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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Mãe e assassina de Rhuan disse que o cheiro da carne do menino 'estava bom'

Samara Schwingel

 

O Correio teve acesso à sentença de Rosana Auri da Silva Candido e Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, condenadas, nesta quarta-feira, pelo assassinato de Rhuan Maycon da Silva 

(crédito: Divulgação)

“Vocês comeram a carne da criança?". "Não, mas o cheiro estava bom.” O trecho é de uma conversa de Rosana Auri da Silva Candido, mãe e assassina confessa do menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, com um delegado. Ela e a companheira, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, foram condenadas pela morte de Rhuan nesta quarta-feira (25/11). O Correio teve acesso à sentença que demonstra detalhes do crime. Segundo o documento, quando foi presa em flagrante pelo assassinato do filho, em maio de 2019, Rosana disse ao delegado em questão que não comeu a carne do menino, mas que o 'cheiro estava bom'. Ela foi condenada a 65 anos de prisão e a outra autora a 64 anos. Ambas irão cumprir a pena em regime fechado.

Segundo o juiz Fabrício Castagna Lunardi proferiu, no Tribunal do Júri de Samambaia, responsável pela sentença, a conduta social de Rosana é "totalmente desajustada, pois, de acordo com a prova testemunhal, trata-se de pessoa de difícil convivência na sociedade, que, além disso, nutre um sentimento de aversão e de indiferença para com os membros de sua própria família, o que evidencia o desprezo por regras éticas e pelos parâmetros sociais de comportamento."

Ainda segundo o juiz, o crime foi "friamente premeditado" com antecedência de, pelo menos, um mês, pois as acusadas buscaram informações na internet sobre como castrar e emascular (extrair os testículos e o pênis) a vítima. "A ré [Rosana] não demonstrou arrependimento, remorso ou empatia com a vítima, o que evidencia um desvio de personalidade que deve ser valorado negativamente", afirmou na sentença.

Kacyla também não teria demonstrado arrependimento, remorso ou empatia com o menino. O Correio tenta contato com a defesa das acusadas, mas, até o momento, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

Crime cruel
Na madrugada do dia 31 de maio de 2019, Rosana e Kacyla apunhalaram Rhuan Maycon. Segundo a sentença, foi utilizado um pano embebido com “acetona” na boca de Rhuan para dificultar a resistência do menino. Além disso, o crime foi praticado na presença da filha de Kacyla, criança de apenas 8 anos de idade.

Após serem desferidas 11 facadas no menino, ele foi decapitado, ainda vivo, com uma faca serrando o seu pescoço. A dupla tentou incinerar o que sobrou do corpo em uma churrasqueira, mas, como não conseguiu, colocou as partes em uma mala e duas mochilas.
Rosana caminhou cerca de 1km até encontrar um bueiro, onde deixou a mala. Quando voltou para buscar as mochilas, um adolescente, que havia visto a cena, suspeitou e recuperou o objeto. Ao ver o conteúdo, ele acionou a polícia.

Rosana e Kacyla foram presas em flagrante e confessaram o crime. Uma das motivações seria a determinação da Justiça do Acre para que o pagamento da pensão do menino fosse suspenso no início do mês. A decisão seria uma tentativa de forçar as mulheres a aparecer, pois as duas eram procuradas pelo desaparecimento de Rhuan.
 
Saiba mais: aqui e/ou aqui
 
Correio Braziliense
 

terça-feira, 10 de março de 2020

Suzy, Drauzio Varella e o sensacionalismo - Gazeta do Povo

Madeleine Lacsko

Numa semana as pessoas se comovem e na outra se sentem traídas. 
Que tal se sentirem adultas e responsáveis?

Desde a semana passada venho tentando entender o furor nas redes com a história de Suzy e o abraço dado pelo médico Drauzio Varella, que há mais de 30 anos atua no sistema penitenciário. Num primeiro momento, havia uma multidão comovida e agora, após saber do crime, há uma multidão que se sente traída. O cachimbo do Estado-babá entortou a boca do brasileiro, que abdica de ser adulto e pensar por si, quer que alguém se encarregue sempre das decisões que deveria tomar. 

