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domingo, 18 de junho de 2023
Congresso Nacional nem abre a boca para se opor a consórcio STF-Lula - O Estado de S. Paulo
J. R. Guzzo
O Congresso
brasileiro está a ponto de se tornar uma repartição pública inútil – ou
um desses enfeites que as ditaduras mantêm para fingir que são
democracias, mas que não mandam nada, não representam ninguém e não têm,
na prática, a mais remota possibilidade de contrariar a vontade e as
decisões de quem de fato governa o país.
O Congresso Nacional existe,
faz votações em plenário e produz outros ruídos
próprios dos regimes democráticos.
Também custa R$ 40 milhões por dia,
ou R$ 14 bilhões por ano – o que talvez leve o pagador de impostos a se
perguntar se há algum arcabouço fiscal capaz de resistir a um negócio desses.
Mas
e daí? Cuba tem um Congresso. A China também. Até a Coreia do Norte tem
o seu; chama-se “Assembleia Popular Suprema”, que é formada, imaginem
só, por 687 deputados, um por distrito, e com mandatos de cinco anos.
O
Brasil, do jeito que vai, está ficando cada vez mais parecido com essas
notáveis democracias populares.
Talvez, aqui, se faça mais simulação de
atividade; às vezes, pelo barulho, até parece que há um Parlamento de
verdade em funcionamento. Mas na vida real não acontece nada.
Sua
capacidade de se opor ao consórcio STF-Lula, que é quem decide tudo neste país, é de três vezes zero.
O
que esperar de um Congresso onde a oposição consegue montar, depois de
muito esforço, uma comissão parlamentar de inquérito para apurar
suspeitas de má conduta por parte do governo – e essa comissão acaba sendo controlada justamente pelo governo?
Os requerimentos dos parlamentares da oposição são negados,
testemunhas-chave são excluídas, possíveis provas são bloqueadas.
Vão
acabar concluindo que o presidente da República, seus ministros e quem
mais eles quiserem são inocentes de tudo; os culpados, na verdade, são
os que quiseram investigar.
Não
está clara, também, qual a utilidade de um Parlamento que tem as suas
leis pura e simplesmente eliminadas pelo STF – qualquer lei, sobre
qualquer tema, desde que o governo ou os próprios ministros não gostem
de alguma delas.
É o caso, neste momento, da lei que a Câmara acaba de
aprovar, por 283 a 155, estabelecendo regras para a demarcação de terras indígenas.
Apesar da flagrante maioria na votação, e do fato de que é essa a
vontade do povo brasileiro – que só o Parlamento pode expressar –, o STF
está para anular a lei.
Os ministros acham que ela é “injusta”; pronto,
lá se foi a lei.
O Congresso, da mesma forma, não é capaz de defender
os mandatos dos seus próprios integrantes. Acabam de cassar um deputado, preparam-se para cassar um senador, ambos da “lista negra” da associação STF-Lula. Câmara e Senado nem abrem a boca.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
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sábado, 17 de junho de 2023
A caminho de um Brasil sem povo - J. R. Guzzo
Revista Oeste
Juntos, o STF e o Poder Executivo governam o país sem nenhum tipo de concorrente ou de oposição capaz de impedir qualquer dos seus movimentos
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
O Brasil, dia após dia, está se transformando num país soviético. Com o consórcio formado pelo Supremo Tribunal Federal e as facções que dão suporte ao presidente da República, o Brasil, cada vez mais, só tem governo — não tem população.
Como na Rússia comunista, e em todos os regimes que surgiram à sua semelhança, de Cuba à China, o país está a caminho de ficar sem instituições; elas não foram eliminadas oficialmente, mas cada vez valem menos. Os cargos públicos que têm influência real na máquina do Estado vão sendo ocupados, a cada escolha, por aliados que o consórcio impõe. Na prática, há um regime de partido único, a sociedade Lula-STF — os outros partidos fazem alguns ruídos, mas não conseguem controlar nem uma CPI que eles mesmos propõem, e podem ser multados em R$ 22 milhões se apresentarem uma petição à Justiça suprema.
Há um Congresso Nacional; na Rússia soviética também havia.
Mas as leis aprovadas pelos deputados são simplesmente anuladas pelo STF, na hora em que ele quer, e seja o assunto que for.
É o que está acontecendo com a lei sobre terras indígenas, aprovada na Câmara por 283 votos a 155, mas a caminho de ser declarada nula pelos ministros — como a Lei nº 14.950, sobre o mesmo assunto.
A maior parte da imprensa se dedica à adoração de Lula, do seu governo e do ministro Alexandre de Moraes.
Funciona, na vida real, como um grande Pravda, escrito e falado em português — e muitas vezes em mau português.
Luiz Inácio Lula da Silva, Alexandre de Moraes e Rosa Weber (12/12/2022) | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Com o Congresso é o mesmo tipo de calamidade.
O que adianta pagar R$ 14 bilhões por ano para manter um Congresso cujas leis podem ser anuladas a qualquer momento, e sem razão nenhuma, pelo Supremo? Não é só o marco temporal.
Promete ser assim, daqui a pouco, com a lei, perfeitamente aprovada pelo Congresso, que tornou voluntário o pagamento do imposto sindical — o efeito imediato dessa lei, obviamente, foi que nenhum trabalhador brasileiro quis pagar mais. O que poderia representar com mais perfeição a vontade do povo?
