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domingo, 21 de maio de 2023

Falta de reunião com Zelensky pode dificultar papel de Lula como negociador da guerra? - O Globo

Presidente Lula participa de sessão de trabalho do G7 com países convidados em que também esteve o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky AFP PHOTO / Ministry of Foreign Affairs of Japan [importante destacar que a presença do presidente do Brasil nada tem a ver com o trabalho, com a importância,  do G7 - desde o penúltimo ano do segundo mandato do petista,que o Brasil perdeu condições de participar ainda que como convidado das reuniões do Grupo.]

A falta de encontro entre Zelensky e Lula no Japão, após dois dias de pedido do Ucraniano para ter uma reunião com o brasileiro às margens do G7, pode dificultar o projeto de Lula de se colocar como um negociador [NEGOCIADOR no sentido de participar de NEGOCIAÇÕES e não de NEGOCIATAS -Zelensky mesmo não sendo um estadista de primeira linha, é bastante esperto para evitar encontros com a pretexto de NEGOCIAÇÃO com pessoas que entendem muito de negociatas!!! .] para a guerra na Ucrânia. Embora defenda o diálogo “com todos”, a alegada falta de incompatibilidade de agenda reforça posicionamentos que fizeram a comunidade internacional, incluindo os governos dos EUA e a União Europeia, a enxergarem Lula como mais alinhado à Rússia no conflito.

Durante o encontro, o Brasil chegou a dar sinal verde para um encontro com Zelensky, mas apenas neste domingo, último dia da cúpula. Zelensky, por exemplo, se encontrou com Narendra Modi, da Índia, no mesmo dia em que pediu o encontro. Ao atrasar a resposta, o Brasil não conseguiu mais um lugar na agenda do ucraniano e alegou "incompatibilidade de horários" para que o encontro não acontecesse.[mais uma vez o petista apequena o Brasil. Vivia alardeando que sob Bolsonaro o Brasil era 'pária internacional' e em 140 dias de mandato, já elevou nossa Pátria a condição de liderança dos párias internacionais.]

Mundo - O Globo  - MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 28 de abril de 2023

A legalização do Ministério da Verdade - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Ao pedir para transformar em lei o que o TSE já vem praticando, Alexandre de Moraes confessa seu crime, assume que tomou várias decisões sem respaldo legal


Presidente do TSE, Alexandre de Moraes | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aprovado para ser votado em caráter de urgência, o PL das Fake News será decidido na semana que vem.
Ou seja, vamos descobrir em pouco tempo, e sem o devido debate necessário, se o Brasil terá ou não censura institucional, com direito a uma espécie de Ministério da Verdade e tudo.
Os esquerdistas saem em campo para banalizar o troço, relatado por um comunista, como se fosse tão somente regulação normal, como se dá em países europeus. Nada mais falso. 

O projeto visa a delegar total arbítrio nas mãos da tal entidade sob o comando do Poder Executivo.  
 Os conceitos vagos, elásticos e subjetivos como “fake news” ou “discurso de ódio” garantem enorme margem de manobra aos burocratas
O histórico de aparelhamento do Estado pela esquerda deixa claro que haverá escancarado viés na aplicação da censura.

É lamentável ver jornalistas e veículos tradicionais de comunicação defendendo abertamente essa censura no país. O grupo Globo chegou a escrever um editorial pedindo aprovação urgente do projeto, pois “acabou a hora do debate”.  
Jornalistas renomados como Fernando Mitre chegaram a rechaçar críticas de que teremos a censura oficial, enganando seu público ou a si mesmo. O Brasil lulista flerta com regimes ditatoriais comunistas, e esse projeto é o mais importante passo nessa direção. Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco, recebe o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que levou propostas para serem acrescentadas ao texto da PL da Censura | (25/4/2023) | Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A ida do ministro Alexandre de Moraes ao Congresso para entregar, sem ser convidado, as suas “sugestões” ao projeto comprova como a ingerência do STF chegou a patamares assustadores.
Como muitos parlamentares possuem “rabo preso” ou temem o abuso de poder supremo, que por sua vez julga tais parlamentares por conta do foro privilegiado, a combinação explosiva leva ao ativismo nefasto que praticamente reduz o Congresso a um carimbador de leis impostas por outro Poder.

Ao pedir para transformar em lei o que o TSE já vem praticando, Alexandre de Moraes confessa seu crime, assume que tomou várias decisões sem respaldo legal.
É uma forma de apagar rastros e normalizar o absurdo vigente.
Não podemos esquecer que a ministra Carmén Lúcia condenou a censura, e mesmo assim votou a favor dela “temporariamente”. O sistema se uniu para se livrar de Bolsonaro e criminalizar a direita.

São cúmplices desse projeto nefasto todos aqueles que fizeram o L para “salvar a democracia”, e que agora se calam diante do avanço da censura

Os “atos golpistas” de 8 de janeiro caíram como uma luva para esse projeto
Daí a desconfiança de muitos sobre o papel lulista nisso tudo, ainda mais quando imagens suspeitas são vazadas com a presença do companheiro de longa data de Lula, “sombra” do presidente, o general chefe do GSI, e também jornalista que prepara toda a cena junto ao “terrorista” e ainda checa com ele para ver se a filmagem está a contento. 
O Poder Judiciário e o Poder Executivo estão de mãos dadas para banir de vez os conservadores da vida pública no Brasil. Manifestações em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Wikimedia Commons

Criaram a “culpa coletiva”, o que é típico de regime comunista.
Diz o editorial da Gazeta do Povo: “Não há defesa possível do Estado Democrático de Direito quando se nega a cidadãos brasileiros o direito à ampla defesa, quando se aceita um trabalho preguiçoso de acusação, incapaz de demonstrar o que cada denunciado fez de concreto e os motivos reais que justificariam seu julgamento. Compactuar com isso é aceitar que, em nome de uma suposta defesa da democracia, se parta para o arbítrio escancarado e para a tirania judicial”.

A decisão de retirar o Telegram do Brasil sob o pretexto de crimes nazistas ou envolvendo crianças é uma pequena amostra do que vem por aí.
Não é preciso provar mais nada:
basta criar a narrativa e banir toda uma rede social do país.
Como elas são as praças públicas da era moderna, isso é análogo ao Estado jogar uma bomba numa das praças porque alegou estar ali um perigoso criminoso. Seria como jogar um míssil numa favela para pegar o traficante. Esse governo demonstra total falta de apreço pelas liberdades.

Nada novo aqui, convenhamos. Como escreveu Alexandre Garcia: “Está na cara que o projeto pretende fazer censura, e este é um perigo muito grande. Se olharmos de onde são os 238 deputados que aprovaram a urgência do projeto — ou seja, para ir logo ao plenário, sem passar por comissões, embora ainda tenha de ir ao Senado se for aprovado na Câmara —, vemos que as bancadas do PT, do PCdoB, do PSol e da Rede votaram em peso pela urgência. São partidos de esquerda, e a natureza da esquerda é totalitária, é a censura. Ninguém diz que não há censura na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua, na China, que não havia na União Soviética, na Albânia… Regimes de esquerda, totalitários, exigem censura”.

A esquerda radical sempre precisou da censura para calar seus críticos, já que na base da persuasão é incapaz de levar adiante seu projeto comunista.  
E ninguém pode ter dúvidas do que está em jogo aqui: é censura sim, e parte fundamental do projeto totalitário de poder da esquerda. 
Não por acaso, o Brasil lulista virou um pária internacional em apenas três meses, ao atacar os Estados Unidos, a Ucrânia e a ONU, enquanto sai em defesa de tiranias como China, Rússia, Venezuela, Cuba e Nicarágua.

