Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador corruptos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador corruptos. Mostrar todas as postagens

domingo, 23 de fevereiro de 2020

General Braga Neto faz Alcolumbre e os corruptos tremer na posse como ministro de Bolsonaro

General Braga Neto faz Alcolumbre e os corruptos tremer na posse como ministro de Bolsonaro 

A instabilidade política e social ronda o país - General Marco Antonio Felício

O Tempo


Manobras do Legislativo e da imprensa contra o presidente

Nem a entrada do Carnaval ocultou o clima sociopolítico de instabilidade que o país vive e para o qual vêm contribuindo governantes e políticos ressentidos e atrelados ao passado, responsáveis atuais pela situação de insubordinação das polícias militares. Contribuem, também, o STF – com decisões apartadas da realidade nacional, gerando insegurança jurídica – e, em nome da busca do protagonismo do Parlamento, os presidentes do Senado e da Câmara, ambos visando, primordialmente, objetivos individuais e de grupos.

Hoje, a banda podre da política, segundo o publicado, se personifica em Rodrigo Maia e David Alcolumbre. Entre outras ações, apoiados por parcela de imprensa venal, pelo PT e por demais partidos de esquerda e aliados do centrão, atropelaram o regimento e fizerame fazem de tudo para matar a operação Lava Jato, horror dos corruptos.

O caso da Lei da Mordaça é um exemplo. Manobraram para derrubar vetos importantes de Bolsonaro, bem como barraram a votação da prisão em segunda instância. Acusam, abertamente, Bolsonaro de não se empenhar politicamente junto ao Parlamento para a aprovação dos projetos enviados pelo Executivo. Traçaram um programa para aprovação de projetos da lavra do Legislativo em substituição aos do Executivo. Fazem o possível e o impossível para reduzir os poderes do presidente. São fatores de desarmonia entre os Poderes da República.

Tal banda podre, atrevida e cínica, mostra-se insultada, como se desprezasse a maioria da opinião pública, gerando enorme tensão política entre Congresso e Executivo, pela declaração do general Heleno de que integrantes do Legislativo usam de chantagens para obter mais R$ 15 bilhões, destinados a emendas saídas de despesas previstas por ministérios e passíveis de vetos do presidente. Anteriormente, foram aquinhoados com emendas, no valor de R$ 16 milhões, todas impositivas.

Alcolumbre, a respeito do que afirmou o general Heleno, cinicamente, fazendo de marola de uma gota de água uma procela oceânica, declarou que “nenhum ataque à democracia será tolerado”. Encaminhará requerimento de convocação, apresentado pelo líder do partido da corrupção, o PT, seu aliado, para que o general Heleno vá ao Senado e esclareça o que falou. Devem querer escutar a verdade que já conhecem.

Por outro lado, o também banda podre Rodrigo Maia disse, pobre de conhecimento e de educação – ignorando o respeito que deve a quem tanto deu de si ao Brasil –, que “é uma pena que o ministro, com tantos títulos, tenha se transformado em um radical ideológico contra a democracia”. Infelizmente, esses são os quadros que ocupam e dirigem o Congresso, verdadeiros algozes de Bolsonaro.

Paralelamente, ao abrir “O Globo” (20.2.20), em relação ao editorial e ao artigo do colunista Ascânio Seleme, não vejo exemplos da boa imprensa. Aquela que deve privilegiar o jornalismo investigativo, a isenção, a verdade e o contraditório. Aquela que não tem o direito de contribuir para a derrocada do seu governo, incitando a opinião pública contra este, desmoralizando os seus governantes baseada em viés ideológico. Voltada apenas para noticiar o que ocorre de ruim sem tocar no que ocorre de bom e de progresso para a nação.

(.....)



