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Mostrando postagens com marcador João Vaccari. Mostrar todas as postagens
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sábado, 3 de outubro de 2015

PF, mais perto de Lula, mas ainda de leve

Lula na PF: por que um simples depoimento ganha tanto destaque? Ou: Mais perto de Lula, mas ainda de leve

Estamos todos dando títulos garrafais ao assunto. Vamos ver por quê. O ministro Teori Zavascki, do Supremo, autorizou que a Polícia Federal ouça o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva num dos inquéritos que compõem a Lava-Jato. Lula vai falar, destacou o ministro, como “informante”, não como investigado.

Irão depor também Rui Falcão, presidente do PT; José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, ex-presidentes da Petrobras; José Filippi Jr., ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma, e os ex-ministros Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e José Dirceu. Nesse mesmo inquérito, são investigados, entre outros, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

A palavra “informante” não deixa claro se Lula vai prestar depoimento à PF como testemunha, hipótese em que uma eventual mentira ou omissão deliberada têm consequências legais. O estardalhaço derivado da notícia se deve ao fato de que, incluindo mensalão e petrolão, esse depoimento do ex-presidente à PF será o mais perto que uma investigação terá chegado do Grande Demiurgo.

No pedido encaminhado ao STF, o delegado Josélio Azevedo Souza destacou: “Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal”.

O delegado consideru ainda mais: “A presente investigação não pode estar dissociada da realidade fática que ela busca elucidar e, no presente caso, os fatos evidenciam que o esquema que por ora se apura é, antes de tudo, um esquema de poder político alimentado com vultosos recursos da maior empresa do Brasil”.

Dilma não! O PSDB havia entrado com um pedido para que o Supremo informasse a PF sobre a possibilidade de ouvir Dilma Rousseff nesse mesmo inquérito. Zavascki se negou a examinar a questão porque disse que o tribunal “não profere decisões de caráter meramente consultivo” e que pedido dessa natureza deveria ser encaminhado pelo Ministério Público.

É quase uma firula jurídica, mas precisa ser explicada. Por que o PSDB entrou com aquele pedido? É que o delegado Josélio havia dito que as mesmas circunstâncias que pediam o depoimento de Lula também pediam o de Dilma, mas que ela estaria impedida de ser investigada em razão de um óbice constitucional. Afinal, define o Parágrafo 4º do0 Artigo 86 da Constituição: “§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”.

O PSDB lembrou, com correção, em seu pedido que jurisprudência do Supremo garante, sim, que presidentes sejam investigados ao menos. De resto, a PF deixou claro que Lula não seria nem mesmo um investigado.
Mas Zavascki disse “não”.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Virar dirigente do PT é uma anotação no prontuário que encurta o caminho da cadeia



Em fevereiro de 2014, ao debochar do ministro Joaquim Barbosa na sessão de abertura do ano parlamentar, o deputado federal André Vargas era o vice-presidente da mesa já em campanha pelo comando da Câmara. Neste começo de primavera, só pode sonhar com o cargo de xerife de cela. Preso pela Operação Lava Jato desde abril, acaba de ser condenado a 14 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ex-secretário de Comunicação do PT, o gatuno insolente confirma a constatação feita no comentário de 1 minuto para o site de VEJA: ocupar um cargo na direção nacional do partido é frequentemente a última escala da rota do xilindró. No século passado, José Dirceu repetia de meia em meia hora que “o PT não róba nem deixa robá”. Hoje ele puxa a fila que já é de bom tamanho e não para de crescer.

Ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Dirceu amarga uma segunda temporada na cadeia sem que tenha vencido o prazo de validade da primeira, decorrente do julgamento do mensalão. Também ex-presidente do PT, José Genoino cumpre em casa o restante da pena por corrupção ativa imposta pelo Supremo Tribunal Federal.

Ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares aprendeu na cela que o pai de todos os escândalos não foi reduzido a piada de salão. Sucessor de Delúbio, João Vaccari também foi forçado pela Justiça a trocar a tesouraria pelo cárcere em Curitiba. Condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, terá tempo de sobra para pensar se deve enfrentar calado os processos em andamento ou fazer um acordo com os procuradores e abrir o bico sobre a farra dos pixulecos.  Ser ou ter sido dirigente do PT, como se vê, deixou de ser uma anotação no currículo. Agora é uma anotação no prontuário que encurta o caminho da cadeia. O chefe supremo que se cuide.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O PT deve estar pronto para tudo

O que dirá o PT se João Vaccari, ex-tesoureiro preso em Curitiba, firmar acordo de delação premiada e contar tudo ou grande parte do que sabe? E se ele admitir que de fato roubou para encher as burras do partido e o próprio bolso? O PT dirá que não sabia?

