Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Catar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Catar. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Na contramão a 100 km/h

Brasil regride nas armas, no trânsito, no ambiente, nos costumes, até no bom senso

O presidente Jair Bolsonaro anuncia o fim da indústria da multa”, mas pode estar reforçando a “indústria da morte” com a obsessão pelas armas, o estímulo para converter carros em armas e a sensação de que, ao virar presidente, está livre para tornar suas convicções pessoais em agenda de Estado. Os papos com filhos e amigos agora viram MPs, decretos, projetos de lei. Danem-se especialistas, dados e pesquisas científicas.  Para o presidente da Comissão da Reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PL), ele “não tem noção de prioridade e do que é importante para o País”. Além de “flexibilizar” a posse e o porte de armas, Bolsonaro levou orgulhosamente ao Congresso um projeto leniente com infratores e infrações de trânsito – um grande assassino no mundo. No Brasil, foram 35,3 mil mortes e 180 mil internações só em 2017.

[ainda que a contragosto somos forçados, pelos fatos, a concordar  com a articulista, ressalvando o acerto no tocante a facilitar posse/porte de armas e que os direitos humanos dever ser priorizados quando seguem o principio: DIREITOS HUMANOS PARA HUMANOS DIREITOS, os 'direitos dos manos' devem continuar sendo ignorados.]

Japão, Canadá, França e Espanha reduziram a mais da metade as mortes no trânsito. Como? Com educação, abordagem policial e penas duras para infratores. E o Brasil? Se depender do presidente da República, o Brasil vai na contramão, a mais de 100 km/h. Os radares estão ameaçados e os maus motoristas poderão cometer o dobro das barbaridades até perder a carteira, não terão de se preocupar com cadeirinhas e estarão livres de comprovar que não usaram algum tipo de droga, mesmo que dirijam ônibus e caminhões.


Não satisfeito com a reação, o presidente engatou a segunda e disse que, por ele, os pontos para cassar a carteira não deveriam ser “só” 40, mas 60. Divirtam-se os que pisam no acelerador, avançam o sinal, estacionam em calçadas e vagas de idosos e deficientes. É possível que a base eleitoral de Bolsonaro ache tudo isso o maior barato, mas esse barato pode custar muito caro – em vidas humanas, em lesões irreversíveis e em custos para o sistema público de saúde, já tão depauperado.

Essas medidas, porém, combinam com a leniência de Bolsonaro em outras áreas, como Meio Ambiente. Pescar em áreas protegidas pode, desmatar fica mais fácil, transformar santuários em “Cancúns” está no horizonte, a carreira de agente ambiental corre risco. Ambientalistas são tratados como esquerdistas que atravancam o progresso, um perigo para o Ocidente.

Direitos Humanos? Deve ser coisa de gente que estuda Sociologia, Filosofia, Antropologia, vistas como inutilidades que alimentam a “balbúrdia” nas universidades públicas, aliás, elas próprias alvo da tesoura ideológica implacável do novo governo. E temos a ministra Damares e o chanceler Araújo, com o guru Olavo de Carvalho, pairando sobre tudo e todos. E Bolsonaro tinha de declarar apoio ao craque Neymar, acusado de estupro e agressões por uma moça?Ele está em um momento difícil, mas acredito nele. Neymar, hoje à noite estamos juntos!”, avisou o presidente, antes de ir ao jogo Brasil-Catar e visitar o jogador num hospital em Brasília.

Não se deve demonizar nem santificar Neymar, mas vai... numa mesa de bar, qualquer um pode achar que Neymar é culpado ou inocente e que a moça é isso e aquilo, mas um presidente da República? Ele assistiu à cena? Ouviu Neymar? A moça? Teve acesso aos autos? Tem informação de bastidores?