General Felício - O Tempo 



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Mitos a desconstruir IX: A Falência do Sistema Prisional como desculpa para liberar geral - DefesaNet

Fábio Costa Pereira 

A falácia da falência do sistema prisional é outro mantra de nossos especialistas, na busca perene de flexibilizar nosso sistema de repressão penal, possibilitando a soltura de mais e mais criminosos de toda a espécie – homicidas, estupradores, latrocidas, corruptos etc. -, esquecendo a sociedade ordeira e honesta (grande maioria do povo brasileiro), pois na medida inversa da soltura irresponsável de criminosos, mais e mais a população fica prisioneira dos próprios lares, os quais vão ficando a cada dia mais parecidos com verdadeiros bunkers.

O tema, no entanto, exige um texto maior
(desde já peço desculpas), pois costumam colocar no mesmo saco vários gatos.  Quando usam a falácia da falência do sistema prisional, não raro misturam quatro temas: a possibilidade de a pobre vítima da sociedade outro mantra falacioso -, ser, tão logo colocada no inferno da prisão, abduzida por alguma facção criminosa
o fato de nosso sistema falido não recuperar quem deu um passo errado;                     o encarceramento em massa no Brasil que prende demais e errado;                             a superpopulação carcerária que ofende a dignidade humana dos presidiários.

Vamos por partes, como diria um dos grandes criminosos da história da humanidade, exemplo maior da impunidade no direito criminal mundial.

A primeira. Abdução do sentenciado por alguma facção criminosa, quando sustentam que tão logo alguém cai no interior da cadeia é seduzido por algumas das facções lá existentes. Epa! A tese falaciosa está baseada na inversão da realidade, pois as facções se formam no lado de fora dos presídios (ou não existem no lado de fora?), no interior estão apenas os membros que, por descuido, ou boa atuação policial, foram apanhados e compõem aquele baixo índice de crimes resolvidos no Brasil (falei sobre isso na oportunidade do mito o Brasil prende demais).

Na realidade, para evitar eventos como os acontecidos em presídios do Norte, com briga entre facções gerando a morte de vários membros das Gangs, foi criado o método de colocar em lugares distintos os grupos diferentes. Por isso quando é admitido no sistema o criminoso (vamos dar o verdadeiro nome aos bois) é perguntado e quando admite pertencer a alguma é colocado junto com os manos, e quando diz não pertencer a nenhuma há sempre um lugar com essa destinação especial.

A segunda.  O sistema prisional falido não ressocializa o coitado do desviado.
Sobre o tema importante lembrar, como referido por Bernardo Guimarães Ribeiro na obra Nadando Contra a Corrente, ser a prisão "meio de punir exemplarmente e excluir o criminoso perigoso do convívio social. O transgressor da lei penal é retirado a fórceps do convívio social para que, punido, repare seu erro e, principalmente, não permaneça como ameaça aos demais cidadãos".  Além disso, deve servir a pena, igualmente, para dissuadir as demais pessoas que convivem naquela sociedade a não praticarem delitos.

Isso é o que está dito no Código Penal, quando ao determinar a aplicação da pena fala, no artigo 59, em reprovação e prevenção do crime.  Claro, alguém ao ler esse artigo dirá, ah, mas a lei de execução penal fala na harmônica integração do condenado à sociedade. Sim, mas ninguém pode esquecer que isso como tarefa atribuída ao Estado é uma UTOPIA. Explico. Como dito pelo colega Fábio Costa Pereira, quando detonou o mito IV, a prisão não resolve, não se deve falar em ressocialização, mas em reabilitação e, para isso, depende que o criminoso se arrependa dos seus atos e busque sinceramente se reabilitar, pois ele é o protagonista do seu destino e ninguém mais.

(...)

A terceira.  O encarceramento em massa no Brasil. Esse mantra, talvez, um dos mais repetidos no Brasil dos últimos quarenta anos está baseado em uma enorme exploração e ideologização da estatística acerca dos números respectivos ao encarceramento no Brasil. Segundo uma frase atribuída a diversos autores a estatística é a arte de torturar os números até ele provarem o que queremos demonstrar. Já Benjamim Disraeli, ex-primeiro ministro inglês, dizia existir três tipos de mentiras "as mentiras, as grandes mentiras e as estatísticas".

