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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Lula e a esquerda não suportam a liberdade de expressão e por isso querem censurar a internet - Gazeta do Povo

Vozes - J. R. Guzzo

 Entre todas as ideias fixas que comandam hoje suas palavras e suas ações na política brasileira, nenhuma parece deixar o presidente Lula tão agitado quando o “controle social dos meios de comunicação”. Virou, a essa altura, um tipo de obsessão. 
Sabe-se que quando Lula tem uma obsessão, o PT e a esquerda ficam automaticamente obcecados com a mesma coisa; eis porque se faz tanto barulho sobre algo que jamais fez parte, nem fará, das preocupações básicas do cidadão brasileiro.
O fato é que Lula, e a multidão de bajuladores ao seu redor, não para de falar no seu precioso “controle”. Ainda agora, mandou uma carta para uma reunião de caciques da ONU dizendo, entre outras barbaridades, que as redes sociais são uma ameaça à “democracia”. [o atual presidente faz muito tempo perdeu a noção das coisas - defender medidas que agridem a democracia e aos princípios democráticos,é apenas mais uma bizarra manifestação de sua falta de cultura política e mesmo domínio da Língua Portuguesa; 
 - mais cômico, é declarar para a Rússia que ela tem que sair da Ucrânia. Tão absurdo ultimato nos leva a adaptar o Brasil e seu atual presidente a famosa pergunta de Stalin dirigida ao Papa. '... quantas divisões possui o Papa?.']

Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.

O surgimento da internet, pela primeira vez nos 10 mil anos de história da humanidade, permitiu a todos os seres humanos, sem exceção, manifestarem livremente suas opiniões e pensamentos; é uma conquista imensa para o homem e para os seus direitos.  
É um perigo, porém, para as ditaduras de todos os tipos – e por isso a comunicação através das redes sociais tornou-se um dos alvos principais da repressão das tiranias pelo mundo afora.  
Lula, desde a sua campanha eleitoral, se juntou a esse coro; quer, também ele, censura do governo sobre a internet.

Naturalmente, ele e a esquerda mais grosseira, com o apoio de praticamente todo o aparelho judiciário, dizem que não é isso. Ao contrário: aproveitando-se da fantasia, tão difundida e tão inútil, segundo a qual “as leis” deveriam proibir que as pessoas dissessem mentiras nas redes sociais, Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.

O “controle social” da mídia vai apenas criar a censura no Brasil – um comitê de militantes do PT passará a decidir o que é mentira e verdade, e isso quer dizer, na prática, que vai ser proibido publicar o que o governo não quer seja publicado. Todo o resto é uma trapaça monumental.
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Lula gostaria de um Brasil como o da campanha eleitoral em que o TSE proibia dizer que ele foi condenado pela Justiça como ladrão, ou que é admirador do ditador da Nicarágua e por aí afora.  
Quer que tudo o que se diga contra ele seja carimbado como “discurso do ódio – e cortado das redes. 
Seu “controle social” dos meios de comunicação é o que se faz em Cuba, Venezuela, Nicarágua, para não falar de China e Coreia.

Não existe nenhuma democracia no mundo que faça o que o Lula está querendo fazer no Brasil. Ele e o PT falam que o direito de expressão vai ser garantido, dizem que “há leis” de controle da internet em “outros países”, que estão defendendo a “democracia” dos seus inimigos etc. etc. etc. 
Não há um átomo de sinceridade, nem de seriedade, em nada disso. 
A única maneira efetiva de se defender a liberdade de opinião é não fazer lei nenhuma a respeito do assunto; é por isso que as ditaduras têm todo o tipo de regras para “ampliar a livre expressãode ideias – e as pessoas não têm nenhum direito de abrir a boca. 
O problema de Lula e da esquerda não tem nada a ver com verdade ou mentira. O que eles não querem é a liberdade.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Nicarágua, bispo condenado a 26 anos de prisão - Andrea De Angelis,

Vatican News

 

10/02/2023. Um tribunal nicaraguense condenou o bispo de Matagalpa e administrador apostólico da Diocese de Estelí, dom Rolando José Álvarez Lagos, a 26 anos de prisão, no dia seguinte à sua recusa em embarcar num avião junto com 222 outras pessoas, padres, seminaristas, opositores políticos ou simples críticos do regime.  
Uma sentença lida por um juiz da Corte de apelação definiu dom Álvarez, 56 anos, "um traidor da pátria", condenando-o a permanecer na prisão até 2049.

A sentença antes do julgamento
O bispo de Matagalpa é acusado de "conspiração para minar a integridade nacional e propagação de falsas notícias através das tecnologias da informação e da comunicação em detrimento do Estado e da sociedade nicaraguense". 
O julgamento estava previsto para começar em 15 de fevereiro, mas o veredicto veio primeiro. Além do bispo, dois outros sacerdotes, Manuel García e José Urbina, do clero da Diocese de Granada, ainda estão detidos em prisões nicaraguenses.

Sacerdotes expulsos como "traidores à pátria"
Outros cinco padres, um diácono e dois seminaristas acusados de "conspiração" e condenados a dez anos de prisão já chegaram aos EUA, onde devem receber uma autorização de residência por um período inicial de dois anos. As oito pessoas estão entre aquelas para as quais o Tribunal de Apelação de Manágua ordenou "a expulsão imediata e efetiva por cometer atos que minam a independência, soberania e autodeterminação do povo, por incitar a violência, o terrorismo e a desestabilização econômica". Os expulsos foram declarados "traidores da pátria", tiveram seus "direitos de cidadania suspensos por toda a vida" e foram privados de sua cidadania nicaraguense.

As acusações de Ortega
O presidente Daniel Ortega falou sobre a condenação de dom Álvarez na televisão nacional, chamando a posição do bispo de "absurda" e afirmando que ele está preso por "terrorismo". A polícia havia prendido Álvarez em agosto passado e os tribunais o acusaram sucessivamente de "conspiração" e de divulgar "falsas notícias".

Da prisão domiciliar ao cárcere

Dom Álvarez é o primeiro bispo a ser preso e condenado desde que o presidente Daniel Ortega voltou ao poder na Nicarágua, em 2007. Ele havia sido levado do palácio episcopal em Matagalpa na madrugada de 19 de agosto por policiais, juntamente com padres, seminaristas e leigos, após ter sido detido à força durante 15 dias na Cúria sob a acusação de tentar "organizar grupos violentos" com o "objetivo de desestabilizar o Estado nicaraguense e atacar as autoridades constitucionais". O bispo foi depois transferido para sua residência particular em Manágua sob prisão domiciliar, mas agora foi transferido para uma prisão de segurança máxima.

VATICAN NEWS - Publicado originalmente 

 


domingo, 5 de fevereiro de 2023

Embaixador da União Europeia no Brasil critica Lula por postura com Venezuela, Cuba e Nicarágua

Ignacio Ybanez Rubio, embaixador da União Europeia (UE) no Brasil
Ignacio Ybanez Rubio, embaixador da União Europeia (UE) no Brasil Cristiano Mariz/Agência O Globo

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, criticou, indiretamente, neste domingo, a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos regimes autoritários de esquerda em suas últimas viagens internacionais, em janeiro deste ano.

O diplomata usou um artigo publicado pelo colunista do GLOBO e da “Folha de S.Paulo” Demétrio Magnolli no qual analisa o discurso do presidente na Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celec).

No artigo deste domingo, publicado na “Folha”, Demétrio aponta a falta de crítica por parte de Lula aos regimes da Venezuela, Cuba e Nicarágua. O colunista afirma que o presidente desperdiçou a “oportunidade de levantar a voz por eleições livres na Venezuela, uma abertura política em Cuba e o fim da selvagem repressão do regime de Ortega na Nicarágua”.

Ybáñez postou o artigo nas redes sociais e destacou o verso “O tempo passou na janela e só Carolina não viu”, de Chico Buarque, citado no artigo de Demétrio Magnolli.