Mas Lula quer que o imposto volte a ser obrigatório, e o STF se prepara para atender a exigência.
O ministro que foi encarregado de resolver o problema argumenta que hoje os “tempos são outros” — um raciocínio realmente espantoso, levando-se em conta que os tempos estão em mudança perpétua e, por via de consequência, nenhuma lei aprovada no passado é válida no presente. Fazer o quê? Esse Congresso Nacional que está aí não é capaz sequer de proteger os mandatos dos seus próprios deputados; não é capaz de nada. A “Mesa” da Câmara dos Deputados concordou oficialmente com a cassação de Dallagnol. Já havia concordado, não faz muito tempo, com a prisão por nove meses do deputado Daniel Silveira, também por ordem do ministro Moraes.
É diretamente contra a lei. A Constituição diz que um deputado federal só pode ser preso em flagrante, e pela prática de crime inafiançável; Daniel Silveira não foi preso em flagrante nem cometeu nenhum crime inafiançável. E daí? Foi preso do mesmo jeito.
Aliás, está preso de novo hoje, desta vez por não usar a tornozeleira eletrônica que o ministro lhe impôs, apesar de ter recebido um indulto absolutamente legal do ex-presidente Bolsonaro; o STF, como nas leis aprovadas pelo Congresso, decidiu que o indulto não vale. Esperar o que, se o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, está disposto a assinar a cassação do seu próprio mandato, se receber ordem do STF? Não há nada a esperar.
Daniel Silveira | Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Daniel Silveira | Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A
República Soviética do Brasil não acabou com a propriedade privada — e
nem parece a ponto de acabar, quando se considera a ilimitada quantidade
de propriedades estritamente privadas que os membros do consórcio têm.
Também não tornou legal, pelo menos até agora, a coletivização da terra —
apesar da paixão de Lula pelo movimento semiterrorista que invade
propriedades rurais, destrói bens e pratica violência armada, sem que um
único de seus agentes seja jamais incomodado pelo sistema judicial. Mas
já organiza e hospeda, em Brasília, reuniões do seu próprio Comintern,
a que hoje se dá o nome de “Foro de São Paulo” e que cobra inscrições
em dólar. Está montando uma máquina estatal de estilo soviético, que só
serve ao partido e está mais distante do povo brasileiro do que a Terra
da Lua. O Ministério da Justiça, logo esse, já é comandado por um
comunista de carne e osso; ele mesmo, aliás, já disse que é comunista
“graças a Deus”. É para aí que vai a procissão.
A República Soviética do Brasil não acabou com a propriedade privada — e nem parece a ponto de acabar, quando se considera a ilimitada quantidade de propriedades estritamente privadas que os membros do consórcio têm.
Também não tornou legal, pelo menos até agora, a coletivização da terra — apesar da paixão de Lula pelo movimento semiterrorista que invade propriedades rurais, destrói bens e pratica violência armada, sem que um único de seus agentes seja jamais incomodado pelo sistema judicial. Mas já organiza e hospeda, em Brasília, reuniões do seu próprio Comintern, a que hoje se dá o nome de “Foro de São Paulo” e que cobra inscrições em dólar. Está montando uma máquina estatal de estilo soviético, que só serve ao partido e está mais distante do povo brasileiro do que a Terra da Lua. O Ministério da Justiça, logo esse, já é comandado por um comunista de carne e osso; ele mesmo, aliás, já disse que é comunista “graças a Deus”. É para aí que vai a procissão.
Leia também “O desastre vem mais devagar”
J. R.Guzzo, colunista - Revista Oeste
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J. R.Guzzo, colunista - Revista Oeste
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quinta-feira, 1 de junho de 2023
BRIC, BRICS, BRICSA, BRICSAV... - Gilberto Simões Pires
O BRICS
Primeiramente, para que fique bem claro, BRICS é uma ASSOCIAÇÃO DE CINCO PAÍSES - BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA E ÁFRICA DO SUL (ou SOUTH AFRICA). Como tal é -O BRICS- e nunca -OS BRICS- como se refere todos os dias a péssima mídia tradicional, que se recusa a entender que o -S- não é indicativo de -plural-, mas de -SOUTH AFRICA-.
BANCO DO BRICS
Para que também fique claro, o NOVO BANCO DE DESENVOLVIMENTO, formado com recursos dos países associados, é, portanto, o BANCO DO BRICS e não BANCO DOS BRICS.
FUNDO PERDIDO
Feitos estes esclarecimentos, a partir do momento em que Dilma Petista, o POSTE DE LULA, assumiu a presidência do BANCO DO BRICS, no discurso de posse o nosso neo-ditador disse =alto e bom tom- que o NOVO BANCO DE DESENVOLVIMENTO precisa lançar um olhar de ajuda imediata para a Argentina e Venezuela, reconhecidamente como -países latinos falidos-.
Ora, mais do que sabido entregar recursos para caloteiros contumazes nada mais é do que colocar dinheiro a fundo perdido.
COMBINAR COM OS RUSSOS
Ontem, para
dar seguimento à suas pretensões, Lula foi mais adiante: disse, na
frente do DITADOR NICOLÁS MADURO, que a Venezuela e a Argentina precisam
integrar O BRICS. Que tal? Supondo que os países-membros concordem com a
entrada desses CALOTEIROS CONTUMAZES, a sigla BRICS passaria,
provavelmente, a ser BRICSAV ou BRICSVA.