Dirá que, a exemplo de Delúbio Soares, um dos mensaleiros condenados, Vaccari era o único responsável pelas finanças do partido? E que todos confiavam nele, todos o tinham como honesto, e todos, por isso mesmo, estão agora perplexos?

Quem acreditará mais  nisso? É bom que o partido monte vários cenários e se prepare para todos eles. No caso da nova prisão de José Dirceu, não parecia preparado. Olho no Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, ligado a Dirceu. Ele vai abrir o bico. E promete entregar políticos graúdos.

Duque operava para o PT como é público. É dono de segredos preciosos. Sua capacidade de produzir estragos não deve ser subestimada. Não aposte tudo no silêncio de Marcelo Odebrecht. Ele é muito jovem e ambicioso para aguentar calado a ameaça de uma longa pena.

Prepare-se, também, para a eventualidade de Lula ser chamado a prestar esclarecimentos. Não falo em prisão, mas em depoimento. O presidente do PT disse que todos são inocentes até prova em contrário e condenação final. Vale para Dirceu. Deve valer para Lula.


Como observou um procurador da Lava Jato, qualquer cidadão pode ser investigado e deve prestar as informações que a autoridade lhe peça. Por suposto, vale para Lula, cidadão que é.  Não me venham depois com choramingas. Nem com teorias conspiratórias. Se avisados não foram, avisados estão.


sábado, 27 de junho de 2015

PT fica no lado errado ao criticar a Lava-Jato

Com um tesoureiro já condenado à prisão e outro detido em regime provisório, o partido já tem a imagem bastante avariada, e por isso precisaria agir com cautela

Depois de duras e inéditas críticas públicas de Lula a seu partido, algo jamais visto em 35 anos de PT, o líder partidário supremo se reuniu com o presidente da legenda, Rui Falcão, na quarta-feira, e, no dia seguinte, a comissão executiva nacional petista emitiu nota com 16 itens, interpretada como resultado do entendimento entre o criador do PT e sua criatura.

Em três dos itens, críticas à Operação Lava-Jato, de desmontagem do esquema do petrolão, responsável por um assalto bilionário à Petrobras, numa aliança entre partidos e empreiteiras. O resultado do saque beneficiou, como já comprovado, políticos do PT, PMDB e PP. Representantes dessas mesmas legendas, entre algumas outras, também foram pilhados em um primeiro esquema de ordenhamento de dinheiro de estatal, o Banco do Brasil, no golpe batizado de mensalão.

Uma coincidência entre o mensalão e o petrolão é sugestiva: dois tesoureiros do partido foram presos. No mensalão, Delúbio Soares ainda cumpre pena, há algum tempo em regime aberto; no petrolão, João Vaccari Neto continua detido em Curitiba, em prisão provisória. Vê-se que o envolvimento do partido nos casos de corrupção foi intenso.

A nota do partido alveja um ponto fraco da Lava-Jato, operação em que se destacam o juiz federal Sérgio Moro, promotores (MP) e a Polícia Federal. É fato que a prodigalidade com que Moro decreta prisões preventivas e temporárias preocupa juristas e magistrados de instâncias superiores.  Consta que a técnica é inspirada na Mani Pulite, a Operação Mãos Limpas, desfechada na Itália para desbaratar esquemas entre políticos e a máfia. Nela, prisões preventivas longas facilitaram a obtenção de delações premiadas e de provas adicionais. Há, ainda, preocupação com a qualificação de policiais federais e promotores para decifrar questões e termos técnicos usados no mundo dos negócios e com os quais se deparam na coleta de provas. Como lhes falta conhecimento, e parece não terem consultores especializados, há o risco de provas que justificam prisões serem inconsistentes.