Ao longo dos últimos dois ou três anos essa manipulação foi desmascarada e denunciada em inúmeros artigos na imprensa nacional, por várias pessoas, principalmente, pelo colega Bruno Carpes[2]. A exposição foi tanta que obrigou o Ministério da Justiça a evoluir na forma de coleta e exposição desses dados, embora ainda persista o erro básico de ser o único País do mundo a tratar como preso todo o apenado (mesmo os vinculados aos regimes sempre aberto e aberto). Resumo da pendenga é que, com os novos números (embora ainda não seja perfeita a avaliação), é possível determinar quem está realmente encarcerado no Brasil. Hoje o número é de 558.275 mil presos, gerando a taxa de 267 para cada 100 mil habitantes, colocando-o na posição 44.ª no mundo e 6.ª dentre os 13 países da America do Sul. Conclusão lógica, inarredável, inexiste encarceramento abusivo ou massivo no País que mais mata no mundo.

A quarta.
Na realidade muitos de nossos especialistas fazem uma confusão, não há dúvidas, proposital entre encarceramento em massa e superlotação carcerária. Encarceramento massivo não existe, como visto, mas existe superlotação, aliás, no dizer de Carpes esse é um fenômeno mundial, e o Brasil, como mais da metade dos países que integram o ranking respectivo, possui um excedente de presos em relação ao número de vagas no sistema prisional. No Brasil, o cálculo aponta em torno de 161%, não muito diferente de, exemplificativamente, os 223% do Peru, os 153% da Indonésia ou os 149% da Colômbia.

No entanto, nossos desinformados especialistas arengam que tal situação fere a dignidade humana colocar e manter as pobres vítimas da sociedade aprisionadas em tais condições. Porém, mais importante, diria indispensável, é ouvir quem realmente sabe, pois trabalha empiricamente, inquirindo os maiores interessados no tema, os presidiários. Refiro-me ao trabalho do Professor Pery Shikida, no mais recente de suas pesquisas, entrevistou inúmeros presos detidos em três casas prisionais do RGS – detalhe, uma delas o Presídio central -, os entrevistados, em um dos itens da pesquisa, foram convidados a atribuir uma nota entre 0 a 9 para o estabelecimento no qual detidos. Resultado, 63% dos entrevistados atribuiu nota igual ou superior a 05 para a casa prisional. Logo, gostem ou não os especialistas, os apenados não concordam com a sua tese nessa temática.    

(...)

Para finalizar, não, o sistema prisional brasileiro não está falido. Falido está o sistema progressivo brasileiro – único no mundo a admitir a progressão de regime com o cumprimento de apenas 1/6 da pena. Falida está a Lei de Execução Penal Brasileira com a previsão de incontáveis benefícios para os ofensores da Lei, alguns parecendo até escárnio com a população ordeira (permissão de saidinhas, por exemplo, no dia das mães para matricidas, etc), tanto e tão diversificados benefícios não encontram similar no mundo civilizado. Sintetizo. FALIDO está o sistema de proteção ao criminoso, de toda espécie (pobre ou rico, preto, pardo ou branco, letrado ou iletrado) criado e incentivado no Brasil, quando abrem seus ouvidos a grupos como os citados acima, ao invés de ouvir a voz das ruas e prestar atenção nas experiências comprovadas empiricamente, deixando a população brasileira à mercê da bandidagem. FALIDO, está o sistema leniente de combate ao crime estabelecido há anos no Brasil, pois ninguém aguenta mais. Até quando o povo brasileiro será enganado e menosprezado.

E que Deus tenha piedade de nós!



[1] Desafio os leitores a colocarem no Google as palavras Psicopatia e TAS. Encontrarão vários estudos científicos sobre o tema (inclusive, um feito com detentos brasileiros em 2003, o qual demonstra um grau de reincidência de 77% em Psicopatas e só 21% em não-psicopatas).

[2] Aconselho a leitura do último artigo do Dr. Bruno, com o título "Os números do sistema prisional e a persistência dos fatos", com esse título é possível encontrá-lo na internet.

