, podem ainda utilizar as aeronaves da FAB para se deslocar para o local de residência.

Desse fevereiro deste ano, mais alguns ministros do Supremo têm utilizado jatinhos da FAB “à disposição do Ministério da Defesa” para se deslocar para casa nos finais de semana. 
Eles alegaram questões de segurança porque estariam sendo importunados ou até mesmo ameaçados durante os voos em aviões de carreira. 
Os 48 voos já realizados custaram um total de R$ 660 mil. Quem mais viajou foi o ministro Alexandre de Moraes.

Lucio Vaz, colunista - Gazeta do Povo - VOZES