Mas o PT comete um erro político ao obedecer ao líder máximo e investir contra a Lava-Jato. Afinal, mesmo com os reparos que possam e devam ser feitos ninguém deseja que todo um trabalho de investigação como este seja derrubado mais à frente por falhas processuais —, o PT, com os ataques a Moro, promotores e PF, apenas piora de imagem, já trincada, junto à população.

Militantes sempre podem ser mobilizados para aplaudir “heróis do povo brasileiro” na figura de mensaleiros condenados, Vaccari e outros. Já a massa de eleitores costuma se comportar de forma diferente. Como demonstram pesquisas recentes. Melhor faz a presidente Dilma, discreta espectadora do trabalho de organismos do Estado. 

Fonte: Editorial - O Globo
 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

O manifesto da virtude não contabilizada

O Brasil estava à deriva, até que veio o encontro nacional do PT em São Paulo. Os presidentes dos 27 diretórios reuniram-se em torno do oráculo, e aí tudo ficou claro como a pele da elite branca. É sempre assim: por mais tenebrosa que seja a tempestade lá fora, quando o PT se junta em torno de Lula da Silva, tudo fica belo e luminoso. Ficamos sabendo que a crise é pura inveja que os ricos têm do povo. E saiu um novo manifesto – atenção, Brasil! – no qual o partido do mensalão e do petrolão ensina aos brasileiros o que é virtude.

É claro que o manifesto do PT não trata da estagnação econômica, nem da previsão de recessão apontada pelo Boletim Focus do Banco Central. Eles estão no Palácio há 12 anos, mas não têm nada com isso. O documento também não trata da mais recente façanha do partido – a inscrição de seu tesoureiro como réu no processo da Lava Jato. Isso é o tipo de coisa que só interessa à imprensa burguesa. E é justamente a imprensa o que preocupa os companheiros em seu mundo dourado. O manifesto propõe um projeto de lei para controlar a mídia (novidade!) – no exato momento em que a presidente dá posse ao novo ministro da Secretaria de Comunicação exaltando a... liberdade de expressão.

Dilma falou que sabe quanto a imprensa livre é importante, porque ela é uma pessoa que viveu sob uma ditadura. Atualmente, no Brasil, praticamente só Dilma viveu sob uma ditadura. Todos aprendemos a acompanhar, contritos, o sofrimento diuturno de Dilma Rousseff em sua resistência implacável aos militares. Quando começamos a achar que a batalha está concluída, o Palácio do Planalto solta mais um release sobre os anos de chumbo, e lá vamos nós sofrer mais um pouco ao lado de nossa heroína. Não há nada mais urgente hoje no Brasil do que apoiar Dilma contra o regime militar. Ela há de nos libertar desse inimigo morto e enterrado há 30 anos.

Enquanto a presidente luta heroicamente pela liberdade de expressão, que só ela sabe quanto é valiosa, seu partido costura docemente a mordaça. O PT já tentou colocar rédeas na mídia até através de um pacote de direitos humanos. Agora, o tal manifesto propõe uma nova regulamentação do direito de resposta. Os companheiros só vão sossegar quando a comunicação de massa no país alcançar o padrão de uma assembleia do partido. Chega de perseguição a guerreiros do povo brasileiro como João Vaccari. A cada denúncia publicada sobre as peripécias do tesoureiro na arrecadação de fundos para a revolução progressista, a mídia há de ter que abrir espaço para a resposta do guerreiro. E ele terá o sagrado direito de declarar, como seu antecessor Delúbio no mensalão, que há uma conspiração da direita contra o governo popular.

O manifesto divulgado pelo PT no dia 30 de março explica que o partido está sendo “atacado por suas virtudes”. Não esclarece se entre essas virtudes está a formidável capacidade de captação de recursos junto às empresas investigadas na Lava Jato. Ou a invejável capacidade de escolher e cultivar os diretores certos para a Petrobras, sem os quais uma legião de parasitas e picaretas morreria de fome. Talvez por humildade exacerbada, o manifesto do PT não cita entre suas virtudes a façanha de ter jogado a maior empresa brasileira na lona, rebaixando-a ao grau de investimento especulativo. Tamanho virtuosismo realmente só poderia gerar inveja e perseguição.