Em DefesaNet, você ler a MATÉRIA COMPLETA 


 

domingo, 20 de outubro de 2019

STF: A “HOLDING” das bancas de advocacia dos corruptos - Sérgio Alves de Oliveira



Segundo dados bem atualizados do Conselho Nacional de Justiça-CNJ, a população de presos no Brasil, incluídos os condenados, e não condenados, ultrapassa de 800 mil pessoas, computados  nesse total  todos os regimes prisionais.

Considerando a pendência que tramita no STF, que nos próximo dias deverá julgar a questão das prisões em 2ª,3ª, ou somente com “trânsito em julgado” das respectivas condenações criminais, veio  à tona um dado alarmante, segundo o qual quase 200 mil presos poderiam ser libertados se o Supremo optar por cancelar as prisões decretadas somente em 2ª Instância, ainda não transitadas em julgado, ou seja, com recursos pendentes de julgamento. E nesse total estariam incluídos praticamente todos políticos condenados por corrupção e outros malfeitos na “Operação Lava Jato”.
Esse simples dado revela que na própria população de presos  existe uma “elite” com  poder econômico para   “comprar” e utilizar todos os recursos disponíveis na legislação processual penal, obrigatoriamente  operacionalizados  por advogados  ou escritórios de advocacia regularmente inscritos na OAB. E a defesa desses   réus presidiários que podem pagar não custa pouco. Caminhões e mais caminhões de dinheiro , a título de honorários advocatícios, têm que  ser “derramados”, para “comprar” a própria liberdade ,e pelo tempo em que  ela puder ser comprada.  

Essa dependência dos presos às suas bancas de advocacia equivale mais ou menos à necessidade de  pagamento de um “seguro-liberdade” , muito semelhante aos tais “seguros-de-vida”, mas com detalhe: o “seguro-liberdade” custa muito mais caro que o de “vida”. Resulta dessa situação que as bancas de advocacia acabam se tornando “seguradoras-da-liberdade”, apesar de não possuírem habilitação  para atuar como “seguradoras”, nem estarem registradas  na Superintendência de Seguros Privados-SUSEP.             
                            
Mas todo mundo sabe que lá pelos “Tribunais Superiores” algumas bancas de advocacia sempre são bem mais “familiarizadas”, tanto é verdade que recentemente um desses “famosos” advogados, competente e reconhecido  defensor de corruptos, foi fotografado, inclusive fazendo “pose”, vestindo   bermudas , no interior do prédio do Supremo Tribunal Federal.

O que se observa com muita clareza é que está havendo  total identidade de objetivos entre as “famosas” bancas de advocacia ,que defendem  criminosos endinheirados, e que  geralmente respondem a processos por corrupção, lavagem de dinheiro,”et caterva”, e  o próprio STF ,o que à toda evidência acabará beneficiando exclusivamente essa “elite”, essa clientela de réus “endinheirados” , se cancelar a  pena  de prisão após condenação em 2ª Instância, como tudo indica que irá acontecer  nos próximos dias, inclusive através de declaração de Ministro do próprio Supremo, tornada pública, que sem qualquer pudor jurisdicional acabou abrindo o seu voto e prejulgando a demanda, o que é vedado ao juiz. [mero registro: por acreditarmos que a famosa frase "Ainda existem juízes em Berlim" pode ser adaptada para "Ainda existem juízes em Brasília" sem que isso implique em  apologia genérica e irrefletida do Poder Judiciário, nem do STF.

Os ministros do Supremo, em sua maioria,  sabem e usarão os meios necessários para uma decisão, terão a prudência e sabedoria para esperar por período menos agitado, quando tomarão uma decisão sobre assunto que já 'decidiram' em 2016 e em vezes anteriores, sempre fundamentando a decisão em vigência.]




Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Apoio ao Coaf precisa ser preservado

Espera-se que plano de fortalecimento da estrutura do conselho seja executado

A decisão da Câmara, ainda a ser submetida ao Senado, de devolver para o Ministério da Economia (ex-Fazenda) o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) foi tomada depois de embates envolvendo interesses variados.