São cúmplices desse projeto nefasto todos aqueles que fizeram o L para “salvar a democracia”, e que agora se calam diante do avanço da censura. Muitos se venderam, outros devem ter sido chantageados, alguns são mesmo alienados. 

Mas fica cada vez mais insustentável bancar o indiferente diante do que se passa no Brasil. Como disse o deputado Marcel van Hattem, ou gritamos agora, ou corremos o risco de nos calarem para sempre.

Leia também “Os vilões super-ricos de Krugman”

*

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste 


quinta-feira, 27 de abril de 2023

A volta do trapalhão - Percival Puggina

A ONU era tão forte que em 1948 ela conseguiu criar o Estado de Israel, em 2023 ela não consegue criar o Estado Palestino (Lula).

        “Sem apresentar provas” (valho-me do bordão da Rede Globo), a bobagem acima, com intuito recriminatório, foi proferida pelo presidente do Brasil no dia do aniversário da Independência de Israel.  
Seguiram-se imediatos protestos e contestação da Embaixada de Israel no Brasil... Lula falava em Madrid no mesmo tom habitual de reitor de mesa de boteco com que sugeriu à Ucrânia entregar a Crimeia à Rússia.  

Cada vez que põe os pés fora do Brasil, vestindo a fantasia de “líder dos povos” que pediu emprestada a Stálin, Lula me faz lembrar o comediante britânico Peter Sellers pegando um copo e derrubando a cristaleira, ou acendendo um cigarro e explodindo a casa do vizinho.  

Lula atravessou a vida no desempenho da miserável tarefa de falar mal dos outrosde tudo e de todos como forma de afirmar sua suposta superioridade. Isso não é incomum. 
Há muitas pessoas assim e a política as atrai porque os ingênuos caem nessa como peixinhos que vão parar no aquário comendo ração.
 
Contudo, não é graças a esse longo treinamento em destruição de reputações que Lula e seus consectários estão sempre atacando algo ou alguém. Não!  
É que simplesmente nunca aprenderam a falar de modo positivo, sustentável, nem mesmo sobre o conjunto sistematizado de suas crenças e afirmações. 
isso, elas nunca passam de um amontoado de contradições em que os fins com que se embalam as promessas são antagônicos aos meios utilizados.

Assim como o presidente da APEX-Brasil vai à China e critica o agronegócio brasileiro, Lula vai à Espanha e diz, em encontro com empresários, que é impossível investir no Brasil. Tal conduta eleva o petismo a seu estado de bem-aventurança e é o motivo pelo qual a atual diplomacia brasileira quer dar lições ao mundo e não perde oportunidade de criticar o próprio país.

Atribuem a Juca Chaves a frase: “Quando a esquerda perde uma eleição, ela tenta destruir o país. Quando ganha, consegue”. 
Está sendo escrito o quinto volume desse curso de estupidez política. 
É óbvio que um governo com essa mentalidade, com o passado que tem e o futuro que prenuncia, precisa submeter sua oposição à mordaça da censura.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 25 de abril de 2023

Urgente: o Brasil será amordaçado - Deltan Dallagnol

VOZES - Gazeta do Povo 

Justiça, política e fé

Foto: Unplash

 

Sua liberdade está em perigo. A Câmara votará amanhã, dia 25, a urgência do projeto de lei 2630/2020 que, em nome de “combater fake news”, permitirá que o governo censure a voz dos usuários em redes sociais como Instagram, Facebook, Twitter e YouTube.

Se a urgência for aprovada,
o projeto poderá ter seu mérito aprovado depois de amanhã, na quarta. Como já passou pelo Senado, está muito próximo de se tornar lei. Se você preza sua liberdade de expressão, é urgente que faça algo e vou explicar o porquê.

Há pelo menos cinco pontos do projeto que são extremamente preocupantes. Primeiro, ele incentivará que postagens legítimas sejam derrubadas em massa ao criar a responsabilidade das plataformas de redes sociais de atenuar riscos sistêmicos, definindo de modo vago tanto o que seria a atenuação dos riscos como também os próprios riscos.

Dentre esses riscos sistêmicos, estão os riscos de “difusão de conteúdos ilícitos” relativos a “golpe de estado” e a “discriminação ou preconceito”, riscos em relação à “violência de gênero”, riscos de danos à dimensão coletiva dos direitos fundamentais previstos na Constituição ou relacionados a temas cívicos, político-institucionais e eleitorais.

    Há pelo menos cinco pontos do projeto que são extremamente preocupantes

O que entra nisso?
Será que a defesa do impeachment pode ser penalizada, já que para alguns é um “golpe”? [em um país sério em que as leis não são interpretadas com base na conveniência e ideologia do intérprete, defender o 'impeachment', recurso previsto em em Lei(Lei nº 1.079/50),não é golpe; mas, no Brasil atual, dependendo da conveniência de quem interpretar, pode ser golpe.] 

Críticas à ideologia de gênero? Críticas contundentes ao STF, ao presidente ou aos deputados e senadores? Chamar de “genocida” ou de “presidiário”? Dizer que o governo contribuiu para o 8 de janeiro será considerado um ataque às instituições democráticas? [vai depender sempre da ideologia do intérprete - tanto que autoridades 'sábias', e a imprensa militante,  chamam os manifestantes do 8 de janeiro - desde que bolsonaristas - de terroristas, sendo que os mesmos não praticaram nenhum ato capitulado na Lei Antiterrorismo como terrorismo, que justifique tal imputação.]

Como se observa, as plataformas deverão gerenciar riscos relacionados a comportamentos que são definidos com expressões vagas as quais dão imensa margem à interpretação. Só os direitos fundamentais previstos na Constituição compõem uma extensa lista.

Há um segundo problema aí. O gerenciamento de “risco” é também definido de modo vago. O projeto exige que a rede social “adapte os processos de moderação de conteúdos (...) e, quando necessário, aplique remoção ou indisponibilização rápida de conteúdo”. Exige também que “adapte a concepção, características ou funcionamento dos serviços, incluindo os sistemas e interfaces”.

A vagueza segue adiante: se as redes sociais não “identificarem, analisarem e avaliarem diligentemente os riscos sistêmicos”, e se não “adotarem medidas de atenuação razoáveis, proporcionais e eficazes” mais uma vez, termos vagos – contra os riscos, ficarão sujeitas a pesadas multas que podem chegar a R$ 50 milhões por infração.

Então, o que você acha que as plataformas vão fazer? Como elas não têm condição de analisar cada postagem individualmente, é óbvio que criarão regras e algoritmos para derrubar posts que representem qualquer risco, como aqueles que tenham, por exemplo, “certas palavras” ainda que sejam postagens legítimas numa democracia.

Assim, o projeto estabelece um imenso incentivo para que as redes sociais derrubem automaticamente conteúdos que tenham mero risco de serem considerados ilegais pelo governo. Isso porque os termos são vagos e o que é legal ou ilegal pode ser objeto de disputa e argumentação. Se elas não derrubarem os conteúdos por cautela estarão sujeitas a ter seu negócio inviabilizado por pesadas multas.

    O projeto estabelece um imenso incentivo para que as redes sociais derrubem automaticamente conteúdos que tenham mero risco de serem considerados ilegais pelo governo

Aqui entra o segundo ponto extremamente preocupante: quem vai decidir o que você pode ou não falar, na prática, é o governo. 
É ele que vai supervisionar a moderação e o controle das postagens pelas redes sociais e aplicar pesadas multas. 
Evidentemente, as plataformas dançarão a música que o governo tocar.