O mais importante, no entanto, é
-COMBINAR TUDO ISSO COM OS RUSSOS-.
E também com a ÍNDIA , CHINA
E ÁFRICA DO SUL, certamente.
Gilberto Simões Pires, PONTO CRÍTICO.
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terça-feira, 16 de maio de 2023
Ações sobre internet no STF são prato cheio para juiz que se acha legislador - Alexandre Garcia
VOZES - Gazeta do Povo
Nesta terça temos julgamentos importantes no Supremo.
São quatro ações, com quatro relatores diferentes, e tudo dizendo
respeito ao novo mundo digital.
A nova ágora, a nova praça pública
universal, em que todos nos unimos, todos podemos conversar com todos,
todos podemos opinar, falar, expressar nossas opiniões e nossos
pensamentos.
E há uma tentativa de, vamos chamar de “regulamentar”, mas
na verdade é censurar, porque a rede social deu voz a cada um de nós.
Não tínhamos voz; só que quem tinha voz era a televisão, quem estava no
rádio, mas agora todo mundo tem voz. Eu tenho o prazer de falar aqui e
receber retorno das pessoas, porque elas têm voz.
As ações são ligadas, principalmente, às plataformas Google e Telegram. Uma delas vai decidir se o artigo 19 do Marco Civil da Internet
é constitucional ou não. Depois, vão julgar recursos do Google, que
está reclamando que não é censor, que não tem ninguém que seja um
superjuiz para decidir, como Deus, o que é mentira ou verdade, mas
querem que a plataforma faça isso.
Ainda temos o Telegram, em outro caso
em que muitas pessoas também foram suspensas, bloqueadas.
Por fim, a
discussão sobre se a plataforma tem obrigação de quebrar o sigilo das
pessoas – sigilo que é garantido pela Constituição – se o juiz pedir
dados, e como isso seria feito.
Agora está cheio de
gente, inclusive no governo, querendo que o Supremo regulamente, já que
está difícil de passar aquele projeto de censura
das redes sociais.
Não pode: eu olhei o artigo 102 da Constituição, que
diz quais são as atribuições do Supremo, e só está escrito julgar isso,
julgar aquilo, julgar, julgar e julgar. Não tem nada sobre fazer leis,
fazer regulamentos. Supremo julga: julga o que é constitucional e o que
não é, interpretando a Constituição. Mas ele não faz leis, não faz
regras, porque não tem voto para isso, não tem poderes recebidos do
poder original, conferidos pelo voto, para fazer isso.
Quem pode fazer
leis são os nossos deputados e senadores, representantes de seus
eleitores e de seus estados.
É assim que funciona.
Do contrário, está
fora da Constituição, e um país que não obedece a Constituição está
perdido.
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O governo quer votar o arcabouço fiscal essa semana, porque o presidente vai fazer mais uma longa viagem – já foi à China, a Londres, Madri, Lisboa, agora vai ao Japão, é o presidente que mais viaja [e o que menos governa] – e quer deixar esse assunto já amarrado. Não sei por que chamam de “arcabouço”; foi uma invenção para fazer propaganda.
Na verdade, é um projeto para derrogar a lei de limite de gastos, para o governo poder gastar mais do que está estabelecido na lei; basicamente, o aumento de gastos está ligado à inflação e não é algo que possa disparar.
Em
consequência, o governo vai cobrar de nós, consumidores, mais uns R$
300 bilhões em impostos, incluindo aí renúncias fiscais para estimular
certas atividades e que vão ser canceladas. Então, nós é que vamos pagar
mais impostos,
não é a empresa; imposto é custo da empresa, que o inclui no preço
final, não tem como ser diferente. Está havendo uma briga enorme no
Congresso sobre o que pode acontecer com esse arcabouço, que significa
liberar geral os gastos e cobrar mais impostos. É bom que saibamos
disso, porque nós é que sustentamos o governo, nós escolhemos o governo,
nós nomeamos o governo pelo nosso voto. Agora, se não mandarmos nada,
somos cidadãos passivos, que só comparecemos na hora da urna e nunca
mais. Fica muito estranho isso, isso não é democracia, e muito menos
cidadania.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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domingo, 14 de maio de 2023
Coronavírus de morcego - EUA voltam a financiar pesquisa do tipo que pode ter começado a pandemia - Ideias
Ideias - Eli Vieira
Peter Daszak, zoólogo britânico que preside a ONG EcoHealth Alliance, que captava verbas americanas, e o Instituto de Virologia de Wuhan, receptador de parte das verbas que fazia pesquisa com coronavírus em condições inadequadas de segurança. Fotos de 2017 e 2016, respectivamente.| Foto: Uppsala Health Summit/Ureem2805
Apesar das suspeitas do FBI e do Departamento de Energia de que o coronavírus da Covid vazou de um laboratório na China que recebia fundos americanos, os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA, grande agência estatal de fomento à ciência, renovaram uma verba para a ONG que atuou como intermediária do dinheiro. A EcoHealth Alliance, que passou de pequena organização ambientalista a importante financiadora da virologia sob a expertise e o tino político do zoólogo britânico Peter Daszak, deve receber do governo americano US$ 2,9 milhões (R$ 14,34 milhões) pelos próximos quatro anos para o projeto de título “Entendendo o risco de emergência dos coronavírus de morcego”.