Sempre devido à subordinação que o organismo passou a ter ao ministro da Justiça e Segurança Público, ex-juiz Sergio Moro, da Operação Lava-Jato. Há quem não perca a oportunidade de retaliar Moro pela prisão do ex-presidente Lula condenação referendada por duas instâncias. Este grupo tem a liderança óbvia do PT.

Existe também o político que se sente desconfortável com o acesso direto de Moro a um instrumento poderoso para detectar lavanderias de dinheiro sujo e encontrar laranjais plantados para encobrir corruptos e/ou fugitivos do Erário.A partir do conhecimento que acumulou, junto com procuradores em Curitiba no rastreamento de doleiros, antes mesmo da Lava-Jato, Moro pode ter assustado muita gente, ainda mais por também ter sob seu comando a Polícia Federal.


Mas a devolução do Coaf à Economia não pode ser interpretada como recuo no enfrentamento da corrupção e do crime organizado em geral. Os ministros Paulo Guedes e Moro se entenderão sobre como a comissão se manterá no apoio imprescindível a este combate. Não se tem notícia de que, durante a fase inicial da Lava-Jato, bastante dura e difícil, investigações tenham sido prejudicadas porque o Coaf estava na Fazenda.

Não há justificativa para rebuscadas interpretações conspiratórias da derrota de Moro na Câmara por margem pequena de votos, 228 a 210. Os interessados em deixar o Coaf longe da Justiça e Segurança Pública estão à vista de todos. A questão agora é garantir, e até ampliar, a sustentação que o ex-juiz começou a dar ao órgão, para reforçar sua estrutura. É o que deve ser. Não importa em qual escaninho da burocracia o conselho esteja, ele é estratégico no momento em que a criminalidade profissionalizada ameaça, de forma séria, a sociedade e o estado democrático de direito. O crime tem crescido em todo o país, com ramificações no exterior.

A junção da pasta de Segurança Pública à da Justiça, na qual está a Polícia Federal, tem a intenção de fortalecer o Estado para combater este crime, assim como a corrupção. Ao instituir este ministério, o governo Bolsonaro segue diagnóstico consensual de que a expansão da criminalidade em vários camposdo tráfico de drogas e armas a milícias — , com o uso de métodos sofisticados para proteger seus fluxos financeiros, só pode ser contida e revertida com a atuação integrada do poder público em diversas instâncias —forças federais, estaduais e serviços de inteligência. O Coaf é parte vital nesta grande estrutura, onde estiver na máquina burocrática.

terça-feira, 21 de maio de 2019

O Exército, o novo poder de Santos Cruz e a retirada de Olavo de Carvalho

Alvo de ‘olavistas’, ministro-chefe da Secretaria de Governo avalia e decide nomeações de todos os funcionários de 2.º e 3.º escalão do governo – não é pouca coisa para quem parecia que teria mesmo destino de Bebianno


Um dia  antes de embarcar para Dallas para receber o prêmio da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, o presidente da República Jair Bolsonaro  assinou o decreto 9.794, publicado no dia 15, dando poderes ao general Santos Cruz, ministro-chefe da Secretaria de Governo, para avaliar e decidir pela “conveniência e oportunidade” das nomeações de todos os funcionários do 2.º e do 3.º escalão do governo, incluindo aí os reitores das universidades federais. O general que, ao lado do vice-presidente Hamilton Mourão, transformara-se em alvo preferencial da ala olavista do governo, recebeu um poder que para barrar o caminho de corruptos, lunáticos e pessoas “vinculadas a governos passados”. Não é pouca coisa para quem parecia que teria o mesmo destino de Gustavo Bebianno, o ex-secretário-geral da Presidência, defenestrado pelo presidente.

O movimento de Bolsonaro não passou despercebido no Alto Comando do Exército, assim como o fato de Olavo de Carvalho ter dito no dia 16que pretende se manter distante da política nacional. Os movimentos das peças do Planalto podem indicar uma vitória do grupo militar depois do desastroso e mal-educado ataque do morador da Virgínia contra o ex-comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas. Em 6 de maio, após Olavo ofender Santos Cruz e as Forças Armadas, Villas Bôas deu-lhe o apodo definitivo:Trotski da direita”.