Verdade ou não, a mensagem subliminar do presidente é que ele não acha nada demais um estuprozinho daqui, uma agressãozinha dali. Afinal, minimizou a gravidade da situação, assumiu sem pestanejar a versão do craque e desqualificou a moça. Homens sempre têm razão. Espantado com as mudanças propostas por Bolsonaro, o criador e presidente por dez anos da Frente do Trânsito da Câmara, ex-deputado Beto Albuquerque (PSB), acusa: “O Brasil está na contramão, ou andando de marcha a ré”. Não é só no trânsito, deputado!

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Em quatro meses, deputados gastaram R$ 2 milhões com viagens em missões oficiais

Eles voaram para 15 países, além do Brasil 

Nos primeiros quatro meses de mandato, os deputados gastaram mais de R$ 2 milhões com viagens em missões oficiais.
Foram 87 viagens, com pagamento de passagens e diárias, para 15 países, além do Brasil.
Os destinos variaram: do Caribe ao Catar, passando por China e Suíça. 

Ex-deputado de 82 anos se recusa a desocupar apartamento funcional

"Se não consegue este, arranja outro", cobrou deputado que espera há quatro meses


O ex-deputado Paes Landim, do PTB do Piauí, de 82 anos, terminou seu mandato há quatro meses, mas ainda ocupa o apartamento funcional da Câmara. Está lá desde 2000. O deputado Dr. Jaziel, do PL do Ceará, que aguarda a mudança desde fevereiro, já perdeu as esperanças de morar no imóvel a que tem direito. Pediu que a Câmara providencie outro. 


Ele tem cobrado o deputado André Fufuca, do PP do Maranhão, o quarto secretário da Câmara, que é responsável pelos imóveis. "Eu disse ao Fufuca: 'Se não consegue este, arranja outro'. Ele já deu entrada na AGU, já teve multa e tudo. O que me admiro é a facilidade com que o deputado que está lá se apropria de um bem da União", afirmou Jaziel, que criticou Fufuca: "Está mais para 'muvuca". 

Procurado, Landim disse apenas que seguirá no apartamento porque assumirá vaga de suplente "na semana que vem", no lugar do deputado Merlong Solano, do PT do Piauí. Solano, por sua vez, estava na Câmara no lugar do deputado Capitão Fábio Abreu, do PL do Piauí.

Revista Época



Leia mais:Vídeo: deputado do PSL dá cabeçada em colega e será levado ao Conselho de Ética

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Senado paralisa Itamaraty

“ONU, Paraguai, Grécia, Guiana, Hungria, Marrocos, França, Romênia, Bulgária, Jordânia, Portugal, Bahamas, Egito, UNESCO e Catar aguardam novos embaixadores, além de Itália, Santa Sé e Malta e CPLP”


A relação do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com o Congresso, na linha de atuação do guru Olavo de Carvalho, está criando a maior dor de cabeça para o Itamaraty. Quinze novos embaixadores designados pelo ministro foram parar na geladeira da Comissão de Relações Exteriores do Senado, apesar da conversa entre o chanceler brasileiro e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que somente liberou a apreciação das indicações de três embaixadores até agora, todos por interferência de outras autoridades.

O presidente da Comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), é aliado de primeira hora de Alcolumbre. Hoje, em reunião extraordinária da Comissão, segundo a pauta que estabeleceu, serão examinados os nomes dos embaixadores designados para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com sede em Lisboa, Pedro Fernandes Pretas, um pedido do ministro-chefe do Gabinete de segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno; para Santa Sé e Malta, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, solicitação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG); e da Itália, Hélio Vitor Ramos Filho, cujo padrinho é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A primeira indicação será relatada pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), a segunda pelo próprio Anastasia e a terceira, pelo senador Jarbas Vasconcelos(PMDB-PE). Todos são de oposição.

Nos bastidores do Itamaraty, a interpretação é de que as dificuldades estão num contexto mais amplo do que as relações dos diplomatas indicados para os postos no exterior com o Congresso, porque a maioria deles exerceu funções técnicas e não têm rusgas políticas com os senadores. Também não existe nenhuma “pendência” do presidente do Senado com o Itamaraty. Há cerca de um mês, o chanceler Ernesto Araújo esteve com Alcolumbre para solicitar a aprovação de suas indicações, sem sucesso até agora. Araújo já se queixou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a demora nas nomeações, mas não houve nenhuma iniciativa do Palácio do Planalto no sentido de agilizar a apreciação dos nomes.