“A campanha de agora é uma ofensiva de cerco e aniquilamento”, diagnostica o manifesto. “Para isso, vale tudo. Inclusive criminalizar o PT.” Eis o escândalo: estão criminalizando o PT. Será que não percebem que todos os crimes pelos quais os petistas têm sido indiciados, julgados e condenados são crimes decorrentes das suas virtudes? Será possível que essa elite golpista não aprendeu a distinguir o crime mau do crime bom?

Na reunião de cúpula, o assessor da Presidência, Marco Aurélio TOP TOP Garcia, esclareceu: “Ganhamos a eleição com uma narrativa que a presidente assumiu de forma corajosa”. No dia seguinte, no Senado, o ministro da Fazenda tentava salvar a pele do governo com uma narrativa oposta a essa que a presidente assumiu corajosamente. Talvez seja por isso que as multidões voltaram às ruas: entenderam enfim que estão sendo governadas há 12 anos por uma narrativa.

Fonte: Guilherme Fiuza 

 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

O que fazer para, dentro da lei, derrubar Dilma

Por onde acossar Dilma Rousseff de modo a que se torne viável o pedido de impeachment dela?
A oposição está à procura de uma resposta à pergunta. Não será fácil encontrá-la.

Impeachment é um processo político. Só pode ser instalado com base em alguma denúncia de crime de responsabilidade cometido pelo presidente da República.  Mas isso não basta. Para prosseguir e ter êxito, o processo haverá de contar com a maioria dos votos de deputados federais e senadores.  Essa gente não derruba um presidente se não for fortemente pressionada por multidões que saíam às ruas.

João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT preso, anteontem, como suspeito de envolvimento na roubalheira da Petrobras, recolheu de 21 empresas cerca de R$ 31 milhões doados à campanha de reeleição de Dilma, segundo Bruno Góes, repórter de O Globo.

Parte do dinheiro R$ 5,7 milhões - saiu dos cofres de três empreiteiras investigadas pela Operação Lava-Jato. A saber: Andrade Gutierrez; Odebrecht e Braskem.

Problema: como conseguir separar o dinheiro de corrupção que entrou na campanha de Dilma do dinheiro doado legalmente?
O ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco afirmou em sua delação premiada que Vaccari recebeu cerca de US$ 200 milhões em nome do PT do esquema de propina das empreiteiras.

Problema: como identificar o dinheiro sujo que entrou na campanha do PT?
Existe outro flanco a ser explorado por quem se interessa em depor Dilma: a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que considerou que as manobras fiscais feitas em 2013 e 2014 pela equipe econômica do governo, destinadas a melhorar as contas públicas, feriram a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Se isso de fato ocorreu configura crime de responsabilidade. Restará ver se o crime foi cometido com ou sem o conhecimento de Dilma.  Isso levaria tempo. Muito tempo. E ao fim e ao cabo, o sucesso do impeachment dependeria da popularidade de Dilma à época.

Fonte: Ricardo Noblat  - Blog do Noblat

 [se percebe que a alternativa constitucional do impeachment é lenta e insegura. Já passa da hora dos militares cumprirem o DEVER CONSTITUCIONAL de defender o Brasil - que se continuar nas mãos de Dilma, Lula e petralhada logo será uma Venezuela piorada - e removerem Dilma por meios mais rápidos.
Permanece válido o principio de que uma "Revolução vitoriosa se legitima por si mesma".]
 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Mais um petista preso por corrupção - como de hábito o bandido preso faz parte da direção do PT = Perda Total = é tesoureiro

Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é preso em São Paulo

Detido será levado a Curitiba, em uma nova fase da operação Lava-Jato, informou a Polícia Federal  

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso nesta quarta-feira na 12 ª fase da Operação Lava-Jato.

A informação foi confirmada pela Justiça Federal do Paraná. A Polícia Federal convocou para às 10h, em Curitiba, uma entrevista coletiva para anunciar os detalhes da prisão. O PT também confirmou a detenção de seu tesoureiro. Vaccari foi preso em sua casa em São Paulo e será levado ainda nesta quarta-feira à superintendência da PF em Curitiba.
Mais um bandido petista preso

Na semana passada, em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-tesoureiro do PT deu respostas evasivas e repetidas para defender a legalidade das doações eleitorais recebidas pelo PT e negou ter tratado sobre finanças do PT com o doleiro Alberto Youssef e ex-gerente da estatal Pedro Barusco. Os dois são delatores da Operação Lava-Jato e o acusam de ter recebido recursos decorrente de propinas pagas por empreiteiras contratadas pela Petrobras.