Atordoada, a rede bolsonarista ainda tentou defender Olavo e criticar os generais, entre eles Santos Cruz. Não adiantou. Ele manteve a chave do cofre das verbas publicitárias e ainda ganhou o poder de vetar, por conveniência da administração, a nomeação de pessoas desqualificadas para os cargos no Executivo. Recebeu de novo o apoio de Villas Bôas em novo tuíte, no dia 8,  e o desagravo de governadores. E teve força para contra-atacar, acionando a PF contra fake news.

Um general da ativa lembra: “Santos Cruz foi pentatleta com Bolsonaro. E o presidente ficou furioso com a armação que tentaram fazer contra ele (a  fraude da conversa no WhatsApp).O decreto que deu mais poderes a Santos Cruz seria assim o sinal do presidente que os generais do Palácio queriam de Bolsonaro a fim de mostrar que não se deixaria mais influenciar por Olavo. Outro general da ativa afirma: “É cedo ainda para saber se o que o decreto significa, mas é um sinal importante.” De fato, pode ser ainda cedo para comemorar a vitória ou saber se nenhuma outra confusão, como a defesa de que o Brasil tenha bombas atômicas, vai surgir no horizonte.
 
Enquanto isso,general Edson Pujol, comandante do Exército, mandava publicar o documento com as diretrizes de seu comando para 2019. Em momentos de incerteza no governo, reafirmar o óbvio pode ter um efeito enorme sobre possíveis desavisados que se deixam levar pelas circunstâncias da polarização política do País. O documento, então, afirma que se deve “fortalecer a comunicação com os militares da ativa e da reserva com vistas a manter a coesão interna, alicerçada por décadas de profissionalismo e disciplina.” Esta é a primeira das 34 diretrizes do comando de Pujol.

Evitar divisões, principalmente – mas não somente – as provocadas por clivagens político-partidárias. Desde os anos 30, o general Pedro Aurélio de Góis Monteiro defendia “uma política do Exército”; jamais “no Exército”. A ideia compartilhada por seus pares ajudou-o a submeter ao seu comando facções que se digladiavam na Força. O processo em direção à profissionalização da instituição passou por turbulências enormes, até mesmo depois das reformas de Castelo Branco, nos anos 1960. E, agora, quanto menor for a coesão do governo Bolsonaro, tanto maior será o desafio de Pujol. Manter a unidade não é tarefa menor. O presidente que o diga.

Marcelo Godoy - O Estado de S. Paulo

terça-feira, 24 de abril de 2018

Marco Aurélio já avisou Cármen Lúcia que voto sobre três ações que tratam de prisão depois de 2ª instância estão prontos. Ela não deu bola

[Aviso desnecessário, já que Cármen Lúcia não perguntou nada e nem concede  holofotes aos que querem aparecer]

A verdade inescapável é que a novela sobre a prisão em segunda instância está se prolongando em razão de uma teimosia absurda de Cármen Lúcia, presidente do STF. O ministro Marco Aurélio, relator agora de três ações que tratam do assunto, já avisou que seus votos estão prontos. Estão com ele duas ADCs (Ações Declaratórias de Constitucionalidade) uma da OAB e outra do PEN e um pedido de liminar encaminhado pelo PCdoB.

As ADCs pedem que seja declarada a constitucionalidade do Artigo 283 do Código de Processo Penal, que prevê que a execução da pena só pode se dar depois do trânsito em julgado — isto é, de esgotados os recursos. É também o que está no Inciso LVII do Artigo 5º da Constituição.  Cármen Lúcia já tornou pública a pauta de maio e não incluiu as ADCs.
Vale dizer: investe na crise.