Tenho muitos irmãos evangélicos e católicos que atuam em ministérios e pastorais em presídios. Eu até faço trabalhos em instituições que abrigam adolescentes infratores, mas é uma falha da minha alma não conseguir me comover com história de adulto criminoso. Não é porque me acho esperta nem se trata de decisão racional: apenas, por algum motivo, não me toca o coração. [a criminosa apesar do crime horrível que cometeu - que a torna merecedora de pena mais severa do que a em cumprimento - merecendo todo o repúdio da sociedade, na entrevista se valeu da omissão do entrevistador e não informou seu horrível crime = o condenado estuprou e  matou por estrangulamento uma criança de 9 anos.

Oportuno lembrar que o entrevistador está correto quanto a não emitir julgamento sobre os crimes dos seus entrevistados. mas, tem o DEVER, em nome da clareza da informação de mencionar que o aquele entrevistado cometeu um crime hediondo.
Sua conduta nesse aspecto foi deplorável, lamentável, reprovável. E até motiva a pergunta: quantos criminosos repugnantes ele entrevistou e deixou, com sua omissão, que fosse passada a imagem de ser um pobre coitado.
No caso em questão a COITADA é a vítima da sanha assassina e doentia do entrevistado.]

Agradeço a Deus por ter colocado no mundo pessoas como meus irmãos que trabalham na recuperação de detentos e o dr. Drauzio Varella, capazes de olhar para aquelas pessoas sem se deixar influenciar pelo peso dos horrores que fizeram. Agradeço principalmente porque, sempre que se fala em prisão, ecoa na minha cabeça a frase que meu professor de Psiquiatria Forense, Alvino Augusto de Sá, amava repetir: "hoje ele está contiDo, amanhã ele estará contiGo."  Acompanhei nas redes a empolgação das pessoas que se uniam em mutirões para escrever cartas para Suzy depois da cena comovente do abraço entre ela e o médico. Preferi calar porque, confesso, tive vergonha do que pensei e senti. Se a pessoa está há 8 anos sem visita, quer dizer que está há pelo menos esse tempo no regime fechado. O que ela fez para ficar tanto tempo?

Vi pessoas se mobilizando para mandar cartas ao presídio e até, ápice da loucura, mobilizando crianças para mandar cartas a uma pessoa presa. Sinceramente, que adulto em sã consciência manda uma carta para alguém cumprindo uma pena longa e coloca o próprio endereço sem se informar sobre essa pessoa? 
Quem coloca uma criança em contato com alguém cuja história e caráter desconhece? 
Adultos não têm o direito de fugir de suas responsabilidades.

É característica da alma humana se compadecer diante do sofrimento alheio, ainda que seja merecido, ainda que se trate de um monstro. O agir, no entanto, depende de decisões adultas e maduras. Nenhum adulto que se leva pela emoção tem o direito de botar a culpa em outra pessoa.

Após ser "revelado" que era realmente gravíssimo o crime que levou a uma pena sabidamente dada apenas a crimes gravíssimos, vi diversas pessoas íntegras que se sentiram traídas - e com toda razão. Ocorre que não foram traídas por uma rede de TV nem pelo médico, foram traídas pelo próprio coração. É decisão emocional - e não racional - se comover sem pensar no que a pessoa fez no verão passado. Não é admissível que um adulto acredite na conversa de alguém que está no regime fechado há pelo menos 8 anos e depois queira dividir a culpa.

Há uma discussão justa sobre se o crime cometido pela pessoa deveria ter sido dito ao público. Como jornalista, questiono em primeiro lugar se teria - como produtora ou editora - selecionado esse personagem específico. Muito provavelmente não, mas isso é porque tenho esse defeito do coração duro mesmo. O segundo ponto é, uma vez tomada a decisão de dar voz a essa pessoa, se informaria ao público o crime. Eu sou da confusão, colocaria a informação em letreiro na tela para aparecer bem na hora em que todo mundo estivesse chorando de pena de alguém que está no mínimo há 8 anos na cadeia.