O texto, de modo disfarçado, atribui essas competências a umaentidade autônoma de supervisão”, inclusive para regulamentar em detalhes a lei. Contudo, a composição dela será determinada pelo governo, que poderá aparelhá-la ideologicamente para impor sua visão de mundo e suprimir discursos discordantes.

E, lembre-se: o governo terá ampla margem para cercear discursos com base nos conceitos vagos previstos na lei, que determina que sejam moderados conteúdos para atenuar o risco de violações à “dimensão coletiva dos direitos fundamentais”, seja o que for isso.

Assim, o projeto coloca uma espada de Dâmocles sobre a cabeça das redes sociais, pendurada por um fio que o governo pode cortar a qualquer momento. Ao fazer isso, dá-se o controle da moderação, na prática, ao governo. De modo muito simples e direito: a proposta dá um cheque em branco para o governo controlar o que você pode ou não dizer.

A terceira preocupação é a criação pelo projeto do que ela chama de “protocolo de segurança”, que pode ser decretado pelo governo por 30 dias renováveis quando houver “risco iminente de danos à dimensão coletiva de direitos fundamentais”, algo que sequer se sabe exatamente o que é e pode se relacionar a uma imensa gama de situações a depender da vontade política.

    Quem vai decidir o que você pode ou não falar, na prática, é o governo

Esse protocolo é uma espécie de estado de exceção, um estado de sítio das redes sociais ou uma miniditadura digital em que o governo vai poder controlar mais ainda o que se dirá e o que será censurado nas redes sociais. Esse protocolo parece coisa da Venezuela, Cuba, Nicarágua, Rússia e China.

Em quarto lugar, o projeto sujeita as redes sociais à responsabilização se não retirarem rapidamente conteúdos denunciados por usuários como “conteúdo potencialmente ilegal”, sob pena de responsabilização.

De fato, as plataformas ficam obrigadas a, “de maneira diligente e de acordo com seus termos de uso”, “apurar eventual ilegalidade do conteúdo”, “aplicando as ações correspondentes, inclusive a de moderação”.

A avaliação do que é ou não um conteúdo ilegal, mais uma vez, é objeto de discussão. O projeto incentiva as redes a, na dúvida, suprimirem, debaixo do controle e direcionamento do governo.

Até hoje, o Marco Civil da Internet isentava as plataformas de responsabilidade pelo conteúdo postado por terceiros em defesa da liberdade de expressão, com raras exceções. A lógica agora está sendo invertida pelo projeto, num experimento que coloca em risco a liberdade de expressão.

Não é necessária muita imaginação para prever o que acontecerá: usuários progressistas denunciarão o conteúdo conservador e vice-versa. O debate político está em risco de cair por terra. O que é isso se não for censura? E a tal da democracia?

Existe uma clara exceção: deputados e senadores poderão se expressar livremente porque têm imunidade prevista na Constituição. 
Já os cidadãos ou influenciadores não terão o privilégio de debater política e serão amordaçados pelo PL da Censura. 
Até mesmo candidatos sem mandato serão silenciados por denúncias de usuários. 
O projeto cria duas categorias de cidadãos e de cidadania.

Por fim, o projeto poderá ser aprovado sem uma discussão adequada e profunda nas comissões da Câmara, que existem justamente para isso, a fim de aperfeiçoar a proposta e de afastar os riscos que acarreta à liberdade de expressão e à própria democracia.

   O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou que a urgência do projeto será votada nesta terça, o que permitirá que o seu mérito seja votado no dia seguinte. Além de o tempo ser exíguo, o texto do projeto está sendo mudado todo dia, e bastante, sem ser publicado em lugar algum.

Isso prejudica a transparência e o debate público sobre a proposta. Para produzir este artigo, por exemplo, foi necessário examinar várias versões do projeto recebidas em diferentes grupos, algumas bastante distintas. Foi preciso ainda confirmar qual era a última versão diretamente com seu deputado relator.

Cabe ressalvar que o projeto tem vários aspectos positivos. Por exemplo, estabelece o direito ao devido processo e ao recurso para o usuário que tem sua postagem suprimida, exige maior transparência e análise de riscos sistêmicos, prevê a remuneração de conteúdos jornalísticos nacionais, determina que as plataformas forneçam dados para pesquisas acadêmicas etc.

Contudo, há tantas coisas tão ruins que o projeto joga ralo abaixo o bebê junto com a água suja do banho. 
Precisa melhorar muito para ficar ruim
Ou seja, para combater fake news, o projeto enterra a garantia da liberdade de expressão e viabiliza a censura governamental.

Além disso, o contexto importa: vivemos debaixo de um governo que quer vingança e, para isso, tenta controlar a narrativa. Esse governo amigo de ditaduras criou um ministério da verdade, aumentou verbas para imprensa e agora quer controlar o que se diz nas redes sociais.

Por isso, é urgente a mobilização para que deputados sejam conscientizados sobre os problemas do projeto, a fim de que votem “não” à sua urgência e, se não houver grande alteração do texto e tempo para que seja conhecido, analisado e debatido com a sociedade, rejeitem-no em seu mérito.

Não vamos permitir que calem a nossa voz! Posso contar com a sua ajuda para impedirmos que o Brasil seja amordaçado?
[perguntando enquanto ainda é possível: o relator do projeto é um deputado comunista - não lembramos o nome, é o de um cantor famoso Orlando Dias ...  ou Silva - que quando ministro, parece que da Dilma, gostava de mandioca paga com cartão corporativo; ainda gosta?]

Veja Também:

    8 de janeiro: o governo é responsável?


Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

Deltan Dallagnol - mestre em Direito pela Harvard Law School e foi o deputado federal mais votado do Paraná em 2022 - Coluna Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 22 de abril de 2023

Declaração de amor à tirania - J. R. Guzzo

Revista Oeste

O presidente do Brasil, pelo que ele próprio faz questão de dizer, está a favor da China e da Rússia, as duas ditaduras mais ativas do mundo de hoje, para não contar as Cubas e as Nicaráguas da vida



Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, durante cerimônia no Grande Palácio do Povo em Pequim, na China | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula jogou o Brasil num mundo de trevas em sua viagem à China e escureceu as coisas ainda mais, logo em seguida, quando culpou a Ucrânia pela invasão de seu próprio território e pela guerra que há mais de um ano destrói o país, já matou milhares de pessoas e viola diariamente todas as leis do direito internacional

É o que fez, na prática, ao propor que o Brasil se transforme num drone econômico dirigido pela Chinae ao sustentar a ideia demente de que a culpa pela guerra é dos “dois”: com certeza do país que foi invadido, a Ucrânia, e talvez do país que invadiu, a Rússia.  
É o pior momento já vivido pela diplomacia do Brasil desde que a ditadura de Getúlio Vargas, 90 anos atrás, se aliou à Alemanha nazista de Hitler e à Itália fascista de Mussolini. 
 Saíram os nazistas e os fascistas, com os quais o Brasil teve de romper em 1942 depois de sofrer agressão militar da Alemanha. 
Entram China e Rússia, cada uma a seu modo e cada uma com os seus interesses — que nada têm a ver com os interesses do Brasil. Não se trata apenas, por parte de Lula, de dizer em público a mais alucinada coleção de coisas estúpidas que qualquer presidente brasileiro já disse em matéria de relações exteriores — qualquer presidente, em qualquer época.  
O pior talvez não seja, nem mesmo, o ato de entreguismo sem precedentes contido nas ofertas econômicas que fez à China ou o insulto ao conjunto das democracias de todo o mundo que representa o seu apoio efetivo à invasão da Ucrânia pela Rússia. O pior de tudo é a proclamação oficial que fez, em termos concretos, no conjunto de suas declarações sobre China e Rússia: o Brasil, no seu governo, é a favor da tirania e contra a liberdade.
 