Lula começou o seu governo tentando retomar a presença do Brasil nas agendas e negociações internacionais. Para isso, realizou logo em janeiro as suas primeiras viagens internacionais para a Argentina e Uruguai. Lá, Lula e o presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, anunciaram que estão empenhados em avançar nas "discussões sobre uma moeda comum sul-americana".

Mundo - Jornal O Globo

 

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Lula 2023 é como um pesadelo piorado.- Gazeta do Povo

Vozes - Cristina Graeml

Lula 2023: sem ética na política - ministros envolvidos em denúncias e conchavos nas eleições do Senado

Lula 2023 é como um pesadelo piorado. Um mês sob novo governo e acabou aquela paz de não termos mais notícias de corrupção e prevaricação, crime praticado por funcionários públicos quando fogem do seu dever de ofício, são omissos, ou abusam do poder, provocando prejuízos sociais e econômicos para o país.

Bastou janeiro avançar e já choveu denúncia contra três dos 37 atuais ministros, quantidade que, por si só, configura um atentado contra o orçamento público. E mal fevereiro começou, também o Senado afundou-se em conchavos e abusos de poder, imiscuindo-se com os demais poderes. Ficou claro que sob governo Lula jamais haverá independência, apenas interdependência entre eles.

No vídeo que publico junto com esse artigo relembro alguns fatos deste início de governo Lula 2023. É uma versão piorada e ainda mais sedenta de poder do que aquela da era da rapinagem. [lembrando que a rapinagem continua.]
 Antes das condenações e da prisão, era só ganância e sanha ditatorial. Agora há rancor e ódio movendo os petistas e seus vários aliados de sempre junto com os de última hora.

Por mais indigesto que seja, acho oportuno fazer um breve diário desse "desgoverno" (para usar um termo que lulistas adoram) e, assim, deixar documentada a falta de ética e moral na vida pública, que vem sendo registrada dia após dia, desde que o país foi jogado nesse abismo, aparentemente sem fim.

Lula 2023, denúncias e conchavos
Em poucas semanas o Brasil já tem três ministros envoltos em denúncias: a do Turismo, Daniela Mote de Souza Carneiro (codinome Daniela do Waguinho), acusada de envolvimento com milicianos da baixada fluminense, foi a primeira. As primeiras denúncias surgiram apenas dois dias após a posse.

Na sequência
, logo depois da tragédia de 8 de janeiro e de todo a sanha justiceira do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ficamos sabendo que ele próprio teria recebido informações de agentes de inteligência para reforçar a segurança em Brasília naquele fatídico fim de semana e nada fez.

Depois, o ministro das Comunicações, José Juscelino Filho, foi envolvido num vexame daqueles que, em outros países, seria digno de demissão sumária.
Simplesmente veio à tona que no ano passado, quando ainda era deputado federal, ele usou 5 milhões de reais das emendas de relator (orçamento secreto) para asfaltar uma estrada na frente de sua própria fazenda na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão. Outras denúncias já inundaram o noticiário e o chefe, Lula, finge-se de morto.

O Maranhão é, aliás, a terra do companheiro Flávio Dino, onde raras estradas são asfaltadas e há carências de absolutamente tudo. 
A população está entre as mais pobres e pouco instruídas do país. 
No índice de desenvolvimento humano (IDH) do IBGE, o Maranhão sempre figura como o mais atrasado, rivalizando com o vizinho, Piauí.
 
Eleições na Câmara e Senado 
Não bastassem as gravíssimas denúncias manchando o ministério de Lula 2023, todas jogadas para baixo do tapete, teve o show de horrores no Senado abrindo fevereiro. Foi o prenúncio de que o segundo mês do ano também não irá decepcionar os que ignoram a necessidade de ética na política e batem palmas para tamanha sem-vergonhice. Durante semanas acompanhamos o Executivo interferindo no Legislativo, fechando acordões de troca de cargos por votos para Arthur Lira seguir como presidente da Câmara dos Deputados e Rodrigo Pacheco, do Senado.

Sabe-se lá o que foi prometido aos dois para, tão rapidamente, terem colocado suas biografias em risco e aceitado o abraço amigo de alguém com condenações e prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em seu próprio currículo.

Houve muito mais do que meros "acordos de bastidores". O PT parece ter seguido a linha da confissão de Dilma em 2014 ("fazemos o diabo para vencer as eleições") ou a eterna máxima do guru esquerdista/comunista, José Dirceu ("vamos tomar o Poder, que é diferente de ganhar eleições"). Conseguiu 464 votos para Lira e 49 para Pacheco.

Absurdos ao vivo na TV Senado
O YouTube da TV Senado transmitiu a cerimônia de posse dos novos senadores e a eleição para a presidência do Senado ao vivo. Havia cerca de 90 mil brasileiros acompanhando em tempo real e derramando suas preocupações e angústias na conversa interativa do chat. Ali, Rogério Marinho estava eleito com praticamente 100% dos votos.

Quem assistiu, teve o desprazer de ver a ditadura do Legislativo à solta. O tirano de plantão foi o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), proibindo os colegas de mostrar o voto, conforme foi feito em eleições passadas para a presidência. "O voto aberto será anulado", disse o senador, que presidia a sessão. [era só mostrar o voto, deixar anular e com mais de 40 votos anulados, fariam nova eleição - uma hora o Veneziano desistia da chantagem.] E assim foi, bem ao padrão Cuba, Venezuela, Nicarágua, para citar apenas as mais ferrenhas ditaduras próximas ao Brasil e ao PT de Lula. E assim foi. Taí a razão pela qual muitos traíram seus eleitores e não deram o voto a Rogério Marinho, como haviam prometido.

Teve outras barbaridades flagradas pelas câmeras. Os capangas Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues fazendo chacota da vitória anunciada, mais preocupados com quem ganharia o bolão acertando quantos votos Pacheco teria. E os cupinchas fotografando seu próprio voto e enviando por mensagem. Seria para cobrar o pagamento?

Para qualquer patriota realmente preocupado com o Brasil e com sua população, é revoltante acompanhar o que está acontecendo. 


Peço desculpas, portanto, aos leitores desta coluna, mas por mais intragável que seja, o assunto precisa ficar registrado. Assim, no futuro, ao pesquisarem sobre determinados políticos, os jovens eleitores terão o contraponto à narrativa oficial. Saberão, de fato, como os candidatos a deuses do olimpo tupiniquim tratam o país quando estão no poder.

Lembrem-se: querem nos calar justamente para que avancem em suas práticas antiéticas e em seus propósitos escusos e imorais, deixando a verdade longe dos registros da internet ou das páginas da história. Não vão conseguir, afinal, somos resilientes e estamos comprometidos com o país, a verdade, a ética e a moral. E não há mal que dure para sempre.

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Cristina Graeml, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Renan Calheiros: o impoluto democrata - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

A democracia brasileira corria perigo. A ameaça atende pelo nome de Jair Bolsonaro. Para “salvar a democracia”, portanto, tudo era permitido, desde que contra Bolsonaro. 
 Não viram a cartinha dos tucanos e dos petistas? 
 Não viram as várias e várias colunas e os editoriais dos principais veículos de comunicação?

E como nenhum nome do “centro democrático” vingou, o jeito foi ir de Lula mesmo. Sim, ele é corrupto. Sim, foi condenado e preso.  
Mas se não tem tu, vai tu mesmo. 
E o STF teve de fazer seu malabarismo, constatar que o CEP do julgamento foi o errado (anos depois), e tornar Lula elegível novamente. 
O resto ficou por conta da imprensa e do TSE.

Ninguém poderia lembrar do que Lula fez no verão passado. Alexandre de Moraes partiu para a censura escancarada, para a perseguição desinibida, tudo para impedir “ataques” ao candidato da “democracia”. Lembrem-se: Bolsonaro é o perigo! Lula é o amor.

Por estreita margem, as urnas consagram Lula vencedor. O amor venceu! E como prova disso, agora é preciso destruir de vez todo vestígio bolsonarista, calar na marra seus apoiadores, suspender contas nas redes sociais, tudo para proteger a democracia.