A reação forte diante da revelação do crime, que incluiu até ameaças contra o dr. Drauzio Varella, mostra a incapacidade total de lidar com frustrações, a característica fundamentalmente adolescente da nossa sociedade.  Que o episódio sirva para que repensemos nossa postura diante do sensacionalismo, uma técnica poderosa utilizada desde a Roma Antiga. Trata-se de descrever um evento olhando pelo seu ângulo mais "sensacional", ou seja, pelo que mais causa sensações nas pessoas, mais puxa pelo emocional, sem ter a mesma preocupação com fatos e contextualização. Seja diante do sensacionalismo na grande mídia ou dos gafanhotos de redes sociais, a nossa postura é a de rendição total.

O sensacionalismo na mídia de massas é muito mais fácil de perceber do que nas redes sociais, onde tudo é triado por algoritmos e você só recebe o que mexe com as suas sensações em particular. Emoções são naturais da alma humana e é ótimo que possamos ter essa experiência, mas será que não estamos colocando emoção demais e cérebro de menos em diversos tipos de decisões no cotidiano? Não tenho resposta.

Madeleine Lacsko, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


sábado, 22 de fevereiro de 2020

Além do abrigo - Editorial - Folha de S. Paulo

Brasil deve dar preferência ao acolhimento familiar de crianças, previsto em lei

O melhor lugar para a criança, por óbvio, é em uma família, na qual receba cuidados, afeto e estímulos. Assim o indica, inclusive, a Constituição, ao afirmar o direito à convivência familiar e comunitária.  Há muito a ciência comprova que os menores precisam de mais do que simplesmente ter suas necessidades básicas, como alimentação e higiene, atendidas.

A falta de vínculo pessoal, brincadeiras e conversas têm impacto no desenvolvimento do cérebro infantil, podendo gerar atrasos cognitivos e emocionais permanentes. Quando, por alguma razão, crianças são separadas da família biológica, a evidência científica aponta que a melhor opção é que sejam acolhidas por outras famílias temporariamente —e não que fiquem em abrigos, como acontece com 96% dos mais de 35 mil menores brasileiros sob tutela do Estado.

Além da Constituição, outra lei nacional estabelece que encaminhar as crianças a núcleos familiares se mostra preferível: o Estatuto da Criança e do Adolescente, desde uma alteração feita em 2009. o entanto o Brasil ainda não criou um sistema para que essas famílias acolhedoras estejam prontas —treinadas e certificadas— a receber os meninos e meninas que delas necessitem, como acontece em países como EUA, Espanha, Austrália, Reino Unido e Irlanda.

Há sinais de que o tema começa a gerar interesse e de que integrantes do sistema judicial responsável pelas crianças passaram a ver os lares como uma opção mais vantajosa que os abrigos.  Na cidade de São Paulo, a prefeitura recentemente assinou convênios com três organizações que recrutam e preparam famílias para realizar o acolhimento. Os municípios de Cascavel (PR) e Campinas (SP) já são considerados referências nesse tipo de trabalho.

São bons sinais, mas cumpre fazer muito mais para tirar as crianças dos estabelecimentos impessoais. É evidente que os lares temporários não constituem solução para tudo: problemas como maus-tratos podem acontecer também neles, daí a necessidade de avaliação e supervisão constantes. O objetivo deve ser reunir o menor com sua família biológica ou, na impossibilidade de que isso ocorra, que haja adoção definitiva.

 Editorial - Folha de S. Paulo - UOL

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Os “toma lá...” Do presidente Bolsonaro - Sérgio Alves de Oliveira



Eu era ainda uma criança lá pelo anos 50 e ouvi certa vez  do meu: pai : “filho,muito cuidado com aqueles  que em todas as oportunidades sentem necessidade de dizer que “são honestos”, porque esses são  justamente os “piores”, os maiores” ladrões”. [Conheço a frase de algum tempo e ainda ontem,  ouvi de minha esposa.
Motivo: conversávamos com um vizinho récem chegado e em menos de dez minutos de prosa, ele destacou por 4 ou 5 vezes, que era honesto,correto nos negócios.
Quando saímos minha esposa, comentou com a frase. Não resisti e comento.]