Se Lula, oficialmente, se coloca a favor da ditadura, da repressão policial e da destruição da lei no estrangeiro, por que seria diferente aqui dentro do Brasil? Não há nenhuma resposta coerente para isso. 
O presidente do Brasil, pelo que ele próprio faz questão de dizer, está a favor da China e da Rússia, as duas ditaduras mais ativas do mundo de hoje, para não contar as Cubas e as Nicaráguas da vida, e contra todas as democracias livres — Estados Unidos, Europa, Japão, Canadá, Austrália — e o que mais vier de parecido.  
Pior: acusou diretamente os Estados Unidos e a Europa, ao dizer que deveriam não mais trabalhar “pela guerra”, e começar a trabalhar “pela paz”, como se fossem eles, os americanos ou os europeus, os invasores da Ucrânia. Que raio quer dizer isso? 
Ele, o PT e o Sistema que o apoia dizem que é “neutralidade”, ou “equidistância”, ou “não alinhamento”, ou alguma coisa assim. 
 
Não faz o menor sentido. Uma nação que se declara “neutra” diante de uma agressão militar indiscutível, ou “a favor da paz”, não é neutra, nem a favor da paz — é aliada do agressor. Não existe “equilíbrio” aí. Ou você é a favor da democracia e contra a ditadura, ou é o oposto disso. 
 Não há “meio do caminho”; é xeque-mate
Outro fato fundamental é que não existe no mundo nenhum regime de esquerda que não seja uma ditadura; nenhum mesmo, sem uma única exceção. Lula, os seus partidos e a elite-pirata que vive ao seu redor se declaram “socialistas”, todo santo dia; um dos seus ministros, aliás, é militante da religião comunista, com carteirinha e tudo. 
Como podem se considerar “democratas”, ou a favor do “estado de direito”? 
É impossível, na vida real, ser de esquerda e a favor da liberdade ao mesmo tempo. Lula, nesse seu calamitoso surto como “perito em política internacional”, deixou isso provado e contraprovado.

É mais prático ir por partes — pela China e pela economia, primeiro. Lula, em sua proposta mais ofensiva aos interesses do Brasil, mais indecente em favor dos interesses da China e certamente mais idiota entre as que já fez na vida, disse que quer fazer o seguinte: o Brasil deixa de receber em dólares as exportações que faz para a China (o maior comprador de produtos brasileiros em todo o mundo), e passa a receber em yuans; a China passa a receber em reais o que vende para o Brasil. (Há “detalhes” que ele não tem ideia de quais são, é óbvio; mas a essência do seu “plano” é essa.)  

Não se trata de um tiro no pé. É mais um tiro na boca do próprio estômago. Lula, para demonstrar o alcance filosófico de suas meditações sobre a circulação de moedas nos mercados mundiais, disse que não “entende” por que “todo mundo é obrigado a usar o dólar” no comércio internacional; preocupa-se com isso, segundo revelou, todas as noites. Ele não “entende” por uma razão bem simples: nunca perguntou a ninguém, já que sabe tudo, sobre todos os assuntos. Se tivesse perguntado, não estaria perdendo seu sono. 

Ninguém obriga ninguém a aceitar dólares; é o exato contrário. São os países, as empresas e as pessoas que querem receber o que vendem em dólar, pois é a moeda mais segura, mais líquida e mais desejada do mundo — por decisão do mundo, e não por um decreto do governo americano, como Lula acha que é. Ninguém quer receber nada em yuan, nem em real e nem em peso argentino, como Lula sugeriu na sua declaração na China — sim, ele falou até em peso argentino para substituir o dólar, acredite se quiser. Ninguém quer porque ninguém faz nada com um yuan, nem com um real e muito menos com um peso argentino, que hoje derrete a um ritmo de 100% de inflação ao ano. Não dá para comprar, com esse tipo de dinheiro, nem uísque paraguaio.

A proposta é uma maravilha para a China, que não precisaria mais gastar seus dólares com as importações que faz do Brasil, e que não são pouca coisa — 90 bilhões de dólares em 2022, com um saldo de 30 bilhões em favor do Brasil. Para o Brasil é o pior desastre que alguém já propôs, e um desastre proposto pelo próprio presidente brasileiro; nem os chineses pediram um negócio desses. Os 30 bilhões de dólares do saldo vão desaparecer. E o que Lula vai fazer com os yuans que receberá da China? O Brasil será obrigado, com esse dinheiro que só tem valor para os chineses, a comprar produtos da própria China — obrigação que não tem com nenhum país do mundo. 
Que tal, como gesto de independência comercial e econômica? O pior é que o Brasil precisa dos dólares que Lula não quer receber; não se trata de uma “opção”. É indispensável ter dólares, por exemplo, para comprar petróleo. A China não vende um único barril para o Brasil; nem a Petrobras do PT, por mais que Lula exija, vai conseguir comprar petróleo com yuan. Também não vai conseguir comprar trigo — a China não vende trigo. Não é um produto de luxo, ou para os “ricos”; é o pão de cada dia, apenas isso. O Brasil compra trigo no Canadá, nos Estados Unidos, na Argentina, e aí é preciso mostrar dólar, não yuan
E os aparelhos de tomografia dos hospitais de primeira linha, ou de ressonância magnética, vendidos em dólar pela General Electric e pela Siemens? Lula vai fazer seu próximo exame num tomógrafo chinês? No Sírio-Libanês? Não existe aparelho de tomografia chinês no Sírio. Ninguém pode ter a menor ideia, também, de como comprar semicondutores sem ter dólares — e sem eles a indústria brasileira simplesmente para de funcionar. Entre as dez maiores fabricantes, oito são americanas e as outras duas da Coreia (do Sul, é claro) e de Taiwan. Como é que fica, então? E o Aerolula? O presidente vai trocar por um jato chinês? E os helicópteros dos empreiteiros de obras, dos amigos e dos amigos dos amigos? A lista não acaba mais. Dinheiro chinês yuan, ao lado do real brasileiro | Foto: RHJPhtotos/Shutterstock

A submissão do Brasil aos interesses da Rússia é outra prova de que a política externa brasileira, pela primeira vez nos últimos 80 anos, se aliou às ditaduras e contra as democracias

Os dólares desprezados por Lula também são essenciais para formar as reservas internacionais do Brasil em moeda forte; nenhum país do planeta tem reservas em yuan, ou em peso. De novo, não é uma questão de desejos, nem de “costura política” — o Brasil precisa das suas reservas, hoje na casa dos 300 bilhões de dólares, para manter a sua independência econômica. É como oxigênio: sem dólar ninguém é independente. É por isso que você não vê missões do FMI no Brasil — nem “exigências dos credores”, nem falta de dólares para fazer importações ou viagens. É por isso que o Brasil, ou as grandes estatais, ou as empresas brasileiras podem levantar crédito nos bancos e organismos financeiros internacionais. É por isso, em suma, que o Brasil é um país solvente. É o contrário, exatamente, da Argentina — o sonho econômico que Lula persegue com tanto fervor. Outra dificuldade é o valor que os chineses vão dar às mercadorias brasileiras, nesse novo sistema que Lula está achando lindo adotar. O Brasil será obrigado a vender maciçamente na China; quem você acha, no caso, que vai fazer os preços dessas exportações, sobretudo quando se considera que a economia chinesa trabalha com estoques que lhe permite, o tempo todo, importar mais ou menos, conforme queira? Ilustração: Shutterstock