A substituição de embaixadores em postos estratégicos é normal na troca de governos, o que não é normal é essa demora. Também não é trivial a ruptura promovida por Araújo, que resolveu “caronear” — para usar uma expressão militar — a elite diplomática do país e promover diplomatas mais jovens para os postos mais relevantes. O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira foi elegante ao deixar o cargo que ocupou durante o governo Temer, evitando trocas nos postos primordiais, como as embaixadas de Estados Unidos, França e Portugal, com o objetivo de facilitar a vida de seu sucessor e a dos próprios diplomatas. A demora nas nomeações, porém, tornou-se um empecilho para a política externa, porque os embaixadores que serão substituídos já fizeram suas mudanças e cumprem um expediente meramente formal, aguardando o substituto estoicamente.

Beija-mão
É o caso do embaixador Sérgio Amaral, em Washington, que aguarda seu substituto até hoje. Demitido antes mesmo de Jair Bolsonaro tomar posse, suporta com galhardia o constrangimento de ter que representar o país sabendo que já não tem nenhuma sintonia com o novo chanceler e o atual governo. As embaixadas também ficam em compasso de espera, porque as iniciativas estratégicas dependem da chegada dos novos embaixadores. No jargão diplomático, perdem o “drive”, ou seja, o impulso de trabalho e a energia para novas iniciativas.


No caso dos Estados Unidos, Bolsonaro ainda nem escolheu o substituto. A expectativa era de que o nome do novo embaixador fosse anunciado para o presidente Jair Bolsonaro no seu encontro com Donald Trump, mas isso não ocorreu. Os nomes que chegaram a ser cotados foram o do cientista político Murillo de Aragão, da Consultoria Arko Advice, que era apadrinhado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, e o do ministro de segunda classe Néstor Forster, preferido do chanceler Ernesto Araújo.  Estão no limbo, aguardando aprovação do Senado, os novos embaixadores na Organização das Nações Unidas (ONU), Ronaldo Costa Filho; no Paraguai, Flávio Damião; na Grécia, Roberto Abdalla; na Guiana, Maria Clara Clarísio; na Hungria, José Luiz Machado Costa; no Marrocos, Júlio Bitelli; na França, Luiz Fernando Serra; na Romênia, Maria Laura Rocha; na Bulgária, Maria Edileuza Fontenele Reis; na Jordânia, Riu Pacheco Amaral; em Portugal, Carlos Alberto Simas Magalhães; nas Bahamas, Cláudio Lins; no Egito, Antônio Patriota; na UNESCO, Santiago Mourão; e no Catar, Luiz Alberto Figueiredo.

Tradicionalmente, no Senado, há uma espécie de romaria do beija-mão dos indicados para cargos que dependem de aprovação no Senado, como as agências reguladoras e tribunais superiores. Os designados visitam os integrantes das comissões encarregados de apreciar a indicação, os líderes de bancada e os integrantes da Mesa do Congresso. No caso dos embaixadores, porém, nunca houve isso, bastavam as visitas formais ao presidente da Comissão de Exteriores para marcar as sabatinas. Foram raras as vezes em que indicações foram embarreiradas no Senado, quase sempre em retaliação ao Executivo, por algum motivo. O código para derrubar uma indicação em plenário era coçar a gravata, para ninguém ser constrangido por discursos e encaminhamentos de votação.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Bolsonaro precisa de um superministro no Itamaraty e Bolsonaro recebe embaixador italiano e discute situação de Battisti

Declarações sobre política externa criaram embaraços diplomáticos desnecessários 

Presidente eleito, Jair Bolsonaro delegou a condução da política econômica do seu governo a Paulo Guedes. Recebeu aplausos ao admitir que não domina a seara e a confiá-la a alguém com perfil e currículo desejados. Igualmente Bolsonaro foi elogiado quando, na semana passada, convidou o juiz federal Sergio Moro para comandar a Justiça e a Segurança Pública a partir de janeiro. Bolsonaro afirmou ter concordado “100%” com os pedidos de Moro. Agora o capitão reformado do Exército precisa nomear um superministro para o Itamaraty a fim de reduzir os danos por declarações desnecessárias prestadas por ele e por assessores a dois meses do início do governo.