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão temporária, um de preventiva, um de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e outro de busca e apreensão. Todos os mandados serão cumpridos em São Paulo.  A Operação Lava -ato foi deflagrada pela PF em março e 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A última fase da operação foi deflagrada na última sexta-feira e prendeu sete pessoas. Entre elas três ex-deputados federais: André Vargas, Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE).

Fonte: O Globo

terça-feira, 24 de março de 2015

Vaccari prova e comprova: para ser tesoureiro do PT, tem que ser ladrão

Justiça abre ação contra tesoureiro do PT e ex-diretor da Petrobras

João Vaccari Neto e Renato Duque responderão por corrupção e lavagem de dinheiro

O juiz federal Sérgio Moro aceitou hoje (23) denúncia contra 27 investigados na Operação Lava Jato, entre eles o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A ação penal inclui o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, além de outros investigados na décima fase da operação, deflagrada semana passada.  A partir de agora, os envolvidos serão chamados a prestar depoimento, poderão apresentar defesa e indicar testemunhas.
 O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
Entre os acusados que também tornaram-se réus estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e executivos de empreiteiras, já investigados em outras fases da Operação Lava Jato. Todos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha.  Na denúncia, os procuradores apontam novos desvios de recursos em contratos com a Petrobras. Desta vez, as obras investigadas foram a Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná, e a Refinaria de Paulínia, em São Paulo.

Para os procuradores, João Vaccari Neto participou de reuniões com Renato Duque, nas quais eram acertados os valores que seriam transferidos ao PT por meio de doações legais. Segundo o MPF, foram feitas 24 doações de R$ 4,26 milhões. Ao abrir a ação penal, Moro informou que "há prova documental do repasse de parte da propina em doações eleitorais registradas ao Partido dos Trabalhadores, o que teria sido feito por solicitação de Duque e de Vaccari".

Segundo Moro, a comprovação de doações legais não encobre a origem ilícita de recursos. "A realização de doações eleitorais, ainda que registradas, com recursos provenientes de crime, configura, em tese, crime de lavagem de dinheiro. Além disso, se, como afirma o MPF, as doações foram acertadas como parte da propina dirigida a Diretoria de Serviços, há igualmente participação de João Vaccari no crime de corrupção passiva", ressaltou o juiz.


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quarta-feira, 11 de março de 2015

Propina na campanha da Dilma

Ex-gerente da Petrobras afirma ter repassado dinheiro ao PT para corrida de Dilma à Presidência

Em depoimento de cinco horas na CPI da Petrobras, Pedro Barusco também disse que começou a receber propinas em 1997 e que esquema se "institucionalizou" em 2003

Durante depoimento de cinco horas na CPI da Petrobras, nesta terça-feira (10), o ex-gerente de serviços da estatal Pedro Barusco, um dos delatores do esquema de corrupção na empresa, afirmou que parte do dinheiro desviado de contratos foi destinada à campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff em 2010.  Barusco disse aos parlamentares que foram solicitados à empresa holandesa SBM Offshore recursos para campanha eleitoral e que os valores foram repassados ao PT, via o tesoureiro João Vaccari Neto. "Foi solicitado a SBM um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento", disse o delator. Ainda segundo Barusco, o total de recursos solicitados foi de R$ 300 mil.
 
Mais cedo, o ex-gerente da Petrobras afirmou que começou a receber propina ainda na década de 1990, por iniciativa pessoal, e que o esquema se institucionalizou em 2003. "Comecei a receber propina em 1997, 1998. Foi uma iniciativa pessoal, minha, junto com um representante comercial da empresa. (...) De forma mais ampla, em contato com outras pessoas da Petrobras, de forma mais institucionalizada, foi a partir de 2003, 2004. Não sei precisar a data."
 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Dilma diz que PT e governo têm força para resistir ao ‘oportunismo’ e ao ‘golpismo’

Para a presidente, momento não é de ‘vacilar’, mas de preservar a história do partido

Em discurso no aniversário de 35 anos do PT nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, a presidente Dilma Rousseff disse que o partido e seu governo têm força para resistir ao que chamou de tentativa de golpe dos adversários. Numa fala assertiva, a presidente disse ainda que o momento não é de “vacilar”, mas de preservar a história do partido e de seu governo. - Nós temos força para resistir ao oportunismo e ao golpismo, inclusive quando se manifesta de forma dissimulada. Estamos juntos para vencer aqueles que tentam forjar catástrofe e flertam com a aventura.