É claro que a China é um parceiro fundamental para o Brasil; é o maior importador de nossos produtos e uma das turbinas que mantém a economia brasileira em funcionamento. Ninguém, ao contrário do que inventa a extrema esquerda, está querendo se afastar da China ou criar atritos com ela. Deve-se, na verdade, fazer o máximo que for possível para viver em harmonia com os chineses. Mas isso é o suficiente; não há nenhuma necessidade de ir além. É suficiente para os grandes países do mundo — que aliás estudam, neste preciso momento, medidas para reduzir a influência chinesa no funcionamento de suas economias. 
Por que não seria para o Brasil? O fato é que a China foi a maior importadora de produtos brasileiros durante todos os quatro anos do governo Bolsonaro, inclusive porque tem interesse em comprar o que compra; se não tivesse não compraria. Bolsonaro não teve de fazer nada de especial para manter essa situação. Não abriu mão de receber em dólares. Não se meteu nessa salada de yuan, real e peso de sabe-lá-quem. Não ficou de joelhos como Lula quer que o Brasil fique. 
Por acaso a Alemanha, a Inglaterra ou a França aceitam receber em yuans as exportações que fazem para a China? É claro que não; não lhes passa pela cabeça fazer nada parecido. Basta que o Brasil faça a mesma coisa — nem mais, nem menos. É bom lembrar, enfim, que Lula nunca vai sentir que faltam dólares no seu próprio bolso; continuará tendo, e tendo de sobra, todos os dólares que precisar para os seus lenços Hermès, sandálias Gucci e relógios Piaget de 80.000 reais. Quem vai ficar sem dólares é você. 

Lula usa relógio Piaget de R$ 80.000 | Foto: Reprodução/Redes sociais

O fato é que não há nada de honesto, ou de útil para a população brasileira, ou de democrático, em nenhuma das decisões que Lula tomou desde que teve certeza de que seria declarado vencedor das eleições de 2022 pelo TSE. A submissão do Brasil aos interesses da Rússia é outra prova de que a política externa brasileira, pela primeira vez nos últimos 80 anos, se aliou às ditaduras e contra as democracias. Está valendo tudo, aí. Como é possível alguém dizer que a Ucrânia é culpada pela invasão do seu próprio território? (Lula chama a área invadida de “terreno”; acha que está lidando com uma questão imobiliária.) Não é apenas o zé-mané ignorante querendo se meter em conversa de gente maior que ele, ou o amador no meio de profissionais espertos; é isso, mas também é pior que isso. No caso, foi uma licença para a Rússia afirmar, oficialmente, que o Brasil apoia a invasão da Ucrânia, como disse o ministro russo de Relações Exteriores. Disse com toda a razão: é o que Lula fez, na prática e em público. De novo, a comparação com Bolsonaro: ele foi massacrado pela viagem que fez a Moscou, antes da guerra, por ter colocado o Brasil “a reboque” da Rússia e “isolado das democracias”. Mas Bolsonaro nunca disse uma sílaba em favor da invasão da Ucrânia, como Lula acaba de fazer. Quem, então, é a favor da ditadura?

Esse ministro russo,
que o mundo democrático trata como uma espécie de renegado, foi recebido pessoalmente por Lula, com todas as honras, na viagem que fez ao Brasil logo após o presidente ter voltado da China. Por uma dessas coisas que antigamente as pessoas chamavam “castigo de Deus”, Lula estava com o homem na sua sala no mesmo dia, exatamente, em que o oposicionista Vladimir Kara-Murza foi condenado num tribunal da Rússia a 25 anos de cadeia fechada — isso mesmo, 25 anos — pelos crimes de “fake news” e de participação num grupo político “indesejável”, ou “antidemocrático”. Parece com o que, essa condenação? 

É o mundo que as polícias de repressão ao pensamento do governo Lula, a esquerda radical e o STF querem impor ao Brasil; ainda não conseguiram, mas estão fazendo o possível para chegar lá. Tudo isso, naturalmente, é tratado pela maioria da mídia como uma questão “técnica” de diplomacia. Do ponto de vista “pragmático”, perguntam os jornalistas, quais os prós e contras da dupla opção de Lula pela China e pela Rússia? No máximo, e com respeito de igreja, se fala em possíveis “desconfortos”, ou “ruídos” ou “restrições” que poderiam estar ocorrendo, quem sabe, com sua guerra ao dólar e com sua declaração que a Ucrânia é culpada pela guerra. É, mais uma vez, a mídia brasileira apresentando ao público o lado bom do suicídio. 

As posições de Lula e dos extremistas do seu governo são um ataque direto à democracia. O resto é farsa.


Leia também “Em busca do retrocesso perpétuo”

 

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste

 

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Depois das imagens do Planalto, não tem como seguir adiando a CPI do 8 de janeiro

Vozes - Alexandre Garcia

Vandalismo

GSI 8 de janeiro
Gravações do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostram ministro Gonçalves Dias (de camiseta azul e jaqueta escura) e agentes do GSI em meio a invasores no 8 de janeiro.| Foto: CNN Brasil/reprodução


O presidente Lula vai participar de uma reunião virtual com 26 países sobre o clima. Depois de todo esse zigue-zague na política externa com China, Ucrânia, Rússia, Estados Unidos, ninguém sabe para que lado vai. Ele se encontraria com Biden, mas vai ser difícil, porque é um evento virtual. Eu lamento que entre esses 26 não esteja incluído o sol, porque o sol é decisivo nas definições do clima da Terra.  
O que o sol quiser vai ser, não tem jeito; ele esquenta mais ou menos os oceanos, e isso muda para cima ou para baixo a temperatura da Terra.


[E o Alckmin só esperando o momento de assumir - tem experiência no assunto, o Covas assumiu devido o infortúnio do falecimento e o ex-presidiário ele assumirá pela JUSTIÇA do impeachment.]
 

Mas Lula deve estar preocupado mesmo é com uma CPI que vem aí com força; não tem como evitar, depois do que a CNN mostrou com imagens do Palácio do Planalto.  
Eu não sei como os jornalistas obtiveram o material, porque Lula tinha decretado sigilo absoluto sobre as imagens do Planalto. E, fazendo a maior força junto, estamos vendo a atuação de Rodrigo Pacheco, que está fazendo de tudo para retardar o início dessa CPI para ver se o pessoal esquece, contando com o periculum in mora, quando a demora de algo faz com que desapareçam as razões, os fatos, as provas de que houve um fato consumado. 
Pacheco é advogado e sabe muito bem que o periculum in mora joga a seu favor. Eu não sei o que fazem os outros 80 senadores diante disso; eles são representantes dos estados brasileiros, e estamos todos de olho pelas redes sociais, acompanhando essas imagens da CNN em que aparece um ministro de Lula. 
Não qualquer ministro, algum recém-chegado, mas um antigo conhecido de Lula. 
O general Gonçalves Dias, quando era major e tenente-coronel, foi da segurança de Lula. Depois de destituído da 6.ª Região Militar por ter recebido um bolo de aniversário da PM amotinada, ele foi trabalhar com Dilma, e fez a segurança de Lula durante a campanha eleitoral de agora.
 