Não entendi bem o que ele quis dizer. Na época meu  pai militava na política gaúcha, tendo sido Deputado Estadual pelo extinto “Partido Libertador-PL”, e exercido por dois  mandatos alternados o cargo de prefeito de Montenegro/RS, tendo conquistado para a cidade, por duas vezes, o título de um dos cinco municípios de ”Maior  Progresso do Brasil”, cujos diplomas foram entregues pelo então Presidente Juscelino Kubitschek.

Nessa época, lá pelos anos cinquenta e sessenta, a principal característica da política brasileira era a “honradez”,cultivada  pela imensa  maioria dos políticos. Cito um exemplo: na Assembléia  Legislativa  do Rio Grande do Sul, os deputados da época não possuíam NENHUM assessor à disposição, e tudo  o que precisassem de “mão de obra” relativa ao exercício do mandato teria que ser solicitado à  Secretaria Geral da Assembléia.”Igualzinho” a hoje,não ?

Mas voltando ao assunto daqueles que a todo o momento batem no próprio peito,  garantindo sobre a sua “honestidade”, hoje compreendo perfeitamente o que o meu pai  queria dizer. O ex-Presidente Lula da Silva, por exemplo, já  “gastou” a própria  garganta,  e   quase  todos  os microfones do “mundo”, sempre  declarando  ser  a “alma mais honesta do Brasil”. Mas pelo que apontam as diversas operações da Polícia e do Ministério  Público Federais, bem ao contrário do que ele diz, tudo indica que seria [foi, é e sempre será - poderá perder o posto se o filho, o fenomenal Lulinha resolver seguir a política = afinal, foi ele o primeiro da família Lula da Silva  a entrar 'oficialmente' na vida do crime.] o maior ladrão  da política brasileira de todos os tempos, tendo sido apontado pelo MPF como “chefe de quadrilha”. Garantem alguns que durante o período (2003 a 2016) em que o partido de Lula, o PT, governou, teriam sido desviados do erário a exorbitante quanta de 10 trilhões de reais.

Agora tudo se repete em perspectiva totalmente diferente. O candidato presidencial Jair Bolsonaro, às eleições de outubro de 2018, e que acabou saindo vitorioso no pleito, sempre levou como principal bandeira da sua campanha eleitoral a guerra que declararia, se eleito, contra o chamado “TOMA LÁ-DÁ-DÁ”, que seria o “troca-troca” de  favores, vantagens e benefícios diversos, todos ilícitos, entre os políticos, autoridades públicas e agentes políticos, de todos os  Três Poderes Constitucionais. Mas ao que tudo leva a crer, o antigo “contestador” do “toma lá-dá-cá”,parece “puxar a fila” dos praticantes desse perverso “troca-troca”  entre políticos e autoridades públicas. Mas ele só pratica o “toma lá”. E os  beneficiários  desse “toma lá” nunca retornam com a “compensação” do  “..dá cá”, dificultando o que podem a sua governabilidade.Portanto o “toma lá” de Bolsonaro dá no  mesmo que jogar dinheiro fora.

Fiquei pasmo com a “solução” encontrada  pelo Presidente Bolsonaro após o “estouro” do escândalo, em que pela tremenda repercussão midiática  que teve ,ele acabou sendo “constrangido” a demitir o “vice” da Casa Civil, pelo  uso abusivo de um “Legacy” da FAB, que o levara  à Suiça e à Índia.  Ora,o uso abusivo dos aviões da FAB,por políticos e autoridades públicas, para vôos “domésticos” e “internacionais”, não é nenhuma novidade.  Esses vôos absolutamente imorais, propiciados a autoridades  “sem noção”, foram “chancelados” por diversos decretos  governamentais, a começar pelo decreto Nº 4.244,de 2002, baixado pelo então Presidente FHC, secundado pelo decretos 6.911/ 2009,7.961/2013,e 8.432/2015, todos da época do PT (Lula e Dilma),que “aperfeiçoaram” as mordomias dadas pelo FHC.