A ONG, em nota à imprensa publicada na segunda-feira (8), disse que esses vírus “representam uma ameaça significativa à saúde global, como demonstrado pela emergência do SARS-CoV [gripe asiática], MERS-CoV [síndrome respiratória do oriente médio] e SARS-CoV-2 [Covid-19]”. A EcoHealth Alliance reivindica crédito pela descoberta dos morcegos como reservatórios do vírus da gripe asiática, uma coronavirose que teve surtos no começo dos anos 2000, e pela estimativa de que 66 mil pessoas são infectadas com coronaviroses por ano.
O financiamento anterior dos NIH para a organização foi suspenso em abril de 2020, quando Donald Trump levantou a suspeita de que a verba repassada ao Instituto de Virologia de Wuhan, na China, havia de alguma forma ajudado a formar as condições que deram origem ao novo coronavírus. A ideia foi chamada de “teoria da conspiração” por autoridades científicas e por grande parte da imprensa, que impuseram sobre o assunto um tabu (o que não afetou a Gazeta do Povo, que publicou a respeito em novembro de 2020). O tabu só foi rompido em maio de 2021, quando evidências do vazamento laboratorial, não conclusivas, mas sugestivas, se acumularam e foram resumidas pelo veterano do jornalismo científico Nicholas Wade.
A Gazeta do Povo publicou o texto de Wade com exclusividade no Brasil.
Citando como fonte da verba o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, parte dos NIH), que foi administrado por Anthony Fauci até sua aposentadoria em dezembro, a ONG diz que seu novo projeto tem os seguintes objetivos: caracterizar e analisar mais de 300 novos materiais genéticos completos (genomas) de coronavírus coletados na natureza em seu arquivo, identificando entre eles quais têm a maior chance de saltar para humanos; e examinar dados clínicos de pessoas com coronaviroses para identificar novas transmissões de animais para humanos e quais comportamentos humanos estão por trás dos casos, na tentativa de identificar zonas de risco.
Novas restrições à pesquisa
Pesquisadores que falaram com a revista científica Nature aplaudiram a renovação da verba, alegando que a pesquisa é importante para evitar a próxima pandemia. “A integridade da ciência exige uma barreira contra a interferência política”, disse Gerald Keusch, vice-diretor do Laboratório Nacional de Doenças Infecciosas Emergentes na Universidade de Boston.
Mas há condições não impostas antes à EcoHealth. Ela está proibida de financiar pesquisa na China (a ONG anunciou que colaborará com pesquisadores de Singapura), de coletar novas amostras de morcegos ou quaisquer outros vertebrados; terá de ser mais transparente com suas finanças, pois no passado foi inconsistente na contabilidade de US$ 90 mil em financiamento (levando a desconfianças de que houve desvio). Além disso, o governo americano proibiu a ONG de fazer pesquisa que aumente a infecciosidade de vírus em humanos, atividade conhecida como “ganho de função”.
“Não sei se qualquer outro contemplado com verba dos NIH já foi submetido a esse nível de escrutínio”, comentou Peter Daszak. Em entrevista ao tabloide britânico Daily Mail nesta quarta (10), ele disse que nunca rejeitou a hipótese da origem laboratorial da Covid-19, mas que acredita que “é extremamente improvável com base nas evidências”. Entretanto, ele articulou nos bastidores, sem incluir o próprio nome, uma carta à revista médica The Lancet em 2020 que atacava a hipótese e dava certeza da origem entre animais silvestres. Dois anos depois, a revista mudou de ideia e admitiu que a possibilidade não podia ser descartada.
Reações
Em 2017, revelam documentos encontrados por investigadores independentes e publicados pelo site Intercept, a EcoHealth Alliance pediu verba à Darpa, agência de financiamento de pesquisa do Departamento de Defesa dos EUA, para inserir uma estrutura molecular chamada “sítio de clivagem da furina” no material genético de coronavírus. O pedido foi rejeitado porque, segundo um membro da Darpa que falou à revista Vanity Fair, tinha “uma horrível falta de bom senso”. A estrutura, importante para a infecciosidade de vírus em humanos, está presente no vírus da Covid, mas ausente em seus parentes mais próximos encontrados na natureza.
Congressistas republicanos já estão se movimentando contra a renovação de verba para a ONG, e o aplauso dos cientistas não é unânime. Richard Ebright, biólogo da Universidade Rutgers e especialista em segurança laboratorial que acusou inadequação dos laboratórios de Wuhan, disse ao Daily Mail que “é um ultraje que a EcoHealth Alliance — uma organização que potencialmente partilha da culpa pela origem da pandemia de Covid-19 — continue a receber verbas e contratos do governo americano”. Ele critica, também, o papel de Daszak em obstruir as investigações das origens do vírus em uma fase crítica. “Essa decisão trai a confiança dos pagadores de impostos americanos e mina completamente as metas declaradas dos NIH de ‘dar o exemplo e promover o maior nível de integridade científica, responsabilidade pública e social na conduta da ciência’”, acrescentou Bryce Nickels, que leciona genética na mesma instituição.