Ele, que tinha sido escolhido chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, aparece nessas imagens de 8 de janeiro, circulando para lá e para cá no Palácio do Planalto entre os manifestantes, chamados também de terroristas.  
Então, estava entre terroristas, ofereceu água para os terroristas, abriu a porta para terroristas, indicava a saída para terroristas... que estranho! Parece que houve uma pré-invasão com quebra-quebra. Parece que houve uma instrução de cima, dizendo que podiam deixar entrar que depois teriam um ótimo pretexto. 
 O relógio, por exemplo, foi derrubado duas vezes, porque depois entraram manifestantes vestidos com camisa amarela e reergueram o relógio, puseram de volta em cima da mesinha. 
E aí veio outro e jogou de novo o relógio trazido pelo príncipe dom João. Então não tem como Pacheco adiar mais essa CPI, está caindo de madura. Agora sabemos por que o governo não quer CPI.

Veja Também:

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    Governo ainda trabalha duro para sabotar a CPI do 8 de janeiro

    A justiça exige que saibamos tudo sobre o 8 de janeiro

Portugueses estão de olho na incompreensível política externa de Lula
Aqui em Lisboa, enquanto eu almoçava nesta quarta, via no restaurante a televisão portuguesa enlouquecida, mostrando Lula tomando posição ora de um lado, ora de outro, entre China, Ucrânia, Rússia, Estados Unidos, uma política externa incompreensível. Eles estão prestando atenção porque na próxima semana o presidente brasileiro estará por aqui.

Governo está de olho em mais R$ 90 bilhões em impostos
Fernando Haddad já está dizendo que vai arrecadar mais R$ 90 bilhões. Traduzindo para o bom português, vai cobrar mais R$ 90 bilhões de pagadores de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, além daquela tributação sobre apostas esportivas eletrônicas, em que o governo sempre vai ganhar: 30% sobre o prêmio.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Movimento Sem Terra - Ao levar Stédile para a China, governo endossa invasões de terra

Alexandre Garcia - Gazeta do Povo - VOZES

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.[conhecido no submundo do crime como 'general da banda' do Lula,]  Foto: Reprodução/YouTube MST.

O presidente Lula está de volta da viagem à China. Ele passou pelas arábias, pelo Oriente Médio, Ásia Menor. Os meus amigos me reportaram que os jornais de lá estão interpretando a viagem como um desafio de Lula contra o presidente Biden ao tomar partido da China, enfim, nessa disputa mundial. [O Prontidão Total se abstém de comentar sobre as razões do desafio, por entender que assuntos  (de...) devem ser resolvidos entre os que tiveram seus brios feridos.]

Inclusive, os acordos feitos com a China mostram um aliado forte. A outra questão é a guerra Rússia e Ucrânia. Lula tomou partido da Rússia. Ele apresentou a Ucrânia como uma das causas, um dos motivadores da invasão russa e disse que a Europa e os Estados Unidos é que são responsáveis pela continuação da guerra.

Não creio que a Casa Branca esteja gostando dessas declarações, mas vamos ao que importa lá na China. Todos nós sabemos que a China tem censura, não tem liberdade de expressão, é um regime de força, um regime totalitário, de partido único. 
É o Partido Comunista Chinês que escolhe os dirigentes, na sua grande Assembleia.
 
No entanto, vejam só, os acordos nessa área que o presidente do Brasil fez com a China: "Memorando de entendimento sobre cooperação em informações e comunicações", "Acordo de Coprodução Televisiva"
Eu lembro que em 1984, 1985, por aí, eu fui à China pela TV Manchete, que não podia pagar equipe.
 
Nós contratamos uma equipe da TV estatal chinesa e eles estavam atrasadíssimos em televisão. 
Mas impunham sempre o seu método de trabalho. 
Não queriam saber do nosso método de editar um vídeo, era pelo método deles. Para ser mais claro, eu dizia que eu ia gravar a minha fala e depois ele punha as imagens em cima. Ele disse: não, eu escolho as imagens e você põe a fala em cima. Estão fazendo isso com o Brasil até hoje.

"Memorando de Entendimento entre Grupo de Mídia da China e a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República." Gente, mídia na China está sob censura, sempre. "Acordo de Cooperação entre agência Xinhua, que é a agência oficial chinesa, e a nossa agencia oficial a EBC, a Empresa Brasileira de Comunicação."

Eu notei também um acordo sobre espaço: "Programa de Cooperação Espacial entre as Administrações Espaciais da China e do Brasil, a Agência Espacial Brasileira". Ora, todo mundo sabe que a conquista do espaço para a China é uma estratégia bélica
E a gente está se metendo nisso. Enfim, não há muita diferença também, né? Do jeito que as coisas andam.
 
No Brasil, ao contrário do que diz a Constituição, não há liberdade de expressão e não há liberdade de comunicação. 
E não está vetada a censura, porque a censura existe. 
Então, no fundo, são os parecidos fazendo acordos entre si.
 
Direito de propriedade é cláusula pétrea da Constituição
Um outro assunto dessa viagem à China é levar o João Pedro Stédile, do MST, que prometeu aqui que ia recrudescer as invasões de terra.
Ou seja, agressões criminosas ao direito de propriedade, que é uma cláusula pétrea da Constituição, que está escrita na Constituição na mesma linha do direito à vida.
 
Seria o caso de dizer: "Puxa, está desconvidado, não vai"
Mas o fato é que o convite foi mantido e isso significa que o governo está endossando essa posição de João Pedro Stédile. 
Tanto que ele falou de novo na China, integrando a comitiva presidencial, ele falou de novo. Disse outra vez que vão recrudescer as invasões de terra aqui no Brasil.

Enfim, aí teve essa volta via Oriente Médio, em que os jornais de lá estão dizendo que Lula está escolhendo o aliado. Acabou de escolher, pelo jeito, a China, depois de ter ido aos Estados Unidos.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do  Povo - VOZES

 

sexta-feira, 14 de abril de 2023

'Se o Brasil, a China ou os Brics querem substituir o dólar, boa sorte com isso', diz ex-embaixador dos EUA [Lula envergonha o Brasil]

Thomas Shannon é ex-embaixador dos EUA no Brasil Eliária Andrade

Em sua visita à Pequim e Xangai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está “repetindo a narrativa da China”, e isso não trará benefícios ao Brasil. Essa é a avaliação do embaixador americano Thomas Shannon, que chefiou a embaixada dos Estados Unidos em Brasília durante os anteriores governos do PT e é ex-subsecretário do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado.

Em entrevista ao GLOBO, Shannon comentou a visita de Lula à empresa Huawei, considerada um risco para a segurança nacional americana, e as declarações do presidente brasileiro sobre a dependência global do dólar americano. “São escolhas do Brasil, e serão problemas para o Brasil. Boa sorte com isso”, afirma Shannon, que defende a necessidade de os governos de Lula e Joe Biden basearem sua relação na defesa da democracia em ambos os países.

(...)

Lula visitou a fábrica da Huawei, uma empresa considerada uma ameaça à segurança nacional dos EUA…

Os EUA deixaram claro que a Huawei representa um desafio para os países que querem construir suas redes e sua infraestrutura digital ...

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA

[A falta de importância dada à viagem, pelo país anfitrião e pelo medíocre desempenho do 'estadista' brasileiro, nos deixa à vontade para limitarmos apenas ao recorte acima, nossa cobertura ao evento.
Deixamos com os 'experts' no assunto a conclusão sobre qual das duas viagens foi de menor valor: a de agora, China, ou a realizada aos EUA.]