Toda a “bandalheira” praticada à luz desses “decretos” presidenciais,gerou absurdos inacreditáveis. O Deputado Federal  Rodrigo Maia, o “campeão”, Presidente da Câmara, por exemplo, só em 2019, fez 230 viagens com jatinhos da FAB,46 delas para a  sua casa,no Rio de Janeiro. Isso significa quase vôos  “diários”. Ao exterior, fez 7 viagens. [o presidente da Câmara tem uma justificativa, que apesar do nome não justifica e nem explica.
o deputado federal (reeleito, em 2018,  com pouco mais de 70.000 votos, conseguiu ser  presidente da Câmara (se houver chance, tetará mais uma reeleição) e se autonomeou primeiro-ministro e corregedor-geral dos 3 Poderes = dá pitaco em tudo.
Se percebe que são muitas funções e sendo ele apenas UMA pessoa, tem que voar mais que legislar.]

O Presidente do Supremo, Dias Toffoli,não fica muito atrás. Voou nos jatos da FAB em 95 ocasiões, além de diversos vôos internacionais em aviões de carreira, pagos pelo erário.Onde essa gente arruma tempo para “trabalhar”? Ganhando tanto ?
E fiquei pasmo com a “solução” encontrada pelo  Presidente para “acabar” com esses abusos . Ao invés de revogar,liminarmente, esses malditos decretos, podendo ser até  com a sua “bic”,  ele afirmou que não vai mexer na “legislação”(leia-se os 4 decretos) para impedir tais abusos, pedindo aos usuários “conscientização” sobre o problema.  Mas esse “apelo” dá no mesmo  que sugerir   a assaltantes de banco que se abstenham de fazer isso, e passem a frequentar as  “missas dominicais”. Bolsonaro, portanto, age igual  àquela  pobre mulher que apanha todos os dias do marido carrasco, mas insiste em ficar ajoelhada na sua frente, submissa  a ele.
Essa é a realidade. Muito triste. Mas é a realidade !!!


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Em cena, o Partido do Três Oitão e “lei do gelo” para [condenado petista] - Blog do Noblat - VEJA

Por Ricardo Noblat

Enfim, a nossa jabuticaba 

O nome oficial é Aliança pelo Brasil. Mas pode chamá-lo de Partido da Família Bolsonaro. Ou Partido do Três Oitão. Na hora de votar, se preferir, crave 38. “Acho que é um bom número, né?” – perguntou o presidente Jair Bolsonaro no ato de lançamento da nova legenda. E justificou: “Mais fácil de gravar”.

De fato, mais fácil. E coerente com o programa do partido que fala no “direito inalienável dos brasileiros de possuir e portar armas de fogo”. O programa chama aborto de “assassinato de criança”. [definição perfeita, cabendo apenas acrescentar inocentes e indefesas - muitos, realmente multidões, se revoltam quando uma criança é assassinada de forma covarde, vil, repugnante - repulsa que aumenta se o assassinato é cometido pelos pais, destacando pela mãe; que dizer então quando a criança é INOCENTE e totalmente INDEFESA, nao podendo sequer gritar ou chorar?] condena o “ativismo judiciário – bandidos que estejam no poder munidos de armas ou de canetas”.

Nada a ver com caneta azul, caneta com a qual Bolsonaro assina seus despachos. Ontem mesmo, ele assinou mais um que, se aprovado pelo Congresso, facilitará a vida de militares e policiais destacados para restabelecer a ordem pública. Estarão liberados para “atirar na cabecinha” de bandidos. Se o nome Partido do Três Oitão inspira medo em almas sensíveis, o outro é mais acolhedor e faz sentido. O presidente do Partido da Família Bolsonaro será Jair, o pai. O vice, Flávio, seu primogênito. A Comissão provisória será formada por dois assessores de Bolsonaro, um de Eduardo e dois advogados da família.

Jair Renan, o Zero Quatro, e o único dos filhos de Bolsonaro sem mandato, apareceu ao lado do pai no ato de lançamento e ainda poderá ganhar uma vaga na comissão provisória do novo partido. O desafio da comissão é conseguir em tempo recorde cerca de 500 mil assinaturas de eleitores em pelo menos nove Estados. Do contrário, o partido não participará das eleições do próximo ano. Caberá à Justiça Eleitoral decidir se as assinaturas poderão ser digitais ou se terão de ser físicas como foram para a criação dos demais partidos. [com mais de 80% do eleitorado com cadastro biométrico e o uso intensivo da informática (vejam os smart phone) é tarefa fácil, especialmente lembrando que o presidente Bolsonaro recebeu quase 60.000.000 de votos em 2018.
A Justiça Eleitoral terá a sensatez de liberar o a biometria para substituir as antiquadas assinaturas físicas.]  As físicas demandam tempo. É mais lento o processo de conferir uma por uma para evitar repetição.