Eli Vieira, colunista - Gazeta do Povo - Ideias
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terça-feira, 9 de maio de 2023
"Brasil é o país menos racista do mundo, diz pesquisa"
Ideias - Gazeta do Povo
Em 1958, um programa de televisão nos Estados Unidos reuniu quatro estudantes intercambistas de países diferentes para falar sobre a vida em sua terra-natal. Naquela época, a segregação racial ainda existia em boa parte do território americano, e a discussão sobre o preconceito foi um dos principais temas do debate.
Eis um resumo da discussão: a jovem da África do Sul tentou justificar o regime do apartheid. O rapaz da Etiópia afirmou que, dentro do seu país, a sua tribo é “superior” às outras — e que ele não se importa com os outros países africanos, já que os etíopes “não tem sangue negro.” A italiana, talvez por causa da herança recente do fascismo na década anterior, se manteve calada. A apresentadora perguntou então à quarta participante, uma estudante brasileira: "E como é no Brasil?" A jovem respondeu: "Meu país está em vantagem aqui, porque nós não temos qualquer segregação". E continua: "Nós não temos branco e negro, nós temos todas as formas de cores. No Brasil não tem a questão de que se a pessoa tem 1/8 de sangue ele é considerado negro, se ele tem 1/16 ele é branco. Eles são pessoas.”
A ideia de que, no Brasil, as diferentes raças viviam num grau de harmonia maior do que em qualquer outro país do mundo — era majoritariamente aceita até poucas décadas atrás, quando a importação dos debates raciais de outros países, sobretudo os Estados Unidos, criou uma demanda artificial por racismo. Carreiras acadêmicas foram construídas — e organizações não-governamentais foram desenvolvidas — em torno da ideia de que o Brasil é um país essencialmente racista. A predileção marxista por antagonismos de opressores contra oprimidos ajudou a cristalizar essa abordagem, que tem se traduzido em políticas públicas como a de cotas raciais no acesso a universidades e empregos públicos.
Agora, uma nova pesquisa parece dar razão à jovem brasileira de 1958. O estudo do Policy Institute, ligado ao King's College de Londres, é condizente com a tese de que o Brasil é o país menos racista do mundo.
Apenas
1% dos brasileiros afirmaram que não gostariam de ter como vizinhos
pessoas de uma raça diferente da sua. O país aparece em último lugar na
lista, empatado com a Suécia. Irã, Grécia, Filipinas, China e Egito são
os países mais racistas no levantamento.
Brasil e Suécia também dividem o
último lugar em outro quesito: nos dois países, apenas 3% dos
entrevistados afirmaram que não gostariam de ter um imigrante como
vizinho.
O levantamento usa dados coletados entre 2017 e 2022 pelo World Values Survey, a principal referência global em pesquisas de opinião e uma das únicas bases de dados consistentes que permitem comparações diretas entre os países, já que as perguntas feitas e os métodos usados são exatamente os mesmos.
O achado pode surpreender os militantes que, mais recentemente, passaram a defender com estridência a tese de que o Brasil é um país racista por natureza. Mas não deveria.
Em defesa da miscigenaçãoEm 2007, quando a discussão sobre as cotas raciais em universidades ainda estava em ebulição, o jornalista Ali Kamel lançou um livro com título autoexplicativo: "Não somos racistas." A tese era a de que o Brasil, apesar dos muitos problemas, estava longe de ter o passado de segregação e divisão por raças que marcou outros países. À época, Kamel já era — como continua sendo — diretor de jornalismo da Rede Globo. Mas muita coisa mudou na discussão sobre o racismo no Brasil.
Figuras da esquerda, em especial, passaram a defender com ênfase cada vez maior a promoção das chamadas pautas “identitárias” — que privilegiam a identidade racial, de gênero ou de orientação sexual acima de outras características.
O argumento de Kamel de forma alguma é inovador. A segregação racial sistemática, nos moldes da que aconteceu em países como Estados Unidos e África do Sul, jamais existiu no Brasil. Os dois sociólogos mais influentes do Brasil dedicaram boa parte de suas obras a explicar como, desde sua gênese, o Brasil se caracterizou pela mistura de raças — ao contrário do que aconteceu nas colônias britânicas, francesas e holandesas.
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No clássico 'Raízes do Brasil', Sérgio Buarque de Holanda diz que, já a época do descobrimento, os portugueses eram "um povo de mestiços" com “ausência completa, ou praticamente completa, entre eles, de qualquer orgulho de raça.” Ele explica, por exemplo, que o governo português tratou de incentivar, muitas vezes, o casamento de brancos com indígenas. Como exemplo, Buarque de Holanda cita uma norma emitida em 1755 e que estabelecia que os cônjuges “não fiquem com infâmia alguma (...), ficando outrossim proibido, sob pena de procedimento, dar se-lhes o nome de caboclos, ou outros semelhantes, que se possam reputar injuriosos”.
Gilberto Freyre, por sua vez, desenvolveu a ideia de que a miscigenação é um elemento fundamental da identidade brasileira. Em 'Casa Grande & Senzala', ele escreveu: “A miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que de outro modo se teria conservado enorme entre a casa-grande e a mata tropical; entre a casa-grande e a senzala.”