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Lula e o dólar - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

“Toda noite me pergunto por que todos os países estão obrigados a fazer o seu comércio lastreado no dólar. Por que não podemos fazer nosso comércio lastreado na nossa moeda? Por que não temos o compromisso de inovar? Quem é que decidiu que era o dólar a moeda, depois que desapareceu o ouro como paridade”, questionou o presidente Lula na cerimônia de posse de Dilma Rousseff para comandar o Novo Banco de Desenvolvimento, também chamado de Banco dos Brics – sigla formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Mais tarde, Lula ouviu que o presidente da China Communications Construction Company (CCCC), Wang Tog, estaria disposto a criar mecanismos de troca direta entre o yuan, a moeda chinesa, e o real. 
O acordo seria uma forma de facilitar transações financeiras entre os dois países. No Brasil, a CCCC investe em obras de infraestrutura, como a construção da ponte Salvador-Itaparica. 
Lula foi acompanhado na reunião por ministros, incluindo o da Fazenda, Fernando Haddad, e cinco governadores, entre eles o da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
 
Que a China tenta substituir o dólar como moeda básica do comércio mundial não é novidade alguma
Mas agora a ditadura comunista conta com o apoio aberto do Brasil, graças a um presidente alinhado com o comunismo chinês. 
A esquerda radical brasileira sempre alimentou um antiamericanismo patológico e infantil, e nessa Guerra Fria 2.0, nem pisca antes de escolher o lado do regime tirânico oriental.
 
Vamos responder a pergunta feita por Lula: quem escolheu o dólar como moeda internacional depois do ouro? Simples: o mercado, ou seja, os próprios indivíduos livremente. 
Se o trabalhador brasileiro, argentino, venezuelano ou indiano puder escolher se quer seu salário definido em dólares, reais, bolívares ou yuans, ele muito provavelmente escolherá a moeda americana. Se ele tiver algum conhecimento econômico, ele certamente fará isso.
 
Lula sempre coloca a carroça na frente dos bois, confunde causalidade, acha que tudo é uma questão de "vontade política"
É a mesma mentalidade que clama pela redução artificial na taxa de juros. Ele não compreende que tais índices são consequência, são efeitos de medidas econômicas. 
O dólar é considerado mais seguro pois os Estados Unidos, apesar de seu endividamento crescente e preocupante, ainda são o país mais livre e sólido.

O mundo prefere uma moeda que tem lastro numa sociedade próspera, com império das leis, propriedade privada garantida, liberdade. Tais valores já foram mais robustos na América, é verdade, mas não há a menor dúvida de que a China e o Brasil não são substitutos decentes.

Uso meu exemplo para ilustrar isso: no Brasil do arbítrio supremo, minhas contas bancárias foram congeladas do nada
Meus reais ganhos honestamente com meu trabalho estão retidos nos bancos. 
Se eu recebesse tudo nos bancos americanos em dólares, certamente estaria mais tranquilo. 
É por isso, Lula, que o mundo todo prefere dólar a real lulista!

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Lula enfia mais uma vez o pé na jaca ao falar sobre guerra na Ucrânia - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Presidente se empenha em declarações cretinas ao dizer que país tem de entregar uma parte do seu território invadido pela Rússia, a Crimeia

Ninguém, em nenhuma chancelaria do mundo, tinha pedido até agora algum palpite do Brasil, e muitíssimo menos do presidente Lula, sobre a guerra na Ucrânia. É natural: não há nada de construtivo, do ponto de vista prático, que um ou outro possam fazer a respeito. 
Mas Lula, no seu surto atual e cada vez mais agressivo de arrogância desqualificada e sem controles, enfiou mais uma vez o pé na jaca: disse que a Ucrânia tem de entregar uma parte do seu território invadido pela Rússia, a Crimeia, se quiser voltar a ter paz um dia.  
O presidente tem se empenhado, desde que voltou ao governo, em fazer o máximo de afirmações cretinas no mínimo de tempo possível. Mais uma vez, conseguiu acertar bem no centro do alvo.
 
Ninguém, nem a mais tosca figura com alguma responsabilidade de governo, tinha dito algo assim até agora – mesmo que ache isso, ou mais ou menos isso, não pode dizer o que acha em público, em hipótese nenhuma. É coisa que se aprende nos cursos primários de diplomacia em qualquer lugar do mundo. 
 Lula não fez curso nenhum sobre nada; tem certeza de que sabe tudo, sem nunca ter se esforçado cinco minutos para aprender o que quer que seja
Não sabe o que é a Crimeia, nem onde fica, nem qual é a sua história. 
Por que saberia, se já disse que Napoleão invadiu a China? [em um dos seus mandatos passado, outra ocasião declarou que o Brasil precisava cuidar mais de sua fronteira com os EUA.]  
Nesse caso, disse para o mundo uma estupidez em estado puro. 
Qual chefe do Estado pode recomendar que um país, depois de invadido militarmente por outro, entregue ao inimigo parte do seu território? “A Ucrânia não pode querer tudo”, disse Lula. Como assim, tudo? Ela quer o mínimo, que é manter o território que tinha antes de ser atacada.
[certamente valerá a pena ouvir, e guardar para a posteridade, as duas SUMIDADES EM NADA, trocarem ideias sobre o futuro do universo.] 
 
O presidente brasileiro passou a vergonha de ouvir de um homem público ucraniano a seguinte recomendação: “Porque o senhor não dá o território do Rio de Janeiro para a Rússia?” 
O Brasil também não pode querer “tudo”, não é mesmo? 
Lula ouviu e ficou de boca fechada; não tem nada para falar sobre esse assunto, nunca mais. Foi também um tiro no meio do pé: dizer o que disse vai diretamente contra tudo o que as democracias “globalistas” da Europa, apaixonadas há anos por ele e por seu “espírito democrático”, acham a respeito de Rússia, Ucrânia e Crimeia. Não só acham: mandam armas, sustento e bilhões de dólares para os ucranianos
 
Sua posição é exatamente contrária à de Lula; isso é jeito de tratar países aliados? “Ao tentar desempenhar, com esforço demais, o papel de pacificador global, Lula corre o risco de parecer ingênuo, em vez de um velho estadista”, escreveu o The Economist, um dos maiores devotos que o presidente tem na mídia internacional.  
Disseram “ingênuo” porque estão falando de um dos seus ídolos. 
O que quiseram dizer, mesmo, foi: “idiota”.
 
Nessa sua campanha para redesenhar o mapa do mundo, Lula não se contenta com a Ucrânia. Quer, também, entregar a potências estrangeiras parte do território do Brasil – a maior parte, aliás. “A Amazônia não pertence só a nós”, acaba de dizer ele. 
Se não pertence “só a nós”, pertence também a outros, certo? É o que ele, Lula, disse em público – ele, e ninguém mais. 
Já vinha dando a entender, há tempos, que é a favor de algum tipo de “internacionalização” da floresta amazônica; agora, avançou mais do que tinha avançado até hoje. Sua desculpa é que é preciso “abrir” a Amazônia à “pesquisa científica” – como se fosse proibido, atualmente, pesquisar alguma coisa por ali. 
A reza é para que a entrega da Amazônia seja a mesma coisa que a entrega da Ucrânia – uma idiotice, e só isso. Se Lula, o PT e a esquerda quiserem mesmo doar território do Brasil a países “bons” e “responsáveis”, o STF vai dizer que é legal e o comandante do Exército brasileiro, na sua ideia fixa de servir à “legalidade”, vai receber os ocupantes com banda de música e desfile de onça com coleira.
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 
 
 
 

domingo, 19 de março de 2023

O desfecho da trilogia sobre o ‘império do mal’ - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