O primeiro episódio ocorreu no domingo (28), no mesmo dia da eleição. Irritado com perguntas de uma repórter argentina sobre o posicionamento do futuro governo em relação ao Mercosul, Guedes disse que o bloco econômico “não seria prioridade”. Guedes poderia apenas dizer de forma protocolar que o governo estudaria melhor o assunto ou que também daria atenção a outros blocos econômicos, sem diminuir a relação com os parceiros do Mercosul. A declaração gerou incertezas e Bolsonaro não veio a público explicar o que exatamente significa “não priorizar” o Mercosul. 

Na tentativa de se aproximar de Israel, Bolsonaro confirmou promessa de campanha de que a embaixada brasileira naquele país será transferida de Tel-Aviv para Jerusalém. O assunto é tão polêmico que, até hoje, apenas dois entre dezenas de países tomaram a mesma decisão: Estados Unidos e Guatemala. A efetivação da transferência representaria o endosso do Brasil de que a capital de Israel é Jerusalém, cidade reivindicada por palestinos como a futura sede de um governo da Palestina. Nem mesmo o governo israelense esperava uma declaração tão incisiva e precoce de Bolsonaro. As reações não demoraram a surgir. A mais eloquente partiu do governo do Catar, que pediu para Bolsonaro rever sua posição em respeito ao povo palestino. Empresários brasileiros alertaram para o potencial prejuízo econômico que a declaração poderá trazer em termos de exportações para países árabes.  [se Bolsonaro transferir a embaixada brasileira para Jerusalém, está dando um 'tiro no pé';
nada, absolutamente nada, justifica tal transferência, que significará uma tomada de posição do capitão contra os palestinos e favorecento estado hebreu.
O volume de comércio do Brasil com Israel não é de porte a justificar que o Brasil fique a favor de um país que usa aviões caça ultra modernos para abater civis palestinos na Faixa de Gaza.
O que Bolsonaro deve fazer, para não se indispor com países arábes é manter uma posição de neutralidade, mantendo o reconhecimento de que a Palestina é um Estado.]


Até mesmo o imbróglio envolvendo a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente aumenta o grau de incerteza quanto à preocupação do Brasil com a preservação ambiental. O esforço da diplomacia brasileira tem sido o de garantir que o avanço do agronegócio ocorra de forma sustentável. A sinalização de que o Ministério do Meio Ambiente será incorporado à Agricultura para “vigiar” o agronegócio afeta a imagem brasileira mundo afora. 

O possível fechamento da embaixada brasileira em Cuba e a antipatia de Bolsonaro em relação aos governos da Venezuela e da Bolívia também estão no rol das polêmicas. [assunto que ao ver das pessoas sensatas não cabe nenhum tipo de polêmica - manter realções comerciais com Cuba é inútil e só traz prejuízos ao Brasil, situação que impõe o imediato fechamento da embaixada brasileira naquele país e, por óbvio, também fechar a embaixa cubana em Brasília, por inútil.
Relações diplomaticas com Venezuela e Bolívia em nada favorecem os interesses brasileiros.
Parece que a Bolívia fornece gás para o Brasil e se as condições forem vantajosas tal fornecimento deve ser preservado, mas, com relações restritas ao necessário.] Até compreensíveis as críticas de que esses países adotaram políticas “bolivarianas” retrógradas. Mas o que fazer exatamente a partir disso? Romper os laços diplomáticos ou concorrer para que as oposições derrubem Nicolás Maduro (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia) do poder? O empoderamento da futura ou futuro chanceler significará que Bolsonaro não trata a política exterior brasileira como um assunto menor. 