Até se eleger presidente, Bolsonaro combateu o voto digital. Dizia que ele não era confiável. Bateu-se pelo retorno do voto impresso, segundo ele, menos sujeito à fraude. Bolsonaro e seus filhos mudaram. [ainda temos o entendimento que se o voto digital apresentasse segurança absoluta, seria usado nos países possuidores das democracias mais sólidas. 
Mas, aos que dividem tal entendimento conosco, só resta aceitar os fatos: o voto digital se consolidou no Brasil, deixando aos favoráveis ao voto impresso, o presidente Bolsonaro entre eles, um único caminho: adaptação às regras do jogo.  Com a biometria, usada até pelos bancos que sempre buscam o máximo de eficiência, rapidez e segurança,a confiabilidade das urnas eletrônicas aumentou consideravelmente.]
Querem que as assinaturas de apoio ao partido da família possam ser digitais. O argumento deles não é mal. “Já temos o cadastramento biométrico de 75% dos eleitores brasileiros”, observa Flávio, o senador. “A assinatura física já não tem cabimento”. A manada de seguidores dos Bolsonaro está nos cascos para reunir as assinaturas. Se a Justiça autorizar será vap vupt. Afinal, tempos modernos!  Tempos estranhos também. No país campeão continental em número de partidos, jamais houve um tão escandalosamente a serviço de uma única família. Alvíssaras! Nasce uma jabuticaba de fato brasileira, coisa nossa e de mais ninguém.


domingo, 20 de outubro de 2019

Maioria apoia fim da saidinha para crime hediondo e prisão em 2ª instância - Pesquisa VEJA/FSB


Pesquisa VEJA/FSB mostra ainda que eleitorado se divide sobre atenuar punição a policial que matar em ocorrências e reprova acordo com quem confessar crime

A maioria do eleitorado apoia a prisão após condenação em segunda instância e o fim da saída temporária de presos condenados por crimes graves, duas das principais propostas do pacote anticrime proposto pelo ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), que enfrenta dificuldades no Congresso. É o que aponta pesquisa VEJA/FSB feita entre os dias 11 e 14 de outubro com 2.000 eleitores em todas as unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, com confiança de 95%.

Segundo o levantamento, 70% apoiam que um condenado por órgão colegiado – ou seja, após a segunda instância – passe a cumprir a sua pena imediatamente. O caso mais ilustre é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena em Curitiba após ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) – antes, havia sido sentenciado pelo próprio Moro. Outros 21% são contra e 2% disseram não ser nem a favor nem contra.

A prisão após condenação em segunda instância passou a ser permitida em 2016 pelo Supremo Tribunal Federal em meio às investigações da Operação Lava Jato e ao clamor da sociedade por mais rigor na punição a crimes de colarinho branco. Até então, um réu só podia ser preso quando estivessem esgotados todos os recursos, inclusive ao próprio STF. Essa permissão deve cair agora, que o Supremo voltou a se debruçar sobre o tema em julgamento iniciado na quinta-feira 17 e que vai se estender por mais uma ou duas semanas. Alguns ministros que haviam votado pela permissão em 2016, como Gilmar Mendes, mudaram de posição.

A principal crítica à prisão em segunda instância feita por especialistas e profissionais do direito é que ela fere o artigo 5º da Constituição, que afirma que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Moro tentou incluir a previsão legal de prisão após segunda instância no seu pacote anticrime, mas a proposta foi retirada por deputados que integram grupo de trabalho criado na Câmara exatamente sob a alegação de que a alteração só pode ser feita por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição). [os parlamentares ao retirarem a proposta apresentado pelo ministro Sergio Moro, legislaram em causa própria, visto que grande parte dos parlamentares é candidato a ser preso pela prática de crimes, especialmente corrupção e a estes interessa retardar ao máximo a condenação e na sequência à prisão.]