Desde que Lenin derrubou a nascente democracia parlamentar da Rússia para estabelecer uma ditadura brutal, muitas outras nações caíram nas iscas travestidas de “igualdade para todos” 

O selo com Stalin e Mao Zedong | Foto: Baka Sobaka/Shutterstock

  O selo com Stalin e Mao Zedong | Foto: Baka Sobaka/Shutterstock 

 E chegamos à parte final de nossa trilogia sobre o comunismo. É claro que um assunto tão complexo, tão enraizado em detalhes e ações contadas em diferentes eventos históricos não poderia ser explorado na sua totalidade em apenas três artigos. Mas precisamos de um (re)começo — precisamos levantar esse tapete da barbárie e expor aos nossos herdeiros que o atual fascínio pelo “novo” socialismo/comunismo é nocivo, enganoso, vil e perigoso. Lembro que, em novembro do ano passado, em virtude do aniversário da queda do Muro de Berlim, postei algumas fotos sem legenda da queda do muro, em 1989, em meu Instagram. Para a minha grande surpresa, fiquei espantada com a quantidade de mensagens de jovens que não faziam a menor ideia do que eram aquelas imagens. Não conhecer a história é perigoso demais.
Há muitas razões além da história para refletirmos sobre o legado do comunismo. Desde que Vladimir Lenin derrubou a nascente democracia parlamentar da Rússia, em 1917, para estabelecer uma ditadura brutal, muitas outras nações caíram nas iscas travestidas de “igualdade para todos” chamadas de comunismo — muitas vezes, dissimuladas e maquiavelicamente empacotadas de apenas “socialismo”.
 
O comunismo promete igualdade, mas oferece escassez para todos, exceto para as elites em seu aparato
Ele lança a justiça social e oferece escravização em massa, miséria generalizada, desconfiança social e punição severa para todos os que discordam do sistema. 
Vimos esses fenômenos acontecerem em todo o mundo, na China, na Coreia do Norte, no Sudeste Asiático, na Europa Oriental pós-Segunda Guerra Mundial, Cuba, América Central e, talvez mais notavelmente visível para nós, brasileiros, hoje com a fome e o caos da Venezuela.
A queda do Muro de Berlim, 1989 | Foto: Wikimedia Commons
O comunismo toma conta da China e além
Antes de a China se tornar um país comunista, houve um período de 37 anos, começando em 1912, com um governo provisório, depois a Primeira República da China, a Segunda República Nacionalista da China e depois a República Constitucional da China. Antes desse período, a China era governada por dinastias imperiais.

Em julho de 1921, o Partido Comunista da China é formado pelos revolucionários Chen Duxiu e Li Dazhao, que se tornaram marxistas após a vitória bolchevique na Revolução Russa. Em 1927, o PCC fica sob o controle de Mao Zedong, e, em 1947, Mao lidera uma revolução para que, em 1º de outubro de 1949, seja declarado o estabelecimento da República Popular da China, sob o regime do Partido Comunista.

Na divisão sino-soviética da década de 1950, Mao rompeu com o marxismo-leninismo tradicional e desenvolveu o maoismo, a interpretação chinesa do comunismo. Os maoistas iniciaram uma forte tradição comunista, instituindo o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural.  
Em 1958, o Grande Salto é colocado em prática, com o objetivo de desviar a economia da China da agricultura para a indústria — em apenas cinco anos. O resultado foi uma das maiores barbáries contra a vida humana da história
Pelo menos 30 milhões de pessoas morreram de fome em apenas quatro anos. 
Além disso, as reformas agrárias de Mao levaram milhões à morte em execuções públicas em campos de trabalho. Na revolução cultural, Mao derrubou seus inimigos, perseguiu quase 300 mil intelectuais e dissidentes do comunismo na Campanha Antidireitista, e milhões de pessoas foram mortas ou perseguidas por apenas discordarem do regime.

Em apenas alguns anos, o Grande Salto também causou enormes danos ambientais na China. O plano de produção de aço resultou em florestas inteiras sendo derrubadas e queimadas para abastecer as fundições, o que deixou a terra aberta à erosão. O cultivo denso e a lavoura profunda despojaram as terras agrícolas de nutrientes e também deixaram o solo agrícola vulnerável à erosão. Líderes comunitários ansiosos exageraram em suas colheitas, na esperança de agradar à liderança comunista, mas este plano saiu pela culatra de forma trágica. Como resultado da superprodução, os funcionários do partido levaram a maior parte da colheita para as cidades, deixando os fazendeiros sem nada para comer. As pessoas no campo começaram a passar fome.

Em 1960, uma seca generalizada aumentou a miséria do país, e as pessoas no campo não conseguiam mais plantar sequer para sobreviver. No final, por meio de uma combinação de políticas econômicas desastrosas e condições climáticas adversas, cerca de 20 a 48 milhões de pessoas morreram na China. A maioria das vítimas morreu de fome no campo. O número oficial de mortos do Grande Salto é de 14 milhões, mas a maioria dos estudiosos concorda que esta é uma subestimação substancial, já que todos os dados vindos dos comunistas não são confiáveis.

(...)

Umas das páginas mais sangrentas da comunista China foi escrita recentemente, em 1989: o Massacre de Tiananmen Square. Protestos liderados por estudantes que pediam democracia, liberdade de expressão e liberdade de imprensa tomaram as ruas de algumas cidades da China.

Quando a presença inicial dos militares não conseguiu conter os protestos, as autoridades chinesas decidiram aumentar sua agressão, e os protestos foram interrompidos em uma repressão mortal.  
Em 4 de junho, soldados e policiais chineses invadiram a Praça da Paz Celestial, disparando balas reais contra a multidão. 
Repórteres e diplomatas ocidentais em Pequim naquele dia estimaram que milhares de manifestantes foram mortos no Massacre da Praça da Paz Celestial e até 10 mil pessoas foram presas. 
 
 Mais de três décadas depois que as tropas usaram força assassina para expulsar os manifestantes da Praça da Paz Celestial e do centro de Pequim, encobrir esse crime tornou-se uma tarefa árdua. 
Mesmo assim, a máquina de segurança da China está pronta para censurar e prender aqueles que falam abertamente sobre os eventos de 1989. Todos os rastros de imagens desse trágico dia foram excluídos dos cachês da vida cibernética chinesa. A história foi simplesmente apagada.
Tanques chineses em Pequim, julho de 1989 - 
 Foto: Wikimedia Commons

Isto é apenas uma pontinha do iceberg de terror de um país que é regido por quem respira o comunismo, por quem usa a foice e o martelo como símbolos de orgulho. A mesma foice e martelo usados pelo atual ministro da Justiça no Brasil, Flávio Dino, e que recentemente declarou que “era comunista, sim, graças a Deus”.

(...) CLIQUE E LEIA MATÉRIA COMPLETA

Recomendações de alguns livros, filmes e séries sobre o comunismo:

Livros: Fome na Ucrânia (Gareth Jones); Lenin, um Retrato Íntimo (Victor Sebestyen); A Grande Fome de Mao (Frank Dikotter); Fome Vermelha, a Guerra de Stalin na Ucrânia (Anne Applebaum); Stalin, a Biografia de um Ditador (Oleg V. Khlevniuk); O Livro Negro do Comunismo, Em Busca de Sentido (Viktor Frankl)

Filmes: A Sombra de Stalin; Colheita Amarga; Goobdye Lenin

Séries: Trostky; Como se Tornar um Tirano; Chernobyl

Documentários: The Killing Fields; Segunda Guerra em Cores; O Colapso da União Soviética

Leia também “O nascimento do ‘império do mal'”

Revista Oeste