Epóca  

Bolsonaro recebe embaixador italiano e discute situação de Battisti

Presidente eleito já declarou pretender autorizar a extradição do italiano, condenado por terrorismo e homicídios em seu país natal

O embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, visitou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta segunda-feira (5) para tratar do futuro da relação entre os dois países e discutir a situação do ativista italiano Cesare Battisti, condenado no país europeu por terrorismo.

Bernardini deixou o condomínio onde Bolsonaro mora, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, demonstrando satisfação pelo encontro.  “O caso Battisti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição do Battisti, o caso agora está sendo discutindo no Supremo Tribunal Federal e esperamos que o Supremo tome uma decisão no tempo mais curto possível”, disse
O embaixador não quis antecipar se Bolsonaro fez alguma promessa sobre o caso, mas destacou que o presidente eleito “tem ideias muito claras sobre Battisti”. Bolsonaro já declarou que pretende autorizar a extradição do italiano.

Segundo Antonio Bernardini, o encontro também serviu para reafirmar as boas relações entre os dois países. “Temos uma presença no Brasil que é histórica. É claro que estamos olhando para o futuro para aumentar a presença italiana no Brasil”, afirmou o embaixador.
Na reunião, o embaixador também entregou uma carta enviada pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella. O diplomata lembrou que Bolsonaro é de origem italiana e que ambos tiveram uma conversa “muito simpática”.

Antes dele, uma comitiva chinesa composta pelo embaixador Li Jinzhang, pelo ministro Song Yang, pelo ministro conselheiro Qu Yuhui e pela tradutora Liu Xiyuan –, também visitou Bolsonaro. O grupo saiu sem dar declarações.

O caso
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por terrorismo e quatro homicídios na década de 70, dos quais se declara inocente. Passou 30 anos como fugitivo entre o México e a França e em 2004 fugiu para o Brasil, onde permaneceu escondido por três anos até ser detido em 2007.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 2010 pela sua extradição. Contudo, depois de três dias de sessão, os juízes entenderam que o presidente da República deveria aprovar ou não o envio de Battisti para o seu país. Lula, então, optou pela não extradição. Battisti era membro do grupo armado PAC, Proletários Armados pelo Comunismo, e contou com apoio e amizade de petistas no Brasil.

Desde então, o governo italiano vem pedindo a colaboração das autoridades brasileiras para que o terrorista seja enviado de volta ao seu país.  Em comunicado divulgado neste domingo, Battisti reafirmou que confia nas instituições democráticas do Brasil e negou que tenha intenção de fugir de São Paulo, onde vive.  Alguns meios de comunicação da Itália chegaram a informar que Battisti teria fugido do Brasil para evitar sua extradição, prometida por Bolsonaro para quando assumir Presidência, no dia 1º de janeiro.
“Reafirmo minha confiança nas instituições democráticas brasileiras, que desde que me encontro aqui garantiram o pleno funcionamento do Estado de Direito. Estado de Direito este que no presente momento faltou em minha ex-pátria, a Itália”, ressaltou. [Estado de Direito é incompatível de existir em um país que abriga terroristas com a peversidade de Battisti ou de Achiles Lollo.] 


Com Estadão Conteúdo


quinta-feira, 19 de abril de 2018

GLEISI AOS ÁRABES 1: Ela denuncia ‘prisão política’ de Lula a países que têm coleção de presos políticos em seus porões

Criticar decisões tomadas por Gleisi Hoffmann não é nem certo nem errado. É apenas inútil.

Dia desses, “Piauí Herald”, sessão de humor da revista “Piauí,” fez uma graça e publicou um texto segundo o qual Gleisi havia anunciado que o partido decidira, por ordem de Lula, lançar meu nome como candidato à Presidência da República. E se escreve lá: “Rumores internos indicam que a decisão veio diretamente do ex-presidente, que teria dito que nem Gleisi, Lindbergh, Haddad ou qualquer outro quadro do partido lutaram tanto por sua liberdade quanto Azevedo.”