Sem citar a acusação de que o PT teria recebido US$ 200 milhões em propina, segundo o delator Pedro Barusco, a presidente disse que o partido não pode temer diante das acusações. - Nós não podemos vacilar, não podemos temer. Se tiver erro, aqueles que erraram que paguem pelos erros, mas temos de preservar a história de nosso partido e do meu governo e do presidente Lula - disse ela, a Petrobras não pode ser colocada como “uma vergonha do Brasil”.  - Tenho certeza que os brasileiros esperam de nós um comportamento íntegro.

Pouco antes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter ficado indignado com a condução coercitiva do tesoureiro do partido João Vaccari Neto. O petista ainda falou em criminalização da sigla por parte da imprensa. - O critério da imprensa não é critério da informação. Achamos que tudo o que acontece no país tem que ser noticiado. O critério adotado pela imprensa é a criminalização do PT desde que chegamos aqui. Eles trabalham com uma convicção que é preciso criminalizar nosso partido. Não importa que seja verdade ou não verdade - afirmou Lula.

Lula, que chegou ontem a Belo Horizonte e ainda participou da reunião do diretório nacional do PT, avaliou que a condução coercitiva cumprida pela Polícia Federal foi desnecessária. - Porque seria muito mais simples a PF ter convidado nosso tesoureiro a se apresentar do que buscá-lo em casa. Seria muito mais simples dizer que estão repetindo o mesmo ritual que vejo nesse Brasil desde 2005, quando começaram as denúncias que eles chamaram de Mensalão. Na minha campanha e na sua campanha (de Dilma Rousseff) também. Na quinta-feira sai boato, na sexta-feira sai denúncia, é publicado nas revistas, massacre na televisão, no sábado, no domingo e na segunda-feira começa tudo de novo - afirmou. [Lula! se você, Dilma e a petralhada pararem de fazer m ... de roubar ... de destruir o Brasil, as acusações param.
Até agopra você e a trupe petralha dizem que as acusações são calúnias, é 'golpe', culpam a imprensa, mas NUNCA provaram que as acusações são falsas.
Tanto que o próprio STF condenou a cúpula do PT a penas de prisão - penas leves, mas penas.
O Falcão diz que o Vaccari estava querendo dar explicações. Como alguém quer dar explicação e quando a PF decide ouvir as mesmas, o elemento se recusa abrir as portas da sua casa e tenta evitar explicações?]

Fonte: O Globo
 

PT desviou meio bilhão de reais dos cofres da Petrobras em dez anos

Dinheiro foi usado para financiar campanhas eleitorais do partido de 2010 e 2014

O homem da mochila

O PT desviou meio bilhão de reais dos cofres da Petrobras ao longo de dez anos. 

O dinheiro foi usado, entre outras coisas, para financiar as campanhas eleitorais do partido de 2010 e 2014

Em outubro passado, os investigadores da Operação Lava-Jato, reunidos no quartel-general dos trabalhos em Curitiba, olhavam fixamente para uma fotografia pregada na parede. A investigação do maior esquema de corrupção da história do país se aproximava de um momento decisivo. Delator do petrolão, o ex-diretor Paulo Roberto Costa já havia admitido que contratos da Petrobras eram superfaturados para enriquecer servidores corruptos e abastecer o cofre dos principais partidos da base governista. Na foto afixada na parede, Paulo Roberto aparecia de pé, na cabeceira de uma mesa de reunião, com um alvo desenhado a caneta sobre sua cabeça. Acima dela, uma anotação: “dead” (morto, em inglês). Àquela altura, a atenção dos investigadores estava voltada para os outros personagens da imagem. Era necessário pegá-los para fechar o enredo criminoso. Em novembro, exatamente um ano depois de a antiga cúpula do PT condenada no mensalão ter sido levada à cadeia, o juiz Sergio Moro decretou a prisão de executivos das maiores empreiteiras brasileiras, muitos dos quais aparecem abraçados a Paulinho, sorridentes, na fotografia estampada no Q.G. da Lava-Jato. A primeira etapa da missão estava quase cumprida.
 CODINOME MOCH - João Vaccari: homem de confiança do ex-presidente Lula, o tesoureiro era o elo financeiro entre os corruptos e os corruptores que atuavam na Petrobras      (VEJA) 