Caso a missão não tenha ficado clara o suficiente, entra em campo ele, o impoluto democrata Renan Calheiros! O senador, que transita pelo poder há mais tempo do que eu tenho de vida, apresentou sua PEC contra a intolerância política. Não podemos mais aceitar a “injúria” contra políticos pela simples divergência ideológica.

É verdade que já existem crimes contra a honra, com o devido processo legal, mas Renan quer mais, com o apoio de Randolfe Rodrigues e demais petistas. Onde já se viu expressar de maneira tão veemente a repulsa que sentem por esses democratas acima de quaisquer suspeitas?
 
Com esse grau de liberdade, vamos acabar como os Estados Unidos, onde podem fazer troça dos políticos e xingá-los sem dó nem piedade, pela proteção da Primeira Emenda. 
Isso é inaceitável na democracia petista, que mira mais nos exemplos ilustres de Cuba, Nicarágua, Venezuela e China.
Todo teatro foi armado, e agora resta aplaudir a volta à normalidade, com toda a corrupção e o autoritarismo que ela representa. 
Muita gente está feliz. Torneiras serão reabertas, o butim será farto.  
O ladrão voltou à cena do crime, carregando junto todos os comparsas da pilhagem. 
E ai de quem embarcar em discurso golpista e antidemocrático: será preso sem julgamento!  
Será perseguido, como foi aquela dona de casa mineira, que pedia um tratamento igual ao do traficante e do corrupto condenado.  
Mas ela não é democrata como eles! Prisão aos golpistas! A nossa democracia foi salva!

Agora tenta não ruborizar ao repetir essa ladainha patética, ao lado dos nossos “respeitados” jornalistas...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Brasil já é ditadura! - Rodrigo Constantino

VOZES - Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Como o ministro Alexandre de Moraes agora dobra a aposta a cada dia, mais e mais gente se dá conta de uma triste realidade: o Brasil já vive numa ditadura. Não há Estado de Direito, mas sim o arbítrio aplaudido por militantes disfarçados de democratas.

A decisão de multar o PL em R$ 22 milhões por questionar, com relatório técnico, o resultado eleitoral foi a gota d'água. O deputado Marcel van Hattem, que busca assinaturas para instaurar uma CPI sobre o abuso de poder supremo, desabafou após minha pergunta no Jornal Jovem Pan: "Já vivemos numa ditadura!"

O deputado Paulo Eduardo Martins sintetizou a gravidade da situação: "Você leva uma questão à Justiça e apresenta um trabalho técnico a respeito. A Justiça condena vc a pagar R$ 22 milhões por ter feito o questionamento. Antes o problema era segurança jurídica, agora já não se sabe se é seguro buscar o Judiciário. Ainda há quem fale em democracia".

Virou crime questionar o processo eleitoral "inviolável". Isso é coisa de ditadura, de Cuba, Nicarágua, Venezuela e China - não por acaso países socialistas defendidos pela quadrilha petista e seu líder Lula. Nesses países é proibido questionar o sistema.

Diante de tanto descalabro, o povo fica desesperado e volta sua atenção para as Forças Armadas como um último suspiro de esperança. Para essa multidão, as vias institucionais já se esgotaram. O mais triste é ver jornalistas aplaudindo o abuso de poder, pois partem da premissa de que golpista é Bolsonaro. É um vale-tudo para "enquadrar" o presidente, ainda que ao custo de parir uma tirania.

Sobre esses que aplaudem a tirania, Guilherme Fiuza comentou: "Os que estão tratando como grande estrategista um prepotente fora da lei serão lembrados para sempre como os que se fantasiaram de democratas para atiçar o vale-tudo".

“A conduta da requerente exige, entretanto, a condenação por litigância de má-fé. […] A Democracia não é um caminho fácil, exato ou previsível, mas é o único caminho e o Poder Judiciário não tolerará manifestações criminosas e antidemocráticas atentatórias aos pleito eleitoral”, diz o despacho de Alexandre de Moraes. Tratar questionamento previsto na lei como "ato antidemocrático" é simplesmente absurdo.

"Moraes e os outros ministros trataram pelo menos metade do eleitorado – aquela metade que não simpatizava com o candidato deles – com deboche e rancor. Aos anseios por transparência, responderam com censura e ameaças. Às dúvidas sobre segurança, com piadinhas", escreveu Flavio Gordon.

"As instituições estão funcionando perfeitamente", diz o típico palhaço brasileiro. Já o povo, que não quer bancar o mané, clama por ajuda de quem tem força para isso, poder para restaurar a ordem. A alternativa, cada vez mais gente se dá conta, é mesmo o Brasil mergulhar no abismo venezuelano.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Bolsonaro recorre ao TSE. Mas não quero alimentar falsas esperançaS - Gazeta do Povo

Paulo Polzonoff Jr - VOZES
 
"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

Fracassomaníaco 

Enquanto no Catar a seleção francesa vai perdendo para a australiana, recebo uma mensagem de uma amiga. Ela informa que, como esperado, a campanha do presidente Jair Bolsonaro protocolou no TSE (Tribunal Socialista Eleitoral) uma representação pedindo uma investigação que, se levada adiante, em tese (e bota tese nisso!) poderia mudar o resultado da eleição. 
E o destino de um país por ora condenado à tragédia de um terceiro mandato presidencial de Lula.

Chamado de golpista desde que foi eleito, há quatro anos, o presidente Jair Bolsonaro continua jogando “dentro das quatro linhas”. -  Foto: Fotógrafo/Agência Brasil

Aí teve início uma conversa igualzinha àquela que deve estar até agora ecoando entre você e seus amigos e familiares nos lares, bares e redes sociais da vida. “E você por acaso acha que isso vai dar em alguma coisa?”, pergunto. Logo me arrependo do “por acaso”. Soou agressivo, como se a esperança insistente da amiga no "devido processo legal" fosse um sinal de loucura. Não é. A amiga é inteligente e sabe que a representação não vai prosperar. O Tribunal Soberbo Eleitoral jamais admitirá qualquer problema com o sistema de votação brasileiro.

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O diálogo ganha outros contornos quando, menos agressivo (espero), confesso não estar sabendo lidar com todos as promessas de reviravolta eleitoral que pontuaram o noticiário desde o começo de novembro. Por um lado, me incomoda a sensação de estar alimentando nos leitores uma esperança falsa de que as circunstâncias como um todo mudarão de um dia para o outro, graças a uma bala de prata, uma carta na manga, uma representação no TSE ou um gesto tresloucado. Por outro, quem sou eu para tirar a esperança das pessoas?! Ninguém.

Além disso, confesso agora, no exato momento em que a França empata o jogo, que parte de mim quer que eu esteja errado. Muito errado. Ridiculamente errado. Parte de mim quer que você, leitor, possa zombar deste texto desesperançado num futuro bem próximo, dizendo algo como: "perdeu, seu fracassomaníaco mané". Mas claro que você seria incapaz de uma indelicadeza dessas.

Fiapos de esperança
Penso no desespero que leva pessoas a se apegarem a qualquer fiapo de esperança diante dos quartéis, nas estradas e nas redes sociais. 
É admirável e ao mesmo tempo preocupante. 
Muita gente se manifesta apenas porque quer que sua ideia de mundo prevaleça. 
Mas entre os manifestantes também há muitos (entre os quais me incluo) cujo desespero tem outra tradução: medo de que o Brasil se transforma numa Argentina, numa Nicarágua ou numa Venezuela.

É um medo legítimo de quem teme ser incapaz de legar às gerações futuras a riqueza atual. E aqui não me refiro somente à riqueza financeira. Penso também na tradição e nos valores morais que correm, sim, risco num governo petista em conluio com o Judiciário. E sem data para terminar. De volta às dúvidas, porém. 
Como reconhecer e amenizar esse medo que assola milhões de brasileiros sem alimentar esperanças falsas e teorias da conspiração? Como ajudar as pessoas a não caírem num desespero que pode facilmente se transformar numa revolta crônica – inclusive uma revolta contra Deus?