Pois é… Eu como um petista só pode ser mesmo matéria para piada. Mas, como sempre, todo humor tem um pé na realidade, ainda que viva da distorção. E é justamente nisso que está a graça. De certo modo, eu defendi com mais propriedade a liberdade de Lula do que os petistas. E por uma simples razão: EU ME ATENHO À CONSTITUIÇÃO. Eles preferem o proselitismo vulgar. Seus intelectuais, por exemplo, preferem atacar a democracia sob o pretexto de defender o seu líder. É de uma supina estupidez. Ademais, no mundo, vamos dizer, das coisas graves e sérias, eu não me ocupo de defender Lula, Aécio, José ou João. Defendo o devido processo legal. E os advogados, juízes e membros do Ministério Público que se atêm à letra da lei sabem disso. Voltemos a Gleisi.

A presidente do PT teve uma ideia luminosa — ou tiveram por ela. Gravou um vídeo para a rede de televisão Al Jazeera, emissora que pertence à tirania do Catar, em que denuncia a suposta prisão política de Lula. A quantidade de asneiras que diz é assombrosa. E de saída se destaque: não! Ela não pregou um levante do mundo árabe contra o país, como anunciou o deputado Major Olímpio (SD-SP) e algumas lorpas de extrema-direita que julgam ser preciso piorar o que diz o PT para que as pessoas, então, se deem conta da bobagem. Resultado: ao transformar asnice em “fake news”, acabam colaborando com aquele que pretendem combater. Ah, sim: Olímpio protocolou contra a senadora uma representação na Procuradoria Geral da República. Mero oportunismo. Está querendo aparecer.

Nesse caso, Gleisi não cometeu crime nenhum. Burrice, idiotia, estupidez, tolice, parvoíce… Nada disso, felizmente, é tipo penal. A democracia existe também para os tontos. Não fosse assim, haveria mais gente dentro do que fora da cadeia, o que, além de uma impossibilidade física, seria uma impossibilidade política. Porque isso fatalmente conduziria a uma Revolução dos Idiotas. E noto: essa é a luta de classes que sobreviveu e está mais ativa do que nunca.  Adiante.

Começo notando que Gleisi se dirige “aos árabes e aos palestinos”… Entendo. Ela ainda não aprendeu que todo palestino é árabe. Se alguém lhe contar que nem todo israelense é judeu, talvez tenha um surto cerebral.  Lula, sem dúvida, manteve excelentes relações com as tiranias árabes, sem exceção. Alguns desaires da política externa petista se deram, ora vejam, foi com a democracia israelense. O que leva a dita “presidenta” do partido a denunciar que Lula é um preso político a países que, exceção feita à Tunísia, estão com seus porões lotados de… presos políticos? Todos sabem que, a meu juízo e ao de qualquer pessoa que faça uma análise técnica do caso do tríplex de Guarujá, Lula foi condenado sem provas e preso de modo arbitrário. Mas notem: isso é o que me diz a minha concepção liberal de direito — e, pois, dada a democracia, legalista. Houvesse uma ditadura no Brasil, eu certamente defenderia ações ilegais, mas nunca terroristas.

Gleisi poderia tentar escapar afirmando que está se dirigindo à população árabe, não aos governos árabes, e, pois, aquela não pode ser tomada por estes. O argumento seria falso como nota de R$ 3 porque está gravando o pronunciamento para um aparelho internacional de uma tirania — a Al Jazeera —, em cuja conversa jamais caí, e porque, então, nessa hipótese, os “povos árabes” aos quais ela em tese se dirigiria não são livres nem mesmo para escolher as fontes de informação, já que a imprensa vive sob censura, inclusive no Catar. As redes sociais passam, igualmente, por severa vigilância.  Mas a estupidez de Gleisi Hoffmann e do PT, nestes tempos, vai muito além do que revela esse vídeo, embora ele seja a expressão perfeita de todos os desenganos e autoenganos do partido.