Entre os alvos listados na foto, apenas um ainda escapava aos investigadores. Justamente o elo da roubalheira com o partido do governo, o personagem que, sabe-se agora, comprova com cifras astronômicas como o PT depois de posar como vestal nos tempos de oposição — assimilou, aprimorou e elevou a níveis inimagináveis o que há de mais repugnante na política ao conquistar o poder. Na quinta-feira passada, agentes da Polícia Federal chegaram à casa do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, com uma ordem judicial para levá-lo à delegacia a fim de prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento no petrolão. Vaccari recusou-se a abrir o portão. Os agentes pularam o muro para conduzi-lo à sede da PF em São Paulo. Eles também apreenderam documentos, aparelhos de telefone celular e arquivos eletrônicos. Esse material não tinha nada de relevante. Vaccari, concluíram os agentes, já limpara o terreno. Num depoimento de cerca de três horas, o tesoureiro negou as acusações e jurou inocência. Nada que abalasse o ânimo dos investigadores. No Q.G. da Lava-Jato, um “dead” já podia ser escrito sobre a cara carrancuda do grão-petista.

A nova fase da operação foi um desdobramento de depoimentos prestados pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, em novembro, como parte de um acordo de delação premiada. Barusco conquistou um lugar de destaque no panteão da corrupção ao prometer a devolução de 97 milhões de dólares embolsados como propina, uma quantia espantosa para um servidor de terceiro escalão. Ao falar às autoridades, ele disse que o PT arrecadou, entre 2003 e 2013, de 150 milhões a 200 milhões de dólares em dinheiro roubado de noventa contratos da Petrobras. Segundo Barusco, o principal operador do PT no esquema nos últimos anos era Vaccari, chamado por ele de “Mochila”, por andar sempre com uma mochila a tiracolo. Barusco contou que o tesoureiro — identificado como “Moch” nas planilhas que registravam o rateio do butim surrupiado — participou pessoalmente das negociações, por exemplo, para a cobrança de propina de estaleiros contratados pela Petrobras. Descendo a detalhes, Barusco narrou ainda uma história que, apesar de envolver um valor bem mais modesto, tem um potencial político igualmente explosivo.

O ex-gerente declarou que, em 2010, o então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, solicitou ao representante da empresa holandesa SBM no Brasil, Júlio Faerman, 300 000 dólares para a campanha petista daquele ano, “provavelmente atendendo a pedido de João Vaccari Neto, o que foi contabilizado pelo declarante à época como pagamento destinado ao Partido dos Trabalhadores”. Em 2010, Dilma Rousseff disputou e conquistou o primeiro de seus dois mandatos presidenciais. A situação do tesoureiro do PT deve se agravar nos próximos dias com o avanço das negociações para o acordo de delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. Pessoa coordenava “o clube do bilhão”, o grupo das empreiteiras que desfalcava a Petrobras. 

Vaccari recorria a ele com frequência para resolver os problemas de caixa do PT. Os dois conversaram várias vezes no ano eleitoral de 2014. Num desses encontros, segundo integrantes da investigação que já ouviram uma prévia das histórias pouco edificantes prometidas por Pessoa, Vaccari negociou com a UTC o recebimento de 30 milhões de reais em doações eleitorais. Cerca de 10 milhões de reais seriam destinados à campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Os 20 milhões restantes, distribuídos por Vaccari ao PT e aos partidos da base aliada.     

Comemorar o que? 
 