Não tenho pretensão alguma de resolver este dilema com um único texto. Até porque eu mesmo não raro me pego alimentando esperanças ridículas pelas quais ainda sou obrigado a ouvir colegas me chamando de “golpista”. Seria mesmo mais fácil e sobretudo mais prazeroso acordar e descobrir que a bala de prata atingiu o alvo ou que a carta na manga era a mais alta do baralho ou que Alexandre de Moraes caiu do cavalo.

Mas talvez Deus, em sua infinita sabedoria, esteja dando ao povo brasileiro aquilo de que precisamos, e não o que queremos. Talvez de nós, neste momento conturbado da nossa história, Deus esteja exigindo o sacrifício da luta incansável e cotidiana pelos próprios quatro anos ou enquanto durar aquilo que já considero uma regime ditatorial socialista de facto.
[estamos diante de uma tarefa complicada, dificil. Já é pretensão excessiva a nossa modesta intenção de opinar sobre um texto do competente Polzonoff; situação agravada pela quase certeza de que o resultado do nosso esforço opinativo pode desagradar o ministro Moraes(cá entre nós  ... esta opinião está sendo digitada de um notebook, debaixo de uma árvore, em ÁREA MILITAR - terreno contíguo ao QG Ex, localizado no SMU - DF, única área onde estamos a salvo - nós e milhares de brasilienses - do supremo arbítrio do ministro Moraes.)
Vamos então à missão. Seja qual for a decisão do TSE - monocrática ou colegiada - dela cabe recurso ao STF.
 
O presidente da Corte eleitoral já cuidou de que os efeitos do seu despacho, exarado ontem na petição do PL, sejam imediatos =  após o transcurso dos 1.440 minutos, não sendo apresentadas os dados das urnas utilizadas no primeiro turno, a inicial estará indeferida, de forma automática e monocrática. 
Assim, caso o PL tenha optado pelo não fornecimento de dados, só resta enviar uma mensagem para um seu preposto em frente ao STF e este já ingresse com um recurso contra a decisão do TSE.. 
Nosso limitado saber jurídico nos  leva ao pensamento de ser tal recurso fundamentado  no cabimento de se contestar uma decisão sobre o pedido apresentado pela legenda e com fulcro em um dispositivo constitucional - artigo 14, § 10 - ser adotada de forma monocrática, sem olvidar o fato de exigir algo desnecessário, além de atendimento impossível em 24 horas.

Outra alternativa do Partido Liberal é juntar à petição de ontem declaração de que o rol das urnas, apresentado na inicial,  atende ao supremo decreto do ministro Moraes, visto que tais urnas foram utilizadas nos dois turnos. 
Ocorrendo indeferimento, resta recorrer ao STF.

Se a Suprema Corte negar seguimento ao recurso ou indeferi-lo, de imediato, estaremos constatando que no Brasil, a instância máxima do Poder Judiciário, nega, sem exame acurado, sem julgamento colegiado, uma solicitação realizada por parte competente e apoiado em artigo da Constituição Federal, só resta constatar  que no Brasil não vivemos em um 'estado democrático de direito' .
O 'estado democrático de direito',  é em nossa opinião leiga, quem sustenta todo o arcabouço legal que chamamos de LEIS.
Quando elas perdem a sustentação, passamos a um condição de anomia, onde tudo é possível.

É a nossa modesta opinião. É o que temos a dizer e também o máximo que sabemos.]
 
(Até o fim deste texto não só a seleção da França virou o jogo para cima da Austrália como também Alexandre de Moraes respondeu cinicamente à representação da campanha de Bolsonaro, argumentando que as urnas usadas no primeiro e segundo turnos foram as mesmas e dando 24 horas para a coligação apresentar a auditoria do primeiro turno. 
Do contrário, a representação será simplesmente ignorada. Isso se Alexandre de Moraes não decidir que o pedido de investigação é um ataque antidemocrático às instituições, claro).

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

A ficha já começa a cair… - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

No mercado financeiro, não faltou gestor suavizando o que representaria a "volta do ladrão à cena do crime", como disse Alckmin. O Lula "moderado", mais ao "centro" e com "responsabilidade fiscal" foi inventado pela velha imprensa, e vários analistas de mercado desejaram acreditar na farsa.

Agora que nomes como Mercadante, Mantega e Boulos circulam forte como potenciais ministros ou lideranças influentes na futura gestão, o "mercado" acusa o golpe. Tucanos que achavam que levariam Meirelles e Arminio Fraga ao digitar o 13 começam a ter um encontro com a dura realidade. "As primeiras sinalizações do novo governo preocupam", disse um dos maiores gestores do país, que andava minimizando o risco Lula durante a eleição. Ele não está sozinho. É sempre um espanto como gente com tanto sucesso pode se mostrar tão ingênua. Nunca vou esquecer um ex-CEO de banco conversando comigo sobre a falácia da Dilma "boa gestora", na qual ele tinha acreditado ao ler O Globo...

E se o encontro com a realidade na questão econômica vem a galope, no quesito liberdade de expressão ela vem a trem bala! Não faltam "isentões" que tiveram vergonha de assumir o voto em Bolsonaro tendo de encarar a triste notícia de que o Brasil já mergulhou numa ditadura antes mesmo do ladrão voltar à cena do crime!

Várias contas estão sendo suspensas nas redes sociais, canais são bloqueados no Brasil, desmonetizados, tudo isso pelo "crime" terrível de ter dúvidas e perguntas sobre o processo eleitoral. 
É coisa de China, Cuba, Nicarágua, Venezuela, mas está acontecendo no Brasil mesmo, e antes de o defensor desses regimes colocar as mãos no Poder Executivo.

O Mamãe Falei, aquele que queria "pegar ucraniana pobre" durante a guerra, chegou a defender a ditadura alexandrina quando Monark se mostrou indignado com a censura ao seu canal, por simplesmente reproduzir uma live do argentino que trouxe anomalias estatísticas sobre a urna. O MBL se diz liberal, mas defende as práticas cubanas...

Já o deputado Marcel Van Hattem, um liberal de verdade, desabafou: "Até quando?! Há anos o Parlamento vem sendo humilhado por decisões monocráticas e inconstitucionais de outros Poderes. Agora, parlamentares e cidadãos brasileiros estão sendo censurados, mas a Câmara nada faz. Estamos de joelhos diante de outros Poderes. É vergonhoso!"

Não por acaso um deputado petista quer espalhar bustos de Alexandre de Moraes pelo país, como stalinistas fizeram com seu líder. É justo! Afinal, o imperador Xande foi o principal responsável pela “volta do ladrão à cena do crime”, como diria seu ex-chefe Alckmin. Tudo bem escancarado pelo viés, mas devemos fingir que as instituições funcionam de maneira perfeitamente republicana em nosso país, pois duvidar disso pode render censura ou prisão!

A boa notícia é que nos Estados Unidos, onde também vimos eleições suspeitas contra Trump, os republicanos começam a virar o jogo nas eleições de meio turno. Ainda falta apurar votos, pois os americanos não são tão velozes quanto o TSE, em que pese terem mandado o homem à Lua na década de 1960. Mas os republicanos devem mesmo controlar as casas, com apertada maioria. [temos que reconhecer, pelo simples fato de ser verdade = fato - se as urnas eletrônicas fossem a maravilha que pretendem nos convencer que são, não seriam usadas em apenas dois países: Bangladesh e Butão.]

O fator de decepção ficou por conta do voto jovem. Jovens universitários são os principais alvos da doutrinação ideológica esquerdista, representam o grosso do movimento woke. 
Falta experiência de vida, boleto para pagar, maturidade. 
Mas com o tempo eles devem acordar da lavagem cerebral e se dar conta de que a esquerda é um grande engodo.  
Com o tempo eles assimilam o recado do meu governador Ron DeSantis, reeleito na Flórida, que desceu a lenha na turma lacradora.