'Casa Grande & Senzala', publicado em 1933 foi considerado um livro revolucionário porque o tema da divisão das raças, com uma certa hierarquia entre grupos, era o paradigma vigente. A ideia do “branqueamento”, não só racial mas cultural, ganhava força ao mesmo tempo em que teorias racistas avançavam na Europa e nos Estados Unidos. Com Gilberto Freyre, se consolidava uma visão positiva da mistura de raças. A tese dele se tornou tão influente que até mesmo um dos principais defensores da causa negra no Brasil, o escritor Abdias do Nascimento, afirmou em 1950, que a “larga miscigenação” brasileira resultou “numa bem delineada doutrina de democracia racial, a servir de lição e modelo para outros povos.”
Isso não significa dizer que o Brasil não tenha tido, em sua história, casos condenáveis de tratamento desigual entre as raças. Mas indica que, em um passado no qual todos os povos tinham algum tipo de discriminação racial, o Brasil sempre se diferenciou por ser significantemente menos racista do que as outras nações.
Racismo inflado por pauta ideológica
“Eu não sei se propriamente podemos falar de democracia racial, mas uma coisa é fato: o Brasil foi um dos países que teve mais sucesso no mundo em termos de miscigenação e mistura de raças. Esse processo está na base da nossa formação, o que inclui a procura por uma identidade nacional que fosse um instrumento de fortalecimento da nossa soberania”, diz o sociólogo Eduardo Matos de Alencar, doutor pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
Alencar acrescenta que a divisão do Brasil entre brancos e negros (categoria que inclui “pretos” e “pardos”, mesmo aqueles que não têm antepassados africanos) é uma tentativa de dar forma à narrativa marxista de oprimidos versus opressores. A abordagem de Gilberto Freyre, por exemplo, não permitiria esse uso ideológico das raças. “Essa concepção vai contra o projeto revolucionário da esquerda, que sempre viu no conflito racial um motor potencial para o antagonismo de classes pregado por Karl Marx como motor da história”, ele diz.
Doutora pela universidade de Berkeley e estudiosa da obra de Gilberto Freyre, Valéria Costa e Silva diz que ele nunca defendeu a ideia de que estivesse livre da discriminação, e que ele dedicou muitas páginas descrevendo crueldades praticadas contra os negros. "Ele está muito longe de defender que nós somos um paraíso das relações raciais. O que ele defende com veemência é que, relativamente a outros contextos, inclusive sociedades que passaram pelo mesmo processo de colonização branca com uso intenso mão de obra escrava, o processo de construção da sociedade brasileira foi menos segregacionista".
Para Valéria, o modelo de cotas, por exemplo, reafirma a separação das raças. “Existe um componente político-ideológico muito forte nesse processo. Aliás, é quase que uma intervenção; você não pode discutir; se você colocar em discussão esse modelo, já é tachado de racista. A gente não consegue discutir com honestidade esse modelo no Brasil”, diz.
Mais recentemente, até mesmo parte da esquerda passou a se voltar contra o identitarismo racial. O escritor Antonio Risério é uma dessas vozes. Ele critica o “tribalismo reacionário” e pede um retorno à identidade nacional como o ponto de encontro da sociedade brasileira. “Para superar isso, é preciso recuperar o sentido de nação, encarando abertamente tanto os nossos crimes quanto as nossas grandezas”, disse ele em entrevista à Gazeta do Povo em 2020. Mas, a que tudo indica, vozes como a de Risério continuam sendo uma minoria dentro da esquerda brasileira.
Gabriel de Arruda Castro, colunista - Gazeta do Povo - Ideias
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quinta-feira, 4 de maio de 2023
A hora do chá - Revista Oeste
No Brasil, essa aventura começou em 1808, com a vinda da Família Real portuguesa e a criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
“Filhas de Boston,
Dai preferência ao nosso chá Souchong.
Comprai grande quantidade.
Pois se assim não fizerdes, encantadoras meninas,
Degolaremos vós todas, e incendiaremos a cidade.”
Propaganda inglesa de chá aos súditos rebeldes − Século 18
O chá disputa com o café a fama de ser a bebida mais consumida no mundo, depois da água. Dada a população da China, Índia e Ásia, o chá deve liderar. O Viaduto do Chá, em São Paulo, o Casarão do Chá, em Mogi das Cruzes, o KKKK (Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha), em Registro, e a Vista Chinesa, no Rio de Janeiro, são marcos na história do chá no Brasil. Após a fase de ouro no século passado, o cultivo e o consumo do chá diminuíram. Agora, voltaram a crescer produção, consumo, qualidade e sofisticação dos produtos. A bebida, de várias raízes culturais, oferece diversidade de aromas, sabores, preparos, louças e um objeto cujo nome evoca sua função: a chaleira. O serviço do chá é símbolo de acolhida e partilha. Take your time. Participe desta história, escrita aqui por portugueses, brasileiros, chineses e japoneses.
O chá ou chá-da-Índia (Camellia sinensis), Theaceae, é nativo das florestas do nordeste da Índia, confins da China, Birmânia e Vietnã. Após hibernar, com a elevação da temperatura na primavera, surgem os brotos. As folhas tenras são colhidas para a produção de chá. Elas contêm enzimas oxidantes. Colhidas, adquirem cor escura. O chá preto resulta desse processo. No chá verde, as folhas são submetidas ao calor (desativa as enzimas, conserva a cor da clorofila e os componentes ativos) por torrefação (forno) ou cozimento (vapor), método peculiar do Japão.