[ministro Marco  Aurélio caso queira manter sua postura de ser o CAMPEÃO NACIONAL em LIBERTAR ESTUPRADORES, CORRUPTOS, PEDÓFILOS e outros autores de CRIMES HEDIONDOS - incluindo especialmente Lula - que assuma o ÔNUS e leve à questão 'á Mesa'; não conte com a ministra Cármen Lúcia para facilitar que obtenha o título as custas dela.] 

Blog do Reinaldo Azevedo


[se espera que seja apresentado um pedido de vista, que possibilite uma análise isenta, imparcial (algo que não pode ser realizado de forma açodada).
Enquanto isso a turma pró soltura de bandidos vai ter uma pequena contrariedade: Lula já estará preso, também, por outras condenações.
Registramos nossa estranheza que uma Turma, composta por cinco ministros do STF, possa analisar o acerto de uma decisão tomada por seis membros do STF em Plenário, com a presença dos onze ministros.] 

 

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O Brasil é como filme ruim, que vaiamos. Mas, o filme não muda. Continua ruim

O Brasil é como um filme ruim. Lembra o historiador Marco Antonio Villa.

O sujeito está no cinema, não gosta do filme e vaia. Mas o filme não muda. Continua ruim. Grande metáfora.  O cidadão esperneia porque Lula, o maior ladrão do Brasil, permanece solto e debochando dos trouxas, nós que pagamos impostos para sustentar uma  máquina corrupta.

Resultado de imagem para fotos Marco Antonio VillaO Supremo Tribunal Federal solta os corruptos que a Lava Jato revelou que são ladrões do dinheiro do povo. Quando são presos. Porque alguns, como Lula, sequer estão no xadrez. Lula continua operando ostensivamente e gozando do judiciário e do cidadão honesto.

O cidadão esperneia porque banca um Congresso Nacional com 594 integrantes 'espertos', 'Espertos' eleitos por nós democraticamente nas urnas.

O cidadão esperneia porque sustenta um Supremo Tribunal Federal que solta corruptos presos por assaltarem o bolso do povo.

O cidadão esperneia porque sustenta um Tribunal Superior Eleitoral que aprova contas de pilantras.

O cidadão esperneia porque sustenta tribunais de contas da União e dos Estados. Tribunais constituídos por figuras oriundas do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, de Câmara de Vereadores... cujas folhas corridas...

O cidadão esperneia porque sustenta quase duas centenas de estatais ineficientes e corruptas.

O historiador Marco Antonio Villa tem razão. Estamos no cinema vendo um filme ruim. Vaiamos. Mas, não há como mudar o filme.

Quer dizer...  O aeroporto parece a única saída. Quem  pode, já está nos Estados Unidos, na Europa e até na Ásia.   E ainda tem gente que fala que as nossas instituições estão funcionando.  Funcionam apenas para manter os privilégios de corruptos e servidores públicos.

Em tempo: aposta-se que a elite política corrupta será varrida nas eleições de 2018. Será? O Estado do Amazonas acaba de eleger Amazonino Mendes governador. Adversário dele, Eduardo Braga é ex-ministro de Dilma 'trambique', a vigarista 'honrada'... Num país sério, Amazonino e Braga estariam em cana. Há décadas. 

 

Fonte: Rota 2014 - Blog do José Thomaz

quinta-feira, 30 de março de 2017

“Dormir, talvez sonhar”

“Dormir, talvez sonhar” e outras seis notas de Carlos Brickmann

Enquanto os políticos procuram encobrir como trabalham, coube a um não político, o empresário Marcelo Odebrecht, contar como se faz uma campanha eleitoral


O PSDB tenta convencer o Tribunal Superior Eleitoral de que Dilma usou dinheiro sujo para se eleger em 2014; mas Temer, seu vice, eleito na mesma chapa, com os mesmos eleitores, já que o voto era em ambos, é inocente. Invertendo a frase do apóstolo Mateus, é como se, ao receber o dinheiro ilegal, a mão direita não soubesse o que faz a esquerda.