Com o tempo, até os "gênios" do mercado financeiro vão entender que Lula jamais foi ou será um moderado responsável. Tenho esperanças!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo 


domingo, 6 de novembro de 2022

Falemos, então, sobre atos antidemocráticos. - Percival Puggina

As características mais comuns das ditaduras, ou seja, de países não democráticos, são: o controle das opiniões, a censura e o desprezo ou desdém às manifestações populares.  
A simples ocorrência periódica de eleições não caracteriza uma democracia! 
Eleições acontecem em países muito mencionados nos últimos meses – Cuba, Venezuela e na Nicarágua. Mas são feitas daquele jeito que você sabe.

Com isso, estou afirmando que patrulhamento das opiniões, imposição de multas, aplicação de censura em diferentes graus, indo da ameaça à ação, do fechamento de perfis, páginas e canais à proibição de conteúdos, são atos antidemocráticos.

No começo deste ano, antes de que qualquer menção a urnas com impressoras passasse a suscitar reações vulcânicas, ocorriam pesquisas periódicas sobre confiabilidade desses aparelhos. Feitas a cada dois meses, as pesquisas mostravam resultados com pequenas variações. Mais de uma vez escrevi sobre elas. A de maio, feita pelo Datafolha, informava que 42% confiavam muito, 31% confiavam pouco, 24% não confiavam e 2% não sabiam.  
De modo espertalhão, para enganar bobos, os veículos da velha imprensa somavam “confiar muito” com “confiar pouco” e afirmavam que 73% aprovavam as urnas do jeitinho que eram. E o dado ia para o título da matéria reproduzida no site do TSE.

No entanto, se você disser a um funcionário que tem pouca confiança nele, o sujeito começará a procurar novo emprego porque esse é um seriíssimo sinal de desconfiança. A conclusão correta que se extrai daquelas pesquisas é que 55% dos eleitores não confiavam nas urnas, resultado da soma dos que não confiavam com os que confiavam pouco.

Com menos ameaças, intransigência e presunção, e com mais sensibilidade, prudência e empatia, não estaríamos vivendo as anomalias da hora atual. 
Contavam-se os votos em algumas urnas e estavam dirimidas as dúvidas. A pior consequência, porém, talvez seja o medo de que a experiência autoritária a que estamos submetidos se prolongue nos anos vindouros. É também este sentimento que leva as pessoas às ruas em todo o país.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sábado, 5 de novembro de 2022

O Brasil da desordem - Revista Oeste

J. R. Guzzo

Como pode haver democracia num país em que o alto judiciário dá a si próprio o direito de mandar em tudo? 

 Ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do STF | Foto:STF/SCO
 
Ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do STF | Foto:STF/SCO 
 
O Brasil continua a caminhar, agora com passo mais rápido, para uma situação de desordem.  
O encerramento de uma eleição presidencial é sempre o fim da guerra e o começo da paz, sobretudo se é você quem ganha. Não no Brasil de hoje. A eleição acabou, Lula, a esquerda e o STF ganharam mas em vez de uma volta à normalidade o que está se vendo, por parte dos ganhadores, é a promoção das tensões, o esforço para eliminar adversários e o avanço das ações totalitárias
 
Lula disse em seu primeiro discurso depois da eleição que quer governar o país “para todos”, e não apenas para os que votaram nele. 
Seria excelente se ele tivesse realmente essa intenção — e os meios práticos para fazer o que promete. Mas os primeiros dias que se seguiram à proclamação dos resultados pelo TSE indicam o contrário de uma pacificação geral. O ambiente é de reforço do regime de exceção criado pelo alto judiciário nos últimos anose da emergência, em torno do novo presidente, de um PT e uma esquerda mais extremistas, mais violentos e mais empenhados do que nunca em demolir com a sua “democracia popular” — a única que aceitam a democracia das liberdades públicas, dos direitos individuais do cidadão e do respeito à lei.

Qual a lei que permite ao chefe da “justiça” eleitoral se intrometer em greve de motorista de caminhão? [destacando que tal intromissão ocorre após o término das eleições e a proclamação dos resultados.]

O movimento dos caminhoneiros, que bloqueou estradas por todo o Brasil em protesto contra o resultado das eleições (veja matéria nesta edição) foi, sem dúvida, um fator de agitação — e, além disso, uma agressão clara ao direito de ir e vir, ao impedir o uso das mesmas estradas para todos os cidadãos. O consórcio esquerda-mídia-judiciário, naturalmente, explodiu em indignação automática contra esses “atos antidemocráticos” e contra o que descreveu como a “conivência” do governo com os caminhoneiros. Mas não é aí que está o foco da infecção. De um lado, e em meio a exigências histéricas de repressão ao movimento, o presidente da República acabou tendo a atuação mais efetiva de todas para acalmar os ânimos, ao pedir o fim dos bloqueios e o cumprimento da lei. De outro, os indignados com as ameaças à “democracia” são exatamente os mesmos que continuam a desrespeitar as leis e a bloquear o funcionamento normal dos mecanismos democráticos — ou os que lhes dão apoio.

O que pode haver de democrático na atuação do ministro Alexandre de Moraes em relação aos caminhoneiros? 
O ministro, na sua condição oficial de presidente do TSE, expediu ordens, exigiu providências, ameaçou a Deus e a todo mundo com punições extremadas. Mas a eleição não acabou? 
O seu dever funcional não está encerrado? 
Qual a lei que permite ao chefe da “justiça” eleitoral se intrometer em greve de motorista de caminhão? 
Ou em qualquer coisa que não tenha a ver com as suas funções legais de organizador da votação e da apuração dos votos? 
 
Como faz com o seu inquérito perpétuo contra tudo o que ele considera “atos antidemocráticos”, Moraes parece estar criando a eleição sem fim — continua a baixar decretos como fez sem parar durante a campanha eleitoral. 
Se ele se permite a entrar no movimento dos caminhoneiros, que deve ser tratado — e foi com os instrumentos legais em vigor, porque não entraria na lei do zoneamento urbano, no horário de funcionamento da alfândega ou naquilo que lhe der na telha? 
Ninguém iria dizer nada, a começar pelos seus colegas de STF; não disseram agora, não disseram em seus três anos de inquérito ilegal e não vão dizer nunca. O ministro Moraes criou um governo paralelo no Brasil. 
 
Imaginou-se que seu propósito era tirar o presidente Bolsonaro da presidência e colocar Lula no seu lugar. 
Conseguiu, junto com os seus colegas, aquilo que pretendia. 
Qual o sentido de continuar fazendo, depois das eleições, o que tem feito até agora? 
Perseguir os opositores do futuro governo Lula? 
Isso é desordem — um passo a mais na caminhada que começou quatro anos atrás, quando a esquerda e o STF não admitiram a vitória de Bolsonaro nas eleições e 2018 e lançaram o projeto de sabotar seu governo e de impedir a sua reeleição.

O último ataque feito por Barroso às instituições e ao sistema legal do Brasil é um despacho que revoga, para efeitos práticos, o direito à propriedade privada da terra

O ministro Moraes, naturalmente, não é o único a operar esse governo paralelo.  
Um dos seus acionistas mais agressivos é o ministro Luís Roberto Barroso. 
Ele está empenhado, cada vez mais, em impor aos cidadãos obrigações que não existem nas leis. Serve-se de seu cargo no STF para desapropriar os poderes do Congresso e para escrever legislação por conta própria. Pior que tudo, está socando em cima da população o modelo pessoal de Brasil que tem em sua cabeça. Não é o Brasil que está definido na Constituição Federal, ou no resto do sistema legal em vigência no país. Como outros colegas, Barroso acredita que esse estado de coisas está “errado”, que nem o Legislativo e nem o Executivo têm capacidade para consertar os erros e que cabe ao STF, portanto, a tarefa de “melhorar” a sociedade. 
 
É a “justiça propositiva”, ou “ativismo judicial”. O Brasil, de acordo com os seus princípios, tem de se comportar como o ministro Barroso e os colegas acham que deve, e não como a lei determina; o único desenho que serve é o desenho deles mesmos, excluindo-se todos os demais. 
E quem está em desacordo com o desenho dos ministros? 
Não teria o direito de argumentar que só o Congresso, onde é representado, tem autorização para decidir como a sociedade brasileira deve ser? Não, não tem direito a nada. Tem apenas de obedecer aos ministros e viver no país que eles querem.
 