Codinome Moch

Na semana em que o PT completou 35 anos, a Operação Lava Jato revelou que o partido desviou meio bilhão de reais dos cofres da Petrobras, segundo estimativa de Pedro Barusco, ex-gerente da estatal. O esquema era operado pelo tesoureiro, João Vaccari Neto – 'Mochila' ou 'Moch', para Barusco. E a situação de 'Moch' deve se agravar ainda mais com o avanço da negociação para a delação de Ricardo Pessoa, coordenador do 'clube do bilhão'. É o que mostra VEJA desta semana

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

My Way = Hino do PETROLÃO – PT




Na versão bandida de ‘My Way’, nome da nona fase da Operação Lava Jato, a voz magnífica de Frank Sinatra contrasta com a barulheira do jogral dos quadrilheiros


O leitor está convidado a ouvir a canção na voz de Sinatra, conferir a tradução em português e interpretar a letra, incluídas as entrelinhas. Alguns versos parecem extraídos dos prontuários de Barusco e Duque. Outros rimam com João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, arrastado de volta ao palco do escândalo pela Polícia Federal para explicar o colosso de dinheiro tungado da Petrobras para financiar campanhas eleitorais do partido que virou bando.

Essa versão bandida de My Way tem tudo para ser promovida a Hino do Petrolão.



Infeliz aniversário




A condução coercitiva de alguém para depor no âmbito de uma investigação criminal significa que contra essa pessoa pesam evidências graves.   Insuficientes para um pedido de prisão temporária, mas fortes o bastante para levar a polícia a solicitar à Justiça algo além de uma simples intimação. Nessa condição é que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi conduzido ontem à Polícia Federal para prestar depoimento na nova e nona fase da Operação Lava Jato. Logo de manhã, representantes da PF e do Ministério Público esclareceram qual era a situação.

Vaccari foi chamado para contar o que sabia sobre doações (legais e ilegais) feitas por empresas que mantinham contratos com a Petrobrás, pois os investigadores o identificaram como o principal dos 11 operadores que atuavam na Diretoria de Serviços da estatal, comandada por Renato Duque por indicação do PT.

O nome do tesoureiro apareceu na rede dos depoimentos feitos sob os acordos de delação premiada. Aqueles em que o depoente precisa provar o que diz para obter os benefícios pretendidos.  Portanto, é de se supor que João Vaccari tenha alguma dificuldade em continuar sustentando as negativas sobre quaisquer relações de proximidade com o esquema de propinas, diante das provas já coletadas.

Pedro Barusco, ex-gerente da Diretoria de Serviços, informou em seu acordo que Vaccari recebia dinheiro fruto de desvios. É claro que a polícia e a Justiça não se fiam apenas na palavra dele. Exigem provas. Ou não lhe conferem benefício algum.  O tesoureiro do PT até então nada havia dito a não ser repetir negativas sobre quaisquer envolvimentos e assim, pelo que transpirou, se manteve em seu depoimento à PF, repetindo o comportamento de seu antecessor Delúbio Soares, hoje em cumprimento de pena de prisão domiciliar. Os tempos, contudo, são outros.

De onde se acreditar na declaração do ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, segundo a qual não há o "menor constrangimento" para o partido nem para o governo com a condução coercitiva do tesoureiro à PF há uma distância amazônica.  Até porque partido e governo deveriam ser os primeiros a manifestar desconforto moral. Seria positivo para ambos uma vez na vida demonstrar alguma dignidade.

Ainda que para constar. Não se constranger com acontecimentos dessa natureza realmente é comportamento de quem não se acanha diante de coisa alguma.  Verdade que o ministro é o mesmo que equiparou a derrota na disputa à Presidência da Câmara a episódio superável com uma rodada de "cervejinha".

Mas, para o PT não poderia haver momento pior que a ocasião dos 35 anos de fundação do partido a ser comemorada hoje em Belo Horizonte diante de um triste paradoxo: de um lado a conquista do quarto mandato presidencial consecutivo, de outro uma crise profunda.  A cabeça no Planalto e o restante do corpo atolado no pântano até o pescoço.  Realidade que não foge ao alcance do ministro, da presidente da República nem de nenhum integrante do partido, cujos problemas internos e externos são inúmeros, sucessivos e tão grandes que não há tapete capaz de cobrir a quantidade da poeira acumulada.

Cenografia. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, cumpriu o compromisso com os eleitores de não criar obstáculo à instalação de nova CPI da Petrobrás. Daqui em diante, no entanto, não é com ele.  Uma coisa é a formação, outra bem diferente é o funcionamento, a eficácia da comissão de inquérito.

Frente ao adiantado dos trabalhos da Polícia Federal e da Justiça, a CPI fará, como se dizia antigamente, "visagem".

Por: Dora Kramer, colunista do Estadão