O senador Romero Jucá, amigo de Temer, se queixa, referindo-se à Lava Jato, de que vivemos uma caça às bruxas, uma Inquisição. Imagine a ousadia, querem pegar corruptos!  Enquanto os políticos procuram encobrir como trabalham, coube a um não político, o empresário Marcelo Odebrecht, contar como se faz uma campanha eleitoral: “o Governo sabia, a população sabia, eu sabia que o empresário, para atuar na Petrobrás, de alguma maneira tinha de atender os interesses políticos daquela diretoria. Eu fazia vista grossa, a sociedade fazia vista grossa, todo mundo fazia vista grossa”.

Ele sabe das coisas; costumamos ignorar os sinais exteriores de riqueza de quem não tem renda legal para pagá-los. Depois criticam os corruptos e esperam que o país melhore. Mas, em vez de apontar a corrupção, preferem o clássico discurso de Hamlet: “Dormir! Talvez sonhar”.

A verdade…
Já que Marcelo Odebrecht mostra os fatos como são, mais um trechinho do que disse (se mentiu, arrisca-se a ficar anos na prisão): “Duvido que tenha um político no Brasil que tenha se eleito sem caixa 2. E, se ele diz que se elegeu sem, é mentira, porque recebeu do partido. Então, impossível”.

…do dinheiro
Do dinheiro reservado pela Odebrecht para as campanhas, 25% eram legais; e 75% iam por fora. Marcelo Odebrecht diz: “Caixa 2, para a gente, e acho que para todas as empresas, era visto como natural. Os valores definidos pelos candidatos eram tão aquém do que eles iam gastar que não tinha como a maior parte das doações não ser caixa 2. Era impossível”.

A mentira…
Nos últimos dias de Dilma como presidente, a oposição anunciava que o déficit orçamentário seria de R$ 139 bilhões – um absurdo, considerando-se que o país precisa gerar superávits para reduzir a dívida e o pagamento de juros. Dilma caiu, e o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que o rombo – o déficit primário, antes do pagamento dos juros) – seria de inacreditáveis R$ 139 bilhões. E ninguém poderia acusar Meirelles de adversário do petismo: ele foi presidente do Banco Central durante os dois mandatos de Lula, e Lula cansou de indicá-lo a Dilma para o Ministério da Fazenda. O tamanho do rombo, portanto, era aquele mesmo, e não algo inventado pela zelite galega, branca, de zóio azul.

…dos números…
Assim que assumiu, o presidente Michel Temer deu esplêndidos aumentos salariais a corporações de servidores. O dinheiro, explicou Meirelles, já fazia parte dos tais R$ 139 bilhões (e, sabe-se lá o motivo, não poderia ser usado para reduzir a cratera). Mas era tudo tão real quanto o espelho mágico de Temer (“escravo do espelho meu, dir-me-ás se há no mundo um presidente mais belo do que eu”). Agora, o ministro Meirelles diz que o buracão aumentou para R$ 197 bilhões – R$ 58 bilhões a mais, exatamente o que foi gasto na fabulosa farra dos aumentos.

Quem paga?
Leitores e leitoras desta coluna são inteligentes, bem informados, conhecem este país. Há quem faça a barba. Há quem faça a maquiagem. Seu espelho não é mágico, mas mostra direitinho, quando o Governo diz que é preciso aumentar ainda mais os impostos, quem é que vai pagá-los.

Boa notícia
O deputado Rogério Marinho, tucano potiguar, relator da reforma trabalhista, decidiu propor o fim do imposto sindical. Imposto sindical é aquele dia anual de trabalho descontado do salário de cada trabalhador com carteira assinada e entregue ao sindicato, seja a vítima do desconto associada ou não. Com a vultosa quantia que recebem de imposto sindical, os sindicatos não têm nenhum estímulo para convencer os assalariados de sua base a sindicalizar-se. Se quiserem, os dirigentes sindicais têm condições de se acomodar e ignorar sua base. É também o imposto sindical que dá condições para a existência de tantas centrais sindicais. Mas é jogo duro: nem a ditadura militar conseguiu abolir o imposto sindical.

Fonte: Coluna de Carlos Brickmann