O último ataque feito por Barroso às instituições e ao sistema legal do Brasil é um despacho que revoga, para efeitos práticos, o direito à propriedade privada da terra — rural e urbana, pelo que deu para entender. Ele vinha cozinhando a coisa já há tempo; assim que foi proclamada a vitória de Lula, anunciou a sua decisão.  
A partir de agora, os juízes não podem mais dar sentenças de reintegração de posse, devolvendo aos seus legítimos donos propriedades que foram invadidas — mesmo nas ações em que já se decidiu a desocupação das áreas. 
Tribunais de justiça estaduais e tribunais regionais federais devem instalarimediatamente” comissões de “conflitos fundiários”, que passam a fazer “inspeções judiciais” e “audiências de mediação” antes de qualquer decisão que determine a devolução da área ocupada a seus proprietários. As “comunidades afetadas” têm de ser ouvidas e o seu “direito à moradia” tem de ser “respeitado”; não pode haver, “de forma nenhuma”, separação dos membros de uma família. Ou seja: de hoje em diante, segundo Barroso, o cidadão que teve a propriedade invadida não pode pedir que a justiça devolva o que lhe pertence legalmente; tem de negociar o seu direito com o invasor, dentro das tais “comissões”. Também não pode se defender por conta própria. E se o MST, ou os movimentos de “sem teto” não quiserem sair, ou se não for feito acordo nenhum na “comissão” durante os próximos 25 anos? Não se sabe.
É tudo absolutamente ilegal. Que lei permite ao STF fazer uma coisa dessas? Quem autorizou o ministro ou o STF a criarem regras que mudam o exercício do direito de propriedade?  
As “comissões” de que fala o despacho não existem na legislação brasileira; só existem no mundo mental de Barroso. 
Quem vai estabelecer quantos membros elas devem ter, quem serão eles, quais os procedimentos que se devem seguir, que prazos tem de ser cumpridos? 
Quem tem sua propriedade invadida faz o que, enquanto isso tudo não se resolve? A alegação, da pior qualidade, é que a propriedade tem de se subordinar a uma “função social”. E por acaso são os ministros do STF que decidem qual é a “função social” disso ou daquilo? É uma alucinação
O direito à propriedade faz parte das chamadas “cláusulas pétreas” da Constituição — aquelas que não podem ser mudadas nem com a aprovação de um projeto de emenda constitucional. 
Está entre os direitos fundamentais do cidadão brasileiro, estabelecidos no artigo 5 da lei fundamental da nação. Mas e daí?
 Para o STF não existe cláusula de pedra, ou de qualquer material a única coisa que vale é a vontade dos ministros. É democracia, isso? Como pode haver democracia num país em que o alto judiciário dá a si próprio o direito de mandar em tudo? Não pode; só pode haver tumulto.

Os militares, hoje, são a última barreira que separa o Brasil de uma ditadura esquerdosa, do modelo Venezuela-Cuba-Nicarágua, e garante as liberdades constitucionais para o cidadão brasileiro

No mesmo momento em que ministro Moraes cria o estado de eleição perpétuo e o ministro Barroso revoga o direito à propriedade privada tal como ele é definido em lei, o PT se agita para jogar mais combustível na fogueira da desordem. Sua última ação é mexer com os militares. 
As Forças Armadas estão quietas desde que o general João Figueiredo encerrou o seu mandato como presidente da República, em 1985. De lá para cá, nunca mais interferiram em nada; não deram um pio durante os governos Lula-Dilma, não criaram problema nenhum para o regime democrático, não colocaram o mínimo obstáculo para a normalidade da campanha eleitoral ou para a volta de Lula à presidência. 
Têm agido de forma estritamente profissional e apolítica — não se sabe, francamente, o que estariam fazendo de errado, ou por que teriam de mudar alguma coisa. Mas o PT, mal encerrada a votação, já começa a inventar um “problema militar” no Brasil;  
na verdade, quer mudar os fundamentos que regem as Forças Armadas para transformá-las numa parte do aparelho petista, como um departamento qualquer lotado de "companheiros” e obediente em tudo aos donos do governo.
 
Os militares, hoje, são a última barreira que separa o Brasil de uma ditadura esquerdosa, do modelo Venezuela-Cuba-Nicarágua, e garante as liberdades constitucionais para o cidadão brasileiro. 
O PT, já há muito tempo, quer eliminar esse estorvo aos seus projetos — acha que nunca conseguirá mandar 100% no Brasil enquanto as Forças Armadas forem o que são hoje. 
Agora, ainda a dois meses da posse de Lula, já falam em “reforma” do Exército, Marinha e Aeronáutica. Querem criar uma “Guarda Nacional” que substituirá Exército como a principal força armada do país e servirá de milícia para executar ordens do governo
Falam em eliminar o artigo 142 da Constituição, que prevê intervenção militar em caso de ameaça às instituições. 
Propõem um “comando político” para o Exército, e a substituição do atual sistema de promoções dos oficiais, baseado em critérios objetivos de mérito, por um modelo em que o governo nomeia quem sobe de patente. Pretendem mudar os currículos das academias de formação de oficiais — e fazer a “integração” das Forças Armadas brasileiras aos exércitos da “América Latina”, com o consequente rompimento de seus pontos de contato com o sistema de defesa dos Estados Unidos.
[J. R. Guzzo, mais uma vez se supera na brilhante e precisa apreciação que faz da atual situação do Brasil;  mostra, de forma incontestável, que a causa do maior problema do Brasil é que um dos Poderes da República, se autoconcedeu PODERES ABSOLUTOS e INCONTESTÁVEIS - não há a quem recorrer das decisões que tal poder adotar.
Todos já concluíram, até por falta de uma outra conclusão, que tal Poder é o PODER JUDICIÁRIO, especialmente o STF e seu braço político o TSE = decidem sobre qualquer coisa e os insatisfeitos tem que se curvar = NÃO EXISTE A QUEM RECORRER.
Em nossa opinião, leiga, porém, de cidadão,  só há uma solução - que as Forças Armadas passem a exercer,temporariamente e sempre que uma situação como a atual se apresente, o PODER MODERADOR, na forma apresentada no artigo 142 da CF, combinado com a LCP 97, especialmente o artigo 15.
Até a realização de um plebiscito - se mostrando impossível sua adoção apenas pela legislação atual - é um ponto a se considerar.
É o que pensamos.]
O que pode sair de bom disso aí? Rigorosamente nada — de novo, como no caso do STF, é uma agressão grosseira ao que está escrito na Constituição, e um fator de agitação pura e simples para a normalidade da vida nacional. 
Qual o problema concreto do Brasil que essas mudanças vão resolver? 
O que o brasileiro vai ganhar de útil com qualquer uma delas? 
Quem, a não ser o PT, tem o mínimo interesse em alguma dessas mudanças? Essa é, mais que qualquer outra, a questão central no Brasil de hoje — a ameaça objetiva à manutenção da democracia, através da anulação das regras constitucionais e da promoção da desordem. 
Com certeza, há preocupações sérias com a gestão da economia, com a volta da corrupção (agora garantida oficialmente pelas decisões do STF) e com a retomada do processo de destruição da Petrobras e outras estatais. Mas é a liquidação do regime democrático que aparece como o pior de tudo. O PT, a esquerda e o STF, mais a mídia em peso, estão falando há quatro anos que Bolsonaro é o maior perigo que jamais surgiu para a democracia brasileira; a única salvação era votar em Lula. 