A origem da palavra chá é chinesa. Seu sinograma é 茶, vocalizado como tza ou tzai. As duas denominações, chá e tê, derivam do mesmo sinograma e existem em várias em línguas. Chá, em português, russo (tchai), grego (tshai), japonês (ochá), árabe (chai), hindu (chai), thai (cha), romeno (cai), ucraniano (chaj), croata (caj), checo (caj), turco (cay), somali (shaah) e, sobretudo, em mandarim (chá) e cantonês (chá). Te, em espanhol, francês (thé), italiano (te), alemão (der tee), holandês (thee), dinamarquês (te), sueco (te), finlandês (tee), norueguês (te), islandês (te), armênio (te), húngaro (tea), hebraico (teh), tamil (tea), indonésio (teh), zulu (itiyé) e, sobretudo, em singalês (thê). Em filipino, as palavras tê e chá se encontram (tsaa) e em polonês, nunca se viram: herbata. Nossa Senhora de Czestochowa!
Existem três lendas sobre a origem do chá. Na versão chinesa, milhares de anos atrás, o lendário imperador Shennong
fervia água sob o abrigo de uma árvore para saciar sua sede. Uma brisa
agitou os galhos, soltou algumas folhas. Misturadas à água, deram-lhe
cor e fragrância. O imperador provou e aprovou: nasceu o chá, 2737 a.C.
Na versão indiana, o monge persa BodhiDharma
decidiu pregar os preceitos de Buda na China. Para ser digno da missão,
jurou não dormir durante nove anos. Só isso. Três anos sem dormir,
ficou sonolento. Ia sucumbir ao sono quando colheu folhas de chá
selvagem e as mordeu. As virtudes revigorantes fizeram efeito: Dharma
animou-se. Viveu acordado os últimos seis anos da missão. Haja teína! Já
na versão japonesa, BodhiDharma, exausto, dormiu durante suas devoções.
Furioso com sua fraqueza, cortou suas pálpebras e as jogou no chão.
Harakiri de pálpebras. Anos depois, suas pálpebras deram à luz um
arbusto desconhecido. Ele provou as folhas e percebeu sua propriedade de
manter seus olhos abertos. Daí o hábito de cultivar o chá por onde ele
andou.
(...)
Após a Guerra, com a recuperação dos tradicionais fornecedores asiáticos, fazendas foram vendidas e fábricas fechadas. Aí, o chá de saquinho expandiu o consumo (praticidade), mesmo se as folhas quebradas reduzem a qualidade da bebida. A nova forma de infusão ajudou indústria e exportações até a década de 1990. O acúmulo de problemas econômicos e o pareamento do dólar causaram o declínio da produção. As fábricas no Ribeira encerraram atividades, com exceção da Amaya Chás. Uma década passou, e o chá ressurgiu.
A busca de vida saudável e novos hábitos de consumo contribuíram. Hoje, variedades cultivadas, sistemas de produção, técnicas de colheita e pós-colheita ganharam muita sofisticação. Entre os principais fornecedores de chá estão: Amaya Chás, Sítio Shimada, Sítio Yamamaru e Yamamotoyama. Fundada no Japão, em 1620, a Yamamotoyama trouxe ao Brasil a variedade Yabukita de chá verde (日本), a mais difundida no Japão, e outras como Yutaka Midori e Asatsuyu. Com 200 hectares entre Araucária (PR) e São Miguel Arcanjo (SP), a empresa produz cerca de 800 toneladas (20% orgânicos). A maior parte é exportada ao Japão e aos Estados Unidos.
Para o Sebrae e a Associação Brasileira do Chá, os chás brasileiros são de qualidade: verde, verde em pó, preto, branco, azul (oolong), vermelho (Pu-erh), semi e pós fermentados e blends (laranja, jasmim, chocolate, berries etc.), de produção orgânica, artesanal e industrial, nas mais diversas apresentações. Produtores e locais de cultivo aumentaram. Existem opções de acessórios (bules, canecas e garrafas com infusor, chaleiras, louças…), cursos (Escola de Chá Embahú), webinars, tea tours e livros. Um caminho é o mercado de produtos premium. O chá dividirá cada vez mais a cena com o café e outras bebidas. Pode anotar. De folha em folha, de xícara em xícara.
Jardim Botânico do Rio de Janeiro | Foto: Reproduão/Wikimedia Commons
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sexta-feira, 28 de abril de 2023
A legalização do Ministério da Verdade - Revista Oeste
Rodrigo Constantino
Ao pedir para transformar em lei o que o TSE já vem praticando, Alexandre de Moraes confessa seu crime, assume que tomou várias decisões sem respaldo legal
Presidente do TSE, Alexandre de Moraes | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Aprovado para ser votado em caráter de urgência, o PL das Fake News será decidido na semana que vem.
Ou seja, vamos descobrir em pouco tempo, e sem o devido debate necessário, se o Brasil terá ou não censura institucional, com direito a uma espécie de Ministério da Verdade e tudo.
Os esquerdistas saem em campo para banalizar o troço, relatado por um comunista, como se fosse tão somente regulação normal, como se dá em países europeus. Nada mais falso.
O projeto visa a delegar total arbítrio nas mãos da tal entidade sob o comando do Poder Executivo.