Blog do Reinaldo Azevedo



quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Imagem de criança ferida após ataque em Aleppo, na Síria, choca o mundo



Vídeo de Omran Daqneesh, de cinco anos, foi divulgado por ativistas opositores sírios, do Aleppo Media Center, e repercutiram nas redes sociais e no noticiário internacional


Young Syrian boy rescued from rubble after airstrike by Syrian government forces



O mundo voltou a ficar chocado com a crueldade dos conflitos na Síria, após a divulgação das imagens de um menino ferido que recebia auxílio médico após bombardeios das forças aliadas do presidente Bashar al-Assad na cidade de Aleppo, uma das regiões mais disputadas pelo exército sírios e grupos rebeldes. No ano passado, imagens do menino Aylan, morto em uma praia da Turquia após a família dele tentar fazer a travessia do Mar Mediterrâneo, comoveram a população mundial.

As imagens de Omran Daqneesh, de cinco anos, foram divulgadas na quarta-feira (17/8) por ativistas opositores sírios, do Aleppo Media Center, e repercutiram nas redes sociais e no noticiário internacional. No vídeo é possível ver o momento em que um socorrista tira a criança dos escombros após a explosão de um prédio. Totalmente coberta por poeira, ela é levada para uma ambulância e acomodada em uma cadeira. Aparentando estar atordoado, o pequeno Omran coloca a mão no rosto e, depois de perceber que estava sangrando, ele tenta limpar as mãos na cadeira. De acordo com o jornal The Telegraph, os médicos que cuidaram da criança afirmaram que ele passa bem. No ataque, ao menos oito pessoas morreram, entre eles cinco crianças, segundo os ativistas.

Conflito sangrento
A batalha por Aleppo é a mais importante para o regime e para os rebeldes desde o início da disputa bélica na Síria em 2011, mas pode se transformar em uma guerra de desgaste sem vencedores. Os dois grupos estão concentrando tropas e tentarão por todos os meios se apoderar desta localidade dividida desde 2012 entre os bairros do oeste, em poder do regime, e os do leste, sob o controle dos insurgentes. Nesta batalha, o Exército da Conquista (Jaish al-Fateh) é a principal força que luta contra o regime. Em 2015 conseguiu expulsar as tropas governamentais da maior parte da província de Idleb (noroeste). Jaish al Fateh é uma coalizão que reúne uma dezena de facções jihadistas e rebeldes apoiadas por Arábia Saudita, Catar e Turquia.

Fonte: France Presse

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Vítima de estupro é condenada por sexo fora do casamento no Catar



Holandesa de 22 anos denunciou ter sido drogada e violentada por desconhecido
Uma corte no Catar condenou uma mulher de 22 anos acusada de fazer sexo fora do casamento depois que ela procurou a polícia para dizer que foi estuprada. O juiz responsável pelo caso não estipulou ainda uma pena de prisão, mas a mulher será multada em US$ 824 (cerca de R$ 2600) e deportada do país. 

O suposto estuprador, que alega ter feito sexo de forma consensual, receberá cem açoitadas por fazer sexo fora do casamento. E mais 40 chibatadas por consumir álcool.

Segundo o advogado da acusada, que é holandesa e estava de férias no Catar, alguém colocou uma substância na bebida dela. A mulher acordou no apartamento de um homem desconhecido e descobriu ter sido estuprada. O caso ocorreu em março deste ano. A holandesa está presa desde que prestou queixas, naquele mesmo mês. O episódio só veio à tona agora porque a família dela foi à imprensa na Holanda para contar o que está acontecendo.

O caso exemplifica as complicações enfrentadas pelo turismo num país governado por duras leis islâmicas, mas que vem tentando atrair visitantes ocidentais com investimentos milionários. O Qatar receberá a Copa do Mundo de 2022.

Fonte: Reuters