Pois aí está: não há mais Bolsonaro nenhum, e querem continuar violando a lei para salvar as “instituições”, o estado de direito e todas as virtudes presentes sobre a face da Terra. É muito cedo, obviamente, para dizer que o governo Lula vai ser assim ou assado; ele não anunciou, sequer, os nomes dos seus principais ministros, nem deu alguma pista decente sobre o que pretende fazer, fora a declaração sobre um Brasil de “todos”. Sabe-se, com certeza, que a política fundamental de Lula é cuidar dos seus próprios interesses; se for bom para ele, qualquer coisa serve. Também é certo que nunca presidiu o país com um PT tão extremista como o de hoje, nem com um Supremo que se comporta como esse, e nem com uma mídia que está à esquerda de ambos. Se achar que o seu melhor interesse não está aí, a coisa tenderia a se acalmar. Se achar que a “democracia popular” lhe dará a chance de não sair nunca mais do governo, vai apostar tudo na desordem.

Leia também “De volta à cena do crime”


quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Os despachantes do PT no TSE e a paixão de Lula pela ditadura da Nicarágua - VOZES

J. R. Guzzo - Gazeta do Povo

O ex-presidente Lula, candidato a voltar ao cargo neste segundo turno das eleições, quer censurar de novo a Gazeta do Povo; exige que os seus sócios no TSE proíbam o jornal de publicar informações sobre fatos que quer manter escondidos do eleitorado brasileiro e que, para piorar tudo, são absolutamente verdadeiros. 
Comete mais um crime em flagrante contra a democracia, pois censura é crime, e faz uma bela exibição prévia de como o seu governo vai tratar a liberdade de imprensa se ele ocupar outra vez a presidência da República. Se hoje já se comporta desse jeito, ainda sem o “controle social sobre os veículos de comunicação” que quer impor ao país, o que vai fazer quando estiver mandando na polícia e no resto do aparelho de repressão do Estado?
 
A segunda agressão à Gazeta do Povo é tão perversa, grosseira e ilegal quanto foi a primeira.  
Qual é a lei em vigor neste país que autorize o TSE, ou qualquer outra autoridade pública, a censurar um órgão de imprensa? Não há nenhuma -absolutamente nenhuma. O que existe, ao contrário, é a expressa proibição da censura, segundo está escrito na Constituição Federal. 
Fica colocada, aí, a questão chave que a democracia brasileira tem no momento. Lula e os seus despachantes no TSE e no resto do alto Judiciário vão suspender a vigência da Constituição só no período eleitoral, como estão fazendo agora - ou vão continuar mandando a lei para a lata de lixo se ele for declarado vencedor das eleições de 30 de outubro?

Veja Também:
A diferença entre dois Brasis ficou evidente na contagem dos votos 

Lula e o STF salvarão a democracia? O embuste mais agressivo da história

O que está sendo feito contra a Gazeta do Povo é especialmente abjeto quando se considera a gritaria histérica que os ministros do STF, a esquerda em peso e a elite inimiga das liberdades tem levantado, nesse tempo todo, contra as amaldiçoadas fake news – segundo todos eles, a pior ameaça à democracia jamais aparecida no mundo desde o governo do imperador Nero, ou algo assim. 
Por conta disso, diziam, a liberdade de expressão teria de ser reprimida, para impedir a divulgação de notícias falsas. 
E em relação às notícias verdadeiras – o que os marechais-de-campo do “estado democrático de direito” sugerem que seja feito?  
O que se constata agora é que elas devem ser rigorosamente censuradas quando Lula, a esquerda e o “campo progressista” não quiserem que sejam publicadas. É o caso da censura contra a Gazeta - que lhe proíbe a publicação, em seu espaço editorial, de informações sobre o apoio que Lula sempre deu ao ditador Daniel Ortega, da Nicarágua. Não há nada mais distante de uma notícia falsa do que isso: a paixão Lula-Ortega está documentada em fotos, vídeos, áudios, declarações púbicas de ambos e até em notas oficiais do PT. 
O que mais seria preciso? Mas o ministro do TSE que faz a censura pró-PT diz que o apoio de Lula a Ortega é um fato “inverídico”. 
Como assim, “inverídico”?  É um deboche.

O fato é que Lula quer esconder da população coisas que tem feito há anos, em público, para representar o seu papel de “homem de esquerda” e, mais ainda, de “líder da esquerda mundial”. Fez isso em seu interesse, e para tirar vantagem própria. Disse que Ortega tinha o direito de ser presidente da Nicarágua pelo tempo que quisesse. Se pode “na Alemanha”, perguntou ele, porque não poderia na Nicarágua – como se uma democracia como a Alemanha pudesse ser comparada a uma ditadura primitiva da América Central. 

Ficou irado contra os presos políticos de Cuba que faziam greve de fome para cobrar um tratamento menos desumano em suas celas; fez questão de apoiar em público os carcereiros. Disse que o problema da Venezuela era o “excesso de democracia”. 
Agora, não tem coragem de sustentar o que sempre apresentou como “convicções”; ficou com medo de perder voto e quer apagar o que fez aplicando a censura. É este o salvador da democracia brasileira.
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

sábado, 8 de outubro de 2022

Ditadura em construção - J. R. Guzzo

Revista Oeste
 
O último surto de violência do STF-TSE foi rasgar da forma mais primitiva que se possa imaginar a Constituição: censuraram, sem o mínimo apoio em qualquer tipo de lei, o diário Gazeta do Povo
 
O Brasil caminha para o segundo turno das eleições, aquele que vai decidir quem será o presidente do país nos próximos quatro anos, sob o controle de uma ditadura. 
É algo inédito na história nacional — uma ditadura exercida não por um ditador com o apoio do Exército, mas pelo Supremo Tribunal Federal, o TSE, sua principal ferramenta nesta eleição, e os fungos que se espalham à sua volta nos palácios de paxá onde se hospedam os “tribunais superiores” de Brasília.
 
 
 O jornal <i> Gazeta do Povo </i> também foi vítima da censura do TSE | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução
 
O jornal Gazeta do Povo também foi vítima da censura do TSE | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução 

 O fato de não ter existido uma coisa dessas até agora, naturalmente, não muda em nada sua essência de tumor maligno; é ditadura nova, mas destrói a democracia como qualquer ditadura velha. 
STF e TSE fazem hoje o que bem entendem com o cidadão brasileiro, sem controle de ninguém — e isso inclui acima de tudo, neste momento, colocar Lula de novo na presidência da República. Está valendo qualquer coisa, aí. 
Os atuais proprietários da cúpula do Poder Judiciário decidiram que Lula tem de ser declarado vencedor da eleição do dia 30 de outubro, de qualquer jeito. 
É a única conclusão que aceitam para as atividades de militância política que têm exercido nos últimos anos. Os ministros e as forças que giram em volta deles, na verdade, vêm dando o seu golpe de estado desde 2018 — quando decidiram não aceitar a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais e passaram a destruir as leis para expulsar o seu inimigo da política brasileira. Chegaram, agora, ao momento decisivo do seu projeto.
O ditador Daniel Ortega e Lula | Foto: Reprodução
O último surto de violência da ditadura STF-TSE foi rasgar da forma mais primitiva que se possa imaginar a Constituição Federal do Brasil: censuraram, sem a mínima tentativa de disfarçar o que estavam fazendo, e sem o mínimo apoio em qualquer tipo de lei, o diário Gazeta do Povo, que circula há mais de 100 anos e comete o crime, hoje, de ser um veículo independente, afastado da esquerda, do “consórcio nacional de veículos” e dos seus sonhos de impor ao Brasil a imprensa de um jornal só. A Gazeta publicou no Twitter, como haviam feito outras postagens, notícias sobre a expulsão da rede CNN da Nicarágua, e registrou as maciças ações de repressão feitas pela ditadura local contra a religião e os religiosos. Lula não gostou: vive há anos uma paixão tórrida com o ditador Daniel Ortega, e ficou com medo de que a tirania do companheiro pudesse lhe tirar algum voto no segundo turno, este mesmo que ele diz que já ganhou. 
Não gostou e correu ao TSE para pedir censura contra a Gazeta do Povo — alguém poderia achar que ele, sendo um admirador tão declarado do ditador, seja também um admirador dos atos da sua ditadura. 
Foi atendido na hora, é claro, como em tudo o que exige dos ministros do alto judiciário. Tem sido assim desde o primeiro dia da campanha eleitoral; Lula manda, o TSE obedece. Vai ser assim até o último. Isso é democracia ou é ditadura?