Os conceitos vagos, elásticos e subjetivos como “fake news” ou “discurso de ódio” garantem enorme margem de manobra aos burocratas.
O histórico de aparelhamento do Estado pela esquerda deixa claro que haverá escancarado viés na aplicação da censura.
É lamentável ver jornalistas e veículos tradicionais de comunicação defendendo abertamente essa censura no país. O grupo Globo chegou a escrever um editorial pedindo aprovação urgente do projeto, pois “acabou a hora do debate”.
Jornalistas renomados como Fernando Mitre chegaram a rechaçar críticas de que teremos a censura oficial, enganando seu público ou a si mesmo. O Brasil lulista flerta com regimes ditatoriais comunistas, e esse projeto é o mais importante passo nessa direção. Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco, recebe o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que levou propostas para serem acrescentadas ao texto da PL da Censura | (25/4/2023) | Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A ida do ministro Alexandre de Moraes ao Congresso para entregar, sem ser convidado, as suas “sugestões” ao projeto comprova como a ingerência do STF chegou a patamares assustadores.
Como muitos parlamentares possuem “rabo preso” ou temem o abuso de poder supremo, que por sua vez julga tais parlamentares por conta do foro privilegiado, a combinação explosiva leva ao ativismo nefasto que praticamente reduz o Congresso a um carimbador de leis impostas por outro Poder.
Ao pedir para transformar em lei o que o TSE já vem praticando, Alexandre de Moraes confessa seu crime, assume que tomou várias decisões sem respaldo legal.
É uma forma de apagar rastros e normalizar o absurdo vigente.
Não podemos esquecer que a ministra Carmén Lúcia condenou a censura, e mesmo assim votou a favor dela “temporariamente”. O sistema se uniu para se livrar de Bolsonaro e criminalizar a direita.
São cúmplices desse projeto nefasto todos aqueles que fizeram o L para “salvar a democracia”, e que agora se calam diante do avanço da censura
Os “atos golpistas” de 8 de janeiro caíram como uma luva para esse projeto.
Daí a desconfiança de muitos sobre o papel lulista nisso tudo, ainda mais quando imagens suspeitas são vazadas com a presença do companheiro de longa data de Lula, “sombra” do presidente, o general chefe do GSI, e também jornalista que prepara toda a cena junto ao “terrorista” e ainda checa com ele para ver se a filmagem está a contento.
O Poder Judiciário e o Poder Executivo estão de mãos dadas para banir de vez os conservadores da vida pública no Brasil. Manifestações em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Wikimedia Commons
Criaram a “culpa coletiva”, o que é típico de regime comunista.
Diz o editorial da Gazeta do Povo: “Não há defesa possível do Estado Democrático de Direito quando se nega a cidadãos brasileiros o direito à ampla defesa, quando se aceita um trabalho preguiçoso de acusação, incapaz de demonstrar o que cada denunciado fez de concreto e os motivos reais que justificariam seu julgamento. Compactuar com isso é aceitar que, em nome de uma suposta defesa da democracia, se parta para o arbítrio escancarado e para a tirania judicial”.
A decisão de retirar o Telegram do Brasil sob o pretexto de crimes nazistas ou envolvendo crianças é uma pequena amostra do que vem por aí.
Não é preciso provar mais nada: basta criar a narrativa e banir toda uma rede social do país.
Como elas são as praças públicas da era moderna, isso é análogo ao Estado jogar uma bomba numa das praças porque alegou estar ali um perigoso criminoso. Seria como jogar um míssil numa favela para pegar o traficante. Esse governo demonstra total falta de apreço pelas liberdades.
Nada novo aqui, convenhamos. Como escreveu Alexandre Garcia: “Está na cara que o projeto pretende fazer censura, e este é um perigo muito grande. Se olharmos de onde são os 238 deputados que aprovaram a urgência do projeto — ou seja, para ir logo ao plenário, sem passar por comissões, embora ainda tenha de ir ao Senado se for aprovado na Câmara —, vemos que as bancadas do PT, do PCdoB, do PSol e da Rede votaram em peso pela urgência. São partidos de esquerda, e a natureza da esquerda é totalitária, é a censura. Ninguém diz que não há censura na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua, na China, que não havia na União Soviética, na Albânia… Regimes de esquerda, totalitários, exigem censura”.
A esquerda radical sempre precisou da censura para calar seus críticos, já que na base da persuasão é incapaz de levar adiante seu projeto comunista.
E ninguém pode ter dúvidas do que está em jogo aqui: é censura sim, e parte fundamental do projeto totalitário de poder da esquerda.
Não por acaso, o Brasil lulista virou um pária internacional em apenas três meses, ao atacar os Estados Unidos, a Ucrânia e a ONU, enquanto sai em defesa de tiranias como China, Rússia, Venezuela, Cuba e Nicarágua.
São cúmplices desse projeto nefasto todos aqueles que fizeram o L para “salvar a democracia”, e que agora se calam diante do avanço da censura. Muitos se venderam, outros devem ter sido chantageados, alguns são mesmo alienados.
Mas fica cada vez mais insustentável bancar o indiferente diante do que se passa no Brasil. Como disse o deputado Marcel van Hattem, ou gritamos agora, ou corremos o risco de nos calarem para sempre.
Leia também “Os vilões super-ricos de Krugman”
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Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste
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