Saidinha
Outro ponto do pacote anticrime, a proibição de saída temporária para presos condenados por crimes hediondos, tortura ou terrorismo tem a aprovação de 59% do eleitorado, mas 38% acham que ela deveria continuar sendo permitida – 1% se disse nem a favor nem contra e 2% não souberam ou não quiseram responder. [esses indivíduos que compõem os 38% devem ser, em sua maioria, apoiadores dos que matam pais, filhos e ganham 'saídão' no DIA DAS MÃES, das CRIANÇAS e DOS PAIS.]
A saída temporária de presos condenados por crimes graves é criticada por boa parte do eleitorado bolsonarista, por Moro e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, que já se manifestou sobre isso – em agosto deste ano, ele usou o Twitter para criticar a saída no Dia dos Pais de Alexandre Nardoni, assassino da filha Isabela. A  maioria da população também apoia a prisão imediata em regime fechado para quem for condenado pela segunda vez por ter cometido crime grave e a prisão em regime fechado para condenados por corrupção (desde que sejam valores elevados).

Já em relação a outra proposta do pacote anticrime de Moro – também retirada pelo grupo de trabalho da Câmara – de oferecer acordo em troca de benefícios ao acusado que, na fase inicial do processo, confessar um crime com pena de no máximo quatro anos foi rejeitada pelo eleitor na pesquisa: 52% são contra.
Outra medida proposta no pacote, o atenuante para policial que matar alguém sob uma “situação de medo, surpresa ou violenta emoção”, divide o eleitorado: 48% é a favor e 44% é contra – como a margem de erro é de dois pontos, a situação configura empate técnico. [a pergunta deve deixar claro que o adequado é considerar 'policial não se deixar matar', já que o ataque aos policiais é sempre feito de surpresa e o primeiro tiro é 99% efetuado pelo bandido.]

Em Veja leia MATÉRIA COMPLETA


quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Acidente grave perto do Hran fecha parcialmente o Eixão

Um grave acidente perto do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) deixou três vítimas, uma delas, uma criança de apenas 7 anos. Segundo os bombeiros, apesar da gravidade da colisão, os pacientes que necessitaram de atendimento apresentam quadro estável. Por conta do caos no trânsito provocado pela Marcha das Margaridas, a equipe de socorro teve que acionar o helicóptero da corporação para chegar mais rápido ao local, onde quatro carros se envolveram na colisão.

O acidente por volta das 9h30 desta quarta-feira (14/8), no Eixão Norte, altura da quadra 102/302, abaixo do estacionamento do Hran. Dois dos carros envolvidos, estão com as frentes bem danificadas. 
 
[Brasília está sem governo, a bagunça é total e parece até que GDF tem interesse em complicar o trânsito para dificultar o acesso das vítimas aos hospitais - que já não prestam um atendimento que seres humanos merecem.
A tal marcha é realizada no Eixo Monumental, começou as oito horas de hoje e interdita todas as seis faixas do  Eixo Monumental Sul.
 
Pouca vergonha, omissão do governo, conivência com a bagunça e a desordem, onde se viu em plena Capital da República se interditar seis faixas de rolamento de uma via, deixando milhares de veículos sem condições de acessar o centro de Brasília e a Esplanada dos Ministérios?
 
É uma vergonha o que essas tal de 'margaridas' estão fazendo e com certeza não são trabalhadoras rurais - não sabem a diferença entre uma foice e uma roçadeira.]

Eixão fechado
Para socorrer as vítimas, o Eixão sentido Norte está totalmente bloqueado para os veículos. E para quem segue no sentido Sul, vai ter problemas, porque a pista ficará parcialmente fechada. 
Segundo o Departamento de Estrada de Rodagens (DER), outros dois acidentes foram registrados. Na altura da Vila Telebrasília, houve uma colisão entre uma moto e um ônibus, depois do Viaduto Camargo Corrêa. A faixa central foi bloqueada e a perícia chamada para apurar as circunstâncias da batida. 

No acesso à marginal da EPTG, chegando no viaduto da Epia, um carro e um caminhão colidiram. Ainda não há informações sobre os feridos.  
 
Correio Braziliense