Uma coisa é certa: depois que começa um processo de destruição das liberdades, as tiranias nunca devolvem o que tiraram

É da essência das ditaduras fazer coisas exatamente como essa; ao mesmo tempo em que agridem grosseiramente as leis, colocam de pé, peça por peça, um absurdo em estado puro: proibiram a Gazeta do Povo de divulgar fatos absolutamente públicos, no mundo inteiro, e já apresentados em toda a mídia mundial.  
Como transformar em coisa secreta algo que milhões de pessoas já estão sabendo? É como Dilma com a sua pasta de dente — depois que saiu do tubo, não há como pôr de novo para dentro. 
Nada mais natural, nesta mesma falsificação desesperada das realidades, do que o delírio judicial de negar o encanto mútuo Lula-Ortega.  
O ministro que obedeceu à ordem de Lula, neste caso da Nicarágua, sustentou que a publicação das informações e opiniões censuradas podia dar a impressão — imaginem só, “dar a impressão” que Lula apoiaria o ditador; isso seria “inverídico”. Como assim — “inverídico”?  
Há vídeos gravados com os elogios de Lula a Ortega. 
O PT soltou, até mesmo, uma nota oficial de apoio ao tirano e à sua tirania. O que mais o TSE e os seus ministros querem? 
O fato é que Lula dá as ordens, com uma arrogância que o regime militar nunca chegou a ter, e o TSE obedece — o resto é pura invenção.

É preciso um esforço sobrenatural para se ter confiança na limpeza de uma eleição feita desse jeitoe, de qualquer modo, como se podem esperar eleições democráticas numa ditadura? 
O STF, a esquerda e o vasto consórcio que vai da mídia aos empreiteiros de obras e aos banqueiros socialistas montaram um embuste para retomar o poder que haviam perdido. 
Começaram, desde a eleição de 2018, a dizer que Bolsonaro iria “destruir a democracia”; para salvar o Brasil deste horror, então, os ministros do STF passaram a violar de forma sistemática as leis, para perseguir o governo e seus adeptos, e a dar cada vez mais poderes a si próprios. Disso resultou a ditadura que temos hoje aí. Ainda não tem tudo aquilo que uma ditadura precisa, como nas Nicaráguas e Cubas que as supremas cortes colocaram sob sua proteção por determinação de Lula. Mas uma coisa é certa: depois que começa um processo de destruição das liberdades, as tiranias nunca devolvem o que tiraram — ao contrário, vão tirando cada vez mais. 
 
Lula, mesmo sem ter o seu precioso “controle social sobre os meios de comunicação”, já pratica a censura agora; proíbe notícias sobre a Nicarágua e é obedecido no ato. 
E depois que for presidente — por acaso vai de parar de censurar? 
Vai ouvir democraticamente as críticas e as informações que o desagradam? 
E os seus parceiros dos tribunais superiores? 
Eles violam a lei e a Constituição agora. Vão parar de fazer isso depois do dia 30 de outubro? 
Todos aí — Lula, STF e quem mais está do seu lado — se convenceram, da maneira mais conveniente para eles todos, que para salvar a democracia é preciso destruir a democracia todos os dias
É uma fraude, mas está dando certo — parar por que, então?
A ditadura pode não estar completa, mas já tem o seu currículo de obras. Fazem censura, como no caso da Gazeta do Povo. Pressionam, exatamente pelos mesmos motivos, o programa Os Pingos nos Is, da Rádio Jovem Pan
Mandam a polícia às 6 horas da manhã invadir residências e escritórios de cidadãos cujo delito foi conversar entre si num grupo particular de WhatsApp. 
“Desmonetizam” quem apoia o governo nas redes sociais, ou fala mal do complexo Lula-PT. Prendem pessoas que não têm ninguém a quem recorrer — só ao próprio STF, o que transforma os seus direitos numa piada. 
Bloqueiam contas no banco para punir gente de “direita” — ser de “direita” passou, na prática do STF, a configurar infração penal.  
Prendeu durante nove meses um deputado federal em pleno exercício do mandato — por delito de opinião, o que é proibido de forma absoluta na lei, sem que ele tivesse cometido crime inafiançável e sem que fosse preso em flagrante na prática deste crime. 
 
Foi um triplo zero em matéria de legalidade. A ditadura do judiciário, a propósito, ignora até hoje o perdão legal que o deputado recebeu do presidente da Repúblicaproibiu a sua candidatura nessas eleições, é claro, e o impede de exercer os seus direitos de cidadão. Por que não poderia acontecer de novo, no minuto que Alexandre Moraes ou outro resolva? 
Ele tem a polícia debaixo das suas ordens diretas; num país em que as forças armadas têm armas, mas não têm autoridade para fazer nada, é mais do que suficiente para qualquer violência.

No Brasil fica na cadeia quem os ministros STF querem, e por quanto tempo quiserem

Fala-se muito, desde o dia da eleição, em crescimento do número de adeptos do presidente Bolsonaro no Senado — e a ”nova situação” que isso poderia trazer para o STF. 
Mas o que vale na vida real o mandato de um senador, ou de qualquer parlamentar eleito pela população brasileira? Não vale nada. 
 Alexandre Moraes, ou algum barroso, fachin, etc. que anda por aí pode mandar a Polícia Federal prender qualquer senador, e na hora que lhe der na telha. A PF vai obedecer hoje ela não cumpre mais as leis do país, cumpre apenas as ordens de Moraes, como numa capatazia de senzala
O presidente do Senado vai perguntar se o Supremo quer mais alguma coisa; querendo é só pedir, Excelência
O infeliz do senador pode ficar trancado numa cela por quanto tempo o STF quiser — até o resto da vida, em tese, pois a vítima não poderá recorrer à justiça para fazer valer seus direitos. 
Só pode recorrer a quem ordenou a sua prisão. 
 
Que tal? É verdade que prisão de senador é coisa que não aconteceu até hoje. Não aconteceu porque não foi preciso.  
O Senado, o único poder da República que pode tomar medidas para deter o STF, vive de quatro diante dos ministros, que julgam as causas dos escritórios de advocacia ligados aos senadores, sem falar dos enroscos de muitos deles com o Código Penal. Esperar o que disso aí?  
Nem um abaixo-assinado com 3 milhões de assinaturas pedindo o julgamento de ministros do STF por violação das leis foi aceito pelo presidente do Senado: o que mais seria preciso, para mostrar a vontade da população nesse caso? 
Quem decide se os pedidos são examinados ou não é o presidente do Senado, e o cidadão que está atualmente nesta cadeira é possivelmente o senador mais obediente do mundo
trata os membros do STF não como pares de um outro poder, mas como senhores a quem deve vassalagem. 
Ele é um beneficiário direto da ditadura do Judiciário. Por que iria mudar?[Foi quando lembraram de Pacheco e seu “imenso  talento”: não criar problemas para ninguém. CONFIRA]
O centro da infecção está intacto, e, como em geral acontece nestes casos, a infecção se espalha pelo organismo todo; é difícil haver ditadura de um lado e democracia de outro. 
O ex-presidente de um partido político de direita, para acrescentar um último exemplo, está preso, em prisão domiciliar. 
Não existe a mais remota indicação de que possa sair de lá um dia, porque Moraes não quer que ele saia, os outros ministros vão atrás, e acabou a conversa. 
Em democracia de verdade cadeia é só para quem está condenado legalmente ou aguardando o julgamento, que tem de ser feito dentro de prazos fixados em lei; no Brasil fica na cadeia quem os ministros STF querem, e por quanto tempo quiserem. Dizem que “não é assim”. Mentira; é exatamente assim. 
Também dizem que estão salvando a democracia com censura à imprensa, polícia na casa das pessoas às 6 da manhã e a autoridade eleitoral posta a serviço de um dos candidatos. 
É golpe, apenas isso — um golpe que está a caminho de sua conclusão.

Leia também “À sombra da corrupção sem limites”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste